Maior painel solar entregue pela empresa conta com potência instalada de 334,75 watt-pico.
Foto: Ironildo Machado/Insole/Divulgação.
Atuando há cinco anos no mercado de energia solar, a empresa pernambucana Insole recebeu novos aportes financeiros no ano passado, mudou a estrutura societária e diversificou as atividades. O resultado disso foi a abertura de 22 novas unidades no Brasil, sendo 14 em Pernambuco. Neste ano, a Insole entregou o maior telhado solar já produzido pela empresa no estado e a meta é inaugurar 50 lojas até o fim do ano, consolidando a tendência de crescimento.
"Nós passamos a ser uma Sociedade Anônima (S.A), o que mostra uma mudança de comportamento empresarial com a entrada de novos investidores", explica Ananias Gomes, diretor-presidente da companhia. Com isso, segundo ele, a Insole deixou de focar apenas na venda de serviços e passou a oferecer novas opções aos clientes. "Dentro dessa mudança passamos a ter um novo formato de financiamento direto aos clientes, utilizando também parceiros estratégicos. Com isso, passamos a ser uma espécie de fintech voltada à energia solar e, em vez de atuar apenas na estruturação (dos sistemas), passamos a fazer o financiamento direto".
Apesar de não revelar valores nem quem são os novos investidores, Gomes destaca que no ano passado a base de clientes quadruplicou. "Não existe uma região específica onde atendemos. Pessoas de todo o estado nos procuram para fazer a instalação dos sistemas". As novas lojas inauguradas no ano passado resultaram numa geração de 220 empregos diretos. Atualmente, a Insole é responsável por 10% da carga instalada em projeto de geração distribuída de energia solar no Brasil e, até o fim do ano, pretende expandir suas atuações para o Sudeste, o Centro-Oeste e a região Norte.
Maior painel solar entregue em Pernambuco
Em novembro do ano passado, foi entregue o maior telhado solar já produzido pela Insole em Pernambuco. São 1.030 painéis solares que foram instalados na gráfica e editora Mxm, localizada em Olinda. A potência instalada é de 334,75 watt-pico (kwp), o que representa, por ano, uma geração de energia de 538 mil quilowatts/hora (kw/h). "Era um projeto que tínhamos interesse há mais de três anos, e decidimos instalar agora porque o custo diminuiu, a viabilidade ficou melhor", comenta Sérgio Xavier, um dos proprietários da empresa.
A expectativa é de diminuir em até 50% o custo na conta de energia e utilizar o valor para pagar o financiamento feito junto ao Banco do Nordeste - por meio da linha de crédito FNE Sol - para custear a instalação dos painéis. "Ao todo serão nove anos (de financiamento). A vantagem é que, após a instalação, no mês seguinte eu já comecei a economizar". De acordo com Xavier, além do impacto econômico, a decisão pelo sistema fotovoltaico foi tomada por conta de possíveis problemas na geração de energia no futuro. "Essa é uma das nossas preocupações.
Acredito que o Brasil voltará a crescer, e em dois ou três anos, crescendo a uma taxa de 3%, acho que vamos ter dificuldade na geração de energia". O sistema começou a ser instalado em janeiro do ano passado. "Já havíamos feito projetos um pouco maior em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas fazer um projeto dessa dimensão aqui no estado foi uma experiência muito grande", reforça Ananias Gomes.