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Universidade Federal do Ceará prova que painéis solares podem ser fabricados a partir de resíduos da castanha de caju

Testes de produção de painéis solares – (Foto: Viktor Braga/UFC)

Buscando uma maior eficiência e sustentabilidade, a Universidade Federal do Ceará comprovou que é possível fabricar painéis solares por meio da castanha de caju. Os resíduos ainda podem baratear o custo de produção

A energia solar, fonte renovável e não poluente é gerada por meio da luz e calor solar. Essa fonte de energia renovável é captada por painéis solares e, para a fabricação desse equipamento, cientistas da Universidade Federal do Ceará (UFCE), estão utilizando um líquido viscoso e escuro que resta do processamento da castanha do caju, que é chamado de LCC.

Projeto da Universidade Federal do Ceará pode ser mais eficaz e tornar painéis solares baratos

Líquido da casca de castanha de caju (LCC), resíduo industrial utilizado no experimento da pesquisa (Foto: Viktor Braga/UFC)

A pesquisa feita pela Universidade Federal do Ceará mostrou a possibilidade de produzir painéis solares mais eficientes a partir do resíduo da castanha de caju, como explica Nivaldo Aguiar, professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Materiais.

De acordo com o pesquisador da Universidade Federal do Ceará, esse resto do processamento da castanha de caju gera dano ao meio ambiente, tendo em vista que deixa o solo estéril, dificultando a agricultura. As indústrias, sem ter nenhum meio ou algo a fazer com os resíduos da castanha de caju, geralmente os armazenam em grandes reservatórios.

Além de dar um destino “mais limpo”, o pesquisador da Universidade Federal do Ceará afirma que a aplicação do resíduo na geração de energia solar ainda tem a capacidade de reduzir o custo de fabricação de painéis solares. Os pesquisadores da instituição atuam com o aproveitamento do resíduo da castanha de caju há cerca de três anos. Durante a próxima etapa da pesquisa, os cientistas planejam registrar a patente do sistema e também realizar testes de custo.

Ceará avançando em pesquisas inovadoras

RESÍDUO DA CASTANHA DE CAJU É USADO NA PRODUÇÃO DE PAINÉIS SOLARES
crédito: Rede Nacional de Rádio

Além da universidade federal do Ceará, que está desenvolvendo painéis solares, pesquisadores do IFCE estudam o reaproveitamento de algumas substâncias da casca da banana. Uma das missões é utilizar a casca da fruta como parte da composição de embalagens ou como substituta de produtos fabricados a partir de petróleo. Com o estudo da casca da banana, foi encontrada uma substância conhecida como lignina.

Segundo os pesquisadores, tal substância pode ser aplicada na indústria farmacêutica, de produtos e alimentícia, que usam derivados de petróleo para fabricar pesticidas, aditivos entre outros.

De acordo com os pesquisadores, é possível encontrar esta substância em outras frutas, mas a produção e plantio de banana é mais predominante na região de Iguatu, onde prosseguem os estudos, ou seja, favorecendo sua utilização na pesquisa.

Tangerina pode produzir Biogás?

O Mestrado Profissional em Engenharia Urbana e Ambiental do Centro Técnico Científico da PUC-Rio revelou que as cascas da famosa tangerina, que são descartadas, podem ser transformadas em biogás, podendo ser uma substituta dos combustíveis fósseis.

De acordo com o autor, Rafael Vieira de Carvalho, se os resíduos da tangerina forem tratados da forma correta, serão capazes de gerar energia limpa e adubo, podendo movimentar a economia, reduzindo os impactos e sendo um dos melhores aliados na busca de um futuro mais sustentável.

O biogás pode ser encontrado por meio de um ensaio chamado de BMP, em que as cascas são trituradas, misturadas e armazenadas em dispositivos que medem o volume do gás por cerca de 21 dias.

Novo complexo de energia solar de R$ 782 milhões será construído no Ceará. Local gerará mais de 2,8 mil empregos


Usina de energia solar/ Fonte: Diário do Nordeste

No total serão 5 usinas de geração de energia solar, localizados no interior do estado do Ceará, no município de Abaiara.

A cidade de Abaiara, na região do Cariri, será centro de novo investimento em produção de energia elétrica a partir da luz do sol. Ao todo, serão investidos R$ 728,6 milhões para construção do complexo fotovoltaico com cinco parques de geração de energia solar. A capacidade total de geração de energia é estimada acima dos 163 megawatts (MW). Para construção do empreendimento, espera-se a criação de 2.800 novos empregos no estado do Ceará. 

Geração de empregos

A maior parte dos postos de trabalho serão gerados durante a fase de construção dos cinco parques de energia solar. Estima-se a criação de 800 empregos diretos e outras 2 mil vagas indiretas na fase de implantação do projeto.

Quando estiver em operação, a empregabilidade do investimento declina e projeta-se que serão alocados 10 trabalhadores em postos de trabalho direto, e outros 30 em vagas indiretas, para manutenção dos parques de energia solar no estado do Ceará.

Mais detalhes sobre o complexo de energia solar

O empreendimento será composto de quatro plantas solares semelhantes denominadas de Lightsource Milagres I, II, III, IV com proporções e capacidade de geração de energia semelhante. Nestes, o aporte estimado é de R$ 145,2 milhões para implementação de cada parque.

Do total gasto em cada parque de energia solar, R$ 77, 8 milhões serão financiados pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e o restante pela iniciativa privada. A última planta a ser instalada, a Lightsource Milagres Geração de Energia Ltda, será a maior do complexo solar com investimento estimado em R$ 201,7 milhões, sendo R$ 111,7 milhões patrocinado pelo financiamento do FNDE. O fundo gerenciado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), será responsável por financiar R$ 422,9 milhões do total a ser aplicado no complexo solar de Abaiara. A primeira liberação de recursos para construção do empreendimento irá ocorrer ainda este ano, conforme a Sudene.

Utilização de fontes renováveis

Além da geração massiva de postos de trabalho durante a implementação, a construção do complexo solar se interliga com o fortalecimento do hub de energias renováveis no Ceará. Além disso, intensifica as prospecções de venda de energia para os projetos de hidrogênio verde que estão sendo implementados no Estado.

O projeto também vai proporcionar “a geração de renda por meio do arrendamento de terras onde será implantado”, conforme destaca a Coordenação-Geral de Fundos de Desenvolvimento e de Financiamento da Sudene. Empreendimentos de energia solar tem sido fortalecidos pela Sudene na tentativa de atenuar a crise energética vivenciada pelo Brasil. Em 2020, de acordo com balanço da Sudene, foram liberados cerca de R$ 8 bilhões em financiamento para projetos de energias renováveis em toda região Nordeste.

A empresa Solar Newen Bahia Energia assinou um protocolo de intenções com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), para a construção de uma nova usina fotovoltaica destinada a geração de energia solar, no município de Barreiras. Para a execução do projeto, a empresa estima investir R$ 1,080 bilhão. O empreendimento irá contratar 990 operários para a sua construção e gerar 135 empregos na fase de operação.

O secretário de desenvolvimento econômico, Nelson Leal, disse que em julho deste ano, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica registrou, que a Bahia ficou em segundo lugar dentre os estados geradores de energia solar no país. E esse protocolo que assinaram é um indicativo que o setor só tende a crescer no estado, completa. De acordo com o site Bahiade Valor, os empreendimentos para geração de energia solar na Bahia já geraram 13 mil empregos diretos, na fase de construção dos que já estão em operação, e a SDE estima que sejam criados mais 47,4 mil empregos diretos na fase de construção para os parques que estão em construção ou ainda serão iniciados.


Governo do Ceará assina memorando para instalação de fábrica de geradores de energia solar no Complexo do Pecém

Unidade viabilizará a geração de energia com o uso de fontes renováveis e mais empregos no Ceará


O governador Camilo Santana assinou, na manhã desta sexta-feira (25), o memorando de entendimento com a empresa catarinense Renovigi Energia Solar para instalação de uma unidade de fabricação de geradores de energia solar no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, em São Gonçalo do Amarante. Estiveram presentes na solenidade de assinatura a vice-governadora Izolda Cela, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, a secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Pacobahyba, e o presidente da Renovigi, Gustavo Martins.

“A empresa está entre as maiores fabricantes de sistemas fotovoltaicos do Brasil, com mais de 1 milhão de painéis solares já instalados no País. Atrair investimentos para o estado e ampliar a geração de empregos aos cearenses é nossa prioridade”, afirmou Camilo Santana, em publicação nas redes sociais.


A assinatura do memorando releva o interesse do Governo do Ceará em fomentar o desenvolvimento local de uma cadeia de geração de energia com o uso de fontes renováveis. Além da instalação do complexo de fabricação de geradores de energia solar, também será implementada uma unidade produtora de sistemas fotovoltaicos e um centro de distribuição.

O investimento orçado para o projeto é da ordem de R$ 12,4 milhões e será executado integralmente com recursos próprios da empresa. “A escolha do Ceará foi estratégica para a Renovigi tanto pelos programas de incentivo aos renováveis deste estado como também pela infraestrutura. A unidade produtiva ficará dentro do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, o que facilitará que a matéria-prima chegue da Ásia pelos navios que devem atracar no porto. Estamos muito felizes em celebrar essa parceria e temos certeza que vamos contribuir muito para o desenvolvimento do estado”, disse o presidente da Renovigi, Gustavo Martins.


O número de unidades geradoras de energia solar no território cearense mais que dobrou em 2020. No ano passado, o estado registrou mais de 10 mil micro e mini unidades geradoras desse tipo, com crescimento de 130,8% em relação ao ano anterior. O Ceará tem 170,9 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

Unidade do Complexo do Pecém

Segundo a Renovigi, a unidade do Complexo do Pecém será a terceira da empresa no País. As outras duas fábricas estão localizadas em Louveira (São Paulo) e outra em Itajaí (Santa Catarina). A escolha da localização no Ceará mira o potencial de crescimento dos negócios na região Nordeste, onde a empresa possui 535 credenciados, que são os parceiros e integradores da empresa na venda direta aos clientes. E a instalação da unidade produtiva facilitará a logística da fabricante catarinense de kits de geração de energia solar fotovoltaica.

O projeto estima a produção de cerca de 600 sistemas de geração por mês, significando 7.200 sistemas anualmente. A comercialização dos sistemas se dará, preponderantemente, nos estados da região Nordeste, mas em escala menor deverá atender também à região Norte. As duas regiões representam hoje 22% das vendas da companhia. A expectativa é que passem a responder por 30%.

Larissa Falcão – Ascom Casa Civil – Texto
Carlos Gibaja – Fotos

Ceará ganhará a maior usina de hidrogênio verde do mundo, será player global na produção, armazenamento, distribuição e exportação de H2V e milhares de empregos serão gerados no estado

Nordeste – Porto do Pecém – Ceará / Imagem: Divulgação Google
Milhares de vagas de emprego no Ceará! US$ 10 bi serão investidos no Pecém para produção, armazenamento, distribuição e exportação de hidrogênio verde

O estado do Ceará receberá um investimento de US$ 5,4 bilhões da multinacional australiana Enegix Energy. Será construído, em conjunto com o governo do estado do Ceará, o projeto de hidrogênio verde Base One, o qual será implantado a maior usina de hidrogênio verde do mundo e milhares de empregos serão gerados na região. Além disso, uma das líderes globais da indústria de minério de ferro, a mineradora australiana Fortescue Metals Group, também deverá assinar um memorando de entendimento para a construção de um planta de hidrogênio verde no estado. Somados, serão injetados 10 bilhões de dólares em investimentos em H2V, no Nordeste.

O HUB no Ceará tem potencial de ser um dos maiores players de H2V (hidrogênio verde) no mundo, competindo com outros países, que também já iniciaram a implantação, como o Japão, os Estados Unidos, Portugal e Holanda.

Essa é a avaliação de Monica Saraiva Panik, diretora de relações institucionais da ABH2 (Associação Brasileira do Hidrogênio), em relação ao projeto de H2V que o estado do Ceará está implantando – considerado, pelo governo cearense, como o primeiro do Brasil.

A iniciativa, anunciada durante reunião realizada virtualmente na semana passada, tem como objetivo fazer do Ceará um player global na produção, armazenamento, distribuição e exportação de energia renovável.

Milhares de empregos serão gerados no Ceará com as usinas de H2V

De acordo com comunicado da empresa, o Base One criará milhares de empregos durante a construção e empregará centenas de funcionários operacionais, em tempo integral, para gerenciar suas instalações, com benefícios sociais positivos e de longo alcance para a comunidade local e também do estado.

A nova usina terá um potencial de reduzir as emissões anuais de CO2 em 10 milhões de toneladas por ano e se tornará o maior projeto de redução de emissões de carbono do mundo.

“O HUB contribuirá para o desenvolvimento social, econômico, tecnológico e do meio ambiente do estado”, destacou Roseane, acrescentando que as reuniões com empresas globais e locais já se iniciaram.

Porto do Pecém é considerado um ponto estratégico

O Complexo do Pecém é considerado um ponto estratégico, por exemplo, para produção e exportação do hidrogênio verde, uma vez que no local já se encontra um grande número de indústrias que podem consumi-lo.

Duna Gondim Uribe, diretora-executiva Comercial na CIPP (Complexo Industrial e Portuário do Pecém), explicou que o porto possui como vantagens competitivas sua infraestrutura e os benefícios fiscais.

A executiva enfatizou que a estrutura vai funcionar como mobilizador de toda a cadeia de valor, recebendo componentes para plantas de energia eólica offshore, além de propiciar a instalação de painéis solares, usinas de eletrólise, armazenamento de H2, planta de dessalinização e linhas de transmissão de energia.

O intuito, de acordo ela, é que o H2V possa ser consumido não apenas pelas indústrias, mas também usado nos diversos serviços logísticos e na mobilidade urbana.

Exportação do hidrogênio verde no Nordeste

No que diz respeito à exportação, o governo do Ceará afirmou que o Porto de Roterdã tem uma participação no capital do Pecém, além de ser parceiro neste projeto.

A diretora-executiva Comercial na CIPP comentou, ainda, que ideia é que o Porto de Pecém se torne a porta de saída para o hidrogênio verde produzido no Brasil e o de Roterdã seja a porta de entrada na Europa.

Por Flavia Marinho
Fonte: Click Petróleo e Gás

Ceará abrirá nova fábrica de painéis de energia solar e muitos empregos serão gerados

Complexo de energia solar – Foto: Divulgação ABSOLAR
Para reerguer a economia gerando novos empregos, o Governo do Ceará fechou um novo contrato com uma montadora de usinas de energia solar

O Governo do Estado do Ceará fechou acordo com uma empresa brasileira para a instalação de uma linha de montagem de sistemas e placas fotovoltaicas, para a geração de energia, através de usinas de energia solar, fortalecendo, ainda mais, o setor de energia renovável no Ceará e gerando muito mais empregos no estado.

Complexo do Pecém ganha novos investimentos

De acordo com Maia Júnior, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho no Ceará, o acordo entre a empresa e o estado está finalizado e esperando apenas a divulgação oficial, que acontecerá nos próximos dias, pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT). A linha de montagem de usinas de energia solar fotovoltaicas ocorrerá no Complexo do Pecém.

O nome da empresa que construirá a linha de montagem de usinas, que promete gerar diversos empregos, não pode ser revelado devido ao compromisso de confidencialidade feito na negociação, mas Maia afirma que é uma empresa com grande atuação no Sudeste. Segundo ele, o acordo atrairá novos investimentos, mas não é só em função disso, já que o estado também depende da logística que possui hoje.

Ceará ganha destaque no mercado de energia solar

Com a chegada da montadora de placas para usinas de energia solar fotovoltaica, o Governo espera transformar o Ceará em um polo industrial no setor de energia fotovoltaica no sistema de Geração Distribuída. A geração distribuída é uma modalidade em que os cidadãos produzem energia por conta própria. A montadora irá comprar os insumos para as placas de usinas de energia solar fotovoltaica e montar no Estado para que sejam distribuídos.

O acordo para a instalação da linha de montagem de painéis solares que promete movimentar a economia, e gerar diversos empregos no Pecém, faz parte do plano estadual da criação de um hub completo com atividades importantes na exploração de energia renovável.

“Com o hidrogênio verde e mais esse acordo finalizado, nós fechamos o ciclo, proporcionando uma futura riqueza muito importante para o estado do Ceará” afirma Maia.

Mercado de energia solar destrava empregos no Brasil

As ações do governo do Ceará também fazem parte do plano de se reerguer a atividade econômica do estado, que investirá mais para atrair investimentos com uma forte base tecnológica e que possa demandar uma mão-de-obra mais qualificada no país, fazendo com que os talentos locais apareçam e que vários empregos com salários mais elevados sejam gerados.

Equinor, Ørsted e Boskalis aderem a consórcio de eólica offshore para hidrogênio verde


Equinor, Ørsted, Boskalis e outras sete empresas se juntaram ao projeto de hidrogênio verde do AquaVentus. O consórcio está desenvolvendo um projeto para produção de hidrogênio alimentado por 10 GW de energia eólica offshore instalada no Mar do Norte, e agora conta com 50 empresas e organizações.

Segundo o portal Offshore Wind, de janeiro até meados de março, oito empresas se juntaram ao consórcio, incluindo a desenvolvedora eólica offshore EnBW e a Linde — empresa de produção, transporte, armazenamento e distribuição de hidrogênio.

A Hynamics, subsidiária da EDF voltada para o hidrogênio, Brunsbüttel Ports, e o provedor de serviços marítimos EMS também fazem parte do consórcio AquaVentus desde o início deste ano.

Os projetos vão desde a produção de hidrogênio no Mar do Norte até o transporte para clientes no continente.

Incluem o desenvolvimento de parques eólicos offshore com geração integrada de hidrogênio, um parque offshore de hidrogênio em grande escala, um gasoduto central de abastecimento, infraestruturas portuárias, plataforma de pesquisa e aplicações marítimas.

O consórcio planeja instalar, até 2025, duas turbinas eólicas de 14 MW, cada uma com uma planta de eletrolisador em sua plataforma de fundação.

Em abril, Shell, RWE, GASCADE e Gasunie assinaram uma declaração de intenções para intensificar sua colaboração no gasoduto, com um estudo de viabilidade planejado como a próxima etapa do projeto.

Exportação de hidrogênio atrai plano de investimento de US$ 5 bi para o Ceará

No início de março, a Enegix Energy anunciou plano de investimento de US$ 5,4 bilhões no projeto Base One para produzir mais de 600 mil toneladas de hidrogênio verde no Porto do Pecém, no Ceará.

A ideia, segundo a empresa, é transformar o estado em um importante exportador do combustível.

A empresa contratou 4,5 GW de energia eólica e 3,5 GW de solar fotovoltaica para o projeto e espera que o período de construção leve de três a quatro anos para ser concluído, mas a operação pode começar um pouco antes.

No Ceará, 588 placas de energia solar são instaladas em estação de metrô da capital

Placas de energia solar que foram instaladas na estação do metrô, em Fortaleza
Foto: Governo do Ceará
As placas de geração de energia solar foram instaladas no Metrô de Fortaleza, no estado do Ceará, na Estação Juscelino Kubitschek

A Estação Juscelino Kubitschek, unidade localizada no Metrô de Fortaleza, capital do estado do Ceará, recebeu 588 placas de energia solar. O projeto de instalação das placas solares está em fase final e a empresa responsável receberá um aval da Enel para operar e realizar testes com o sistema fotovoltaico antes do funcionamento.

A instalação das placas de energia solar no metrô de Fortaleza, Ceará

Igor Ponte, diretor-presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos, disse que mesmo já tendo o metrô um sistema eletrificado, o que contribui muito para a redução de poluentes, a instalação das placas de energia solar no Metrô de Fortaleza, no Ceará, busca ainda mais consolidar o compromisso com o desenvolvimento sustentável e com o meio ambiente.

Toda a eletricidade gerada pelas placas de energia solar na Estação Juscelino Kubitschek será transferida para a rede elétrica da capital do Ceará e logo depois irá retornar para o metrô – será um crédito em produção elétrica, que resultará em descontos nas contas de luz da empresa responsável.

O governo do estado do Ceará estima que a eletricidade produzida pelas placas de energia solar na Estação Juscelino Kubitschek e em outra estação que irá receber também as placas será suficiente para cobrir a demanda de energia de pelo menos quatro estações da Linha Sul.

Outra estação no estado do Ceará receberá placas de energia fotovoltaica

A Estação Padre Cícero está sendo preparada para receber as placas de energia solar e os demais equipamentos necessários para a instalação do sistema. Cerca de 294 placas de energia solar serão instaladas no Metrô da capital do Ceará.

Entre as estações Juscelino Kubitschek e Padre Cícero, serão instaladas 882 placas de energia solar, distribuídas entre elas. A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos já estuda a expansão do projeto de instalação de placas de energia para outras estações na capital do Ceará.

A Absolar divulgou que o estado de Minas Gerais possui cerca de 938,1 megawatts instalados de potência de energia solar na geração distribuída. Em todo o estado mineiro, cerca de 80.160 sistemas estão em operação distribuídos em 841 cidades, que atendem cerca de 110.520 consumidores. O estado de Minas Gerais agora está em primeiro lugar no ranking de estados com energia solar distribuída em todo o Brasil.

A Associação Brasileira de Energia Solar e Fotovoltaica ainda divulgou que o estado do Espírito Santo tem alcançado resultados notáveis ​​no segmento de energia fotovoltaica e na geração distribuída, o estado tem mais de 6.600 ligações operacionais, encontradas em todos os 78 municípios do estado. A Associação ainda acrescentou que hoje existem cerca de 7.612 consumidores de energia elétrica solar no estado do Espírito Santo.

Com fim de subsídio, aumentaram os pedidos de instalação de energia eólica e fotovoltaica

Dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel mostram que nos meses de janeiro a agosto do ano passado – período anterior à publicação da MP – cerca de 931 projetos para instalar usinas de energia solar e eólica foram apresentados, no qual esses pedidos tinham um potencial de 41 GW.

Isto logo após a aprovação da MP, que garante que essas usinas derivadas de recursos renováveis ​​alternativos tenham descontos nas tarifas de transmissão e distribuição. Isso torna a eletricidade que eles produzem mais barata – entre setembro do ano passado e março deste ano – o número de pedidos para a instalação de projetos de energia solar e eólica dobraram, chegando a 1.886 pedidos. O planejamento mostra que, caso forem aprovados, o potencial desses novos projetos chegaria a 85 GW de energia.

Governo Federal prevê lançar Política Nacional do Hidrogênio até o fim do ano

As diretrizes do programa para regulamentar o desenvolvimento da cadeia de produção do hidrogênio no País devem ser publicadas até o fim de junho, se aprovada hoje resolução pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)

Legenda: Conselho já colocou o hidrogênio no topo das prioridades para a pesquisa e desenvolvimento no Brasil voltados a energia Foto: Shutterstock


Com memorandos de entendimento já firmados para a produção de hidrogênio verde no Ceará, grande aposta do Estado para o desenvolvimento da região, o Governo Federal tem o desafio de criar um arcabouço legal e regulatório para a cadeia produtiva do setor, o que envolve muito mais que a pasta e os órgãos de energia.

De acordo com o diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Carlos Alexandre Pires, a expectativa do governo é entregar ao menos parte desse arcabouço, a Política Nacional do Hidrogênio, até o fim deste ano. Hoje, a pasta entrega ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) resolução para publicar em até 60 dias as diretrizes do programa.

O documento deverá incluir direcionamentos para a normatização do uso, transporte, qualidade, segurança, armazenamento e abastecimento do hidrogênio no País, entre outras definições. "É um desafio gigante, porque nós estaremos partindo praticamente do zero. Mas é um desafio que é problema em todos os países porque, sendo uma tecnologia disruptiva, tem pouco ou quase nada de arcabouço regulatório no mundo".

Fonte: Diário do Nordeste

Ceará receberá investimentos de US$ 5,4 bilhões para implantação de usina de hidrogênio verde no Pecém

Também será criado um grupo de trabalho para desenvolver políticas públicas de energias renováveis e para fomentar o desenvolvimento sustentável a fim de criar um hub de hidrogênio verde no Estado.

Obtenção do hidrogênio verde.

O Ceará assinou nesta sexta-feira, 19, um memorando de entendimento com a empresa australiana Enegix Energy para implantação de uma usina de hidrogênio verde no Complexo Portuário e Industrial do Porto do Pecém (Cipp). O valor do investimento é da ordem de US$ 5,4 bilhões. O anúncio foi feito na manhã de hoje pelo governador Camilo Santana.

Também será criado um grupo de trabalho para desenvolver políticas públicas de energias renováveis e para fomentar o desenvolvimento sustentável a fim de criar um hub de hidrogênio verde no Estado. A iniciativa terá apoio da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e da UFC.

“O empreendimento busca a produção de energias renovável, representa a eliminação de CO2. É uma ação extremamente importante, não somente econômico, mas também tecnológico”, disse o reitor da UFC, Cândido Albuquerque.

De acordo com o titular da Sedet, Maia Júnior, o Ceará vai estar alinhado a “uma economia voltada ao meio ambiente e vai proporcionar os cearenses não somente riquezas, mas sobretudo oportunidades de emprego ao Estado”.

A obtenção do hidrogênio se dá por meio da eletrólise da água, retirando o H2 do solvente e inserindo o CO2 do ar para fazer a fusão. Ele pode ser destinado à geração de energia.

O combustível renovável pode ajudar a reduzir as emissões líquidas de dióxido de carbono (CO2) em setores que consomem muita energia e difíceis de descarbonizar, como aço, produtos químicos, transporte de longa distância, navegação e aviação.

Usina de querosene verde

Além da usina de hidrogênio verde, o Estado busca parceiros para financiar um projeto para produção do chamado “querosene verde”. A unidade será implantada no Aeroporto de Fortaleza.

De acordo com o secretário executivo de Comércio, Serviço e Inovação da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Júlio Cavalcante, há tratativas com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ Alemanha) e com um engenheiro cearense com projetos na área. As conversas estão sendo retomadas após a “pausa” ocasionada pela pandemia.

Enquanto não houver concorrentes para a Aeris no Brasil, siga comprando ações

Demanda por fontes de energias renováveis está em alta no mundo, e a Aeris deve captar os bons ventos (Imagem: Aeris/Divulgação)

Pode-se dizer que a Aeris (AERI3), produtora de pás eólicas, está lugar certo e na hora certa, já que a demanda global por fontes de energias renováveis está à todo vapor, enquanto a companhia reina soberana no Brasil, com baixos níveis de competição.

Após um bate-papo com diretores-executivos da Aeris, a XP Investimentos reforçou ainda mais sua visão otimista de longo prazo.

“Aeris continua confiante sobre as expectativas de crescimento de longo prazo. O CEO da empresa, Alexandre Negrão, referiu que mais de 75% dos países apontam agora para uma meta de descarbonização, contra apenas 25% há alguns anos”, comentam os analistas da corretora, Lucas Laghi e Pedro Bruno, sobre a conversa com a diretoria.

Considerando o mercado doméstico do Brasil, os diretores esperam que a capacidade eólica aumente entre 3 e 4 GW por ano nos próximos anos, contra uma média de aproximadamente 1,5 GW por ano na última década.

Aeris vê espaço limitado para outro fabricante desenvolver uma planta para produção local no Brasil (Imagem: Reprodução/Aeris Energy/YouTube)

Outro ponto chave levantado diz respeito à competividade.

Questionada sobre a possibilidade da TPI Composites — principal concorrente da Aeris — ou de uma empresa chinesa começar a desenvolver pás eólicas no Brasil, os diretores apontaram para o fato de que essa deve ser uma decisão conjunta com o cliente.

“Transferir capacidade de produtores de pás já estabelecidos apenas impediria uma maior diluição de custos, gerando uma situação de “perde-perde” para fabricantes de turbinas e de pás eólicas, visto que a dinâmica comercial entre ambos poderia ser comprometida”, afirmou a diretoria da Aeris aos especialistas da XP.

A empresa vê espaço limitado para outro fabricante desenvolver uma planta para produção local no Brasil, uma vez que a Aeris já tem capacidade sobressalente suficiente para absorver o crescimento futuro.

Os gargalos logísticos também não parecem ser uma pedra no sapato, apesar de as pás eólicas terem aumentado consideravelmente de tamanho nos últimos anos. Elas passaram de 45 metros, em 2010, para 80 metros na atualidade.

Segundo o Diretor de Planejamento, Bruno Lolli, a capacidade atual do Porto de Pecém, localizado em Fortaleza (CE), é suficiente para acomodar pás de até 130 metros de comprimento, o que não acarretaria em problemas logísticos significativos no curto prazo.

Estações de metrô vão receber placas solares para geração de energia


As estações Juscelino Kubitschek – JK e Padre Cícero, da Linha Sul do Metrô de Fortaleza, irão receber placas para geração de energia fotovoltaica. A ordem de serviço para aquisição, montagem e instalação dos equipamentos foi assinada nesta quinta-feira (6). O projeto será executado pelo Consórcio Solar-For, constituído pelas empresas MPE Engenharia e Serviços S/A e Sunpasa Comércio e Serviços em Energia Solar Ltda. O investimento será de R$ 1,6 milhão, com recursos do Tesouro Estadual e da Caixa Econômica Federal.

“Esse é um momento muito importante porque o Governo do Ceará demonstra que está acompanhando a tendência mundial de optar por uma energia limpa e renovável. Além disso, significa economia para a operação”, disse o Secretário da Infraestrutura, Lúcio Gomes.

De acordo com o contrato, serão instaladas 650 placas solares na Estação JK e outras 325 na Estação Padre Cícero. O prazo de instalação é de 6 meses, tendo mais 6 meses para operação assistida, período de testes em que serão feitos os ajustes necessários.

Após a implantação dos sistemas, a energia excedente gerada nas estações será transferida para a rede de distribuição da Capital, sendo, em seguida, revertida para o Metrô, como crédito em produção elétrica, o que implicará compensações nas contas de energia da empresa. A estimativa é que a quantidade de energia solar produzida nas duas estações supra a demanda elétrica de pelo menos quatro estações da Linha Sul.

Segundo o presidente do Metrofor, Fernando Oliveira, a iniciativa deverá ser ampliada. “Nós já levantamos outros locais para implantar as placas solares e estamos analisando não só outras estações, mas também espaços como o Centro de Manutenções Vila das Flores e o edifício-sede da empresa, no Centro”, complementou.

Fonte: Governo do Estado do Ceará

Economia sustentável deve focar na educação e fiscalização


Países defendem medidas para atingir desenvolvimento sustentável 

Representantes defendem o rigor na fiscalização ambiental para combater irregularidades 
FOTO: GOMES AVILLA/INSTITUTO BRASIL-ÁFRICA

Fatores como o crescimento não sustentável das indústrias e o mau uso dos recursos naturais provocam impactos negativos no meio ambiente. Para trocar experiências sobre o desenvolvimento sustentável, ministros, diretores e especialistas de vários países se reuniram, ontem (24), no Centro de Eventos do Ceará, na 1ª Conferência Ministerial Regional das Américas sobre Economia Verde, que vai até quarta-feira (26).

O evento funciona como uma rede estratégica para dar visibilidade a casos bem-sucedidos de investimento, além de ser um intercâmbio de soluções e experiências voltadas ao meio ambiente.

Entre os assuntos listados, estavam investimentos em educação e reforços em fiscalização, tidos como essenciais para consolidar a economia verde em todo o planeta, de acordo com os representantes. Especialistas afirmaram que países que conciliaram ações educativas e estimularam o diálogo entre o setor produtivo e a sociedade não enfrentam resistências em introduzir práticas ambientais que reduzam a poluição.

Oportunidades

O presidente do Instituto Brasil-África, João Bosco Monte, diz que a cidade foi escolhida para sediar o evento porque atualmente é destaque entre as demais. O fato, explica, pode suscitar outras possibilidades para o turismo sustentável e ecológico e para o desenvolvimento de negócios. "A beleza do evento é conhecermos o que tem de bom no nosso entorno. O Estado tem se apresentado como um hub de discussões, gerando muitas oportunidades para as empresas que têm relação com o assunto", pontua.

O Ceará tem se destacado no que diz respeito às produções agrícolas sustentáveis, principalmente no interior. Isso faz com que o Estado ganhe um destaque nacional quando comparado aos demais que aderem à economia verde, conforme a secretária de Política Agrária da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), Rosângela Moura.

CONSUMIDOR DO CEARÁ LIDERA PRODUÇÃO DE ENERGIA PRÓPRIA NO NE

Geração distribuída | Já são mais de 3,3 mil unidades consumidoras que geram energia. Nos últimos nove meses, o crescimento foi de 128%.


Neste mês, o Brasil conseguiu ultrapassar a marca de 1 gigawatt (GW) de potência instalada em micro e minigeração distribuída de energia elétrica, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). São mais de 115,2 milhões de unidades consumidoras que estão produzindo sua própria energia. O Ceará lidera o ranking no Nordeste com mais de 3,3 mil imóveis e 2,5 mil projetos ligados à rede, com 49,5 mil kilowatts (KW) de potência instalada.

São pouco mais de 22 mil KW a mais do que a capacidade que se tem hoje nas 2,3 mil unidades consumidoras em Pernambuco, a segunda colocada na Região. Porém, no Brasil, os estados que mais aderiram à geração distribuída são Minas Gerais (16,7 mil unidades de geração e 212,3 MW de potência instalada), Rio Grande do Sul (12 mil unidades, 144,4 MW) e São Paulo (14,5 mil unidades, 117,4 MW).

No Nordeste como um todo esta é uma modalidade que tem avançado a passos largos. O Ceará, por exemplo, cresceu, nos últimos nove meses, 128% em número de unidades consumidoras, 107% em relação à quantidade de usinas e 66,6% na capacidade, conforme levantamento feito pelo O POVO com base nos números da Aneel. E se comparado ao cenário que tinha em dezembro de 2017 a diferença é ainda maior. Naquela época, no Estado, se tinha a energia produzida pelas 682 mini usinas que abasteciam 782 imóveis com potência de 21,1 mil KW.

O Piauí foi o estado do Nordeste onde a geração distribuída deu o maior salto no período entre dezembro de 2017 a junho de 2019. Saiu de 47 unidades consumidoras (702,92 KW) para 1.269 (13,7 mil KW).

O professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e especialista em Eficiência Energética, Tomaz Cavalcante, explica que a entrada forte da tecnologia chinesa neste mercado tem levado a um barateamento dos equipamentos na ordem de 30%. Mudanças no marco regulatório, a exemplo da resolução 482/2015 da Aneel, que simplificou os trâmites, também contribuíram para melhora da atratividade. Isso sem contar no avanço do mercado como um todo de energias renováveis. “O movimento é sem volta. Em todo o mundo o consumidor de energia elétrica está deixando de ter um perfil mais passivo para ser mais proativo”.

A facilitação do acesso ao crédito – hoje vários bancos possibilitam financiar até 100% do projeto com juros diferenciados – também ajudou a tornar o custo-benefício mais favorável ao orçamento do consumidor, explica Lucas de Melo, gerente comercial da Sou Energy, empresa especializada neste tipo de serviço.

Ele diz que, de um ano para cá, a procura mais do que dobrou. “A gente trabalha com energia solar desde 2016. Antes tudo era meio utópico. Hoje é um mercado que está crescendo muito”.

O consultor de energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis, Jurandir Picanço, destaca que este tipo de negócio impacta na economia do Estado. Primeiro porque gera empregos e oportunidades de investimentos de forma descentralizada. “Na grande geração só empresas grandes participam, já na distribuída pode ser feito em qualquer lugar. É também bom para o sistema, porque como a energia é produzida próximo ao local de consumo, evita a circulação de energia nas redes, reduz perda e necessidade de novos investimentos”.

Novos nichos também estão surgindo. A Energia Wise, por exemplo, é um braço de uma empresa de engenharia que surgiu há dois anos diante do crescimento deste mercado. Carlos André Barroso, diretor da empresa, diz que o próximo passo é o desenvolvimento de um aplicativo financeiro e operacional para otimizar o sistema e o acompanhamento do consumo pelo cliente, o que deve impulsionar novos empregos. “Até o fim do ano acredito praticamente dobrar a quantidade de vendedores por causa do aumento da demanda”.

Ventos

Os ventos são o segundo recurso mais utilizado no Brasil para a geração de energia, com 15 GW de capacidade instalada. São mais de 7 mil aerogeradores, em 601 parques eólicos, em 12 estados.

Ceará, no Brasil, lança Atlas eólico e solar com potencial de geração

O estado brasileiro do Ceará tem um alto recurso solar. Wikimedia Commons / Ceará MesoMicroMunicip.svg (Rafael Elias de Abreu) ​​/ Marcos Elias de Oliveira Junior.

O Ceará lançará seu primeiro atlas híbrido de energia solar e eólica até meados deste ano. O estudo traz uma análise integrada dos recursos e potencial de geração do estado que abrange áreas do litoral e interior do Ceará, e será um ponto de partida para atrair novos investimentos para o Estado.

O vento novo Atlas e Ceará solar é um documento de acesso público, destinado a profissionais do sector das energias renováveis, que irá fornecer informações técnicas sobre recursos eólicos e solares no estado do Ceará. O objetivo deste projeto é facilitar a identificação de áreas com bom potencial para a geração de energia a partir de fontes renováveis, bem como medir o vento e potencial de energia solar por região do Estado, aumentando assim a atratividade do estado do Ceará para investimentos em a zona.

"Os estudos estão prontos, estamos finalizando a coleta de dados e ferramentas de tecnologia da informação que ajudarão os investidores a acessar informações. Com o atlas, podemos mostrar onde temos os melhores ventos e as melhores condições de radiação solar ", explica o presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis ​​da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Eduardo Neves.

O novo atlas coloca o Ceará em posição de destaque em relação aos demais estados quando se trata dos horários de pico da geração eólica, com maior potencial de geração no final da tarde e início da tarde. "Este é o nosso diferencial. A energia do Ceará é mais valiosa do que a de outros estados. Nosso pico de geração está no momento de maior demanda, enquanto nos estados vizinhos ocorre mais nas primeiras horas ", afirma Adão Linhares, Secretário Executivo de Energia e Telecomunicações da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra).

Atualmente, o Ceará possui 79 projetos eólicos em operação, totalizando 2 GW, cinco projetos em construção que representam 115 MW e 83 projetos registrados na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que representam 2,2 GW. A energia solar no estado possui quatro projetos em operação para 137 MW, 14 em construção (390 MW), 110 projetos solares com um total de 3,7 GW e 1.722 instalações de geração distribuída totalizando 36,6 MW.

O atlas também recolhe áreas degradadas do estado que não podem ser usadas para agricultura, mas pode ser usado para gerar energia solar, como Inhamuns e Jaguaribe, por exemplo.

O Atlas será publicado em versão impressa e também estará disponível em uma plataforma online e interativa na Internet. O material estará disponível em português e inglês.

Atlas de Energia Renovável conclui financiamento de US $ 152 milhões para três projetos de PV no Brasil


A Atlas Renewable Energy estima que a operação das usinas evitará a emissão de 108.000 toneladas de CO2 por ano. Imagem: Atlas

A Atlas Renewable Energy concluiu financiamento de longo prazo para três de suas usinas de energia solar no Brasil, num total de US $ 152 milhões. Esse financiamento foi obtido através do Banco do Nordeste (BNB), com o respaldo de uma soma equivalente de garantias bancárias comerciais do BTG Pactual, do Banco ABC Brasil e do Banco Bradesco.

Esses três projetos terão capacidade instalada de geração de 300MW. Cada site possui um PPA de 20 anos com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Espera-se que a energia combinada gerada por essas três instalações forneça energia limpa para 470.000 famílias anualmente.

A Atlas Renewable Energy estima que a operação das usinas evitará a emissão de 108.000 toneladas de CO2 por ano.

Os três projetos estão localizados na região nordeste do Brasil, com dois projetos localizados no estado da Bahia, enquanto o outro site foi desenvolvido no estado do Ceará.

O complexo solar de São Pedro, na Bahia, é a primeira operação em operação do Atlas de Energia Renovável no Brasil e possui capacidade instalada de 67,1 MW em duas plantas secundárias. As usinas de Juazeiro e Sol do Futuro estão atualmente em fase de start-up e estarão em plena operação nos próximos meses.

Carlos Barrera, CEO da Atlas Energy Renewable, disse: "O Brasil é o maior mercado de energia renovável da América Latina, e esses três projetos nos permitem consolidar uma forte presença neste mercado. Temos o prazer de ter uma parceria com essas instituições financeiras fortes e de alto calibre. habilitado em parte pelo sólido histórico e experiência em desenvolvimento e execução da nossa equipe.

“Como uma empresa de energia renovável, estamos apenas esboçando a superfície do quão poderoso o setor de energia renovável da América Latina pode ser quando você o combina com PPAs de alta qualidade, financiamento de inovação e projetos de alto nível.”

NO BRASIL, LIXO ORGÂNICO E ESGOTO JÁ GERAM ENERGIA!

Já pensou o quanto seria bom para o meio ambiente e para a sociedade se todo o lixo que produzimos virasse energia?


Esse “sonho” vem se tornando realidade, pouco a pouco, graças a ações isoladas que vêm sendo feitas no país. Uma delas é uma usina, no Paraná, que opera um processo chamado biodigestão.

O projeto paranaense: lixo e esgoto geram energia

A CS Bioenergia, formada pela estatal Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e pelo grupo Cattalini Bio Energia, recebeu no ano passado, a Licença de Operação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para gerar biogás.

O biogás é gerado através da biodigestão, processo que se inicia com a chegada de lodo à estação de esgoto de tratamento e o seu armazenamento em um tanque, ao mesmo tempo em que chegam, também, os resíduos sólidos. Estes são separados e os plásticos são deles retirados. A parte orgânica é limpa para, então, o material ser enviado ao tanque de biodigestão, onde o lodo será adicionado.

O lodo é um material cheio de bactérias, que se alimentam, por sua vez, de material orgânico, que produz um gás com abundância de metano. O diretor da Cattalini Bio Energia, Sérgio Vidoto, explica que: “Essa é a combinação perfeita para gerar o biogás de excelente qualidade”.

A capacidade de geração de energia elétrica da usina é de 2,8 megawatts, quantidade suficiente para abastecer duas mil residências populares.

São várias as vantagens do biogás produzido no Paraná:

  • Primeiramente, ele ajuda a reduzir o lixo urbano, já que 1000 metros cúbicos (m3) de lodo de esgoto e 300 toneladas de resíduos orgânicos são totalmente aproveitados na usina - lixo que seria descartado diariamente no meio ambiente.
  • Em segundo lugar, a eletricidade gerada pelo lixo e pelo esgoto será fornecida para moradias populares, ou seja, a tecnologia está sendo empregada para o uso social.
  • Em terceiro lugar, além do biogás, com as sobras dos resíduos orgânicos são produzidos biofertilizantes.
  • Sem falar no plástico que chega à indústria junto com o lixo que é reciclado para a produção de sacolas.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

A EcoAmbiental atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305/2010, que busca enfrentar os desafios de uma gestão comprometida com questões ambientais, sociais e econômicas com o uso de tecnologia.

A lei prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos sólidos através de propostas sustentáveis que visem à reciclagem e à reutilização, bem como a destinação adequada dos rejeitos.

Tendo isso em mente e visando atender à PNRS ao atuar nas fases definidas pela própria Política, como:

  • Não geração;
  • Redução da geração;
  • Reutilização;
  • Tratamento;
  • Disposição.

O lixo que gera energia no Ceará

Em Caucaia, na grande Fortaleza (CE), está um dos cinco maiores aterros de lixo que atende aos cerca de 2,6 milhões de habitantes da capital cearense, o qual recebe três mil toneladas de resíduos domiciliares diariamente.

Todo esse lixão vem sendo reaproveitado pela usina GNR Fortaleza, gerando 80 mil metros cúbicos de biometano – com previsão de chegar a 150 mil metros cúbicos por dia.

A energia aproveitada está abastecendo os dutos de gás utilizados pela indústria local, mas é capaz de abastecer, também, automóveis convertidos a GNV (gás natural veicular). “Essa produção do Ceará seria capaz de abastecer 10 mil veículos com gás natural por dia”, segundo Carlos Martins, diretor-executivo da Ecometano, empresa de inovação na cadeia do biometano.

Martins vê, ainda, potencial para a conversão dessa energia em eletricidade: “O Brasil tem opções de geração de energia biorrenovável como a solar e a eólica com parques muito competitivos, e o gás natural é uma dessas nobres alternativas”, destaca.

O executivo estima que o Brasil poderia economizar 20% do gás importado da Bolívia caso aproveitasse os cerca de três mil aterros sanitários do país para a geração de biometano.

Essa seria uma saída para cumprir a PNRS, reduzir as emissões e as fontes de energia fóssil, como o petróleo. Sem falar nos ganhos sociais e econômicos da expansão de usinas, como as do Ceará e Paraná, para todo o Brasil.

O futuro do Biogás no Brasil

A participação do biogás na matriz energética brasileira é extremamente tímida, já que ainda somos o país das hidrelétricas e das termelétricas.

A sua cota é contabilizada junto com outros itens como o bagaço e a palha de cana, sendo tratados como biomassa. Dados de 2016 do Ministério de Minas e Energia afirmam que à biomassa corresponde 8,8% da energia gerada no Brasil.

De acordo com Gustavo Ribeiro, diretor-técnico da Marca Ambiental, o futuro da energia está na valorização do lixo. Essa forma de geração de energia poderia ser mais eficiente se houvesse, no Brasil, uma coleta seletiva universal, já que ela, hoje, corresponde a apenas 2% do total da coleta de lixo. Isso porque é inviável economicamente fazer a separação do lixo quando ele já está no aterro.

A Associação Brasileira do Biogás e do Biometano (Abiogás) calcula que existem aproximadamente 125 plantas de biogás no país. Esses empreendimentos geram 1.344.206 m3/dia.

Portanto, apesar de o nosso país já gerar energia através do lixo orgânico e do esgoto, chegou a hora de o Brasil instituir como política prioritária de produção energética, a valorização do lixo, tal como ocorre em países com a Áustria e a Alemanha, onde políticas públicas promovem o reaproveitamento de resíduos e, como consequência, a desativação dos lixões.

Produção de energia eólica no país atinge marca de 14 gigawatts

Brasil tem 568 parques eólicos e mais de 7.000 aerogeradores em 12 estado – Soninha Vill/GIZ

A produção de energia eólica no Brasil atingiu a marca de 14 gigawatts (GW) de capacidade instalada. Os dados referentes à medição de setembro foram divulgados hoje (5) pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e mostram que o total da produção dessa matriz energética é equivalente a mesma capacidade instalada da usina hidrelétrica de Itaipu.

No total, são 14,34 GW de capacidade instalada em 568 parques eólicos e mais de 7.000 aerogeradores em 12 estados. Os estados da Região Nordeste agregam a maior parte da produção. O Rio Grande do Norte aparece em primeiro lugar com 146 parques e 3.949,3 megawatts (MW) de potência. Em seguida vem a Bahia, com 133 parques e potência de 3.525 MW; o Ceará vem em terceiro lugar, com 2.049,9 MW de potência e 80 parques instalados.

“A fonte eólica tem mostrado um crescimento consistente, passando de menos de 1 GW em 2011 para os 14 GW de agora, completamente conectados à rede de transmissão. Em média, a energia gerada por estas eólicas equivale atualmente ao consumo residencial médio de cerca de 26 milhões de habitações [80 milhões de pessoas]”, informou a associação.

De acordo com a Abeeólica, a energia produzida com ventos está chegando a atender quase 14% do Sistema Interligado Nacional (SIN). No caso específico do Nordeste, os recordes de atendimentos a carga ultrapassam 70% da energia produzida na região.

“O dado mais recente de recorde da região é do dia 13 de setembro, uma quinta-feira, quando 74,12% da demanda foi atendida pela energia eólica, com geração média diária de 7.839,65 MWmed [megawatts médio] e fator de capacidade de 76,58%. Nesta data, houve uma máxima às 8h, com 82,34% de atendimento da demanda e 85,98% de fator de capacidade. Vale mencionar também que, nesse mesmo dia, o Nordeste foi exportador de energia durante todo dia, uma realidade totalmente oposta ao histórico do submercado que é por natureza importador de energia”, disse a Abeeólica.

Fonte: Agência Brasil

Barbalha será uma das pioneiras do Brasil na fabricação de combustível oriundo do lixo


Mais um projeto inovador está sendo implantado em Barbalha. Nesta quarta-feira, 17, o prefeito Argemiro Sampaio assinou contrato de instalação da Usina de Beneficiamento de Resíduos Sólidos para a produção de combustível e fertilizantes agrícolas. Durante a solenidade, no auditório da Prefeitura, destacou que o investimento será de R$ 32 milhões, sem qualquer custo para o Município, que entrará para a história do País com uma tecnologia transformadora da realidade imposta pelos lixões. Além da questão ambiental, o projeto tem largo alcance social e econômico, propiciando emprego e renda, uma vez que também resultará na comercialização de adubos orgânicos e de combustível ecologicamente correto, já autorizada pela ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.


A apresentação do projeto coube à URS Tratamento de Resíduos Ltda, representante das empresas Delta Bravo e Bio Bitten, por meio do seu diretor João Landim da Cruz Neto. Ele disse que a usina acabará com o lixão e a ideia de aterro, que causam transtornos ao meio ambiente e à população. O processo, conforme explicou, ocorrerá por pirólise (sem combustão), produzindo combustível com a separação do lixo. Por meio da compostagem, será produzido o adubo orgânico. Este primeiro passo – da compostagem – tem início previsto para dentro de 60 a 70 dias. A empresa se instalará dentro do próprio lixão, acolhendo cerca de 80 catadores, os quais deixarão a informalidade, além de obterem a garantia de melhorias na qualidade de vida.


Ainda sobre o projeto de implantação da usina de beneficiamento de resíduos sólidos, o prefeito Argemiro Sampaio falou sobre a economia a ser gerada aos cofres municipais. Informou que, hoje, Barbalha gasta em torno de R$ 200 mil/mês para tratar do lixo e, mesmo assim, contaminando o solo. “Buscamos a solução mais viável para acabar de vez com o problema e trouxemos uma tecnologia de ponta. Dentro de mais alguns dias, teremos a produção de adubos orgânicos, que serão usados na cultura da banana e na agricultura de um modo geral; esperamos que, em um ano e meio, já possamos comercializar combustível ecologicamente correto, nos postos de gasolina da nossa Barbalha”, finalizou Argemiro.

Confirmada nova fabrica da Vestas no Ceará


O governador Camilo Santana oficializou com a empresa multinacional Vestas a vinda de mais um empreendimento para gerar novas oportunidades de negócio no Estado.

O Governo do Ceará oficializou acordo com a Vestas, empresa multinacional do ramo de Energias Renováveis, para construção de fábrica dedicada à construção de turbinas eólicas no Estado. A parceria foi selada por meio de um Memorando de Entendimento, assinado pelo governador Camilo Santana e pelo presidente do grupo privado, Rogério Zampronha, nesta segunda-feira (22). A Vestas fabricará em solo cearense a turbina V150-4.2 MW™, a mais moderna do mundo e que já é produzida em outros países, colocando o Ceará como pioneiro no fornecimento do produto no Brasil.

Também participaram do momento o secretário do Desenvolvimento Econômico, César Augusto Ribeiro, o secretário-chefe da Casa Civil, Nelson Martins, o secretário da Infraestrutura, Lucio Gomes, e o presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Eduardo Neves.


Camilo Santana afirmou que o investimento representa mais um passo do Ceará na criação de um Estado mais desenvolvido e que abrange o campo das oportunidades para a população. “Agradeço ao presidente da Vestas pela oportunidade de trazer mais esse investimento para o Ceará. A empresa traz a fabricação de turbinas, o que gerará mais empregos para os cearenses e crescimento para todo o Estado. Estamos muito felizes. Em nome de toda a equipe do Governo agradeço por acreditarem no Ceará.” O governador adiantou que o novo empreendimento deverá ser inaugurado no fim de 2019.

Para o presidente da Vestas, Rogério Zampronha, ter o Ceará como sede da mais nova fábrica da empresa foi “escolha natural”. “O fato do Ceará contar com facilidades logísticas excepcionais, qualidade de mão de obra realmente muito boa e estar próximo a projetos de geração eólica, além do governo que fomenta um ambiente muito favorável aos negócios, nos trouxe até aqui. No Estado serão feitos os nossos novos investimentos”.

O secretário César Ribeiro lembrou que o grupo Vestas já tem fábrica construída no Ceará, e optou por expandir os negócios na região exatamente pelos avanços que o Governo do Ceará tem conquistado nos últimos anos. “Graças a ambiência que temos criado, as referências em Educação Básica, o nível de transparência, situação fiscal, logística, um grande hub logístico no Brasil direto para o mundo, todo ambiente favorável, o governador anuncia com o presidente da Vesta mais um importante empreendimento para o Estado. Isso mostra todo o engajamento. Essa nova instalação trará mais desenvolvimento e reforçará o Ceará como celeiro de grandes oportunidades”.

Estado licita região metropolitana de Fortaleza para geração de energia solar


O canal adutor do Castanhão que percorre a Região Metropolitana de Fortaleza deve ter geração de energia solar. Um edital foi lançado, em português e inglês, pela Secretaria de Recursos Hídricos (SRH). A fim de que uma empresa possa instalar o equipamento e gerir o sistema. Ao todo, o trecho possui 256 quilômetros (km) de extensão. Sendo sendo 201 km, do açude Castanhão até o açude Gavião, mais 55 km (Trecho 5) até as imediações do Porto do Pecém.

A energia gerada, prevista em até 45 megawatts (MW) pico de potência. A saber, na modalidade de geração distribuída em módulos de até 5 MW pico. Conquanto deverão ser consumidas pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) e pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). A primeira deve contar com até 25 MW pico, enquanto a segunda terá até 20 MW pico.

De acordo com o edital, as propostas poderão ser apresentadas até o dia 30 de outubro de 2018. Assim, a divulgação do resultado da seleção ocorrerá em 3 de dezembro de 2018.

Consumo

“A COGERH tem demandado cada vez mais energia elétrica, para utilizar principalmente em suas estações de bombeamento, de maneira a garantir o fornecimento ininterrupto de água à Região Metropolitana de Fortaleza – RMF, aos distritos industriais localizados nos municípios de Pacajus, Horizonte, Maracanaú e ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) e às atividades agropecuárias do sistema adutor denominado Eixão das Águas”, justifica o documento tornado público pela SRH no último dia 16.

A Cogerh deve consumir, segundo previsto no edital, 2.705 MWh por mês. “Vale ressaltar que estão destacados para este estudo as unidades da Cagece na modalidade de Baixa Tensão. Visto que atualmente são as unidades que possuem o maior preço médio por MWh”, ressalta o texto.

Aproveitamento das áreas

Para tornar viável essa geração de energia, devem ser desapropriadas faixas laterais de 100 metros a partir do eixo do canal. “Vislumbra-se, portanto, como forma de aproveitamento produtivo, considerando a disponibilidade das faixas desapropriadas de 100 (cem) metros de cada margem do canal, a utilização de 70 (setenta) metros de cada margem para a geração de energia fotovoltaica, observando os princípios de sustentabilidade socioambiental”, detalha o edital, acrescentando ainda que “considerando ainda, que as áreas expropriadas sofrem frequentes ações invasivas, o uso dessas áreas possibilitaria, como benefício adicional, a segurança territorial do canal nos trechos em que o projeto for implementado”.

Critérios

As empresas ou consórcios interessados em disputar essa geração deverão corresponder aos seguintes critérios: experiência específica relacionada ao serviço, relevância das pesquisas ou avaliações realizadas, qualificação e competência da equipe chave para o serviço e qualificação da metodologia e plano de trabalho.

Fonte: Diário do Nordeste.