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Bahia ganha nova fábrica de pás eólicas de uma das maiores fabricantes renováveis do mundo, com previsão de gerar 1.700 empregos nos próximos anos

Torres de energia eólica - crédito: RenewableNEws

Com o fim da missão internacional, governador da Bahia garante novo empreendimento de pás eólicas que promete gerar novos empregos e renda ao estado

Após o encerramento de sua missão internacional pelos países como Alemanha, Cazaquistão e República Tcheca, o governador do estado da Bahia, Rui Costa, na última quinta-feira (28), esteve em uma reunião com a Sinoma, uma grande empresa chinesa que é líder mundial nos segmentos de material de construção e vidros, além de ser uma das maiores fabricantes de equipamentos destinados à produção de energia eólica do mundo. Durante a reunião, foram discutidos diversos detalhes sobre a implantação de uma fábrica de pás para turbinas eólicas na Bahia. As pás eólicas são as principais responsáveis pela geração de energia elétrica limpa e renovável, a partir da rotação oriunda dos ventos.

Proposta inicial contempla parque eólico de 35 mil metros quadrados

De acordo com o governador da Bahia, a proposta primária é a implantação de uma unidade com cerca de 35 mil metros quadrados, além da instalação de quatro linhas de produção de pás, em Camaçari, para que atenda a demanda nacional e internacional.

A princípio, estima-se que sejam gerados em torno de 500 empregos podendo chegar a 1.200, de acordo com a expansão e ampliação que será realizada três anos após o início do funcionamento da fábrica de pás eólicas. Rui Costa participou de uma videoconferência com os executivos da empresa na sede chinesa e também no escritório do Brasil, em São Paulo.

O governador da Bahia se colocou à disposição e ofereceu todo apoio necessário para que o projeto seja implementado. Rui afirmou que é de extremo interesse ter a fábrica de pás eólicas implantada na Bahia e que só faltam apenas alguns detalhes para que o projeto se concretize. Rui concluiu dizendo que o Estado dará total apoio para que tudo aconteça o mais rápido possível.

Parceria entre Bahia e China promete impulsionar ainda mais o mercado de energias renováveis no Brasil

A fábrica de pás eólicas em Camaçari, região metropolitana de Salvador, será a primeira do ramo que a empresa implantará fora da China. E a Bahia foi escolhida por possuir todas as condições necessárias para a instalação de uma unidade tão importante como esta, tais como o terreno adequado, a estrutura logística de estradas e também de portos. Já existem diversos parques eólicos no estado da Bahia, algo que tem gerado uma alta nos empregos e na movimentação da economia do estado.

Outras parcerias importantes entre a Bahia e países estrangeiros

Rui Costa também conseguiu firmar algumas parcerias científicas com um instituto de tratamento de Câncer e a Universidade Técnica da Tchéquia, com o intuito de fazer uma interligação entre profissionais da saúde, para uma troca de experiências e formação. Após 12 dias de missão internacional, o governador da Bahia considerou positiva sua jornada em busca de mais parcerias para o estado.

Segundo Rui, a missão internacional foi um período muito trabalhoso em que literalmente venderam o potencial da Bahia, com o intuito de conseguir novos investimentos.

Além disso, o governador concluiu dizendo que conseguiu mostrar que o estado baiano possui as melhores condições e os melhores trabalhadores do Brasil para operar esse tipo de empreendimento e que o estado está totalmente aberto a iniciativas produtivas que possam gerar novos empregos e renda, melhorando a qualidade de vida do povo baiano.

Alemanha anuncia € 34 milhões para desenvolver mercado de hidrogênio verde no Brasil

Foto: Divulgação Complexo do Pecém

A Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) anunciou nesta quarta (27) o investimento de 34 milhões de euros para o desenvolvimento de projetos de produção de hidrogênio verde no Brasil (H2V), durante evento organizado pela Câmara Brasil-Alemanha (AHK).

A inciativa chamada H2 Brasil prevê a disponibilização dos recursos ao longo dos próximos dois anos para a construção de uma planta piloto de eletrólise com capacidade de 5 MW.

Além disso, o governo alemão espera colaborar na instituição de um marco regulatório de H2V no país, dando prosseguimento ao Programa Nacional de Hidrogênio do Ministério de Minas e Energia (MME).

O ministro de Economia e Energia da Alemanha, Thomas Bareiss, destacou durante o evento que o Brasil possui enorme potencial de energia renovável para produção de hidrogênio vede. E que o combustível produzido no país será essencial para abastecer a demanda alemã na transição energética.

“A Alemanha sozinha não é capaz de dar conta das suas necessidades”, disse. “Temos bilhões de euros investidos para avançar com isso, que em parte será investido na parceria Brasil–Alemanha”.

Segundo o ministro, o Brasil abriga o maior parque industrial alemão fora da Alemanha, representando cerca de 12% do PIB brasileiro.

Consórcio europeu quer investir US$ 2 bilhões na produção de hidrogênio verde no Ceará

O compromisso de reduzir suas emissões de carbono em 55% nos próximos cinco anos e ser neutra até 2045 tem levado o país europeu a investir pesado no desenvolvimento do mercado de H2V, com interesse especial pelo Brasil.

O plano prevê destinar € 9 bilhões para desenvolvimento de tecnologias ligadas ao H2V. Desse total, € 2 bi serão para parcerias internacionais.

“Para que nosso mercado seja abastecido. estamos trabalhando em soluções conjuntas. Toda a estrutura de incentivo que estamos gerando para incentivar a produção de H2V (…) Queremos garantir o abastecimento estável. Essa é uma responsabilidade que vamos preservar na transição”, explicou o ministro.

Cluster para estudar viabilidade econômica de projetos

Para Petra Schmidt, representante do Ministério Federal de Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha (BMZ) no Brasil, outro objetivo da iniciativa H2 Brasil é gerar um cluster de projetos pilotos na cadeia de H2V, que permita estudar a viabilidade econômica desses projetos.

“Se por uma lado a Alemanha trabalha para ser mais verde a cada ano, por outro, o Brasil tem o potencial de ser uma grande exportador de H2V”, disse Petra.

“Queremos melhorar as condições legais, institucionais e tecnológicas para o desenvolvimento de uma economia verde de hidrogênio no Brasil expandindo o mercado nacional”, completou.

Cinco componentes do Projeto H2 Brasil:
  1. Melhoria da estrutura regulatória nacional
  2. Disseminação de informações e conhecimentos sobre o hidrogênio verde
  3. Capacitação e formação profissional (com vagas destinadas especificamente a mulheres)
  4. Fomento a projetos inovadores relacionados ao hidrogênio verde no país
  5. Expansão do mercado – com a previsão da construção de uma planta piloto de eletrólise com 5 MW.

Novo complexo de energia solar de R$ 782 milhões será construído no Ceará. Local gerará mais de 2,8 mil empregos


Usina de energia solar/ Fonte: Diário do Nordeste

No total serão 5 usinas de geração de energia solar, localizados no interior do estado do Ceará, no município de Abaiara.

A cidade de Abaiara, na região do Cariri, será centro de novo investimento em produção de energia elétrica a partir da luz do sol. Ao todo, serão investidos R$ 728,6 milhões para construção do complexo fotovoltaico com cinco parques de geração de energia solar. A capacidade total de geração de energia é estimada acima dos 163 megawatts (MW). Para construção do empreendimento, espera-se a criação de 2.800 novos empregos no estado do Ceará. 

Geração de empregos

A maior parte dos postos de trabalho serão gerados durante a fase de construção dos cinco parques de energia solar. Estima-se a criação de 800 empregos diretos e outras 2 mil vagas indiretas na fase de implantação do projeto.

Quando estiver em operação, a empregabilidade do investimento declina e projeta-se que serão alocados 10 trabalhadores em postos de trabalho direto, e outros 30 em vagas indiretas, para manutenção dos parques de energia solar no estado do Ceará.

Mais detalhes sobre o complexo de energia solar

O empreendimento será composto de quatro plantas solares semelhantes denominadas de Lightsource Milagres I, II, III, IV com proporções e capacidade de geração de energia semelhante. Nestes, o aporte estimado é de R$ 145,2 milhões para implementação de cada parque.

Do total gasto em cada parque de energia solar, R$ 77, 8 milhões serão financiados pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e o restante pela iniciativa privada. A última planta a ser instalada, a Lightsource Milagres Geração de Energia Ltda, será a maior do complexo solar com investimento estimado em R$ 201,7 milhões, sendo R$ 111,7 milhões patrocinado pelo financiamento do FNDE. O fundo gerenciado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), será responsável por financiar R$ 422,9 milhões do total a ser aplicado no complexo solar de Abaiara. A primeira liberação de recursos para construção do empreendimento irá ocorrer ainda este ano, conforme a Sudene.

Utilização de fontes renováveis

Além da geração massiva de postos de trabalho durante a implementação, a construção do complexo solar se interliga com o fortalecimento do hub de energias renováveis no Ceará. Além disso, intensifica as prospecções de venda de energia para os projetos de hidrogênio verde que estão sendo implementados no Estado.

O projeto também vai proporcionar “a geração de renda por meio do arrendamento de terras onde será implantado”, conforme destaca a Coordenação-Geral de Fundos de Desenvolvimento e de Financiamento da Sudene. Empreendimentos de energia solar tem sido fortalecidos pela Sudene na tentativa de atenuar a crise energética vivenciada pelo Brasil. Em 2020, de acordo com balanço da Sudene, foram liberados cerca de R$ 8 bilhões em financiamento para projetos de energias renováveis em toda região Nordeste.

A empresa Solar Newen Bahia Energia assinou um protocolo de intenções com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), para a construção de uma nova usina fotovoltaica destinada a geração de energia solar, no município de Barreiras. Para a execução do projeto, a empresa estima investir R$ 1,080 bilhão. O empreendimento irá contratar 990 operários para a sua construção e gerar 135 empregos na fase de operação.

O secretário de desenvolvimento econômico, Nelson Leal, disse que em julho deste ano, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica registrou, que a Bahia ficou em segundo lugar dentre os estados geradores de energia solar no país. E esse protocolo que assinaram é um indicativo que o setor só tende a crescer no estado, completa. De acordo com o site Bahiade Valor, os empreendimentos para geração de energia solar na Bahia já geraram 13 mil empregos diretos, na fase de construção dos que já estão em operação, e a SDE estima que sejam criados mais 47,4 mil empregos diretos na fase de construção para os parques que estão em construção ou ainda serão iniciados.


Consumidor pode economizar com energia solar mesmo sem ter placas

Moradores de apartamento ou casa sem espaço no telhado para painéis podem contratar usina e pagar até 20% menos na conta


Rio de Janeiro – O investimento em energia solar não é apenas uma boa ação ambiental, é também a certeza de economia para todos os consumidores que buscarem empresas confiáveis do setor. Além de reduzir em até 95% a conta de luz, a despesa para instalação, bem menos salgada que no passado, é abatida em cinco anos em média.

Mesmo quem não tem telhado com bom espaço livre ou mora em apartamento pode se beneficiar da energia solar alugando a eletricidade de uma usina local.

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil atingiu a marca de 10 gigawatts de capacidade operacional em usinas de grande porte e em pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos do país. O número, difícil de entender, representa 70% da potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo.

Hoje, 700 mil consumidores do país usam o sol para gerar sua própria eletricidade (com 6,3 gigawatts produzidos). É gente que ajuda o meio ambiente com uma matriz limpa e ainda pagava pouco todo mês na conta de luz.

A opção, não à toa, teve um boom em 2021, com a queda nas chuvas, o temor de racionamento e o encarecimento da energia, com as sucessivas bandeiras tarifárias. A Absolar, em levantamento de julho de 2021, apontava um aumento de 117% na procura por projetos de energia solar.


Nem telhado eu tenho

Quem não tem telhado para pôr as placas ou não quer pagar o valor inicial da montagem, pode ainda dar uma mão à natureza contratando empresas que captam a luz solar e a colocam no sistema da distribuidora local.

Como fazer? Procure uma produtora próxima e a contrate pelo período que desejar. A redução na conta, nesse caso, fica entre 10% e 15%, mas o estímulo à energia renovável é o mesmo.

Alexandre Bueno, um historiador formado na USP (Universidade de São Paulo) que se interessou pela causa, investiu com alguns sócios na criação de uma usina com placas fotovoltaicas no interior de São Paulo, em 2017.

Quatro anos depois a Sun Mobi tem duas usinas, uma em Porto Feliz e outra em Araçoiaba da Serra, cidade próxima a Sorocaba. Hoje, 80% dos clientes são residenciais e 20%, corporativos, Na quantidade de eletricidade entregue, o percentual se inverte: quatro quintos vão para as empresas.

Bueno observa que 75% das edificações não têm como instalar os painéis e algumas residências não possuem as condições mínimas para gerar energia. Sombra demais e locais com muita chuva são itens que pesam contra a capacidade de produção, mas não a inviabilizam .

“Com o custo atual da energia elétrica, não há porque descartar essa opção, por meio da instalação do sistema ou por contrato. Esse cliente vai ter um produto mais barato e ficar fora das bandeiras tarifárias, que estão levando as contas às alturas”, diz o empresário.

Segundo ele, quem fecha com sua companhia garante redução de pelo menos 10% na conta mensal e pode encerrar o fornecimento a qualquer momento, sem taxa de adesão ou prazo de fidelidade. “Nosso objetivo é fornecer um serviço similar ao da TV a cabo. Você assina, acompanha o monitoramente em tempo real de todos os gastos e sai quando quiser. Tudo bem prático e positivo não só para o cliente como para o meio ambiente.”


Ok, mas eu quero pôr placas no meu telhado. Como faço?

João Albino, de 58 anos, instalou há seis meses as placas no teto de sua casa, na cidade de São Paulo. E só tem elogios ao sistema.

Ele é um gaúcho — “gremista”, enfatiza — que atuou 40 anos no setor bancário e hoje é sócio de uma empresa de investimentos.

E como alguém do frio Rio Grande do Sul que mora em São Paulo, acostumado ao tradicional setor de finanças, poderia pensar em energia solar? A culpa é da nova geração, que já nasce preocupada com questões ambientais.

“Foi meu filho, que tinha 13 anos e agora está com 14, que me cobrou. Fico muito orgulhoso de ver que os mais novos têm essa mentalidade”, comenta.

Albino pensou mais na natureza do que no seu bolso, mas não tem do que reclamar em relação a nenhum desses aspectos.

“Eu pagava R$ 1.200 em média na conta de luz e hoje vem só a tarifa mínima, de menos de R$ 200. Para mim, não tem o que pensar. Nos meses em que gasto menos do que produzo, esse excesso vira crédito e posso aproveitar em um período que, por algum motivo, precise usar mais.”

O crédito também é utilizado no período noturno, todos os dias. Assim, se os paineis geram 10 kilowatts de manhã e à tarde e o morador usa apenas 7, o restante (3) fica para o gasto à noite. No fim do mês, calcula-se quanto foi fabricado e o quanto foi utilizado: se houver sobra, ela pode ser usada em meses posteriores; se se gastou mais do que produziu, a diferença é paga com a tarifa normal da concessionária.

O que convenceu João Albino definitivamente a colocar os equipamentos no alto de sua casa, em um condomínio da zona sul da capital paulista, foi a seriedade dos técnicos da empresa escolhida, a Portal Solar.

“Eles vieram aqui, definiram quantas placas seriam necessárias e disseram exatamente os custos que eu teria. Um vizinho meu também quis fazer, mas, no caso dele, havia bastante árvore fazendo sombra no telhado e não foi possível. Achei isso muito correto, não queriam apenas vender o sistema.”

A análise inicial é feita em cima dos gastos dos últimos doze meses na casa e inclui um questionamento sobre o que o consumidor pretende fazer futuramente e que pode ter impacto no uso de energia. Se quer ter um filho, por exemplo, ou comprar outros equipamentos, talvez seja aconselhado a ampliar a geração.

Rodolfo Meyer é proprietário da Portal Solar. Além de empresário do setor é um ativista. “Se for contratar alguém procure empresas confiáveis, que vão tirar todas as dúvidas e garantir que, se for bem feito, o projeto só tem pontos positivos.”

“Todo consumidor pode aproveitar a energia solar de alguma forma. É certamente a melhor maneira e mais rápida de reduzir o consumo de energia no país”, comenta Meyer.

Ele explica que o preço para instalar as placas caiu muito nos últimos anos e mesmo os valores atuais podem ser obtidos via financiamento bancário.

“Além de haver várias linhas de crédito dos bancos para energia solar, o consumidor tem que pensar que o retorno é rápido e que em pelo menos 80% dos casos, a parcela do financiamento sai mais barata do que a conta de luz que ele paga.”

Meyer diz que o projeto mais comum no país é o de clientes que pensam em instalar os paineis para fugir de contas de R$ 500 menais. “Nesse caso, sai em torno de R$ 25 mil a instalação e o consumidor pode parcelar esse preço em até 60 vezes.”

O empresário acrescenta que a cada ano a energia fica mais cara no Brasil, o que serve como um estímulo à produção solar. “Depois de cinco, seis anos, esse sistema é seu. Ele já se pagou e você vai ter eletricidade praticamente de graça por até 21 a 25 anos, quando é preciso trocar as placas.”

A conta de luz só não é totalmente zerada porque as distribuidoras cobram pequenas tarifas de todos os consumidores, como a de uso da rede ou de iluminação pública.

Rodolfo Meyer reforça a necessidade de difusão dessa alternativa para a matriz energética nacional.

“A queda no preço do equipamento por causa do desenvolvimento tecnológico foi de 90% nos últimos dez anos e a eficiência média por metro quadrado aumentou quase 50%. Não há mais razão para não aderir”, afirma.


Ele aproveita para desfazer um equívoco que serve para desestimular moradores de regiões frias do país. “Mesmo em locais como a região Sul é viável a instalação. Existe uma lenda urbana de que o painel solar só funciona com a luz do sol. Não é verdade, ele produz com a radiação. Assim com quem vai à praia e sai queimado, a placa capta a energia mesmo sem a luminosidade.”


UEPB aprova criação de curso tecnólogo em energias renováveis

Decisão foi do Conselho Universitário (Consuni) da instituição.

UEPB aprova criação de curso superior em energias renováveis Foto: Divulgação

A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) aprovou a proposta de criação do Curso Superior Tecnólogo em Sistemas de Energias Renováveis. A decisão do Conselho Universitário (Consuni) da instituição foi unânime. A reunião ordinária aconteceu na sexta-feira (27), por videoconferência.

O curso fará parte do Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA), do campus de Catolé do Rocha. Nesse primeiro momento, funcionará na cidade de Sousa, em um espaço do Instituto Federal da Paraíba (IFPB).

A graduação, que propõe aproveitar os recursos naturais do Sertão, deve começar a partir do próximo semestre. A realização do curso acontece em parceria com o Governo Estado.

A reitora, Célia Regina Diniz, presidiu a reunião do Consuni. Participaram a vice-reitora, professora Ivonildes Fonseca, e o secretário de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, Cláudio Furtado.

SEMINÁRIO FINAL DO PROJETO MERCADOS DE CARBONO COM O LANÇAMENTO DO MARCO REGULATÓRIO RESPECTIVO


 O evento, tem como objetivo apresentar e discutir o cenário atual e os desafios para a pauta da precificação das emissões de gases de efeito estufa.

Energias renováveis mantêm crescimento e abrem vagas durante a pandemia

O projeto de geração de energia dentro de área urbana é um retrato do crescimento do mercado de energias renováveis no país

Foto: Arthur de Souza

No terreno que um dia abrigou as Cavalariças Imperiais, perto da Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro, hoje se constrói uma usina solar para abastecer o Museu Nacional, que passa por um processo de reconstrução após o incêndio de 2018.

O projeto de geração de energia dentro de área urbana é um retrato do crescimento do mercado de energias renováveis no país, que passou quase sem sentir os efeitos da pandemia e prevê aceleração após a aprovação de marco regulatório em discussão no Congresso.

O texto estabelece regras para o funcionamento da chamada geração distribuída, negócio que permite a compra de participação em usinas renováveis por indústrias, comércio e até residências.

"É importante porque vai estabelecer em lei, pela primeira vez no Brasil, o direito do consumidor gerar sua energia renovável", diz o presidente-executivo da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), Rodrigo Sauaia.

Mesmo antes da aprovação do texto, porém, o segmento já vem se aproveitando da busca por alternativas à escalada no preço da energia e pela crescente pressão por descarbonização das atividades econômicas.

Em 2020, o setor de energia solar recebeu investimentos de R$ 12,1 bilhões, alta de 50% em relação ao ano anterior. Na semana passada, a Absolar comemorou a marca de 10 GW (gigawatts) instalados, o que põe o Brasil na décima-quarta posição do ranking global.

O ano de 2021 começou acelerado. "Nosso faturamento cresceu 67% de janeiro a junho", diz Artur Cantador Bernardo, presidente da Dinâmica Energia Solar, empresa que atua na construção e montagem de fazendas solares, com braços em outras etapas da cadeia, como importação de equipamentos.

A Dinâmica começou com uma empresa de projeto de aquecimento de água e diversificou as operações quando o barateamento da tecnologia de geração de energia solar começou a viabilizar os primeiros projetos no país.

"Atualmente, a gente está com cerca de 60 funcionários, mas a tendência é crescer", conta Artur. "Nesse momento, temos obras em praticamente todo o Brasil, de Porto Alegre até Brasília."

"Além da energia estar cada vez mais cara, as empresas estão olhando a questão da sustentabilidade, implantando metas agressivas de redução de carbono", analisa André Castro, presidente-executivo do grupo Gera, que opera fazendas e condomínios solares -e o projeto do Museu Nacional, no Rio.

Com 140 funcionários administrativos e cerca de 200 pessoas trabalhando em campo, a empresa já vê gargalos de mão de obra especializada e iniciou um programa próprio de qualificação para dar conta dos próximos projetos, que somam hoje 25 MW (megawatts), quase o dobro dos 30 MW que já opera.

Mais antigas e difundidas no país, as eólicas viveram um período de retração no final da década passada por causa da falta de leilões do governo, mas já se beneficiam também da migração de consumidores em busca de preços baixos e energia limpa.

Em 2020, o Brasil recebeu R$ 20,6 bilhões em investimentos na fonte, que segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), será o principal motor do crescimento da oferta de energia no país nos próximos anos.

Essa perspectiva levou a fabricante de pás para torres de geração de energia eólica Aeris a lançar ações em Bolsa em novembro de 2020, captando R$ 1,1 bilhão para investimento em ampliação de suas instalações no porto de Pecém, no Ceará.

O dinheiro está sendo usado em um novo edifício industrial e em máquinas para ampliar a produção da empresa, que em 2020 teve um terço de suas vendas no exterior. Desde o início de 2020, a empresa contratou cerca de 2.000 novos funcionários, elevando o quadro de pessoal para cerca de 5.200 pessoas.

A criação de vagas de trabalho no setor segue tendência global. Em relatório sobre o impacto dos investimentos públicos do mercado de trabalho, lançado em maio, o FMI (Fundo Monetário Internacional) diz que os investimentos "verdes" tendem a criar mais empregos do que os tradicionais.

O documento destaca que os projetos e energia renováveis abrem oportunidades para trabalhadores locais e não requerem elevada qualificação. Para cada US$ 1 milhão (R$ 5,2 milhões) investidos em energia renovável, diz, são abertas entre 5 e 10 vagas.

Em seu último planejamento de dez anos, a EPE estima que os investimentos em geração distribuída de energia somarão R$ 93 bilhões até 2030.

"A cada ano que passa, sabemos que podemos confiar menos nas chuvas e, quando olhamos as alternativas, ou é energia fóssil ou é renovável", diz o diretor de Planejamento e Relações com Investidores da Aeris, Bruno Lollis.

Criador de uma startup de gestão energética de empresas, a Fohat, Igor Ferreira lembra que a disseminação do conceito ESG deve levar cada vez mais os empresários a apostarem em renováveis.

"O ESG está acelerando o desembolso de capital mais barato para empresas que atendam a esses requisitos", diz. "Não tem mais como esconder os efeitos climáticos, é visível que o planeta está se deteriorando."

Leilão de Energia Nova A-5 é aprovado pela ANEEL e será realizado em 30/9

A Diretoria Colegiada da ANEEL aprovou nesta terça-feira (24/8) o edital do Leilão de Geração nº 8/2021-ANEEL, ou Leilão A-5 de 2021

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL aprovou nesta terça-feira (24/8) o edital do Leilão de Geração nº 8/2021-ANEEL, ou Leilão A-5 de 2021. O certame visa à contratação de energia elétrica gerada por novos empreendimentos a partir de fontes hidrelétrica, eólica, solar fotovoltaica, termelétrica a biomassa, a carvão mineral nacional, a gás natural e de tratamento de resíduos sólidos urbanos. A realização do leilão está prevista para 30 de setembro de 2021, com transmissão ao vivo no portal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou 1.694 empreendimentos, com 93.859 megawatts (MW) de potência cadastrada. Um dos destaques deste leilão será o tratamento dado às usinas termelétricas a partir de resíduos sólidos urbanos, ou seja, de lixo. Foram cadastrados 12 projetos com total de 315 MW para esse produto, que será licitado na modalidade por disponibilidade, com período de suprimento de 20 anos. “A geração por resíduos sólidos urbanos traz valor econômico para os aterros sanitários e agrega receita para as prefeituras que podem vender o biogás ou gerar energia para ser comercializada ou utilizada em edificações públicas do município. Ela transforma o que era antes um passivo ambiental em ativo energético”, avalia o diretor-geral da ANEEL, André Pepitone.

“Entendo que foi absolutamente acertada a decisão do MME de criar um produto diferenciado para essa fonte, considerando que, até essa data, o Brasil dispõe de cinco empreendimentos termelétricos a resíduos sólidos urbanos, totalizando 19,6 MW”, destacou o diretor Hélvio Guerra, relator do certame. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) apontam que o país gerou, em 2018, 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos.


O leilão segue as premissas da Portaria MME n° 10/2021 e contratará oferta de geração na modalidade por quantidade para empreendimentos eólicos e solares fotovoltaicos, com prazo de suprimento de 15 anos, e hidrelétricos (centrais geradoras hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas, usinas hidrelétricas e ampliação de usinas existentes), com prazo de 25 anos. Para empreendimentos termelétricos, serão negociados contratos por disponibilidade, com prazo de 20 anos. O início do suprimento, para todos os contratos, é 1/1/2026.

O custo Marginal de Referência do Leilão de Energia Nova A-5/2021 estabelecido pelo MME foi de R$ 639,00/MWh, e os preços iniciais são os relacionados a seguir:
  • Preços iniciais para novos empreendimentos e para os empreendimentos com outorga sem contrato:
  • Produto por quantidade (fonte hidrelétrica): R$ 320,00/MWh (trezentos e vinte Reais por megawatt-hora);
  • Produto por quantidade (fonte eólica): R$ 191,00/MWh (cento e noventa e um Reais por megawatt-hora);
  • Produto por quantidade (fonte solar fotovoltaica): R$ 191,00/MWh (cento e noventa e um Reais por megawatt-hora);
  • Produto por disponibilidade (fonte termelétrica): R$ 365,00/MWh (trezentos e sessenta e cinco Reais por megawatt-hora); e
  • Produto Disponibilidade a partir da recuperação energética de resíduos sólidos urbanos: R$ 639,00/MWh (seiscentos e trinta e nove Reais por megawatt-hora.

Preços para empreendimentos com outorga e com contratos regulados celebrados anteriormente, vigentes ou não:
  • Preço de Referência para PCHs e CGHs: R$ 249,22/MWh (duzentos e quarenta e nove Reais e vinte e dois centavos por megawatt-hora);
  • Preço de Referência para UTE: R$ 266,86/MWh (duzentos e sessenta e seis Reais e oitenta e seis centavos por megawatt-hora); e
  • Preço de Referência para UHE: R$ 174,27/MWh (cento e setenta e quatro Reais e vinte e sete centavos por megawatt-hora).

A Consulta Pública nº 035/2021, que debateu com a sociedade o conteúdo do edital do leilão, recebeu 62 contribuições de 21 participantes. O aviso de licitação, o edital e os anexos serão publicados na quinta-feira 26/8.

Proposta do governo Brasileiro vai incentivar energia solar


Governo Brasileiro incentiva a escolher energia solar

Uma proposta do Governo Brasileiro pode levar 3,5 milhões a escolher energia solar, mas a proposta ainda está parada na Câmara, onde aguarda votação no plenário!

O projeto lei 5829/2019 está parada no Congresso Nacional, tendo como objetivo incentivar o uso de energia solar no Brasil, que pode ir até 3,5 milhões a escolher energia solar. O que significará um aumento de 680% no uso da tecnologia solar no país até 2031!

Estes números são baseados num estudo sobre a expansão de energia no Brasil que foi concluído em julho pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia.

Se a proposta for aprovada, 4,1 milhões de brasileiros irão ter energia solar na sua casa até 2031, sendo que atualmente apenas há 525 mil utilizadores da energia solar no país (dados da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica).

O PROJETO TEM AINDA CAPACIDADE PARA PROPORCIONAR ATÉ 2031, UMA POTÊNCIA INSTALADA DE 35,6 GW, PERANTE OS ATUAIS 6,2 GW!

Os investimentos serão superiores a 120 biliões de reais!
Estudo que incentiva a escolher energia solar




O estudo realizado pela EPE faz parte do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2031), onde são traçados vários cenários sobre o uso de fontes de energia alternativas, como a energia solar para o período de 2022 a 2031.

O principal cenário é mesmo o da aprovação do projeto, em que se prevê a manutenção de incentivos e a criação de regras de transição para os consumidores que gerem a sua própria energia solar!

A proposta está parada no plenário da Câmara, tendo já sido incluída nas votações do plenário 15 vezes desde março, mas nunca chegou a ser votada!

Energia solar deve crescer 44% no Brasil em 2019 com impulso de geração distribuída

O Brasil deverá ter um salto de 44 por cento na capacidade instalada de energia solar em 2019, o que levaria o país à marca de 3,3 gigawatts (GW) da fonte em operação, projetou em entrevista à Reuters o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia.

Homem limpa placas solares em comunidade no Estado do Amazonas. 22/09/2015. 
REUTERS/Bruno Kelly Foto: Reuters

O ano também deve marcar uma virada para o mercado solar brasileiro, segundo a entidade, com a expansão puxada pela primeira vez pela chamada geração distribuída em que placas solares em telhados ou terrenos geram energia para atender à demanda de casas ou de estabelecimentos comerciais e indústrias.

Os projetos de geração distribuída (GD) deverão acrescentar 628,5 megawatts (MW) em capacidade solar ao país, um crescimento de 125 por cento, enquanto grandes usinas fotovoltaicas devem somar 383 MW até o final do ano, um avanço de 21 por cento.

"É uma marca importante para a geração distribuída. Aquela visão do passado de que a GD é cara não se sustenta mais, ela se tornou uma opção acessível, e existem diversas linhas de financiamento. A GD está ganhando participação no mercado brasileiro", disse o presidente da Absolar.

Entre 2017 e 2018, a geração distribuída já havia mostrado ritmo mais forte, com expansão de 172 por cento, contra 86 por cento nas grandes usinas, mas os projetos de GD, menores, adicionaram naquele período 317 MW, contra 828 MW dos empreendimentos de grande porte, viabilizados após leilões de energia do governo.

Com a disparada das tarifas de energia no Brasil desde 2015 e a redução nos custos de equipamentos fotovoltaicos, os investimentos em GD podem ser recuperados em um período de três a sete anos, de acordo com Sauaia.

A nova dinâmica é resultado também da recente crise financeira atravessada pelo Brasil, que reduziu a demanda por eletricidade e levou ao cancelamento de um leilão de contratação de usinas renováveis em 2016.

Depois, em 2017 e 2018, as contratações de grandes usinas solares foram retomadas, mas os projetos viabilizados nos últimos leilões têm obrigação contratual de iniciar operação em 2021 e 2022, enquanto a geração distribuída tem continuado a crescer em ritmo acelerado.

"Com isso, esse ano de 2019, e até 2020, serão anos de enorme desafio para a geração centralizada... A Absolar recomenda que o novo governo estruture um planejamento previsível, com continuidade de contratação, para que o setor consiga se planejar", disse Sauaia, acrescentando que o cancelamento de leilões em 2016 gerou enorme frustração em investidores.

A Absolar estima que a expansão da fonte neste ano deverá gerar investimentos totais de 5,2 bilhões de reais, com cerca de 3 bilhões de reais para a geração distribuída.

Apesar da forte expansão, a energia solar ainda tem presença incipiente na matriz elétrica do Brasil, dominada por grandes hidrelétricas. A fonte responde atualmente por cerca de 1 por cento da capacidade instalada no país, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

INVESTIDORES

O mercado solar brasileiro é liderado atualmente pela italiana Enel, que possui 703 MW em capacidade em usinas solares em operação no país, seguida pela francesa Engie, com 218 MW e pela Atlas Renewable Energy, da empresa de investimentos britânica Actis, com 174 MW, segundo dados da consultoria ePowerBay.

O ranking poderá ainda em breve ser liderado pela chinesa CGN Energy International, que está em processo de aquisição de 450 MW em usinas solares da Enel, em negócio anunciado na quarta-feira.

A transação, quando concretizada, deve deixar a Enel na vice-liderança.

Também se destacam no setor solar do Brasil a Omega Geração e a francesa EDF (com 160,5 MW cada), a norte-americana AES, com a controlada AES Tietê (150 MW), a norueguesa Scatec (132 megawatts) e a espanhola GPG, da Naturgy (ex-Gas Natural Fenosa, com 120 MW), segundo o ranking da ePowerBay.

Inovação e sustentabilidade pautam modelo de negócio da Enel no Brasil

Pensar em produtos e serviços que levem em consideração o impacto de uma empresa no meio ambiente não é bom apenas para sociedade, mas para o negócio.


“Quando direcionamos a inovação para a sustentabilidade buscamos soluções que criam eficiência para empresa e geram desenvolvimento para sociedade”, explica Márcia Massotti, diretora de Sustentabilidade da Enel Brasil.

Ao assumir o controle da Eletropaulo, a Enel se tornou a maior distribuidora de energia elétrica do Brasil, líder também em geração de energia solar e eólica. A empresa quer fazer negócios de maneira diferente, conforme explica Bruno Cecchetti, diretor de Inovação.

“Estamos nos posicionando para construir esse futuro em que o carros são elétricos e a gente reduz o uso petróleo e gás e passa a usar energia elétrica limpa e renovável. Se essa energia vem do sol e do vento, esses carros são muito mais limpos.

A inovação e a tecnologia são fundamentais para o futuro da energia, para criar novos modelo de negócios e de uso digitais para satisfazer as novas demandas dos clientes e da sociedade “.

Márcia concorda e acrescenta que o setor elétrico mudou muito pouco nos últimos 30 anos, mas vai precisar mudar muito nos próximos cinco anos.

Para se manter na liderança dessas mudanças, a Enel direciona seu modelo de negócio para juntar inovação e sustentabilidade em um único conceito: a inovabilidade.

“Quando direcionamos a inovação para a sustentabilidade buscamos soluções que criam eficiência para empresa e geram desenvolvimento para sociedade”, explica Márcia Massotti, diretora de Sustentabilidade da Enel Brasil.



Cenário mais complexo

Bruno explica que o setor elétrico hoje está passando por uma guinada em seu modelo de negócios, tornando o cenário no Brasil e no mundo muito mais complexo.

“Antes a geradora gerava energia, a transmissora levava para os centros de consumo e a distribuidora levava aos consumidores. Ao final, o cliente pagava a conta e cada um ganhava sua fatia”, resume.

A geração de energia renovável é um desses elementos mais complexos e inovadores. A disponibilidade da energia eólica e solar depende de questões climáticas, o que exige mecanismos de tecnologia, armazenamento, previsão e inteligência para que a rede de energia seja capaz de lidar com essa complexidade.

A plataforma mínima para iniciarmos essa transformação é pelo medidor inteligente que permitirá muito mais informação do cliente sobre seu consumo e geração própria como também outras formas tarifárias para atender suas necessidades, explica Bruno.

“A disseminação da energia solar e eólica tem a tendência de reduzir o custo da energia. Como estratégia de grupo, passamos a perseguir outros modelos de negócios, incentivando a mobilidade elétrica, que aumenta a quantidade de consumo de energia elétrica. É preciso estar muito antenado com o que o cliente quer, com o que é possível ofertar e se posicionar gerando novas soluções tecnológicas ou novos modelos de negócios”, diz Bruno.

Inovabilidade e sociedade

A inovação com sustentabilidade passa também pelo desenvolvimento social.

“Cada vez mais, a cidadania passa pelo acesso à internet e pela digitalização. Para ter acesso à internet, precisamos de acesso à eletricidade. Nós temos um encontro entre os megawatts e os megabytes”, diz Bruno.

Por isso, conta Márcia, a Enel trabalha para oferecer energia limpa e acessível para cada vez mais pessoas. Não basta apenas universalizar o acesso e o cliente não ter capacidade de pagamento.

Não queremos gerar receita a todo custo”, diz. Bruno concorda e acrescenta que a redução no preço vai significar mais acesso aos clientes de baixa renda e a melhora no desenvolvimento no país.

Carros elétricos e compartilhados

Outro exemplo de inovabilidade é o compartilhamento de carros elétricos. A Enel foi a primeira a desenvolver, em 2016, o primeiro serviço de compartilhamento de carros elétricos no Brasil. A cidade de Fortaleza, no Ceará, foi escolhida para receber a iniciativa que une preservação ambiental e inovação.

São vinte carros elétricos e doze estações de recarga espalhadas pela cidade. “O uso de carro compartilhado permite redução significativa no tráfego e o carro elétrico reduz o impacto das emissões de carbono”, diz Bruno.

A Enel Distribuição Ceará é responsável pela plataforma de medição e acompanhamento do processo de carga nas estações, integrado ao sistema de faturamento de sua distribuidora de energia.

Para usar os carros, o usuário precisa apenas baixar o aplicativo “Vamo” para smartphone. Depois do cadastro e do pagamento de uma taxa de uso, ele pode escolher o veículo de acordo com a disponibilidade de cada estação.

Mais de duas mil famílias recebem placas fotovoltaicas para a geração de energia solar

Foto: TV Brasil

Famílias que moram no pantanal recebem placas fotovoltaicas para a geração de energia solar

Moradores do Pantanal Sul-mato-grossense estão felizes com a chegada de energia nas suas residências, um sonho que se parecia muito distante. As casas dessas pessoas receberão energia limpa e renovável vindas de placas fotovoltaicas. A energia solar será captada durante o dia e armazenada em baterias para uso posterior e em dias nublados.

O investimento faz parte do projeto Ilumina Pantanal, do Programa de Eletrificação Rural do Governo Federal. O projeto ocorre com parceria do Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Eletrobrás, Grupo Energisa e governo do Mato Grosso.

O programa tem como objetivo levar energia para pessoas que vivem em lugares isolados daquela região. A expectativa da iniciativa é que cerca de 2.090 famílias receberão o modelo para a geração de energia solar. O investimento no projeto será de R$ 127 milhões, sendo que R$ 73 milhões da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e R$ 51 milhões da Energisa.

“Mudou muito as coisas para a gente. Precisava de uma água gelada, guardar uma carne para ficar fresquinha, a gente sempre precisava disso. Mas agora, Graças a Deus, nós temos a luz”, destacou a moradora Naurina Silva, que recebeu o projeto.

Nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, visitou nesta semana a Fazenda Porto São Pedro, onde conheceu famílias ribeirinhas que moram no pantanal Sul-mato-grossense. “Eu pude ver, não só a eficácia desse programa numa região como é o Pantanal [sul] mato-grossense, mas também a inclusão social que ele oferece para as pessoas que são atendidas por esse programa, levando dignidade, cidadania e perspectiva novas nas suas vidas

A energia limpa vinda da energia eólica é algo que será fundamental para a retirada de brasileiros da escuridão em lugares isolados do Brasil. Como se trata de uma alternativa de energia limpa barata, a sua implementação em larga escala se torna mais fácil.

R$ 7 milhões serão investidos na construção de uma nova fábrica para atender o mercado de geração de energia solar, no Espírito Santo

Fábrica da Brametal/ Fonte: Divulgação Brametal
A nova fábrica com produção focada em equipamentos de energia solar, será construída pela Brametal, em Linhares, no estado do Espírito Santo

A Brametal irá realizar um investimento de R$ 7 milhões para a construção de uma nova fábrica no complexo de Linhares, no estado do Espírito Santo. A nova unidade terá como foco a linha de produção para atender o mercado de geração de energia solar fotovoltaica. A empresa já possui uma fábrica na cidade do norte do estado, além de outra unidade em Criciúma, Santa Catarina, totalizando uma capacidade produtiva de até 200.000 toneladas/ano. 

Investimentos na nova fábrica, no estado do Espírito Santo

Além da construção da nova fábrica dedicada à produção de itens para o mercado de geração de energia solar fotovoltaica, a companhia ampliou seu portfólio e está lançando dois novos produtos: o Brafix 3.0 e o Tracker bifileira (estruturas para geração de energia solar).

Marcos Bercht, diretor industrial da Brametal, diz que além do investimento na nova fábrica, serão aplicados mais R$ 5 milhões para o desenvolvimento do setor de engenharia e novos produtos, ampliando assim nossa capacidade produtiva com a nova planta. Com isso, conseguiremos reduzir o tempo de entrega, teremos estoque de matéria-prima e produtos acabados de toda a linha para atender as demandas do mercado, diz o diretor.

A empresa já tem projetos no segmento de energia solar

Recentemente, a EDP entregou uma das maiores usinas solares do Espírito Santo – localizada em Linhares (onde será construída a nova fábrica), para a Brametal. A usina solar é composta por 3.780 módulos fotovoltaicos distribuídos em uma área de cerca de 40 mil metros quadrados, aproximadamente o tamanho de seis campos de futebol, e conta com tecnologia de tracking, na qual os módulos se movem de acordo com as mudanças no ângulo dos raios solares para um maior aproveitamento da irradiação.

Após a assinatura de um memorando de entendimento com o Governo do Ceará, a empresa catarinense Renovigi Energia Solar espera iniciar as operações de sua nova fábrica no estado até o final deste ano. Segundo Gustavo Martins, presidente da Renovigi, o investimento total é de R$ 150 milhões, valor que inclui a instalação da linha de montagem (R$ 12,5 milhões), além da aquisição da matéria-prima, capital de giro, equipamentos, investimentos na distribuição, dentre outros.

A Renovigi promete realizar investimentos de R$ 12 milhões na construção ou locação de dois galpões industriais – para abrigar a fábrica de montagem dos painéis de energia solar e outro para um Centro de Distribuição dos produtos. Os imóveis estão sendo locados pela Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S/A), que administra o chamado Complexo do Pecém, incluindo o porto marítimo e a ZPE.

O investimento para a implantação de sua fábrica montadora de painéis de energia solar e de seu centro de distribuição é, aparentemente, pequeno, mas a Renovigi Energia Solar estima que mobilizará R$ 250 milhões em capital de giro e que seu faturamento anual, que a partir de 2022 chegará a R$ 2 bilhões.

Governo do Ceará assina memorando para instalação de fábrica de geradores de energia solar no Complexo do Pecém

Unidade viabilizará a geração de energia com o uso de fontes renováveis e mais empregos no Ceará


O governador Camilo Santana assinou, na manhã desta sexta-feira (25), o memorando de entendimento com a empresa catarinense Renovigi Energia Solar para instalação de uma unidade de fabricação de geradores de energia solar no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, em São Gonçalo do Amarante. Estiveram presentes na solenidade de assinatura a vice-governadora Izolda Cela, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, a secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Pacobahyba, e o presidente da Renovigi, Gustavo Martins.

“A empresa está entre as maiores fabricantes de sistemas fotovoltaicos do Brasil, com mais de 1 milhão de painéis solares já instalados no País. Atrair investimentos para o estado e ampliar a geração de empregos aos cearenses é nossa prioridade”, afirmou Camilo Santana, em publicação nas redes sociais.


A assinatura do memorando releva o interesse do Governo do Ceará em fomentar o desenvolvimento local de uma cadeia de geração de energia com o uso de fontes renováveis. Além da instalação do complexo de fabricação de geradores de energia solar, também será implementada uma unidade produtora de sistemas fotovoltaicos e um centro de distribuição.

O investimento orçado para o projeto é da ordem de R$ 12,4 milhões e será executado integralmente com recursos próprios da empresa. “A escolha do Ceará foi estratégica para a Renovigi tanto pelos programas de incentivo aos renováveis deste estado como também pela infraestrutura. A unidade produtiva ficará dentro do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, o que facilitará que a matéria-prima chegue da Ásia pelos navios que devem atracar no porto. Estamos muito felizes em celebrar essa parceria e temos certeza que vamos contribuir muito para o desenvolvimento do estado”, disse o presidente da Renovigi, Gustavo Martins.


O número de unidades geradoras de energia solar no território cearense mais que dobrou em 2020. No ano passado, o estado registrou mais de 10 mil micro e mini unidades geradoras desse tipo, com crescimento de 130,8% em relação ao ano anterior. O Ceará tem 170,9 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

Unidade do Complexo do Pecém

Segundo a Renovigi, a unidade do Complexo do Pecém será a terceira da empresa no País. As outras duas fábricas estão localizadas em Louveira (São Paulo) e outra em Itajaí (Santa Catarina). A escolha da localização no Ceará mira o potencial de crescimento dos negócios na região Nordeste, onde a empresa possui 535 credenciados, que são os parceiros e integradores da empresa na venda direta aos clientes. E a instalação da unidade produtiva facilitará a logística da fabricante catarinense de kits de geração de energia solar fotovoltaica.

O projeto estima a produção de cerca de 600 sistemas de geração por mês, significando 7.200 sistemas anualmente. A comercialização dos sistemas se dará, preponderantemente, nos estados da região Nordeste, mas em escala menor deverá atender também à região Norte. As duas regiões representam hoje 22% das vendas da companhia. A expectativa é que passem a responder por 30%.

Larissa Falcão – Ascom Casa Civil – Texto
Carlos Gibaja – Fotos

Londrina está entre as regiões metropolitanas com maior potencial de geração de energia através do seu lixo urbano do brasil



A região metropolitana de Londrina aparece num levantamento realizado pela ABREN-Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos entre as capitais com maior potencial de geração de energia do seu lixo urbano.

De acordo com o último senso de 2019 a RM de Londrina tem em torno de 1.120 milhão de habitantes. Cada habitante gera por dia uma média de 820 gramas de lixo. Isso significa que a cidade produz por dia 920 toneladas de lixo por dia e perto de 382.000 toneladas por ano.

A cidade tem com esse volume um custo ambiental passa de 25 milhões de reais por ano com a saúde pública.

Esses números apontados no levantamento da ABREN mostram que a região metropolitana de Londrina é uma região com capacidade para receber a instalação de 2 plantas geradoras de energia com a transformação desses resíduos.

Essas plantas juntas poderiam gerar mais de 22 MWe de potência instalada, totalizando a produção de quase 179.000 MWh/Ano de energia elétrica. A cidade contaria ainda com investimentos de R$ 359 milhões por planta e a geração de 150 empregos diretos nas obras e prosseguimento implantado.

Produtores rurais miram na economia de energia e investem em painéis solares

Energia solar é econômica, segura e de fácil instalação. Maior vantagem é a economia de até 95% nos gastos com a conta de luz.

Produtores rurais miram na economia de energia e investem em painéis solares
Foto: Reprodução/TV TEM

A conta de energia cara, na cidade ou no campo, é uma preocupação constante. Por isso, na zona rural, muitos produtores estão tentando diminuir esse gasto investindo em painéis de energia solar.

A energia solar é econômica, segura e de fácil instalação A maior vantagem é a economia de até 95% nos gastos com a conta de luz.

O investimento deu tão certo que o produtor rural Osmair Ferazin quer ampliar a usina. Afinal, o maior consumo de energia na propriedade é relacionado a irrigação.

A energia gerada pelo sistema é fornecida para a rede da concessionária, que, por meio de um relógio, mede a relação entre consumo e geração de eletricidade. É a partir daí que se dá um esquema de compensação de crédito.


Desde outubro do ano passado, o produtor rural Flávio Manzatto também decidiu apostar nesse tipo de energia e viu uma oportunidade de economizar.

Produtores rurais miram na economia de energia e investem em painéis solares

Ele criou gado de leite por mais de 30 anos, mas este ano decidiu ficar só com os animais para corte. A energia elétrica é usada neste equipamento para triturar o milho e em várias outras atividades, no campo e na casa. Ele mora em Araçatuba (SP) e todo fim de semana vai para a propriedade da família.

O investimento de pouco mais de R$ 40 mil foi parcelado em 40 vezes. Hoje ele paga R$ 1.070 por mês, um valor bem abaixo do que gastava com a conta de energia.

Para quem é produtor e não possui o dinheiro necessário para começar a investir, existem soluções de crédito por meio de linhas de financiamento, como a de Flávio e a de Osmair.

A energia solar fotovoltaica garante um retorno de investimento entre quatro e seis anos e 25 anos de durabilidade nos painéis solares.

O produtor tem sempre que procurar soluções para reduzir os custos, fazer os cálculos e ver o que realmente compensa de acordo com a realidade de cada um.

Por Nosso Campo, TV TEM

Usina de biogás de 4,65 MW no GD inaugurada no Brasil

A TZK Energia constrói e a Clara SA conecta à rede a maior usina de biogás GD do Brasil.

© Perytskyy - stock.adobe.com

A empresa brasileira de telecomunicações Claro SA anunciou na semana passada que conectou à rede a maior usina de biogás de geração distribuída (GD) do país, com capacidade para produzir até 4,65 megawatts médios (MWa).

Construída pelo braço de energia do conglomerado local Grupo Rezek, RZK Energia, a usina de biogás estende-se por 700 m² (7.534,7 pés quadrados) no município de Nova Iguaçu, estado do Rio de Janeiro.

A instalação consiste em um conjunto de quatro motores que são conectados ao aterro municipal da cidade. O biogás será gerado a partir do gás metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2) liberado por resíduos orgânicos em decomposição no aterro.

A saída será destinada ao atendimento da demanda das 2.991 unidades consumidoras que a operadora de telecomunicações possui no estado, entre torres de telefonia e data centers. Com isso, a Claro poderá compensar 15.723 toneladas de emissões de dióxido de carbono (CO2) anualmente.

A usina faz parte do programa de energia limpa da telecom, 'A Energia da Claro', que prevê o uso de energia renovável em todas as operações brasileiras.

Aurora investirá R$ 3 bilhões em geração solar no Norte de Minas

Por Magali Simone

A Aurora Energia vem investindo em vários projetos para a instalação de agrupamentos de painéis geradores de energia solar em Minas Gerais | Crédito: Divulgação

A produção de energia fotovoltaica em Minas Gerais ganhou um incremento de peso na sexta-feira (18). A Aurora Energia, empresa mineira com maior licença ambiental do País, responsável  por mais de 6.000 MWp, vai investir R$ 3 bilhões no cluster 3 “Sertão Veredas”, que faz parte da usina de Arinos, no Norte de Minas.

O cluster é um agrupamento de painéis geradores de energia solar. E de acordo com o CEO da Aurora, Fabrício Lopes, o cluster 3 “Sertão Veredas” é 100% desta empresa. Com o investimento espera-se que o parque de produção fotovoltaica da usina de Arinos seja implantado já em 2022 e passe a operar a partir de 2023.

Leia mais: Aurora investirá R$ 3 bilhões em geração solar no Norte de Minas - Diário do Comércio Em: https://diariodocomercio.com.br/economia/aurora-investira-r-3-bilhoes-em-geracao-solar-no-norte-de-minas

Ceará ganhará a maior usina de hidrogênio verde do mundo, será player global na produção, armazenamento, distribuição e exportação de H2V e milhares de empregos serão gerados no estado

Nordeste – Porto do Pecém – Ceará / Imagem: Divulgação Google
Milhares de vagas de emprego no Ceará! US$ 10 bi serão investidos no Pecém para produção, armazenamento, distribuição e exportação de hidrogênio verde

O estado do Ceará receberá um investimento de US$ 5,4 bilhões da multinacional australiana Enegix Energy. Será construído, em conjunto com o governo do estado do Ceará, o projeto de hidrogênio verde Base One, o qual será implantado a maior usina de hidrogênio verde do mundo e milhares de empregos serão gerados na região. Além disso, uma das líderes globais da indústria de minério de ferro, a mineradora australiana Fortescue Metals Group, também deverá assinar um memorando de entendimento para a construção de um planta de hidrogênio verde no estado. Somados, serão injetados 10 bilhões de dólares em investimentos em H2V, no Nordeste.

O HUB no Ceará tem potencial de ser um dos maiores players de H2V (hidrogênio verde) no mundo, competindo com outros países, que também já iniciaram a implantação, como o Japão, os Estados Unidos, Portugal e Holanda.

Essa é a avaliação de Monica Saraiva Panik, diretora de relações institucionais da ABH2 (Associação Brasileira do Hidrogênio), em relação ao projeto de H2V que o estado do Ceará está implantando – considerado, pelo governo cearense, como o primeiro do Brasil.

A iniciativa, anunciada durante reunião realizada virtualmente na semana passada, tem como objetivo fazer do Ceará um player global na produção, armazenamento, distribuição e exportação de energia renovável.

Milhares de empregos serão gerados no Ceará com as usinas de H2V

De acordo com comunicado da empresa, o Base One criará milhares de empregos durante a construção e empregará centenas de funcionários operacionais, em tempo integral, para gerenciar suas instalações, com benefícios sociais positivos e de longo alcance para a comunidade local e também do estado.

A nova usina terá um potencial de reduzir as emissões anuais de CO2 em 10 milhões de toneladas por ano e se tornará o maior projeto de redução de emissões de carbono do mundo.

“O HUB contribuirá para o desenvolvimento social, econômico, tecnológico e do meio ambiente do estado”, destacou Roseane, acrescentando que as reuniões com empresas globais e locais já se iniciaram.

Porto do Pecém é considerado um ponto estratégico

O Complexo do Pecém é considerado um ponto estratégico, por exemplo, para produção e exportação do hidrogênio verde, uma vez que no local já se encontra um grande número de indústrias que podem consumi-lo.

Duna Gondim Uribe, diretora-executiva Comercial na CIPP (Complexo Industrial e Portuário do Pecém), explicou que o porto possui como vantagens competitivas sua infraestrutura e os benefícios fiscais.

A executiva enfatizou que a estrutura vai funcionar como mobilizador de toda a cadeia de valor, recebendo componentes para plantas de energia eólica offshore, além de propiciar a instalação de painéis solares, usinas de eletrólise, armazenamento de H2, planta de dessalinização e linhas de transmissão de energia.

O intuito, de acordo ela, é que o H2V possa ser consumido não apenas pelas indústrias, mas também usado nos diversos serviços logísticos e na mobilidade urbana.

Exportação do hidrogênio verde no Nordeste

No que diz respeito à exportação, o governo do Ceará afirmou que o Porto de Roterdã tem uma participação no capital do Pecém, além de ser parceiro neste projeto.

A diretora-executiva Comercial na CIPP comentou, ainda, que ideia é que o Porto de Pecém se torne a porta de saída para o hidrogênio verde produzido no Brasil e o de Roterdã seja a porta de entrada na Europa.

Por Flavia Marinho
Fonte: Click Petróleo e Gás

Compra de sucata gera créditos de PIS e Cofins, decide Supremo Tribunal Federal

A compra de sucata (desperdícios, resíduos ou aparas) gera créditos de PIS e Cofins. Esse foi o entendimento firmado pelo Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal, por maioria, ao declarar a inconstitucionalidade dos artigos 47 e 48 da Lei 11.196/2005. O julgamento foi concluído nesta segunda-feira (8/6).

Gilmar Mendes disse que vedação aos créditos gera desigualdade tributária
Fellipe Sampaio /SCO/STF

O artigo 47 proíbe o uso de crédito de PIS e Cofins " nas aquisições de desperdícios, resíduos ou aparas de plástico, de papel ou cartão, de vidro, de ferro ou aço, de cobre, de níquel, de alumínio, de chumbo, de zinco e de estanho" e nos demais desperdícios e resíduos metálicos do Capítulo 81 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados. Já o artigo 48 suspende a incidência de PIS/Cofins no caso de venda de desperdícios, resíduos ou aparas para pessoa jurídica que apure o imposto de renda com base no lucro real, exceto se a vendedora for tributada pelo Simples.

Na ação, a Sulina Embalagens argumentou que a proibição do uso de créditos de PIS e Cofins na compra de sucata fere o dever de proteção ao meio ambiente ao penalizar as empresas que utilizam materiais recicláveis, tornando sua atividade mais onerosa do que a das companhias que adquirem materiais oriundos da indústria extrativista.

Em defesa dos dispositivos, a Fazenda Pública alegou que eles foram engendrados para beneficiar o elo mais frágil da cadeia produtiva, no caso, os pequenos catadores de papel. O Estado também sustentou que a lei suspende a tributação das cooperativas de catadores, repassando o ônus tributário para a fase posterior da cadeia de produção, geralmente ocupada por grandes corporações.

Prevaleceu o voto do ministro Gilmar Mendes. Para ele, a norma prejudica as empresas que vendem sucata. O magistrado apontou que tais companhias pagam 3,65% de PIS e Cofins, e as compradoras têm crédito de 9,25%. Dessa maneira, é mais vantajoso comprar das entidades que contribuem do que das isentas, que não geram créditos tributários.

"Salta aos olhos que, embora o legislador tenha visado a beneficiar os catadores de papel, a legislação provocou graves distorções que acabam por desestimular a compra de materiais reciclados. Hoje, do ponto de vista tributário, é economicamente mais vantajoso comprar insumos da indústria extrativista do que adquirir matéria-prima de cooperativas de catadores de materiais recicláveis", disse Gilmar.

Segundo o ministro, as consequências são ainda mais nocivas quando a fornecedora de sucata é optante pelo Simples. "Neste particular, a lei não prevê isenção tributária para o microempresário ou empresa de pequeno porte e, mesmo assim, proíbe que o adquirente apure créditos de PIS/Cofins. Como resultado, ocorrerá acentuada elevação da carga tributária total, que corresponderá ao somatório das contribuições sociais devidas pelo microempresário e pelo produtor de celulose, sem nenhuma possibilidade de compensação."

Dessa maneira, Gilmar Mendes apontou que há violação ao princípio da isonomia tributária. Além disso, destacou que a norma é incompatível com finalidades que a Constituição Federal almeja em matéria de proteção ao meio ambiente e de valorização do trabalho humano.

Gilmar Mendes votou para declarar a inconstitucionalidade do artigo 47 e, por arrastamento, do 48 da Lei 11.196/2005. O voto dele foi seguidos pelos ministros Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Luiz Edson Fachin, Luiz Fux, Nunes Marques e Ricardo Lewandowski.

A relatora, ministra Rosa Weber, votou pela constitucionalidade da proibição de créditos de PIS e Cofins na compra de sucata. Segundo ela, esse impedimento serve de contraponto à isenção concedida em benefício do fornecedor de materiais recicláveis. Porém, Rosa disse que as empresas optantes pelo Simples devem ter créditos tributários. O entendimento da relatora foi seguido pelo decano, Marco Aurélio.

Por sua vez, o ministro Alexandre de Moraes considerou os artigos 47 e 48 compatíveis com a Constituição.

Já o ministro Dias Toffoli avaliou que apenas o artigo 47 é inconstitucional.

Homenagem a advogado

Em seu voto, Gilmar Mendes homenageou Diogo Sant’ana, advogado e ex-secretário executivo da Secretaria Geral da Presidência da República durante o governo de Dilma Rousseff, que morreu no ano novo.

Em sustentação oral no processo em nome da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (veja abaixo), Santana argumentou que "esta é a principal causa que pode afetar a vida de milhares de catadoras e catadoras ao redor do Brasil ". De acordo com o advogado, o caso era importante para a proteção do meio ambiente e para a inclusão social.

"Esta foi a última sustentação oral apresentada pelo nobre advogado à Corte. Infelizmente, Diogo de Sant’ana partiu sem que pudesse testemunhar que, mesmo diante da notável complexidade da matéria posta, o STF acabou por encampar a tese que defendera com tanta proficiência", apontou Gilmar.

"A brilhante atuação do advogado nesses autos, porém, é uma simples amostra do seu real legado. Nascido na pobreza, Diogo consolidou formação acadêmica de excelência e ocupou cargos de alto escalão no governo federal. Tudo para que, tanto no setor público quanto na advocacia, pudesse o jurista fazer do seu trabalho um instrumento de transformação coletiva solidária. Esse primoroso exemplo de devoção à defesa dos direitos humanos, à promoção da fraternidade e ao tão inspirador respeito a todos que os cercavam é o que motiva essa singela homenagem. A trajetória de Diogo de Sant’ana merecerá sempre a revisitação inspiradora daqueles que sonham em fazer da vida uma rica jornada de passagem."

Clique aqui para ler o voto de Gilmar Mendes
RE 607.109

Por Sérgio Rodas
Fonte: Conjur