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Inaugurada maior usina fotovoltaica em telhado do Sul do Brasil


Prezando pela eficácia e otimização da produção de sua energia elétrica, usina solar dá maior autossuficiência energética à nova filial da Intelbras.

Investindo em uma expansão sustentável, a Intelbras, indústria brasileira desenvolvedora de soluções tecnológicas, inaugura sua nova filial em São José (SC), cidade onde também fica a sede da empresa. A principal marca dessa grande obra é a sua usina fotovoltaica instalada no teto do pavilhão, com uma geração elétrica estimada para 1739MW/h para este ano.

A nova fábrica possui 46 mil m², o dobro da área da matriz, e conta com 8.238 m² de cobertura de filtros e painéis solares instalados, tornando-se, segundo órgãos como CELESC (Centrais Elétricas de Santa Catarina) e ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a maior usina fotovoltaica em telhado do sul do País. Esse perímetro permitirá reuso de parte do consumo elétrico de todo o local.


Benefícios

Para se ter uma ideia da geração de energia realizada, a estrutura tem capacidade para abastecer, por exemplo, aproximadamente 725 casas populares com um consumo médio de 200 kW/h/mês por residência, o que dá uma estimativa de cerca de 923 toneladas de CO2 extirpados da atmosfera, deixando assim mais de 6,5 mil árvores livres para processar o gás carbônico de outras produções industriais, contribuindo para a melhora das condições ambientais da região metropolitana de Florianópolis e a preservação de animais e plantas.

Para o gerente da Unidade de Energia da Intelbras, Márcio Osli, as novas instalações são um divisor de águas para o crescimento consciente da empresa: “Somos uma empresa inovadora que atende a seus clientes, parceiros e consumidores com facilidades em tecnologia de última geração e ao alcance de todos. Por isso temos buscado investir em novos negócios, sendo um deles a energia solar e suas tecnicidades. Hoje já conseguimos suprir demandas de soluções de baixa à alta complexidade, produzindo soluções fotovoltaicas de altíssima qualidade. Agora, aplicamos isso tudo dentro de nossa própria casa”, afirma o executivo.

Equipamentos e tecnologias

Além de uma produção energética exitosa, todos os equipamentos fotovoltaicos utilizados no processo são da marca Intelbras, provando ser possível colaborar para a construção de um planeta mais limpo, sustentável e econômico. O telhado possui potência de 1,35 MWp, 4.119 módulos de 330W em modelo EMS 330P (imagem), 20 inversores EGT 60000 MAX e três inversores EGT 15000 MAX.

“A usina fotovoltaica possui três inversores de 15Kw e 20 inversores de 60Kw do modelo EGT, todos com a marca Intelbras. Os de 60Kw têm 6MPPts são independentes, o que facilita toda a redistribuição da energia gerada, ocasionando uma alta eficiência e performance constante de toda a planta”, contou Adilson Brunel, engenheiro da Intelbras responsável pela aplicação da obra.

Execução

O projeto de engenharia foi realizado em 80 dias de instalações e envolveu a colaboração de mais de 900 profissionais de diversas áreas. O operacional contou com a parceria da Setta Sul, integrador e revendedor de inovações energéticas catarinense. A empresa foi escolhida para dar suporte técnico e consultoria sobre os detalhes da construção. Prezando pela eficácia durante todo o projeto, o resultado foi uma estrutura de grande qualidade e padrão técnico.

Inovação

Altair Silvestri, Presidente da Intelbras, enalteceu a ousadia de toda a companhia em apostar em uma área com tanto potencial de crescimento e que auxilia a vida das pessoas e do meio ambiente: “Inovação faz parte do DNA Intelbras, investimos 6% de nosso faturamento em pesquisa e desenvolvimento, o que resulta em soluções de alta tecnologia. Portanto, nada mais natural do que aplicar os resultados de tamanho esforço em nossa própria infraestrutura”, comenta. “Entramos no mercado de energia solar no final de 2018, sendo assim o nosso novo parque fabril só poderia ser alimentado energeticamente com os nossos equipamentos e soluções inovadores. Isso demonstra nosso comprometimento com o meio ambiente e com soluções sustentáveis de energia”, finaliza.

Energia de dejetos suínos ilumina prédios públicos

divulgação Itaipu

Uma minicentral termoelétrica de biogás com 480 kW de potência instalada, inaugurada em Entre Rios do Oeste, no extremo Oeste do Paraná, vai “zerar” a conta de energia de 72 unidades consumidoras da prefeitura municipal.

O projeto, que reúne o Parque Tecnológico Itaipu, mantido por Itaipu, Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e Copel, foi inaugurado pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior e diretores das instituições envolvidas na parceria.

A longo prazo, a iniciativa vai resultar em economia para a população do município, além de resolver o problema ambiental causado pela grande quantidade de dejetos gerada pela produção animal local.

Entre Rios do Oeste tem menos de 5 mil habitantes, mas a quantidade de resíduos orgânicos produzidos no município é equivalente à de uma cidade de mais de 500 mil habitantes. O que era um problema ambiental foi transformado em solução para a economia e o desenvolvimento da cidade, por meio da implantação da minicentral.

Todo esse volume de resíduos é em função da quantidade da produção animal do município, especialmente a de suínos: são mais de 150 mil animais. Os dejetos de 18 propriedades rurais agora são tratados, transformados em biogás e utilizados para a geração de energia elétrica. Isso é feito a partir de projeto desenvolvido pelo Parque Tecnológico Itaipu e CIBiogás, com o financiamento da Companhia Paranaense de Energia (Copel).

O diretor técnico do Parque Tecnológico Itaipu, Rafael José Deitos, disse que uma das expectativas do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, general Joaquim Silva e Luna, em relação à atuação do PTI é quanto à diversificação das fontes energéticas. “Esse projeto em Entre Rios do Oeste demonstra a nossa capacidade de produzir pesquisa e desenvolvimento de qualidade na área.”

“Nossa missão como parque tecnológico é promover o desenvolvimento sustentável da região, e esse projeto que está sendo entregue nos dá a sensação de missão cumprida por hoje, mas com muito mais trabalho para o futuro”, pontuou o diretor.

O presidente do CIBiogás, Rodrigo Régis de Almeida, destacou que o legado do projeto fica não apenas para Entre Rios do Oeste e para o Paraná, mas para todo o País. A iniciativa dos produtores, conforme ele, foi essencial para o sucesso da proposta, “do mesmo jeito que os produtores que desbravaram a área e a transformaram na maior produtora de suínos do Brasil”.

Régis comparou o potencial do Paraná para produção do biogás ao potencial do pré-sal no litoral do Brasil. “É o que chamo de pré-sal caipira, que temos de aproveitar”. No caso da minicentral termoelétrica de Entre Rios do Oeste, são 215 toneladas de dejetos de suínos por dia que agora são transformados em um ativo econômico.

O presidente da Copel, Daniel Slaviero, afirmou que a miniusina “inaugura” a visão do governo para os próximos 10 anos e alia uma competência do Paraná – a produção animal – com a geração de energia.

Um dos 18 produtores que integra o projeto, Claudinei Jardel Stein, demonstrou alegria pela eficiência que o projeto vem sendo desenvolvido, mas disse que os produtores sabem do compromisso que assumiram com a produção do biogás. “Mas não somos mais poluidores e o biogás vai se tornar outra fonte de renda”, analisou.

Com 480 kW de potência instalada, a minicentral termoelétrica construída no município deve resultar em economia para a população, além de resolver o problema ambiental que os dejetos geram.

O projeto, denominado “Arranjo técnico e comercial de geração distribuída de energia elétrica a partir do biogás de biomassa residual da suinocultura em propriedades rurais no município”, é resultado de uma chamada pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 2012.

A execução teve duração de 36 meses e um investimento total de R$ 17 milhões, custeado pela Copel, como parte do programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Aneel. O PTI teve papel fundamental desde o início, a partir da análise e adaptação das tecnologias para a geração de energia a partir do biogás.

A equipe de Infraestruturas e Obras do parque tecnológico ficou responsável pela elaboração do projeto e implantação da minicentral termoelétrica. Por meio do Laboratório de Automação e Simulação de Sistemas Elétricos (Lasse) do PTI, foi feita a análise dos impactos do empreendimento na rede elétrica e também foi desenvolvido um sistema de monitoramento para garantir a eficiência do projeto, que avalia aspectos como pressão, vazão e temperatura do gás gerado a partir dos dejetos dos suínos.

O PTI também fez o mapeamento dos locais mais adequados no Paraná para geração de energia elétrica produzida a partir do biogás, que vai servir de base para que outras regiões possam replicar o modelo de Entre Rios do Oeste e criar seus próprios arranjos. Itaipu

Campanha Gaúcha é a Melhor Região para Energia Solar


A potencialidade do Estado para as energias renováveis foi mostrada, mais uma vez, em estudo. O Atlas Solar do Rio Grande do Sul apontou que, excluídas as áreas de restrição, apenas 2,1% das terras aptas não urbanas em projetos de usinas solares centralizadas seriam capaz de suprir toda a demanda energética do Estado em 2016.

Nesse espaço, seria possível instalar uma potência de 23 GW de energia fotovoltaica e produzir, anualmente, cerca de 34TWh de eletricidade.

O número é equivalente à média do consumo gaúcho de energia elétrica registrada nos últimos sete anos, incluindo perdas do sistema.

A pesquisa foi realizada a partir de dados de modelo numérico atmosférico específico para mapeamento solar, validados pelas informações obtidas de 33 estações terrestres automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em solo gaúcho.

O mapeamento é uma iniciativa do governo do Estado, através da Secretaria de Minas e Energia, em parceria com empresas do setor privado e as universidades Ufrgs, Pucrs e Uergs.

O maior potencial fotovoltaico médio por mesorregiões foi constatado na Campanha gaúcha, com produtividade média diária de 4,2 kWh/kWp, uma vez que a área conta com as maiores incidências de radiação e amplas áreas viáveis para a instalação de painéis.

O Noroeste também apresenta avaliação semelhante, embora a intensa atividade agrícola limite os espaços disponíveis a sistemas de aproveitamento solar e deixe a região atrás do Oeste do Estado.

Em partes menos favorecidas em incidência, como a Região Metropolitana de Porto Alegre, ainda assim, a produtividade média apresenta valor superior aos registrados em alguns países europeus, como a Alemanha.

A secretária de Minas e Energia, Susana Kakuta, durante a apresentação do Estudo, enfatizou que os resultados têm potencial de atrair empreendedores que querem investir nesse tipo de energia, além de balizar políticas públicas, assim como agiram os Atlas Eólico e da Biomassa, apresentados em 2014 e 2016, respectivamente.

“Conseguimos, com este estudo, até mesmo mostrar o grau de curvatura de instalação para cada região a partir de georreferenciamento”, disse, ao exemplificar o alcance da pesquisa.

Com o cruzamento de informações do atlas eólico com o fotovoltaico também foi constatado alto potencial de integração entre os dois tipos de produção de energia no Estado, em especial nas microrregiões de Osório, Jaguarão e litoral lagunar, que concentram 50% das áreas aptas à instalação de projetos híbridos.

O levantamento sugere, inclusive, que o aproveitamento da infraestrutura elétrica dos parques eólicos hoje consolidados possam favorecer empreendimentos solares em seu entorno.

O atlas solarimétrico ainda deve estimular, segundo Susana, a geração distribuída (produção de eletricidade no local de consumo, com a possibilidade de jogar o excedente na rede elétrica e usufruir de créditos para abater na conta de luz).

A secretária lembrou que o Rio Grande do Sul é o segundo estado em unidades instaladas, perdendo apenas para Minas Gerais.

Florianópolis ganha cinema abastecido por energia solar


Sistema conta com 500 geradores fotovoltaicos e uma capacidade de geração de 117,7 mil kWh/ano

Um cinema no Brasil abastecido totalmente por energia solar acaba de ser inaugurado na região sul do País. Implementado pela Engie, o projeto foi incorporado como uma nova alternativa sustentável no Paradigma Cine Arte, que faz parte do Centro Empresarial Corporate Park, localizado em Florianópolis, Santa Catarina.

A estimativa é que, com os 500 geradores fotovoltaicos instalados, a usina gere 117,7 mil kWh/ano e consiga atender, além do cinema, o escritório da construtora que administra o condomínio. “Estamos muitos satisfeitos e, no ano que vem, devemos ampliar o projeto para toda a área comum do Centro Empresarial”, declarou à imprensa Frederico Didoné, sócio da Rá Incorporações e gestor do Paradigma.

Com este projeto inicial, é esperada uma economia mensal com a conta de luz de aproximadamente R$ 8 mil. A estimativa é que retorno do investimento aconteça em cinco anos.

O Corporate Park abriga 60 empresas e segmentos em oito blocos de prédios horizontais. A expectativa de ampliar a área com energia sustentável para 6 mil m² deve abastecer garagens, elevadores, câmeras de segurança, iluminação noturna, estação de tratamento de esgotos e bombas hidráulicas.

Energias eólica e solar alimentarão quase 50% da rede mundial até 2050

Parque eólico em Osório (RS): a energia dos ventos segue em expansão no mundo. 
Foto: Governo RS

Reduções significativas nos custos de tecnologias de energia eólica, solar e baterias resultarão em uma rede alimentada quase pela metade pelas duas fontes de energia renovável com maior crescimento até 2050, segundo as últimas projeções da BloombergNEF (BNEF) divulgadas pela agência Bloomberg. No relatório New Energy Outlook 2019 (NEO), a BNEF projeta que essas tecnologias garantirão que – pelo menos até 2030 – o setor de energia elétrica fará sua parte para impedir que a temperatura global suba mais de 2 graus Celsius.

O NEO compara anualmente os custos entre tecnologias de energia elétrica por meio de uma análise do custo nivelado de eletricidade. Este ano, o relatório conclui que, em cerca de dois terços do mundo, as energias eólica ou solar representam agora a opção mais barata para adicionar nova capacidade de geração de energia elétrica.

A demanda de eletricidade deve aumentar 62%, resultando em um aumento de quase o triplo da capacidade de geração global entre 2018 e 2050. Isso atrairá US$ 13,3 trilhões em novos investimentos, dos quais US$ 5,3 trilhões serão direcionados para plantas eólicas e US$ 4,2 trilhões, para plantas solares. Além dos gastos com novas usinas geradoras, serão investidos US$ 840 bilhões em baterias e US$ 11,4 trilhões na expansão da rede elétrica.

Segundo o NEO, o papel do carvão no mix global de energia cairá de 37% hoje para 12% até 2050. Já o uso de petróleo como fonte de geração de energia elétrica será praticamente eliminado. A energia eólica e a solar crescem dos atuais 7% para 48% em 2050. Os percentuais de energia hidrelétrica, gás natural e nuclear permanecerão semelhantes aos de hoje.

A Europa descarbonizará sua rede mais rapidamente que outras regiões – em 2050, 92% de sua eletricidade fornecida por renováveis. Os EUA, com gás natural abundante e barato, e a China, com sua frota moderna de usinas a carvão, seguem em ritmo mais lento. Esta última viverá o pico das emissões de seu setor de energia em 2026, e uma diminuição para menos da metade nos próximos 20 anos.

A demanda de eletricidade da Ásia mais que dobrará até 2050. Com US$ 5,8 trilhões, toda a região da Ásia-Pacífico representará quase metade de todo o novo capital gasto globalmente para atender essa demanda crescente. China e Índia juntas representam uma oportunidade de investimento de US$ 4,3 trilhões.

Nos EUA, US$ 1,1 trilhão serão investidos em nova capacidade de energia elétrica, com energias renováveis mais que dobrando sua participação na geração, chegando a 43% em 2050.

De acordo com o relatório NEO deste ano, as perspectivas são mistas para as emissões globais e manutenção do aumento da temperatura até 2 graus ou menos. Por um lado, a adição de energia solar, eólica e baterias colocará o mundo em uma trajetória compatível com esses objetivos pelo menos até 2030. Por outro lado, muito mais precisará ser feito além desta data para manter o mundo nesta trajetória do limite de 2 graus.

Matthias Kimmel, analista líder do NEO 2019, disse: “Nossa análise do sistema elétrico reforça uma mensagem importante presente nas edições anteriores do NEO – que módulos fotovoltaicos solares, turbinas eólicas e baterias de íons de lítio devem continuar em curvas agressivas de redução de custos, de 28%, 14% e 18%, respectivamente, para cada duplicação da capacidade global instalada. Em 2030, a energia gerada ou armazenada e distribuída por essas três tecnologias irá reduzir a eletricidade gerada por usinas existentes a gás e carvão em quase todos os lugares.”

O crescimento projetado de energias renováveis até 2030 indica que muitos países poderão seguir uma trajetória na próxima década que possibilite manter o aumento da temperatura mundial no limite de 2 °C ou menos, e isso é possível mesmo sem subsídios diretos adicionais para tecnologias existentes, como solar e eólica.

“Os dias de subsídio direto (…) estão chegando ao fim”, disse Elena Giannakopoulou, chefe de economia de energia da BNEF. “Entretanto, para alcançar este nível de transição e descarbonização, serão necessárias outras mudanças de políticas energéticas – ou seja, a reforma dos mercados de eletricidade para garantir que a energia eólica, solar e baterias sejam remuneradas adequadamente pela contribuição à rede. NEO é fundamentalmente agnóstico em relação a políticas públicas, mas supõe que os mercados operam de forma racional e justa para permitir que fornecedores com o custo mais baixo ganhem.”

Geração fotovoltaica distribuída para farmácias de varejo no sul do Brasil

A Rede de Farmácia São João, uma das maiores varejistas de medicamentos do Brasil, e a AES Tietê, concordam em construir três novas usinas solares de geração distribuída de 3 MW de capacidade. Em sua construção, a AES Tietê investirá R $ 17 milhões (US $ 4,4 milhões).


A Rede de Farmácia São João, uma das maiores redes varejistas de fármacos do Brasil em operação na região sul do país, é a nova parceira da AES Tietê em geração solar distribuída.

A AES Tietê, divisão da AES Brasil, que é subsidiária da americana AES Corporation, investirá R$ 17 milhões (US$ 4,4 milhões) na construção de um parque solar composto por três plantas que ficarão localizadas na região sudoeste do estado do Rio Grande do Sul. Com cerca de 10 mil módulos fotovoltaicos, eles terão uma potência estimada de 3 MW e devem começar a operar em 2020.

Em média, os 3.000 MWh gerados a cada mês serão injetados nas redes da CEEE, RGE e RGE Sul. A duração do contrato é de 12 anos.

Conforme relatado pela AES em comunicado à imprensa, espera-se que mais de 200 lojas façam parte do projeto, o que significará uma economia de mais de 20% para essas unidades. "A geração distribuída traz uma grande oportunidade para reduzir os custos das redes de varejo, porque o valor da energia, além de ser previsível, é muito mais competitivo em relação ao preço da distribuidora, que é regulado", explica Rogério Jorge, Diretor de Relações com Clientes da AES Tietê.

Greenpeace visita obra que captará energia solar no prédio da Eletrosul

Planta voltaica deve gerar 1 MegaWatt e ser inaugurada ainda neste semestre

Foto: Greenpeace / DIvulgação)

Um grupo do Greenpeace esteve acompanhando a construção de uma placa fotovoltaica que está sendo implantada no telhado da Eletrosul, no bairro Pantanal, em Florianópolis. A visita, feita na última sexta-feira (24), foi acompanhada por técnicos da empresa.

A planta fotovoltaica de 1 MW que está sendo construída no telhado e no estacionamento da empresa deve ser inaugurada ainda neste semestre e será a primeira instalação fotovoltaica de grande porte integrada a um edifício público e conectada à rede.

O sistema fotovoltaico consiste em mais de 5 mil módulos solares que devem gerar 1,2 GWh por ano, ou o equivalente ao consumo anual de 680 residências. O projeto foi desenvolvido com o apoio do Instituto Ideal, da Universidade Federal de Santa Catarina, da GIZ e do KfW. O investimento total foi de R$ 8,1 milhões.

Atualmente há mais de 30 sistemas fotovoltaicos operando no Brasil, entre pequeno e grande porte, segundo o Greenpeace.

Por: Danilo Duarte

Nordeste, Sudeste e Sul concentram projetos de energia eólica


EM DEZ ANOS, A ENERGIA EÓLICA DEVE CORRESPONDER A 11% DA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA. FOTO: DIVULGAÇÃO

Os parques e projetos de parques eólicos concentram-se nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. De acordo com Eduardo Tosta, especialista em Projetos de Competitividade Setorial da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), os motivos são o transporte, além da quantidade e qualidade dos ventos nos estados dessas regiões.

"A tendência é gerar uma cadeia produtiva perto de onde vai ser instalado o parque eólico, onde estão os potenciais, as regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Então, a cadeia produtiva de torres, de pás e de outros componentes de grande porte tende a se formar perto dos fabricantes que estão próximos de parques para reduzir os custos de transportes, já que não é tão fácil isso no Brasil", disse à Agência Brasil.

Eduardo Tosta apresentou na quarta-feira (27) no 5º Brazil Windpower, encontro que reúne, no centro de Convenções Sul América, no centro do Rio, representantes das principais empresas da cadeia produtiva da indústria de energia eólica e é promovido anualmente pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), pelo Conselho Global de Energia Eólica (Gwec) e pelo Grupo CanalEnergia, o mapeamento da cadeia produtiva da indústria eólica no Brasil, feito pela ABDI.

Tosta informou que o trabalho indicou que é preciso haver uma parceria maior entre as políticas energética e industrial, mais colaboração entre os fornecedores das montadoras de equipamentos com os fornecimentos em contratos de longo prazo e mudança na metodologia na aquisição de energia para não criar gargalos produtivos.

De acordo com Tosta, o mapeamento apontou ainda que há segmentos no setor que registram ociosidade de até 50%. "Existe hoje uma ociosidade. Em alguns setores existe a sobrecapacidade, mas em outros, nós visitamos fornecedores que disseram que hoje não há pedidos suficientes. Este tipo de ajuste é feito pelo próprio mercado", explicou.

Este problema também foi apontado pelo presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Veloso. "Hoje temos esta questão, por um lado existe uma demanda muito grande que os fabricantes não vão suportar e, por outro, temos fabricantes sem encomenda. Problemas pelo caminho nós vamos ter. Estamos desenvolvendo uma nova indústria. Não se desenvolve uma nova indústria da noite para o dia", analisou.

Em dez anos, a energia eólica deve corresponder a 11% da matriz energética brasileira, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Neste ano, o setor vai investir R$ 15 bilhões e, segundo a presidenta da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Melo, a perspectiva é manter este patamar de investimentos nos próximos anos.