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EUA identifica aterros “superemissores”


Pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato e Aviação Científica da NASA descobriram que alguns aterros sanitários dos Estados Unidos vazam metano a taxas seis vezes maiores que as estimativas da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA).

Os aterros sanitários podem causar muito mais danos ao planeta do que as agências reguladoras estão cientes, de acordo com uma pesquisa aérea de anos encomendada pelos reguladores de qualidade do ar da Califórnia. Uma pesquisa realizada por pesquisadores do Jet Propulsion Laboratory da NASA e da empresa de detecção de vazamentos Scientific Aviation descobriram que os chamados aterros “superemissores” eram responsáveis ​​por 43% das emissões medidas do potente gás de efeito estufa – metano – ultrapassando os setores de combustível fóssil e agrícola, vazando metano a taxas de até seis vezes as estimativas em nível de instalação da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Os dez maiores aterros emissores de metano bombeiam o gás a taxas médias de 2,27 vezes as estimativas federais, que são produzidas por empresas de resíduos que usam a metodologia EPA.

A pesquisa dos EUA pode ter implicações globais de amplo alcance, mostrando que o aterro sanitário está desempenhando um papel maior na aceleração da mudança climática do que os reguladores anteriormente acreditavam. As pesquisas também podem revelar que as diretrizes das Nações Unidas para estimar as emissões de metano que são seguidas pelos principais governos, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, que tiveram que ser adaptadas. O Painel Internacional das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC) emitiu diretrizes para os estados em 2006 sobre como estimar as emissões de metano de aterros sem medições diretas, como levantamentos aéreos. As diretrizes sugerem fazer estimativas usando fatores como a quantidade e o conteúdo dos resíduos armazenados no local e as taxas assumidas de decomposição dos resíduos.

As concentrações de metano na atmosfera têm aumentado rapidamente nos últimos anos, alarmando os governos mundiais que buscam limitar o aquecimento global sob o Acordo de Paris de 2015. A questão preocupante: o metano retém muito mais calor na atmosfera do que o dióxido de carbono, embora por um período de tempo mais curto. Uma tonelada de metano causa cerca de 25 vezes mais danos ao clima em um período de 100 anos do que uma tonelada de dióxido de carbono, de acordo com a EPA. Medir essas concentrações na atmosfera é relativamente fácil, mas rastrear as fontes das emissões é difícil. Essa dificuldade se tornou um grande obstáculo para os formuladores de políticas globais que desejam conter o problema.

Brasil

No Brasil, em 2020, foram gerados 79,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, e segundo a ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), a geração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no país apresenta uma curva ascendente e tem registrado aumento tanto nas quantidades totais, quanto nos valores per capita.

Em 2019, o setor de resíduos respondeu por 4% [1] do total de emissões de gases de efeito estufa no Brasil, o que corresponde a 96 milhões de toneladas de CO2 eq emitidas. Ao considerar o ano de 2010 como um referencial, registramos um aumento de 23% nas emissões, com dois terços destas sendo provenientes de atividades de disposição final, incluindo aterros sanitários, aterros controlados e lixões.

No Brasil, os sistemas de captura e aproveitamento do biogás em aterros sanitários ainda não são uma realidade em todas as unidades. De acordo com a plataforma da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Clima [2], existem 49 projetos de recuperação de biogás registrados no país. A ausência de um sistema de coleta de gás resulta na emissão de 1.170 kg CO2 eq/ton, ou 47 kg CH4/ton (28 vezes mais potente do que o dióxido de carbono), enquanto sua presença resulta na emissão de 819 kg CO2 eq/ton, ou 33 kg CH4 /ton [3]. Como vimos, o encerramento das áreas de disposição inadequada é urgente e deve ser priorizado sob todos os aspectos, entretanto, a transição para os aterros sanitários deve ser acompanhada de medidas de mitigação de emissões, combinadas com projetos de valorização prévia dos resíduos sólidos conforme determina a PNRS.

De acordo com a gravimetria, a fração orgânica responde por cerca de 45% de todos os resíduos gerados no país, isto é, pouco mais de 36 milhões de toneladas de restos de alimentos e resíduos de poda, as quais são, majoritariamente, enviadas para disposição final e, logo, fonte de emissões de GEE.

Alternativamente, processos como digestão anaeróbica, tratamento mecânico biológico com recuperação da fração orgânica, e a própria compostagem, evitam emissões em uma proporção de 2,3 kg CH4/ton a partir da digestão anaeróbica e 3 kg CH4/ton por meio da compostagem.

O setor de resíduos é, portanto, transversal a diversas questões ambientais, sociais e econômicas e, apesar do impacto subestimado, sua contribuição para mitigação das mudanças climáticas é considerável, além de ser um potencial contribuinte para compensação junto a outros setores.

[1] Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), disponível em: https://seeg-br.s3.amazonaws.com/Documentos%20Analiticos/SEEG_8/SEEG8_DOC_ANALITICO_SINTESE_1990-2019.pdf.


[3] Informação disponível na “Estratégia para desvio dos resíduos orgânicos- coleta, tratamento, reciclagem e os desafios e oportunidades para a cidade de São Paulo”.

Fonte: WMW – Waste Management World.
Traduzido e adaptado por Renata Mafra

Prefeito de Ribeirão das Neves pede ajuda a Zema para abrir aterro e receber o lixo de 40 cidades

Romeu Zema (Novo) e Junynho Martins (DEM) | Crédito: Gil Leonardi/Imprensa MG

Dia 21 de maio, data em que o prefeito de Ribeirão das Neves, Junynho Martins (DEM), publicou nas redes sociais a imagem de uma carta entregue ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), para solicitar “atenção no tocante à liberação do novo aterro sanitário, situado na BR 040 – KM 505, divisa de Ribeirão das Neves com Esmeraldas, que aguarda licenciamento”.

O pedido de “autorização para o início das operações” do aterro sanitário que beneficiaria 40 cidades, feito pelo prefeito, indignou o movimento social “Acorda Neves”, o qual foi criado para a fiscalização do trabalho do executivo e do legislativo do município.

Carta postada nas redes sociais do Prefeito de Ribeirão das Neves | Fonte: Instagram

De acordo com um dos advogados do “Acorda Neves”, Gabriel Wirz, o movimento reconhece a necessidade de que cada município precisa dar destinação adequada a seus resíduos e que a possibilidade de um aterro controlado, dentro de todos os parâmetros, é útil.

Porém, quando o prefeito dá o aceite na carta para que o novo empreendimento de Parceria Público-Privada (PPP) seja responsável por receber o lixo de 40 cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a pauta foge do interesse do cidadão.

Na postagem das redes sociais, o prefeito Junynho Martins (DEM) informa que “fazer de Ribeirão das Neves a cidade do desenvolvimento é a minha missão, e todas as oportunidades de buscar visibilidade e investimentos para a cidade, serão aproveitadas. Assim, vamos construindo um futuro promissor para o nosso município“.

Histórico de luta contra o aterro de Ribeirão das Neves

Desde 2014, a população, inspirada pelo movimento “Acorda Neves”, luta contra a possibilidade de um novo aterro nessas proporções, situado na divisa com a cidade de Esmeraldas. À época, houve o veto da ex-prefeita Daniela Corrêa ao Projeto de Lei 039-C/2015, de autoria do ex-vereador Juarez Carvalho, o qual autorizava o empreendimento.

Projeto de Lei do ex-vereador Juarez Carvalho | Fonte: Acorda Neves

Contudo, em março de 2016, os vereadores ativos da casa derrubaram o veto da ex-prefeita, o que abriu a oportunidade do município receber o lixo de estabelecimentos privados de gerenciamento de resíduos sólidos, desde que em local fora da região urbana e licenciado.

Antes das eleições de 2016, o próprio prefeito Junynho Martins (DEM) se dizia contrário em trazer o lixo de outros municípios para a cidade, e que somente entenderia como viável caso existisse alguma compensação do Estado.

Em 02 de maio de 2016, a prefeita Daniela Corrêa revogou e deu outras providências sobre a Lei Municipal 3.748, que dispunha sobre os resíduos sólidos no município de Ribeirão das Neves.

Uma dessas providências foi reestabelecer o vigor da Lei Municipal 3.106/2008 (efeito repristinatório), que proibia o “recebimento de resíduos de natureza domiciliar e/ou residencial proveniente de outros Municípios”.

Em 2019, o aterro controlado do Bairro Viena, em Justinópolis, foi desativado e o prefeito Junynho (DEM) ainda dizia, em entrevista a uma rádio local (Sintonia Neves), que não pretendia receber em um novo aterro o lixo de 30 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Entretanto, na última carta entregue à assessoria do governador Romeu Zema (Novo), o prefeito de Ribeirão das Neves assina que “com essa mudança, mais de 40 cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte serão beneficiadas”.
O que mudou sobre o aterro de Ribeirão das Neves?

As justificativas do prefeito de Neves para o pedido de celeridade na liberação do empreendimento, que é proveniente da Parceria Público-Privada (PPP), são a redução dos custos aos cofres públicos (em torno de R$ 800 mil mensais) e o fomento de um meio ambiente mais sustentável e equilibrado para o município.

Conforme documento disponibilizado pelo advogado do movimento “Acorda Neves” e presente no portal de parcerias do governo, a concessionária envolvida no PPP, mediante contrato, é a Empresa Metropolitana de Tratamento de Resíduos S/A – EMTR.

A concessionária teria 30 anos de “concessão administrativa para a exploração dos serviços de transbordo, tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos nos municípios convenentes da Região Metropolitana de Belo Horizonte e colar metropolitano, em conformidade com o disposto no edital de concorrência nº 02/2013 – Sedru”.

O Jornal Norte Livre buscou informações com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) sobre o processo de licenciamento na pasta, mas obteve a seguinte resposta:

“A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informa que não há processo de licenciamento protocolado para o município de Ribeirão das Neves na Superintendência de Meio Ambiente Central metropolitana (Supram Central) para a atividade indicada. A carta indica uma Parceria Público-Privada (PPP), porém sem nome de empreendedor ou outra referência que nos permita melhor avaliação.
Assim, sendo disponibilizadas outras informações, a demanda poderá ser atendida de forma mais adequada”.

A demanda foi detalhada e reenviada para a Semad, a qual ainda apura informações sobre os dados do contrato fornecido.

A matéria será atualizada com a nova resposta assim que entregue pela pasta.

EM TEMPO (23/06/2021): Nota enviada pela Semad

“Consta, no Sistema Integrado de Informação Ambiental (Siam), processo para a Empresa Metropolitana de Tratamento de Resíduos S/A – EMTR, com licença de operação concedida (LO) para o empreendimento operar o aterro com validade até 24/01/2029, conforme arquivo em anexo. Há, nos processos, documentos que comprovam a entrega de relatórios de atendimento às condicionantes impostas”.

O Jornal Norte Livre questionou, também, a Prefeitura de Ribeirão das Neves. Porém, desde o envio do e-mail, no dia 15 de junho, e sucessivas ligações, não obteve resposta para a demanda.

A assessoria da prefeitura retornou uma das ligações no dia 21 de junho e informou a tentativa de retorno na mesma data. Contudo, ainda não enviou respostas

Usina de biogás de 4,65 MW no GD inaugurada no Brasil

A TZK Energia constrói e a Clara SA conecta à rede a maior usina de biogás GD do Brasil.

© Perytskyy - stock.adobe.com

A empresa brasileira de telecomunicações Claro SA anunciou na semana passada que conectou à rede a maior usina de biogás de geração distribuída (GD) do país, com capacidade para produzir até 4,65 megawatts médios (MWa).

Construída pelo braço de energia do conglomerado local Grupo Rezek, RZK Energia, a usina de biogás estende-se por 700 m² (7.534,7 pés quadrados) no município de Nova Iguaçu, estado do Rio de Janeiro.

A instalação consiste em um conjunto de quatro motores que são conectados ao aterro municipal da cidade. O biogás será gerado a partir do gás metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2) liberado por resíduos orgânicos em decomposição no aterro.

A saída será destinada ao atendimento da demanda das 2.991 unidades consumidoras que a operadora de telecomunicações possui no estado, entre torres de telefonia e data centers. Com isso, a Claro poderá compensar 15.723 toneladas de emissões de dióxido de carbono (CO2) anualmente.

A usina faz parte do programa de energia limpa da telecom, 'A Energia da Claro', que prevê o uso de energia renovável em todas as operações brasileiras.

Benefícios do novo marco regulatório de saneamento

Por Virginia Sodré*

O novo marco legal de saneamento básico, aprovado no Brasil em junho deste ano, surgiu como uma medida bastante positiva para os brasileiros, uma vez que poderá impulsionar os investimentos no setor, resultando em mais saúde e bem estar para a população.

A proposta do marco é promover a universalização do setor, garantindo que 99% do país tenha acesso à água potável e 90% tenha acesso à coleta e tratamento de esgoto até o final de 2033. Essa universalização, por sua vez, vai proporcionar diversos benefícios como: melhoria na qualidade de vida, saúde, bem-estar e econômico para o Brasil, uma vez que, de acordo com estudos, a cada R$ 1 investido em saneamento, R$ 4 são economizados com a saúde do país.

Para se ter uma ideia da importância desse passo para o País, segundo dados de 2018 do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), atualmente mais de 16% da população ainda não tem acesso à água tratada, e apenas 46% dos esgotos gerados no país possuem tratamento. O número gigantesco é um grande desafio para o Estado, o que torna o investimento de empresas privadas fundamental para o desenvolvimento social.

Nesse sentido, o novo marco regulatório também traz boas notícias e uma previsão de investimentos grandiosa. Entre as novas diretrizes para o setor que o marco legal supõe, está a ampliação da participação da iniciativa privada mediante a extinção dos contratos de programa e a obrigatoriedade de licitação para a contratação de serviços de saneamento. Essa parceria público-privado pode garantir até R$ 700 bilhões em investimentos.

Quanto aos benefícios da nova lei, além das consequências óbvias citadas anteriormente com a universalização do setor e a garantia de serviços de qualidade à quase 100% da população, o governo também estima que sejam gerados em torno de 1 milhão de novos empregos nos próximos cinco anos, o que será um grande estímulo à retomada da economia no período pós pandemia.

Dessa forma, empresas que investem em tecnologias e pesquisas que auxiliam a entrega de água e esgoto de qualidade – sempre de forma a respeitar o meio ambiente, terão forte oportunidade de atuação neste setor.

Portanto, é possível concluir que o novo marco regulatório do saneamento realmente deve trazer inúmeros benefícios para o Brasil, principalmente em meio ao período de crise e incertezas gerado pela COVID-19, uma vez que a nova legislação será um meio de ativar não só a saúde, mas também a economia do país, trazendo vantagens imediatas e também à longo prazo.

Sabemos que o plano de investimentos para 2033 é bastante ousado e vai precisar de muito capital, mas o setor de saneamento possui projetos sólidos, além de gerar uma receita certa e constante, mesmo com a crise. Afinal, as pessoas não pararam de consumir água, de utilizar esgoto, nem mesmo de produzir lixo.

Por todos os aspectos citados acima, o saneamento básico certamente é um tema que irá ganhar ainda mais espaço na agenda nacional dos próximos anos.

*Virginia Sodré, diretora de Desenvolvimento de Negócios na ACCIONA

MPF bate o martelo, impõe ao município de Patos uma solução para o lixão


No dia 02 de julho de 2019 ás 14h00min, estive no Ministério Público Federal da cidade de Patos-PB em uma reunião sobre o ATERRO SANITÁRIO, com o Procurador da República Tiago Misael, Promotor de Justiça Leonardo Cunha, Secretário Meio Ambiente de Patos Silvio Alves, Procurador do município de Patos Lucas Alves, assessor jurídico da Semads Luan Pereira, assessora jurídica da Sudema Yanara Leal, analista ambiental do Ibama Duda Escarião, técnico da empresa Conflora Yeuri Amaral.

O objetivo desta reunião é de promover a execução de título judicial (relativo a implementação do aterro sanitário de Patos, recuperação da área degradada do lixão e outras fontes de poluição ambiental), oriundo de sentença transitada em julgado na ação civil pública nº 0005526-31.2005.4.05.8201.

Foi apresentado pela secretaria municipal que o prefeito teria mudado de ideia quanto a construção do aterro e que pretende construir uma unidade de gerenciamento de resíduos sólidos, composta pelas seguintes subunidades: triagem, reciclagem, compostagem e USINA DE PIRÓLISE, esta última apresentada pela empresa de consultoria Eco Ambiental, onde também foi apresentada na audiência pública de minha autoria na câmara de vereadores.

Veja abaixo a Audiência Pública, Aterro Sanitário: https://www.capitaohugo.com/2019/06/audiencia-publica-pirolise-conhecam-uma.html

O MPF advertiu a postura adotada pelo Município de Patos, onde há mais de um ano se tratava da implementação de um aterro sanitário e que no momento vem com outra proposta do que já foi acordado com os outros dois prefeitos (Dinaldo Wanderley e Bonifácio Rocha).

Na reunião, não ficou esclarecido se será público ou privado a responsabilidade da unidade de gerenciamento de resíduos e por motivo dos servidores municipais presentes não possuir atribuição para tomar decisão administrativa e firmarem compromisso de ajustamento de conduta, foi marcado nova reunião dia 23 de julho de 2019 ás 14h00min, com presença do prefeito interino Sales Júnior, onde sua ausência acarretará o encerramento das negociações e a execução do título judicial e que o município deverá apresentar um cronograma de implementação das medidas administrativas, inclusive especificando o modo de executar (se pelo próprio município ou por parceria público privado). 

Estaremos presente na próxima reunião, sempre na luta pela solução da retirada do lixão e da construção que seja do aterro ou da Unidade de Gerenciamento de resíduos sólidos público, privado ou parceria público/privado. O que mais importa é a resolutividade deste grande problema ambiental de nosso município. 

Por: Vereador Capitão Hugo

Fonte: https://www.capitaohugo.com/2019/07/mpf-bate-o-martelo-impoe-ao-municipio.html?m=1

Empresa brasileira transforma lixo em biocombustíveis


O fato de os aterros sanitários serem uma ideia ultrapassada já é disseminado e conhecido por aqueles interessados em assuntos ligados ao meio ambiente. O necessário agora é encontrar alternativas para o destino final do lixo, que não o vejam como apenas algo a ser descartado, mas saibam aproveitar suas potencialidades. Exemplo disso é a iniciativa Bnpetro, do brasileiro Jonny Kurtz, presidente da empresa. “O lixo que é visto apenas como algo passivo ambiental poderá se transformar em um ativo financeiro”, comenta sobre a matéria-prima de sua empresa.

Seu trabalho consiste em retirar o lixo que está nos aterros e levá-lo para usinas, nas quais os resíduos, tanto plásticos quanto orgânicos, serão transformados em biocombustíveis. O produto final pode ser utilizado como diesel, gasolina e também matéria-prima para a indústria química e farmacêutica.

Kurtz vem trabalhando no projeto há aproximadamente 25 anos. O empresário vem de uma família de metalúrgicos e começou a pensar em como manejar o lixo enquanto procurava por formas de extração do alumínio. Atualmente, a empresa é financiada pelo setor privado e possui uma usina piloto, no oeste do estado de Santa Catarina, com capacidade de processamento de 100 quilos por hora. De acordo com Jonny, a unidade já comprova a eficácia do projeto. Seus próximos passos são buscar a implementação em escala industrial, com capacidade para o processamento de 700 toneladas de lixo por dia.

Lixo e aterros no Brasil

O trabalho da Bnpetro não beneficia apenas o meio ambiente, mas também a população. No Brasil, de acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe) de 2017, o Brasil tem quase três milhões de lixões ou aterros irregulares que impactam a vida de 77 milhões de brasileiros. Dessa forma, quando são pensadas outras alternativas para o descarte de resíduos sólidos, a saúde da população do Brasil é impactada também. O empresário também pretende com a empresa capacitar os catadores de lixo dos aterros. “A gente quer mudar a vida destas pessoas a partir da parceria de capacitação profissional com a Federação das Indústrias do Estado de Rio de Janeiro, a FIRJAN. Não temos que escravizá-las no lixo”, explica.

Os resultantes das usinas da Bnpetro também são menos prejudiciais ao meio ambiente em comparação aos combustíveis extraídos pela indústria petrolífera, pois não são fósseis. “Não tem enxofre no processo, o combustível fóssil tem. Como nós fazemos essa reação dentro do reator que é de aço inoxidável não ocorre a oxidação com o minério de ferro, logo, não tem o enxofre suspenso dentro, nem em formato de gás nem em formato de derivados do petróleo”, explica o presidente da empresa.

Atualmente o que Kurtz procura é expandir seus negócios para o mundo e mostrar como a iniciativa brasileira pode ser viável e introduzida em diferentes locais. O empresário foi a COP 24 para divulgar seu trabalho e também buscar por financiamento. Também sofre com a regulamentação de seu trabalho e com a concorrência com os setores petroquímicos, uma vez que o que propõe, uma ideia de economia circular para produzir combustível e dar um fim correto ao lixo, vai contra ao que a indústria do petróleo vem fazendo. “É uma mudança de paradigma neste setor na questão ambiental”, conclui.

Por Pedro Garcia e Rafaela Bonilla são correspondentes do CicloVivo na COP 24, Conferência Mundial do Clima que acontece em Katowice, na Polônia.

Gestão sustentável do Brasil é posta em xeque por decisão do STF

O Supremo Tribunal Federal proibiu a construção de aterros sanitários em áreas de proteção permanentes, as chamadas APPs (Área de Preservação Permanente), em fevereiro deste ano. Dado a proibição, dezesseis capitais brasileiras, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, terão que encontrar outro local para descartar seu lixo e resíduo.


Os aterros eram considerados como de interesse social até quatro meses atrás, porém, devido a caminhos indiretos, a proibição ocorreu através da decisão do tribunal de que os empreendimentos destinados à gestão de resíduos não sejam mais de utilidade pública.

Cerca de 80% deles, ainda que parcialmente, ocupam zonas de preservação ambiental. No estado de São Paulo todos os aterros sanitários funcionam através dos APPs. Segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), 369 unidades no estado operam 39,9 mil toneladas de resíduos por dia.

Segundo a Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), são produzidas diariamente, 21 toneladas de lixo na Capital Paulista, sendo 11,8 mil transportadas aos aterros. Sendo, que no Brasil, em 3.331 municípios, quase que 60% do total, ainda enviam seus resíduos para lixões.

No entanto, especialistas ainda desconhecem a amplitude da decisão, devido ao acórdão, a cargo do Ministro Luiz Fux, não ter sido publicado, o que gera dúvidas se a decisão irá ser aplicada apenas em futuros empreendimentos ou em instalações que estejam funcionando.

De acordo com Marcio Matheus, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana, houve um equívoco no calor da votação devido a matéria ser totalmente técnica. Ainda explica, que lixão é considerado um local não técnico para envio de lixo, tornando-se crime por não fazer parte da preservação ao meio ambiente, o que difere da gestão de resíduos, que se trata do cuidado a preservação.

Seria uma armadilha?

Segundo Antonio Storel Júnior, engenheiro agrônomo e coordenador de resíduos orgânicos da gestão Haddad, a decisão imposta em prol da proibição de aterros não nasce do STF, mas do custo gasto pelo empreendimento, que pode ultrapassar R$ 250 milhões.

Conforme afirma Storel, a crise fiscal inviabiliza não só a construção de novos aterros, mas o licenciamento, a logística e o gasto para conservação do terreno, além do encerramento das atividades também pesar para os cofres públicos.

Um novo meio sustentável

A Braskem anunciou parceria com a empresa Dinâmica Ambiental para implementação do Programa de Logística Reversa de Copos Plásticos de Polipropileno (PP), a fim de gerar valor para a cadeia do plástico e promover a importância do descarte correto e da reciclagem.

A iniciativa faz parte da plataforma Wecycle, que proporciona a valorização de resíduos ao longo de toda cadeia produtiva.

A Braskem e a Dinâmica Ambiental disponibilizarão o recolhimento apropriado para a coleta dos copos descartados em empresas e estabelecimentos comerciais. Empresas que estiverem interessadas podem participar do programa, associando-se e se tornando apoiadora ou adentrando como participante, optando pela logística reversa dentro de sua empresa.

O que for coletado será levado para recicladoras parceiras da plataforma, e será transformado em resina pós-consumo, usada na fabricação de novos produtos, como tampas para cosméticos, utensílios domésticos, e etc.

BIOGÁS GERADO PELO LIXO COMEÇA A SER PRODUZIDO EM ATERRO SANITÁRIO NO CEARÁ


Inaugurada, hoje (11), no estado do Ceará, a primeira etapa da usina que ligará o sistema que trata os gases oriundos do lixo para produzir biometano.

O biometano tem características semelhantes ao gás natural. Ele começará a ser produzido no Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (Asmoc), localizado na Região Metropolitana de Fortaleza. O projeto, que recebeu o nome de Gás Natural Renovável Fortaleza (GNR Fortaleza), é uma parceria do governo estadual, da prefeitura de Fortaleza e de empresas privadas.

Márcio Schittini, diretor da Ecometano, uma das empresas participantes do projeto, disse que, nesta primeira fase, serão instalados cerca de 150 drenos verticais e horizontais nas áreas do aterro para captar os gases(um total de 200) e direcioná-los a uma unidade de tratamento onde será produzido o biometano.

Segundo Schittini, “num primeiro momento, o gás terá uso industrial. Em seguida, chegará nas casas, nos táxis e, se almejarmos algo mais positivo, esse gás pode substituir o diesel usado nas frotas de ônibus e de caminhões de coleta.”

Nesta primeira fase, o biometano ainda não está sendo usado como produto. Mas Hugo Nery, diretor de serviços ambientais da Marquise, outra empresa parceira, comemora que o processo inaugurado hoje já provoca um impacto positivo. “O gás captado aqui ainda não está sendo aproveitado da forma como é previsto no projeto, mas já não está poluindo o ambiente da forma original porque o estamos transformando em CO2, que é 25 vezes menos poluente que o metano.”

Outro destaque da produção de biometano é que o projeto vai além da vida útil do aterro sanitário. “O biogás continua sendo produzido por muitos anos depois que o aterro acaba. O projeto tem uma vida útil, mas o planejamos para durar, pelo menos, 30 anos”, explica Schittini.

A finalização das obras da usina deve ocorrer até o fim de 2017 e a primeira fase tem investimento inicial de R$ 100 milhões.

Para onde vai o lixo orgânico?


Sabe todo aquele resto de verdura, frutas ou qualquer outro alimento que jogamos fora como se fosse lixo comum? Pois bem, ele é chamado de lixo orgânico, ou seja, todo resíduo de origem biológica, seja animal ou vegetal. E esses resíduos precisam de um descarte correto, assim como qualquer outro lixo, por isso existe a coleta seletiva.


Se você não quer simplesmente jogar fora todo esse resíduo orgânico, você pode fazer uma compostagem doméstica ou apenas instalar um triturador de resíduos na sua pia, mas é preciso ter cuidado com essa última alternativa para não entupir as tubulações do esgoto e acabar concentrando mais resíduos no esgoto, fazendo com que o tratamento de água fique mais caro.

É muito importante entendermos o processo de reciclagem e para onde vai cada lixo que produzimos e descartamos. Existe o lixo reciclável, como o papel e plástico, que podem ser transformados em matéria-prima para produção de outras coisas, e existe o lixo orgânico que pode ser usado como adubo natural ou para produzir energia. Na última alternativa é importante saber onde descartar seu lixo para que ele vá para o aterro sanitário correto e seja realizada a coleta seletiva nesses locais, que são os apropriados para esse tipo de resíduo, e assim usá-lo para produção de biogás, que é um biocombustível composto em grande maioria de gás metano (CH4) e gás carbônico (CO2).

TRATAMENTO DE LIXO NOS ATERROS

Quando o lixo vai parar nos aterros, o tratamento acontece pela captação do chorume, que é aquele líquido escuro, com odor forte e viscoso, que vêm da decomposição da matéria orgânica jogada nos aterros. Por isso que todos os aterros são feitos por um sistema de impermeabilização, para drenar o chorume e não poluir o solo e, consequentemente, as águas subterrâneas e rios. Além de evitar também a proliferação de doenças e animais no local.


No processo de decomposição dessas matérias orgânicas, é produzido o metano (CH4), um gás incolor e inodoro, mas altamente tóxico e que contribui para o aumento do efeito estufa no nosso planeta. Mas por outro lado, pode ser usado como uma fonte renovável, porque ele é matéria-prima do biogás, que é produzido nas Usinas Termoelétricas.

Mas para que todo esse lixo orgânico chegue nos aterros para acontecer a decomposição de forma segura e correta, é necessária a colaboração de todos os cidadãos na separação bem feita dos seus lixos, sem misturar o lixo inorgânico com o orgânico.

CONSUMO CONSCIENTE

Produzimos mais de 79 mil toneladas de lixo por ano, um número preocupante que só aumenta a cada ano. Com o consumo desenfreado não temos noção da quantidade de lixo que descartamos, e por isso é preciso que tenhamos mais consciência em relação ao nosso consumo e escolhas. Repense seu consumo e pense mais no nosso planeta!

PROJETOS DE ATERROS SANITÁRIOS INTELIGENTES - ASI's


Aterros Sanitários Inteligentes ou simplesmente ASI’s, atinge uma proposta inovadora no que tange a construção de aterros sanitários. Nos dias atuais uma grande problemática ambiental é a quantidade de lixos que a população descarta por dia, seus destinos finais são inadequados. Para amenizar o dano ambiental causado pelos resíduos sólidos lançados em 'lixões' foi implementado no Brasil a lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos, a qual obriga a todos os municípios até novembro de 2014 a criação de aterros sanitários. 

Com base na nova legislação a criação de ASI’s vem para inovar no que diz respeito nas tecnologias inteligente implantadas neste projeto. Na qual visa não só construir um aterro sanitário propriamente dito, mais sim fazê-lo com que seja autossuficiente e rentável economicamente para o município e pra sociedade, conjugando benefícios para meio ambiente e um projeto sustentável.


Para mais informações:

Contato: Eng. Raoni Pinheiro
Email's: EcoSolarEnergiasRenovaveis@gmail.com
EcoAmbiental.EngAmb@gmail.com
raoni.pinheiro@gsenergias.com.br
Fones: +55 (83) 98895-1106 (Whatsapp) / 99821-0382 (Tim)

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