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Lixo Urbano daria para gerar eletricidade para 15 mil casas


Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren) mostra que Campinas tem potencial para gerar energia elétrica a partir do lixo. Atualmente, a cidade produz cerca de 1.400 toneladas por dia, o que dá em média 1,2 quilos por morador, segundo dados da Secretaria Municipal de Serviços Públicos. Com essa quantidade de resíduos seria possível fornecer eletricidade para cerca de 15 mil residências, segundo a Abren.

O vice-presidente da associação, Rubens Herber Aebi, explica que Campinas foi um dos municípios selecionados para o mapeamento feito pela entidade. De acordo com ele, o levantamento concentra “praticamente metade” da população nacional. “Nós identificamos 30 localidades no Brasil, entre cidades e regiões metropolitanas, com as características necessárias para a implementação de uma Usina de Recuperação Energética (URE). Campinas é um dos municípios selecionados por conta da quantidade de lixo de que produz”, explica.

O processo de geração de energia ocorre a partir dos resíduos sólidos secos que não podem ser reciclados ou utilizados no processo de compostagem, segundo Aebi. Ainda de acordo com o ele, esses resíduos são levados às UREs, que são as plantas de tratamento térmico presentes em diversas cidades do mundo como, Paris (França) Mônaco, Lucerna (Suíça), Rosignano (Itália), Shenzhen (China) e Copenhague (Dinamarca).

“Nesse processo de recuperação de energia temos um custo ambiental excepcionalmente reduzido, uma vez que diminui consideravelmente o volume de lixo que vai para aterros, evitando assim a contaminação do solo, como ocorreu em Brasília com o chamado Lixão da Estrutural”, destaca Aebi. O antigo aterro do Distrito Federal, lembra ele, provocou a contaminação de águas subterrâneas e foi fechado em janeiro de 2018, após uma determinação do Tribunal de Justiça.

O vice-presidente da Abren aponta ainda que o levantamento elencou a produção diária de lixo das cidades selecionadas e constatou que Campinas tem uma produção de lixo diária semelhante a Belo Horizonte, que tem mais do que o dobro da população campineira – 1,2 milhão ante os 2,7 milhões da capital mineira. Aebi explica que a associação faz um cálculo, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Sistema Nacional de Resíduo, para apontar o custo médio ambiental que cada cidade tem com saúde pública por causa dos aterros. Segundo a Abren, Campinas tem potencial de economizar cerca de R$ 30 milhões.

Para defender as vantagens ambientais do processo de recuperação energética de resíduos, o vice-presidente da Abren diz que a as usinas de recuperação térmicas “gera um mínimo de poluição” em razão do uso de tecnologias de controle de gás carbônico por meio de filtros.

“O lixo depositado no aterro polui 15 vezes mais a atmosfera devido ao gás metano gerado. Os filtros das plantas são tão seguros que a usina de Mônaco, por exemplo, fica a poucos metros do Palácio Real. Os turistas não sabem, mas a planta de Paris está próxima à Torre Eiffel”, exemplifica Aebi que revelou que a Abren deve apresentar o estudo para as cidades selecionadas ao longo deste ano.

O secretário de Serviços Públicos de Campinas, Ernesto Dimas Paulella, diz que considera a recuperação energética de resíduos “o modelo mais eficiente, apesar de ser muito caro”. O secretário revela, inclusive, que visitou uma usina de recuperação na Suíça e constatou que elas realmente funcionam dentro da cidade. “Em minha opinião, esse é um modelo ideal para o lixo seco, já que praticamente não gera rejeitos, que são da ordem de 2% a 3% de cinzas. O problema é que os filtros poderosos custam 50% de toda a usina”, aponta Paulella que explicou que, embora reconheça a eficiência do modelo, não acredita que ele tenha fácil aceitação dos órgãos brasileiros de fiscalização ambiental.

“A incineração tem um problema. Mesmo com todos os filtros, com toda a tecnologia que envolve, ainda escapa um produto chamado dioxina, que é uma substância química criada de forma inadvertida a partir da queima do cloro. Dioxina é cancerígena e, por isso, há muita restrição no Brasil e em todo o mundo”, destaca o secretário.

Ainda de acordo com Paulella, o processo de recuperação energética por meio da incineração é “condenado pelos movimentos de sustentabilidade” e, por isso, teria “difícil aceitação” nas cidades brasileiras. “Falando tecnicamente, eu não deixei de achar que [a recuperação energética de resíduos] é o modelo mais eficiente. Mas é uma forma condenada do ponto de vista ambiental e nós, como agente públicos, temos que olhar para essas questões. Porque certamente teremos a atuação do Ministério Público e movimentos ambientalistas”, esclarece o secretário, que explicou que a Prefeitura de Campinas quer expandir o trabalho de reciclagem e compostagem da cidade.

Hoje, 90% dos resíduos têm como destino o aterro

Atualmente, 90% dos resíduos gerados diariamente em Campinas vão para aterro sanitário. A usina de compostagem processa 100 toneladas por dia, mas tem capacidade para 300 toneladas. “Estamos em um período de adaptação e dentro de dois a três anos vamos conseguir fazer essa expansão do processo”, revela Ernesto Paulella, secretário de Serviços Públicos, Segundo ele, o total de lixo que vai para compostagem representa 7% dos resíduos de Campinas e a meta, ao processar 300 toneladas, é chegar a 40%. A reciclagem, por sua vez, comporta apenas 3% do entulho produzido na cidade e o objetivo é aumentar para 25%.

“Na nossa equação, o tratamento de lixo prevê uma usina de reciclagem, para reciclar até 25% dos resíduos produzidos, uma usina de compostagem, com a capacidade de 300 toneladas, e uma terceira usina que será de CDR, o chamado combustível derivado de resíduo, que é a produção de carvão a partir do lixo”, aponta Paulella, que explicou que esse carvão substitui o carvão natural nas caldeiras de indústrias, por exemplo.

O secretário, no entanto, lembra que a Prefeitura de Campinas teve que anular a contratação de uma parceria público-privada para a gestão do lixo de Campinas. O certame estava suspenso desde maio de 2020, após decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que acatou questionamentos de empresas interessadas em relação aos critérios técnicos e preço, além da exigência de atestados de capacidade técnica.

O contrato, que previa o pagamento de R$ 10,5 bilhões ao longo de 30 anos, trazia a exigência de investimentos de R$ 900 milhões na construção das três usinas: reciclagem, compostagem e CDR.

Paulella explica que a Prefeitura está “refazendo toda a PPP” para atender o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que foi atualizado e está com consulta pública aberta até o dia 3 de abril. A minuta do plano atualizado pode ser consultada na página da Prefeitura. “Estamos refazendo todos os cálculos para realizar a audiência pública. No dia 7 de abril, vamos realizar uma audiência pública, de forma remota, por meio de um endereço eletrônico que será divulgado posteriormente pela Prefeitura”, finaliza.
Fonte: Correio Popular

GERADOR DE ENERGIA REENGE - ENERGIA VERDE




O Gerador Síncrono

O REENGE é um Gerador de Energia portátil e autônomo que não polui o meio ambiente por não utilizar combustível. Possui sistema de controle de rotação indutivo, para economia de energia inteligente. Fácil manutenção, armazenamento, com rodas para melhor manuseio. Indicado para locais sem energia de rede, podendo atuar como fonte suplementar ou principal. 

Excelente para ser usado em produtos eletrônicos que exijam estabilidade de energia. possibilitará a geração de energia renovável através do não consumo de fontes fosseis, transferindo essa energia para utilização na própria edificação quando necessária e devolvendo para a rede elétrica o excedente gerado, conectando na Rede Pública nos padrões de Geração de Energia Distribuída de acordo com a regulação da ANEEL, com o uso de um Painel de Transferência de Energia, assim, reduzindo a conta de luz com uma energia limpa e sustentável.

O Conceito

Na busca de desenvolver um gerador infinito, que todos sonham, ainda enfrentando barreiras técnicas para obter o gerador ideal. Baseado em fontes de energias limpas, temos geradores de alto rendimento, como solar, eólicas e hídricas. Estes geradores possuem matrizes de geração não constantes, tornando assim, a geração sazonal, partindo da eficácia dos geradores síncronos eletromagnéticos – usados na eólica – partimos para resolver o problema da fonte matriz. Que deve ser limpa, constante e de fácil acesso, a solução para resolver a diferença entre a potencia real da elástica, foi usar uma fonte de energia de corrente continua com bateria recarregável, tornando assim a fonte constante, a potencia elástica próximo a nula e o coeficiente de arrasto do gerador próximo a relação 0,25j / 1,5W.

A proporção Joule / Watt, permitiu gerar tensões continuas de 12V com correntes próximas a 200A, o que possibilitou criar um gerador continuo como fonte limpa de energia, e cuja longevidade está próxima de cinco anos.

No diagrama em bloco temos a seguintes disposições:

1 – Motor elétrico 12 V – Matriz.

2 – Bateria de partida para tirar gerador da inercia (Start)

3 – Gerador Assíncrono modelo Gaiola com rotor Magnético.

4 – Circuito Eletrônico (Mosfet) para Transformar CC em AC.

5 – Transformador de Potencia In = 12V / 200A out = 220V 18A.

*Potencia R.M.S. de 2400W – Vale lembrar que na transformação elevatória a potencia de entrada é muito próxima a da saída.











O fim de semana dizia: a difícil mudança da China em direção à paridade da grade energética

Cada mudança na política de PV chinesa é observada pelo mundo solar. E as reformas reveladas no final de abril e início de maio deixaram muitas dificuldades para se recuperar. Enquanto eles podem conter o crescimento desenfreado, as mudanças estão se inclinando para um futuro de reduções adicionais de custos, particularmente os baixos custos, e o objetivo de ouro da paridade de grade PV.

Planta solar de flutuação de Ciel & de Terre na província de Anhui, China. 
Imagem: Ciel & Terre International.

Não há dúvidas de que foi um parto difícil. No último dia útil de abril, o governo central da China finalmente divulgou a política que guiaria a indústria fotovoltaica chinesa pelos próximos dois anos. Caracteristicamente, foi divulgada na forma de uma notificação curta, do órgão regulador de preço máximo da China, a Comissão Nacional de Reforma do Desenvolvimento (CNDR) - ilustrando a seriedade e autoridade das reformas. A notificação avisou que a Administração Nacional de Energia (NEA) divulgaria os regulamentos operacionais relevantes logo após o feriado do Dia do Trabalho em 1º de maio.

O anúncio deu aos trabalhadores da indústria solar uma razão para serem alegres, já que a segurança política havia sido ansiosamente antecipada desde o segundo semestre de 2018. Naquela época, circulavam rumores de que consultas de alto nível entre o governo chinês e especialistas do setor fotovoltaico estavam Lugar, colocar. Muitos esperavam que resultassem em revisões dramáticas das infames medidas políticas adotadas na última primavera de 31/5.

Então, o que há de novo nos últimos regulamentos? As medidas mais críticas representam uma revisão significativa, algumas diriam correção, às políticas do 31/5 - embora mantenham o foco de transferir o setor fotovoltaico da China para uma base não subsidiada.

Em suma, as novas medidas de política estabelecem um FIT para PV residencial, níveis tarifários reduzidos para energia fotovoltaica em escala pública e um novo sistema de leilão misturado para instalações maiores. Um limite de orçamento difícil de 30 bilhões de yuans (US$ 445 milhões) foi estabelecido, com exceção dos Projetos de Alívio da Pobreza Fotovoltaica - que receberão status de prioridade máxima e serão financiados separadamente.

Drivers para reforma

As novas medidas equivalem à substituição do antigo modelo de subsídio do FIT, a um modelo combinado de FIT / leilão. Consequentemente, o novo regime solar é muito mais complicado. O programa anterior parece ter ficado um pouco à mercê do mercado e das empresas que executam instalações em massa, resultando em um nível insustentável de pagamentos de subsídios - com a resolução desses pagamentos herdados ainda não totalmente alcançados. O novo sistema reina nesse gasto, enquanto busca vários outros objetivos.

Os subsídios anuais parecem estar de volta sob controle. Desde 2013, o estado chinês acumulou mais de 120 bilhões de yuans (US$ 17,6 bilhões) em compromissos com pagamentos de subsídios fotovoltaicos. O novo sistema limitará estritamente o subsídio anual a cerca de 30 bilhões de yuans, o que obviamente foi cuidadosamente calculado pelo governo central visando a sustentabilidade e a pontualidade dos pagamentos. Isso é benéfico tanto para a indústria quanto para o governo: o governo economiza dinheiro e as empresas privadas recebem pagamentos que funcionam em termos de planejamento interno de viabilidade financeira.

Em segundo lugar, o novo sistema impulsiona o progresso em direção aos projetos fotovoltaicos de paridade de rede. É bem sabido que apenas a paridade da grade tornará a energia solar genuinamente competitiva com outras fontes de energia - parte da solução climática que a China e o resto do mundo precisam.

Em muitos lugares ao redor do mundo, a paridade de rede está se tornando uma realidade atraente para a energia solar como resultado do declínio de custos - de fato, é por isso que muitos mercados floresceram por uma segunda ou até terceira vez desde 2018. No entanto, na China, Chamados de “custos não técnicos”, que incluem impostos, custos de terra e taxas relacionadas, a paridade de rede ainda é muito difícil para os projetos de energia fotovoltaica atingirem na maior parte do país.

Esses custos costumam ser chamados de "custos baixos" e foram reduzidos drasticamente em mercados fora da China. O novo sistema regulatório limita o total de subsídios e utiliza mecanismos de licitação para encorajar os investidores a reduzir ainda mais os custos e forçá-los a abordar cada vez mais as estruturas de custos de acordo com os níveis de paridade.

Enquanto isso, a nova política também incentiva os governos locais a reduzir os custos da energia solar. Como o sistema de leilão reverso será baseado em todo o mercado nacional, em vez de cotas de instalação anteriormente alocadas, determinadas por província, provavelmente haverá algumas províncias que terão sucesso em poucos (ou nenhum) lance de projeto em um determinado ano, devido a ter custos não técnicos mais elevados do que outros.

Impacto internacional

Com o domínio amplamente compreendido da China em toda a cadeia de suprimento solar, as mudanças na política provavelmente terão repercussões internacionais significativas. No curto prazo, outra "corrida de junho" parece ser inevitável.

Dado o tempo de liberação da política e o compromisso dos pagamentos em nível de 2018 para as instalações concluídas antes de 1º de julho, investidores, desenvolvedores e EPCs estarão se apressando para concluir os projetos. É improvável que ocorram declínios regulares no preço do módulo de verão sazonal.

No médio prazo, o crescimento espetacularmente rápido da China alcançado em 2016 e 2017, ambos com algo próximo de aumentos anuais de mais de 50%, parece uma coisa do passado. Nos próximos anos, as taxas de crescimento do mercado em torno de 20-30% a mais parecem mais prováveis.

Existem vários fatores para apoiar fortemente a previsão de crescimento mais estável. Em primeiro lugar, o custo não técnico no mercado interno da China não é fácil de reduzir, pois fornece receitas vitais para alguns governos locais. Em segundo lugar, e mais importante, a capacidade da rede elétrica da China de absorver essas rápidas expansões de capacidade fotovoltaica é limitada. Devido a uma relação de cooperação de longa data - alguns podem dizer o caso de amor - com o poder tradicional do carvão, a rede nacional da China e suas sub-ramificações de redes provinciais não estão totalmente dispostas a abraçar a energia solar.

A geração solar fotovoltaica também apresenta alguns desafios para a operação da rede, exigindo uma mudança de paradigmas, e para os operadores da rede isso apresenta problemas. O governo da China está implementando uma reforma complexa orientada para o mercado de seu sistema de energia, especialmente o sistema de rede nacional.

No entanto, sem grandes avanços políticos no uso de energia, a implementação de micro-redes, e a integração do armazenamento de energia, o mercado doméstico de PV da China sofrerá cada vez mais com as limitações da rede. No geral, as restrições de políticas e de rede limitarão o crescimento descontrolado, mas também limitarão as flutuações selvagens da demanda - e seus impactos resultantes nas cadeias globais de fornecimento de energia fotovoltaica.

Pontos brilhantes

As novas configurações de política de PV da China vieram com um sinal claro dos funcionários de que cada centavo de subsídio será garantido e pago aos investidores a tempo. Se isso for verdade, a certeza da renda dos participantes do mercado fotovoltaico melhorará significativamente.

Modelos financeiros e planos de jogadores ao longo da cadeia de suprimentos se tornarão cada vez mais confiáveis ​​e os preços dos projetos de PV mais credíveis. Muitos instrumentos financeiros, ferramentas e estruturas mais sofisticadas dependem de preços credíveis e confiáveis ​​- e garantem condições de pagamento.

Como resultado de um aumento na certeza financeira, um mercado eminentemente eminente para a implementação de estruturas financeiras, tais como títulos lastreados em ativos (ABS), que foram discutidos por um longo tempo no setor chinês, pode ser implementado. O ABS pode se tornar um instrumento de financiamento muito importante para a indústria daqui para frente.

Além disso, a globalização da indústria fotovoltaica da China deverá acelerar-se. Como o mercado doméstico será potencialmente restrito, as empresas de PV da China serão obrigadas a ir ao exterior para encontrar mercados finais para seus produtos e serviços. Para muitas empresas, isso acabará se tornando uma questão de vida ou morte.

A estimativa mais recente para instalações fotovoltaicas em 2019 na China, do CPIA, prevê cerca de 35 GW, o que representaria outra queda de 20% em 2018. Mesmo os cenários otimistas têm menos de 40 GW. Tais quedas levariam as empresas chinesas ao exterior. Isso trará mais conflitos comerciais? Alguns especialistas do setor já expressaram preocupações.

Mas o maior impacto da redefinição da política só será visto em dois ou mais anos. Considerando que os desenvolvedores chineses relatam consistentemente altos custos para o PV, uma vez que a China atinja a paridade de rede, a energia gerada pelo sistema fotovoltaico do país representará uma das mais competitivas em custo em qualquer lugar do mundo. Naquela época, o preço não será um problema, mas uma grande vantagem. Se a nova política da China for bem-sucedida no encorajamento de reduções de custos não técnicas, a PV de escala terawatt poderá rapidamente se tornar uma realidade.

Essas reformas fundamentais para o setor fotovoltaico da China não representam um abandono de suas ambições solares. Em vez disso, as reformas demonstram uma determinação e disposição do governo em apoiar seu setor fotovoltaico, em grande parte por causa de seu tamanho de mercado, agora avaliado em trilhões, e dos mais de três milhões de empregos criados por ele.

Mas o compromisso do governo da China com a indústria solar também é resultado da contribuição da PV para a reestruturação e transição energética do país, e a consequente redução nas emissões de carbono, com a qual o governo está comprometido, e também devido ao grande potencial da energia solar. desenvolvimento futuro da economia. A mudança é difícil, mas muitas vezes é necessária.

Resumo da política de seis pontos

1. Todos os projetos de energia solar fotovoltaica na China serão classificados e gerenciados por duas categorias: subsidiada e não-subsidiada (Grid Parity Projects). Nenhum financiamento público estará disponível para projetos de paridade de rede, no entanto, não haverá limitações quanto a cotas, e eles devem ser administrados por governos provinciais, com gerenciamento administrativo e uma rede local com controle de conexão. 

2. Todos os projetos subsidiados de PV são classificados em cinco categorias: (a) rooftop residencial, (b) plantas fotovoltaicas em escala pública, (c) Projetos de Alívio à Pobreza Fotovoltaica, (d) PV fotovoltaico, e (e) projetos especiais incluindo Top Runner e projetos de apoio à rede. 

3. Um subsídio anual total de 30 bilhões de yuans (US $ 445 milhões) foi confirmado pelo Ministério das Finanças da China em 2019. Esse orçamento cobrirá instalações nas categorias a, b, d e e. Os Projetos de Alívio da Pobreza Fotovoltaica (c) receberam a mais alta prioridade, sem cotas de corte de subsídios, e serão apoiados por um pote de financiamento adicional. 

4. Para as quatro categorias, pagamentos e orçamentos são os seguintes. (a) Residencial: CNY 0,18 / kWh com um orçamento alocado de CNY 750 milhões, cerca de US $ 111 milhões ou equivalente a cerca de 3,5 GW, com base em um cálculo da Associação da Indústria Fotovoltaica da China (CPIA). Este montante orçamentado deve ser retirado do total de 30 mil milhões de CNY. (b) Plantas fotovoltaicas em escala de serviços públicos: três regiões de recursos com CNY 0,40, CNY 0,45 e CNY 0,55 para as regiões 1, 2 e 3, respectivamente - uma redução de CNY 0,50, CNY 0,60 e CNY 0,70 em 2018. (d) Projetos PV distribuídos: administrados através de sistema de leilão, com teto de preços de CNY 0,10 / kWh. 

5. Todos os projetos de (b) usina fotovoltaica de utilidade pública e (d) projetos PV e (e) especiais distribuídos participarão de leilões para ganhar o subsídio de uma reserva de fundos unificada em nível de país. Os projetos de licitação submeterão à Administração Nacional de Energia (NEA) um preço / kWh e, portanto, entrarão em um sistema de classificação de todos os projetos de PV da China. Os projetos vencedores serão aqueles com o menor preço. Preços mais altos serão excluídos. Os regulamentos para o processo de licitação estão sendo elaborados e serão divulgados pela NEA em breve. Quando a reserva de financiamento estiver esgotada, os projetos com ofertas mais altas não receberão subsídios. 

6. A política entrará em vigor em 1º de julho de 2019. Os projetos em escala de utilidade pública concluídos entre julho de 2018 e junho de 2019 podem receber pagamentos de subsídio em 2018.

Intersolar Europe 2019 - Geradores que não bebem diesel nas Ilhas Galápagos


Andreas Boes, desenvolvedor de negócios LatAm Distributed Energy Systems, com a Siemens se orgulha de falar sobre o projeto zero de combustíveis fósseis de sua empresa nas Ilhas Galápagos.

A Siemens implantou um sistema fotovoltaico, em combinação com dispositivos de armazenamento de energia e geradores alimentados a combustível. A pista: os geradores não bebem diesel. A Siemens usou um motor a diesel para desenvolver o gosto pelo óleo vegetal. Os agricultores locais cultivam as plantas como um recinto para os campos. As frutas, antes sem propósito para os habitantes da ilha, entram em cena quando o sistema fotovoltaico não é suficiente.

“O que me deixa tão feliz é que as pessoas na ilha tinham sido um pouco céticas sobre a intermitência da energia renovável antes. Agora, com o sistema funcionando, eles estão convencidos do suprimento de segurança e percebem que as interrupções diminuíram significativamente ”.

Com este projeto nas Ilhas Galápagos, a Siemens entrou no prêmio Intersolar. Boa sorte, Andreas.

Vantagens e desvantagens do hidrogênio


O hidrogênio é um elemento químico que à temperatura ambiente se encontra no estado gasoso. É o elemento mais abundante do Universo e o principal constituinte das estrelas.

Trata-se do melhor combustível em motores de combustão.

O hidrogênio é o elemento mais leve e o que possui o maior valor energético. Não é tóxico. Não acarreta emissões nocivas para o ambiente. É até considerado o combustível do futuro.

Não se encontra isolado na natureza, o que acaba por constituir uma alternativa mais dispendiosa. Explicamos melhor porquê. O hidrogênio é um gás mais leve do que o ar, acabando assim por subir para a atmosfera. Na sua forma natural está, portanto, sempre associado a outros elementos.

É uma alternativa dispendiosa mas que, por vezes, até pode ser a escolha mais acertada. Vejamos: fica mais econômico enviar hidrogênio do que eletricidade para grandes distâncias através de fios. Certo é que na maioria das vezes e como o hidrogênio requer que se o isole de outros compostos, este processo acarreta custos ainda elevados.

Em conjunto com o carbono formam os hidrocarbonetos, dos quais o metano é um deles.

É um elemento altamente reativo e inflamável, por exemplo, com o oxigênio. Implica ser mantido em estado líquido e requer obviamente cuidados redobrados. Um descuido pode ser bastante perigoso.

Atualmente, o hidrogênio é muito usado como combustível na NASA.

Vamos então resumir as vantagens e desvantagens do hidrogênio começando pelas desvantagens para depois culminarmos nas vantagens deste elemento que, como dissemos, pode ser a alternativa de futuro.

Relembramos que se trata de um elemento muito particular e constitui uma energia alternativa que ainda tem muito para dar.

Principais vantagens e desvantagens do hidrogênio

Desvantagens do hidrogênio:
  • Alternativa cara;
  • Requer a utilização de metais nobres;
  • Implica custos de transporte e distribuição;
  • Não se encontra isolado na natureza;
  • Tem uma relação de dependência de hidrocarbonetos, petróleos e seus derivados;
  • Altamente reativo.
Vantagens do hidrogênio:
  • Não é tóxico;
  • É o elemento mais abundante no Universo;
  • Grande potencial no setor dos transportes;
  • Grande densidade energética;
  • Baixo nível de emissão de gases responsáveis pelo efeito de estufa;
  • Não aumenta a poluição sonora já que se trata de um processo silencioso;
  • Um grande volume deste elemento pode ser armazenado facilmente;
  • Pode ser usado para gerar energia;
  • Alternativa ecológica que pode ajudar a economia dos países permitindo a criação de postos de trabalho e o desenvolvimento econômico.

A energia solar térmica gerou 2% de eletricidade na Espanha


As energias renováveis ​​cobriram 41,9% da demanda de eletricidade na Espanha em abril de 2019. A geração eólica foi a principal tecnologia para a produção mensal de eletricidade na Península e representou 24,8% do total; thermosolar 2% e fotovoltaica 3,4%.

41,9% da geração Península Abril foi renovável e 67,3% foi produzido a partir de tecnologias que não emitem CO 2 para a atmosfera. A demanda peninsular de energia elétrica em abril é estimada em 19.529 GWh, 2% inferior à registrada no mesmo mês do ano anterior. Se os efeitos do calendário e das temperaturas forem levados em consideração, o número cai 1,6% em relação a abril de 2018.

Nos primeiros quatro meses de 2019, a demanda por eletricidade na Península é estimada em 83.572 GWh, 2,7% menos que em 2018. Novamente, uma vez que a influência do calendário e das temperaturas tenha sido corrigida, a demanda é 2,1% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior.

Com a informação disponível, a produção de energia eólica em abril totalizaram 4.666 GWh, 5,7% superior ao mesmo período do ano passado, respondendo por 24,8% da produção total.

Corrida contra o tempo com a Geração de Energia

O Brasil poderá gerar mais de 1 milhão de empregos, diretos e indiretos, na área de eficiência energética (EE) até 2030. A informação consta em um estudo inédito desenvolvido pelo Ministério das Minas e Energia (MME) em parceria com o governo da Alemanha, a fim de apresentar o atual cenário do setor no país e o potencial de geração de vagas dedicadas a EE na próxima década. A projeção apontada acima foi obtida considerando-se um cenário em que o país consiga atingir a meta estabelecida no Acordo de Paris, firmado em 2015. Em sua NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada), o governo assumiu compromissos, como o aumento da participação de fontes renováveis em sua matriz energética e a promoção em 10% da eficiência energética no setor elétrico. Entretanto, o estudo apontou que o número de vagas ainda está longe do esperado para atingir esse objetivo. Dessa forma, mais do que um prognóstico otimista para o setor, a análise do MME demonstra que o país precisa de novas inciativas do mercado, programas de capacitação e políticas efetivas, se quiser se desenvolver no setor de eficiência energética nos próximos anos.

Na prática, atualmente, o país possui 11 mil vagas específicas para profissionais capacitados para planejamento e execução de projetos de EE. Para atingir a meta estabelecida, precisaria ter alcançado – ainda em 2018 – 27 mil posições no setor. Em relação aos empregos diretos, o número atual é de 130 a 140 mil empregos. Para cumprir a NDC, esse número deveria chegar a 450 mil até 2030. Segundo o MME, a quantidade de pessoas que gerenciam esses projetos é consideravelmente menor em relação ao número de profissionais que os executam (em torno de 1% a 25%), o que demanda a necessidade de mais qualificação para a implementação de novas iniciativas e estratégias no país. A estimativa apontou, ainda, que há de 30 a 60 mil profissionais buscando capacitação na área, mas ainda que estes profissionais se tornem qualificados, não há postos de trabalho para abarcar a demanda.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, apesar de a perspectiva de geração de empregos apontar para a criação de vagas em diferentes níveis de qualificação, uma parcela importante, de 25% a 60%, deverá ser voltada para profissionais com curso superior. Quanto à região do país, não houve avaliação específica, sendo considerado apenas que a maioria dos empregos será gerada em áreas de maior produção industrial. Já em relação às áreas com maior chance de criação de vagas, a construção civil foi a apontada como a que tem maior potencial.

Na avaliação do coordenador de Atividades Técnicas do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Edson Pereira dos Santos, o país tem condições de qualificar mão-de-obra e potencial para desenvolver o setor. Na instituição de qualificação profissional, por exemplo, existem atualmente capacitações na área de eficiência energética desde a formação básica até o nível de gestão, incluindo uma pós-graduação com vivência internacional na Alemanha, na qual o profissional também atua. Os cursos, em sua maioria, são oferecidos nas unidades de São Paulo, mas há também qualificações no Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, de acordo com a demanda de cada região.

Entretanto, de acordo com Edson Santos, a questão da eficiência energética ainda é subestimada pelas empresas brasileiras. Segundo o profissional, por se tratar de ações que trazem resultados no médio e longo prazos, há uma dificuldade para entender como a otimização do consumo de energia pode ter um retorno compensador para as organizações. Ele destaca ,ainda, que hoje existem linhas de financiamento para esse fim, mas pouco movimento do mercado. Para Santos, essa “é uma questão cultural” e é preciso haver uma mudança de postura das instituições para que o setor se desenvolva mais no cenário nacional.

“No Brasil, existem várias ações ainda não iniciadas. Se você pegar empresas de diferentes portes, pequenas, médias e grandes, a questão da eficiência energética ainda não é tratada com a devida relevância. Pouco conhecimento, poucos profissionais dedicados à implementação de melhorias, de gestão. Então, a partir do momento que as organizações enxergarem que as ações de eficiência energética não são custos e sim investimentos, acho que tem um cenário promissor para desenvolver novas oportunidades, incluindo o mercado de trabalho. 

Hoje, as organizações não têm efetivamente uma função dedicada para a gestão, para as ações de eficiência energética, então, isso acaba sendo colocado juntamente com outras atribuições, do tipo gestão de manutenção, gestão de produção, não têm uma área definida. E para isso existem algumas frentes, existem fomentos que estão sendo feitos para incentivar as organizações nos quesitos de eficiência energética, no quesito de gestão de energia, algumas ações do tipo Procobre, do próprio Procel, a própria Eletrobras, algumas instituições de ensino também, o próprio Senai, USP, Unesp, que visam apresentar um cenário de oportunidades na área de eficiência energética”, afirma o coordenador do Senai.

Questionado sobre a estimativa de geração de empregos na área de EE apresentada pelo Ministério de Minas e Energia, Edson Santos afirma que, em sua opinião, as tendências de geração de energia a partir de fontes renováveis e de construções sustentáveis podem fomentar a área nos próximos anos e fazer com que aumente tanto a procura, quanto a oferta de empregos.

“Tem várias instituições se antevendo a isso, se preparando para isso, em diferentes níveis, operacional, prática e estratégica, e novos títulos vão surgindo. Hoje, o que eu sinto como experiência é que o mercado ainda não está demandando esses profissionais. Então nós estamos colocando os profissionais formados no mercado, mas a demanda ainda está retida. Mas, a partir do momento em que isso se demasiar em aumento, em crescimento, em geração de novos empregos, provavelmente mais pessoas vão procurar essas formações. Que eu vejo que é a bola da vez. A questão de energia e a segurança energética é a bola da vez, tanto quando eu falo de geração, quanto quando eu falo em consumo. Então a geração eficiente, a gestão da geração, smartgrid, smart home, prédios sustentáveis, green buildings, isso tudo desenvolve um cenário de oportunidades e sempre aquele que se preparar, se capacitar na frente acaba absorvendo as melhores oportunidades”, avalia.

A engenheira paulista Carmen Miranda de Oliveira está entre os profissionais em busca de qualificação, apostando no desenvolvimento da eficiência energética no Brasil. Instrutora de formação profissional, ela decidiu se especializar com a pós-graduação em Eficiência Energética na Indústria oferecida pelo Senai. Em sintonia com que o estudo do MME indicou, ela acredita que a geração de vagas pode aumentar nos próximos anos, desde que haja maior estímulo para o setor.

“Acho que o Brasil está começando a se movimentar, pois foram criadas diversas vagas no setor. O que está faltando mesmo é uma melhor divulgação e incentivo para aplicar melhorias. Creio que, com esse incentivo, podemos superar fácil as expectativas na geração de vagas até 2030”, afirma a engenheira eletricista.

Iniciativa inédita

O estudo “Potencial de Empregos Gerados na Área de Eficiência Energética no Brasil de 2018 até 2030” foi resultado do projeto Sistemas de Energia do Futuro, desenvolvido por meio de uma parceria entre o Ministério de Minas e Energia do Brasil e o Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, através da GIZ, Agência de Cooperação Alemã. A ação integrada vem sendo desenvolvida desde 2017 com o objetivo de promover o uso de energias renováveis e a eficiência energética no sistema brasileiro de energia, interagindo com entidades como Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Ministério da Educação (MEC) , Senai, além de associações setoriais. O projeto atua em quatro frentes, sendo uma delas diretamente ligada à educação profissional, buscando estimular as instituições de ensino a desenvolverem cursos profissionalizantes na área.

“A ideia é que essas instituições de ensino estejam preparadas para atender a demanda desses setores por profissionais devidamente qualificados, garantido a inserção dessas fontes na matriz energética e a implementação de ações de eficiência energética com qualidade e segurança. No âmbito dessa linha, tendo em vista que até então não se tinha conhecimento de nenhum estudo que apontasse a quantidade atual de pessoas trabalhando com eficiência energética e a quantidade necessária para que o país atinja a NDC, entendeu-se necessário conhecer esses números para que ações possam ser desenvolvidas com maior embasamento”, explica a assessora técnica da GIZ, Roberta Knopki.

Nesse contexto, o MME afirma que tem atuado de forma a promover o setor de eficiência energética, buscando identificar os entraves que impedem o mercado de se desenvolver e buscando soluções para fomentar a criação de empregos.

“Estamos desenvolvendo uma série de ações, em diversos setores. Para mencionar apenas os setores abrangidos pelo estudo, o Ministério tem estudado a possibilidade de tornar obrigatória a etiquetagem de edificações, o que gerará um número enorme de profissionais capazes de realizar o diagnóstico energético e a certificação de edificações para a obtenção da etiqueta. No setor industrial, estamos trabalhando junto ao mercado de motores elétricos reparados, a fim de disseminar boas práticas e conscientização para o bom uso desses serviços”, afirma a coordenadora-geral de Eficiência Energética do MME, Samira Sousa, destacando que o estudo analisou apenas os setores industrial e de edificações.

A necessidade de certificação compulsória em eficiência energética para edificações também é vista de forma otimista pelo gerente do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), Marcel Siqueira. Ele avalia que o programa, que é responsável por desenvolver ações que visam ao uso racional de energia e por atestar a eficiência de equipamentos, também pode ser um impulsionador de geração de vagas.“O Procel tem um grande potencial de induzir o mercado, então, ao contrário de algumas ações de eficiência energética que visam só a implementação de maneira muito pontual, o Procel trabalha também, não só na implementação, mas desenvolvendo metodologias, desenvolvendo novas práticas de eficiência energética, e tudo o que é gerado em termos estruturantes, que serve para ser utilizado também por outros agentes e para outros programas de eficiência energética”, ressalta.

Débora Anibolete, para o Procel Info

Equipamento vai gerar eletricidade a partir da neve


Um dispositivo pioneiro e de baixo custo é capaz de gerar eletricidade a partir da queda de neve. Desenvolvido na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), é pequeno, fino e flexível como uma folha de plástico.

“O dispositivo pode operar em áreas remotas, porque ele fornece seu próprio poder e não precisa de baterias”, disse o principal autor Richard Kaner, titular da cadeira em materiais inovação Dr. Myung Ki Hong, da UCLA.

Os pesquisadores chamam o equipamento de um nanogerador triboelétrico baseado na neve. Um nanogerador triboelétrico, que gera carga através da eletricidade estática, produz energia a partir da troca de elétrons.

“A eletricidade estática é produzida a partir da interação de um material que captura elétrons e outro que abandona os elétrons”, disse Kaner. “Um separa as acusações e cria eletricidade a partir do nada”.

A neve é ​​carregada positivamente e abandona os elétrons. O silicone, um material semelhante à borracha sintética que é composta de átomos de silício e átomos de oxigênio, combinado com carbono, hidrogênio e outros elementos, é carregado negativamente. Quando a neve cai em contato com a superfície do silicone, produz uma carga que o dispositivo captura, criando eletricidade.

Aproximadamente 30% da superfície da Terra fica coberta de neve no inverno, durante os quais os painéis solares geralmente não funcionam, observou El-Kady. O acúmulo de neve reduz a quantidade de luz solar que atinge o painel solar, o que limita a potência de saída dos painéis e os torna menos eficazes. O novo dispositivo pode ser integrado nos painéis solares para fornecer uma fonte de energia contínua quando neva e quando fizer calor, disse ele.

Novos materiais convertidos visíveis em luz infravermelha

Descoberta abre novas rotas para terapia fotodinâmica e desenvolvimento de drogas.

Bilhões de lâmpadas moleculares, alimentadas por fótons infravermelhos invisíveis, geram luz visível. Crédito: Melissa Ann Ashley

Cientistas da Columbia University, em colaboração com pesquisadores de Harvard, conseguiram desenvolver um processo químico para converter a luz visível em energia infravermelha, permitindo que a radiação inócua penetrasse tecidos vivos e outros materiais sem os danos causados ​​pela exposição à luz de alta intensidade.
"As descobertas são empolgantes porque conseguimos realizar uma série de transformações químicas complexas que geralmente exigem luz visível de alta energia usando uma fonte de luz infravermelha não invasiva", disse Tomislav Rovis, professor de química na Columbia e co-autor do estudo. estude. "Pode-se imaginar muitas aplicações potenciais onde as barreiras estão no caminho do controle de matéria. Por exemplo, a pesquisa é promissora para melhorar o alcance e a eficácia da terapia fotodinâmica, cujo potencial completo para o manejo do câncer ainda não foi realizado."

A equipe, que inclui Luis M. Campos, professor associado de química na Columbia, e Daniel M. Congreve, do Instituto Rowland, em Harvard, realizaram uma série de experimentos usando pequenas quantidades de um novo composto que, quando estimulado pela luz, pode mediar a transferência de elétrons entre moléculas que de outra forma reagiriam mais lentamente ou não reagiriam de forma alguma.

Sua abordagem, conhecida como upconversion triplet fusion, envolve uma cadeia de processos que essencialmente funde dois fótons infravermelhos em um único fóton de luz visível. A maioria das tecnologias captura apenas a luz visível, o que significa que o restante do espectro solar é desperdiçado. Conversão ascendente de fusão tripla pode captar luz infravermelha de baixa energia e convertê-la em luz que é então absorvida pelos painéis solares. A luz visível também é facilmente refletida por muitas superfícies, enquanto a luz infravermelha tem comprimentos de onda maiores que podem penetrar em materiais densos.
"Com essa tecnologia, conseguimos sintonizar a luz infravermelha nos comprimentos de onda necessários e mais longos que nos permitiram atravessar, de maneira não invasiva, uma ampla gama de barreiras, como papel, moldes de plástico, sangue e tecidos", disse Campos. Os pesquisadores até pulsaram luz através de duas tiras de bacon enroladas em torno de um frasco.

Os cientistas há muito tentaram resolver o problema de como obter luz visível para penetrar na pele e no sangue sem danificar órgãos internos ou tecidos saudáveis. A terapia fotodinâmica (TFD), usada no tratamento de alguns tipos de câncer, emprega um medicamento especial, chamado fotossensibilizador, que é acionado pela luz para produzir uma forma altamente reativa de oxigênio capaz de matar ou inibir o crescimento de células cancerígenas.

A terapia fotodinâmica atual é limitada ao tratamento de cânceres localizados ou de superfície. "Essa nova tecnologia poderia levar o PDT a áreas do corpo que antes eram inacessíveis", disse Rovis.

"Em vez de envenenar o corpo inteiro com uma droga que causa a morte de células malignas e células saudáveis, uma droga não tóxica combinada com a luz infravermelha poderia direcionar seletivamente o local do tumor e irradiar as células cancerígenas."

A tecnologia pode ter um impacto de longo alcance. A terapia por luz infravermelha pode ser fundamental no tratamento de várias doenças e condições, incluindo lesões cerebrais traumáticas, nervos danificados e medula espinhal, perda auditiva, bem como câncer.

Outras aplicações potenciais incluem o gerenciamento remoto de produção de energia solar de armazenamento de produtos químicos e armazenamento de dados, desenvolvimento de medicamentos, sensores, métodos de segurança alimentar, compósitos ósseos moldáveis ​​e componentes microeletrônicos de processamento.

Os pesquisadores estão atualmente testando tecnologias de conversão de fótons em sistemas biológicos adicionais. "Isso abre oportunidades sem precedentes para mudar a maneira como a luz interage com organismos vivos", disse Campos. "Na verdade, neste momento estamos empregando técnicas de upconversion para engenharia de tecidos e entrega de medicamentos."

Fonte: Universidade Columbia

Biomaterial de baixo custo gera eletricidade


Descoberta abriu caminhos para a coleta de energia, a geração de eletricidade a partir do meio ambiente em quantidade suficiente para alimentar pequenos aparelhos portáteis. Sarah Guerin, da Universidade de Limerick, na Irlanda, descobriu que a biomolécula glicina gera uma quantidade substancial de eletricidade quando é pressionada ou comprimida - ou seja, essa biomolécula possui um tipo de piezoeletricidade.

A glicina é o mais simples dos aminoácidos. Além de estar presente em praticamente todos os resíduos agrícolas e florestais, ela pode ser produzida por menos de 1% do custo dos materiais piezoelétricos usados atualmente nos chamados nanogeradores.

Os materiais piezoelétricos geram eletricidade em resposta à pressão, e vice-versa. Eles são amplamente utilizados em carros, celulares e consoles de jogos. Ao contrário da glicina, esses materiais são normalmente sintéticos e muitas vezes contêm elementos tóxicos em sua composição.

PEDALANDO 1 HORA SE OBTÉM ENERGIA EM CASA POR 24 HORAS


Alimentar a casa durante 24 horas pedalando apenas uma hora. Esta é a invenção do bilionário Manoj Bhargava que realmente promete revolucionar o modo de como a eletricidade limpa pode ser produzida gratuitamente.

A ideia pode ser particularmente importante para os países onde ainda falta eletricidade.

O princípio é simples: a energia cinética gerada pelo pedal é transformada em energia elétrica e depois acumulada em uma bateria. O nome da bike é Hans Free Electric ™.


Funciona assim: uma pessoa pedala a bicicleta que aciona um sistema volante de inércia que, por sua vez ativa um gerador através do qual uma bateria está carregada. Pedalar por uma hora permite que se produza eletricidade para uma família rural média.

Em março de 2016, o projeto piloto começou na Índia, onde 25 Hans Free Electric foram enviadas. Algumas famílias que vivem em áreas rurais, mas também pequenas empresas, clínicas e escolas se beneficiaram dela.

A bike faz parte da maior iniciativa da Billions in Change e nós havíamos falado aqui, em 2015, sobre ela: 


A bicicleta custa cerca de 190 euros, mas estão trabalhando para reduzir ainda mais o seu custo. Bhargava está convencido de que o produto pode se popularizar na Índia, onde hoje milhões de pessoas vivem sem eletricidade, bem como em outros países que têm o mesmo problema.

Para ilustrar as invenções de Bhargava, foram feitos dois documentários, intitulados Billions in Change 1 and 2.




Espera-se que no próximo ano cerca de 10.000 bicicletas sejam instaladas na Índia e que a iniciativa se espalhe por todo o mundo. É realmente algo revolucionário!

Festival europeu de música transforma urina do público em energia para iluminar letreiros informativos


Já escrevemos sobre essa tecnologia no post O banheiro público que coleta xixi e o transforma em energia elétrica para o entorno! Desenvolvida pelos pesquisadores do Centro de Bioenergia Bistrol, da Universidade do Oeste da Inglaterra, agora ela foi novamente testada no grande festival europeu de música Glastonbury.

O xixi dos visitantes foi utilizado para abastecer os letreiros que davam informações sobre o evento ao público e ainda para recarregar celulares da galera. Mais de mil litros de xixi foram colhidos durante o festival, o que foi suficiente para abastecer 10 displays.

Desde 2015, o festival utiliza essa tecnologia, que está em fase de teste, para gerar energia. A cada ano que passa o método está mais perto de se tornar escalável e sustentável para ser aplicado em países em desenvolvimento, em regiões onde o acesso ao saneamento básico e à energia elétrica ainda são muito precários.

“Essa iniciativa é principalmente para engajar o público. O festival permite exibir o potencial dessa tecnologia para milhares de pessoas”, conta o professor responsável pelo estudo, Ioannis Ieropoulo. Uma boa ideia para os festivais brasileiros também, não?

Assista, abaixo, ao vídeo sobre a iniciativa.


Pesquisa revela potencial energético da casca de coco

Químico demonstra que biomassa é alternativa para geração de eletricidade

Cerca de 40% da matriz energética brasileira é renovável – proveniente de recursos que se refazem em curto tempo – sendo responsável por 75,5% de eletricidade gerada, situação sem paralelo quando se sabe que no mundo a porcentagem média é de 21%. 

Aproximadamente 64% dessa energia renovável provém de hidrelétricas e de biomassa (8,0%), quando contabilizados o bagaço de cana, lenha e a lixívia, subproduto do processamento da madeira nas fábricas de papel e celulose.

A participação ainda escassa da biomassa no segmento renovável de energia ressalta quando se sabe de sua abundância no país, oriunda de resíduos agrícolas, industriais e de plantios específicos. O aumento do custo da energia elétrica nas épocas de estiagem, quando a produção nas hidrelétricas é insuficiente para atender a demanda, decorre da utilização de combustíveis fósseis nas termelétricas (carvão mineral, óleo diesel, gás), o que torna a energia mais cara, além de um concreto aumento da poluição. É nesse período que são acionadas as chamadas bandeiras amarela ou vermelha, dependendo da quantidade de energia oriunda das termelétricas.

Vadson Bastos do Carmo, autor da tese, e a orientadora, professora Katia Tannous: possibilidade de aproveitamento de oito tipos de biomassa

Estas foram algumas das motivações do químico Vadson Bastos do Carmo – com especialização em engenharia de qualidade e gestão empresarial, mestrados em gerenciamento de sistemas de informações e engenharia de produção, doutorado em engenharia química, com experiência de mais de trinta anos em empresas nacionais e multinacionais e professor universitário – ao se propor avaliar a eficiência energética renovável de biomassas alternativas para a geração de eletricidade.

Com base na tese por ele desenvolvida e orientada pela professora Katia Tannous, da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp, o Brasil não precisaria encarecer as contas de luz ao acionar as termelétricas se utilizasse para mover suas turbinas a energia proveniente do emprego de biomassas. Ele defende que, se todas as usinas de álcool e açúcar disseminadas pelo país estivessem equipadas com caldeiras adequadas ao emprego do bagaço e da palha de cana, a produção de energia excedente, considerando também o período de entressafras da cana de açúcar, seria equivalente a 23% da produção registrada em Itaipu, maior hidroelétrica brasileira e a segunda do mundo.

Viabilidades

Para superar os problemas logísticos decorrentes da necessidade de armazenamento e transporte da biomassa, os pesquisadores defendem sua utilização próxima aos locais de que são oriundas, inclusive nas cidades. Em princípio, por exemplo, os pontos de geração mais imediatos seriam as mais de 400 usinas de açúcar e de álcool instaladas no Brasil, desde que equipadas com caldeiras que lhe permitissem produzir energia elétrica na entressafra com biomassas alternativas cultivadas ou geradas através de resíduos industriais ou urbanos. Claro que, além destas, pequenas usinas bioelétricas - termo que estamos cunhando para designar a produção de energia elétrica com o emprego de biomassa - poderiam ser instaladas em locais em que se justificasse o seu aproveitamento. 

Constituiu, portanto, escopo do trabalho o desenvolvimento de uma tecnologia que viabilizasse o aproveitamento de biorresíduos gerados pelas atividades humanas, utilizando-os concomitantemente como fontes alternativas de geração de energia.

A professora Katia esclarece que a produção contínua de energia de todas essas usinas poderia ser sustentada, durante a escassez sazonal de biomassas, pelos chamados cultivos energéticos, como os plantios de eucalipto e capim elefante, cujos ciclos de produção mínimos são respectivamente de seis e sete anos e seis meses, já utilizados como fonte energética em usinas produtoras de álcool e açúcar.

Para simplificação de custos de transporte e logística, os pesquisadores consideram a utilização regional dos resíduos, o que demandaria a construção de plantas em localidades estrategicamente posicionadas e a adequação de plantas de usinas de álcool e açúcar já existentes. Mas para tanto há necessidade do dimensionamento das biomassas existentes nas regiões e suas sazonalidades e de seus potenciais energéticos.

Biomassas

Por isso mesmo, o trabalho se concentra na possibilidade de aproveitamento de oito tipos de biomassa, destacando o emprego da casca do coco verde, pois não havia ainda estudo sobre a utilização desse resíduo em termelétricas. A casca de coco constitui atualmente o resíduo alimentar mais presente em muitas cidades brasileiras. Estima-se que os brasileiros consomem a água de cerca de dois bilhões de coco verde por ano.

Em comparação, também foram estudadas as eficiências energéticas do bagaço de cana, resíduo agrícola (casca de arroz), os resíduos descartados pela indústria moveleira, as podas de árvores urbanas, mas também as de alguns plantios como de eucalipto e de capim elefante, com maiores potenciais energéticos e já empregados na produção de energia. A casca de coco verde apresentou potencial energético semelhante ao bagaço de cana, o que a credencia a ser utilizada em pequenas usinas instaladas em grandes cidades. É o caso, exemplifica Vadson, da usina instalada no Ceasa Campinas, acionada todos os dias, por medida de economia, no horário em que a energia elétrica é mais cara, e movida a diesel, mas que poderia utilizar biomassa urbana.

A grande vantagem da biomassa, do ponto de vista climático, é que durante o desenvolvimento da planta ocorre absorção do gás carbônico atmosférico na fotossíntese, compensando em cerca de 80% o carbono emitido durante a queima dos biorresíduos.

A professora Katia considera ainda que, uma vez instalada uma cadeia de produção de bioeletricidade, se reduziriam os custos de mão de obra e de logística e se ampliariam os benefícios para a natureza. Mas para tanto, diz ela, “precisaria existir uma política governamental que estimulasse a adaptação de usinas de açúcar e de álcool para produção de energia na entressafra e a instalação de pequenas usinas bioelétricas regionais”.

Imagem de capa JU-online

Por: CARMO GALLO NETTO
Fotos: ANTONINHO PERRI | REPRODUÇÃO

Maior termelétrica do Brasil que produz energia com lixo pode abastecer uma cidade de 200 mil habitantes

Na cidade de Caieiras, em São Paulo cerca de oito mil toneladas de resíduos urbanos e industriais são levados até a Central de Tratamento e Valorização Ambiental todo dia. É a partir de todo esse lixo que a Termoverde Caieiras, maior termelétrica a biogás de aterro sanitário do Brasil, produz energia.


Com 15 mil metros quadrados e potência instalada de 29,5 megawatts, a usina gera energia suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes. O empreendimento começou a ser construído em 2014, com um investimento de mais de R$ 100 milhões do Grupo Solví, e em julho de 2016 recebeu a autorização da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para começar a operar.

Com a termelétrica, pode evitar que o metano – um dos gases do efeito estufa – seja liberado na atmosfera, prejudicando o meio ambiente. Segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), o Brasil tem potencial de gerar 1,3 GW de energia elétrica a partir dos resíduos sólidos urbanos. Esse total é equivalente a um fornecimento adicional de 932 mil MWh/mês, o suficiente para abastecer 6 milhões de residências.

Conceito de usina híbrida solar-fóssil é aprovado

Energia renovável constante
Foi concluído com êxito na Espanha a avaliação de um projeto-piloto para a criação de usinas híbridas para geração de energia.
O objetivo do projeto Hysol era avaliar uma alternativa pragmática para a adoção de fontes renováveis de energia: eliminar a inconstância das fontes de energia limpa - como solar fotovoltaica, termossolar e eólica - acoplando a elas geradores tradicionais que usam derivados do petróleo.
Nesse conceito de usina híbrida, a administração da variação das fontes renováveis passa a ser da usina, mantendo constante o suprimento de energia para a rede de distribuição.
Usina térmica - 3/4 solar
A principal fonte geradora da usina é uma planta de energia termossolar. Ao contrário dos painéis fotovoltaicos, que geram eletricidade diretamente a partir da luz do Sol, no conceito termossolar é o calor do Sol que é aproveitado para gerar vapor, que é então utilizado para gerar a eletricidade.
Isso facilita a integração com os geradores alimentados por outras fontes termoelétricas. Durante o projeto foram testadas implementações de hibridação da fonte termossolar com combustíveis fósseis (gás natural) e renováveis (biogás, biometano e uma combinação de gases), todos disponíveis comercialmente.
A gestão das diversas fontes permitiu a produção de energia elétrica com uma participação da energia solar que chegou a 74%.
Os combustíveis auxiliares são integrados para suprir uma turbina a gás modificada. A energia térmica dos gases de escape produzidos pela turbina a gás são recuperados e usados para aquecer sais fundidos, que podem ser enviados diretamente para o gerador de vapor, mas que geralmente são armazenados para uso posterior, à noite e quando o calor do Sol não for suficiente para atender a demanda.
Usina híbrida solar-fóssil gera energia constantemente
Esquema da usina híbrida que usa energia térmica do Sol e combustíveis líquidos, renováveis e fósseis.
Usina híbrida viável
Ao longo de três anos de testes, foi possível validar todo o conceito, demonstrando que uma usina híbrida é técnica, econômica e ambientalmente viável.
O Hysol é um projeto financiado pela União Europeia e liderado pela empresa espanhola ACS-Cobra. Foram oito parceiros, incluindo a Universidade Politécnica de Madri (UPM, Espanha), Universidade Técnica da Dinamarca, Plataforma Solar de Almería (PSA-CIEMAT, Espanha), Enea (Itália), IDIE (Espanha), Aitesa (Espanha) e SDLO-PRI (Holanda).
Com o término da validação, os parceiros se preparam para a instalação de usinas similares de porte comercial em toda a Europa.

Corante que brilha no escuro forma bateria líquida

Brilho verde
Este corante que brilha no escuro promete ser a próxima palavra no armazenamento de energia.
Conhecido como bodipy - uma abreviatura do termo em inglês para boro-dipirrometeno -, o material foi sintetizado por Anjula Kosswattaarachchi e seus colegas da Universidade de Buffalo, nos EUA.
O que a equipe descobriu é que esse corante possui propriedades excepcionais em duas áreas-chave para o armazenamento de energia: a coleta e armazenamento de elétrons e a participação na transferência de elétrons.
Nos primeiros testes, uma bateria à base de bodipy operou com uma eficiência de 73% a 2,3 volts por mais de 100 ciclos.
A proposta é que o corante sirva como elemento ativo de baterias de fluxo, que poderão ser carregadas com a energia gerada por fontes intermitentes, como eólica e solar, e depois descarregadas quando a energia for necessária.
Baterias redox
A vantagem das baterias de fluxo, ou baterias redox, é que elas não possuem limites máximos de armazenamento - basta ir enchendo tanques com o material, que depois é recirculado para liberar os elétrons quando a energia for necessária.
A eficiência de uma bateria redox depende das propriedades químicas do fluido utilizado.
"A biblioteca de moléculas usadas em baterias de fluxo redox é pequena atualmente, mas espera-se que ela cresça significativamente nos próximos anos. Nossa pesquisa identificou o corante bodipy como um candidato promissor," disse o professor Timothy Cook, coordenador da equipe.
Uma de suas grandes vantagens é que o material absorve e libera elétrons sem se degradar, como acontece com vários outros compostos químicos sendo pesquisados com o mesmo objetivo.