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Engenheira cria sistema de refrigeração que transforma calor do Sol em frio


Manter os alimentos frescos não é nada fácil em países quentes que carecem de infra-estrutura. Uma pesquisadora mexicana já desenvolveu um sistema de refrigeração que não usa substâncias nocivas para o meio ambiente e é alimentado pelo sol, e pode manter a água a 9°C por até três meses.

Com essa temperatura é possível conservar alimentos, mas o objetivo é chegar a 5º C, o que tornará possível conservar pescado sem desnaturar as proteínas do peixe.

Desenvolvida por Susana Elvia Toledo Flores, do Instituto de Ciências da Universidade de Puebla no México, o dispositivo trabalha com zeolitas um mineral altamente poroso.

Durante o dia “se produz o aquecimento, a deadsorção e o período de condensação. A energia solar aquece a zeólita e aumenta a pressão de vapor do metanol. Este refrigerante se condensa e é conservado em um tanque que alimenta o evaporador,” explica a engenheira.

Durante a noite o processo se inverte, tendo lugar a evaporação, adsorção e o resfriamento. “A temperatura da cama adsorvente diminui depois do pôr-do-sol, por isso a pressão do refrigerante se reduz e ocorre a evaporação, enquanto o adsorvente é esfriado. Durante este período o refrigerante começa a evaporar e é novamente adsorvido pela zeólita, gerando o esfriamento. O processo de adsorção continua toda a noite, até a manhã seguinte,” segundo a pesquisadora.

6 invenções que funcionam com energia solar fotovoltaica


O sol pode ser muito mais do que iluminar nossos dias. Diariamente os raios solares atingem o planeta na forma de energia e calor, podendo ser aproveitados na geração de eletricidade. A energia solar já é bastante utilizada em casas, edifícios, condomínios, entre outros. Mas, será que pode ser utilizada de outra forma? Confira nesse post 6 invenções que incorporaram as células fotovoltaicas ao seu produto e, por meio da energia solar, funcionam de forma eficiente, limpa e sustentável. 


O Planet Solar é um barco projetado pelo neozelandês Loomes Craig, construído na Alemanha, demorou 1 ano e 2 meses para ficar concluído. Os painéis solares removíveis permitem que a embarcação ocupe um total de 516 m², com 6 metros de largura, gera 127 cavalos de potência (93,5 kW) a partir de sua grande quantidade de painéis solares instalados. Além disso, utiliza bateria para armazenamento da energia solar, sendo possível também, navegar sem a insolação direta. 


O Avião Solar Impulse 2 é um avião movido a energia solar, suas assas chegam a ser maiores que um Boeing 747, com 17 mil células solares responsáveis por mantê-lo no ar. Durante o dia, os painéis solares fazem o carregamento das baterias do avião que compõe ¼ do peso de 2,3 toneladas da aeronave. Com velocidade média de 70km/h o avião poderia voar quase perpetuamente sem nenhum combustível fóssil. 


Na sérvia, um grupo de estudantes criaram carregadores públicos que utilizam painéis solares para geração de eletricidade. Chamada Strawberry Tree, possui uma potência instalada de 900W e sua capacidade de bateria 4500Wh, o suficiente para armazenar energia para um mês. Ainda, possui sensores de temperatura, umidade, qualidade do ar, pressão do ar, nível de ruído e conta também com WiFi, 6 portas USB e 8 cabos para carregar dispositivos móveis. 


Criada pelo dinamarquês Jesper Frausig, a solar bike, é uma bicicleta elétrica diferente das tradicionais, que, ao contrário das outras que precisam ser recarregadas em tomadas, sua recarga é feita quando está parada, em lugares ensolarados. Isso porque junto a suas rodas, estão acopladas células solares, essas, por sua vez, asseguram por cerca de 70km a autonomia da bateria. 


Diferente dos convencionais, o Solar Cooler, criado pelo engenheiro e designer de produtos Ryan McGann, é o primeiro cooler a utilizar a energia solar para gelar bebidas. Equipado com painéis solares em sua parte superior para a captação de energia solar, o produto não exige gelo, com capacidade de 40 litros e consegue refrigerar até uma temperatura de -10°C, ainda, conta também com entradas USB para recarga de celulares. Ideal para quem quer aproveitar o final de semana na piscina ou pegar uma praia com os amigos.


E para quem gosta de acampar, uma novidade. A Concept tend é uma barraca de camping para quatro pessoas, em que seu tecido conta com células fotovoltaicas para captação de energia solar, esta, por sua vez, utiliza a energia coletada para iluminação, aquecimento da barraca, recarga de celulares e dispositivos móveis e, também, permite o acesso à internet por meio de um WiFi integrado. Além disso, possui um sistema que permite localizá-la a partir de uma sms, que ao ser ativado, faz com que ela brilhe.

Sistema de energia solar é instalado em aldeias Munduruku, no Pará

Greenpeace instalou placas solares que garantem eletricidade autônoma. Placas abastecem freezers, lâmpadas de escola e rádio de comunicação.

Cacique Munduruku observa a instalação das placas solares. (Foto: Divulgação/ Otávio Almeida/ Greenpeace)

Uma novidade tecnológica tem mudado a rotina em duas aldeias da Terra Indígena Sawré Muybu, em Itaituba, no sudoeste do Pará. Os indígenas receberam sistemas de energia solar para garantir a eletricidade de forma autônoma.

As placas fotovoltaicas foram instaladas por ativistas do Greenpeace e fornecem energia para lâmpadas de espaços comunitários, para uma escola e para freezers, que antes só ficavam ligados seis horas por dia. Há uma placa também para o sistema de transmissão de rádio, usado pelos caciques para se comunicar entre as aldeias.

Antes das placas, a energia na aldeia era limitada, funcionava algumas horas por dia através de um gerador abastecido a diesel.

Ativistas fizeram oficina sobre energia solar na aldeia. (Foto: Divulgação/ Otávio Almeida/ Greenpeace)

Sustentabilidade

Os Munduruku lutam contra a construção da usina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, na região onde vivem. Para eles, a instalação das placas mostra que existem alternativas sustentáveis para garantir a energia.

“Não precisamos da barragem aqui. O governo vai ver que existe outra solução e que não carece destruir o nosso rio para ter energia no país”, disse o cacique da aldeia Dace Watpu, Valto Datie Munduruku.

Aprendizado

Durante o período de instalação do sistema, ativistas promoveram workshops com os indígenas, que se mostraram muito felizes e curiosos com a novidade. “Foi muito bem recebida. O cacique disse que já havia visto fotos de energia eólica, mas não da placa. Ele ficou emocionado, disse que o freezer vai poder ficar ligado 24h”, conta Thiago Almeida, da Campanha de Clima e Energia.

No workshop, os indígenas aprenderam como funciona o sistema, que eles mesmos vão poder fazer a manutenção. “Eles são muito curiosos e aprendem muito rápido. Eles aprenderam sobre o assunto e agora querem ver mais disso não só na aldeia deles, mas nas outras”, diz ainda Thiago Almeida.

GELO PARA AS COMUNIDADES ISOLADAS DA AMAZÔNIA

O tema pode causar estranheza à primeira vista para as pessoas que não conhecem a realidade de algumas regiões do estado do Amazonas. Afinal, por que estes lugares precisariam de gelo? Simples, existem muitas comunidades isoladas da Amazônia que não possuem acesso à energia elétrica e, portanto, têm grande dificuldades para conservar seus alimentos, grande parte produzidos por eles mesmos e que servem também como fonte de renda.


Agora, uma tecnologia inovadora promete ajudar os habitantes dessas regiões a melhorar suas qualidades de vida e aumentar suas rendas. Trata-se da instalação de máquinas de gelo feitas pelo Instituto Mamirauá, cujo funcionamento é garantido pela energia solar.

A tecnologia foi desenvolvida no Projeto Gelo Solar pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP).

"Esse é um dos diferenciais do projeto: transformar a radiação solar diretamente em gelo. Quando o sol nasce, a central já começa a gerar energia e automaticamente a máquina liga. Quando o sol se põe, a máquina desliga. Essa ideia é resultado de uma tese de doutorado na USP e agora a gente está conseguindo levar para o campo. Saiu da academia e agora chegou na comunidade", disse o pesquisador Aurélio Souza.

As primeiras três máquinas foram colocadas na comunidade de Vila Nova do Amanã, no município de Maraã, que já começou a sentir os benefícios com a produção de gelo na própria comunidade. As máquinas possuem capacidade para produzir até 90 quilos de gelo por dia.

O Projeto Gelo Solar foi o finalista do Desafio de Impacto Social Google Brasil e recebeu o prêmio de R$500 mil, permitindo que o Instituto Mamirauá que já está ajudando mais de 60 moradores da comunidade.

Antes das maquinações, os moradores da comunidade (e de muitas outras) precisam viajar até 15 horas de barco para vender seus produtos nos centros urbanos, gastando muito dinheiro pelo gelo que as embarcações vendem e diminuindo consideravelmente os lucros dos produtores. Com a máquina, a tendência é que as perdas caiam e as receitas aumentem.

O Instituto Mamirauá irá promover uma oficina com os moradores da comunidade para promover o uso da máquina até o final de setembro.