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A energia solar entra no leilão brasileiro do estado não interconectado de Roraima

Brainin, pixabay

Embora apenas dois dos nove projetos selecionados no leilão sejam para usinas híbridas de biomassa e energia solar, sete dos projetos premiados serão realizados com fontes de energia renováveis. O maior projeto selecionado, no entanto, é uma usina termelétrica a gás de 126 MW, localizada em Boa Vista.

A Agência Brasileira de Energia Empresa de Pesquisa Energética (EPE) anunciou os resultados do leilão de energia realizado em 31 de maio pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para o sistema elétrico isolado de Boa Vista e as localidades conectadas no estado. norte de Roraima.

Segundo a agência, a CCEE contratou nove projectos, que representam 294 MW de capacidade de geração de energia para o fornecimento de 6402.5 GWh a partir de 28 de junho de 2021. Em geral, esses novos recursos graças a um investimento total previsto será implantado R$ 1,62 bilhão. (US$ 414,5 milhões).

A EPE já havia pré-qualificado 156 projetos com capacidade total de 6 GW para o leilão. "O interesse dos desenvolvedores em apresentar soluções alternativas para o diesel mostrou que há espaço para fontes renováveis ​​entrarem nos Sistemas Isolados de maneira competitiva", destacou a EPE em seu comunicado.

As energias renováveis, por outro lado, foram capazes de garantir sete dos projetos premiados, incluindo quatro projetos de biomassa, totalizando 40 MW na parte norte de Roraima; outro projeto de biomassa e um projeto híbrido de biomassa-fotovoltaica na região sul do estado; e um projeto híbrido de biomassa, solar e armazenamento em Boa Vista, que é a capital de Roraima.

PPA's mais longas para renováveis

Apesar do fato de que as energias renováveis ​​vieram garantir o maior número de projetos, a maior usina elétrica selecionada no leilão é uma planta de gás de 126,2 MW que será alimentada com gás natural da região amazônica. Projetos baseados em energias renováveis ​​receberão um PPA por 15 anos, enquanto aqueles que ainda usam diesel terão um contrato de 7 anos.

O leilão terminou com um preço médio de US$ 833,00 R (US$ 213,6 / MWh), com uma média de 22,7% de desconto em relação ao preço máximo de US$ 1,078.00 R / MWh.

Por meio do leilão, o governo brasileiro pretende criar uma nova capacidade de geração de energia na região após 2021, quando o contrato de fornecimento do maior fornecedor de eletricidade do estado, o Corpelec, com sede na Venezuela, expirará. Em vez de depender do fornecimento de energia de uma área instável, o Brasil preferiu a implantação de novas capacidades de geração com uma parcela crescente de energia limpa.

Cientistas apresentam solução energética barata para Roraima


Cientistas ambiental e do setor elétrico descobriram a solução para o abastecimento de energia do estado de Roraima sem destruir parte da reserva indígena dos Waimiri-Atroari, na BR-174 (Manaus-Boa Vista), por meio do Linhão de Tucuruí (PA), passando pela capital do Amazonas.

De acordo com o estudo dos especialistas, trata-se da geração de energia solar fotovoltaica (foto) muito mais barata do que o linhão. As informações são do Ministério Público Federal (MPF).

O MPF recebeu nota técnica assinada pelos três especialistas em sistemas energéticos de universidades brasileiras na qual apontam a geração de energia solar fotovoltaica centralizada como alternativa para garantir a segurança energética do estado de Roraima.

Segundo o estudo, a linha de transmissão de energia entre Manaus e Boa Vista, que faz parte do chamado Linhão de Tucuruí e vem sendo defendida pelo governo federal como única saída para o problema, não é a opção mais rápida nem mesmo mais barata para oferecer uma solução urgente.

A nota técnica é assinada pelo doutor em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professor da Fundação Universidade Federal de Rondônia, Artur de Souza More; pelo doutor em Sistemas de Potência e especialista em Planejamento Energético pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Ricardo J. Fujii; e pelo geógrafo, mestre em Ciências Ambientais e especialista em energia pelo Greenpeace Brasil, Marcelo Laterman Lima.

A necessidade de rapidez na solução para evitar eventual desabastecimento de Roraima devido à crise na Venezuela – hoje, mais da metade da energia consumida no estado é fornecida pela hidrelétrica de Guri, no norte do país vizinho, é o principal argumento alegado pelo governo brasileiro para relativizar a necessidade de consulta prévia, livre e informada ao povo indígena Waimiri-Atroari e a realização de estudos de impacto ambiental de forma integral.

Fonte: MPF

Refugiados venezuelanos ganham abrigos da Ikea com energia solar e que são montados em 4 horas

Ao todo foram montadas 120 unidades habitacionais na capital de Roraima.UNIDADES HABITACIONAIS INSTALADAS PARA REFUGIADOS VENEZUELANOS EM BOA VISTA (FOTO: REPRODUÇÃO/ ACNUR)

No final de julho mais um abrigo para refugiados foi inaugurado em Boa Vista, capital de Roraima. Diferente dos que já existiam na cidade, o novo local é fruto de uma parceria entre o governo brasileiro e a Acnur, agência da ONU para Refugiados. O objetivo é acolher temporariamente algumas famílias de venezuelanos que estavam vivendo em situação de maior vulnerabilidade nas ruas da cidade. A seleção foi feita por equipes da agência e das Forças Armadas.

Projetados pela Ikea, a empresa sueca que é gigante no mercado de móveis, o abrigo leva o nome de Rondon I e conta com 120 unidades habitacionais, conhecidas como Better Shelter. Cada residência comporta até seis pessoas e o material utilizado na sua confecção é o poliuretano, material mais leve que facilita a montagem e desmontagem. Além disso, os abrigos possuem quatro janelas, divisória e são alimentados com energia solar. A montagem de cada uma das casas leva em média quatro horas e esse trabalho é feito manualmente.

Essas unidades habitacionais são utilizadas pela Acnur durante operações humanitárias em diversos lugares do mundo. Projetadas na Suécia, as que foram instaladas em Boa Vista são as primeiras da América Latina. Segundo a Acnur, o material usado para erguer as casas é adaptado de acordo com a realidade de cada lugar. Em Bangladesh, por exemplo, elas são feitas de bambu.

O abrigo Rondon I é coordenado pela AVSI, organização parceira do Acnur, e pelas Forças Armadas. Está é responsável pela infraestrutura física do local e por fornecer segurança, alimentação, atendimento médico e transporte.

Crise

Há três anos, o estado de Roraima tem recebido um número cada vez maior de imigrantes venezuelanos fugidos da grave crise econômica e política que assola o país governado por Nicolás Maduro. A estimativa é de que 500 pessoas por dia cruzem a fronteira da Venezuela com o Brasil pela cidade de Paracaraima.

Fonte: Época

Painéis solares substituem diesel e levam eletricidade a indígenas

Posto de saúde, escolas e casas agora têm energia 24 horas por dia

Os indígenas da comunidade Darora já não dependem mais do óleo diesel para ter garantido o seu suprimento de energia elétrica.

Localizada a cerca de 80 km ao norte do centro de Boa Vista(RR), na porção sul da reserva indígena São Marcos, a comunidade foi escolhida para ser o projeto-piloto de um programa que vai levar energia limpa e sustentável a várias áreas remotas da região.

Os quatro enormes painéis foram instalados em meados do ano passado e começaram a funcionar parcialmente em setembro. Em março deste ano, já operando com força total, foram inaugurados oficialmente.

Com eles, o posto de saúde, as duas escolas (uma estadual e uma municipal) e várias casas têm energia 24 horas por dia. Antes, a eletricidade vinha de um gerador, que funcionava apenas algumas horas por dia e consumia 1.500 litros de diesel por mês.

AUMENTO DA DEMANDA

O projeto-piloto foi tão bem-sucedido que precisará ser ampliado em breve para responder ao aumento da demanda. Com a garantia de energia constante, os indígenas passaram a utilizar mais eletrodomésticos.

“O dimensionamento das placas solares foi feito para atender à demanda de energia que havia àquela época na comunidade. Mas, com o sucesso do projeto, a demanda energética foi crescendo, porque a comunidade viu que estava funcionando. Agora precisaremos instalar mais painéis para aumentar a oferta de energia”, explica Marlon Buss, secretário de Agricultura e Assuntos Indígenas de Boa Vista.

A primeira tuxaua (líder local) de Darora, Beni, se mostra entusiasmada com o projeto implantado pela Prefeitura de Boa Vista em sua comunidade.

“Está dando muito certo. Agora temos energia a qualquer hora. Os alunos podem, por exemplo, usar os computadores das escolas o dia todo”, afirma.

Nas duas escolas da reserva indígena, além das aulas tradicionais, as crianças também aprendem o macuxi, língua falada por seus ancestrais.

Em Darora, nome de uma árvore da região, vivem 276 pessoas, divididas em 47 famílias.

Fonte: Folha de São Paulo

Sudam: crédito para renováveis deve trazer mais investimentos para região Norte

Uso de financiamento do FNO e FDA vai gerar empregos e melhorar PIB regional.


Por Pedro Aurélio Teixeira

A decisão do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia de incluir o financiamento de pequenas centrais hidrelétricas, parques eólicos e centrais fotovoltaicas, pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, e o investimento em projetos de infraestrutura urbana, pelo Fundo de Desenvolvimento da Amazônia pode trazer um novo ciclo de investimentos para a região. 

De acordo com o Superintendente da Sudam, Paulo Roberto Correia da Silva, as condições oferecidas pelo FNO e FDA vão propiciar que um número maior de empresas se instalem na região, contribuindo para a geração de renda e aquecendo a economia. "O aumento da demanda pelos recursos dos Fundos vai permitir a otimização do uso desses recursos, principalmente no caso do FDA, que por ser um Fundo orçamentário, os recursos não utilizados no exercício retornam para o Tesouro Nacional", explica.

O veto a projetos de energia vigorava desde 2012. Correa da Silva acredita que a linha vai resultar na atração de outras melhorias para os estados da região, uma vez que a implantação dessas usinas traz a reboque mais investimentos. "Sendo o setor energético de capital intensivo, não gera por si só grande número de empregos, a não ser na implantação, porém gera outras externalidades, dentre as quais a atração de novos investimentos geradores de emprego e renda e o aumento do PIB regional", avisa.

As usinas movidas a biomassa e as pequenas centrais hidrelétricas tendem a ser as fontes que mais vão demandar pedidos de acesso às linhas de crédito.

Segundo Correia da Silva, a Sudam tem recebido várias consultas não oficiais para essas fontes. As linhas já estão disponíveis para 2016. Os empreendedores que quiserem ter acesso ao crédito do FDA deverão apresentar consulta prévia à Sudam. Caso a consulta seja aprovada, o investidor vai receber um Termo de Enquadramento e vai negociar com os agentes operadores a apresentação para análise do projeto definitivo. Se o projeto for aprovado pelo agente operador, a Sudam decidirá a participação do FDA no projeto. Para o FNO, o interessado deve ir até a agência mais próxima para receber orientações para elaboração de projeto de viabilidade técnico econômico financeiro e se há enquadramento nos limites institucionais.

O superintendente conta que o financiamento já está disponível. Para acesso ao financiamento do FDA, os recursos deverão ser de no mínimo 20% e o fundo entra com 50% a 60% do investimento total do projeto, sendo 50% se ele estiver em áreas não prioritárias e 60% se forem prioritárias. As áreas prioritárias são as microrregiões de baixa renda, estagnada e dinâmicas definidas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional. Os encargos financeiros serão de 9,5% ao ano para projetos localizados em áreas prioritárias e 10,5% ao ano para áreas não prioritárias. A carência é de até um ano após o projeto entrar em operação.

Já no caso do financiamento pelo FNO, a participação dele deve chagar até 60% do investimento total do projeto e os juros serão de 11,18% para projetos de pequeno e médio porte e de 12,95% para os de grande porte. O financiado tem até 20 anos para pagar, incluída a carência de até 4 anos, por se tratar de financiamento destinado a empreendimentos de infraestrutura. O crédito das linhas está disponível apenas para projeto de geração de energia. Segundo o superintendente, há a intenção de incluir a transmissão de energia.

Fonte: Investimentos e Finanças