A norueguesa Equinor concluiu a compra da empresa polonesa de energias renováveis Wento, por 91 milhões de euros, segundo comunicado desta quarta (5).
Os negócios da Wento incluem um pipeline líquido total de cerca de 1,6 gigawatts (GW) de projetos solares em diferentes estágios de desenvolvimento.
“Esta transação fortalecerá e diversificará nosso portfólio na Polônia, uma área emergente para a Equinor. Isso nos dá uma plataforma de crescimento onshore em um mercado de transição definido para um crescimento significativo de energias renováveis”, disse Pål Eitrheim, vice-presidente executivo de Soluções de Novas Energias da companhia.
Segundo a empresa, essa aquisição está alinhada com estratégia de alcançar gradualmente posições onshore lucrativas em mercados de energia renovável, em busca da liderança na transição energética, além de auxiliar a Polônia nessa transição.
“Estamos ansiosos para crescer em conjunto no mercado de energias renováveis polonês, cumprindo a ambiciosa estratégia de energias renováveis de ambas as empresas”, afirmou Wojciech Cetnarski, CEO da Wento.
Projetos offshore no Báltico e Mar do Norte
Além dos projetos onshore, a Equinor vem fechando grandes negócios offshore na Polônia. O país tem a ambição de desenvolver 5,9 GW de energia eólica offshore até 2030, e até 11 GW até 2040.
Em parceria com a polonesa Polenergia, a companhia está envolvida em três projetos eólicos no Mar Báltico: MFW Bałtyk I, MFW Bałtyk II e MFW Bałtyk III. As duas empresa detêm cada uma 50% de participação nos três projetos.
A companhia norueguesa também está construindo aglomerados eólicos offshore de material no Mar do Norte, envolvendo Reino Unido e Noruega.
Além disso, a Equinor se juntou ao consórcio AquaVentus, que pretende produzir hidrogênio verde alimentado por 10 GW de energia eólica offshore instalada no mar norueguês.
Também no Mar do Norte, a companhia comunicou, em abril, que irá investir na eletrificação de parte de um dos maiores campos de petróleo e gás da região – o Troll West –, em parceria com Petoro, Shell, Total e ConocoPhillips.
O projeto inclui a eletrificação parcial da plataforma Troll B e a eletrificação completa do Troll C. A demanda de energia das plataformas será atendida a partir da costa, o que permitirá que os dois compressores de exportação de gás do Troll C, movidos por turbinas a gás, sejam substituídos por motores elétricos.
A petroleira norueguesa estima uma redução nas emissões de CO2 em quase meio milhão de toneladas por ano, o equivalente a mais de 3% das emissões totais da produção de petróleo e gás na Noruega.