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Entenda os problemas das turbinas eólicas da Siemens Gamesa no Brasil

Defeito nos aerogeradores da fabricante hispano-alemã já tiveram impacto em dois parques no país; em todo o mundo, prejuízo é estimado em mais de 1 bilhão de euros.


Conjunto Eólico Santo Agostinho, da Engie, no Rio Grande do Norte (Foto: Divulgação)


A Siemens Energy já perdeu um terço do valor de mercado desde que admitiu a descoberta de componentes defeituosos nas turbinas eólicas fabricadas pela subsidiária Siemens Gamesa. As falhas têm um custo estimado pela empresa em pelo menos 1 bilhão de euros (R$ 5,4 bilhões) e levarão anos para serem corrigidos em todo o mundo.

As turbinas defeituosas também afetaram o mercado brasileiro. AES Brasil e Engie estão analisando as causas de avarias em turbinas eólicas em seus parques no Ceará e Rio Grande do Norte, respectivamente. Os incidentes ocorreram em momentos diferentes – na AES em maio, na Engie em 5 de julho –, mas em comum têm a fornecedora dos equipamentos, a Siemens Gamesa.


Quais são os defeitos nas turbinas?

A Siemens encontrou problemas de qualidade em componentes como as pás e os rolamentos de seus aerogeradores onshore, especialmente nas plataformas mais novas, como o modelo 5X.

A empresa tem 108 GW de turbinas onshore em operação e instalação e estima que entre 15% e 30% podem ser afetadas.

As falhas foram percebidas durante uma revisão que detectou uma “vibração anormal de alguns componentes” e problemas no design dos produtos, que não foram especificados, segundo a Reuters.
Qual o prejuízo estimado para a Siemens Gamesa?

As falhas têm um custo estimado pela empresa em pelo menos 1 bilhão de euros (R$ 5,4 bilhões) e levarão anos para serem corrigidos em todo o mundo.
Que empresas foram afetadas no Brasil?

Até o momento, a AES Brasil e a Engie confirmaram avarias em turbinas eólicas da Siemens Gamesa no país.


Quais parques eólicos tiveram problemas?

Conjunto Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, e eólica Santos, no Complexo Eólico Mandacaru, no Ceará.


Quais problemas ocorreram?

O caso mais recente foi da Engie, em 5 de julho, revelado pela Mover. A avaria ocorreu em uma das pás de um aerogerador de 6,2 MW de potência recém-comissionado e em fase de testes no Conjunto Eólico Santo Agostinho.

O complexo em construção desde 2021 nos municípios de Lajes e Pedro Avelino, no Rio Grande do Norte, está parcialmente em operação, com 13 turbinas. Com investimentos de R$ 2,3 bilhões, quando o complexo estiver concluído, terá capacidade instalada de 434MW, com 14 parques eólicos e um total de 70 aerogeradores.

O incidente da AES Brasil aconteceu em maio, em uma das turbinas do parque eólico Santos, que faz parte do Complexo Eólico Mandacaru, no Ceará. Uma turbina teria pegado fogo.


Complexo Eólico Mandacaru, da AES Brasil no Ceará, com 108,1 MW de capacidade (Foto: Divulgação)


As empresas vão trocar de fornecedor?

A Engie afirmou que está avaliando as causas do incidente, mas não estuda trocar de fornecedor.

Em nota, a companhia informou que está conduzindo, preventivamente, uma avaliação detalhada em 13 turbinas em operação e outras cinco em comissionamento – total de aerogeradores que possuem o mesmo fornecedor da pá sinistrada.

“As causas do incidente, com danos apenas materiais, estão em criteriosa investigação técnica junto ao fornecedor do equipamento. A área onde os aerogeradores são instalados é rigorosamente isolada, sem oferecer riscos às equipes de trabalho”.

Já a AES informou, também em nota, que faz parte da sua estratégia “realizar o turnaround dos ativos adquiridos, o que implica em um momento de reestruturação e retomada, visando melhorar significativamente o desempenho da empresa, especialmente após uma nova aquisição, como foi o caso do Complexo Eólico Mandacaru”.

A companhia destacou que é responsável pela operação e manutenção dos aerogeradores do complexo, contando com o suporte técnico da Siemens Gamesa, “que não tem sido afetada pelas declarações mencionadas anteriormente”.


O que diz a Siemens?

O presidente-executivo da divisão Siemens Gamesa, Jochen Eickholt, disse a jornalistas em uma teleconferência no final do mês passado que “Este é um revés decepcionante e severo”. A companhia admitiu os problemas e afirmou que está tomando as medidas necessárias para consertar os defeitos.

Procurada pela agência epbr, a Siemens Gamesa confirmou que uma das pás da turbina eólica do parque Santo Agostinho quebrou no dia 5 de julho.

“Não houve feridos e uma zona de segurança ao redor da turbina foi estabelecida. A Siemens Gamesa imediatamente iniciou uma investigação interna para determinar a causa raiz deste incidente. Até que a análise seja concluída, não podemos especular sobre a causa do incidente”, diz a nota.


Desenvolvimento de Projetos de Carbono - Entenda um pouco mais!



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Potencial a ser explorado na energia eólica


O Atlas Eólico do Rio Grande do Sul, produzido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), de 2014, aponta grande potencial de usinas onshore e offshore. Foto: Alina Souza

As usinas eólicas são realidade há tempos no Rio Grande do Sul e, dadas suas características de instalação, são offshores, dentro do mar, nearshores, em lagoas, ou em terra firme, as onshores. De acordo com o Sindienergia-RS, a capacidade de abastecimento de uma usina do gênero está na base de 40 GW no mar e 10 GW em lagos. Para reduzir o impacto ambiental e nas comunidades, um grupo de trabalho integrado pelo sindicato está em contato permanente com a população de onde potencialmente pode haver usinas instaladas, bem como órgãos ambientais, como Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e Ibama, a fim de buscar soluções conjuntas e que minimizem ao máximo os riscos.

Atualmente, 13 entidades integram o GT e há pelo menos dois grandes projetos do tipo sendo estudados no litoral gaúcho, por parte da empresa Ocean Winds, cujo memorando foi assinado com o governo gaúcho no mês passado. No trecho norte, a Marinha de Tramandaí tem potencial de gerar até 700 MW e, no Litoral Sul, o Ventos do Sul poderá gerar até 6,5 GW. A intenção é replicar no Estado as iniciativas que deram certo em outros países e, para isso, o Sindienergia-RS esteve na Europa e presenciou complexos similares que também utilizam a força dos ventos para a geração energética.

“O ideal é que consigamos atrair a indústria associada a estas usinas, porque otimizamos bastante em termos de tempo, composição financeira e no meio ambiente. Além do ganho sustentável, há um ganho de geração de energia, pois passamos a exportar energia limpa”, afirma a diretora de Operações e Sustentabilidade do Sindienergia RS, Daniela Cardeal, que integrou o fórum promovido pelo Correio.

O Atlas Eólico do Rio Grande do Sul, produzido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e publicado em 2014, apontava que havia “um grande potencial a ser explorado”, tanto de usinas onshore quanto offshore, com 103 GW a 100 metros de altura, em locais com velocidades de vento superiores a 7 metros por segundo, equivalente a 25,2 quilômetros por hora. Estas localizações cobriam, segundo o Atlas, 39 mil km² do Estado. Já no caso das offshores, são mais de 600 quilômetros de extensão de litoral e uma zona econômica exclusiva que cobre mais de 200 mil quilômetros quadrados de área do Oceano Atlântico.

A capacidade instalável no mar gaúcho é estimada em 80 GW a 100 metros de altura, com mesma velocidade do vento. Ainda segundo o Atlas, as usinas onshore no RS têm potencial energético de produção de 382 terawatts-hora (TWh) por ano e as offshore 305 terawatts-hora (TWh) por ano no mar e 124,9 TWh nas três principais lagoas (dos Patos, Mirim e Mangueira). “Temos uma capacidade energética de produção no mar equivalente a 50 usinas hidrelétricas de Itaipu”, disse no evento o oceanólogo Henrique Ilha, chamando este modelo de “nova revolução”. A eletricidade gerada no Brasil todo em 2020 foi de 621 TWh, de acordo com o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2021, divulgado pelo EPE.

Bahia ganha nova fábrica de pás eólicas de uma das maiores fabricantes renováveis do mundo, com previsão de gerar 1.700 empregos nos próximos anos

Torres de energia eólica - crédito: RenewableNEws

Com o fim da missão internacional, governador da Bahia garante novo empreendimento de pás eólicas que promete gerar novos empregos e renda ao estado

Após o encerramento de sua missão internacional pelos países como Alemanha, Cazaquistão e República Tcheca, o governador do estado da Bahia, Rui Costa, na última quinta-feira (28), esteve em uma reunião com a Sinoma, uma grande empresa chinesa que é líder mundial nos segmentos de material de construção e vidros, além de ser uma das maiores fabricantes de equipamentos destinados à produção de energia eólica do mundo. Durante a reunião, foram discutidos diversos detalhes sobre a implantação de uma fábrica de pás para turbinas eólicas na Bahia. As pás eólicas são as principais responsáveis pela geração de energia elétrica limpa e renovável, a partir da rotação oriunda dos ventos.

Proposta inicial contempla parque eólico de 35 mil metros quadrados

De acordo com o governador da Bahia, a proposta primária é a implantação de uma unidade com cerca de 35 mil metros quadrados, além da instalação de quatro linhas de produção de pás, em Camaçari, para que atenda a demanda nacional e internacional.

A princípio, estima-se que sejam gerados em torno de 500 empregos podendo chegar a 1.200, de acordo com a expansão e ampliação que será realizada três anos após o início do funcionamento da fábrica de pás eólicas. Rui Costa participou de uma videoconferência com os executivos da empresa na sede chinesa e também no escritório do Brasil, em São Paulo.

O governador da Bahia se colocou à disposição e ofereceu todo apoio necessário para que o projeto seja implementado. Rui afirmou que é de extremo interesse ter a fábrica de pás eólicas implantada na Bahia e que só faltam apenas alguns detalhes para que o projeto se concretize. Rui concluiu dizendo que o Estado dará total apoio para que tudo aconteça o mais rápido possível.

Parceria entre Bahia e China promete impulsionar ainda mais o mercado de energias renováveis no Brasil

A fábrica de pás eólicas em Camaçari, região metropolitana de Salvador, será a primeira do ramo que a empresa implantará fora da China. E a Bahia foi escolhida por possuir todas as condições necessárias para a instalação de uma unidade tão importante como esta, tais como o terreno adequado, a estrutura logística de estradas e também de portos. Já existem diversos parques eólicos no estado da Bahia, algo que tem gerado uma alta nos empregos e na movimentação da economia do estado.

Outras parcerias importantes entre a Bahia e países estrangeiros

Rui Costa também conseguiu firmar algumas parcerias científicas com um instituto de tratamento de Câncer e a Universidade Técnica da Tchéquia, com o intuito de fazer uma interligação entre profissionais da saúde, para uma troca de experiências e formação. Após 12 dias de missão internacional, o governador da Bahia considerou positiva sua jornada em busca de mais parcerias para o estado.

Segundo Rui, a missão internacional foi um período muito trabalhoso em que literalmente venderam o potencial da Bahia, com o intuito de conseguir novos investimentos.

Além disso, o governador concluiu dizendo que conseguiu mostrar que o estado baiano possui as melhores condições e os melhores trabalhadores do Brasil para operar esse tipo de empreendimento e que o estado está totalmente aberto a iniciativas produtivas que possam gerar novos empregos e renda, melhorando a qualidade de vida do povo baiano.

Força eólica desenvolverá resíduos de Karadiyana para usina de energia

A Windforce, a maior empresa de energia de capital aberto do Sri Lanka, tem como objetivo acelerar o desenvolvimento da Usina Elétrica de Resíduos em Energia de Karadiyana. A empresa assinou um contrato de compra e venda de ações com a Fairway Holdings para o controle da Fairway Waste Management.

© Windforce

Famosa por introduzir uma tecnologia inovadora na indústria de energia renovável do Sri Lanka, a planta de Karadiyana refletirá essa proeza de ponta com uma planta incineradora de 400 toneladas métricas por dia e um digestor anaeróbico de 100 toneladas métricas por dia, juntos gerando 10 MW de eletricidade para o Grade nacional.

A planta, localizada a apenas 15 quilômetros do centro de Colombo, pode acomodar um total de 500 toneladas métricas de insumos por dia, o que será uma contribuição significativa para gerenciar as 7.000 toneladas métricas de resíduos diários que estão sendo acumuladas no Sri Lanka, das quais 60% são de apenas a província ocidental. Uma vez comissionada, a planta de digestão anaeróbia produzirá biogás através da entrada de resíduos orgânicos, enquanto a planta de incineração irá gerar vapor de alta pressão para operar uma turbina a vapor.

A gestão de resíduos continua a ser um grande desafio para o Sri Lanka, com o acúmulo de resíduos em aterros sanitários recebendo um destaque negativo quando o aterro Meethotamulla de 300 pés de altura desabou em abril de 2017, matando 32 pessoas e afetando 1.765. Mitigar desastres catastróficos como esses é um imperativo, ao mesmo tempo que se mantém a pegada de carbono do país no mínimo.

Votorantim Energia e CPPIB vão construir 1º parque híbrido solar e eólico do Brasil


Usina solar de 68,7 MW será instalado dentro do parque eólico Ventos do Piauí I. Objetivo é combinar as fontes de energia, aproveitando diferentes perfis de produção horária.

A joint venture VTRM, formada pela Votorantim Energia e CPP Investments, vai investir R$ 189,98 milhões no primeiro parque híbrido de energia solar e eólica do Brasil. O projeto piloto foi aprovado recentemente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e combina a complementaridade entre as fontes para geração de energia para melhor aproveitamento energético.

A estrutura da nova usina solar terá capacidade inicial para gerar 68,7 MW (85,2 MWp) e será instalada em um terreno ao lado do já existente parque Ventos do Piauí I, que tem capacidade instalada de 205,9 MW, com uma subestação de transmissão compartilhada.

A energia do projeto solar irá complementar a produção do projeto eólico cuja geração é mais intensa no período noturno. A operação está prevista para o início de 2023 e terá uma capacidade instalada total de 274,6 MW destinada ao mercado livre.

“Desde 2017, investimos em estudos relacionados a projetos híbridos para avaliar a viabilidade e as vantagens da combinação das fontes solar e eólica, contribuindo com os avanços da regulação para uma iniciativa como esta”, diz Fabio Zanfelice, presidente da Votorantim Energia.

Potencial combinado

Esse tipo de planta híbrida tem como objetivo trabalhar a complementaridade de fontes que costumam gerar em horários ou épocas diferentes, como eólica e solar. Segundo o executivo, isso possibilita a otimização e utilização da capacidade ociosa do sistema de transmissão de energia, além de reduzir a exposição a variações do preço de energia de curto prazo ao longo do dia.

“Essa decisão da Aneel representa um passo relevante para a modernização do setor, que permitirá a redução de custo de operação e a otimização do uso do sistema de transporte de energia tornando mais competitivos os novos projetos de energia renovável no país”, avalia Zanfelice.

A geração híbrida faz parte da estratégia da Votorantim Energia de expandir a geração de energia renovável. A empresa está construindo dois novos complexos na região, com investimento de R$ 2 bilhões e previsão de operação para 2023. Os novos projetos já nascem preparados para aproveitar o potencial combinado da força dos ventos com a energia do sol.

Os projetos seguem em linha com os avanços que a Aneel vem fazendo para viabilizar projetos híbridos de geração para uma agenda de transição energética. Atualmente as regras para contratação de empreendimentos neste formato estão em deliberação na Agência para abertura da segunda fase da Consulta Pública.

FONTE: ROBSON RODRIGUES, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO

Brasil alcança 1 GW de capacidade instalada em 2021


Pelo quarto mês seguido, eólicas seguem puxando a expansão da matriz elétrica

O Brasil alcançou em abril 1.007 GW de capacidade instalada em 2021, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Só no mês de abril, foram 324,45 MW liberados.

A eólica foi, pelo quarto mês consecutivo, a fonte com crescimento mais acentuado, batendo a marca de 218,45 MW de potência instalada, representando 67% do total de abril.

Quase toda a expansão da geração eólica, 201 MW, foi liberada para usinas que não comercializaram no mercado regulado. Do total (812 MW) de eólicas liberadas em 2021, até abril, 555 MW correspondem a usinas nas mesmas condições, o equivalente a 68,3% desse quantitativo.

Ao longo de 2021, novas unidades de geração foram liberadas para operação comercial em 12 estados do Brasil. Três estados concentram 64,8% da capacidade instalada no país este ano: o Piauí, com 190,35 MW, o Rio Grande do Norte, com 221,06 MW, e a Bahia, com 241,55 MW.


No primeiro quadrimestre de 2021, houve um acréscimo de 44,26 MW de potência instalada no sistema isolado.

2W Energia assina contrato de financiamento de US$ 45 milhões com Darby International Capital

Segundo a 2W Energia, a maior parte do montante (US$ 35 milhões) servirá para investir no Complexo Eólico Anemus (Imagem: Divulgação/ Site)

A 2W Energia informou nesta segunda-feira (12) que celebrou um contrato de financiamento de US$ 45 milhões com a Darby International Capital.

O montante está dividido em três sub-créditos. Os dois primeiros, que totalizam US$ 35 milhões, servirão para investir no Complexo Eólico Anemus, localizado no Rio Grande do Norte. O parque conta com 33 aerogeradores e capacidade instalada de 138,6 megawatts.

O terceiro sub-crédito, no valor de US$ 10 milhões, será destinado para o crescimento da companhia por meio de investimentos para fortalecer as vendas e a plataforma digital, bem como para fomentar a expansão da base de clientes por meio da conversão de consumidores de energia cativa em consumidores do mercado livre de energia.

Petrobras conclui venda de participação em parque eólico no Nordeste

Reposicionamento: Petrobras segue na estratégia de focar em seu negócio principal 
(Imagem: Agência Brasil/Arquivo)

A Petrobras (PETR3; PETR4) finalizou a venda da totalidade de sua participação de 49% na Sociedade Eólica Mangue Seco 1 – Geradora e Comercializadora de Energia Elétrica S.A. para a V2I Energia S.A., fundo de investimento em participações em infraestrutura gerido pela Vinci Energia.

A operação foi concluída com o pagamento de R$ 44 milhões para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato de compra e venda de ações.

A Eólica Mangue Seco 1 faz parte de um complexo de quatro parques eólicos (Mangue Seco 1, Mangue Seco 2, Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4), localizados em Guamaré (RN), com capacidade instalada total de 104 megawatts (MW). A Eólica Mangue Seco 1 detém e opera um parque eólico, com capacidade de 26 MW.

De acordo com a Petrobras, a operação está alinhada à estratégia de melhoria de alocação do capital da companhia, visando à “maximização de valor para os seus acionistas”.

Fundo da Vinci Partners conclui aquisição de parques eólicos da Petrobras

A operação foi fechada pela Vinci por meio de seu veículo de investimentos V2i Energia
 (Imagem: Reprodução/Vinci Partners)

Um fundo de investimento controlado pela gestora de recursos Vinci Partners concluiu nesta segunda-feira a aquisição de dois parques eólicos no Rio Grande do Norte, após ter fechado a compra da participação da estatal Petrobras nos empreendimentos.

A transação, que marca a saída da Petrobras (PETR3; PETR4) dos negócios em energia eólica, envolveu também fatia detida pela alemã Wobben Windpower nas usinas, conhecidas como Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4, cada uma com 26 megawatts em capacidade instalada e operacionais desde 2011, informou a Vinci em fato relevante.

“A consecução do negócio representa uma importante aquisição de ativos de geração de energia renovável, reforçando as práticas de sustentabilidade e as políticas de ESG da Vinci”, disse a gestora, em referência à sigla em inglês para questões ambientais, sociais e de governança.

A empresa afirmou ainda que a operação é “totalmente aderente à estratégia do fundo de proporcionar um perfil de renda de longo prazo a seus investidores e diversificação de seu portfólio”.

O acordo pelas usinas no Rio Grande do Norte envolveu pagamento total de 183,15 milhões de reais nesta segunda-feira, divididos proporcionalmente entre Petrobras e Wobben. Cerca de 22,48 milhões de reais haviam sido pagos quando da assinatura do contrato.

A operação foi fechada pela Vinci por meio de seu veículo de investimentos V2i Energia.

Antes, a Vinci já havia divulgado acordo para a compra da fatia da Petrobras no parque eólico Mangue Seco 1, parte do mesmo complexo no Rio Grande do Norte e também com 26 megawatts em capacidade.

Em paralelo, a gestora assinou um contrato para comprar a fatia de 51% detida pela Alubar Energia em Mangue Seco 1, em transação que aguarda condições precedentes para ser fechada, incluindo aprovação pelo Banco do Nordeste (BNB), que financiou o parque.

O valor total da transação para aquisição de 100% da usina eólica é de 86,8 milhões de reais.

A Vinci disse em comunicado anterior, em fevereiro, que a aquisição das três usinas do complexo Mangue Seco envolverá mais de 65% do valor captado em sua última emissão de cotas para seu fundo voltado ao setor de energia.

A conclusão do negócio também representa a saída total da Petrobras de ativos de energia eólica.

Além dos parques negociados com a Vinci, a Petrobras anunciou acordo recente para vender sua fatia na usina eólica Mangue Seco 2 ao fundo Pirineus, por 32,97 milhões de reais. A Eletrobras, sócia da petroleira no ativo, também vendeu sua participação.

Os desinvestimentos da Petrobras ocorrem em maio a um amplo plano de vendas de ativos, com a companhia prometendo focar atenção e recursos na exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas.

Enquanto não houver concorrentes para a Aeris no Brasil, siga comprando ações

Demanda por fontes de energias renováveis está em alta no mundo, e a Aeris deve captar os bons ventos (Imagem: Aeris/Divulgação)

Pode-se dizer que a Aeris (AERI3), produtora de pás eólicas, está lugar certo e na hora certa, já que a demanda global por fontes de energias renováveis está à todo vapor, enquanto a companhia reina soberana no Brasil, com baixos níveis de competição.

Após um bate-papo com diretores-executivos da Aeris, a XP Investimentos reforçou ainda mais sua visão otimista de longo prazo.

“Aeris continua confiante sobre as expectativas de crescimento de longo prazo. O CEO da empresa, Alexandre Negrão, referiu que mais de 75% dos países apontam agora para uma meta de descarbonização, contra apenas 25% há alguns anos”, comentam os analistas da corretora, Lucas Laghi e Pedro Bruno, sobre a conversa com a diretoria.

Considerando o mercado doméstico do Brasil, os diretores esperam que a capacidade eólica aumente entre 3 e 4 GW por ano nos próximos anos, contra uma média de aproximadamente 1,5 GW por ano na última década.

Aeris vê espaço limitado para outro fabricante desenvolver uma planta para produção local no Brasil (Imagem: Reprodução/Aeris Energy/YouTube)

Outro ponto chave levantado diz respeito à competividade.

Questionada sobre a possibilidade da TPI Composites — principal concorrente da Aeris — ou de uma empresa chinesa começar a desenvolver pás eólicas no Brasil, os diretores apontaram para o fato de que essa deve ser uma decisão conjunta com o cliente.

“Transferir capacidade de produtores de pás já estabelecidos apenas impediria uma maior diluição de custos, gerando uma situação de “perde-perde” para fabricantes de turbinas e de pás eólicas, visto que a dinâmica comercial entre ambos poderia ser comprometida”, afirmou a diretoria da Aeris aos especialistas da XP.

A empresa vê espaço limitado para outro fabricante desenvolver uma planta para produção local no Brasil, uma vez que a Aeris já tem capacidade sobressalente suficiente para absorver o crescimento futuro.

Os gargalos logísticos também não parecem ser uma pedra no sapato, apesar de as pás eólicas terem aumentado consideravelmente de tamanho nos últimos anos. Elas passaram de 45 metros, em 2010, para 80 metros na atualidade.

Segundo o Diretor de Planejamento, Bruno Lolli, a capacidade atual do Porto de Pecém, localizado em Fortaleza (CE), é suficiente para acomodar pás de até 130 metros de comprimento, o que não acarretaria em problemas logísticos significativos no curto prazo.

RN é líder nacional em produção de energia eólica, aponta CCEE

Dados constam no relatório InfoMercado Dados Gerais, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. RN conta com 156 usinas eólicas atualmente.

Aerogeradores de energia eólica em São Miguel do Gostoso (RN). — Foto: Felipe Gibson/G1

O Rio Grande do Norte tem a maior capacidade instalada de usinas eólicas em operação comercial do Brasil. Os dados foram analisados em abril e constam no InfoMercado Dados Gerais, que foi publicado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Ao todo, o RN tem capacidade de gerar 4.358,38 MW de energia.
Capacidade das usinas elétricas de cada esta — Foto: CCEE

"Esse marco é uma conquista e também representa a reafirmação do Rio Grande do Norte e da sua vocação para geração de energia eólica. O Estado tem aumentado sua capacidade instalada de maneira quase ininterrupta, sendo acompanhado por investimentos importantes nesse período", falou Darlan Santos, diretor presidente do Centro de estratégias em Recursos Naturais e Energia do RN (Cerne).

De acordo com o Cerne, o estado atualmente tem 156 usinas em operação, 16 em construção e outros 51 projetos contratados, em que as obras ainda não foram iniciadas.

"Nossa posição geográfica favorece muito a qualidade dos ventos que sopram na nossa costa. Eles têm a característica de serem estabilizados, não são rajadas. Com isso, muitos projetos eólicos começaram a fazer medição de vento há muito tempo, e em 2009, quando o governo fez o primeiro leilão de energia eólica, nós já tínhamos muitos projetos."

Atrás do RN, os estados que mais concentram capacidade de geração de energia pela força dos ventos são Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Piauí. Segundo o CCEE, os dados ressaltam a predominância do Nordeste e do Sul neste tipo de fonte.

O relatório aponta que no mês de abril as eólicas tiveram uma geração média de energia de 4.220 MW - o número é o que 17% maior que o de abril de 2019. O consumo de energia registrado no Sistema Interligado Nacional (SIN), por sua vez, caiu 11,9%: de 65.186 MW médios para 57.442 MW médios em abril deste ano em comparação ao mesmo mês de 2019.

De acordo com o CCEE, o mercado regulado apresentou queda de 11,3%, chegando a 40.473 MW médios, enquanto o mercado livre viu a demanda recuar 13,2%, indo para 16.970 MW médios. Segundo a câmara, esse comportamento é explicado pela migração de consumidores e pelas medidas restritivas em função do coronavírus.

Queda na demanda é o maior problema para energia eólica


Entrevista | Elbia Gannoum – Presidente da ABEEólica

Canal – Como a pandemia do novo coronavírus está afetando o setor?

Elbia Gannoum – No caso do setor eólico, o grande desafio tende a ser a queda de demanda que deve afetar os próximos leilões com contratações menores. Este não é, no entanto, um ponto em que podemos atuar diretamente ou tomar alguma providência, pois tem a ver com uma desaceleração econômica por motivos muito maiores. Entendemos que a expansão da matriz elétrica brasileira se dará por meio de renováveis, com destaque para energia eólica, então certamente haverá novas contratações de eólica nos próximos leilões, mas elas devem ser menores do que as que prevíamos no início do ano.

Canal – Já existe uma estimativa de quanto será essa queda?

Elbia Gannoum –Ainda não sabemos estimar o quanto as contratações podem cair, porque a própria crise do COVID-19 traz suas dúvidas, num cenário que se modifica com frequência. Achamos cedo para falar em números, estimar exatamente de quanto será a queda de demanda. No que se refere a equipamentos, é bom lembrar que cerca de 80% de um aerogerador é fabricado no Brasil, então nossa dependência de produtos importados é baixa e não temos registro de problemas neste ponto.

Canal – Qual a previsão para o futuro?

Elbia Gannoum – Com uma demanda baixa nos próximos leilões podemos, inclusive, ter chão de fábrica ocioso, porque os pedidos tendem a ser menores. No caso dos parques eólicos, é bom registrar que todos continuam operando, seguindo todas as normas de segurança, já que a geração de energia é da categoria de serviços essenciais.

Energia Solar e Eólica no sul da Austrália aumenta para 10 GW

Com a aprovação de uma usina solar de 176 MW e uma instalação de armazenamento de baterias de 66 MW perto de Murray Bridge, o gasoduto solar e solar em escala de serviços públicos da Austrália do Sul atingiu cerca de 10 GW.

Com 220 MW / 275 MWdc, Bungala, no sul da Austrália, é a maior fazenda solar da Austrália concluída até o momento. De Stock: Potência verde de Enel

Após uma série de aprovações de desenvolvimento para grandes projetos de armazenamento solar +, o gasoduto solar e solar de larga escala da Austrália do Sul cresceu para 10 GW. À medida que se move para além da meta anterior de 75% de sua eletricidade gerada por renováveis ​​até 2025, a SA pretende atingir 100% de energia renovável até 2030 e se tornar um grande exportador de energia para outros estados.

"O fato de SA atualmente ter cerca de 10.000MW de geração solar e eólica na prancheta destaca o potencial do estado de ser uma usina de energia", disse o ministro de Energia e Mineração Dan van Holst Pellekaan ao The Advertiser. De acordo com o ministro, a “carteira incomparável de projetos de energia renovável” do estado aumentaria ainda mais as credenciais econômicas e ambientais da interconexão SA-NSW de 800 MW de 800 MW proposta pela Electranet.

A SA tem sido, há muito tempo, o primeiro corredor de energia renovável do país. De acordo com um relatório recente da Green Energy Markets, o estado está a caminho de gerar energia renovável equivalente a 73,5% de seu consumo até 2030, acima dos 53% em 2018. Para atingir a meta de 100% de renováveis, o governo precisa de mais 1.300 MW de capacidade, o relatório encontrado.

Com uma série de aprovações de desenvolvimento para projetos massivos de energia solar e bateria no período recente, a SA está dando passos largos em direção a sua meta. Em questão de semanas, o governo do estado acenou 500 MW de energia solar fotovoltaica com 250 MW / 1000 MWh de armazenamento de bateria a cerca de cinco quilômetros ao nordeste de Robertstown e a Bungama Solar Farm de 280 MW juntamente com um armazenamento de bateria de 140MW / 560MWh instalação proposta pela EPS Energy, enquanto outro projeto em grande escala - o Solar River Project, que inclui 200 MW solares e 120 MWh de armazenamento de bateria e potencialmente outros 200 MW de energia solar e 150 MWh na segunda etapa - assinou um contrato de compra de energia Alinta Energy.

Conforme relatado pelo jornal, o mais recente projeto para receber a aprovação do governo é uma instalação de armazenamento solar de $ 200 milhões em Murray Bridge. Proposta pelos desenvolvedores RES, a PCH Solar Pallamana de 176 MW e a bateria de íons de lítio de 66 MW / 140MWh estarão localizados em 730 hectares de terra a cerca de 60 km a sudeste de Adelaide.

Segundo o site do projeto, a construção poderia começar no próximo outono e criar cerca de 200 empregos diretos. Uma vez comissionado em meados de 2021, o projeto deverá empregar quatro funcionários em tempo integral durante a vida útil da fábrica de 25 a 30 anos.

Para a RES, o projeto Pallamana é uma nova adição ao seu portfólio solar australiano, que já inclui os projetos de 72 MW Emerald (QLD), 22 MW Dalby (QLD) e 100 MW Tarleigh Park (NSW). Globalmente, o desenvolvedor já entregou mais de 16 GW de projetos de energia renovável. Seu gasoduto solar em escala de utilidade pública inclui 1,5 GW em desenvolvimento e 430 MW construídos ou em construção.

Primeiro projeto fotovoltaico offshore lançado no Mar do Norte

Um painel solar flutuante estará localizado no Mar do Norte, perto de uma aquicultura e de uma instalação eólica offshore. O projeto piloto de 2 milhões de euros está sendo desenvolvido por um consórcio que inclui Tractebel, Grupo Jan De Nul, Deme, Soltech e Ghent University.

Imagem: Bru-No, pixabay

O grupo Jan De Nul, com sede em Luxemburgo, fornecedor de construção e manutenção de infra-estrutura marítima, anunciou que fará parceria com um grupo de empresas belgas no desenvolvimento e construção do primeiro projeto flutuante fotovoltaico off-shore no Mar do Norte.

O consórcio belga para o projeto inclui a fornecedora de serviços de engenharia Tractebel, uma subsidiária da gigante de energia francesa Engie; a empresa de dragagem e engenharia hidráulica DEME NV, a fabricante de soluções solares Soltech NV e a Universidade de Ghent. A Agência de Inovação e Empreendedorismo (VLAIO), uma organização governamental flamenga na Flandres, na Bélgica, apoiou a criação do consórcio. O projeto de iniciativa foi apoiado pelo Blue Cluster, uma organização flamenga dedicada ao desenvolvimento e promoção de atividades econômicas ligadas ao Mar do Norte, incluindo projetos de energia marinha.

O planejado arranjo fotovoltaico de 2 milhões de euros está previsto para ser localizado perto de uma aquicultura e de uma instalação eólica offshore. Jan De Nul disse que as estruturas flutuantes serão projetadas de maneira competitiva, e que os módulos especificados para o projeto serão resistentes a água salgada, correntes fortes e ondas altas. “Finalmente, a integração de ecossistemas dos painéis fotovoltaicos flutuantes será investigada desde o início, para reduzir o impacto tanto quanto possível”, explicou o comunicado sem fornecer mais detalhes técnicos.

“A Soltech está ansiosa pelo desafio de desenvolver painéis fotovoltaicos adequados para o mar que possam resistir a condições adversas no mar”, afirmou Stefan Dewallef, gerente de desenvolvimento de produtos da empresa.

Compromisso da Bélgica com a energia solar offshore

Philippe De Baker, secretário belga de Estado para Fraude Social, Privacidade e Mar do Norte, anunciou em fevereiro de 2018 que o governo planejava apoiar a energia solar offshore no Mar do Norte e que o primeiro projeto piloto poderia ser lançado em 2020 Na época, ele disse: “Nosso mar tem o potencial de se tornar um verdadeiro parque solar. Atualmente estamos olhando para onde podemos colocar os painéis solares ”, acrescentando:“ O futuro é a energia renovável ”.

De Baker disse que a área ideal no Mar do Norte para projetos flutuantes era na costa de Zeebrugge, onde várias usinas de energia eólica estão atualmente em operação, além de mencionar o projeto PV offshore anunciado por um consórcio holandês algumas semanas antes. Este projeto, também planejado para ser localizado no Mar do Norte, está sendo desenvolvido por um consórcio formado pelo instituto de pesquisa local, o Centro de Pesquisas Energéticas dos Países Baixos (ECN), a Organização Holandesa de Pesquisa Científica Aplicada (TNO), o Instituto de Pesquisa Marítima. A Holanda (MARIN), a Companhia Nacional de Energia de Abu Dhabi (TAQA) e a start-up holandesa especializada no desenvolvimento de sistemas flutuantes para energia renovável no mar, Oceans of Energy.

EDP Renováveis anuncia parque eólico de 126 MW no Brasil

Atualmente, a companhia tem 467 MW de tecnologia eólica onshore instalada no país

WAGNER FREIRE, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO (SP)

A EDP Renováveis, braço de energia renováveis do grupo português EDP, firmou um contrato para venda de energia por 20 anos, viabilizando a construção de projetos eólicos no estado do Rio Grande do Norte, com capacidade total de 126 MW. O anuncio foi realizado nesta segunda-feira, 8 de julho.

Os parques eólicos Monte Verde VI e Boqueirão I-II têm previsão de entrar em operação até 2022. Com essa transação, a EDP Renováveis passa a ter contratos que somam 3,3 GW em capacidade global prevista para o período de 2019 a 2022. Atualmente, a companhia tem 467 MW de tecnologia eólica onshore instalada no Brasil.

“Com esse novo contrato de longo prazo, a empresa reforça a sua presença em um mercado com baixo perfil de risco e recursos renováveis atrativos e fortes perspectivas para o sector a médio e longo-prazo”, disse a EDPR em nota.

Em detalhe, a EDPR tem atualmente mais de 1 GW de projetos de energia eólica em desenvolvimento, dos quais 0,2 GW têm início da operação previsto para 2021, 0,4 GW para 2022 e 0,5 GW até 2023, com todos os contratos de longo prazo assegurados.

Complexo eólico de Brumado é comprado por grupo chinês

Além de levar desenvolvimento para cidades do sertão, os parques eólicos geram energia limpa e abastecem milhares de lares brasileiros. Este é o caso do complexo Cristalândia, na região de Bruamado, na Bahia, capaz de gerar cerca de 350 GW/h por ano, energia suficiente para atender o consumo anual de mais de 170 mil residências.


Em janeiro deste ano, a Enel Green Power Brasil vendeu três parques renováveis em operação no estado, por cerca de R$ 2,9 bilhões, para a empresa chinesa CGN Energy International Holdings Co. Limited (CGNEI).

Em plena operação comercial desde setembro de 2017, com capacidade instalada de 90 MW e implantado nos municípios de Brumado, Rio de Contas e Dom Basílio, o complexo recebeu investimentos de R$ 733,4 milhões e gerou 1,3 mil empregos em toda a cadeia produtiva, na fase de implantação. A Enel ficará responsável pela operação das plantas até 2021.

Uma equipe de técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) esteve no complexo Cristalândia para se reunir com o vice-presidente da CGNEI, Zhang Song Lin, o gerente da empresa, Ng Geok Him, e os representantes da Enel Green Power. Além de fazer uma visita técnica, a equipe foi conhecer o grupo que adquiriu o empreendimento.

“A Enel é uma parceira antiga da Bahia e agora temos chineses chegando para investir e fazer nossa economia continuar crescendo”, afirma João Leão, vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico.

Além do complexo Cristalândia, foram vendidos o complexo solar Lapa (158 MW), localizado em Bom Jesus da Lapa, e o complexo solar Nova Olinda (292 MW), localizado no Piauí.

O complexo solar LAPA, composto pelas plantas Bom Jesus da Lapa (80 MW) e Lapa (78 MW), entrou em funcionamento em junho de 2017 e, na fase de implantação do empreendimento, a Enel investiu R$ 675,5 milhões com geração de aproximadamente 3,6 mil empregos em toda a cadeia produtiva.

Furnas desenvolve projeto de torres eólicas mais baixas e duráveis

Tecnologia pode fornecer energia a regiões afastadas a partir de 2021 


O Laboratório de Aerodinâmica Aplicada de Furnas, subsidiária da Eletrobras, em Aparecida de Goiânia (GO), está desenvolvendo um projeto pioneiro para a construção de torres eólicas. A tecnologia pode resultar em economia em termos financeiros e em maior eficiência, na questão da durabilidade. A meta, no longo prazo, é instalar torres eólicas de menor altura e com geradores de menor porte para abastecer de energia regiões afastadas do Brasil.

Segundo o gerente do Centro Tecnológico de Engenharia Civil de Furnas, Renato Cabral, pela primeira vez no Brasil está sendo usada, para a fundação da torre eólica, a tecnologia conhecida como expander bodies, usada no mundo inteiro em fundações de edificações normais, na estrutura de contenções e na fundação de torres de transmissão. No Brasil, essa tecnologia nova está começando a ser adotada na fundação de torres de transmissão.

A tecnologia nova de fundação trabalha com o sistema de tração. “Ou seja, em vez de estar empurrando a torre no solo, há um esforço que puxa ela para cima”, explica Renato Cabral. “Como se estivesse arrancando”, complementa o gerente da Divisão de Tecnologia e Engenharia Civil de Furnas, Alexandre Castro. O sistema expander bodies trabalha melhor com essas ações de arrancamento. Isso porque, nas torres eólicas, o esforço acontece pela ação dos ventos, que têm tendência de “puxar” a torre.

Protótipo

O protótipo de torre que será montado no campo experimental do laboratório de Furnas terá 40 metros de altura, ao contrário das torres de parques eólicos tradicionais instalados na Região Nordeste, com torres de 120 metros. A torre começará a ser montada em agosto próximo e terá gerador de 30 quilowatts (kw), bem abaixo dos geradores utilizados atualmente em torres eólicas no país de 3 megawatts (MW), cujas pás chegam a até 90 metros de diâmetro.

Em setembro, quando a torre estiver montada, serão concluídos os testes de carga, para verificar a eficiência da nova tecnologia usada na fundação do equipamento. Em seguida, ao longo de um ano, está prevista a realização de testes para verificar a ação dos ventos, entre outros fatores. Os testes a serem efetuados em 2020 servirão para comprovar a viabilidade técnica e econômica do sistema, visando à aplicação a partir de 2021.

Um primeiro estudo envolverá a prova de carga. Será feita uma fundação similar à do protótipo à qual serão aplicados carregamentos, para verificar qual é o comportamento. “A ideia é comparar com a fundação normal”, disse Cabral. Segundo ele, análises iniciadas pela Universidade de Brasília (UnB) mostraram que essa fundação apresenta o dobro de eficiência em relação às fundações normais. O segundo estudo será referente à torre em si e verificará a atuação dos ventos e de seus reflexos sobre a fundação.

Economia e eficiência

Renato Cabral estima que a nova tecnologia de fundação pode significar valores até 20% mais baratos do que a tecnologia tradicional na hora da execução, dependendo do terreno onde a torre será erguida. No entanto, o principal fator de preocupação dos técnicos de Furnas diz respeito à durabilidade. “Você pode executar outro tipo de fundação com o mesmo valor, só que esse outro tipo, por não trabalhar bem a tração, vai começar a dar problemas em cinco a dez anos. Com a tecnologia nova, o que se espera é que não haja problemas futuros”.

Cabral explicou que apesar de não ter, num primeiro momento, retorno financeiro imediato, o novo tipo de torre é rentável ao longo de toda a vida útil por causa da durabilidade do empreendimento. “A gente espera que essa fundação tenha melhor comportamento do que os demais tipos aplicados, ao longo do tempo”, ressalta.

Caso os resultados dos testes sejam positivos, a nova tecnologia poderá ser aplicada por Furnas em novos projetos de parques eólicos no país. A ideia, disse Cabral, é avaliar a instalação de torres de 40 metros para a implantação de parques eólicos menores em locais de vento de baixa velocidade e que possam ser montadas por empresas locais em regiões mais afastadas e com geradores de menor porte. O objetivo é fornecer energia a comunidades de menor população em todo o Brasil.

Goiás é um dos estados que poderão ser beneficiados com a nova tecnologia e, por extensão, a Região Centro-Oeste, afirmou o gerente do Centro Tecnológico de Engenharia Civil de Furnas. Deverão ser feitos estudos de viabilidade para a altura de 40 metros de uma torre eólica e com pequenos geradores. “Viabilizando isso para Goiás, viabiliza para o Brasil todo”, concluiu Cabral.

A construção da torre eólica de 40 metros com a tecnologia de fundação expander bodies faz parte do projeto de pesquisa e desenvolvimento “Metodologias e Infraestruturas Tecnológicas para Ampliação da Confiabilidade e Otimização de Empreendimentos de Energia”, conduzido pelo Centro Tecnológico de Engenharia Civil de Furnas, em parceria com a empresa Embre Engenharia Geotécnica e a UnB.

Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro , Edição: Wellton Máximo

Possível Cancelamento de Complexo Eólico na Bahia Preocupa BNDES

O futuro dos contratos com a Renova Energia para a construção de um complexo eólico na Bahia tem preocupado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que emprestou quase R$ 1 bilhão para o empreendimento.


O projeto Alto Sertão III-Fase A foi paralisado pela Renova por falta de recursos em 2016, com 87% das obras concluídas.

Controlada por Cemig e Light, a Renova tem negociado a venda do ativo à AES Tietê, mas a conclusão do negócio depende da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), uma vez que as usinas deveriam ter entrado em operação em 2015.

A AES Tietê também pretendia comprar a chamada “fase B” do complexo, mas os parques tiveram as autorizações revogadas pela Aneel devido ao atraso, o que acendeu um alerta para o banco estatal sobre o destino da “fase A”.

Complexo Eólico Alto Sertão

A área técnica da agência reguladora sugeriu que a melhor solução seria rescindir contratos da fase A do projeto. “Concluímos que devem ser resolvidos os contratos das usinas”, afirmaram os técnicos da Aneel no documento, sugerindo ainda outras penalidades para o empreendimento.

Em carta à agência, o BNDES manifestou “preocupação com as consequências do eventual indeferimento do plano de transferência de titularidade do complexo”, lembrando que o empréstimo-ponte dado ao projeto vencerá em 15 de julho.

“Em caso de não conclusão da venda para a AES, há risco de perda do investimento realizado e de comprometimento da satisfação do crédito do BNDES e dos bancos privados”, afirmou, no documento, banco estatal, que tem participação minoritária na Renova por meio do seu braço de investimento, o BNDESPar.

De acordo com o BNDES, o vencimento do financiamento tem sido postergado desde junho de 2016.

Como a preocupação é com o impacto da operação sobre os consumidores, uma alternativa seria cancelar os contratos, mas permitir a transferência do ativo caso as empresas tenham interesse, acrescentou uma fonte.

Procurado, o BNDES não respondeu a um pedido de entrevista. A AES Tietê informou que não comentará o assunto. Não foi possível contatar representantes da Renova Energia.