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Aeroporto Internacional de Ruanda estabelece novo recorde de sustentabilidade e eficiência


Maior projeto público de Ruanda, o Aeroporto Internacional de Bugesera está prestes a se tornar o primeiro edifício verde certificado na região. Altamente eficiência em termos energéticos, a ponto de ser independente da rede pública de fornecimento, o projeto contará com um terminal de passageiros de 30 mil metros quadrados, 22 balcões de check-in, dez portões e seis pontes de embarque. Financiado por uma parceria público-privada, o projeto tem custo estimado em US$ 414 milhões.



Mais de mil investidores, políticos e especialistas financeiros do continente africano se reuniram no Africa Green Growth Forum (AGGF) para discutir crescimento sustentável e estratégias de resiliência às alterações climáticas, com base nas melhores práticas de nível internacional. O diretor do Global Green Growth Institute (GGGI), Frank Rijsberman, acredita que a construção verde é a melhor maneira de lidar com as mudanças climáticas.

O aeroporto está atualmente em construção. Sua primeira etapa tem conclusão prevista para 2020.


Máquina purifica 600 litros de água/hora utilizando energia solar


O planeta terra possui uma vasta quantidade de água em sua superfície, chegando a cerca de 70%, mas, nem toda a água disponível no planeta é própria para consumo. Indispensável para a vida, a água potável é um líquido incolor (sem cor), inodoro (sem cheiro), insípida (sem sabor) e insossa (sem sal), livre de materiais tóxicos e micro-organismos, como bactérias, protozoários, entre outros.

A água está cada vez mais escassa, e além disso, segundo um levantamento global da Unicef e da World Health Organization (WHO), cerca de 1/3 da população mundial - 2,4 bilhões de indivíduos - ainda não possui acesso a saneamento básico e água potável. A falta de acesso a água potável segura é um dos maiores desafios da atualidade.

O grande problema é que uma boa parte da água residual é liberada no meio ambiente sem ser coletada ou tratada, predominante em países de baixa renda, que tratam apenas cerca de 8% das águas residuais domésticas e industriais, enquanto em países ricos, mais de 70% das águas são tratadas. Devido a esse resultado, em muitas regiões a água está contaminada, trazendo consequências negativas para o meio ambiente e para a saúde da população.


Pensando nisso, o casal de empreendedores suíços Annika Johansson e Greger Nilsson, da empresa Greenwater, buscaram desenvolver soluções sustentáveis de limpeza de água, que pudessem ajudar a construir uma sociedade mais igualitária e sustentável.

Uma solução desenvolvida pela Greenwater é, a máquina solar GreenWater Kit, que promove tanto a dessalinização da água, quanto a transformação da água poluída em potável e segura para consumo em qualquer lugar. Para isto eles desenvolveram um produto móvel, que pode ser utilizado tanto conectado a rede, quanto fora dela. Para isto, a GreenWater possui um banco de baterias que fornecem uma autonomia de 10 horas, necessitando apenas de 4 horas de luz por dia para a recarga, difundindo o sistema de purificação para a população, produzindo água potável e segura continuamente.

Seu sistema é capaz de purificar até 600 litros por hora, o equivalente ao consumo médio diário de 80 pessoas, e mais, seu processo de purificação da água é livre de produtos químicos, unindo luz ultravioleta e energia solar para eliminar bactérias patogênicas, vírus, amebas e parasitas da água. Ainda, conta com um alarme que para a produção de água potável caso algum de seus componentes não estiver funcionando perfeitamente, garantindo a segurança da água.


O GreenWater Kit pode ser utilizado em diferentes contextos, sua estrutura foi projetada para resistir a condições extremas de uso, sendo dotado de alças para facilitar seu transporte como, por exemplo, para regiões devastadas por catástrofes naturais, sem possibilidade de acesso à água potável e países carentes de sistema de água e esgoto.

A equipe da GreenWater esteve em Ruanda, na África, através da cooperação de seus parceiros Safeman AB, Suécia e WASAC Ltd, Ruanda, e contatos com as autoridades locais para a implantação do seu projeto piloto, onde cerca de 25 unidades do equipamento foram encaminhadas para escolas, hospitais, centros comunitários, entre outros. A expectativa é de que mais países sejam incluídos na lista, tornando a água potável segura mais acessível à população mundial. 


Desse modo, o GreenWater Kit, se mostra como uma solução para a geração de água potável segura, sendo mais inovador e sustentável do que as soluções convencionais, visto que é um sistema móvel, que pode ser utilizado tanto conectado à rede de energia elétrica, quanto fora dela, porque ela é dotada de placas fotovoltaicas que captam os raios solares, gerando energia através do sol, fonte de energia limpa e ilimitada, sendo acessível à todas as pessoas, em qualquer lugar do mundo, em qualquer que seja o contexto.

Ruanda construiu um campo solar em tempo record


Ruanda tema atraído a atenção de defensores de energia limpa ao redor de todo o mundo devido à construção do projeto de energia solar mais rápido no continente Africano. O campo solar, situado nas famosas colinas verdes 37 milhas a leste da capital Kigali, tem uma capacidade de 8,5 MW, que é energia suficiente para abastecer 1.400 casas nos EUA. Para uma nação rural como a Ruanda, a mesma quantidade de energia tem um impacto mais amplo. Não é o tamanho do projeto que tem fascinado os críticos, mas sim a sua rapidez. O campo solar, no valor de 24.000.000$, passou de contratos para conexões em apenas um ano.

O campo solar seria suficiente para abastecer 1.400 casas nos EUA, já em Ruanda abastece 250.000 casas.

A partir de uma perspectiva aérea, o campo solar foi concebido com a forma do continente Africano, um gesto simbólico que indica que este movimento em direção à energia limpa não é apenas para o benefícios do povo de Ruanda, mas sim de toda a África. Ao contrário de um campo solar normal, onde os painéis fotovoltaicos são estacionários, o campo solar em Ruanda usa computadores para controlar o ângulo dos painéis do amanhecer ao anoitecer, para que cada painel siga o sol, aumentando assim cerca de 20% na conversão de energia.

Ruanda contou com o apoio internacional para tornar este projeto uma realidade. O governo concordou com uma proposta conjunta da Gigawatt Global, Nortfund e Scatec Solar, que é apoiado por uma iniciativa do presidente dos EUA, Barack Obama. A construção começou em Fevereiro de 2014 e só demorou 5 meses. O campo solar entrou em funcionamento em Julho de 2014.

Num país pequeno que é essencialmente rural, com infra-estruturas de energia escasso, um projeto de energia solar como este tem um impacto imensurável. O projeto é construído em terras arrendadas do Agahozo Shalom Youth-Village, cuja missão é cuidar das crianças vulneráveis do Ruanda. O contrato de arrendamento é responsável pela maior fonte de rendimento da aldeia e uma série de projetos foram lançados para fornecer energia solar até cerca de 250.000 casas na região.