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Com apoio do BID, BNDES lança documento para emitir mais bônus verdes, sociais e sustentáveis


Recursos captados vão para projetos novos ou já existentes

• Lançamento do Sustainability Bond Framework (SBF) é passo relevante do Banco para desenvolver mercado de crédito sustentável

• Estrutura teve parecer favorável de verificadora global especializada

O Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) deu mais um passo relevante para o desenvolvimento do mercado de crédito sustentável, com o lançamento do seu Sustainability Bond Framework (SBF). Esse documento facilita a emissão, pelo Banco, de títulos verdes, sociais e sustentáveis, no Brasil e no exterior.

Com parecer favorável (Second Party Opinion – SPO) da Sustainalytics, empresa verificadora especializada em projetos sustentáveis, a estrutura reforça a importância atribuída ao tema Ambiental, Social e de Governança (ASG) pelo BNDES e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que participou do processo por meio de uma cooperação técnica.

A iniciativa amplia as possibilidades de captação previstas no Green Bond Framework lançado em 2017, que permitiu ao BNDES ser o primeiro banco brasileiro a realizar uma emissão deste tipo de título, no mercado de capitais internacional, e a primeira instituição financeira a emitir letras financeiras verdes em 2020, no mercado local. Após as emissões inovadoras do BNDES, outras entidades do mercado já começaram a emitir títulos similares.

O SBF foi desenvolvido a partir de uma cooperação técnica firmada com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O documento foi construído a partir de uma consultoria técnica prestada pela empresa especializada Sitawi, sob as melhores práticas de mercado.

Os recursos a serem captados em futuras operações com base no SBF serão utilizados para financiar e refinanciar projetos novos ou já existentes na carteira do BNDES. Os modelos de projetos elegíveis para a destinação dos recursos abrangem seis categorias verdes e três sociais.

Dentre as categorias verdes incluem-se: energia renovável; eficiência energética; gestão sustentável da água, água residual e saneamento; prevenção e controle de poluição; transporte limpo; e gestão ambientalmente sustentável de recursos naturais vivos e uso da terra. As categorias sociais incluem, por sua vez, saúde; educação; e apoio a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e microcrédito.

Serão priorizados os investimentos em saúde e educação em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média nacional e, para MPMEs, além do critério do IDH, serão priorizadas empresas lideradas por mulheres ou minorias de gênero.

Sobre o BID – Criado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e o Caribe. Também realiza projetos de pesquisas de vanguarda e oferece assessoria sobre políticas, assistência técnica e capacitação a clientes públicos e privados em toda a região.

Financiamentos de painéis solares aumentam na pandemia


A busca por financiamentos para implantação de painéis solares cresceu durante a pandemia, segundo confirmam bancos públicos e privados brasileiros.

No caso das instituições de fomento públicas, o BNDES aprovou R$ 1,48 bilhão voltados à pagamentos de sistemas de geração solar no ano passado e prevê aumentar esse volume este ano. Já a Caixa teve crescimento de 35% nos créditos para energias sustentáveis.

Os bancos privados também confirmam a grande procura, impulsionada por empréstimos feitos por pessoas físicas.

O Santander, por exemplo, registrou salto de 25% na sua linha de crédito no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2020. O Bradesco registrou crescimento de 46% em empréstimos para instalação de painéis solares em 2020. Já o banco BV divulgou que o volume financiado em 2020 triplicou em relação a 2019.

A possibilidade de economizar até 95% na conta de luz gerando sua própria energia, em meio às constantes altas da energia elétrica, é um dos principais motivos da expansão do segmento fotovoltaico em pleno cenário de crise, seja para residências ou pequenos e grandes negócios.

Além da vantagem econômica, esses sistemas também são sustentáveis e usam energia renovável, garantindo segurança contra apagões elétricos.

Fontes: Jornais DCI e Extra

BNDES prevê R$ 8,5 bilhões para projeto de economia 'verde' e social

Banco quer aproveitar ampliação de benefícios tributários para emissão de debêntures sustentáveis.


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende usar mais as debêntures incentivadas como forma de apoiar projetos de empresas nas áreas de economia “verde” e desenvolvimento social.

A instituição prevê subscrever R$ 8,5 bilhões em debêntures de infraestrutura e sustentáveis — que contam com incentivo fiscal do imposto de renda — no período de 2020-2021. A estimativa é sustentada por operações que estão em fase de estruturação na carteira do BNDES.

“Cada vez mais o banco vai atuar via debênture”, diz Petrônio Cançado, diretor de crédito e garantia do BNDES. Ele afirma que o decreto 10.387, de 5 de junho, estendeu o benefício tributário das debêntures de infraestrutura para a economia sustentável.

Essa ampliação do benefício permite ao banco apoiar, via debêntures, por exemplo, projetos de energia renovável, caso da geração eólica e solar, e também empreendimentos que têm impactos sociais relevantes como o investimento em saneamento básico.

Cançado diz que o banco vai continuar a trabalhar com o crédito no formato tradicional, via linha Finem, e que a parte de debêntures no financiamento será a que couber no projeto. “Não é todo projeto em que é possível emitir debênture. O percentual de debênture em cada projeto será analisado caso a caso”, diz Cançado.

Presidente do BNDES diz que não faltam recursos para saneamento

© José Cruz/Agência Brasil

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, disse hoje (6), que não faltam recursos para investimentos em saneamento no país. O que é preciso é melhorar a gestão do dinheiro, defendeu, no encontro BNDES com ‘S’ de Social e de Saneamento.

Ele disse que tanto o BNDES, como o Brasil, cometeram erros na agenda de saneamento e, diante disso, atualmente o país tem 100 milhões de pessoas vivendo sem saneamento básico. “Tem dinheiro para investir em saneamento. O que falta é uma priorização nossa como país, uma organização nossa como sociedade, e uma vontade política de assim fazê-lo. A gente está prestes a resolver isso. Se Deus quiser, com a aprovação do Marco do Saneamento, a gente abre uma nova fase de tratamento de água, de proteção de água e de proteção ambiental para o povo brasileiro”, disse.

Para Montezano, o banco tem uma posição fundamental, vontade e capacidade de ajudar nesse processo. “A gente quer ser o principal articulador nacional na agenda do saneamento. Com o S de social, ele [social] é o nosso carro-chefe, porque como a gente pode pensar em educação para quem não tem saneamento, em saúde para quem não tem saneamento, desenvolvimento econômico e proteção ambiental, sem saneamento. Para isso é necessário modelagem financeira e conversar com investidores, políticos. Se tem uma instituição bem posicionada em pensar o Brasil, essa instituição é o BNDES”, disse.

O presidente do BNDES disse que o banco está aberto a sugestões na área de saneamento. “Por favor nos tragam sugestões, ideias e opiniões. A ideia é gerar debates com diferentes visões, porque o debate aberto e apolítico agrega valores para todos nós para um Brasil mais justo e mais igual”.

Marco

O relator do projeto de lei que define um marco para a área de saneamento, deputado federal Geninho Zuliani (DEM-SP), disse que está otimista com o início das discussões em plenário na próxima segunda-feira (9).

“O papel do relator não é imprimir a sua vontade ao texto”, disse, acrescentando que o relator deve conviver com todo ambiente, do governo a empresários, que têm divisão de opinião, cada um pensando de alguma forma.

De acordo com o deputado, seu papel é ouvir, ser convencido e tentar convencer.

Edição: Fernando Fraga
Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Possível Cancelamento de Complexo Eólico na Bahia Preocupa BNDES

O futuro dos contratos com a Renova Energia para a construção de um complexo eólico na Bahia tem preocupado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que emprestou quase R$ 1 bilhão para o empreendimento.


O projeto Alto Sertão III-Fase A foi paralisado pela Renova por falta de recursos em 2016, com 87% das obras concluídas.

Controlada por Cemig e Light, a Renova tem negociado a venda do ativo à AES Tietê, mas a conclusão do negócio depende da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), uma vez que as usinas deveriam ter entrado em operação em 2015.

A AES Tietê também pretendia comprar a chamada “fase B” do complexo, mas os parques tiveram as autorizações revogadas pela Aneel devido ao atraso, o que acendeu um alerta para o banco estatal sobre o destino da “fase A”.

Complexo Eólico Alto Sertão

A área técnica da agência reguladora sugeriu que a melhor solução seria rescindir contratos da fase A do projeto. “Concluímos que devem ser resolvidos os contratos das usinas”, afirmaram os técnicos da Aneel no documento, sugerindo ainda outras penalidades para o empreendimento.

Em carta à agência, o BNDES manifestou “preocupação com as consequências do eventual indeferimento do plano de transferência de titularidade do complexo”, lembrando que o empréstimo-ponte dado ao projeto vencerá em 15 de julho.

“Em caso de não conclusão da venda para a AES, há risco de perda do investimento realizado e de comprometimento da satisfação do crédito do BNDES e dos bancos privados”, afirmou, no documento, banco estatal, que tem participação minoritária na Renova por meio do seu braço de investimento, o BNDESPar.

De acordo com o BNDES, o vencimento do financiamento tem sido postergado desde junho de 2016.

Como a preocupação é com o impacto da operação sobre os consumidores, uma alternativa seria cancelar os contratos, mas permitir a transferência do ativo caso as empresas tenham interesse, acrescentou uma fonte.

Procurado, o BNDES não respondeu a um pedido de entrevista. A AES Tietê informou que não comentará o assunto. Não foi possível contatar representantes da Renova Energia.

Energia Fotovoltaica no campo uma necessidade para Redução de custos


A redução de custo para a implantação de painéis de geração de energia fotovoltaica no campo nos últimos anos vem expandindo as possibilidades de adoção de energia Fotovoltaica neste segmento. A geração por meio de painéis solares, alternativa às concessionárias de energia elétrica e ao uso de diesel para com o impacto na emissão de gases de efeito estufa, tem peso importante no bolso do produtor rural.

Destaca-se que a procura por sistemas fotovoltaicos está em alta. desde 2015, quando surgiu a possibilidade de fechar consórcio entre os produtores para a implantação das usinas, o meio rural brasileiro atingiu 15,8 megawatts de utilização operacional de energia solar fotovoltaica. Essa marca significa que o uso da energia solar cresceu nove vezes em 2017, e já dobrou neste ano, o sistema é ideal para propriedades com alto consumo de luz, como as que lidam com irrigação, armazenagem de grãos, criação de animais em granjas, entre outras situações. O produtor gera energia com os painéis e pode abastecer o sistema geral.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, os agricultores passam agora a também ter uma complementação de renda, gerando energia elétrica para abastecer áreas urbanas e reduzir os seus gastos especificamente. “O meio rural tem açudes usando energia solar fotovoltaica flutuante em Goiás, assim como projetos mais tradicionais de bombeamento e irrigação, em Minas Gerais”, conta.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, os agricultores passam agora a também ter uma complementação de renda, gerando energia elétrica para abastecer áreas urbanas e reduzir os seus gastos especificamente. “O meio rural tem açudes usando energia solar fotovoltaica flutuante em Goiás, assim como projetos mais tradicionais de bombeamento e irrigação, em Minas Gerais”, conta.

FAZENDA 100% ABASTECIDA

Em Itajobi (SP), município na região de São José do Rio Preto, 264 painéis fotovoltaicos foram instalados na fazenda Panorama. O sistema ocupa 620 m² do telhado de um dos dois galpões da granja de frangos, e têm potência para gerar 84.480Wp. O proprietário Fernando Cuelhar explica que 100% do consumo de energia elétrica da fazenda é suprido pelo sistema. “A energia solar gerada abastece a granja de 60 mil aves, a irrigação do pomar de limões, a cerca elétrica e a sede. Ou seja, 100% da propriedade”, afirma.

Após a instalação do sistema fotovoltaico, a economia na conta de energia elétrica chega a R$ 7 mil por mês. “A redução de custos é essencial para a competitividade das nossas atividades. Isso sem falar na sustentabilidade, pois há redução de CO2 e no corte de árvores”, Comenta Cuelhar.

FINANCIAMENTOS

A energia solar também é um bom negócio para os produtores de agricultura familiar. O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar) oferece financiamentos com juros variando entre 2,5% a 5,5% ao ano. Já o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) oferece recursos com juros de até 4,6% e a aquisição do equipamento deve estar vinculada a uma atividade econômica.

Para as pessoas físicas e jurídicas que queiram instalar projetos de energia solar fotovoltaica, o banco abriu linhas de financiamento no Programa Fundo Clima para 80% dos itens financiáveis, podendo chegar a R$ 30 milhões a cada 12 meses por beneficiário. Para renda anual de até R$ 90 milhões, o custo é de 0,1% ao ano com a remuneração do BNDES de 0,9% ao ano. Na renda anual acima de R$ 90 milhões, o custo tem o mesmo percentual, mas a remuneração do BNDES é de 1,4% ao ano.

Conseguir financiamento para energia solar residencial no Brasil


No mundo todo pessoas de diversas condições financeiras e ciclos sociais se preocupam com o meio ambiente, por isso, é tão importante as fontes de energias renováveis, pois, somente assim é possível deixar um planeta em boas condições para as gerações futuras.

A energia solar está se tornando um sonho de consumo de muitas pessoas que querem ao mesmo tempo cuidar do meio ambiente e diminuir a sua conta de energia elétrica.

Um sistema para gerar energia solar residencial custa entre R$ 15 mil e R$ 25 mil, já inclusos todos os custos de instalação.

Porém o preço pode chegar a R$ 60 mil no caso de uma casa grande como uma mansão, afirmou Rodolfo Botelho Meyer, presidente do site Portal Solar, que é parceiro do Banco Votorantim, dono da BV Financeira, nessa área.

É possível economizar na conta de luz até 95% com a produção de energia solar residencial, o que faz que o investimento no sistema retorne para o dono da casa dentro de três a seis anos, dependendo da incidência solar e da tarifa de energia de cada estado.

Atualmente no Brasil é possível encontrar 33 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Os consumidores representam 76,9% do total dos sistemas de energia solar, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.

Bancos brasileiros que financiam energia solar:

  • Unicred
Financia equipamentos importados e nacionais e disponibiliza desconto para a compra dos equipamentos e instalação com empresas parceiras.

O crédito está disponível para consumidores, produtores rurais e empresas, desde que sejam cooperados da Unicred.

  • Santander
O banco anunciou em agosto o financiamento de equipamentos de energia solar, com juros a partir de 0,99% ao mês. No total, serão disponibilizados R$ 400 milhões em crédito.

O financiamento do Santander para energia solar está disponível para pessoas físicas, empresas e produtores rurais.

  • BV - Banco Votorantim
O Banco Votorantim está oferecendo financiamentos de energia solar para pessoas físicas. Os empréstimos são realizados através do Portal Solar.

As taxas de juros cobradas variam de 1,48% a 1,78% ao mês, e os prazos para pagar são de 12 a 60 meses.

  • Bradesco
Esse banco trabalha com financiamento para sistemas de energia solar residencial há um ano.

O financiamento é para pessoa física e jurídica, mas apenas para aqueles que têm conta no Bradesco. Os juros ficam entre 1,8% e 1,86% ao mês. O prazo para pagamento é de até 60 meses.

  • BNDES
O banco BNES aprovou em junho deste ano uma mudança no Programa Fundo Clima para permitir o financiamento para pessoas físicas para a instalação de energia solar em casa.

Entretanto, apenas 45 dias depois do lançamento do crédito, os recursos do programa acabaram.

  • Banco do Nordeste
O banco do Nordeste acabou de entrar nesse segmento, ou seja, o de financiamento para colocar energia solar em casa. As taxas de juros e as condições de carência são iguais aos do banco da Amazônia, ou seja, os juros variam de 1,14% ao ano + IPCA até 3,27% ao ano + IPCA.

A carência será de seis meses para o pagamento da primeira parcela. O prazo para o pagamento total é de oito anos.

  • Banco do Brasil
O Banco do Brasil é dos bancos mais conhecidos do nosso país começou a oferecer financiamento para a compra do sistema de energia solar residencial em julho deste ano.

O consórcio para a compra e instalação de placas solares em residências não tem juros, mas há uma taxa de administração, que dá 15% no período do consórcio. Para um consórcio de 72 meses, a taxa é de 0,21% ao mês.

Nesse consórcio é possível dar um lance para receber o crédito depois de pagar 30% a 40% do valor do financiamento. Existe também a possibilidade de o cliente ser sorteado antecipadamente.

  • Banco da Amazônia
Esse banco iniciou o seu financiamento para o sistema de energia solar residencial em setembro deste ano.

A instituição está oferecendo financiamento para energia solar para pessoas físicas instalarem energia solar em residências localizadas na região Norte, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) Energia Verde.

O banco também tem alternativas para o setor rural e para empresas. O financiamento tem o limite de R$ 170 mil.

Portanto, mesmo tendo muitos bancos oferecendo financiamento para as pessoas interessadas em usar energia solar em sua casa, é muito difícil, pois, os bancos têm muitas burocracias, mas não custa nada tentar um financiamento, pois, a energia solar é renovável e não prejudica a natureza.

Fonte: Portal Energia

Cresce o uso de energia fotovoltaica no campo


A redução de custo para a implantação de painéis de geração de energia fotovoltaica nos últimos anos vem expandindo as possibilidades de adoção deste tipo de fonte sustentável no campo. A geração por meio de painéis solares, alternativa às concessionárias de energia elétrica e ao uso de diesel para com o impacto na emissão de gases de efeito estufa, tem peso importante no bolso do produtor rural.

O empresário do setor fotovoltaico Newton Koeke, dono de uma empresa de Birigui que implanta a tecnologia na cidade e em propriedades rurais, destaca que a procura por sistemas fotovoltaicos está em alta. “Desde 2015, quando surgiu a possibilidade de fechar consórcio entre os produtores para a implantação das usinas, o meio rural brasileiro atingiu 15,8 megawatts de utilização operacional de energia solar fotovoltaica. 

Essa marca significa que o uso da energia solar cresceu nove vezes em 2017, e já dobrou neste ano”, conta. Koeke afirma que o sistema é ideal para propriedades com alto consumo de luz, como as que lidam com irrigação, armazenagem de grãos, criação de animais em granjas, entre outras situações. “O produtor gera energia com os painéis e pode abastecer o sistema geral”.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, os agricultores passam agora a também ter uma complementação de renda, gerando energia elétrica para abastecer áreas urbanas e reduzir os seus gastos especificamente. “O meio rural tem açudes usando energia solar fotovoltaica flutuante em Goiás, assim como projetos mais tradicionais de bombeamento e irrigação, em Minas Gerais”, conta.

FAZENDA 100% ABASTECIDA

Em Itajobi (SP), município na região de São José do Rio Preto, 264 painéis fotovoltaicos foram instalados na fazenda Panorama. O sistema ocupa 620 m² do telhado de um dos dois galpões da granja de frangos, e têm potência para gerar 84.480Wp. O proprietário Fernando Cuelhar explica que 100% do consumo de energia elétrica da fazenda é suprido pelo sistema. “A energia solar gerada abastece a granja de 60 mil aves, a irrigação do pomar de limões, a cerca elétrica e a sede. Ou seja, 100% da propriedade”, afirma.

Após a instalação do sistema fotovoltaico, a economia na conta de energia elétrica chega a R$ 7 mil por mês. “A redução de custos é essencial para a competitividade das nossas atividades. Isso sem falar na sustentabilidade, pois há redução de CO2 e no corte de árvores”, Comenta Cuelhar.

FINANCIAMENTOS

A energia solar também é um bom negócio para os produtores de agricultura familiar. O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar) oferece financiamentos com juros variando entre 2,5% a 5,5% ao ano. Já o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) oferece recursos com juros de até 4,6% e a aquisição do equipamento deve estar vinculada a uma atividade econômica.

Para as pessoas físicas e jurídicas que queiram instalar projetos de energia solar fotovoltaica, o banco abriu linhas de financiamento no Programa Fundo Clima para 80% dos itens financiáveis, podendo chegar a R$ 30 milhões a cada 12 meses por beneficiário. Para renda anual de até R$ 90 milhões, o custo é de 0,1% ao ano com a remuneração do BNDES de 0,9% ao ano. Na renda anual acima de R$ 90 milhões, o custo tem o mesmo percentual, mas a remuneração do BNDES é de 1,4% ao ano.

CAE analisa estímulo a investimento em eficiência energética

Está em tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) projeto que exclui da apuração da dívida de estados e municípios os financiamentos para aumentar a eficiência energética, preferencialmente os que visem usar energia solar, eólica e de biomassa. Apresentada pelo ex-senador Walter Pinheiro, a proposta recebeu voto favorável do relator, Valdir Raupp (PMDB-PE).

O PRS 72/2013 estabelece que essas operações não sejam computadas na apuração do total devido pelos entes federados prevista na Resolução do Senado 43/2001, que impede a contratação de novos empréstimos caso o estado ou município atinja ou ultrapasse o limite que ela determina. Pela resolução, a dívida total não pode ser maior que 16% da receita corrente líquida e o valor gasto com amortizações, juros e demais encargos da dívida consolidada não pode exceder 11,5% da receita corrente líquida. A norma ainda estabelece que a relação entre o montante da dívida líquida dos estados e a receita corrente líquida é de no máximo 2. No caso dos municípios, o limite máximo é de 1,2.

O autor argumenta que a exceção se justifica não apenas para beneficiar as cidades, atraindo mais turistas, favorecendo o comércio e o lazer e também proporcionando maior segurança, mas também porque geraria grande economia, já que as atuais lâmpadas de sódio ou mercúrio seriam substituídas pelas modernas lâmpadas de LED.

Raupp lembra que a legislação já admite exceções na apuração das dívidas: os empréstimos com a União para financiar a melhoria da gestão fiscal, financeira e patrimonial e o Programa Reluz (Programa Nacional de Iluminação Pública e Sinalização Semafórica Eficiente), as dívidas junto ao BNDES e as operações com a União para ajuste fiscal dos estados e o refinanciamento de dívidas municipais não são somadas para efeito de apuração do limite de endividamento.

“Nada mais apropriado do que estender a citada exclusão às ações de promoção da eficiência energética, de resto porque se trata de uma diretriz que alia como poucas os fundamentos da preservação do meio-ambiente, do desenvolvimento econômico e do bem-estar social”, afirma o senador em seu relatório.

Fonte: Agencia Senado

Vestas fecha venda de 101 MW em turbinas eólicas para usinas da Echoenergia no RN.


A fabricante dinamarquesa de turbinas eólicas Vestas fechou a venda de 101 megawatts em equipamentos para usinas a serem construídas no Rio Grande do Norte pela Echoenergia, controlada pela empresa de private equity britânica Actis.

O negócio é o primeiro da Vestas no Brasil com sua linha de turbinas de 4,2 megawatts cada, que serão produzidas no país para permitir que compradores acessem financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disse à Reuters o presidente local da fabricante, Rogério Zampronha.

A transação confirma tendência apontada pela Reuters de busca por equipamentos maiores e mais potentes por investidores de energia eólica no Brasil em meio a uma forte concorrência nas últimas licitações para novos projetos da fonte. As turbinas mais comuns no país atualmente têm de 1,5 megawatt a 2 megawatts.

A entrega das turbinas à Echoenergia está prevista para o primeiro trimestre de 2020, enquanto o comissionamento deve ocorrer no final do segundo trimestre do mesmo ano.

"Com a assinatura deste novo contrato, a Vestas traz para o Brasil sua mais nova turbina, quebrando a barreira de 4 megawatts pela primeira vez no país. Acreditamos que esta turbina levará a influência e a competitividade da Vestas a outro patamar", afirmou o executivo em nota.

A norte-americana GE anunciou em agosto que passou a oferecer a clientes no Brasil uma turbina eólica de 4,8 megawatts, mas a companhia ainda não anunciou oficialmente o fechamento de negócios envolvendo o equipamento.

BNDES anuncia R$ 2,2 bi para financiar energia limpa para pessoas físicas e empresas


O governo federal anunciou nesta quinta-feira um novo programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiamento a empresas e pessoas físicas que queiram investir em energia renovável, que terá duas linhas de crédito no valor total de cerca de 2,2 bilhões de reais, segundo comunicado do Ministério do Meio Ambiente.

Uma das linhas, do programa Finame, terá a dotação orçamentária de 2 bilhões de reais para bens e equipamentos de geração eólica e solar. Essa linha será voltada a condomínios, empresas, cooperativas, produtores rurais e pessoas físicas, que poderão financiar até 100 por cento do total a ser aplicado nos equipamentos, com prazo de pagamento de até 120 meses e carência de 24 meses.

Em paralelo, pessoas físicas e microempresas poderão acessar um outro financiamento para instalações de energias renováveis com recursos oriundos do Fundo Clima. Para essa linha, o orçamento será de 228 milhões de reais.

O anúncio do governo confirma notícia publicada na Reuters pela véspera, de que o BNDES anunciaria novas linhas de créditos para energia limpa. 

A taxa de juros da segunda linha, para pessoas físicas e microempresas, será de 4 por cento para quem tem renda anual de até 90 mil reais e de 4,5 por cento nos demais casos. A carência será de até 24 meses e a amortização poderá ocorrer em até 12 anos.

Por Rodrigo Viga Gaier

BNDES capta US$ 100 milhões para financiar energia renovável

Por Vinícius Neder / TERRA

Dinheiro será destinado a projetos de usinas eólicas, solares e de biomassa; operação foi feita com bancos japoneses


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta sexta-feira, 21, a captação de US$ 100 milhões com bancos japoneses para financiar projetos de preservação do meio ambiente, redução de emissão de gases de efeito estufa e energia renovável. Japan Bank for International Cooperation (JBIC) e o Mizuho Bank e The Bank of Saga foram os bancos envolvidos.

Os recursos serão aplicados na carteira do BNDES de energia renovável, que inclui as usinas eólicas, solares e de biomassa. A operação teve como diferencial o custo financeiro. Segundo o diretor de finanças do banco de fomento, Carlos Thadeu de Freitas, a captação com os japoneses surgiu como uma oportunidade, pois o juro total ficou entre 100% e 101% do CDI com prazo de 12 anos.

A título de comparação, uma emissão de títulos "verdes" ("green bonds") do BNDES, em maio de 2017, conseguiu juros acima de 110% do CDI, disse o diretor. O prazo dos títulos "verdes" emitidos em 2017 é de sete anos, com vencimento em 2024. "Essa taxa de risco com um prazo longo compensa."

Troca. Segundo Freitas, a oportunidade de captar a um custo mais vantajoso permite ao BNDES lucrar com a "arbitragem" de juros, ou seja, aproveitar taxas mais baixas para substituir outras mais altas. Nesse sentido, ontem, o BNDES recomprou títulos externos dele mesmo, com ganho de US$ 157 milhões. Esse ganho se tornou mais importante porque o BNDES devolveu recursos ao Tesouro e, num ambiente de juros mais baixos, precisa ganhar eficiência.

Apesar da oportunidade desta semana no mercado externo, Freitas disse que a tendência é que o mercado brasileiro fique mais vantajoso para o BNDES. Em maio passado o banco levantou R$ 1,7 bilhão em Letras Financeiras (LFs), a primeira operação do tipo da instituição de fomento, com juro de "menos de 102% do CDI", disse o diretor. Na ocasião, a demanda por esses papéis teria chegado a R$ 14 bilhões, conforme Freitas.

FONTE: Estadão

Bancos ainda avaliam como será liberação de crédito do BNDES para pessoa física instalar energia solar

BNDES anunciou R$ 300 milhões, mas BB e Caixa não acertaram como essa linha de crédito será oferecida; para instalar sistema em casa, consumidor deve avaliar a custo, área disponível e prazo.



O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) anunciou a liberação de crédito para a instalação residencial de sistemas de energia fotovoltaica (ou energia solar, como é mais conhecida), mas esse tipo de serviço ainda gera dúvidas entre as pessoas que têm interesse em fontes alternativas de energia.

É o que diz o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia. Ele diz que já recebeu relatos de pessoas que buscam crédito em agências da Caixa e do Banco do Brasil (que irão repassar os recursos do BNDES aos clientes), mas não conseguem informações.

“O setor tem reportado dificuldades em acessar esse crédito junto aos bancos. Muitas vezes, o cliente vai no banco, fala dessa linha e a agência não está preparada”, aponta Sauaia.

Em nota, o Banco do Brasil diz que o “assunto ainda encontra-se em análise no âmbito do BB”. Já a Caixa diz que “está avaliando novas modalidades” para financiamento de instalação de sistemas de energia fotovoltaica.

A medida do BNDES foi anunciada no começo de junho. O banco de fomento criou o “Fundo Clima”, que permite o financiamento de até 80% dos custos para instalar sistemas de energia fotovoltaica, a juros a partir de 4,03% ao ano.

A novidade é que as pessoas físicas também podem aderir, o que significa crédito para instalar sistema de energia solar em casa. Empresas ou órgãos governamentais com renda de até R$ 90 milhões no ano também podem aderir.


Economia de energia

O diretor de escola José Nilton Alves da Motta, de 60 anos, decidiu procurar um sistema de energia para sua casa, em Mairiporã (SP), em 2016. Dois anos depois, ele garante que a medida resultou em uma economia significativa.

“Eu pago hoje por mês em torno de R$ 60 de conta de luz. Antes, chegava a até R$ 280. Hoje, seria uns R$ 300”, calcula ele. “No longo prazo que o sistema se paga.”

Outra vantagem que Motta aponta é que, quando o sistema produz mais energia do que ele consome no mês, ele pode vender o restante para a concessionária. Isso costuma acontecer em épocas de maior incidência de luz solar, como nos meses de verão.


Como funciona e como instalar

A instalação de um sistema de energia fotovoltaica depende que a empresa, residência ou condomínio tenha o espaço para instalar os painéis, como telhados. Sauaia afirma que a economia com a conta de luz pode chegar a 90%.


ANTES DA INSTALAÇÃO:

Pelas últimas contas de luz, é importante saber qual é o consumo médio de sua residência
Procurar empresas especializadas para fazer avaliações da área disponível e orçamentos
Pesquisar linhas de crédito e estudar se, pelo prazo em que o sistema vai se pagar, o investimento compensa

Para saber quantos painéis são necessários para produzir a energia que um imóvel precisa, o consumidor deve verificar as últimas contas de energia para verificar qual é o consumo médio da família. Depois, ele precisa procurar empresas de instalação desse tipo de sistema para que sejam feitas avaliações e passados os orçamentos.

“A partir das informações da conta é que a empresa vai fazer um dimensionamento do sistema para verificar qual tamanho seria necessário para reduzir os gastos”, diz Sauaia. O custo médio por projeto de instalação numa residência, segundo o presidente da associação, é de aproximadamente R$ 15 mil.

O passo seguinte, se o consumidor não quiser fazer o pagamento à vista, é buscar o financiamento para a instalação do sistema. “Muitas vezes a empresa também ajuda o cliente a buscar o financiamento para seu projeto”, diz Sauaia.

Assim, ele calcula que o montante de R$ 300 milhões anunciados pelo BNDES para financiar instalações seja suficiente para cerca de 20 mil sistemas fotovoltaicos.


O que os bancos já oferecem

Os recursos do BNDES serão repassados pelo BB e pela Caixa, que dizem que ainda estão avaliando como irão trabalhar com essa linha. Mas, antes do “Fundo Clima”, os bancos já trabalhavam com linhas de crédito que abrangiam a instalação de sistemas de energia solar.

A Caixa disse, em nota, que “possui linhas que podem ser destinadas ao financiamento de equipamentos de energia fotovoltaica”, como Construcard, o Crédito Imóvel e o Crédito Pessoal Inteligente. “As taxas de juros para as linhas citadas partem de 1,45% a.m. e o prazo máximo pode chegar a 240 meses, com até 06 meses de carência, viabilizando assim os projetos de energia fotovoltaica”, diz o banco.

Já o Banco do Brasil informou que “desenvolveu o Programa Agro Energia em 2017, destinado aos produtores rurais e suas cooperativas, com o objetivo de financiar a implantação de usinas geradoras de energias alternativas renováveis”. As taxas e prazos de pagamento variam.

Nos bancos privados também é possível obter financiamento para a instalação de energia fotovoltaica.

No Santander, há uma linha para aquisição do sistema fotovoltaico (placas, inversores e instalação) desde 2013. As taxas vão de 1,69% a 1,9% ao mês, e o prazo é de até 36 meses.

No Bradesco, há 1 ano existe uma linha de financiamento para compra e instalação de equipamentos para geração de energia fotovoltaica, tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica. As taxas são entre 1,80% e 1,86% ao mês, “conforme o prazo da operação, que pode ser de até 60 meses”. Dependendo do perfil do cliente, o banco financia até 100% do valor da instalação.

Já o Itaú Unibanco não tem uma linha voltada especificamente para esse fim, mas disse em nota que oferece um serviço chamado “Orientador de Crédito, que ajuda os clientes a entenderem qual a melhor linha de crédito para ele de acordo com seu objetivo”.

Fontes: G1

Eólicas veem novas oportunidades no mercado livre


Ainda muito atrelada aos contratos no mercado regulado, as geradoras eólicas enxergam na estruturação de novos modelos de financiamento a oportunidade para avançar no mercado livre de energia. O principal fator para o relativo otimismo vem do BNDES, que quer ser um indutor de novos projetos no setor.

“Há 18 anos eu acompanho o mercado e nunca vi uma oportunidade tão boa dos dois lados, tanto da demanda como da oferta”, afirma Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). “A gente tinha dificuldade com os financiamentos, que requerem contratos mais longos, e os contratos do mercado livre tem uma média de dois a seis anos.”

A executiva explica que a demanda por energia eólica avançou por conta da queda nos preços de geração da matriz. Já a oferta fica mais plausível com o banco de fomento disposto a aceitar contratos de curto prazo, mesmo para financiamento com amortização mais longa.

Para tornar os financiamentos viáveis, mesmo sem longos contratos, o BNDES utilizou para os cálculos de geração de caixa um Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) de suporte de R$ 90 o megawatt-hora (MWh). O valor é considerável mais próximo ao praticado pelo setor no mercado regulado, tornando a estruturação dos projetos para o mercado livre mais próxima do cenário atual. O PLD mínimo considerado pelo banco é de R$ 40 MWh.

O PLD adotado pelo BNDES também é considerado factível para o cálculo do Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD), indicador de alavancagem adotado pelo banco, de 1,2 vez, levando em conta um sistema de amortização constante.

Além da mudança na métrica, o banco também estuda abrir oportunidade para as “garantias rolantes”, ou seja, os contratos de curto prazo podem ser substituídos por novos contratos quando os anteriores estiverem perto de seu encerramento.

“O BNDES tem histórico no mercado livre para o setor eólico, porém com contratação de 10 a 12 anos. Nossa intenção agora é ampliar a heterogeneidade de maturidade de contratos. Vamos nos aproximar do que é a maior dinâmica de contratação no mercado livre”, explicou Alexandre Siciliano, gerente de estudos da área de energia do BNDES, durante evento promovido pela Abeeólica.

A janela surge em um momento oportuno para o desenvolvimento no mercado livre, uma vez que as contratações reguladas estão em baixa. Depois de dois anos sem leilões, os certames mais recentes tiveram contratação pequena.

A Abeeólica calcula que a capacidade voltada para o mercado livre deve dobrar até 2023, para 2 gigawatts (GW). Para a geração eólica como um todo, o crescimento deve ser dos atuais 13 GW para 18 GW.

A iniciativa do BNDES também deve se estender para outros bancos de desenvolvimento, como o Banco do Nordeste, que inicia estudos para apresentar um modelo de financiamento que também inclua a negociação no mercado livre. “Temos sido bastante procurados para o mercado livre, tanto para projetos puros como mistos”, disse Humberto Leite, gerente de promoção do banco regional.

As empresas, no entanto, veem a melhoria ainda em estado inicial, exatamente por conta da dificuldade de acesso a financiamento.

“O estágio ainda é de caminhada do ponto de vista do mercado livre. Os gargalos ainda estão muito em cima da financiabilidade”, afirmou Luciano Freire, diretor de engenharia da Queiroz Galvão. A companhia possui 200 MW contratados diretamente para o mercado livre em um contrato de longo prazo, algo pouco comum para o segmento.

A expectativa é de que os primeiros projetos sob financiamento nos novos moldes saiam ainda neste ano. “Possivelmente tenhamos alguns contratos do BNDES em dezembro para apresentar”, projeta Elbia.

BRDE é o primeiro banco do país a operar o Fundo Clima

Maior demanda do Paraná tem sido por sistemas fotovoltaicos.


O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) é o primeiro banco do país a operar o Fundo Clima, com recursos do BNDES, para financiamento de projetos de pessoas físicas e jurídicas destinados à instalação de sistemas de geração fotovoltaico e de aquecimento solar, além de outros equipamentos cadastrados no subprograma do Fundo Clima “Máquinas e Equipamentos Eficientes”.

No Paraná, diversos projetos estão em análise, sendo a maior demanda por sistemas fotovoltaicos. A primeira operação aprovada foi o financiamento para a empresa Cerealista Coradini, do município de Bagé (RS) no valor de R$ 3,5 milhões, destinados à implantação de uma planta fotovoltaica de 1 MW, equivalente ao consumo residencial de 300 casas. 

O investimento total da Cerealista Coradini, que desde 2006 atua nos segmentos de beneficiamento de arroz e comercialização de grãos, será de R$ 6,5 milhões, contemplando as instalações e o projeto de eficiência energética. Em Santa Catarina, o BRDE aprovou financiamentos para sistemas geradores fotovoltaicos das empresas Arcari, Ferronato & Cia Ltda, de Xanxerê, e Kaliska Textil, de Guabiruba. A agência do BRDE de Santa Catarina protocolou a primeira operação de pessoa física do Fundo Clima.

Fundo Nacional

O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, ou Fundo Clima, é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima. Constitui-se em um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de apoiar projetos ou estudos e financiar empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas. O subprograma Máquinas e Equipamentos Eficientes do Fundo Clima permite financiar 80% dos itens apoiáveis, ao custo final de 4,03% ao ano, para beneficiárias finais com renda bruta de até R$ 90 milhões. Para beneficiárias finais com renda bruta acima R$ 90 milhões, o custo é de 4,55% ao ano.

O financiamento de fontes energéticas renováveis contribui para a estruturação de uma nova cadeia industrial brasileira, além de reforçar o compromisso com a sustentabilidade. “Trata-se de mais uma ação com recursos do BNDES para incentivar o cidadão brasileiro a investir em sustentabilidade e economia de energia”, afirma Orlando Pessuti, diretor-presidente do BRDE.

Fonte: Revista Amanhã

BNDES terá empréstimos para pessoas físicas instalarem placas de energia solar

Cada cliente pode tomar no máximo R$ 30 milhões a cada 12 meses.

FAZENDA DE ENERGIA SOLAR EM PROVÍNCIA DA ÍNDIA 
(FOTO: PRASHANTH VISHWANATHAN/BLOOMBERG VIA GETTY IMAGES)

O Programa Fundo Clima, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), passará a oferecer crédito para pessoas físicas investirem na instalação de sistemas de aquecimento solar e sistemas de cogeração, informou há pouco a instituição de fomento. Os recursos poderão ser contratados em operações indiretas somente por meio de bancos públicos.”Trata-se de mais uma ação do BNDES para incentivar o cidadão brasileiro a investir em sustentabilidade e economia de energia”, diz a nota divulgada há pouco pelo banco.

Segundo o BNDES, as regras do Fundo Clima alcançam 80% dos itens financiáveis nesse tipo de instalação, que inclui placas fotovoltaicas, aerogeradores, geradores a biogás e demais equipamentos necessários. Cada cliente pode tomar no máximo R$ 30 milhões a cada 12 meses.

O juro total, incluindo taxas do BNDES e dos bancos repassadores, é de 4,03% ao ano, no caso de pessoas físicas ou jurídicas com renda ou faturamento anual até R$ 90 milhões, e 4,55% ao ano, no caso de renda superior a R$ 90 milhões anuais. O financiamento ainda permite carência de três a 24 meses, com prazo máximo de 144 meses.

Fonte: Época

BNDES detalha aplicação de US$ 1 bilhão em energia eólica

Com recursos, foram apoiados oito projetos, distribuídos por seis estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul.
Energia eólica: juntos, projetos têm 1.323 megawatss de capacidade instalada, o que representa mais de 420 mil toneladas de CO2 equivalentes que deixarão de ser lançadas anualmente na atmosfera (Mimadeo/Thinkstock)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou hoje (2), no Rio de Janeiro, o seu primeiro Relatório Anual Green Bond – os chamados títulos verdes.

O documento, inédito entre bancos brasileiros, contém informações sobre projetos de energia eólica apoiados com US$ 1 bilhão, verba captada pelo BNDES no mercado internacional em 2017 e destinada a financiar projetos ambientalmente sustentáveis.

Segundo informações do banco, a captação em títulos verdes (green bonds) foi concluída em maio do ano passado no mercado internacional, com vencimento previsto para 2024. Trata-se da primeira operação deste tipo realizada por um banco brasileiro.

Com os recursos, foram apoiados oito projetos de geração de energia eólica, distribuídos por seis estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. Juntos, os projetos têm 1.323 megawatss de capacidade instalada, o que representa mais de 420 mil toneladas de CO2 (Dióxido de Carbono) equivalentes que deixarão de ser lançadas anualmente na atmosfera.

Títulos convencionais

Ao detalhar a operação, o BNDES disse que os papéis têm características similares aos títulos convencionais, mas que os recursos obtidos foram destinados exclusivamente a projetos ambientalmente sustentáveis, atestados por uma empresa verificadora especializada na área ambiental. No caso do BNDES, destinam-se a projetos de geração eólica, novos ou já existentes na carteira do banco.

“Os investimentos em parques eólicos, sobretudo na região Nordeste, são um dos destaques do desempenho trimestral do BNDES, divulgado recentemente. Eles ajudaram a impulsionar os desembolsos do segmento de energia elétrica, que atingiram R$ 1,7 bilhão nos primeiros três meses do ano”, diz a nota da instituição.

Presença internacional

A avaliação do BNDES é de que os green bonds ajudam a consolidar a presença internacional do banco e proporcionam uma série de benefícios, como o de reforçar a prioridade dada pela instituição ao tema da sustentabilidade socioambiental, promover a difusão das melhores práticas de gestão socioambiental e incentivar o acesso de outros emissores brasileiros ao mercado de green bonds, além de construir um novo ponto de referência em sua estrutura a termo de taxa de juros internacionais.

O Green Bond Annual Report está disponível no site.

Fonte: Exame

BNDES e ‘banco dos BRICS’ fazem 1º desembolso no Brasil para parques eólicos

Os recursos destinam-se a seis parques de energia eólica nos Estados do Piauí e de Pernambuco.
TORRES DE ENERGIA EÓLICA NA CIDADE DE OSÓRIO, NO RIO GRANDE DO SUL – ENERGIA – DISTRIBUIÇÃO (FOTO: JAMIL BITTAR/REUTERS)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o New Development Bank (NDB), conhecido como “banco dos BRICS“, fizeram nesta quarta-feira, 18, o primeiro desembolso conjunto para uma operação de financiamento no Brasil. A liberação, no valor de US$ 67,3 milhões, é a maior já realizada pelo NDB e faz parte de contrato assinado com o BNDES há um ano para apoiar projetos de energia renováveis.

Os recursos destinam-se a seis parques de energia eólica nos Estados do Piauí e de Pernambuco. Eles integram o Complexo Eólico Araripe 3, do Grupo Casa dos Ventos, composto, no total, de 14 parques, nos municípios de Simões e Currais Novos (PI) e Araripina (PE). Ao todo, o complexo terá capacidade instalada de 358 megawatts, por meio de 156 turbinas geradoras de energia.

O BNDES e o NDB assinaram há um ano contrato no valor de US$ 300 milhões, para apoiar, com recursos do NDB, investimentos em geração de energia eólica, solar, hidrelétrica (pequenas centrais hidrelétricas) e a partir de biomassa (biogás e resíduos agrícolas).

Segundo o banco de desenvolvimento brasileiro, a estimativa é que a cooperação viabilizará investimentos que adicionarão em torno de 600 MW à capacidade de geração brasileira. “O BNDES usará os recursos do NDB para diversificar e ampliar suas fontes de recursos e promover suas linhas de financiamento existentes para o setor de energias alternativas, como já faz com recursos provenientes de outros organismos multilaterais e agências oficiais de crédito”, informa.

O BNDES ressalta que a matriz elétrica brasileira tem mais de 60% de sua geração a partir de fonte hidrelétrica, que tende a ficar cada vez mais exposta aos efeitos da mudança climática e aos períodos de seca. “Nesse contexto, a nova parceria busca fomentar energias alternativas, apoiando a diversificação da matriz e incrementando a segurança do sistema no futuro, a fim de garantir o fornecimento para todos os setores da economia.”

O NDB é uma instituição multilateral criada em 2014 pelos países que compõem o grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África da Sul). O NDB visa mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros dos BRICS e outras economias emergentes e países em desenvolvimento.

Fonte: Época Negócios

Remuneração do BNDES para projetos de energia solar cai para 0,9%


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social promoveu ajustes nas Políticas Operacionais que norteiam os seus financiamentos, dando sequência a mudanças anunciadas em janeiro deste ano, quando entrou em vigor a Taxa de Longo Prazo, que substituiu a TJLP como taxa básica das operações do Banco. Para o setor elétrico, a principais mudanças são que as taxas para projetos de energia solar, meio ambiente e inovação caíram para 0,9% e que os prazos para financiamento de projetos de energias alternativas podem chega a até 24 anos. As medidas foram anunciadas pelo presidente do Banco, Paulo Rabello de Castro, em entrevista coletiva nesta terça-feira, 6, em São Paulo (SP).

As principais mudanças nas políticas são: alongamento dos prazos máximos de financiamento, cálculo dos limites de participação atrelados ao investimento total e redução do spread básico. A diminuição dos spreads – a taxa por meio da qual o BNDES se remunera – terá foco nos setores prioritários, definidos a partir do processo de Reflexão Estratégica que está em curso no Banco. As taxas cobradas pelo BNDES cairão de 1,7% ao ano para 0,9% ao ano em projetos nas áreas de segurança pública, inovação, meio ambiente, energia solar, saneamento, tratamento de resíduos sólidos e qualificação profissional. Nos demais casos, os spreads podem chegar a até 2,1% ao ano, com faixas intermediárias de 1,3% a.a. e 1,7% ao ano.

Outra mudança importante é o alongamento dos limites para estabelecimento de prazos, tanto de carência quanto de amortização, que irá beneficiar, sobretudo, os financiamentos a projetos de infraestrutura. Investimentos em ferrovias, rodovias, hidrovias e mobilidade urbana poderão ter prazos de até 34 anos. Há outras três faixas de prazo: podem chegar a até 24 anos, projetos de energias alternativas, portos, aeroportos, exportação e desenvolvimento regional. Financiamentos a educação, saúde, segurança e telecomunicações, entre outros, têm prazo de até 20 anos. Para capital de giro, o prazo máximo foi mantido em 5 anos.

A partir de agora, o BNDES também passará a calcular o percentual máximo de participação dos seus financiamentos com base no investimento total do projeto, e não apenas em cima dos itens financiáveis. A mudança está em linha com prática usual de mercado.  No caso de micro, pequenas e médias empresas, a participação máxima do BNDES pode chegar a até 100% em todas as linhas de financiamentos. Para grandes empresas, a participação máxima do BNDES é de 80% no caso de projetos considerados incentivados e de 60% nos demais casos.

Fonte: Canal Energia

Presidente do BNDES defende investimento em energia eólica e solar na Paraíba

Presidente do BNDES, Paulo Rabello, no debate com o prefeito Romero Rodrigue e o empresário Dalton Gadelha, no auditório da Unifacisa

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, defendeu nesta segunda-feira (20), em Campina Grande, investimentos em energia eólica (ventos) e solar, na Paraíba, bem como a transposição das águas da bacia do rio Tocantins para o rio São Francisco. Ele proferiu palestra, no teatro da Unifacisa, sobre Desenvolvimento Regional, anunciou que está em gestação um novo programa para os municípios e evitou assumir o discurso de pré-candidato à presidência da República pelo PSC.

Durante entrevista coletiva, Paulo Rabello disse que veio Campina Grande e ficou satisfeito, pois além de ser um polo regional reconhecido há muitos anos, a cidade é também um centro de futuras oportunidades.

“O BNDES quer propiciar a condição de uma aceleração dos investimentos dessa região, em várias das áreas que nós já identificamos como grandes oportunidades futuras. Um destes investimentos, o mais óbvio, é a energia solar. A aqui não falta sol e tem pouco índice de pluviosidade e, ao mesmo tempo, vento, o que pode garantir a energia eólica”, assinalou o presidente do BNDES.

Transposição do Tocantins

Paulo Rabello também projetou a possibilidade de o BNDES financiar um ousado projeto de infraestrutura hídrica. “Nós podemos transformar essa escassez atual em disponibilidade se seguirmos a ideia ousada do ex-deputado Marconde Gadelha, que já pensou a transposição do rio São Francisco anos atrás e agora já está pensando uma nova transposição que seria na bacia do Tocantins. O BNDES como grande banco de infraestrutura poderia ajudar a conceder um projeto dessa envergadura”, assinalou.

Municípios

Na palestra, o presidente ainda anunciou um novo programa de crédito para municípios que está em gestação. “Estamos aperfeiçoando para submeter ao presidente um programa para 2018 que atenderá as municipalidades de pequeno porte. Campina Grande não é de pequeno porte, mas as linhas de crédito estarão disponíveis também para outros níveis e focaremos nos setores de iluminação pública, saneamento, turismo, mobilidade urbana”, avisou Rabello.

Euforia

Lançado pré-candidato a presidente da República pelo PSC, no último final de semana, Paulo Rabello evitou assumir a postulação. Ele disse que o lançamento da postulação por lideranças do partido ocorreu em um momento de euforia.

Debate

O debate, realizado a convite da Unifacisa e da CDL, reuniu autoridades, como o prefeito Romero Rodrigues, o presidente da CDL-CG, Artur Bolinha, o empresário Dalton Gadelha, o deputado Rômulo Gouveia e um público de profissionais e estudantes das áreas de administração, economia, e dos setores de comércio e indústria.

Romero

O prefeito Romero Rodrigues destacou em sua fala as competências do povo campinense, frisando a decência, honestidade e capacidade produtiva, além da vocação para o empreendedorismo. Ele lembrou que essa vocação de Campina precisa de fato de instituições como BNDES para impulsionar ainda mais esse cenário de desenvolvimento.

“Em 2013 adquirimos uma área de 800 hectares e lá estamos construindo 4.100 casas com toda infraestrutura de equipamentos sociais, com aquecimento solar priorizando fonte alternativa sustentável de energia e 75 ruas pavimentadas. É uma nova cidade dentro de Campina Grande. Ao lado temos 700 hectares para o setor industrial. Apostamos nesse modelo para impulsionar nosso desenvolvimento”, informou, concluiu Romero.

Fonte: Jornal da Paraíba