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Usina de Energia Solar da ANEEL será inaugurada na próxima terça-feira (26/6/2016)


Aquele ditado popular de que o exemplo tem que partir de dentro de casa se aplica ao projeto de eficiência energética que vem sendo implementado na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) desde 2014.

A partir de uma demanda da Diretoria, as áreas técnicas iniciaram um trabalho de melhoria da eficiência energética nas instalações da Agência. A primeira etapa desse projeto, a da usina fotovoltaica, será inaugurada na próxima terça-feira (26/6), às 11h, no prédio da ANEEL.

Trata-se da usina fotovoltaica de microgeração distribuída, que terá geração anual entre 650 MWh e 800 MWh, numa média de 710 MWh/ano. O objetivo é atender entre 18% e 20% do consumo anual da autarquia.

O investimento desta etapa é da ordem de R$ 1,8 milhão. As outras etapas do projeto, a de iluminação e a de climatização, ainda estão nas fases de implementação e licitação respectivamente.


A usina fotovoltaica conta com 1.760 painéis de 1,65m2, com potência instalada de 510,40 quilowatts-pico (kWp), que foram dispostos de forma a otimizar o aproveitamento do sol e evitar áreas sombreadas das edificações. A área total ocupada pelos módulos e pelos seus acessos será de 3.580 m2.

Cada conjunto de 96 módulos foi conectado em um inversor, e todos os inversores serão monitorados numa central de operação, com dados unificados. A energia gerada compensará o consumo do prédio da Agência pelo mecanismo do Sistema de Compensação de Energia , no qual até a geração nos fins de semana poderá ser injetada na rede e depois devolvida para a Agência.

A realização do projeto de eficiência energética com a instalação da usina foi possível graças a elaboração de um contrato de desempenho, desenvolvido de forma pioneira dentro do setor público. O contrato permitiu a inclusão da obra dentro do Projeto de Eficiência Energética (PEE) da Companhia Energética de Brasília (CEB).

O contrato adota o seguinte ciclo: a CEB aplica o dinheiro do PEE na usina solar da ANEEL e, à medida que a usina gera energia, a fatura de energia da autarquia diminui.

A Agência continuará pagando o restante da fatura até amortizar todo o investimento e quando o dinheiro voltar para a CEB ele será aplicado em outros projetos de eficiência energética, com retorno para todos os consumidores atendidos pela distribuidora.

O Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética, Ailson de Souza Barbosa, disse que a ANEEL deu um grande exemplo para o setor elétrico e o setor público com a instalação da usina.


“A Agência mostrou que é possível implementar uma iniciativa que gera lucratividade e benefícios por várias décadas mesmo após a amortização do investimento. Além disso, existe o fator de inserção da eficiência energética na cultura das instituições públicas. Precisamos considerar esse elemento no nosso dia-a-dia, aplicar os recursos de forma objetiva e garantir uma economia real de energia”, ressaltou.

O prédio, construído em 1984, é composto por três blocos (H, I e J). No bloco H, funciona a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e nos blocos I e J, a ANEEL.

A energia da usina solar já está sendo produzida no bloco H e a previsão é que os blocos I e J também produzam até o final de julho. A Especialista em Regulação, Sheyla Maria das Neves, disse que, apesar de antigo, o prédio foi pensado de forma eficiente.

“ A disposição dos blocos permite que um faça sombra no outro e assim haja diminuição de carga térmica, além disso, a instalação de brises proporcionou uma diminuição da incidência solar. Tudo isso causou uma surpresa positiva e ajudará bastante na etiquetagem das instalações”, afirmou.

A edificação concorrerá à etiquetagem pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE. O objetivo é obter a Etiqueta A de Eficiência Energética, o que coloca o prédio e seus respectivos blocos como um exemplo de eficiência energética para prédios públicos.

Fonte: Ambiente Energia

O impacto do sistema fotovoltaico em Fernando de Noronha




O arquipélago de Fernando de Noronha, localizado no estado de Pernambuco, a 540km da capital, é composto por 21 ilhas, ilhotas e rochedos, ocupando uma área de 26 km², destes, 17km² pertencem a principal e maior ilha, que leva o mesmo nome do arquipélago, sendo a única ilha habitada e que possui uma pequena população de aproximadamente 3.500 habitantes.

O parque nacional marinho de Fernando de Noronha, se tornou um grande destino turístico nacional. Situado em uma área de proteção ambiental (APA), a ilha é ainda, considerada patrimônio natural da humanidade e foi tombada pela Unesco em 2001. Essas iniciativas foram criadas para proteger as condições de vida da fauna e da flora da região e ainda, conciliar a ocupação humana com a proteção ao meio ambiente.

Dotada de uma natureza exuberante e uma diversificada fauna marinha, muitas de suas praias têm o uso restrito, com horários para abrir e para fechar. O senso preservacionista é reforçado pela presença de vários projetos de conservação do ecossistema do arquipélago.

Apesar de todos esses esforços de preservação da ilha, até meados de 2014, a eletricidade que era entregue à população, era fornecida exclusivamente pela usina termelétrica de Tubarão, equipada com cinco grupos geradores diesel com capacidade total instalada de 5,88 MW.

A CELPE, Companhia Energética de Pernambuco, através do seu Programa de Eficiência Energética, com a intenção de diversificar a matriz energética da ilha e reduzir o consumo de fontes de energias fósseis e a emissão de gases poluentes de efeito estufa, promoveu, em 2014, a instalação da primeira usina solar da ilha, a Noronha I.



Inaugurada em 18 de julho de 2014, a Noronha I, é composta por 1.644 painéis dispostos em um terreno de 5.000 m², com um investimento de cerca de 5 milhões, possui uma potência instalada de 402,70 kWp o que resulta numa geração de 600 MWh/ano, cerca de 4% do consumo da ilha.



Além desta usina solar, a ilha recebeu, em 2015, uma nova unidade solar fotovoltaica, com 1.836 painéis fotovoltaicos instalados sob uma área de concreto de 8.000m² e potência instalada de 550,8 kWp, o equivalente a 6% do consumo total da ilha.

Ainda, visando a conscientização da utilização de novas energias e seu impacto no meio ambiente, a CELPE ministra Aulas de Energia no Espaço Usina Solar Fernando de Noronha, também por meio do seu Programa de Eficiência Energética, que visa difundir os conceitos de energias renováveis, segurança e eficiência energética, envolvendo os visitantes em atividades virtuais, imergindo-os no funcionamento de uma usina geradora de energia e na produção solar fotovoltaica.


A utilização da energia solar como fonte renovável de energia na ilha, pode por meio das usinas solares, reduzir o consumo em cerca de 4,5 milhões de litros de diesel por ano, deixando de emitir cerca de 100 toneladas de carbono. As usinas que totalizam uma potência de 953,58 kWp, geram 10% da energia elétrica consumida no arquipélago, que chega a consumir cerca de 16GWh/ano, e graças a estas, podem proporcionar uma diversificação da matriz energética na ilha e um ambiente mais sustentável.