Mostrando postagens com marcador IRRIGAÇÃO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador IRRIGAÇÃO. Mostrar todas as postagens

Painéis solares para garantir pastagens com 4.000 metros de altura no Peru

A comunidade da lagoa de Chullpia conseguiu construir, graças às indicações de Juansergio Castro, formado em Ciências Agrícolas na Universidade Altiplano, um grande painel solar flutuante formado por 34 painéis que, juntamente com uma estrutura de metal e borracha reciclada, cobrem a lagoa capturando os raios do sol diariamente.

Após vários meses de trabalho, a comunidade de Chullpia conseguiu construir um grande painel solar flutuante. São 34 painéis que, juntamente com uma estrutura de metal e borracha reciclada, percorrem a lagoa capturando os raios do sol diariamente. Foto: PNUD Peru / Giulianna Camarena

Na Lagoa Chullpia, localizada a 4.000 metros de altura em Puno, Peru, o oxigênio é escasso e as temperaturas caem à noite.

As pessoas que vivem ao redor da lagoa não têm acesso à eletricidade. E os efeitos das mudanças climáticas já estão sendo sentidos na região, com mais tempestades, geadas e secas imprevisíveis. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a agricultura insustentável esgotou os solos e reduziu o volume que os agricultores podem produzir.

Com apenas 28 anos e após se formar em Ciências Agrícolas na Universidade Altiplano, Juansergio Castro inventou um método para extrair água da lagoa e usá-la para irrigar pastagens próximas: em colaboração com a comunidade, ele conseguiu construir um grande painel solar flutuante formado por 34 painéis que, juntamente com uma estrutura de metal e borracha reciclada, atravessam a lagoa capturando os raios do sol diariamente.

Embora agora esteja funcionando com sucesso, a equipe enfrentou muitas dificuldades no início. “Trabalhamos muito para construir os reservatórios e instalar os tubos. Um dia trabalhamos e no dia seguinte a chuva arruinou tudo e tivemos que começar de novo ”, explica Juansergio.

Os painéis solares acionam um motor que preenche onze reservatórios de água construídos em torno de Chullpia. A água é usada para irrigar pastagens próximas e garantir as pastagens de alpacas, lhamas e vicunhas.

Energia solar ajuda na solução da estiagem no semiárido Piauiense


A energia solar vem transformando a vida de agricultores, no semiárido piauiense, com alternativas para enfrentar a seca. No Povoado Canto da Vereda, a 50 km do Centro de Oeiras, agricultores não dependem mais do açude quase seco da comunidade para conseguir água. Aliás, um período muito comum por lá, conhecido como a estiagem no semiárido. Um período de secas e baixo nível de água nos rios.

Com os raios solares, eles conseguem bombear a água do poço para irrigação, animais e consumo próprio. Desde que a novidade chegou na comunidade há um ano, a irrigação não falha, a água sai na hora e na quantidade certa, deixando a horta viva.

“Antes a gente precisava não só do óleo, combustível do poço, como também toda a manutenção do motor. Às vezes quebrava, dava problema e a gente ficava semanas sem água”, lembrou a agricultora Diva da Silva.

O agricultor Luiz Costa foi outro que acreditou na transformação que as placas solares trariam para o campo. Elas estão instaladas na parte onde nada brotava da terra, mas os raios de sol que antes matavam, agora estão ajudado a resgatar a agricultura e pecuária da região.

Na propriedade com 40 hectares, o agricultor cria ovelhas, bodes e galinha. Ademais, faz cultivo de macaxeira, melancia, batata doce, acerola, maracujá, pequi e cajueiros. O sucesso no negócio também ajudou a expandir outras áreas no terreno.

“Com este benefício que a gente implantou aqui, o pequi também se sentiu valorizado, privilegiado e com esta safra vai trazer mais uma hora extra, que a gente não tinha”, declarou.

Fonte: G1

Projeto inovador leva energia, água e comida ao Sertão

Protótipo criado pela rede Ecolume tem apoio do CNPq com o mote de “plantar água, comer caatinga e irrigar com o sol”.
Horta será plantada embaixo das placas solares, aproveitando a sombra. Foto: Alexandre Gondim

Um projeto ambicioso pretende levar segurança energética, hídrica e alimentar para o Semiárido nordestino. O protótipo desenvolvido pela rede Ecolume está sendo instalado na cidade pernambucana de Ibimirim, no Sertão do Moxotó, a 330 quilômetros do Recife. Com um investimento de R$ 420 mil originários do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), placas solares, hortas e tanques de irrigação trabalham em conjunto para minimizar as dificuldades impostas pelo clima local. O mote é a possibilidade de “plantar água, comer caatinga e irrigar com o sol”.

O protótipo está sendo instalado na unidade educacional do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) em Ibimirim. São dez placas solares que deverão suprir a demanda de energia do local. Sob os painéis fotovoltaicos, o espaço com sombra será aproveitado para a plantação de hortaliças – mais sensíveis ao sol forte – e criação de animais de pequeno porte, como galinhas. Um tanque de mil litros de água é usado para fazer a irrigação (com uso da energia gerada pelas placas) e criação de peixes.

“A estimativa é de apenas 20% de perda de água ao longo de cerca de dez dias. Ou seja, aquela comunidade só precisa repor aquela quantidade perdida por evaporação ou pelo uso das plantas”, detalha a coordenadora do Laboratório de Mudanças do Clima do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) Francis Lacerda, que faz parte da iniciativa.

Os detalhes da pesquisa serão apresentados nesta terça-feira (7) ao projeto Bota Na Mesa, realizado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo. “A proposta é que os três elementos (energia, água e alimentos) trabalhem de forma sinérgica em plena caatinga frente às questões atuais de mudança climática”, explica Francis. O estudo foi um dos três selecionados no Nordeste e o único de Pernambuco entre os 75 escolhidos de todo o País pela FGV.

Nessa segunda-feira (6) a iniciativa foi apresentada em um colóquio promovido pelo Centro de Energias Renováveis (CER) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Além de Francis, o evento contou com a participação do coordenador do Sistema de Modelagem Brasileira das Mudanças Climáticas, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Paulo Nobre, que falou sobre a importância da de exploração de fontes renováveis de energia para o futuro da sociedade.

De acordo com os integrantes da rede Ecolume, a manutenção do sistema integrado exige entre duas e três horas por dia, o que permite que uma família reveze essa atividade e ainda tenha tempo suficiente para se dedicar à agricultura. “Nosso objetivo é encontrar formas de entender as condições da região e usá-las ao nosso favor. Deixar de focar só no problema, que é a seca, e driblar isso com soluções adaptáveis”, destaca a pesquisadora do IPA.

O estudo ainda vai analisar a interação entre os elementos do sistema e verificar se, por exemplo, o plantio de uma horta pode aumentar a eficiência das placas solares, já que o equipamento diminui sua produtividade ao atingir uma determinada temperatura. Outra hipótese a ser confirmada ao longo dos próximos dois anos de realização da pesquisa é a recuperação do solo degradado.

FINANCIAMENTO

O uso de placas solares para suprir a energia necessária para a irrigação no interior nordestino é um dos focos do programa FNE Sol, do Banco do Nordeste (BNB). “A irrigação exige um consumo de energia significante, que nem sempre é acessível a um produtor rural nordestino. O programa, então, permite que esse agricultor seja autossuficiente”, afirma o superintendente de Negócios de Varejo e Agronegócio do BNB, Luiz Sérgio Farias. A linha os mini e pequenos produtores têm acesso ao financiamento para a compra de sistemas fotovoltaicos com taxa de 5,29% ao ano. As mensalidades ainda podem ter um abatimento de 15% para os consumidores que pagarem em dia.

Fonte: Jc Online

Indígenas celebram colheita na seca graças a sistema de irrigação movido a energia solar

Placas solares mantêm equipamento de captação da água do rio Tocantins, que irriga uma lavoura. Milho, feijão, abóbora e outras verduras sustentam famílias Xerente.
Irrigação é movida a energia solar (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Nesse período do ano, a produção da maioria das lavouras do estado faz uma pausa. A seca dificulta o plantio, mas o cenário é diferente numa aldeia indígena em Tocantínia, na região central do estado. É que um projeto de irrigação movida a energia solar tem levado água do rio Tocantins às plantações. O resultado é uma roça verde mesmo na estiagem e alimentos que dão sustento aos indígenas Xerente.

Debaixo do sol forte, os indígenas colhem feijão, milho, abóbora e outras verduras. “Roça bonita. Está cheirosa a flor do milho. Cheira longe”, comemorou um dos moradores da aldeia. Para eles, o projeto leva alimentação para a mesa.

Indígena colhe milhos e comemora plantio durante a seca (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

A cidade de Tocantínia foi impactada com a construção de uma usina hidrelétrica há 15 anos. A reserva fica ao lado do rio Tocantins. As águas abastecem as aldeias e a agricultura. Durante a cheia, as margens ficam cobertas pela água e quando o rio baixa, a terra que estava no fundo passa a ser fértil. O problema é que na região, o ciclo das águas não é mais o mesmo.

O jeito foi aproveitar o sol, que é forte o ano inteiro. Com a ajuda de uma ONG e de pesquisadores do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), quatro placas solares passaram a gerar eletricidade. São 1.025 watts de energia que ajudam a levar água para as plantações.

A energia de graça mantém o equipamento de captação de água do rio, que irriga uma lavoura do tamanho de um campo de futebol.

Projeto de irrigação mantém roça verde em pleca seca (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O sistema de irrigação é por gotejamento. “Fazia algum tempo que eles não tinham mais a prática de plantar, de ter o seu cultivo na sua roça. Isso vem somar melhorando a dignidade, a qualidade de vida, explicou Hertz Ward, representante do Instituto Ekos de Pesquisa Ambiental.

“Tinha que ser uma alternativa que não colocasse, impusesse esse custo mensal. A placa de energia solar é que soluciona essa atribuição”, complementou a bióloga do IFTO, Sylvia Setubal.


A comida tem feito a diferença para cerca de 10 famílias da aldeia. “Eu posso plantar e colher e ter minha sustentabilidade no próprio lugar em que eu vivo”, celebrou o indígena Antonio Claudio Xerente.

Fonte: G1

Energia Solar é a aposta para equipamentos de irrigação


Pivôs funcionando 24 horas na fazenda sem estarem conectados à energia elétrica e novas tecnologias para controle e gestão do processo são algumas das soluções apresentadas na Agrishow, em Ribeirão Preto, por empresas fabricantes de equipamentos de irrigação.

O sistema integrado, que envolve energia gerada por painéis fotovoltaicos quando há luminosidade e por biomassa nos intervalos sem luz, está sendo desenvolvida pela Fockink, empresa gaúcha há 76 anos no mercado, que participa da feira desde a primeira edição, em 1994.

O sistema foi criado dentro da empresa de 800 funcionários, que tem 25 engenheiros trabalhando apenas com projetos de inovação. Os primeiros equipamentos integrados devem ser instalados no segundo semestre em fazendas do Mato Grosso.

A vedete da Fockink, empresa 100% nacional, no entanto, é um novo pivô com movimento contínuo, com mais vida útil e eficiência energética, utilizável em áreas de 3 a 250 hectares. “O equipamento gera uma economia de 50% em energia”, garante Oscar Strucker, gerente de marketing.

Pelo menos 15% dos negócios fechados pela marca no ano nascem na Agrishow, considerada a principal vitrine para a empresa que participa também de outras 10 feiras agrícolas por ano. Segundo Oscar, o produtor geralmente estuda dois ou três anos antes de colocar o primeiro pivô na fazenda. “O custo benefício é tão alto que, já no ano seguinte, ele volta com o mapa de sua área perguntando onde consegue instalar mais pivôs.”

A novidade em controle e gestão do processo de irrigação é o destaque do estande da Netafim, empresa de Israel fundada em 1965 e que atua em mais de 110 países, com soluções de irrigação por gotejamento ou aspersão. O equipamento NetBeat, lançamento global, recebe os dados enviados pelos sensores instalados no campo, transforma em sinais de rádio e envia para a nuvem, onde estão também os dados agronômicos sobre irrigação disponibilizados pela Netafim.

Segundo Danilo Silva, gerente de distribuição, com o NetBeat o produtor terá em mãos todos os dados necessários para programar a irrigação ou gerenciar a aplicação pelo celular ou computador. O equipamento será comercializado a partir do próximo semestre.

A Irrigabras, empresa de Barueri que vende pivô central há mais de 30 anos, aposta na eficiência e alta resistência de seus equipamentos para conquistar o cliente na feira. O equipamento também pode ser controlado à distância por internet.

A Irrigabrasil, de Pinhais (PR), apresenta como destaque na feira a barra irrigadora que substitui o aspersor canhão, gerando mais eficiência na aplicação.

Fonte: Revista Globo Rural

Vinícola Gaúcha é 1ª da América Latina movida a energia solar


O setor agropecuário representa um grande potencial para o mercado de energia solar fotovoltaica no país, tendo diversas aplicações desde bombeamento para irrigação, a resfriadores para a produção leiteira, cercas elétricas para o manejo do gado, entre outras funções.

Ainda assim, os investimentos em energia fotovoltaica no meio rural estão iniciando, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o agronegócio responde por menos de 2% dos sistemas fotovoltaicos instalados no país.

Mas, para quem visita a vinícola boutique Guatambu Estância do Vinho, de administração familiar e produção em pequena escala, localizada na cidade de Dom Pedrito, na campanha Gaúcha, se depara com seu parque solar com 600 painéis fotovoltaicos.

A vinícola, que possui desde maio do ano passado o sistema instalado em seu estacionamento, tornou-se a primeira vinícola da América Latina alimentada por energia solar. Seus painéis solares suprem em até 90% o gasto com eletricidade do empreendimento, que era de aproximadamente 15 mil reais e hoje, a quantidade de energia gerada supera seu consumo médio mensal, gerando excedente para abastecer o bombeamento da irrigação e os secadores de grãos. 



Segundo o proprietário, Valter José Pötter, o sol não era a primeira escolha de fonte de energia no projeto, mas, se tornou a melhor solução econômica: “Antes de construir, fizemos um convênio com o Centro Eólico da PUC para pesquisar a regularidade e intensidade dos ventos aqui na região. Depois de um ano e meio de pesquisa, veio o veredicto: vento médio. Em síntese, precisaria de um forte investimento em geradores eólicos que demorariam cerca de 15 e 20 anos para se bancar. Na sequência, partimos para o projeto de energia solar. Instalamos um piloto de 18 placas solares a fim de estudo e testes durante dois anos e meio e foi um sucesso”.

Com um investimento de 1,3 milhões, o sistema fotovoltaico tem previsão de retorno de até oito anos, e além de economizar em eletricidade, o investimento proporciona a redução da emissão de gases poluentes e ainda gera créditos com a distribuidora local, pela energia excedente que não for utilizada.

A expectativa é de que, com a instalação do sistema fotovoltaico, anualmente o produtor terá uma economia de R$ 200 mil, chegando a economizar cerca de 5 milhões durante toda a vida útil do sistema.

Piauiense cria projeto de captação de água subterrânea utilizando luz solar

Painel Solar Projeto de Captação de Água (Foto: João Fonseca/Arquivo Pessoal)

Com o desejo de ajudar sua cidade natal a sanar o problema da falta d'água, o piauiense João Gualberto Fonseca, de 49 anos, criou um projeto que utiliza a energia solar para captação de água no subsolo. O idealizador do ação mora há 28 anos em São Paulo e instalou o projeto para utilização em agricultura irrigada em Landri Sales, a 370 km de Teresina.

"Costumo dizer que saí do Piauí, mas o Piauí não saiu de mim. Não consigo fingir que não vejo as dificuldades que as pessoas da minha cidade passam principalmente por conta da seca. Por isso criei o projeto, para ajudar minha Landri Sales a poder fazer o cultivo sem se preocupar com a seca", explicou o idealizador.

João Fonseca trabalha como eletricista industrial na capital paulista e utilizou seu próprio dinheiro, conhecimento e pesquisas para aperfeiçoar o projeto que ainda está em fase experimental. Além do relação pessoal com o lugar escolhido para implantação, o idealizador destaca que há em abundância a matéria prima necessária para o sucesso do projeto: sol.

Irrigação do Projeto de Captação de Água (Foto: João Fonseca/Arquivo Pessoal)

"Para que dê certo, precisamos de sol e água e temos muito! Nosso estado tem sol durante quase o ano todo e grandes lençóis freáticos de onde podemos tirar cerca de 80 mil litros de água por dia para irrigar as plantações, proporcionando assim o cultivo e venda de produtos dentro do município, gerando renda", acrescentou.

Cinco famílias da zona rural de Landri Sales se beneficiam da fase de teste do projeto. Estas tem cerca de 15 mil metros quadrados para cultivo de tomate, pimentão, repolho, couve, milho verde, mandioca, melancia e abóbora utilizando a água captada para irrigação.

A energia solar captada é convertida em energia elétrica e utilizada em uma bomba hidráulica de um poço tubular, captando assim água dos lençóis freáticos. Segundo João Gualberto, testes no sistema já conseguiram captar 80 mil litros de água por dia, com possibilidade de aumentar essa vazão para até 100 mil litros.

O agricultor Pedro dos Santos Chaves, um dos beneficiados com a empreitada, acredita que com incentivo, o projeto pode beneficiar mais famílias e a geração de renda de todo o município.

"Eu acredito no projeto e acredito que ele ajudará outras pessoas também. Tudo que comemos hoje vem de outro estado. Temos a oportunidade de conseguir utilizar o que for cultivado aqui mesmo, dessa forma podemos baixar o custo dos produtos e gerar renda para o município. É uma oportunidade pra gente crescer", acredita o agricultor.

Fonte: G1

Sistema Solar em Fazenda na cidade de Capitão Enéas no Interior de Minas é usado para tocar pivô central

Energia Solar Fotovoltaica no campo facilita a vida de agricultores rurais

Na região de Capitão Enéas, Minas Gerais foi implantado um sistema rural On-grid com capacidade para gerar 17,2kWp.

Sendo na época (2015) a segunda usina do mesmo tipo instalada na região. Toda energia gerada faz funcionar um pivô central utilizado para irrigação.

Proprietário da Fazenda Lagoa do São João, Dr. Joaquim Manuel de Oliveira informa que o investimento de R$ 160 mil deve ser recuperado em quatro anos. O engenheiro de produção, Matheus Bastos, cita que o sistema elétrico convencional apresentava consumo e custo elevados: “A expectativa é zerar o custo anual. Épocas com menor demanda de energia e maior produção geram créditos para outros momentos”.

Compreendendo todas as vantagens da energia solar fotovoltaica, o Sr. Joaquim Manuel, apostou na tecnologia e instalou em sua fazenda. Satisfeito com o investimento, hoje colhe lucros e vantagens.

“Por ser uma tecnologia limpa, que não causa danos ao meio ambiente, aconselha que todo produtor rural deveria ter uma usina fotovoltaica pelo fato do Brasil ser abundante em incidência solar”. Afirma Sr. Joaquim Manuel Oliveira.

Fazenda em Capitão Enéas utiliza energia solar para tocar pivô central

A Cemig tem investido para ampliar a sua atuação nessa área, já que existe expressivo aumento da demanda por novas ligações à sua rede de distribuição, principalmente públicos de áreas rurais.



Por Clésio Robert Caldeira

Energia solar para as cidades mais inóspitas de Puno


A energia solar obtida a partir do uso de radiação eletromagnética do sol, é estabelecido como uma das alternativas para promover a indústria de energia renovável e limpa, de uso doméstico como comida ou aquecimento de água e geração de energia.

A geração de energia solar através do uso de painéis, é uma das tecnologias que vem sendo cada vez mais utilizada em países como Japão e Tailândia, apenas neste último está localizada a fábrica de Lopburi, uma das maiores do mundo. A fábrica de Lapburi, na Tailândia, tem 500.000 painéis que absorvem energia solar, o que se traduz em eletricidade para 70.000 residências e estima-se que evite a produção de 52.000 toneladas anuais de dióxido de carbono.

Obviamente, o sol como fonte de energia contribui para a preservação do meio ambiente e por isso busca massificar essa tecnologia.

Em outubro de 2012, o Peru inaugurou a primeira usina de energia solar na América do Sul, localizada na região de Arequipa, e foi construída pelas empresas espanholas Solar Pack e Gestamp Solar.

Enquanto, em março deste ano, o presidente Ollanta Humala, nas regiões de Tacna e Moquegua, inaugurou duas usinas solares feitas por empresas espanholas. A Usina Fotovoltaica de Tacna, com um investimento de 250 milhões de soles e sua produção anual de energia é estimada em 47.196 megawatts. A Usina de Moquegua, com um investimento similar, é estimada em 50.676 megawatts de sua produção anual.

A geração de energia solar através do uso de painéis, é uma das tecnologias que vem sendo cada vez mais utilizada em países como Japão e Tailândia, apenas neste último está localizada a fábrica de Lopburi, uma das maiores do mundo.

Na região de Puno, já existem experiências sobre o uso de energia solar em uso doméstico e o desenvolvimento de tecnologias de irrigação. Existe um plano piloto no distrito de Paucarcolla, o mesmo que está sendo promovido pela autoridade local.

Recentemente, os funcionários do Ministério da Agricultura visitaram a área, a fim de avaliar os resultados do uso do sol como fonte de energia para a atividade agrícola e isso, por sua vez, pode ser replicado em outras regiões do país.

Na ocasião, o trabalho realizado por um grupo de agricultores que, com a utilização de painéis solares, implementaram irrigação tecnificada para a produção de pastagens cultivadas e estufas, foi considerado como uma experiência bem sucedida.

O sol, considerado uma fonte inesgotável de recursos, no futuro poderia se tornar uma revolução na indústria de energia, é o que se busca no Ministério de Minas e Energia (MEM).

Segundo o banco de dados do MEM, na região de Puno, estima-se que existam 400 mil residências, localizadas em lugares inóspitos e sem eletricidade, devido à inacessibilidade das mesmas.

Diante dessa situação, surge a ideia de promover projetos de eletrificação rural, através do uso de painéis e aproveitando a energia solar, para que populações remotas com baixos recursos econômicos possam acessar o serviço de energia elétrica.

Neste contexto, ontem, no auditório do Governo Regional, foi realizada a reunião entre os consultores do MEM e os prefeitos distritais, onde foi proposta a realização de projetos de eletrificação rural, através do uso de energia solar.

Foi relatado que mais de 44 mil residências nas 13 províncias da região se beneficiarão do projeto de eletrificação rural, realizado pelo Ministério de Energia e Minas (MINEM) e que contará com o apoio do Governo Regional.

Néstor Vargas Céspedes, consultor da MINEM, disse que o projeto contempla a instalação de mais de 40 mil painéis solares, com um investimento de US $ 44 milhões, tendo como prioridade as províncias de Carabaya e Melgar.

"Puno será uma região privilegiada com a instalação desses painéis solares ou fotovoltaicos, cujo custo é de mil dólares cada um e que serão totalmente assumidos pelo Estado, para beneficiar as localidades que ainda não têm eletricidade vital para o desenvolvimento de suas vidas ", disse o especialista da MINEM.

A expectativa é que o projeto, que seria executado no primeiro trimestre de 2014 e meio ano atrás, teria 44 mil casas com serviço elétrico.

Desta forma, o objetivo é solucionar a falta de energia elétrica nas populações mais pobres de Puno, aproveitando a energia solar, considerada uma das energias renováveis ​​mais desenvolvidas e utilizadas no mundo.