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Desenvolvimento de Projetos de Carbono - Entenda um pouco mais!



A Sustainable Carbon é líder em desenvolvimento de projetos de carbono na América Latina. Possuimos 47 projetos que reduzem a emissão de gases de efeito estufa e promovem o desenvolvimento sustentável das comunidades envolvidas.

O investimento de receitas provenientes dos créditos de carbono em iniciativas socioambientais representa uma forma de financiamento inovadora, que foca na preservação dos biomas brasileiros e melhorias para comunidades desprivilegiadas.

A empresa possui vasta experiência no desenvolvimento, implantação e monitoramento de projetos de carbono e também na comercialização dos créditos gerados.

Biomassa Renovável

Nossos projetos de biomassa renovável revolucionam o processo produtivo de pequenas cerâmicas por todo país, de forma a torná-lo mais limpo e ambientalmente correto. O uso de combustível fóssil ou lenha nativa, prática comum no Brasil, é substituído por biomassas renováveis, como resíduos de agricultura e de indústrias locais. Com o projeto, a cerâmica passa a produzir sem agredir o meio ambiente, mantendo florestas em pé e gerando créditos de carbono.

Projeto Eólico

Com o objetivo de incentivar energias limpas no Brasil, a Sustainable Carbon está a procura de projetos de energia eólica para gerar créditos de carbono. Portanto, se você tem interesse, entre em contato conosco. Os créditos de carbono derivados do projeto vão gerar receitas adicionais e certificar boas práticas socioambientais da empresa.

Projeto Solar

Com o objetivo de incentivar energias limpas no Brasil, a Sustainable Carbon está a procura de projetos de energia solar para gerar créditos de carbono. Portanto, se você tem interesse, entre em contato conosco. Os créditos de carbono derivados do projeto vão gerar receitas adicionais e certificar boas práticas socioambientais da empresa.

Metano Evitado

Nossos projetos de Metano Evitado por meio de Compostagem são alguns de nossos projetos mais adicionais em termos de benefícios ao ecossistema. Através da compostagem de esterco suíno, as emissões são evitadas e o dejeto é transformado em um composto orgânico que mantém o excesso de nitrogênio e fósforo fora dos fluxos de água, evitando assim a degradação da biodiversidade aquática. O processo ainda traz benefícios para a agricultura, uma vez que a utilização da água passa a ser mais eficaz nas fazendas.

Projeto Florestal

Nossos projetos florestais (REDD+) visam aumentar a competitividade de ações sustentáveis em relação ao padrão tradicional de ocupação de terra. Estes projetos promovem a sustentabilidade em seus três eixos: o econômico, através dos créditos de carbono; o social, devido a geração de benefícios para a comunidade local; e o ambiental, pela conservação, reflorestamento e adoção de técnicas mais eficientes de manejo florestal, com a consequente redução das emissões de GEE e proteção da biodiversidade.

Google investirá 1 bilhão de euros na computação em nuvem e em energias renováveis na Alemanha

Armazenamento de dados digitais é criticado pelo grande consumo de energia. Segundo a empresa, aporte e um 'passo importante para alcançar meta de descarbonização'.

Logo do Google em uma convenção de tecnologia em Paris, na França, em 25 de maio de 2018 — Foto: CHARLES PLATIAU/Reuters

A gigante americana Google vai investir 1 bilhão de euros (R$ 6,1 bilhões) na Alemanha em infraestruturas de computação em nuvem para armazenar dados e na energia renovável necessária para alimentar esses serviços.

"Na Alemanha (...), até 2030, os investimentos em infraestrutura digital e energia limpa chegarão a 1 bilhão de euros", anunciou o grupo em comunicado nesta terça-feira (31).

O grupo investirá na Alemanha em infraestruturas de energias renováveis "solar e eólica" para alimentar 80% da sua exploração.

"É um passo importante para alcançar nossa meta de descarbonização até 2030", disse.

Para isso, fará parceria com a subsidiária alemã do grupo francês Engie, que entregará um total de "140 megawatts" de energia verde.

O armazenamento de dados digitais usando essas nuvens é altamente criticado, especialmente porque consome grande quantidade de energia. O governo alemão saudou a decisão do Google, um "sinal forte" de acordo com o ministro da Economia, Peter Altmaier.

A gigante quer expandir seu centro de nuvem localizado em Hanau, na região de Frankfurt (oeste), que já possui 10.000 m2. O Google também quer criar uma nova unidade de armazenamento de dados em Brandenburg, a região ao redor de Berlim.

Por enquanto, a gigante digital possui quatro fábricas na Alemanha (Berlim, Frankfurt, Hamburgo e Munique) e emprega 2.500 pessoas.

SEMINÁRIO FINAL DO PROJETO MERCADOS DE CARBONO COM O LANÇAMENTO DO MARCO REGULATÓRIO RESPECTIVO


 O evento, tem como objetivo apresentar e discutir o cenário atual e os desafios para a pauta da precificação das emissões de gases de efeito estufa.

Cerca de 800 produtores devem participar de programa com foco em sequestro de carbono

Iniciativa visa a difundir técnicas de produção sustentável, provando que elas também trazem vantagens econômicas ao agricultor brasileiro

POR JOSÉ FLORENTINO,

Cerca de 800 produtores rurais devem integrar o programa PRO Carbono na safra 2021/2022. Isso representa o dobro de participantes da primeira fase da iniciativa Carbono Bayer. A ideia é promover práticas sustentáveis na agricultura, que ajudam a sequestrar carbono, e recompensar os agricultores financeiramente.

O PRO Carbono é a segunda etapa da iniciativa Carbono da Bayer, que acredita que o produtor rural precisa participar ativamente das discussões sobre a emissão de gases do efeito estufa. “Fazemos parte dos agentes emissores, e, além disso, a agricultura também é uma das mais prejudicadas pelo aquecimento global. Pequenas variações na temperatura média podem, sim, impactar a segurança alimentar”, diz Mateus Barros, diretor de Digital e Desenvolvimento de Novos Negócios da empresa na América Latina.

Mas parte da solução também pode vir da agricultura, segundo a Bayer. “Temos dados de muitos anos que demonstram que a adoção em larga escala de práticas agronômicas reduzem emissão e sequestram excedente de carbono”, diz Barros.

A companhia reforça que todas as recomendações feitas aos produtores estarão apoiadas na ciência. Para isso, vários parceiros da academia, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Federação de Plantio Direto, vão participar da construção da metodologia de trabalho.

“Teremos um empenho muito grande para que os agricultores, aqueles que estiverem fazendo tudo corretamente, sejam recompensados, reconhecidos, inclusive financeiramente”, destaca Pereira. Ele lembra que o consumidor mundial está cada vez mais preocupado com a pegada de carbono dos alimentos. Dessa forma, é um caminho sem volta.

Sequestrar carbono? Como assim?

O programa PRO Carbono ficará com inscrições abertas até julho deste ano, para que as avaliações de carbono e solo possam começar a partir de agosto, acompanhando o calendário da safra 2021/22, que começa em setembro.

Entre as exigências, as fazendas cadastradas não poderão ter áreas desmatadas após 2008, nem estar em áreas indígenas ou quilombolas. Basicamente, as irregularidades mais graves previstas pelo Código Florestal brasileiro impedem o acesso.

“Mas se ele tiver uma adequação sendo implementada, isso será respeitado”, diz Fábio Passos, diretor de Negócios de Carbono da Bayer na América Latina. “Não necessariamente quem está no período de adequação não pode entrar”. A Agrotools ficará responsável pelas avaliações.

Após a aprovação, a Bayer vai solicitar um talhão aos produtores, de 30 a 100 hectares, para participar. A ideia é que os agricultores experimentem as técnicas nesses espaços para que possam ter contraste com o restante da área. Dessa forma, os ganhos ficarão claros e a tecnologia poderá ser replicada ao restante das lavouras.

Nesses talhões selecionados, serão trabalhados fortemente dois pilares: a intensificação de práticas sustentáveis, como o plantio direto, culturas de cobertura e rotação de culturas; e impulsionadores de produtividade, como melhorias na aplicação de insumos e mudanças na densidade das plantas.

“Estamos falando de aumentar a produção em uma área já convertida e reduzir o carbono”, reforça o diretor de Sustentabilidade da divisão agrícola da empresa para a América Latina, Eduardo Bastos. Além disso, a Bayer está buscando parcerias com instituições financeiras e outras empresas para oferecer benefícios aos agricultores, como linhas de crédito diferenciadas, além de avançar com o mercado de carbono no Brasil e no mundo.

Para possibilitar o acompanhamento detalhado do trabalho, os produtores terão que aderir à plataforma Climate FieldView da Bayer. Isso, segundo a companhia, vai garantir transparência nos dados e segurança aos participantes.

A Bayer destaca que o agricultor não terá um custo fixo, já que as sugestões agronômicas serão personalizadas, acompanhando a realidade e necessidade de cada propriedade rural. A companhia lembra que é um projeto de longo prazo: os produtores vão aderir ao programa por três anos.

Desafios para executar o projeto

O sistema de plantio direto foi criado há quase 50 anos. No Brasil, 95% dos produtores dizem ter aderido à técnica, porém, apenas 15% ou 20% a executam da forma correta. “Precisamos alavancar isso de forma significativa”, diz Mateus Barros.

Mas como fazer o plantio direto deslanchar? Para a empresa, a resposta é simples: por meio do exemplo. Os agricultores que participam da iniciativa serão uma vitrine para os demais, que entenderão na prática as vantagens de se produzir de forma sustentável.

“Esses produtores vão nos ajudar a contar essa história, de que se eles fizerem essas práticas, potencialmente vão aumentar sua produtividade e vender crédito de carbono. A partir do momento que você gera valor, consegue trazer essa maior de agricultores”, afirma o diretor de Digital da Bayer.

Para se inscreverem, os agricultores podem acionar um representante técnico de vendas da Bayer das suas regiões.

Agência Internacional de Energia publica medidas urgentes para reduzir aquecimento global

Em uma reviravolta, relatório da agência abraça energias renováveis e limpas. O plano da agência tem mais de 400 medidas, a maior parte urgente.

Agência Internacional de Energia publica guia com medidas urgentes pra reduzir o aquecimento global

A Agência Internacional de Energia publicou nesta terça-feira (18) uma espécie de manual com medidas urgentes para reduzir o aquecimento global.

Descarbonizar. Se você ainda acha essa palavra meio estranha, vá se acostumando com ela. É isso que precisamos fazer com o planeta: diminuir a emissão de gases do efeito estufa.

E quem está dizendo, dessa vez, não são ambientalistas, é a Agência Internacional de Energia, organização que orienta e embasa políticas energéticas de diversas nações - políticas, até pouco tempo, guiadas pelos combustíveis fósseis.

Agora, em uma reviravolta, um relatório da agência abraça energias renováveis e limpas como forma de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima do período pré-industrial para evitar catástrofes irreversíveis. O plano da agência tem mais de 400 medidas, a maior parte urgente.

É preciso parar imediatamente com a aprovação de novas usinas de carvão e campos de exploração de petróleo. Em 2035, os países avançados teriam que zerar as emissões de gases de usinas de carvão ou gás e adotar tecnologias como a eólica, solar ou nuclear. E, em 2040, todas as usinas de carvão restantes no mundo seriam fechadas, ou adaptadas para absorver o carbono que produzem.

A revolução sobre como o mundo se move também precisa ser rápida. Hoje, apenas 5% dos veículos no mundo são elétricos. A agência afirma que, em nove anos, até 2030, esse número teria que saltar para 60%. E, em 2035, a agência propõe o fim da venda de carros movidos a combustíveis fósseis, para que, em 2050, apenas carros com baterias ou movidos a hidrogênio estejam nas ruas e estradas.

Se você acha que tudo isso, mudar o horizonte energético do planeta em tão curto espaço de tempo, vai ser impossível, a Agência Internacional de Energia discorda. No relatório, ela afirma que não vai ser impossível, mas que vai ser só o maior desafio que a humanidade já enfrentou.

Por Jornal Nacional

Brasil pode se tornar o maior hub de energia renovável do mundo

Hoje o setor elétrico brasileiro é responsável por apenas 3% das emissões de gases de efeito estufa, enquanto no mundo é de 25%

Diante da tendência inevitável de transição energética para uma economia de baixo carbono, especialistas, empresários e acadêmicos convergem que o Brasil pode se tornar o maior hub de energia renovável do mundo.

O debate sobre como o país pode se posicionar mundialmente e atrair investimentos foi promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e tratou das alternativas do sistema elétrico brasileiro para essa nova economia. Hoje o setor elétrico brasileiro é responsável por apenas 3% das emissões de gases de efeito estufa, enquanto no mundo é de 25%.

Segundo Luiz Barroso, presidente da consultoria PSR, isso garante competitividade em relação ao resto do mundo, já que 85% da energia elétrica no Brasil é renovável. “A matriz elétrica brasileira é muito adaptada para a descarbonização de outros setores da economia. O grande desafio é utilizar esse potencial para descarbonizar o setor de transportes e alavancar novos setores energéticos”, diz.

Nesse mesmo raciocínio, a diretora presidente adjunta da Neoenergia, Solange Ribeiro, acrescenta que eletrificar a economia é a chave para o Brasil surfar nessa onda de transição energética. “Temos condição de ofertar para o resto do mundo renovável, com baixa pegada de carbono e competitividade”, afirma.

Novos atores na matriz energética

Barroso lembrou que para atender as metas do Acordo do Clima de Paris, está havendo no mundo uma disponibilidade grande de investimentos em novas tecnologias sustentáveis, como o plano do presidente americano Joe Biden, por exemplo, em que vai alocar mais de US$ 2 trilhões.

Além de novas tecnologias sustentáveis, o consultor acredita que fontes de geração renovável vão guiar esse processo. Barroso aposta que geração distribuída associada às tecnologias de armazenamento vão liderar esse processo.

“Solar é o que mais vai crescer pelo lado distribuído da geração, seguido de eólicas. E o armazenamento é a tecnologia que deve mais crescer pelo volume de investimentos”.

Doutor em planejamento energético pela Unicamp, Daniel Lopes inclui o hidrogênio verde na lista de fontes que vão emergir no futuro. O acadêmico aposta na fonte como um vetor energético importante que vai atender o consumo de energia de países da Europa, como a Alemanha.

“É o elemento mais abundante no universo, não há emissão de carbono e por ser um vetor energético, pode ser extraído de diversas fontes. A estratégia global está seguindo nesse caminho”.

Fonte: ROBSON RODRIGUES, DA AGÊNCIA CANAL ENERGIA, DE SÃO PAULO

O plano trilionário para capturar CO2 do ar e esfriar a Terra



A Carbon Engineering está planejando construir, no Texas, a maior usina de captura direta de ar do mundo

O ano é 2050. Saia do Museu do Petróleo da Bacia do Permiano, no Estado americano do Texas, e dirija em direção ao norte atravessando a vegetação castigada pelo sol, onde algumas bombas de óleo remanescentes compõem a paisagem, e você vai se deparar com um palácio cintilante.

A terra aqui é espelhada: as ondas azul-prateadas de um imenso painel solar se estendem em todas as direções.

Ao longe, eles esbarram em uma parede cinza colossal de cinco andares de altura e quase um quilômetro de comprimento. Atrás deste muro, você avista as tubulações e pórticos de uma fábrica de produtos químicos.

Conforme você se aproxima, vê que a parede está se movendo — ela é inteiramente composta de ventiladores enormes que giram em caixas de aço. Parece um aparelho de ar-condicionado gigantesco, soprando em proporções inacreditáveis.

De certa forma, é exatamente isso. Você está olhando para uma usina de captura direta de ar (DAC, na sigla em inglês), uma das dezenas de milhares do tipo em todo o mundo. Juntas, elas estão tentando resfriar o planeta sugando dióxido de carbono do ar.

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Esta paisagem texana ficou famosa pelos bilhões de barris de petróleo extraídos de suas profundezas durante o século 20. Agora, o legado desses combustíveis fósseis — o CO2 em nosso ar — está sendo bombeado de volta para os reservatórios vazios.

Se o mundo deseja cumprir as metas do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5 °C até 2100, paisagens como esta podem ser necessárias em meados do século.

Mas voltemos por um momento até 2021, para Squamish, na Província canadense de British Columbia, onde, em contraste com um horizonte bucólico de montanhas nevadas, estão sendo feitos os últimos retoques em um dispositivo do tamanho de um celeiro coberto com uma lona azul.

Quando entrar em operação, em setembro, o protótipo da usina de captura direta de ar da Carbon Engineering começará a remover 1 tonelada de CO2 do ar todos os anos.


A usina piloto da Carbon Engineering em British Columbia, no Canadá, será o modelo para usinas de DAC muito maiores

É um pequeno começo, e uma usina um pouco maior no Texas está em andamento, mas esta é a dimensão típica de uma usina de DAC hoje.

"As mudança climática estão sendo causadas pelo excesso de CO2", diz Steve Oldham, executivo-chefe da Carbon Engineering. "Com a DAC, você pode remover qualquer emissão, em qualquer lugar, a qualquer momento. É uma ferramenta muito poderosa."

A maior parte da captura de carbono se concentra na limpeza das emissões na fonte: purificadores e filtros em chaminés que evitam que gases nocivos atinjam a atmosfera.

Mas isso é impraticável para pequenas e numerosas fontes pontuais, como os cerca de 1 bilhão de automóveis do planeta. Tampouco pode combater o CO2 que já está no ar. É aí que entra a captura direta.

Se o mundo quer evitar mudanças climáticas catastróficas, migrar para uma sociedade neutra em carbono não é suficiente.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) alertou que limitar o aquecimento global a 1,5 °C até 2100 exigirá tecnologias como a DAC para "implantação em larga escala de medidas de remoção de dióxido de carbono" — larga escala, neste caso, são vários bilhões de toneladas a cada ano.

O empreendedor Elon Musk prometeu recentemente US$ 100 milhões para desenvolver tecnologias de captura de carbono, enquanto empresas como Microsoft, United Airlines e ExxonMobil estão fazendo investimentos de bilhões de dólares nesta área.

"Os modelos atuais sugerem que vamos precisar remover 10 bilhões de toneladas, ou gigatoneladas, de CO2 por ano até 2050 e, no fim do século, esse número precisa dobrar", diz Jane Zelikova, cientista do clima da Universidade de Wyoming, nos Estados Unidos.

No momento, "não estamos removendo praticamente nada". "Precisamos começar do zero".

A usina da Carbon Engineering em Squamish foi projetada como uma plataforma de testes para diferentes tecnologias. Mas a empresa tem um projeto para uma usina muito maior nos campos de petróleo do oeste do Texas, que capturaria 1 milhão de toneladas de CO2 por ano.

"Uma vez que estiver pronto, é como uma forma, você simplesmente constrói réplicas dessa usina", diz Oldham.

Ele admite, no entanto, que o volume de trabalho pela frente é vertiginoso. "Precisamos extrair 800 gigatoneladas da atmosfera. Isso não vai acontecer da noite para o dia."

Céu azul

A ciência da captura direta de ar é simples. Há várias maneiras de fazer isso, mas o sistema da Carbon Engineering usa ventiladores para puxar ar contendo 0,04% de CO2 (níveis atmosféricos de hoje) por meio de um filtro embebido em solução de hidróxido de potássio — produto químico conhecido como potassa cáustica, usado na fabricação de sabão e vários outros produtos.


A instalação da Climeworks perto de Zurique, na Suíça, vende o CO2 que captura para as estufas de produtores de hortaliças da região

O hidróxido de potássio absorve CO2 do ar. O líquido é canalizado para uma segunda câmara e misturado com hidróxido de cálcio, a cal usada na construção civil, que se prende ao CO2 dissolvido, produzindo pequenos flocos de calcário.

Esses flocos são peneirados e aquecidos em uma terceira câmara, de calcinação, até que se decomponham, liberando CO2 puro, que é capturado e armazenado. Em cada etapa, os resíduos químicos são reciclados.

Com as emissões globais de carbono continuando a aumentar, a meta climática de 1,5 °C parece cada vez menos provável de ser alcançada sem intervenções como essa.

"O número de coisas que teriam que acontecer sem a captura direta de ar é tão extenso e variado que é altamente improvável que sejamos capazes de cumprir o Acordo de Paris sem ela", diz Ajay Gambhir, pesquisador sênior do Instituto Grantham para Mudança Climática da Universidade Imperial College London, no Reino Unido, e um autor de um artigo sobre o papel da DAC na mitigação do clima.

O IPCC apresenta alguns modelos de estabilização do clima que não dependem da captura direta de ar, mas Gambhir adverte que eles são "extremamente ambiciosos" em suas previsões sobre os avanços na eficiência energética e a disposição das pessoas em mudar seu comportamento.

"Passamos do ponto em que a redução das emissões precisava ocorrer", acrescenta Zelikova. "Estamos confiando cada vez mais na DAC."

A DAC está longe de ser a única maneira de o carbono ser retirado da atmosfera. Ele pode ser removido naturalmente por meio de mudanças no uso da terra, como o plantio de florestas.

Mas é algo lento e exigiria grandes extensões de terras valiosas — reflorestar uma área do tamanho dos Estados Unidos, segundo alguns estimam, e aumentar o preço dos alimentos em cinco vezes no processo.

E, no caso das árvores, o efeito da remoção do carbono é limitado, uma vez que elas acabarão morrendo e liberando o carbono armazenado, a menos que possam ser derrubadas e queimadas em um sistema fechado.

O tamanho do desafio para a remoção de carbono usando tecnologias como a DAC, em vez de plantas, não é menor.

O artigo de Gambhir calcula que simplesmente manter o ritmo das emissões globais de CO2 — atualmente, 36 gigatoneladas por ano — exigiria construir cerca de 30 mil usinas de DAC de larga escala, mais de três para cada central elétrica a carvão em operação no mundo hoje.

A construção de cada usina custaria até US$ 500 milhões — chegando a um custo de até US$ 15 trilhões.

Cada uma dessas unidades precisaria ser abastecida com solvente para absorver o CO2. O abastecimento de uma frota de usinas grande o suficiente para capturar 10 gigatoneladas de CO2 por ano vai exigir cerca de 4 milhões de toneladas de hidróxido de potássio, o equivalente a uma vez e meia todo o fornecimento anual global deste produto.

E uma vez que essas milhares de usinas forem construídas, elas também vão precisar de energia para funcionar.


Estimular o crescimento de hortaliças em estufas pode se uma aplicação para o CO2 capturado do ar pela DAC

"Se esta fosse uma indústria global absorvendo 10 gigatoneladas de CO2 por ano, você estaria gastando 100 exajoules, cerca de um sexto da energia global total", diz Gambhir.

A maior parte dessa energia é necessária para aquecer a câmara de calcinação a cerca de 800 °C — quente demais para a energia elétrica sozinha, então, cada planta de DAC precisaria de um aquecedor a gás e de uma boa fonte de gás.

As estimativas de quanto custa capturar uma tonelada de CO2 do ar variam amplamente, de US$ 100 a US$ 1 mil por tonelada.

Oldham diz que a maioria dos números é excessivamente pessimista — ele está confiante de que a Climate Engineering pode remover uma tonelada de carbono por apenas US$ 94, especialmente quando se tornar um processo industrial difundido.

Um problema maior é descobrir para onde enviar a conta. Incrivelmente, salvar o mundo acaba sendo algo muito difícil de vender, comercialmente falando.

A captura direta de ar resulta, no entanto, em uma mercadoria valiosa: milhares de toneladas de CO2 comprimido.

Isso pode ser combinado com o hidrogênio para produzir um combustível sintético neutro em termos de carbono. E poderia então ser vendido ou queimado nos aquecedores a gás da câmara de calcinação (onde as emissões seriam capturadas e o ciclo continuaria novamente).

Surpreendentemente, um dos maiores clientes do CO2 comprimido é a indústria de combustíveis fósseis.

À medida que os poços secam, não é incomum espremer o óleo restante do solo pressionando o reservatório usando vapor ou gás em um processo chamado recuperação aprimorada de petróleo.

O dióxido de carbono é uma escolha popular para isso e vem com o benefício adicional de reter esse carbono no subsolo, completando o estágio final de captura e armazenamento de carbono.

A Occidental Petroleum, que se associou à Carbon Engineering para construir uma planta de DAC em larga escala no Texas, usa 50 milhões de toneladas de CO2 todos os anos na recuperação aprimorada de petróleo.

Cada tonelada de CO2 usada dessa forma vale cerca de US$ 225 somente em créditos fiscais.

Talvez seja apropriado que o CO2 presente no ar acabe sendo devolvido ao subsolo dos campos de petróleo de onde veio, embora possa ser irônico que a única maneira de financiar isso seja buscando ainda mais óleo.

A Occidental e outras empresas esperam que, ao bombear CO2 no solo, possam reduzir drasticamente o impacto do carbono do petróleo: uma operação típica de recuperação aprimorada sequestra uma tonelada de CO2 para cada 1,5 tonelada que libera de óleo fresco.

Portanto, embora o processo reduza as emissões associadas ao petróleo, ele não equilibra as contas.

Outras alternativas

Mas há outros usos que podem se tornar mais viáveis ​​comercialmente. A Climeworks, empresa de captura direta de ar, tem 14 unidades de menor escala em operação sequestrando 900 toneladas de CO2 por ano, que vende para uma estufa para estimular o crescimento da plantação de picles.

E agora está trabalhando em uma solução de longo prazo: uma usina em construção na Islândia vai misturar CO2 capturado com água e bombeá-lo até 500 ou 600 metros abaixo do solo, onde o gás reagirá com o basalto ao redor e se transformará em pedra.

Para financiar isso, ela oferece às empresas e aos cidadãos a possibilidade de comprar crédito de carbono, a partir de meros 7 euros por mês. Será que o resto do mundo pode ser convencido a fazer isso?

"A DAC sempre custará dinheiro e, a menos que você seja pago para isso, não há incentivo financeiro", diz Chris Goodall, autor de What We Need To Do Now: For A Zero Carbon Future (O que precisamos fazer agora: para um futuro com carbono zero, em tradução livre).

A Climeworks pode vender créditos para pessoas virtuosas, firmar contratos com a Microsoft e a Stripe para tirar algumas centenas de toneladas de carbono por ano da atmosfera, mas isso precisa ser aumentado em um milhão de vezes, e requer que alguém pague por isso.

"Há subsídios para carros elétricos, financiamento barato para usinas solares, mas você não vê isso para DAC", diz Oldham.

"Há tanto foco na redução de emissões, mas não existe o mesmo grau de foco no resto do problema, o volume de CO2 na atmosfera. O grande impedimento para a DAC é que a ideia não está nas políticas".

Zelikova acredita que a DAC seguirá um caminho semelhante ao de outras tecnologias climáticas e se tornará mais acessível.

"Temos curvas de custo bem desenvolvidas que mostram como a tecnologia tem o custo reduzido muito rapidamente", afirma.

"Superamos obstáculos semelhantes com a energia eólica e solar. O principal é implementa-las ao máximo. É importante que o governo apoie a comercialização — ele tem um papel como primeiro cliente, e um cliente com o bolso cheio de dinheiro."


Instalações na Islândia pretendem mineralizar o CO2 para mantê-lo fora de circulação na atmosfera como uma solução de longo prazo

Goodall defende um imposto global sobre o carbono, o que tornaria caro emitir carbono, a menos que os créditos fossem adquiridos.

Mas ele reconhece que essa ainda é uma opção politicamente impopular. Ninguém quer pagar impostos mais altos, especialmente se os efeitos do nosso estilo de vida de alta demanda energética — incêndios florestais crescentes, secas, inundações, aumento do nível do mar — forem vistos como sendo arcados por outra pessoa.

Zelikova acrescenta que também precisa haver um diálogo mais amplo na sociedade sobre quanto devem custar esses esforços.

"Há um custo enorme nas mudanças climáticas, nos desastres naturais induzidos ou exacerbados. Precisamos acabar com a ideia de que a DAC deveria ser barata".

Risco e recompensa

Mesmo se concordarmos em construir 30 mil usinas de DAC em escala industrial, encontrar os materiais químicos para opera-las e o dinheiro para pagar por tudo isso, ainda não estaremos fora de perigo.

Na verdade, podemos acabar em uma situação pior do que antes, graças a um fenômeno conhecido como dissuasão da mitigação.

"Se você acha que a DAC estará lá no médio a longo prazo, você não fará tanta redução de emissões no curto prazo", explica Gambhir.

"Se a ampliação der errado — se for difícil produzir o adsorvente, ou se degradar mais rapidamente, se for mais complicado tecnologicamente, se acabar sendo mais caro do que o esperado —, então, de certa forma, por não ter agido rapidamente no curto prazo, você efetivamente se vê encurralado em um caminho de temperaturas mais altas."

Os críticos da DAC apontam que grande parte de seu apelo reside na promessa de uma tecnologia hipotética que nos permite continuar vivendo nosso estilo de vida rico em carbono.

Mesmo assim, Oldham argumenta que, para algumas indústrias difíceis de descarbonizar, como a da aviação, os créditos que financiam a DAC podem ser a opção mais viável.

"Se for mais barato e mais fácil retirar o carbono do ar do que parar de voar, talvez seja esse papel que a DAC desempenha no controle de emissões."

Gambhir argumenta, por sua vez, que não é uma situação do tipo "isso ou aquilo". "Precisamos reduzir rapidamente as emissões no curto prazo, mas, ao mesmo tempo, desenvolver a DAC com determinação para ter certeza de que poderemos contar com ela no futuro."

Zelikova concorda: "A DAC é uma ferramenta fundamental para equilibrar o orçamento de carbono, de forma que o que não podemos eliminar hoje possa ser removido mais tarde."

Enquanto Oldham busca expandir a Carbon Engineering, o fator primordial é provar que a DAC em larga escala é "viável, acessível e disponível".

Se ele for bem-sucedido, o futuro do clima do nosso planeta pode mais uma vez ser decidido nos campos de petróleo do Texas.

BSBIOS estabelece meta de carbono neutro para biodiesel até 2030

BSBIOS encerrou o ano passado com a marca de 755 milhões de litros de biodiesel produzido, (BSBIOS Paraguai/Assessoria de imprensa)

Na semana em que a BSBIOS completa 16 anos, a empresa do ECB Group, divulgou a quinta edição do Relatório de Sustentabilidade BSBIOS 2020 com destaque para as práticas exercidas nas dimensões sociais, econômicas ambientais e de governança e ética.

O documento apresenta estudos sobre o impacto ambiental, com destaque para o resultado estimativo do valor do carbono sobre as emissões evitadas pela empresa.

E um outro estudo que atualiza sobre o impacto econômico da BSBIOS nos municípios nos quais a empresa está inserida.

O relatório segue as diretrizes da Global Reporting Initiative (Organização Internacional de Padrões Independente), adotando o modelo ESG (Environmental, Social and Governance) e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Segundo o levantamento, que compreende de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2020, ficou evidenciado o comprometimento da BSBIOS com a geração de valor sustentável.

Nesse período, a empresa modificou sua estrutura societária adquirindo 50% das ações que pertenciam a Petrobras (PETR3; PETR4) Biocombustível e, assim, tornou-se detentora de 100% do negócio.

Somado a isso, a BSBIOS encerrou o ano passado com a marca de 755 milhões de litros de biodiesel produzido, seguindo assim pelo terceiro ano consecutivo como a maior produtora de biodiesel do mercado brasileiro.

Em 2020, a empresa realizou investimentos em infraestrutura, tecnologia e inovação de mais de R$ 45 milhões em suas unidades.

A indústria de biodiesel de Passo Fundo(RS) foi ampliada em 43,5%, alcançado a capacidade de produzir 414 milhões de litros de biodiesel por ano (BSBIOS Passo Fundo – RS)

No começo de 2021, a empresa realizou novas ampliações na unidade de Passo Fundo (RS) e de Marialva (PR), que agora tem capacidade para fabricar 468 milhões de litros de biodiesel por ano. Ou seja, a companhia está com uma capacidade total de 936 milhões de litros de biodiesel por ano.

Além disso, a empresa alcançou em 2020 um faturamento de R$ 5,3 bilhões (57,5% superior ao ano anterior), lucro líquido de R$ 311,6 milhões e EBITDA de R$ 574,4 milhões, o que significa o melhor resultado financeiro da história da companhia.

O impacto da BSBIOS nos municípios de Passo Fundo e Marialva também são expressivos.

A companhia foi responsável por 19,6% do PIB de Passo Fundo e 29,8% do PIB de Marialva, contribuindo com impostos na soma de R$ 1 bilhão superior devido à atividade da BSBIOS no município gaúcho e de R$ 470 milhões para o município paranaense.

Em 2020, a empresa também investiu R$ 3,4 milhões em projetos sociais alinhados com seu negócio e seu propósito, tendo como responsabilidade apoiar ações que beneficiem a comunidade, entre eles iniciativas que contribuíram para a prevenção do coronavírus.

“Esse resultado reflete nosso compromisso de crescer de forma orgânica, com um portfólio de investimentos em constante renovação. A excelência operacional, os cuidados com a preservação ambiental e a cooperação com as comunidades nas quais estamos inseridos, são valores sustentados e difundidos pela companhia desde a sua criação”, afirma Erasmo Carlos Battistella, presidente da BSBIOS.

A empresa possui certificações nacionais e internacionais de seus produtos, que atestam a qualidade, a sustentabilidade e sua conformidade. Entre elas, destacam-se a certificação ISCC – International Sustainability and Carbon Certification EU (Certificação Internacional em Sustentabilidade e Carbono) e o Renovabio.

A ISCC atesta que o biodiesel produzido pela BSBIOS, desde a produção da matéria-prima sustentável (gorduras animais) até a sua industrialização, reduz de 86% à 90% a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), se comparado ao diesel fóssil, colaborando para a redução de emissões de CO2 na atmosfera.

Já o Renovabio, à credencia participar do mercado de CBIOS (Créditos de Descarbonização), com a produção de biodiesel a partir de gorduras animais.

A companhia atua no setor de energias renováveis a favor da economia de baixo carbono e, desde 2018, faz a gestão das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de suas operações.

Após três anos dessas ações, é possível verificar os efeitos da gestão, ou seja, mesmo com o aumento de 38% na produção, a intensidade de emissões de GEE sofreu uma redução de 9,1%, passando de 30,6 para 27,8 kgCO2e/m3 de biodiesel B100.

Isso significa que o processo de produção de biodiesel está sendo mais eficiente quanto à redução de GEE na atmosfera.

“Planejamos está entre as três maiores produtoras de biocombustíveis do mundo, além de nos tornarmos Carbono Neutro até 2030” (Presidente da BSBIOS/imagem cedida)

“Buscamos inovação e avanços tecnológicos, reconhecendo o nosso papel no contexto do desenvolvimento sustentável de nossas atividades, estando absolutamente comprometidos com os temas socioambientais e de governança (ESG)”, conclui Battistella.

Ômega Green no Paraguai

Visando atingir os objetivos do seu novo Planejamento Estratégico, no qual está projetando o seu desenvolvimento até 2030, a BSBIOS entra definitivamente no mercado de Biocombustíveis Avançados ou de segunda geração.

Por meio de capitalização da ECB holding na BSBIOS, a Companhia passou a ter o controle da empresa ECB Paraguai, assumindo a liderança do projeto da Biorefinaria Omega Green.

Com isso, a empresa passou a ser denominada BSBIOS Paraguai e em seu portfólio de produtos irá produzir biocombustíveis avançados (Diesel Renovável – HVO, Bioquerosene – SPK e Naphtha).

O Ômega Green está em fase de finalização de projeto de engenharia executiva, com obras de construção previstas para iniciar no segundo semestre de 2021, na cidade de Villeta, no Paraguai.

Com capacidade para produzir 20 mil barris de biocombustíveis avançados por dia, a partir de fontes renováveis (soja, pongâmia, carinata, óleo reciclado – UCO e gorduras animais), sua produção está 90% vendida para grandes empresas, como a BP e a Shell (RDSA34).

O Chile pede para modificar o imposto verde


O imposto sobre o CO2, ou taxa verde, é reconhecido internacionalmente como uma ferramenta poderosa para promover a transição para uma matriz de geração 100% renovável e limpa. No entanto, as distorções com as quais se aplica no Chile e sua baixa quantidade reduzem e praticamente anulam sua efetividade. É urgente modificar a lei tributária para corrigir o imposto e assim atingir as metas do governo e do IPCC.

Carlos Finat, diretor executivo da Associação Chilena de Energia Renovável e Armazenamento, lançou uma carta aberta em que ele defende a modificação da lei fiscal para corrigir o "imposto verde". Na verdade, sua carta é intitulada "O imposto verde que as energias renováveis ​​continuam a pagar":

Durante o presente ano, 60% da energia elétrica foi gerada com combustíveis que emitem CO2 e poluentes locais. O desafio apresentado pelo presidente Sebastian Piñera, em consonância com as exigências do IPCC - órgão da ONU responsável pela crise climática - é atingir zero de emissões líquidas de CO2 antes de 2050. A geração elétrica é responsável por mais de 20% das emissões de CO2 do nosso país. Esse peso, somado à grande disponibilidade de energia renovável e limpa no Chile, significa que o setor de geração oferece um grande potencial na mitigação de emissões sem custos adicionais.

O imposto sobre o CO2, ou imposto verde, é reconhecido internacionalmente como uma ferramenta poderosa para conduzir a transição para uma matriz de geração de 100% renovável e limpo. No entanto, as distorções aplicado no Chile e na sua baixa quantidade, reduzir e praticamente anular a sua eficácia. É urgente alterar a lei fiscal para corrigir o imposto e, assim, alcançar os objetivos do governo e do IPCC. Deve incluir o custo do imposto sobre o CO2 no custo variável da estação central para o sistema elétrico favorece o uso de pagar menos imposto -por assim mais limpos- e também para evitar o imposto a pagar é reduzido o sistema de compensação, como o presente, o que requer geradores renováveis ​​que não emitem, para pagar 6.971 milhões de pesos, o equivalente a 42% do valor de compensação.

A oportunidade é agora e esperamos que o Parlamento e o Governo tenham em mente a urgência de proceder a estas modificações, a fim de avançar para a redução das emissões necessárias, aproveitando os nossos vastos recursos renováveis.

Carlos Finat D. 
Diretor Executivo 
Associação Chilena de Energia Renovável e Armazenamento 
ACERA AG.

O Papa em reunião com grandes petroleiros e banqueiros estão falando sobre impostos de carbono

Instalação de Energia de Revisão para Damariscotta Baptist Church em Damariscotta Maine. Imagem: Energia de Revisão

O Papa Francisco realizou uma reunião a portas fechadas na Academia de Ciências com os CEOs de empresas de petróleo e empresas de investimento para tratar da mudança climática, com um grupo se comprometendo a apoiar um preço de carbono “economicamente significativo”.

O papa Francisco realizou uma reunião a portas fechadas com executivos de petróleo, gestores de investimentos e outros para discutir preços de carbono, decisões baseadas na ciência e a necessidade de abraçar a “transição radical de energia” que se aproximava. Esta é a segunda vez que o papa Francisco convocou uma reunião com as principais empresas de petróleo do mundo para conversas dessa natureza.

Em comentários divulgados pelo Vaticano sobre o tema da Transição e Cuidado da Energia de nosso Lar Comum, o Papa Francisco afirmou: “Sua reunião concentrou-se em três pontos inter-relacionados: primeiro, uma transição justa; segundo, precificação de carbono; e terceiro, a transparência no relato do risco climático. Estas são três questões imensamente complexas e recomendo que você as tome e ao seu nível, um nível sério e científico ”.

No final da reunião, um comunicado foi divulgado por 31 dos grupos sobre preços de carbono. A declaração, no site da organização da Universidade Notre Dame, observa especificamente que o acordo foi alcançado sobre o seguinte:

Regimes confiáveis ​​e economicamente significativos de precificação de carbono, sejam baseados em impostos, mecanismos de negociação ou outras medidas baseadas no mercado, devem ser estabelecidos pelos governos em um nível que incentive práticas de negócios, comportamento do consumidor, pesquisa e investimento para avançar significativamente na transição energética. os custos para as comunidades vulneráveis ​​e apoiar o crescimento econômico.

O documento é assinado por 31 grupos, incluindo Blackrock, representantes do Estado da Califórnia, Exxon, grupos ativistas e muitos outros.

Foi notado por muitos no campo da ciência do clima que as grandes empresas petrolíferas muitas vezes proclamaram o apoio ao imposto sobre o carbono publicamente, enquanto nos canais atrasados ​​financiaram claramente a negação do clima.

Atualmente, o procurador-geral de Massachusetts está liderando um processo contra o participante e signatário da Exxon, sugerindo que o petrolífero sabia da mudança climática na década de 1970, projetou os volumes e os efeitos do acúmulo de CO2 com precisão. que empurrou a negação ou a dúvida do clima, enquanto retendo dos acionistas as possíveis conseqüências econômicas da mudança climática.

Nas recentes eleições intercalares, o pessoal do Estado de Washington rejeitou a Medida de Iniciativa # 1631, um imposto de US$ 15,00 / t sobre a poluição de carbono , por um voto de 56-43% com quase 2 milhões de votos. Vários políticos federais sugeriram um “dividendo de carbono”, mas isso também não deu em nada.

E enquanto um imposto sobre carbono poderia ser útil como parte de um conjunto de políticas, a revista dos EUA argumentou que um imposto sobre carbono sozinho não atenderia às nossas necessidades, uma vez que a ação passiva do mercado passou devido às manipulações políticas e sociais mencionadas anteriormente.

IEEFA se junta a clareza de política sobre a ambição de emissão zero do Reino Unido

Um consultor de finanças energéticas do think-tank internacional adicionou sua voz às demandas de Theresa May, ou seu sucessor, explicando exatamente como a meta de descarbonização será cumprida, e citou falhas na energia solar como um aviso sobre como não proceder.

É este o homem para trazer o Reino Unido um futuro sem carbono? Imagem: Equipe de campanha do BackBoris2012 / Flickr

O coro de vozes da indústria de energia renovável do Reino Unido, exigindo que o governo leve em conta suas tecnologias concorrentes, já que o país almeja um futuro de carbono zero líquido, não será uma surpresa para ninguém.

Da mesma forma, pedidos de potenciais investidores renováveis ​​e órgãos da indústria para esclarecer como o governo do Reino Unido alcançará sua ambição ambiciosa de 2050 são o mesmo para o curso.

Quando os corpos internacionais de energia se juntam à briga, no entanto, o debate assume um tom diferente, e uma intervenção do Instituto de Economia da Energia e Análise Financeira (IEEFA) tem dado grande relevo às falhas do governo do Reino Unido em energia limpa e à energia solar. especial.

O consultor de finanças de energia do IEEFA, Gerard Wynn, criticou ontem a decisão do governo de Theresa May de acabar com os subsídios para a cobertura solar em março sem ter um regime de substituição em vigor. Os instaladores e varejistas de produtos solares ficaram pendurados até segunda-feira, quando Whitehall esboçou planos para sua Garantia de Exportação Inteligente . O programa da SEG entrará em vigor no final do ano, ou seja, os geradores de rooftops terão nove meses sem qualquer direito legal de pagamento pelo excesso de energia exportado de volta para a rede.

Lutas solares ilustram problema

O consultor da IEEFA, Wynn, citou a solar como evidência da necessidade do governo do Reino Unido de explicar em detalhes que tipo de regulamentos introduzirá para atingir a neutralidade do carbono em 31 anos.

Enfatizando a conveniência de uma abordagem neutra em tecnologia e a importância de emitir políticas claras para dar confiança aos investidores, Wynn disse: “O recente hiato na indústria de energia solar do país é um exemplo - assim como reformas mais amplas do mercado de eletricidade - por como a política desarticulada pode se tornar ”.

O representante do IEEFA, com sede em Ohio, também criticou o mercado de capacidade introduzido pelo Reino Unido em 2014 para garantir a segurança do fornecimento de energia, afirmando que “beneficiou principalmente a geração convencional de carvão, gás e nuclear”. O mercado está atualmente sob suspensão depois que a Corte Européia de Justiça censurou a aprovação do esquema emitido pela Comissão Européia, afirmando que o mecanismo equivalia a um regime de incentivo para a geração tradicional, já que não dava peso suficiente à resposta do lado da demanda. tecnologia.

O que Boris faria?

E Wynn também criticou as reformas que estão sendo realizadas pelo regulador do mercado de energia do Reino Unido, Ofgem, ao regime de cobrança que permite aos operadores da rede elétrica recuperar os custos. "Essas reformas de cobrança de rede estão em processo de erosão de incentivos para instalar os recursos de energia distribuída que devem ser a espinha dorsal da rede, incluindo armazenamento de bateria e energia eólica e solar", disse Wynn.

Investidores renováveis ​​que vêm trabalhando há anos sob a incerteza e o vácuo político causados ​​por um doloroso processo Brexit foram agora atingidos por um duplo golpe, com o advento de uma campanha igualmente confusa para que os eleitores conservadores selecionassem o próximo primeiro-ministro.

É quase impossível averiguar as credenciais ambientais do esmagador favorito Boris Johnson, já que sua estratégia de campanha parece ser a de fazer o menor número possível de aparições públicas para minimizar a chance de torpedear suas chances com uma gafe caracteristicamente sincera. No entanto, durante o tempo em que o prefeito de Londres, Johnson, discursou contra o plano de seu partido de cortar as tarifas de alimentação solar.

O que está claro é que ele está claramente no campo de Brexit, junto com muitos dos outros contendores, e daria pouca atenção à condenação da ECJ a um mercado de capacidade supostamente tradicional, tendencioso à geração.

Neoenergia lidera a maior emissão de títulos verdes do Brasil

A subsidiária brasileira da espanhola Iberdrola colocou 296,2 milhões de euros a uma taxa de juros de 4,07% a 4,22%, o maior título de infraestrutura verde colocado até agora no Brasil.

Governo de Pernambuco

A Neoenergia, subsidiária brasileira da Iberdrola, concluiu com sucesso sua primeira colocação de títulos verdes com um montante de 1.298,26 milhões de reais (cerca de 296,2 milhões de euros).

O custo da emissão é baseado no índice de inflação, e estabeleceu margens de 4,07% para a parcela de 10 anos (a menor para uma operação com essas características nesse prazo) e de 4,22% para o trecho de 14 anos.

A operação significou a maior colocação de infraestruturas “verdes” feitas na história do Brasil, país onde a empresa planeja investir 6.500 milhões de euros nos próximos cinco anos. A Neoenergia está presente em 18 dos 27 estados do Brasil e possui mais de 3.700 MW, dos quais quase 86% são renováveis.

Os recursos obtidos serão utilizados para financiar e refinanciar projetos de energia renovável e redes Neoenergia.

Com essa ação, a Neoenergia se une à estratégia do grupo de aumentar o investimento "verde", uma vez que a Iberdola é atualmente a maior emissora de títulos corporativos verdes em todo o mundo. Em 2014, foi a primeira empresa elétrica espanhola a colocar títulos desse tipo e hoje possui 12 títulos verdes emitidos, além dos dois da sua subsidiária norte-americana Avangrid e Neoenergia. O montante total de obrigações verdes emitidas pelo grupo excede agora 9.500 milhões de euros.

Governo do Reino Unido anuncia ambição de neutralidade de carbono 2050

Deixando o último hurra, a primeira-ministra do acidente de Brexit, Theresa May, anunciou um instrumento estatutário para emendar a Lei de Mudança Climática de 2008. Atualmente, a lei prescreve um corte de emissões de 80% até 2050, a partir de 1990. A nova lei terá como objetivo as emissões líquidas zero até 2050, fazendo do Reino Unido o primeiro país do G7 a aprovar tal legislação.

O Reino Unido será o primeiro país do G7 a consagrar uma lei de zero carbono na lei.

Está rapidamente se tornando uma tradição britânica para os primeiros-ministros se despedirem, deixando problemas intransponíveis na bandeja para seus sucessores. Theresa May, entregou Brexit por David Cameron, anunciou hoje uma ambição de carbono net-zero na Câmara dos Comuns.

May, é claro, está em sua turnê de despedida depois de repetidamente não conseguir uma maioria parlamentar para o acordo Brexit que ela negociou com a UE.

O primeiro-ministro disse que seu governo reagirá a um relatório encomendado pelo governo e produzido pela Comissão de Mudanças Climáticas (CCC). Como resultado das conclusões do relatório, o primeiro-ministro apresentará um instrumento estatutário para alterar a Lei de Mudanças Climáticas de 2008. Essa legislação exige que o Reino Unido reduza as emissões de gases do efeito estufa em 80% até 2050, usando as emissões de 1990 como linha de base. Um relatório do CCC produzido na época destacou os benefícios de tal mudança para a saúde pública e a poupança para o Serviço Nacional de Saúde com a melhoria da qualidade do ar, além de mencionar a redução da poluição sonora e o aumento da biodiversidade.

O que foi bom o suficiente em 2008, no entanto, não resiste ao escrutínio CCC por mais tempo. O comitê agora sugeriu uma ação mais ousada e diz que um cenário de carbono zero líquido até 2050 pode ser alcançado pelo mesmo custo da ambição anterior. O comitê pediu que as metas de veículos elétricos sejam antecipadas para 2035, para que a geração de energia limpa seja quadruplicada até 2050 e para a Escócia atinja emissões zero-zero em 2045. A CCC também deu conselhos sobre como melhorar a biodiversidade e o uso da tecnologia de captura de carbono. .

Negócios apoiam o movimento

A nova legislação fará do Reino Unido o primeiro país do G7 a legislar uma emissão líquida zero, disse o governo nesta manhã. May disse: “Permanecer não é uma opção. Atingir a net zero até 2050 é uma meta ambiciosa, mas é crucial atingi-la para garantir a proteção do nosso planeta para as gerações futuras ”.

O secretário de Estado para negócios, energia e estratégia industrial, Greg Clark, disse que o relatório deixa clara a viabilidade, bem como a necessidade da ambição. Em termos de emprego, ele disse, há 400 mil empregos no setor de baixo carbono e ele espera elevar esse número para dois milhões até 2030. Tecnologias de baixa emissão de carbono e energia limpa contribuem com £ 44,5 bilhões para a economia britânica a cada ano, segundo o relatório. ministro.

A Dame Carolyn Fairbairn, diretora-geral do grupo de lobby empresarial CBI, disse: “O negócio do Reino Unido está bem atrás do compromisso do governo de alcançar emissões zero líquidas até 2050. Essa legislação é a resposta certa para a crise climática global e as empresas estão prontas para jogar sua parte em combatê-lo. ”

A aparente adoção de uma legislação sobre mudança climática do PM de saída contrasta com as recentes políticas de seu governo, particularmente a reclassificação de energia solar residencial no Reino Unido.

Jack Dobson-Smith, da Associação Comercial Solar (STA), disse: “ O mercado doméstico está em uma situação mais frágil, com aumentos planejados de IVA para instalações de armazenamento solar e de bateria - onde o custo dos materiais está acima de 60% do custo total de instalação. - e não há garantias legais de remuneração das exportações de energia solar em pequena escala para a rede até o final do ano. É uma pena quando, mais do que nunca, o público precisa se sentir capacitado para agir. ”

Ele acrescentou que a indústria solar assumiria um papel vital na descarbonização do setor de energia do Reino Unido. O STA espera que de 4 a 7 GW de nova capacidade de geração fotovoltaica serão instalados nos próximos quatro anos. "A liderança estratégica em energia solar vem cada vez mais do governo local, dos prefeitos regionais e dos governos galês e escocês", disse Dobson-Smith.

Aumento da raiva pública

O porta-voz da STA disse que a maior tarefa para o governo se empenhar em realizar sua ambição de zero-rede seria criar “mercados e quadros regulatórios corretos para energia limpa para prosperar e se fundir com os setores de aquecimento e transporte”.

Num cenário de crescente protesto público por grupos incluindo as sextas - feiras para os grevistas da escola Future e o grupo de ação direta Rebelião da Extinção, o governo do Reino Unido parece disposto a dar à geração mais jovem uma opinião maior sobre o assunto.

"Pela primeira vez, os jovens terão a chance de moldar nossa futura política climática através do Grupo de Coordenação da Juventude", disse hoje um comunicado do gabinete do primeiro-ministro. “O grupo, criado pelo DCMS [Departamento de Digital, Cultura, Mídia e Esporte] e liderado pelo Conselho Britânico da Juventude, aconselhará o governo sobre as prioridades para a ação ambiental e dará um ponto de vista sobre o progresso até o momento dos compromissos existentes sobre clima; desperdício e reciclagem e perda de biodiversidade. [It] vai começar [sua] revisão em julho. ”

A Califórnia, quinta maior economia do mundo, prometeu emissões líquidas zero até 2045 e a França está trabalhando em uma lei para tornar sua economia neutra em carbono até 2050. Outros países europeus estão elaborando medidas semelhantes na esteira de ganhos significativos do Partido Verde na recente UE. eleições.

O novo governo finlandês prometeu recentemente neutralizar as emissões de carbono já em 2035. A UE provavelmente realizará uma meta de 2050 de neutralidade de carbono, mas a Finlândia terá sua presidência rotativa a partir de 1º de julho e poderá pressionar por um objetivo mais ambicioso.

Como as empresas estão liderando a transição de energia 100% renovável

Um novo relatório histórico da Energy Watch mostra que podemos alcançar 100% de energia renovável em apenas algumas décadas, e é acessível; tornando esta a resposta clara para combater as alterações climáticas.

Frans van den Heuvel, diretor executivo da Solarcentury. Imagem: Solarcentury

Mas o mais importante, talvez seja o fato de que essa transição para 100% de energias renováveis ​​já está acontecendo - e é o mundo corporativo que está liderando a carga.

Com os imperativos econômicos e sociais de enfrentar a mudança climática cada vez mais instigantes, um número crescente de empresas está minimizando suas operações, afastando-se de combustíveis fósseis cada vez mais voláteis, dando esperança de que isso possa (e venha a se tornar) mainstream.

Ele sinaliza uma reviravolta notável desde os primeiros dias da indústria, quando a energia solar estava fora de questão para a maioria das empresas. Havia os primeiros pioneiros, mas o argumento para uma abordagem de "povo e planeta" aos negócios ainda estava para ser formado, quanto mais conquistado.

Em 2019, vimos mais de 170 empresas assumindo o compromisso de mudar para 100% de energia renovável , com 37 já em 95%; tão perto de atingir seu alvo. Da Ikea e da Unilever, à Mars e à Budweiser, essas empresas são algumas das empresas mais influentes do mundo, todas integrantes do RE100 e 100% comprometidas com um futuro sem carbono.

Crescendo a economia de carbono zero

No terreno, estamos vendo empresas realmente seguirem em frente com contratos de compra de energia (PPAs) em particular. Este fornecimento de eletricidade renovável não é apenas positivo para a redução de CO 2 , mas está tendo um impacto significativo na economia global.

Segundo a IRENA, mais de 10 milhões de pessoas estão agora empregadas no setor global de energia renovável. Os compromissos corporativos com energia renovável estão elevando esse número e fornecendo novas injeções de capital significativas. Enquanto isso, de acordo com a Bloomberg NEF, os membros do RE100 estão investindo mais de US$ 94 bilhões .

O Bloomberg NEF calcula que os signatários do RE100 precisarão adquirir 197TWh adicionais de energia renovável em 2030 para alcançar suas metas de 100% - que precisarão ser atendidas com 100GW de novas usinas renováveis. Essa demanda impulsionará um investimento de cerca de US$ 90 bilhões em energia renovável na próxima década.

Suprimento corporativo de energias renováveis: mercado e tendências do setor (IRENA, 2018). Imagem: IRENA

Uma cultura emergente de carbono zero

Essas empresas de ponta têm uma filosofia nula de carbono embutida em sua cultura e agora estão divulgando publicamente sua transição. Esta é uma tendência emergente, mas importante, para a liderança em energias renováveis.

No início deste ano, a Budweiser inovou ao produzir seu comercial “Wind Never Felt Better” exibido durante o Super Bowl LIII. A controladora Anheuser-Busch estabeleceu uma meta para obter toda a eletricidade comprada de fontes renováveis ​​até 2025, e até lançou uma etiqueta de 100% de eletricidade renovável para a Budweiser.

Em maio de 2019, a Unilever Tea Kenya, a Solarcentury e a CrossBoundary Energy encomendaram uma usina solar de 619 kWp na fábrica de chá Unilever Kericho, a primeira instalação solar da empresa na África Subsaariana. Imagem: Solarcentury

Unilever : comprometida com zero carbono

A Unilever é um claro garoto-propaganda do mundo dos negócios sustentáveis ​​e pretende ser “carbono positiva” em suas operações até 2030. Como membro da iniciativa RE100, a empresa está comprometida em obter 100% da energia total em suas operações a partir de energias renováveis. 2030, e para o abastecimento de toda a rede de eletricidade comprada a partir de energias renováveis ​​até 2020.

Esse impulso vem direto do topo, com a alta administração firmemente comprometida com a noção de que a prática sustentável é o único caminho a seguir para os negócios. A prova está realmente lá; A Unilever gerou um retorno de acionistas de 300% nos últimos 10 anos, o dobro da taxa do mercado. Em 2017, suas marcas sustentáveis ​​entregaram 70% de seu crescimento.

Ikea: Tornar a energia solar predominante

Empregando 164.000 pessoas, o Ikea Group é particularmente ambicioso, comprometido em produzir o máximo de energia renovável que consome até 2020.

A Ikea agora vende sistemas solares prontos para uso para seus clientes na Holanda, Bélgica, Alemanha, Suíça, Polônia e mais recentemente na Itália. Imagem: Solarcentury

Ikea não queria definir um alvo para 2050; eles veem energia oferecendo uma fantástica oportunidade de progredir rapidamente, então a empresa colocou a sustentabilidade em primeiro lugar em sua estratégia para 2020.

A Ikea já é independente de energia na área nórdica, produzindo mais energia do que consome, e o mesmo será verdade nos EUA em breve. Em todo o mundo, a empresa implantou mais de 1,5 bilhão de euros em projetos de geração renovável. Ela possui e opera mais de 400 turbinas eólicas e instalou quase 900.000 painéis solares em suas lojas e centros de distribuição, incluindo recentemente em sua loja britânica Greenwich em Londres.

A empresa está dando um passo adiante e ajudando seus clientes a usar energia renovável com energia solar fácil e acessível. A Ikea agora vende sistemas solares prontos para uso para seus clientes na Holanda, Bélgica, Alemanha, Suíça, Polônia e mais recentemente na Itália.

A chave para o verdadeiro impulso

Assim, enquanto os governos nacionais deliberam sobre quando podemos fazer a mudança, as corporações com visão de futuro estão mostrando ao resto do mundo como a transição para 100% de energia renovável é feita. Notavelmente, muitos estão apontando para este alvo de 100% em uma década, mostrando que uma transição rápida não é apenas essencial, mas possível.

Liderança corporativa como essa deve ser celebrada, sem dúvida. No entanto, a chave para o verdadeiro impulso é que os governos de todo o mundo adotem essa mudança e removam todas as barreiras políticas remanescentes às energias renováveis ​​corporativas, abrindo o caminho para que isso se torne uma prática comum. Porque as vitórias, não apenas para o meio ambiente, mas para a economia e a sociedade como um todo, estão mais claras hoje do que nunca.

Frans é o executivo-chefe da Solarcentury desde 2012, trazendo mais de 20 anos de experiência em liderança no setor PV, incluindo sete anos no setor de semicondutores. Frans também foi o fundador e ex-CEO da Scheuten Solar.

FONTE: FRANS VAN DEN HEUVEL, DIRETOR EXECUTIVO DA SOLARCENTURY

O imposto sobre o carbono na África do Sul poderia elevar sua indústria fotovoltaica

A nação parece pronta para se juntar às fileiras dos protecionistas solares globais, mas qualquer temor sobre sua transição energética pode ser atenuado pela introdução de uma das primeiras taxas reais de carbono do mundo - desde que os emissores não tenham muitas lacunas.

O Presidente Cyril Ramaphosa assinou um genuíno imposto nacional sobre o carbono como lei. Imagem: GovernmentZA / Flickr

Com os desenvolvedores mirando o governo da África do Sul para mooting a imposição de direitos anti-dumping sobre as importações de painéis solares , o regime ANC de Cyril Ramaphosa pode alegar ter se colocado na vanguarda contra a mudança climática através da introdução de um imposto nacional sobre carbono.

O presidente sul-africano assinou a Lei do Imposto sobre o Carbono no 15, de 2019, que taxará as emissões de gases do efeito estufa a partir de sábado e poderá ajudar a revigorar a indústria de energia solar do país.

O setor solar na África do Sul tem sido afetado pelas muito publicitadas dificuldades financeiras da ESKOM, e os desenvolvedores de projetos alertaram que medidas protecionistas contra importações baratas de módulos dificultarão ainda mais a transição energética do país.

O governo espera que seu novo imposto global sobre as emissões de carbono incentive os poluidores a se voltarem para as fontes renováveis ​​de energia, mesmo que a lei tenha sofrido com a primeira fase, de três anos e meio.

Sob os termos da legislação, que veio após um período de consulta de nove anos, os impostos de carbono serão aplicados aos emissores cujas atividades excedam um limite declarado, por exemplo, provedores de eletricidade e calor que usam mais de 10 MW de energia térmica.

Subsídios fiscais até 2023

A Fase 1, que ocorrerá de sábado até o final de 2022 - de acordo com um anúncio feito pelo governo sul-africano no domingo - fornecerá uma série de permissões livres de impostos para permitir que grandes emissores se ajustem ao sistema antes da Fase 2, que entrará em vigor de 2023-2030, sujeito a uma revisão do sucesso da fase de abertura.

Com os emissores selecionados elegíveis para subsídios para remover todas as suas obrigações fiscais de carbono, e a maioria tendo um teto livre de impostos de 90% de carbono, todos os emissores se qualificarão para uma permissão básica de 60% de carbono durante a Fase 1 do esquema.

Outras 10% de isenção de impostos serão oferecidas para cada uma das emissões “processuais” e “fugitivas” - que não foram definidas no anúncio, mas podem se aplicar a emissões incidentais e inevitáveis, direcionadas a operações diretas e consumo de energia - bem como Subsídio de 10% para setores não especificados “expostos ao comércio”. Um “subsídio de desempenho” de 5% será concedido aos emissores que demonstrarem que estão reduzindo as emissões, e outros 5% estarão disponíveis para os emissores com um orçamento de carbono que atenda aos requisitos de relatório. Os emissores também poderão reivindicar até 10% para a atividade de compensação de carbono, com a contabilidade global Eversheds Sutherland relatando ontem que o subsídio seria um prêmio de 5% ou 10%.

Confusão sobre taxa de imposto

O anúncio do governo afirmou que a taxa inicial de imposto de carbono não teria efeito sobre os preços ao consumidor, pois seria aplicada a uma tarifa baixa de ZAR6-48 / t (US $ 0,41-3,25), mas a Eversheds Sutherland contestou ambas as declarações. De acordo com um artigo escrito pela associada Pascale de Froberville, a taxa inicial será de ZAR120 / ton e aumentará em relação ao nível do ano anterior de inflação ao consumidor mais 2% ao ano durante a Fase 1, e pela taxa de inflação ao consumidor anualmente durante a Fase 2 .

"Os consumidores certamente começarão a sentir os efeitos nos próximos meses à medida que o preço dos bens e serviços subir", afirmou o artigo da Eversheds, que previu que o imposto adicionará ZAR0,09 ao preço de um litro de combustível a partir da próxima quarta-feira. e ZAR0.10 para um litro de diesel.

A contabilidade global acrescentou que a África do Sul optou por um dos primeiros impostos reais sobre carbono do mundo - em vez dos esquemas de comércio de emissões vistos em outras partes do mundo - porque um imposto é mais simples e mais transparente.