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Fontes hídricas: mais baratas aos consumidores


As fontes hídricas são as que geram a energia mais barata para os consumidores, segundo aponta o presidente da Associação Gaúcha de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas (AgPCH), Roberto Zuch. De acordo com ele, além de pioneiro na área, o RS é exportador de conhecimento e tecnologia para todo o planeta. “Elas não dependem de grandes estruturas de linhas de transmissão, se posicionam próximas do centro de carga, têm pouca perda no transporte e a vida útil mais longa entre todas as fontes”, comenta o presidente da AgPCH.

A AgPCH, utilizando informações divulgadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), afirma que o Rio Grande do Sul tem 5.972 MW de fontes hídricas e é o terceiro estado da federação com maior potencial deste tipo de energia, se posicionando atrás apenas de Mato Grosso e Minas Gerais. O RS tem, atualmente, 150 usinas hídricas em operação, das quais 77 são PCHs, e que geram, no total, 913 MW. “O potencial operatório apenas das PCHs no Estado é capaz de abastecer em torno de 1,8 milhão de residências”, afirma Zuch.

A instalação de uma usina do gênero requer diversos trâmites, especialmente ambientais. O caminho é longo e a demora no licenciamento preocupa permanentemente o setor. Conforme a associação, a lentidão nos processos de implantação das PCHs e CGHs gera um atraso em investimentos que superariam R$ 4 bilhões apenas no Rio Grande do Sul. “O potencial de PCHs em licenciamento atualmente na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) teria a capacidade de dobrar a potência instalada atualmente em operação no RS”, salienta o presidente da AgPCH.

A vantagem desta tecnologia, aponta ele, é que elas não dependem de grandes estruturas de linhas de transmissão, além de estarem posicionadas próximas dos centros de carga, têm pouca perda no transporte e logística e vida útil mais longa entre todas as fontes. “Usinas hídricas instaladas aumentam o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município onde estão situadas”, afirma Zuch. Há um círculo virtuoso relacionado a esta instalação, que gera, reforça a AgPCH, incentivo ao turismo, criação de empregos, atração de indústrias, melhoria na infraestrutura local e melhores oportunidades de negócios para toda a cadeia produtiva.

Conferência Nacional de PCHs CGHs discute energia renovável em Curitiba

(Dino)

As fontes de energia limpa e renovável com enfoque em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) serão debatidas entre os dias 08 e 10 de maio, no Salão de Atos do Parque Barigui, em Curitiba.

A capital paranaense irá sediar a 3ª edição da Conferência Nacional de PCHs e CGHs – evento realizado pela Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch) – e que reunirá empreendedores do setor, autoridades do governo e especialistas.

As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) são empreendimentos de 5 até 30 megawatts (MW) de potência. Já as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) vão de 1 até 5 (MW) e os seus reservatórios devem ter menos de 13 km² de área.

Números – Ao todo, o Brasil conta com 1.124 PCHs e CGHs em operação, que geram 420 mil empregos diretos. Porém, 493 empreendimentos aguardam licenciamento ambiental estadual para obtenção de autorização ou outorga junto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Considerando aquelas em operação, em construção, em estudos e inventariadas, totaliza-se algo em torno de 3 mil plantas.

Apenas para os projetos que podem ser viabilizados no Brasil – 737 CGHs e 1069 PCHs e que somam 1806 centrais – os investimento previstos são da ordem de R$ 49 bilhões. As PCHs estão situadas em 3º lugar entre as fontes de energia do país com 5.943 MW gerados.

De acordo como presidente da diretoria executiva da Abrapch, Paulo Arbex, durante o evento serão discutidas medidas a serem apresentadas ao novo governo. “A política equivocada dos últimos 20 anos resultou em um aumento explosivo de 450% acima da inflação nas tarifas de energia para a sociedade, um aumento de 700% nas emissões do setor elétrico, desemprego e desindustrialização”, enumerou.

Ele lembrou que os países mais desenvolvidos do mundo apoiam seus pequenos empreendedores e esgotaram seu potencial hidrelétrico antes de partirem para fontes fósseis e outras menos eficientes.
Demandas do setor – Entre as principais demandas da Abrapch estão a manutenção do mercado, ampliar a informação sobre os benefícios ambientais e sociais dos empreendimentos e a desburocratização do processo de licenciamento ambiental, tendo em vista que o tempo de espera para o licenciamento das PCHs tem sido, em média, de nove anos.

“Estes são temas fundamentais para que possamos garantir os investimentos em PCHs e reduzir os custos da energia no Brasil”, afirmou o presidente do Conselho Administrativo Abrapch, Valmor Alves.

A Conferência tem como objetivo fomentar o debate técnico e discutir aspectos regulatórios, socioambientais, econômicos e políticos da implantação e operação de PCHs e CGHs.

Programação – A programação está dividida em workshop, sessões executivas e plenária, abordando segurança de barragens e previsibilidade de acidentes, projeções econômicas para o setor e leilão de energia, licenciamento e gestão sócio ambiental, comunidades vizinhas, financiamentos e captação de recursos, políticas públicas para o fomento de PCHs e CGHs.

Inaugurações – Durante a Conferência será lançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa das PCHs e CGHs, na Câmara Federal, e do Bloco Parlamentar das Energias Renováveis, na Assembleia Legislativa do Paraná.

Já a cidade de Curitiba ganhará da Abrapch uma central geradora hidrelétrica, que irá gerar 30 kilowatts de energia para abastecer toda a iluminação do Parque Barigui. A turbina, que está sendo instalada no lago do Parque, é utilizada em baixas quedas para geração de energia e contribui para melhoria da fauna aquática e nível de oxigênio da água. A inauguração será no dia 10 de maio, às 12h30 .

Cenário Nacional – O Brasil é o terceiro maior gerador de energias renováveis – aquelas que não liberam resíduos ou gases poluentes na atmosfera – de todo o planeta, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). O último relatório da Secretaria de Energia Elétrica (SEE) do Ministério de Minas e Energia (MME), apontou que até 2018 as energias limpas somaram 82,2% do total produzido no Brasil, sendo que mais de 70% são representadas pelas hidrelétricas.

Serviço:
3 ª edição da Conferência Nacional de PCHs e CGHs
Data : 08 a 10 de maio

Brasileiros criam mini-hidrelétrica que permite gerar energia elétrica em casa


Dois jovens curitibanos desenvolveram uma inovação tecnológica que traria tranquilidade a muitos brasileiros: o sonho da usina elétrica própria. Conforme apurou a Tribuna do Paraná, os engenheiros mecânicos Felipe Wotecoski, 31, e Juliano Rataiczyk, 30, desenvolveram um equipamento capaz de gerar energia no quintal de casa com impacto reduzido ao meio ambiente.

Com o tamanho similar ao de um fogão de quatro bocas, a microusina é capaz de gerar até 720 Kilowatts/hora por mês, energia suficiente para abastecer de três a quatro residências e ainda devolver um pouco de energia à rede elétrica. A economia, com essa quantidade de energia, é de aproximadamente R$ 500 mensais com a conta de luz, de acordo com os engenheiros.

A alternativa é sustentável e parte do princípio da energia renovável. “As megausinas hidrelétricas são muito grandes e difíceis de gerenciar. A ideia é descentralizar esta produção, com equipamentos simples de instalar, operar e fazer manutenção, para dar conta da crescente demanda de energia que temos visto a cada ano. Temos cada vez mais aparelhos eletrônicos dentro de casa”, conta Felipe.


Limitação geográfica

Embora seja inovadora, a ideia das microusinas tem uma limitação: para instalar uma do tipo em casa, é preciso ter uma fonte de água perto da propriedade – um rio ou riacho, até mesmo um vertedouro, ou seja, uma disponibilidade mínima de água – e uma queda natural de pelo menos 15 metros de altura, para que a correnteza tenha força suficiente para acionar a turbina da usina.

Conforme Felipe Wotecoski, um dos criadores do equipamento, nestas condições, o fluxo de cinco litros de água por segundo é suficiente. É uma quantidade pequena, visto que uma descarga consome nove litros por segundo. Um cano de PVC de tamanho médio (40 milímetros) poderia ser suficiente. Mas, para evitar travamentos no caminho e a água fluir mais rápido, os engenheiros optaram por utilizar um cano maior, como os usados em instalações sanitárias de uma residência. Indústrias que possuem pontos de água sob pressão também podem ter os equipamentos.


A operação para instalação da usina é simples: é preciso substituir o relógio comum da concessionária de energia por outro bidirecional, que mede a quantidade de energia usada na rede da operadora e o volume devolvido à rede.

O relógio calcula a diferença e, se a pessoa consumiu mais energia da rede do que da microusina, paga só esta diferença.

Mas se não consumiu nada da rede e ainda jogou energia da micro usina para ela, vai ganhando créditos, que podem ser usados ao longo de 60 meses. O usuário pode aproveitar estes créditos em quaisquer outros imóveis sob o mesmo CPF ou CNPJ.

E o que sobra da energia produzida é jogada de volta na rede, que pode ser usada pela vizinhança (igual como acontece com outros sistemas, como os de energia solar e eólica). Uma micro usina hidrelétrica “caseira” pode ter quantos módulos forem necessários, multiplicando a produção. E a vantagem de ter mais módulos é que, se um dos equipamentos para de funcionar por algum motivo, os outros continuam suprindo a demanda, pois apesar de interligados, agem independentes.


O custo da instalação de cada módulo é de R$ 19.900, mas o valor reduz se forem instalados mais do que um. E a expectativa é que o custo reduza em breve, tão logo as encomendas e a produção em série aumente.

Quem já enxerga as vantagens do projeto é o empresário Daniel Collere. Ele mora no município de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, e tem uma chácara em Antonina. Foi na chácara dele que os jovens engenheiros instalaram os primeiros protótipos, testaram e conseguiram as devidas licenças e homologações para produzir e comercializar as micro usinas em larga escala.

Daniel conta que o fornecimento de energia na região, à beira do Rio do Nunes, é muito instável, principalmente quando chove ou venta muito. E a chegada do equipamento hidrelétrico veio em boa hora. Reduziu as perdas de aparelhos elétricos queimados (antena parabólica, antena da Sky, geladeira, etc.) e deu um “alívio” pro bolso. “Vou para lá só aos fins de semana. Mas fim de tarde e noite sempre falta luz. Ficávamos à luz de velas. Chegava até a ser romântico”, brinca Daniel, que gasta cerca de 300 Kw/h por mês na propriedade. A usina é capaz de pagar a conta de luz da chácara e ainda manda créditos para abater da residência do empresário, em Colombo.


“É um investimento que, pra mim, se paga em menos de três anos. É um projeto legal e que ainda ajuda a natureza. Tenho tanques de peixes e, antes, eu oxigenava a água com a queda natural da água, de um rio que passa em cima da chácara. Como agora a água passa pela turbina da micro usina, desce bem mais oxigenada para o tanque. E o equipamento não altera em nada as propriedades da água, nem polui”, afirma ele, que conseguiu otimizar a produção de tilápias.

Startup

A Metha, empresa aberta por Felipe e o sócio Juliano para o desenvolvimento da microusina, foi a única do Paraná selecionada no programa Empresa Brasileira de Inovação e Pesquisa (Finep) para receber R$ 1 milhão, dinheiro que irá permitir à startup instalar sua linha de montagem e selecionar distribuidores do equipamento em todo o país.

A iniciativa está sendo desenvolvida dentro do Vale do Pinhão, o movimento da Prefeitura e do ecossistema de inovação da capital para tornar Curitiba a cidade mais inteligente do país, e acelerado pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná).

Via Haus.

EPE habilita 64 projetos para o 1º Leilão de Reserva


A Empresa de Pesquisa Energética habilitou 64 projetos dos 133 cadastrados anteriormente para o 1º Leilão de Energia de Reserva, que deve acontecer no dia 23 de setembro. Do total, 47 são Pequenas Centrais Hidrelétricas e 17 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs). Essa é a primeira vez que a energia das CGHs será comercializada em leilões do governo.

Ao todo, segundo a EPE, foi habilitada uma oferta de 641 MW, mas o total de energia disponível no leilão dependerá ainda do depósito das garantias de participação, que será feito na Agência Nacional de Energia Elétrica até 13 de setembro de 2016. A energia comercializada terá início de suprimento em 1º de março de 2020 pelo prazo de 30 anos. O preço-teto estabelecido para o leilão foi de R$ 248/MWh.

Pela primeira vez, a EPE está publicando os motivos que levaram à inabilitação de projetos. No documento também é explicada a metodologia de contabilização, antes aplicada apenas às usinas eólicas e fotovoltaicas e agora estendida às PCHs e CGHs, com o objetivo de minimizar o risco do negócio. Por essa metodologia, o empreendedor terá maior flexibilidade na geração de energia, sendo possível compensar períodos de baixa e alta produção.

Fonte: Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Planejamento e Expansão

Primeiro leilão de reserva terá preço inicial de R$ 248/MWh para PCHs e CGHs

Certame destinado a PCHs e CGHs está previsto para 23 de setembro de 2016.

Por Sueli Montenegro

A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou o edital do primeiro leilão de reserva de 2016, que será destinado exclusivamente a pequenas centrais hidrelétricas (até 30 MW) e a centrais geradoras hidrelétricas (até 3 MW). O preço teto dos contratos por quantidade desses empreendimentos será de R$ 248/MWh.

O certame está previsto para o dia 23 de setembro, quando serão negociados contratos com início de suprimento em 1º de março de 2020. Estão inscritas para leilão 73 PCHs com 889 MW de potência total e 60 CGHs, com 96 MW.

No caso da CGHs, a novidade é que será exigida a outorga para eventuais vencedoras do leilão. Pelas regras atuais, esses empreendimentos precisam apenas de um registro simplificado na Aneel para produzirem energia.

O governo planeja um segundo leilão de reserva para 16 de dezembro. Ele vai incluir empreendimentos de fontes solar e eólica. A Empresa de Pesquisa Energética cadastrou 1.260 projetos no total para os leilões deste ano.