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Biogás poderia minimizar apagão no AP, indica estudo entregue em maio a Mourão

Biogás poderia minimizar apagão no AP, indica estudo entregue em maio a Mourão Imagem: Gabriel Penha/Photopress/Estadão Conteúdo Denise Luna Rio

O Amapá tem capacidade para gerar 15 milhões de metros cúbicos de biogás por ano, a partir de resíduos sólidos urbanos e dos rejeitos da piscicultura, o suficiente para gerar cerca de 31.136 megawatts-hora (MWh) de energia elétrica e abastecer quase 11.800 residências ou 50 mil pessoas, informa o Instituto Escolhas, que em maio já havia entregue ao vice-presidente da República, Hamilton Mourão, um estudo mostrando a vocação da Região Norte para a produção do biocombustível.

"Os números são ainda conservadores, já que o biogás pode ser produzido também com outras matérias-primas orgânicas. É a transformação do lixo em uma fonte energética, garantindo suprimento local e dando destinação correta aos resíduos", explica o estudo.

O potencial do Amapá para o biogás (31.136 MWh) equivale a toda população de Laranjal do Jari, terceira maior cidade do estado, e poderia também ser utilizado pelas indústrias locais, como as do peixe e açaí, evitando que sua produção fosse perdida pela falta de refrigeração, situação vista hoje, informa o documento produzido em parceria com a Instituição de Ciência e Tecnologia, CIBiogás.

"Diante do caos energético que vive o Amapá, fica claro que precisamos de um programa de energia para a Amazônia. São vidas de milhares de pessoas e negócios prejudicados e que poderiam se beneficiar do biogás. Uma fonte de energia local traz segurança à população e pode destravar o potencial de cadeias de valor da bioeconomia", segundo disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) a gerente de Projetos e Produtos do Instituto Escolhas, Larissa Rodrigues.

Há uma semana, o Estado do Amapá sofre com a falta de energia elétrica causada por um incêndio do único transformador em operação da empresa responsável pela transmissão da energia. As causas e as responsabilidades pelo apagão ainda estão sendo apuradas, enquanto 70% da população vive em racionamento e 30% das cidades continuam sem nenhum abastecimento.

Em dezembro será publicada a versão completa do estudo, que trará números mostrando que a população e os negócios do Amapá poderiam, com o biogás, não só evitar a situação de calamidade e prejuízos decorrentes da falta de energia, mas também estruturar o crescimento da economia regional.

O trabalho vai revelar ainda os potenciais de geração de biogás a partir de resíduos sólidos urbanos e da piscicultura para outros três estados: Amazonas, Roraima e Rondônia. No início de 2021, o Instituto Escolhas e o CIBiogás fornecerão um mapa completo do potencial de geração de biogás em toda a Amazônia, incluindo também os resíduos da produção de mandioca.

Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2020/11/09/biogas-poderia-minimizar-apagao-no-ap-indica-estudo-entregue-em-maio-a-mourao.htm

Clima no Amapá é ideal para uso de energia solar o ano todo, diz meteorologista


Prédio do Tribunal Regional do Trabalho adotou abastecimento de 100% de energia através de energia solar e pode gerar economia de R$ 30 mil por mês.

As condições climáticas no Amapá são favoráveis para a captação e utilização de energia solar durante todos os meses do ano, segundo o meteorologista Jefferson Vilhena, do Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis (NHMET), do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).

“Amapá é privilegiado porque temos um saldo de radiação muito grande durante todos os meses do ano, mesmo nos períodos chuvosos. É cerca de 12 horas de luz solar por dia”, diz meteorologista.

Ainda de acordo com o especialista, o estado tem vantagem também para o recurso eólico, que é a transformação da energia do vento em energia elétrica. O benefício seria causado pela localização geográfica, próximo à linha imaginária do Equador, que proporciona um clima tropical.

O prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8ª Região, localizado na Zona Norte de Macapá, adotou o sistema de energia solar em 2016, de forma parcial, e em 17 de julho, iniciou o processo de 100% de abastecimento via placas solares.

Recurso gera energia limpa e economia nas contas de luz (Foto: Divulgação)

Mais de 560 placas solares foram implantadas na primeira fase do projeto no TRT. Naquele período, a utilização fornecia 25% da energia usada no prédio. Já na segunda etapa, cerca de 760 placas tiveram que ser colocadas para que o prédio funcionasse todo através desse recurso.

O chefe de divisão de engenharia do TRT da 8ª Região, Carlos Roberto Araújo, explica que a utilização gera, além de energia limpa, uma segurança na estabilidade do fornecimento e também economia de até R$ 30 mil por mês.

“Quem mora em Macapá sabe que a energia da concessionária varia muito e não é de alta qualidade. Com o sistema, a gente consegue estabilidade e isso gera economia sobre nossos aparelhos, como menos troca de lâmpadas, redução em queima de aparelhos, entre outros benefício”, disse Araújo.

Saul Andrade é diretor comercial de uma empresa de venda e instalação de placas solares no Amapá há 5 meses. Ele destaca que no Brasil são ofertadas duas categorias de fornecimento de energia solar, uma delas tem autonomia da rede pública, destinada a áreas rurais ou distantes, e a outra não, sendo voltada para a região urbana:

Na região urbana, a instalação, seja em empresa ou residência, pede que o consumidor pague a taxa mínima para a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), que varia entre R$ 72 e R$ 21, dependendo da rede de energia. O orçamento é conforme a porcentagem de diminuição da conta solicitada pelo cliente;

Já a placa para regiões interioranas, o equipamento funciona com baterias.

Andrade relata que, para as áreas rurais, o sistema tem como vantagem diminuir o uso do óleo diesel e a ser solução do problema de constantes faltas de energia, como acontece no arquipélago do Bailique, distrito da capital.

“A procura tem sido grande. Já temos cerca de 80 orçamentos em andamento entre empresas ou residências. O que temos tido é dificuldade com as linhas de financiamento bancário para pessoas físicas adquirirem o sistema”, finalizou o diretor comercial.

Fonte: G1

Energia solar residencial terá linha de crédito especial em 2018

Proposta do governo do Amapá foi aprovada na reunião do Conselho Deliberativo da Sudam.

DA REDAÇÃO

A partir do ano que vem, famílias da Amazônia poderão solicitar financiamentos mais baratos para adquirir equipamentos de energia solar e assim baratear em até 95% a despesa com eletricidade. A proposta do governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), foi aprovada pelo Conselho Deliberativo da Sudam, em reunião no último dia 1º.

Os recursos das linhas de crédito, que vão somar R$ 120 milhões, são do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), administrado pelo Banco da Amazônia, o antigo Basa. Os recursos vão cobrir a elaboração dos projetos e instalação dos equipamentos nas residências.

Além das taxas de juros abaixo do mercado, o prazo de pagamento será maior, além de bônus para quem quitar as parcelas dentro do prazo.

Em maio deste ano, o Amapá já tinha aderido ao Sistema de Compensação de Energia Elétrica, gerenciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Recursos vão custear elaboração do projeto e a instalação dos equipamentos

Waldez Góes ressaltou que, além da diminuição na conta de energia, os consumidores amapaenses ainda terão desconto no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre a fatura.

Comunidades distantes, como as ribeirinhas e indígenas, também serão beneficiadas com a energia solar, lembrou o governador.

“Nos baseamos numa linha de crédito similar do FNE [Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste], cujo foco é a energia eólica, conforme as características naturais do Nordeste. E para a Amazônia o ideal é a energia fotovoltaica, pois durante boa parte do ano os raios solares são intensos na região. 

Portanto, estamos incentivando o uso desta energia renovável, que além de racional, é bom para o bolso do consumidor, para o meio ambiente e vai impulsionar o mercado de geração distribuída no Norte”, avaliou o governador amapaense.

Projeto de Energia Solar de professora da UEAP receberá R$ 1 milhão

Uma professora da Universidade Estadual do Amapá (Ueap) teve o projeto contemplado num concurso realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap), com apoio de uma empresa de exploração de petróleo. O projeto de R$ 1 milhão visa transformar energia solar em energia elétrica para comunidade do Arquipélago do Bailique, distante 150 quilômetros de Macapá.

A comunidade escolhida para receber o projeto foi Franquinho. O projeto da professora Carla Priscila (na foto de capa) visa a criação de um espaço físico, com características de centro comunitário, para ser eletrificado 24 horas por dia utilizando painéis fotovoltaicos que convertem a energia solar em energia elétrica. Atualmente a comunidade conta com energia apenas por 4 horas ao dia, fornecida por meio de um gerador.
O projeto tem duração de um ano e será executado assim que o recurso estiver disponível.
“Esse projeto foi uma proposta da empresa Total, mas nós também já tínhamos vontade de realizar algo parecido, então unimos o útil ao agradável”, argumentou a professora e pesquisadora.
O projeto foi selecionado a partir de uma chamada pública, realizada pela Fapeap, onde outros pesquisadores também apresentaram proposta. O governador do Estado Waldez Góes (PDT) reforçou a necessidade de projetos como esse. Segundo ele, o Amapá ainda tem mais de 100 comunidades isoladas por falta de energia elétrica.
“Esta iniciativa da empresa e a Ueap poderá resultar também em projetos que podem ser aplicados em dezenas de comunidades do interior do Estado. Dando certo no Franquinho, nós podemos usar em outros locais”, explicou o governador.
A solenidade de apresentação do projeto e a assinatura do incentivo por meio da empresa Total aconteceu no auditório da Escola de Administração Pública (EAP) na tarde desta quinta-feira, 16.