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Edifícios Verdes - Eficiência energética e sustentabilidade no mercado imobiliário

Reportagem da BDT Produções. para o Jornal Futura - Canal Futura

Um conceito de eficiência energética e de sustentabilidade ganha cada vez mais espaço no mercado imobiliário. Muitas construtoras perceberam que os chamados prédios “verdes” são mais valorizados pelos consumidores, que buscam economia no uso da água e da luz e mais integração entre o imóvel e o meio ambiente. Conheça um modelo de prédio verde, suas características e perceba o quanto todos nós temos a ganhar com esse tipo de construção. 


Entenda as particularidades e características de cada conceito

Se você é engajado em sustentabilidade e se preocupa com a situação do seu prédio ou condomínio, já deve ter ouvido falar muito em edifícios sustentáveis e edifícios verdes, certo? Os dois termos são comumente citados como sinônimos em artigos, reportagens e até mesmo na boca do povo, o que muitas vezes pode gerar dúvida em relação à definição de cada um destes conceitos.

De acordo com estudos de arquitetura e construção sustentável, a classificação de edifício sustentável está mais próxima do conceito de autossuficiência, o que significa que o prédio causa impacto zero no meio ambiente, pois tudo aquilo que consome é compensado pelo que produz ou reutiliza. Na prática, esta classificação se restringe às novas construções, já planejadas desta forma desde a sua idealização.

E os edifícios que adotam práticas e tecnologias para minimizar os impactos no meio ambiente? Segundo o U.S. Office of the Federal Environmental Executive (OFEE), instituto responsável pela promoção da sustentabilidade e gestão ambiental das operações do governo americano, prédios verdes são “aqueles que têm maior eficiência no uso de energia, água e materiais, e reduzem o impacto na saúde humana e no meio ambiente por meio de uma melhor localização, projeto, construção, operação, manutenção e gestão de resíduos durante o ciclo de vida do edifício”.


Características Verdes

Para serem considerados verdes, os edifícios devem seguir algumas regras e determinações, criando assim uma série de características comuns, como as listadas abaixo:
  • Uso eficiente de água e energia;
  • Coleta seletiva e gestão de resíduos ativa e eficiente (reciclagem);
  • Aproveitamento de luz natural (solar) e vento;
  • Prioridade para uso de materiais ecologicamente corretos produzidos localmente, com o objetivo de diminuir o gasto com energia necessária para transporte de materiais;
  • Impacto reduzido na região de entorno através da diminuição de emissão de gases de efeito estufa, o que contribui para melhoria na qualidade do ar;
  • Integração dos custos de construção com os custos de operação do edifício ao longo de toda a sua vida útil.
Apesar de seguirem um padrão, as características dos edifícios podem variar de acordo com a localização e o acompanhamento frequente de suas operações, que devem ser observadas de perto, criando-se assim um sistema de acompanhamento capaz de mensurar a eficiência obtida neste processo.

Vila ecológica inspirada nos objetivos globais da ONU


Dois escritórios de arquitetura se uniram para criar uma vila ecológica inspirada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), no sul de Copenhague, na Dinamarca, . Com 35 mil metros quadrados e 400 residências, o empreendimento deve começar a sair do papel ao final do ano. A UN17 Village será o lar de 830 pessoas, incluindo idosos e crianças. O relato é da ONU Meio Ambiente.

Concebida pelas empresas Lendager Group e Årstiderne Arkitekter, a vila sustentável prevê a construção de cinco quarteirões de moradias, que serão erguidos com concreto, madeira e vidro reciclados.

O objetivo dos dinamarqueses é estabelecer novos parâmetros de sustentabilidade na construção civil. A expectativa é de que o condomínio seja concluído em 2023, embora o início das obras em 2019 possa ser adiado para o início do ano que vem, devido a condições climáticas.

Parece oportuno que essa vila ecológica esteja sendo levada adiante em Copenhague. Em 2014, a cidade recebeu o título de Capital Europeia Verde. O município almeja neutralizar suas emissões líquidas de carbono até 2025.

Um conjunto de prédios da UN17 Village foi projetado para produzir mais energia do que o necessário, a fim de distribuir a corrente elétrica e aquecimento para outros edifícios. O complexo como um todo, incluindo os apartamentos individuais, está sendo pensado para ter resiliência às mudanças climáticas, com áreas verdes que vão compensar a perda de vegetação e de biodiversidade associada ao crescimento urbano.

Vila ecológica na Dinamarca será inspirada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Estruturas de coleta da chuva permitirão reaproveitar 1,5 milhão de litros de água por ano. A água será tratada e poderá ser usada no banho e em lavabos. O aquecimento da água será feito por meio de energia geotérmica e painéis solares. Cada prédio terá um jardim no telhado.

“Os prédios são projetados para limitar o consumo de energia e produzir e reciclar energia”, explica Anders Lendager, CEO do Lendager Group. “Focar no acesso universal à energia, numa maior eficiência e no uso de (fontes) renováveis é crucial para criar resiliência a problemas ambientais como as mudanças climáticas.”

A vila sustentável terá 3 mil metros quadrados de áreas comuns para os residentes e outras pessoas, além de um centro de conferências e um restaurante orgânico. Estufas, hortas e instalações para o compartilhamento de alimentos vão produzir comida suficiente para o fornecimento de 30 mil refeições por ano.

“As safras serão servidas no restaurante local, que também ajudará a distribuir as sobras de graça. Também queremos integrar um sistema para lidar com resíduos alimentares, oferecendo uma área determinada onde as pessoas possam compartilhar e recolher excedentes de comida de graça. A produção de vegetais reduz custos de transporte e emissões, mas também desempenha um papel importante na consolidação de comunidades e na educação”, explica Lendager.

“Sessenta porcento das moradias necessárias até 2030 globalmente ainda não foram construídas. A UN17 Village mostra como podemos apoiar as populações em crescimento sem comprometer a sustentabilidade”, acrescenta o arquiteto.

Como parte de seu compromisso em enfrentar a pobreza, os escritórios responsáveis pelo empreendimento vão oferecer cem vagas de trabalho para profissionais sem capacitação. Os arquitetos vão chamar as empreiteiras e construtoras a incluir esses indivíduos em suas equipes.


As empresas Lendager Group e Årstiderne Arkitekter foram as vencedoras de uma competição que elegeu o melhor projeto para a ecovila inspirada nos ODS.

“Em termos de escala, o bairro é particularmente adequado para ser um laboratório de inovação e para entregar uma prova de conceito”, afirma a chefe da Unidade de Cidades da ONU Meio Ambiente, Martina Otto.

A especialista aponta que a agência das Nações Unidas trabalha para ampliar o alcance de inciativas exemplares, como a UN17 Village. “Na ONU Meio Ambiente, apoiamos políticas e soluções técnicas que incentivem uma maior integração entre setores que são normalmente planejados, projetados e operados isoladamente”, completa Martina.

Cidades pela regeneração dos ecossistemas

Anders Lendager acredita que as cidades têm um papel central na regeneração de recursos hídricos e energéticos, da biodiversidade e da humanidade.

“A mudança real no setor de construção civil ainda está por vir, mas a hora da virada está próxima”, afirma o arquiteto. “Precisamos usar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a economia circular, o upcycling, etc. como ferramentas para criar edifícios e cidades regeneradoras, que devolvam e restaurem o que destruímos ao longo das décadas passadas.”

A mais recente análise da ONU Meio Ambiente Emissions Gap Report mostra que as emissões de gás carbônico aumentaram no mundo em 2017, após um hiato de três anos. Apenas 57 países estão no caminho certo para superar as suas lacunas de emissões — isto é, a diferença entre os seus atuais níveis de emissões e os níveis que eles precisam alcançar para conter as mudanças climáticas.

As cidades e os assentamentos urbanos têm de estar no centro dos esforços para cortar emissões. Até 2050, dois terços da população mundial deverá viver nas cidades. As áreas urbanas já respondem por 70% das emissões de gases do efeito estufa.

A vila sustentável -UN17 Village- é o tipo de solução que a ONU Meio Ambiente espera ver e estimular na próxima Assembleia Ambiental da ONU, a UNEA, que acontece em março em Nairóbi, no Quênia. Em 2019, o encontro tem o lema “pensar além dos padrões predominantes de consumo e produção e viver dentro dos limites sustentáveis”.


Fonte: ONU BR

Uma cientista criou pisos com material reciclado que geram energia limpa quando é pisado


Abusca por energia limpa que não agride nosso planeta tem sido um desafio para diversos profissionais, mas não para um tecnólogo chileno, que criou um piso que transforma as pisadas em energia elétrica. Esta invenção foi projetada de material reciclado e mede 15 x 15 centímetros com 2,5 centímetros de profundidade.

Cindy Gallardo, uma jovem de apenas 24 anos e pós graduada em Tecnologia em Telecomunicações da Universidade de Santiago de Chile (USACH), desenvolveu o “Faísca Urbana”, a fim de aproveitar o fluxo de pedestres para gerar energia. Ela e o engenheiro eletrônico Ignacio Díaz levaram cerca de 6 meses para concluir o projeto.

“Sempre me interessei pela geração de energia limpa e pelo modo de aproveitar o que já existe para ela”, disse Cindy. Ele também explicou que a telha trabalha com alguns cristais (material isoelétrico) que, quando deformados, produzem eletricidade. Quando alguém pisa, é ativado um sistema que converte essa energia mecânica em energia elétrica, gerando 0,24 watts por etapa.

Dentro há um sistema de fios que leva eletricidade aos bancos de energia. De acordo com o tecnólogo, “10 dos nossos azulejos instalados em um shopping permitiriam o fornecimento mensal de 10 residências”.

Os benefícios desta invenção não estão limitados à geração de energia limpa; mas quando implementado em centros comerciais ou ruas, você pode obter dados sobre o número de pessoas que andaram ali em um dia, as lojas favoritas e os gostos destes ao parar nas janelas, etc. Por isso, fornece informações sobre o comportamento das pessoas durante sua jornada.

EDIFICAÇÕES SUSTENTÁVEIS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA


Produto da parceria entre a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) e o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV EAESP (GVces).

Este relatório tem como objetivo apresentar um conjunto de propostas para que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) tenha condições de expandir o montante de recursos destinados ao financiamento de projetos que promovam a eficiência energética.

Por eficiência energética entende-se conservação e uso racional de energia por meio de medidas de iluminação, de climatização (aquecimento e refrigeração) e envoltórias (ventilação natural e isolamento térmico).

Inclui-se neste conceito a geração de energia por meio de fontes renováveis.

O estudo se propõe, também, a subsidiar melhorias em mecanismos financeiros existentes ou a criação de novos instrumentos voltados para o financiamento dos projetos citados.

O estudo considera, para fins de escopo, o financiamento para (i) edificações sustentáveis novas, (ii) projetos de retrofit em edificações existentes e (iii) aquisição e implementação de sistemas de painéis solares fotovoltaicos de forma isolada.

Dentre essas categorias, estão incluídas implantações de projetos por parte de pessoas físicas e/ou jurídicas, edificações do tipo residencial e/ou comercial, abrangendo nesta última categoria empreendimentos imobiliários tais como prédios de escritórios, centros comerciais, shoppings, hotéis, escolas, entre outros.

Estão fora do escopo desse estudo as plantas industriais.

baixe o pdf clicando na imagem

FGV

Material feito de cascas de batata – uma opção sustentável ao MDF


Muitos dos materiais típicos utilizados na construção – como o MDF – contêm materiais tóxicos e formaldeído, além de terem uma vida útil extremamente curta e um impacto ambiental negativo. Mas agora há uma nova opção um material feito de cascas de batata!

Os designers londrinos Rowan Minkley e Robert Nicoll, assim como o pesquisador Greg Cooper, desenvolveram o Chip[s] Board, que é uma alternativa biodegradável ao MDF que é feito a partir de resíduos de batata industriais não alimentícios.


Esta ideia inovadora para um novo material de construção é livre de resinas e produtos químicos tóxicos e é livre de formaldeído. Se nós usarmos da mesma maneira que usamos o MDF, ele não terá o mesmo impacto negativo no meio ambiente.


Minkley, Nicoll e Cooper queriam combinar a questão do desperdício de materiais com o problema do desperdício de alimentos, e o resultado é um substituto sustentável do MDF - um material feito de cascas de batata.

Eles coletaram as cascas dos fabricantes e colocaram em diferentes processos de refinamento para criar um agente de ligação. Este agente é então aplicado a fibras como cascas de batata, bambu, lúpulo de cerveja e madeira reciclada.


Em seguida, a equipe forma o Chip[s] Board , composto em uma folha que pode ser processada em diferentes produtos, como móveis e materiais de construção. Uma vez que esses produtos atinjam o fim de sua vida útil, eles podem ser biodegradados em fertilizantes.

Os detalhes sobre a fabricação do Chip[s] Board não foram divulgados, porque Minkley e a Nicoll pediram uma patente em seu processo de fabricação. No entanto, eles revelaram que o processo de prensagem imita as condições encontradas na fabricação de MDF, mas substituem as resinas baseadas em formaldeído por ligantes biodegradáveis ​​derivados de resíduos.


De acordo com a equipe de design, o desenvolvimento do Chip[s] Board envolveu muitas tentativas e erros, algumas técnicas de hackers e adivinhações, mas tudo isso permitiu que eles desenvolvessem quadros fortes e úteis. Eles também estão desenvolvendo outros materiais sustentáveis, que chamaram a atenção da indústria da moda.

Fonte: Inhabitat
Imagens: Chip[s] Board

Casa dos anos 60 é reformada com material bio-compósito e usará energia limpa


Quando a proprietária Pam Bosch estava procurando maneiras de reformar sua casa dos anos 60 em Bellingham, Washington nos Estados Unidos, ela estava determinada a reformar a casa com material bio-compósito e energia limpa. Através de sua pesquisa a vários materiais sustentáveis, ela descobriu que o hempcrete, um composto à base de cânhamo feito de uma mistura de cânhamo, limão e água, seria a melhor opção. Trabalhando em colaboração com Matthew Mead da Hempitecture, a agora Highland Hemp House, alimentada por energia solar, foi reconstruída com um invólucro térmico de isolamento.

Quando estava inspirada a reformar sua casa usando materiais sustentáveis, ecológicos e não-tóxicos, Bosch decidiu por vez trabalhar com hempcrete, um material de construção bioagregado que é derivado do núcleo amadeirado do caule de cânhamo industrial. Quando combinado com cal hidratada e água, ele se solidifica absorvendo dióxido de carbono, resultando em um material parecido com concreto. No entanto, quando comparado ao concreto, o hempcrete é um material mais sustentável e acessível, que é estimado para absorver cerca de sete quilos de CO2 por metro cúbico.


Para começar o processo de reforma da casa de três andares, Mead trabalhou com empreiteiros locais para criar uma nova estrutura adequada para um sistema de parede de concreto bruto. Uma vez que a casa foi preparada para o novo ‘envelope’, o próximo passo foi criar o material misturando agregado de cânhamo com cal. Quando misturado em uma proporção específica, o material se solidifica, criando uma textura semelhante à do concreto. O material foi então moldado junto as paredes da casa, formando assim paredes monolíticas.


À distância, o processo de construção da casa pode parecer com qualquer outra reforma comum. No entanto, ao trabalhar com o cânhamo, a Highland Hemp House, feita por Pam Bosch, é isolada com um material que é à prova de fogo, arejada, resistente a mofo, pragas e com controle de umidade. Além disso, estima-se que o novo envelope térmico da casa retire cerca de 7 mil quilos de CO2.


Masdar City: a cidade inteligente em busca da emissão zero de gás carbônico


Enquanto muitos acham que o uso de tecnologias limpas é algo reservado somente para o futuro, uma cidade construída em meio ao deserto nos Emirados Árabes Unidos prova exatamente o contrário. O monumento tecnológico conhecido como Masdar City mostra que é possível construir ambientes gigantescos que consomem uma quantidade muito pequena de energia.

Masdar City, cidade que está sendo construída em Abu Dhabi, localizada nos Emirados Árabes Unidos, pretende ser referência de gestão sustentável entre os países do Oriente Médio, além de ser destaque em construções que não emitam CO2. Para isso, o governo de Abu Dhabi está fazendo um investimento de US$ 22 bilhões, auxiliando no desenvolvimento de projetos como por exemplo o de de energia solar, sistema de trânsito rápido comandados pela equipe de engenheiros da empresa Mubadala Development Company.

Além de comportar vários projetos também ligados à sustentabilidade, a cidade precisará trazer retorno financeiro, claro! A ideia é que a cidade seja não só sustentável, mas que os custos para mantê-la não sejam tão caros. O principal objetivo é que Masdar City tenha uma vida econômica e social próprias, não sendo somente uma cidade modelo.

Se a meta principal é a emissão zero de gás carbônico, o caminho para este resultado é a integração de tecnologias que favoreça a energia limpa, e a primeira delas é solar. Masdar City foi projetada para utilizar energia fotovoltaica gerada pelos painéis solares instalados nos telhados de seus edifícios.


O transporte da cidade vai usar a energia elétrica e com isso poupar a natureza de 1 bilhão de toneladas de gases poluentes que seriam emitidas anualmente. O transporte interno será por trilhos magnéticos, que vão usar energia elétrica, substituindo assim os automóveis que emitem C02.

Masdar não quer parar por aí. Além da emissão zero de gases tóxicos. Quer atingir um número significativo na redução do uso de água da cidade. Com o projeto será possível economizar 54% deste recurso natural através da dessalinização do mar, tornando a água potável. As centrais dessalinizadoras utilizarão da luz solar para fazer os sais que estão em excesso na água evaporar, deixando-a mais próxima do padrão adequado para o consumo humano. 

O papel das centrais dessalinizadoras será auxiliar em um dos estágios do tratamento de água. Para economizar água, Masdar terá contadores para identificar vazamentos em todo o sistema. Além disso, as águas residuais tratadas serão responsáveis pela redução de 60% no consumo de água por metro quadrado.


Arquitetura sustentável será fonte de milhões de empregos


O ‘Boom’ da arquitetura sustentável deve gerar mais de 6,5 milhões de postos de trabalho até 2030, diz OIT.

Uma sequência de colinas, cobertas por flores nativas, suculentas e canteiros de morangos silvestres, se erguem ao redor de Scott Moran. Borboletas voam de flor em flor, enquanto ele observa um casal de falcões de cauda vermelha ensinando os filhotes a caçar no topo das montanhas.

Moran não está contemplando uma paisagem bucólica no campo. Na verdade, ele está em seu horário de almoço, no topo do prédio em que trabalha, no centro de São Francisco, nos Estados Unidos. O burburinho da agitação da vida urbana o cerca por todos os lados.

Ele trabalha na Academia de Ciências da Califórnia. O edifício conta com uma cobertura de 10 mil metros quadrados de “telhado vivo“, onde vivem cerca de 1,7 milhão de plantas, pássaros e insetos. O espaço foi meticulosamente projetado para estar entre um dos mais sustentáveis do mundo.

Scott Moran trabalha na Academia de Ciências da Califórnia, que conta com um ‘telhado vivo’ Foto: GETTY 

Painéis solares que circundam o “telhado vivo” fornecem 5% da energia do prédio, enquanto a água que escoa pelos canos dos banheiros também gera energia. Claraboias abrem e fecham automaticamente para ajudar a regular a temperatura no interior do edifício, enquanto a luz natural é usada para iluminar o máximo possível o ambiente.

Nos 15 anos em que trabalha na Academia, Moran ajudou a projetar, a construir e agora – como diretor sênior de exposições e arquitetura – a manter os sistemas sustentáveis do edifício. É o tipo de função que ele acredita que se tornará ainda mais importante no futuro.
“Está ficando cada vez mais claro que os edifícios precisam ser projetados e usados de forma a economizar o máximo de energia e água possível”, diz Moran.

“Isso requer uma tecnologia sofisticada e haverá muita demanda por profissionais com as habilidades necessárias para que isso aconteça.”

A construção de novos prédios sustentáveis, como esse em que Moran trabalha, deve gerar mais de 6,5 milhões de postos de trabalho até 2030, segundo previsões da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Depois da área de energia, este será o segundo setor que mais vai crescer no âmbito de empregos verdes nas próximas décadas.


Construção verde

Esse “boom” é resultado de uma necessidade cada vez maior de edifícios que consigam lidar com múltiplos desafios: cumprir as metas do acordo climático de Paris, custos crescentes de energia, escassez de água e aumento do risco de condições meteorológicas extremas. Tudo isso está levando a um movimento conhecido como construção verde.

Foto: GETTY IMAGES

Arquitetos, engenheiros e construtoras tentam criar edifícios que consumam o mínimo de eletricidade possível, gerem sua própria energia, reciclem água e sejam capazes de se aquecer ou resfriar sem necessidade de ar-condicionado ou aquecedor central.

As novas tecnologias estão ajudando a transformar residências e empresas em estruturas inteligentes e sustentáveis.


Novas competências profissionais

Em 2000, apenas 41 projetos de construção foram oficialmente classificados como edifícios verdes nos EUA. No ano passado, esse número saltou para mais de 65 mil. Em outros lugares do mundo, inclusive no Brasil, houve aumentos semelhantes – e essa é uma tendência que deve continuar.

Gráfico do crescimento de edificações LEED no Brasil – Fonte GBC Brasil – Novembro de 2018

“Governos de todo o mundo se comprometeram a limitar o aquecimento global a 2 °C como parte do Acordo de Paris”, lembra Terri Wills, presidente-executiva do World Green Building Council.

“Atualmente, os edifícios geram cerca de 38% das emissões globais de gases de efeito estufa relacionados a energia. Isso significa que não atingiremos a meta de 2 °C, a menos que todos os prédios se tornem mais sustentáveis em termos de construção e funcionamento”, diz Wills.

O próprio prédio em que ela trabalha, no centro de Londres, contém exemplos de recursos que podem se tornar padrão nos imóveis no futuro.

Grande parte do material utilizado na construção é reciclado ou proveniente de fontes naturais, como madeira, na tentativa de reduzir as emissões de carbono geradas no processo de construção.

A iluminação especializada se adapta à quantidade de luz natural que entra pelas janelas, enquanto a energia solar aquece a água usada nos banheiros do escritório.

O Bosco Verticale é um modelo de edifício residencial sustentável em Milão, na Itália

“Todos vão precisar de novos tipos de expertise”, diz Wills. “Haverá necessidade de engenheiros que saibam lidar com sistemas de energia renovável, arquitetos capazes de elaborar projetos bonitos com emissões zero ou que utilizem materiais reciclados.”
“Precisamos de planejadores urbanos que consigam conectar os transportes públicos de maneira eficiente e especialistas em finanças que saibam gerenciar construções verdes”, completa.

Algumas profissões provavelmente serão mais demandadas do que outras. O Escritório de Estatísticas de Trabalho dos EUA prevê um crescimento de 105% nos empregos para instaladores de painéis solares até 2026, com a criação de mais de 11,8 mil postos de trabalhos no país.


Mais empregos no setor da Arquitetura Sustentável

Seguindo a tendência, o governo chinês estabeleceu metas agressivas como parte de seu plano quinquenal, exigindo que 50% de todos os prédios urbanos novos tenham certificação verde.

Foto: GETTY IMAGES

“Haverá também a necessidade de tornar os edifícios existentes mais resistentes ao clima”, diz Nicolas Maitre, economista da OIT, que vem pesquisando o impacto da construção verde na economia.

“No Reino Unido, serão criados cerca de 20 postos de trabalho para cada US$ 1 milhão investido na infraestrutura existente, enquanto na China serão cerca de 200 e no Brasil, 160. Estes também serão empregos qualificados.”

“Haverá ainda a criação de muitas vagas ligadas à construção no setor hídrico, à medida que os países tentam se adaptar às mudanças climáticas. Na Argentina, por exemplo, seu plano nacional de 15 anos para a água vai resultar em 200 mil postos de trabalho”, completa.

A crescente demanda por especialistas no setor da arquitetura sustentável significa que muitas empresas já estão com dificuldade para recrutar profissionais suficientes.

“Na parte de engenharia, estamos com dificuldade para contratar todo o pessoal de que precisamos”, conta Alisdair McGregor, diretor e engenheiro mecânico da Arup, que liderou a construção do prédio da Academia de Ciências da Califórnia.

“Em meados da década de 1990, a arquitetura sustentável era quase uma sociedade secreta de cerca de 100 pessoas que participavam de conferências, mas a partir de 2000 ela explodiu. Estamos vendo muitos clientes importantes – tanto governamentais, quanto corporativos – que estão querendo fazer isso.”
“Existe agora uma grande demanda por engenheiros criativos para trabalhar nesses projetos. As empresas de arquitetura com as quais trabalhamos estão vivendo o mesmo cenário”, acrescenta.

Alice Moncaster, especialista em construção sustentável na Universidade Aberta do Reino Unido, espera que a demanda por novas habilidades na indústria de construção também encoraje mais mulheres a assumirem funções nessa área.


Demanda por instaladores de painéis solares é uma das que têm viés de alta


“Há uma falta de diversidade chocante dentro do setor”, diz ela. “Minha esperança é que as novas habilidades [requisitadas] incentivem mais mulheres e permitam que elas cresçam em todas as profissões da área de construção sustentável.”

Empregos completamente novos provavelmente vão surgir diante da crescente demanda por edifícios verdes. A OIT prevê a criação de cargos como ecodesigner – para projetar produtos mais eficientes -, e especialistas em eficiência energética se tornarão cada vez mais importantes em países como a China e a Índia, onde o setor de construção civil está em expansão.

“Vamos ter necessidade de profissionais para atuar como consultores de emissões, por exemplo, que possam avaliar o impacto do carbono em uma construção e ajudar a reduzi-lo”, diz Wills.
“Haverá uma demanda enorme por habilidades que até agora eram amplamente especializadas.”

Para enfatizar esse aspecto, Wills mostra outro atributo literalmente verde de seu escritório – uma parede coberta de plantas que ajudam a limpar o ar.

As “paredes vivas” estão cada vez mais presentes em edifícios ao redor do mundo – o One Central Park, em Sydney, na Austrália, tem o jardim vertical mais alto do mundo, enquanto a nova sede do Google em Londres vai contar com uma ampla área verde na cobertura.

“Temos uma equipe especializada que vem cuidar da nossa ‘parede viva'”, explica Wills. Moran também acredita os prédios sustentáveis vão exigir habilidades que não tiveram muito destaque no setor da construção civil no passado.
“É preciso um conjunto de habilidades diferentes para cuidar de um telhado vivo, em comparação com o paisagismo padrão”, diz ele.
“Você precisa entender o ambiente, como a direção do sol e do vento podem afetar (o jardim). Mas também estamos vendo a tecnologia sendo integrada a tudo.”
“Nosso edifício todo é controlado por um sistema central de computadores, então, agora a gente pode andar com um iPad na mão e fazer todos os ajustes em tempo real”, explica.
“Isso é algo que vai se tornar apenas mais um atributo dos edifícios no futuro.”
Fonte: BBC Brasil

Como transformar a energia e construir a paisagem com NZEBs?


Tendo em vista as barreiras acima mencionadas e o tremendo potencial dos NZEBs, há uma necessidade urgente de uma plataforma comum, representando diferentes partes interessadas com conhecimento e experiência adequados. A plataforma poderia incluir o Escritório de Eficiência Energética, Ministério de Energia, MNRE, Ministério do Desenvolvimento Urbano, departamentos de planejamento urbano, planejadores / consultores de construção, fabricantes de material de construção, organizações acadêmicas e de pesquisa e corporações municipais. Sugerimos que um consórcio acadêmico-industrial-governamental seja criado para desenvolver e promover um roteiro NZEB bem definido para o desenvolvimento em larga escala.

O objetivo deste consórcio deve ser definir um pequeno alvo para a adoção de NZEBs na Índia, até 2030, para teste. Isso permitirá que o consórcio e outros especialistas avaliem o desempenho real dos NZEBs e resolvam problemas que possam surgir. Assim, o consórcio será capaz de desenvolver uma estratégia de design específica para integrar tecnologias energeticamente eficientes e renováveis, especialmente BIPV e RTPV. Eventualmente, o consórcio também deve ser responsável pela obtenção de apoio financeiro de diferentes agências de financiamento nacionais e internacionais.

Consórcios semelhantes devem ser reconhecidos no nível central, bem como no nível estadual. O consórcio central terá que abrigar todos os consórcios estaduais e fornecer orientação e apoio. Estas colaborações contribuirão significativamente para alcançar os objetivos solares atuais e futuros, estabelecidos pelo MNRE. A este respeito, os projetos piloto do NZEB, para os segmentos residencial e comercial, devem ser demonstrados e monitorados por todos os consórcios estaduais. Após a experimentação nos estados, os NZEBs piloto devem ser lançados em todas as cidades do país.

Enquanto isso, economias de eletricidade de longo prazo, economia de custos e benefícios ambientais dos NZEBs devem ser reconhecidos e compartilhados com o público para aumentar a conscientização por meio de canais tradicionais e sociais. Um grande número de engenheiros e técnicos deve ser treinado para projetar e desenvolver NZEBs econômicos. A Comissão Reguladora de Eletricidade do Estado (SERC) de cada estado pode formular tarifas / incentivos tarifários atraentes para vender o excedente de energia à rede local de serviços públicos. 


Enquanto isso, os departamentos acima mencionados, associados ao setor de construção, também devem planejar e desenvolver cidades com energia líquida zero, tornando os NZEBs viáveis ​​e escalonáveis, com projetos similares para todo e qualquer edifício. Pode-se argumentar que a condução de tais projetos-piloto no contexto indiano ajudará a descarbonizar o setor de construção e garantir uma completa reformulação do setor a longo prazo. 

Tais esforços têm o potencial de atender não apenas aos alvos solares, mas também cruzar as metas de maneira sustentável e segura. Eles também abrirão o caminho para a criação de um marco regulatório para os NZEBs. Podemos, assim, alcançar o sonho de compensar completamente o impacto climático adverso dos edifícios apenas implementando técnicas sustentáveis ​​e aproveitando o Sol, algum dia.

Otimizadores de energia impulsionam a eficiência solar

Otimizadores de energia trazem confiança e a inovação para o mundo da energia solar. Será o início de uma nova era de casas inteligentes e sustentáveis?


Otimizadores de energia da FusionHome, da Huawei, prometem impulsionar a produção de energia solar mantendo o investimento inicial razoável, ao mesmo tempo que estabelecem as bases para uma revolução energética nas casas inteligentes.

Com a energia solar a desfrutar de um momento com popularidade recorde, muitas pessoas estão bem conscientes dos benefícios que pode trazer. Custo da energia elétrica mais baixos e reduzidas emissões de carbono são alguns resultados de uma instalação solar. Mas, e se existir uma forma de conseguir mais retorno e maximizar a produção de qualquer instalação solar?

Esse é o raciocínio por detrás da procura pela otimização solar, ao mesmo tempo que os pesquisadores procuram utilizar tecnologias de ponta para assegurar que cada painel consiga custos otimizados, emissões de carbono reduzidas, melhor desempenho de rede e impactos do fornecimento em cadeia reduzidos.

Uma grande e importante tecnológica, Huawei, fez da otimização solar uma peça importante da sua oferta solar com o lançamento de tecnologias solares domésticas especialmente projetadas para aumentar o desempenho do painel solar.

Os produtos FusionHome da Huawei têm como objetivo responder à crescente procura por painéis solares que caibam numa grande variedade de telhados, incluindo áreas que estão parcialmente sombreados. A otimização de todo o sistema fotovoltaico significa que as sombras, em alguns painéis, não afeta o seu desempenho, resultando assim numa melhoria significativa em comparação com os painéis fotovoltaicos tradicionais.

FusionHome da Huawei

A tecnologia da empresa permite que os clientes instalem otimizadores de energia em módulos localizados em zonas com sombra provocadas por uma árvore ou chaminé, por exemplo. Isso permite que os clientes beneficiem do otimizador, nesses painéis afetados pela sombra, sem terem de suportar os altos custos associados à instalação de um otimizador onde ele pode nem ser necessário.

A solução da Huawei usa otimizador de energia, uma das tecnologias eletrônicas de potência do módulo (MLPE). O produto FusionHome está equipado com uma aplicação flexível de otimizadores de energia. O otimizador não só pode ser instalado em cada módulo para cumprir os requisitos de segurança, como também pode ser instalado para monitorizar, mas também pode ser instalado parcialmente com os módulos na sequência. Quando parcialmente conectado na sequência, o otimizador interage com o inversor para maximizar a conversão de energia solar, mitigando a incompatibilidade da potência do módulo.

De acordo com a Huawei, durante mais de 25 anos, quatro módulos podem gerar cerca de 22.400 a 33.600 kWh adicionais graças aos otimizadores de energia. Para os clientes, os otimizadores manterão os investimentos iniciais baixos e melhorarão o retorno do investimento.

Matthias Wagner, diretor de desenvolvimento e distribuição da Huawei na Europa e na Ásia Central, disse à Business Green que a empresa optou por otimizadores de energia em relação aos microinversores, porque a utilização de vários inversores poderia reduzir a eficiência e aumentar a probabilidade de surgirem falhas.

Para o Wagner, otimizar o desempenho solar não é apenas uma forma de conseguir mais retorno financeiro para os clientes, mas também uma forma de criar bases para uma revolução na produção de energia.


“FusionHome é o primeiro passo na automação residencial”, disse Wagner. “É o cérebro do edifício no que diz respeito à utilização da energia. Isso significa que, para todas as aplicações, pode reduzir o consumo de energia e, portanto, os custos”.

A otimização do painel solar é uma parte fundamental do quebra-cabeças que resultará numa fusão entre os sistemas de gestão e de automação residencial, que poderão ser aplicadas em breve nos pontos de carregamento para os veículos elétricos e em unidades de armazenamento de energia.

“Num futuro próximo, a FusionHome poderá integrar e gerir outros sistemas em casa”, prevê Wagner. “Mas, primeiro precisamos ter melhores padrões industriais em automação doméstica. A Huawei criou uma interface aberta para conectar dispositivos inteligentes e, no futuro, esses dispositivos serão tão comuns como máquinas de lavar louça com conexão Wi-Fi”.

Acrescentou ainda que essa automação na gestão de energia deve começar por ser aplicada em residências antes de ser implementada em empreendimentos maiores. Argumentou ainda que a Huawei já tem o conhecimento e a tecnologia para fornecer essas soluções integradas de gestão da energia.

Trazer a confiança e a inovação para o mundo dos equipamentos solares, pode não apenas resultar em melhores retornos financeiros, como também pode dar início a uma nova era de casas mais inteligentes e sustentáveis.

Dicas para remodelações amigas do ambiente


Felizmente, é possível tomar medidas para fazer remodelações amigas do ambiente. Veja as nossas dicas e poupe ainda dinheiro.

Remodelar uma casa pode dar-lhe um início fresco e saudável, até que comece a preocupar-se com questões como o impacto ambiental dos materiais comprados ou os desperdiçados, das novas toxinas introduzidas, e muito mais.

Planeie as suas remodelações amigas do ambiente

Durante a fase de planeamento é a altura ideal para se começar a pensar sobre os aspetos ambientais da sua remodelação. Considere o ambiente quando for contratar profissionais, decidir o que vai fazer com os materiais demolidos, e durante a escolha dos novos materiais.

Contratar profissionais amigos do ambiente

Se a sua remodelação é uma obra séria, como refazer uma cozinha ou acrescentar um quarto à casa, provavelmente vai contratar uma série de profissionais, como um arquiteto para projetar o projeto, um engenheiro para rever os planos, e um empreiteiro para gerir a construção.

Contratar os profissionais certos é a sua primeira oportunidade de fazer escolhas amigas do ambiente. Comece por perguntar a vizinhos e amigos, e por pesquisar na internet quais os profissionais que se destacam pela experiência em remodelações amigas do ambiente. Quando os encontrar, peça exemplos de trabalhos e peça para explicarem o que fazem em especial nas suas remodelações que as tornem amigas do ambiente. Para além de tudo isto, os profissionais saberão mais sobre a toxicidade e a sustentabilidade de determinados produtos, bem como a forma de tirar o maior proveito da luz natural e do calor, reduzindo assim o consumo.


Pense nos materiais demolidos

Enquanto está a planear como demolir o que tem, pense no que irá fazer com esses materiais. Quanto menos desprestígio, melhor. Considere se consegue reutilizar ou reaproveitar alguns materiais antigos. Além disso, descubra se é possível vender ou doar os materiais utilizáveis.

A escolha dos materiais. A fase de planeamento é também quando você vai decidir os materiais que deseja usar. Procure produtos certificados. Todos os produtos certificados são submetidos a procedimentos de certificação rigorosos para testar o impacto ambiental.

Veja também os melhores substitutos amigos do ambiente, muitos dos quais irão ser mais baratos que os seus concorrentes menos amigos do ambiente. Por exemplo:
  • Linóleo, em vez de vinilo. Segundo a Greenpeace, o vinil é o plástico mais prejudicial para o ambiente, e é feito com substâncias que podem contribuir para problemas de saúde graves. O verdadeiro linóleo, é feito a partir de óleo de linhaça, e é uma escolha melhor.
  • Poucas ou nenhumas tintas com VOC. As tintas regulares libertam compostos orgânicos (VOC), mas as tintas sem VOC estão agora disponíveis.
  • Bambu, cortiça ou madeira recuperadas em vez de carpetes ou madeira. As carpetes são uma particularmente má escolha porque emitem muitos VOCs. Se quiser ter uma carpete, procuro produtos certificados. Considere opções Eco-Friendly como a utilização de cortiça e bambu, sendo que ambos crescem rapidamente, os custos serão mais acessíveis.

Considerações especiais, projeto a projeto

Aqui seguem alguns dos projetos de remodelações mais comuns, juntamente com alguns conselhos específicos sobre o que pode fazer para torná-los Eco-Friendly.

Remodelação de uma cozinha

As cozinhas estão no topo da lista das remodelações da maioria das pessoas. Se está a remodelar a sua, aqui estão algumas ideias para torná-la mais Eco-Friendly:
  • Escolha aparelhos com classificação da Energy Star, que usarão menos energia e muitas vezes não custam mais.
  • Coloque armários livres de formaldeído para evitar a libertação de toxinas ambientais. Melhor ainda, seria você escolher o tipo de madeira baseado na certificação FSC para um material mais Eco-Friendly.
  • Instale alternativas ao granito, como: bancadas com conteúdo reciclado, incorporando vidro, papel ou cortiça.
  • Obtenha um filtrador de água em vez de comprar água engarrafada.
  • Tire proveito da luz natural, com janelas bem colocadas.
  • Mantenha a geladeira fora da luz solar e longe do fogão, para evitar aquecer desnecessariamente e ter de trabalhar mais.

Remodelação de uma casa de banho

As casas de banho são outro lugar que fica nos topos das listas de remodelações. Aqui ficam algumas dicas Eco-Friendly:
  • Substitua as sanitas por modelos de baixo fluxo.
  • Instale azulejos feitos de material reciclado.
  • Use cabeças de alta pressão no chuveiro, para evitar usar muita água.

Construção de um novo espaço

Se está a adicionar um novo espaço à sua casa, preste atenção a estas dicas Eco-Friendly:
  • Não construa mais do que precisa. Consumir e cobrir o menos possível de terra é sempre amigo do ambiente.
  • Instale ventiladores de teto para manter o ar quente em baixo no Inverno e para fornecer ar fresco no Verão.
  • Instale isolamento nas paredes para evitar a transferência de calor.
  • Coloque estrategicamente janelas e saliências para aproveitar o calor do Sol.

Considere as remodelações Eco-Friendly, visto que permitem ajudar a reduzir o impacto ambiental e ao mesmo tempo a poupar dinheiro.

6 Formas de tornar a sua casa mais sustentável

Com as altas temperaturas que se têm feito sentir nos últimos dias, reduzir as emissões de carbono e ter um estilo de vida mais sustentável são objetivos que todos devemos ter e ajudar a alcançar.

O jornal The Independent avançou este mês que a Terra corre o risco de cair num estado de “hot house”:

“Mesmo que as emissões de gases com efeito de estufa sejam reduzidas, existe a possibilidade de o aquecimento global, provocado pelo homem, provoque outros fenómenos que levarão a um aquecimento incontrolável.”

Enquanto os céticos em relação às mudanças climáticas apontam para a onda de calor de 1976 como evidência de que este é apenas mais um fenômeno da natureza, não podemos acreditar nestes argumentos quando as temperaturas registadas batem recordes todos os anos e por todo o mundo.

Se quer fazer alto em relação ao aquecimento global, há muitas formas de tornar a sua vida um pouco mais sustentável.

Coloque painéis solares

Desde que os incentivos sobre a energia solar foram reduzidos em 2016, houve uma pequena desaceleração na indústria, mas a energia solar ainda é a forma mais fácil de reduzir as suas emissões de carbono e produzir energia sustentável.

Instalar um sistema solar na sua casa tornou-se bastante mais barato nos últimos anos e conseguem durar mais de 20 anos. Durante todo esse tempo, estará a produzir a sua própria energia e a reduzir as emissões de carbono do país e do mundo. Se conseguir combinar a instalação de painéis solares com baterias, conseguirá ainda mais beneficiar da energia que irá produzir.

Instale uma bomba de calor

As bombas de calor retiram o ar quente que está no subsolo e transformam-no em calor para a sua casa, basicamente através de um processo reverso semelhante ao do seu frigorífico.

Embora as bombas de calor possam ser caras de instalar, elas têm um custo de operação e manutenção bastante baixos. Conseguindo obter o retorno do seu investimento em pouco tempo.

Compre um carro elétrico

Todos os países estão à procura da melhor maneira de conseguir eliminar gradualmente o número de veículos a diesel e a gasolina a circular nas estradas até 2040. A acompanhar este objetivo, todos os produtos estão a investir em carros híbridos ou totalmente elétricos. Esta está a ser uma mudança muito grande na forma como conduzimos, muito devido ainda à falta de uma vasta rede de carregamento que ainda precisa de ser implementada.

O governo está a oferecer incentivos para todos aqueles que adquirirem um veículo híbrido ou elétrico.

Mude para iluminação LED

Nem todas as mudanças rumo à sustentabilidade precisam de ser caras. As próximas três dicas são relativamente simples e devem custar-lhe pouco ao seu bolso.

Mudar as suas lâmpadas antigas por iluminação LED é uma ótima escolha para a sua carteira e para o meio ambiente. É algo que pode ir fazendo progressivamente se não tiver a capacidade para alterar todas de uma só vez. Depois das alterações, compare a sua fatura de energia antiga e a nova e irá ficar surpreendido.

Troque de fornecedor de energia

Antigamente, tínhamos apenas a EDP como fornecedora de energia, mas agora a concorrência é cada vez maior. Surgiram novas empresas no mercado liberalizado que podem conseguir oferecer-lhe melhores preços e com uma matriz energética mais verde, com grandes quantidades da energia vendida a terem origem em fontes renováveis.

Se quer ajudar a caminhar na direção de um futuro sustentável, mudar para um fornecedor que aposte nas energias renováveis irá ajudar.

Instale um medidor inteligente

Por último, outra pequena coisa que pode fazer para reduzir a quantidade de energia elétrica que utiliza é a instalação de um medidor inteligente. É muito fácil de instalar e permite-lhe acompanhar detalhadamente os seus consumos. Entre em contacto com o seu fornecedor de energia ou com outra empresa da área e mande instalar um medidor inteligente.

Ao mesmo tempo que investe nestas 6 dicas que pôde ler em cima, desligue as luzes e os aparelhos que não está a utilizar e diminua o ar condicionado em um ou dois graus. Pequenos gestos como estes também podem ajudar e muito!

Casa do futuro: projeto que respeita natureza e gera economia já é realidade


O sonho de viver em uma “casa do futuro” parece cada vez mais possível no presente. Utilizando recursos naturais e técnicas de construção sustentáveis, as residências ecologicamente corretas já são uma realidade. Especialistas afirmam que, além de respeitar o meio ambiente, as moradias verdes podem ser eficientes, econômicas e, principalmente, mais saudáveis.

Para quem ainda está na fase de construção, a dica é investir em um bom projeto, ou corre-se o risco de gerar mais prejuízos e problemas, tanto para o usuário quanto ao meio ambiente, alerta a arquiteta Iara Ferraz, especialista em edificações sustentáveis. “Apesar de parecer simples, nem todas as soluções servem para todos os lugares.”



O potencial de economia de energia elétrica é um dos principais aspectos da chamada “casa do futuro”. Mas para funcionar bem é necessário, na base, um bom planejamento de eficiência energética, garante a arquiteta.

“Ainda não temos no Brasil a utilização de fontes de energias renováveis em larga escala, como a fotovoltaica, eólica, por isso nossas edificações ainda são todas construídas e pensadas para o uso da rede elétrica”, observa Ferraz.

Por isso, além de placas solares no teto, do uso de lâmpadas LED, de baixo consumo, de aparelhos eletrodomésticos com selo Procel (de eficiência energética), a arquiteta recomenda a atenção especial ainda no projeto, para alguns detalhes bem específicos.

“O posicionamento das aberturas da casa deve considerar o comportamento do sol onde a edificação será construída. Saber em quais horas há mais incidência de luz solar permite usar essa iluminação natural durante boa parte do dia, reduzindo assim o consumo de energia elétrica”, explica a arquiteta.

Muitas construções de uso comercial já utilizam a captação de luz natural, gerando assim uma economia importante, pois durante várias horas do dia a iluminação elétrica torna-se desnecessária.

Essas edificações além de “verdes”, ou “ecológicas” são inteligentes, diz a arquiteta. Segundo ela, basta olhar para os muitos prédios pela cidade, cheios de janelas, mas que não permitem iluminação natural em seu interior. “Precisam de luzes acesas o tempo todo, mesmo em um dia iluminado, é uma dicotomia.”

Ventilação

O posicionamento correto das aberturas da edificação também pode fazer toda a diferença em outros pontos importantes. “A ventilação natural vai manter a casa sempre arejada e saudável, por causa da renovação do ar, que impede a proliferação de microrganismos no ambiente e pode ainda dispensar o uso de ar-condicionado, umidificadores ou ventiladores, o que vai representar também uma economia e tanto para o bolso”, observa Ferraz.

A especialista lembra que nessa questão térmica, a casa pode ainda contar com o auxílio luxuoso de elegantes plantinhas. “O ideal é optar pelo tipo de vegetação que mantém as folhas nos períodos quentes mas que as perde no frio”. Na frente da janela da sala, por exemplo, uma espécie desse tipo, durante o verão pode fazer sombra e evitar que o sol intenso da tarde cozinhe o ambiente, e no inverno ela vai permitir que a luz solar entre e deixe a casa desejavelmente mais quentinha.



Fonte: Metro