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Painéis Solares para 4.000 famílias de pequenos agricultores de 60 cidades

Olá, pessoal! Sou Raoni Pinheiro, engenheiro especialista em Energias Renováveis e Sustentabilidade. Hoje quero conversar sobre uma iniciativa incrível que está transformando vidas no Nordeste do Brasil. Trata-se de um projeto que leva energia solar para pequenos agricultores, promovendo inclusão, sustentabilidade e economia para milhares de famílias. Vamos entender como isso funciona e por que é tão importante.



O Nordeste brasileiro tem características únicas: é uma região com altos índices de radiação solar e, ao mesmo tempo, desafios econômicos para muitas famílias de pequenos agricultores. Nesse cenário, surge um programa inovador que busca instalar painéis solares em propriedades rurais, beneficiando diretamente cerca de 4.000 famílias em 60 cidades.


Essa iniciativa não só melhora o acesso à energia, mas também reduz custos para os agricultores, permitindo que eles utilizem o dinheiro economizado para investir em suas produções, em educação ou na qualidade de vida.


O Nordeste é uma das regiões com maior potencial para geração de energia solar no mundo. A abundância de sol praticamente o ano todo faz com que essa tecnologia seja uma solução natural para os desafios locais.


Mas o que diferencia essa iniciativa é o foco na democratização. Enquanto grandes empreendimentos de energia solar frequentemente beneficiam grandes corporações, este projeto direciona os benefícios diretamente às famílias de agricultores, tornando a energia uma ferramenta de empoderamento social.


Vamos falar de números. A instalação de painéis solares pode reduzir significativamente os gastos com energia elétrica. Isso é especialmente importante para agricultores que dependem de bombas de irrigação e outros equipamentos para suas plantações.


Além disso, o impacto ambiental é notável. Ao optar pela energia solar, essas famílias contribuem para a redução das emissões de carbono, ajudando na luta contra as mudanças climáticas e promovendo um modelo de desenvolvimento mais sustentável.


Apesar dos avanços, é importante mencionar as críticas que surgiram em torno do que algumas entidades chamam de “modelo predatório” da energia solar. Esse modelo refere-se a práticas que priorizam lucros corporativos em detrimento do benefício real para comunidades locais.


Por isso, projetos como este se destacam ao colocar as pessoas no centro das decisões. É um exemplo de como podemos avançar na transição energética de forma justa e inclusiva, garantindo que os benefícios alcancem quem realmente precisa.


Essa iniciativa é apenas o começo. O sucesso desse projeto no Nordeste pode servir como inspiração para outras regiões do Brasil e até do mundo. Imagine o impacto se mais comunidades rurais tivessem acesso a tecnologias limpas e acessíveis. Seria um grande passo para reduzir desigualdades e promover a sustentabilidade em escala global.


A transição energética é um desafio e uma oportunidade. Projetos como esse, que leva energia solar para pequenos agricultores no Nordeste, mostram que é possível unir inovação tecnológica, sustentabilidade e justiça social.


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Quanta energia renovável há disponível na Terra?

Toda a energia da Terra é, em última instância, irradiada para o espaço - é por isso que há tanto interesse no chamado resfriamento radiativo, ou refrigeração passiva. [Imagem: NASA]

Fluxos de materiais e fluxos de energia

Que a Terra tem seus limites em termos de energia, é algo sobre o que já temos uma noção muito firme.

É por isso que governos e instituições em todo o mundo estão defendendo o conceito de economia circular. Ao fechar os ciclos dos materiais, os impactos ambientais associados à extração de matérias-primas podem ser evitados e o problema dos resíduos pode ser resolvido em grande medida.

Essa abordagem, no entanto, não é por si só suficiente para construir uma sociedade sustentável, uma vez que deixa em aberto a questão de quanto e com que rapidez os materiais podem ser reciclados e quanta energia é usada para alimentar esses ciclos.

Afinal, em uma sociedade verdadeiramente sustentável, não apenas os fluxos de materiais, mas também os fluxos de energia devem permanecer dentro dos limites estabelecidos pelo nosso planeta.

A questão-chave é, portanto: Há energia renovável suficiente disponível na Terra para gerenciar de forma sustentável os fluxos de materiais sem violar os limites planetários?

Esta questão está sendo investigada por uma equipe liderada pelo professor Harald Desing, do Laboratório de Tecnologia e Sociedade, ligado ao EMPA, na Suíça.

Esquema para quantificação do estoque de energia renovável da Terra.
[Imagem: Harald Desing et al. - 10.3390/en12244723]

Energia limpa sem limites?

Se olharmos para a Terra como um sistema, ela só troca energia com o espaço. De longe, a maior parte da energia trazida para o sistema terrestre é a radiação solar, complementada por pequenas contribuições do movimento planetário e da energia geotérmica. Esses fluxos de energia sempre foram usados inteiramente pela própria Terra, alimentando seus vários subsistemas, como os oceanos, a atmosfera e as florestas, bem como a geração das superfícies de gelo reflexivas.

A maioria desses subsistemas converte a energia recebida em fluxos de energia renováveis adicionais, por exemplo, as correntes de vento e água ou a produção de biomassa. Nessas conversões, a energia livre, chamada exergia, é extraída dos fluxos de energia que chegam.

À medida que a humanidade desvia cada vez mais fluxos de energia renovável para suas atividades, as partes disponíveis para o sistema terrestre são reduzidas. O sistema terrestre pode compensar esses desvios até certo ponto. No entanto, se eles forem muito grandes, aumenta o risco de ultrapassar os chamados "pontos de inflexão". Isso resultaria em mudanças rápidas e irreversíveis no sistema terrestre, como o derretimento das calotas polares, o que por sua vez aceleraria as mudanças climáticas.

A fim de não exceder esses pontos de inflexão, a área de terra ocupada pela tecnosfera não deve exceder um determinado limite planetário - que não sabemos ainda qual é. Contudo, além da escala, a forma como a terra é usada também é crucial: Usinas de energia solar, em vez de florestas, por exemplo - é apenas um exemplo, já que não há propostas de derrubar florestas para instalar painéis solares - atrapalhariam a biodiversidade, a evaporação e, portanto, o ciclo da água, a irradiação de calor de volta ao espaço e muito mais.

Esses limites máximos para ocupação da terra não se aplicam apenas ao uso direto da energia solar, mas também à colheita da chamada energia química - isto é, à agricultura e silvicultura, que produzem alimentos e forragens, materiais de aquecimento, combustíveis e materiais de construção. Aqui, a produção de energia para uso humano, incluindo os biocombustíveis, já compete com a produção de alimentos em muitas áreas.

Há muita energia na Terra, mas apenas uma parte pequena dela pode ser desviada da manutenção do próprio sistema planetário. [Imagem: Harald Desing et al. - 10.3390/en12244723]

Eletricidade como moeda universal

Para poder comparar ou somar os diversos potenciais de energias renováveis, os pesquisadores os converteram em equivalentes de energia elétrica.

Para fazer essa conversão, foram levadas em consideração as eficiências das tecnologias das usinas disponíveis hoje, já que faz diferença se a eletricidade é gerada a partir de energia solar, queima de madeira ou carvão ou energia hidrelétrica. Essas perdas de conversão reduzem a possível colheita de alguns potenciais de forma significativa.

O resultado do estudo é surpreendente: 99,96% da energia que chega à Terra vinda do espaço é necessária para alimentar o próprio sistema terrestre e a produção de alimentos - portanto, apenas 0,04% pode ser usado tecnicamente.

Embora pareça pouco, esse potencial ainda é cerca de dez vezes maior do que a demanda global de energia de hoje.

Um outro resultado, por outro lado, não é surpreendente quando olhamos para as perdas de conversão: Devemos preferir colher e usar a energia disponível por meio da conversão direta da energia solar. Afinal, quase todos os recursos de energia renovável - incluindo eólica, hidrelétrica e produção de biomassa - são, em última análise, movidos a energia solar. O uso direto de energia solar, portanto, significa menos etapas de conversão e, desta forma, menos perdas.



Outra tecnologia em desenvolvimento a ser considerada em futuros estudos inclui as células termovoltaicas, que geram eletricidade à noite aproveitando o frio do espaço. [Imagem: Masashi Ono]

Fotovoltaicos em todas as superfícies feitas pelo homem

Grande parte da energia do Sol poderia ser colhida de uma pequena porção dos desertos da Terra, mas isso é técnica e logisticamente problemático.

Assim, a equipe propõe que a energia solar deve ser colhida em superfícies já "tampadas" em todo o mundo, o que inclui telhados e fachadas, mas também estradas, ferrovias e estacionamentos. Essa área seria suficiente para alimentar uma sociedade global com o consumo de energia dos países desenvolvidos.

No entanto, se o interesse for elevar a demanda global de energia ao nível da demanda per capita atual na Suíça, será necessário usar áreas desérticas. Todos os outros potenciais de energia (por exemplo, eólico ou biomassa) são ordens de magnitude menores do que o uso direto de energia solar - e alguns recursos já estão sendo usados em demasia. No entanto, eles podem desempenhar um papel significativo localmente, especialmente porque podem reduzir a necessidade de capacidade de armazenamento de energia, um problema que não foi considerado neste estudo - a coleta de energia solar pela tecnologia fotovoltaica é ótima para o dia, mas não funciona à noite.

Então o caminho para uma sociedade sustentável em termos energéticos é tão simples quanto construir usinas solares em massa? Não é tão simples, é claro.

A equipe analisou apenas a primeira etapa - calcular o potencial de energia disponível. A quantidade real de energia disponível será menor: Os fatores limitantes incluem a disponibilidade de matérias-primas, mas também capital humano e financeiro, impactos ambientais durante a extração ou produção de matérias-primas, operação e descarte das usinas e a necessidade de infraestrutura adicional para distribuição e armazenamento de energia.

Os pesquisadores estão analisando agora como pode ser esse caminho para nos levar de uma sociedade baseada em combustíveis fósseis para uma sociedade solar. O sistema de energia solar não deve apenas ser grande o suficiente para atender à demanda global, mas também deve ser capaz de substituir o sistema de combustível fóssil com rapidez suficiente para evitar a catástrofe climática a tempo, adiantam eles.

Bibliografia:

Artigo: Powering a Sustainable and Circular Economy-An Engineering Approach to Estimating Renewable Energy Potentials within Earth System Boundaries
Autores: Harald Desing, Rolf Widmer, Didier Beloin-Saint-Pierre, Roland Hischier, Patrick Wäger
Revista: Energies
DOI: 10.3390/en12244723

Cúpula do Clima discute Energias renováveis: Solar ou eólica?



O tema foi bastante discutido na última Cúpula do Clima; Especialista afirma que uma completa a outra. Ou seja as duas fontes tem sua importância...porque quando uma diminuem a geração a outra está funcionando mantendo sempre uma geração mais linear possível.

Realizada nos dias 22 e 23 de abril e organizada pelo governo Joe Biden, dos Estados Unidos, a Cúpula do Clima ainda repercute no mundo todo devido às promessas ousadas para combater o aquecimento global.

Entre os projetos, líderes de importantes Nações afirmaram estar investindo em energias alternativas e limpas, como a eólica e solar. E por aqui? Qual o atual cenário de produção e distribuição destes tipos de energias?

É consenso dos cientistas que a energia eólica é importante porque é renovável e tem baixo impacto ambiental para a sua geração. Essa fonte de energia também está crescendo muito no Brasil.

Em 2020 o Brasil era o 8° país do mundo em termos de potência instalada de energia eólica. No início de 2021, haviam 695 parques eólicos e mais de 8.300 aerogeradores.

“Temos uma participação de 10.9% da nossa matriz energética, isso em potência instalada. Há uma previsão para 2025 de aumentar de 10.9 para 12.9’%, ou seja, 2% em 4 anos, passando de 18.482 megawatts para 23.651 megawatts”, explica Edval Delbone, coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

A energia eólica está bem na frente da energia solar, que também é renovável. Porém a energia solar tem uma expectativa de crescimento com maior velocidade, mas ainda produz muito pouco, ou seja, enquanto a eólica está em 18.482 megawatts, a solar está em 3.958 megawatts.

Em 2020 o Brasil era o 14° país do mundo em termos de potência instalada de energia solar. Do total da matriz energética brasileira, 1,6% é produzido através de sistemas solares fotovoltaícos.

Qual a diferença entre eólica e solar?

A eólica é mais atrativa economicamente no nordeste e no sul, onde o vento tem uma velocidade bem maior comparado aos demais estados.

No estado de São Paulo é possível investir, porém ainda não é atrativo economicamente. Em relação à energia solar, o sol bate no Brasil em qualquer lugar, em qualquer estado a irradiação solar é boa, sobretudo no nordeste.

Portanto, a energia eólica depende do vento, que é mais comum na parte da tarde e de madrugada. Já a solar depende do sol, principalmente do meio dia, onde a incidência é maior e gera mais energia solar.

“Ambas são importantes e se complementam. No entanto, ainda não podemos abrir mão de outras fontes de energia firmes, como a usina hidrelétrica, no qual há reservatórios para armazenar água e energia a fim de garantir o abastecimento contínuo, até mesmo no período de estiagem, uma vez que os reservatórios estão cheios de água para produção de energia”, completa o engenheiro da Mauá.

Entendemos que as fontes renováveis sempre deram fontes assessorias as principais por questões de sua sazionalidade no tocante a precisar e depender das questões climáticas, sol e vento, para terem uma boa geração, então em qualquer intempéries climáticas como chuva que abaixa a radiação e zonas de massa de ar que diminuem as correntes de vento interferem na sua eficiência. Assim sendo precisamos sempre de um mix cada vez mais de fontes para uma maior eficiência e segurança energética do país.


Energias renováveis crescem no ritmo mais rápido em 20 anos, diz AIE



A capacidade de produção de energia renovável cresceu em 2020 no ritmo mais rápido desde o início deste século, disse a Agência Internacional de Energia (AIE) nesta terça-feira (11). Por causa da expansão, a entidade revisou para cima sua previsão para o crescimento das energias eólica e solar para 2021 e 2022.

De acordo com a AIE, as energias renováveis foram a única fonte para a qual a demanda aumentou no ano passado, com os “lockdowns” para conter a covid-19 afetando o consumo de todos os outros tipos de energia.

Cerca de 280 gigawatts a mais de capacidade de produção de energia renovável foram criados em 2020, 45% a mais do que em 2019, informou a entidade com sede em Paris. Este foi o maior salto observado desde 1999.

O aumento ocorreu por causa da construção de fazendas eólicas e solares nas principais economias do mundo. Além disso, também houve uma corrida para concluir projetos renováveis antes do fim de subsídios governamentais na China, nos Estados Unidos e no Vietnã.

A AIE elevou suas previsões de crescimento para 2021 e 2022 em cerca de 25%. Para este ano, a expectativa é de um acréscimo de 270 gigawatts na capacidade de produção. A previsão para o próximo ano é de 280 gigawatts.

A crescente demanda por energia renovável é observada à medida que governos e empresas tentam cortar emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global.

“As energias eólica e solar estão nos dando mais razões para sermos otimistas sobre nossos objetivos climáticos, pois quebram recorde após recorde”, disse o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol.

Birol acrescentou que um maior uso de eletricidade com baixo teor de emissões de carbono é necessário para que o mundo atinja as metas propostas para reduzir o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera.

Apesar de as energias renováveis estarem ganhando terreno, os combustíveis fósseis continuam sendo a fonte dominante no mundo. Em 2019, antes da pandemia, o petróleo, o gás natural e o carvão representavam 81% do consumo global, afirma a AIE. Espera-se que esse número caia para 76% até 2030, embora um aumento da demanda geral signifique uma maior utilização de energia com uso intensivo de carbono.

A AIE estima que a energia solar terá um papel fundamental na expansão da capacidade global de produção de energia renovável, com acréscimos em 2022 previstos para serem 50% maiores do que em 2019. A entidade também prevê um forte crescimento da energia eólica nos próximos dois anos, embora em uma taxa inferior a 2020.

No entanto, a AIE disse que espera que o crescimento da capacidade de produção na China se estabilize com o fim dos subsídios do governo, apesar da promessa de Pequim de atingir o pico das emissões de carbono antes de 2030.

O aumento dos investimentos na Europa, nos Estados Unidos, na Índia e na América Latina deve mais do que compensar qualquer queda nos gastos chineses em energia renovável, indicou a AIE. A União Europeia (UE) planeja desembolsar US$ 1 trilhão para atingir sua meta de ser neutra em carbono até 2050.
A avaliação da AIE ainda não leva em consideração o plano de US$ 2,3 trilhões em infraestrutura proposto pelo presidente americano, Joe Biden. Parte das medidas anunciadas pelo democrata visa combater as mudanças climáticas.

Se aprovado, a AIE avalia que o pacote de Biden deve impulsionar uma “aceleração muito mais forte da implantação de energias renováveis após 2022”.

Fonte: Valor

Hidrogênio verde, uma corrida em todos os continentes


Um local de armazenamento de hidrogênio em Prenzlau, Alemanha, em 2011 - AFP/Arquivos


Estados e grupos industriais dos quatro pontos cardeais estão competindo em anúncios de projetos e de investimentos na corrida pelo hidrogênio verde, embora todos estejam de olho na China.

Visto como o elo que falta para a transição ecológica, este gás, ainda produzido com combustíveis fósseis, contribuiria para reduzir as emissões da indústria e dos transportes pesados e ofereceria um meio para o armazenamento da energia renovável – desde que seja “ecológico”.

Embora ainda seja cara, essa perspectiva é um sonho dourado especialmente na Europa, que perdeu o bonde dos componentes solares e das baterias, praticamente monopolizado pela China. O objetivo é controlar toda cadeia, ou pelo menos parte dela.

Obtido pela eletrólise da água com eletricidade renovável, o hidrogênio “verde” precisa desenvolver tanto a demanda quanto as aplicações, ou as infraestruturas de transporte.

Vários planos nacionais já foram anunciados para relançá-lo, combinando cooperação e estratégias, às vezes diferentes, do hidrogênio 100% verde com o nuclear, ou mesmo o gás.

Os Estados Unidos têm um novo roteiro nesta área. A Alemanha espera investir US$ 9 bilhões de euros (US$ 10,6 bilhões) até 2030; França e Portugal, 7 bilhões de euros cada (ou US$ 8,25 bilhões); Reino Unido, 12 bilhões de libras (ou US$ 16,5 bilhões); e Japão e China, US$ 3 bilhões e US$ 16 bilhões, respectivamente, para deixar sua produção mais ecológica. Os números são da consultoria Accenture.

No total, “estão em projeto 76 gigawatts de capacidade de produção, 40 deles anunciados no ano passado”, afirmou Gero Farruggio, da consultoria Rystad Energy, acrescentando que a Austrália concentra “metade dos principais projetos”.

– Domínio asiático? –

O norte da Ásia se posicionou: Japão, que tem grandes necessidades e está trabalhando no projeto de navios para transporte de hidrogênio, Coreia do Sul e, principalmente, China.

“Dadas as suas necessidades, (a China) vai com tudo, incluindo hidrogênio, especialmente para a mobilidade”, diz Nicolas Mazzucchi, da Fundação para Pesquisa Estratégica.

A China desenvolve um modo de produção ligado a reatores nucleares, embora sua produção atual seja procedente do carvão. Atrai atores de todo mundo: fabricantes de células de combustível para veículos (a canadense Ballard, a francesa Symbio) e estações de recarga (Air Liquide), por exemplo.

“Com sua vontade de descarbonizar (sua economia) e sua capacidade de fazer os preços baixarem, a China pode dominar o fornecimento de eletrolisadores, como ocorre com os módulos solares? Parece provável”, diz Gero Farruggio.

Adiante, a Europa está-se preparando.

“Três países se destacam”, afirma diz Charlotte de Lorgeril, da consultoria da Sia Partners, que cita Alemanha, “adiantada em relação aos transporte”; França, “mais avançada na produção”; e Holanda, que tem infraestruturas importantes de gás.

A União Europeia (UE) espera, até 2050, ter seu leque de oferta de energia composto por 12% a 14% de hidrogênio, contra atuais 2%. Para isso, estimula a cooperação.

O que não impede a Alemanha de se tornar o “primeiro fornecedor” do mundo, afirma seu ministro da Economia, Peter Altmaier.

Menos otimista, Nicolas Mazzucchi teme que a UE compense sua “falta de estratégia energética global”, transformando o hidrogênio na panaceia do momento.

No setor industrial, os produtores tentam se impor comprando, principalmente start-ups, ou consórcios. É o caso da Total e da Engie, parceiros para desenvolver a maior planta, na França, de produção de hidrogênio verde.

Se essa euforia persistir e se concretizar, o hidrogênio pode contribuir para subverter o mapa mundial de energia. Acordos e interdependências já estão sendo criados nesse sentido.

Salvar a Criação apostando em energias renováveis

Foi apresentado o relatório final sobre o Estado do Clima Global em 2020. Um relatório que antecipa a Cúpula sobre o Clima convocada pelo Presidente dos Estados Unidos por ocasião do Dia da Terra.


Vatican News

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, a década 2011-2020 será lembrada como a mais quente já registrada, com os seis anos mais quentes começando em 2015. De fato, o calor dos mares está em níveis recordes e mais de 80% do oceano global sofreu uma onda de calor marinho durante 2020, com repercussões generalizadas nos ecossistemas marinhos, que já sofrem de águas mais ácidas devido à absorção de dióxido de carbono, CO2. Estes são alguns dos dados presentes no relatório final sobre a Situação do Clima Global em 2020, apresentado na segunda feira (19/04) em uma coletiva de imprensa conjunta do Secretário Geral das Nações Unidas Antonio Guterres e do Secretário Geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM) Petteri Taalas, na versão atualizada, após a versão provisória publicada em dezembro passado.

A pandemia não freou mudanças climáticas

O aquecimento foi observado no ano passado, mesmo com o resfriamento devido ao fenômeno climático do La Niña. O estudo compilado pela OMM e parcerias aponta condições climáticas extremas que aliadas à Covid-19 foram um golpe duplo para milhões de pessoas no período. A desaceleração econômica devido à pandemia não chegou a frear os fatores que impulsionam a mudança climática e os impactos de sua aceleração. A análise envolveu indicadores do sistema climático, tais como concentrações de gases de efeito estufa, aumento da temperatura terrestre e do oceano, nível do mar, derretimento do gelo e recuo das geleiras e condições climáticas extremas.

Covid e ambiente

"Este relatório nada mais faz do que certificar o fato de que ainda estamos no caminho errado - explica Andrea Masullo, diretor científico da Associação Greenaccord - já faz alguns anos desde que as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, que é o elemento que impulsiona a mudança climática, ultrapassaram em abundância 400 partes por milhão e lembremos que há trinta anos eram 355 partes por milhão.

Mudar modelos de desenvolvimento

"Quando a economia mundial recomeçar - continua Masullo - se não mudarmos de direção, logo nos encontraremos em uma situação pior do que a que deixamos". Se não colocarmos o bem-estar do homem de volta ao centro, mudando os objetivos do modelo de desenvolvimento e das fontes de energia, só corremos o risco de tornar uma situação já grave ainda pior e irreparável".

A contribuição dos governos

A contribuição dos governos torna-se fundamental, para poder alcançar o objetivo de emissões zero até 2050. "Os governos - sublinha o diretor científico da Greenaccord - devem rever globalmente as estratégias de desenvolvimento, os modos de transporte e o uso de energia, evitando um sistema consumista, pois isso significa utilizar todos os recursos de forma destrutiva, até que eles não estejam mais disponíveis.

Indicações do Papa

Devemos também tomar iniciativas a partir dos repetidos convites do Papa Francisco e das indicações da Laudato si’, de passar para uma economia circular dentro de ciclos naturais e recursos renováveis de tal forma que tudo se torne reutilizável novamente. Este é o grande desafio: tentar enxertar fontes renováveis em um sistema baseado no consumo, voltar a colocar o bem-estar do homem no centro da ação econômica e não o consumo de bens e o enriquecimento pessoal que não leva em conta o dano porque não o calcula".

5 mil pessoas serão beneficiadas com energia elétrica proveniente de fontes renováveis no Pantanal


Parceria entre a Energisa e o governo do MS planeja levar eletricidade oriunda de fontes renováveis ​​para os residentes de áreas do Pantanal

O Grupo Energisa e o Governo do Estado de Mato Grosso Sul possuem um projeto em cooperação com o objetivo de fornecer energia elétrica por meio de fontes renováveis para mais de 5 mil pessoas que vivem em áreas do bioma, no Pantanal, até 2022. De acordo com o projeto, chamado “Ilumina Pantanal”, até julho deste ano, o plano levará energia a mais de 2.000 consumidores locais.

De acordo com o governador Reinaldo Azambuja: “Fizemos uma ampla parceria. Até o ano que vem atenderemos grandes, médias e pequenas propriedades, além de ribeirinhos e moradores tradicionais da região pantaneira. É um programa que abrange todos. Serão 90 mil quilômetros quadrados de nova cobertura. Estamos falando de uma área territorial que é quase o tamanho de Portugal, ou superior aos países da Dinamarca e Holanda juntos”.

A Energisa garante que o usuário da eletricidade receberá o microssistema para geração de energia solar fotovoltaica e o excesso de energia ficará armazenado na bateria. O diretor-presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Marcelo Vinhaes, disse que “Universalizar o acesso à energia numa região tão importante para o desenvolvimento sustentável brasileiro é um grande passo na história do Grupo Energisa. Para alcançar este objetivo, investimos em inovação e sustentabilidade, criando uma solução pioneira que vai contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população local e o crescimento socioeconômico do pantanal, preservando a fauna e a flora do bioma”.



Investimentos:

No total, o Grupo Energisa investirá cerca de 134 milhões de reais no plano, que vai cobrir uma população de 90 mil quilômetros quadrados. O projeto otimista atenderá os moradores das cidades de Corumbá, Aquidauana, Coxim, Ladário, Porto Murtinho, Rio Verde e Miranda.

O plano entrou em fase piloto em 2018, atendendo 23 unidades consumidoras. Esses locais receberam sistemas de energia solar e armazenamento de energia, atendendo 100 pessoas na época.

Energias renováveis: como escolher a melhor para sua empresa


Se no início da Revolução Industrial, a queima de carvão era a principal forma de obtermos energia, nas últimas décadas presenciamos muitos avanços tecnológicos referentes às matrizes energéticas disponíveis. Muitas formas de energias renováveis estão hoje disponíveis. E diante de tantas opções, é importante saber como escolher a melhor delas para sua empresa.

Optar por fontes de energias alternativas e renováveis, também conhecida como energia verde, é de grande importância ambiental. Afinal, elas causam menos impacto ecológico, auxiliando no combate ao aquecimento global e na preservação do meio ambiente.

Porém, esse não é o único motivo para apostar em energias renováveis e escolher uma delas para o seu negócio. As fontes de energia verde também costumam ser mais econômicas do que as opções tradicionais. Em alguns casos, você pode economizar até mesmo 95% nas contas de luz!

Para saber mais sobre as opções de energia renováveis, como escolher e quais suas vantagens, é só continuar a leitura!

Empresa sustentável: uma tendência

Segundo uma pesquisa global da Deloitte, importante organização de auditoria e consultoria empresarial, “a energia renovável está rapidamente se tornando uma fonte preferida de energia convencional”.

Ainda de acordo com o estudo, a maioria dos países do mundo possui capacidade solar e eólica, por exemplo. O Brasil, em especial, é um dos principais mercados para ambos os tipos da energia.

E caso você esteja se perguntando se é possível usar esse tipo de energia em seu negócio, temos boas notícias!

Diferentes tipos de empresas vem investindo em energias renováveis nos últimos anos, como:
  • Supermercados;
  • Padarias;
  • Restaurantes;
  • Instituições de ensino;
  • Fábricas e indústrias de diferentes tipos, entre outras.
Até mesmo grandes empresas multinacionais fazem uso de energias verdes. Esta publicação da Exame lista algumas dessas organizações. Entre elas, temos nomes como Intel, Microsoft, Apple, Walmart, Unilever, e Google.

Energia verde: entenda as vantagens

Como introduzimos no início do texto, ações como escolher energias renováveis para seu negócio pode trazer diversos benefícios.

A preservação dos recursos naturais é uma das principais vantagens da energia verde. E além de um bem coletivo, esse valor também pode ser revertido de forma positiva para sua marca.

Já quando falamos de custos, o Fórum Econômico Mundial indica que em alguns países, como o Brasil, temos o chamado ponto de inflexão. Isso significa que as energias renováveis custam o menos ou até menos que as fontes poluentes.

E ao investir nesse tipo de energia, você também colabora com:
  • A geração de empregos;
  • O desenvolvimento tecnológico;
  • O desenvolvimento econômico;
  • Impactos positivos para a saúde e qualidade de vida da população local.

Energias renováveis: como escolher

Existem diferentes tipos de energias renováveis. E para fazer a melhor escolha para sua empresa, é necessário compreender suas demandas e objetivos. Além disso, alguns dos tipos de geração de energia dependem de configurações climáticas e geográficas que garantem seu rendimento. Por isso, é importante observar também esses fatores.

Energia eólica

A energia eólica é aquela proveniente da força dos ventos, uma fonte inesgotável e que não emite gases poluentes.

A geração de energia nesse modelo se dá da seguinte forma:
  • O fluxo de ar passa pelas turbinas eólicas;
  • Elas giram e transformam a energia mecânica em energia elétrica.
  • As turbinas estão conectada à rede de transmissão elétrica;
  • Ocorre à transmissão da energia gerada.
O Nordeste brasileiro é um dos principais polos de energia eólica do país. Isso porque a configuração geográfica e climática da região garante maior volume de ventos durante todo o ano.

O lado negativo desse tipo de energia, porém, diz respeito à poluição sonora, uma vez que as pás das turbinas eólicas geram muito barulho. Por isso e por outras questões práticas, não é indicado instalar esse tipo de equipamento em áreas urbanas.

Energia das ondas

O Brasil é um país com grande área litorânea e o mar também pode atuar como gerador de energia.

O movimento das ondas e das marés gera energia cinética, que pode ser transformada em energia elétrica.

Ainda é necessário maiores pesquisas e investimentos nesse setor energético, mas ele já é considerado uma das grandes apostas para o futuro.

Energia de Biomassa

Também é possível produzir energia de materiais biodegradáveis!

Os gases liberados pela decomposição dessa biomassa pode ser canalizado e utilizado como combustíveis em motores de gás, por exemplo.

Energia solar fotovoltaica

Uma das maiores tendências energéticas atuais é a energia solar fotovoltaica. Com a tecnologia avançada do sistema, é possível transformar a luz e calor do sol em energia elétrica.

Por aqui, muitos negócios e até mesmo residências vem investindo na energia solar fotovoltaica. Apenas de 2017 a 2016, o número de conexões registradas no território brasileiro cresceu 244%.

E como é ressaltado em uma reportagem da revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, espera-se que em 2024 aconteça um aumento de 200 vezes se comparado ao patamar atual desse tipo de energia no país.

E é importante frisar que os painéis fotovoltaicos podem ser instalados em diferentes tipos de imóveis. Essa tecnologia é silenciosa, não gera nenhum tipo de poluição e pode ser utilizada tanto na cidade quanto no campo!

Como vimos, há diferentes opções de energias renováveis. Como escolher a melhor para sua empresa varia de acordo com as possibilidades da sua região e seus objetivos.

Lembramos também que os empresários que desejam utilizar a energia renovável em seus negócios contam com o auxílio do ProGD, o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica.

O ProGD tem como objetivo incentivar pessoas físicas e jurídicas a adotarem a energia solar. Ele garante financiamentos especiais, entre outras possibilidades para o empresário que investe na energia do sol.

Mesmo em tempos de crise, como nesta quarentena, é possível fazer esse tipo de investimento! Leia nosso post sobre o assunto e descubra porquê investir em energia solar na quarentena é um bom negócio!

Ritmo de expansão em energia renovável deve cair pela 1ª vez em 20 anos, diz IEA


O ritmo de crescimento da capacidade global em energia renovável deve ver o primeiro recuo anual em 20 anos em 2020, em meio a impactos da pandemia de coronavírus, mas a expectativa é de retomada no próximo ano, disse a Agência Internacional de Energia (IEA) nesta quarta-feira.

O mundo deve construir menos parques eólicos, solares e outras instalações que produzem energia limpa neste ano devido à retração na demanda dos setores comerciais e industrial e a problemas logísticos que devem atrasar projetos.

“Os países continuam a construir novas turbinas eólicas e parques solares, mas em um ritmo bem mais lento”, disse o diretor-excutivo da IEA, Fatih Birol.

“Mesmo antes do impacto da pandemia de Covid-19, o mundo precisava acelerar significativamente o desenvolvimento de renováveis para ter chances de atingir suas metas de energia e climáticas”, acrescentou ele.

A capacidade instalada em renováveis neste ano deve crescer em um total de 167 gigawatts, ou 13% a menos que no ano passado, segundo relatório da IEA sobre o setor.

Mas a capacidade global em renováveis ainda terá uma expansão, com crescimento estimado de 6% em 2020.

A expansão mais lenta neste ano reflete atrasos em construções devido a problemas na cadeia de suprimentos, medidas de isolamento e de distanciamento social e também desafios de financiamento.

No próximo ano, o ritmo de crescimento deve voltar ao nível visto em 2019, com a entrada em operação de projetos atrasados e levando em conta uma continuidade de políticas governamentais de apoio ao setor.

Ainda assim, a expansão combinada em 2020 e 2021 deverá ser 10% menor que a prevista pela IEA antes da pandemia.

Quase todos mercados maduros foram afetados por revisões da expansão prevista, exceto os Estados Unidos, onde investidores estão correndo para terminar projetos antes do vencimento de créditos fiscais.

A AIE espera 115 GW de novas instalações fotovoltaicas este ano

A expansão global de energia fotovoltaica, energia eólica e outras energias limpas terá crescimento de dois dígitos este ano, segundo a agência internacional.

IEA

Após a estagnação do ano passado, as energias renováveis ​​crescerão novamente em 2019, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), que espera que quase 200 GW de nova capacidade de geração de energia limpa sejam instalados até o final do ano.

A maior parte da nova capacidade será proveniente de energia solar com 115 GW e apesar de uma pequena contração do mercado chinês. O rápido desenvolvimento da energia solar em todos os estados membros da UE e, em particular, na Espanha, compensará a queda de novas instalações no maior mercado do mundo, de acordo com a AIE, que também escolheu o Vietnã, Índia e Estados. Unidos e Japão como mercados solares em rápida expansão. De fato, a única incerteza citada nas últimas previsões da AIE se refere ao mercado chinês imprevisível.

Este ano, a energia fotovoltaica quebrará pela primeira vez a marca de 100 GW em todo o mundo, ajudada por uma queda de mais de 80% nos preços da energia solar desde 2010, uma vez que a energia fotovoltaica se tornou a tecnologia de energia mais limpa implementado pelo terceiro ano consecutivo, de acordo com os dados fornecidos pela AIE.

A implantação que será vista este ano, no entanto, ainda estará bem abaixo dos 300 GW de nova capacidade de energia renovável que seriam necessários anualmente de 2018 a 2030 para atender ao cenário de "desenvolvimento sustentável" da AIE. A agência, frequentemente criticada por suas estimativas conservadoras de energia solar e recentemente acusada de vender o mito do gás natural como fonte de energia de baixo carbono pelo grupo alemão de especialistas Energy Watch Group, criticou os formuladores de políticas chineses por sua decisão abrupta de reduzir os subsídios públicos ao setor solar em maio do ano passado. Essa mudança repentina foi o principal fator que contribuiu para o fato de que os novos volumes de energia renovável implantados em todo o mundo não aumentarão em 2018, pela primeira vez em 17 anos.

"Estamos experimentando uma queda drástica no custo da energia solar, juntamente com um forte crescimento da energia eólica em terra", disse o diretor executivo da AIE, Fatih Birol. “E o vento em alto mar está mostrando sinais encorajadores. Essas tecnologias são os pilares dos esforços globais para combater as mudanças climáticas, reduzir a poluição do ar e fornecer acesso a energia para todos. ”

A AIE estima que o mercado eólico em terra crescerá 15% para 53 GW este ano, impulsionado por novas instalações nos EUA. UU. e China Também é esperado que o aumento da energia eólica offshore permaneça estável em torno de 5 GW em 2019 e que a União Europeia e a China sejam os principais responsáveis ​​por esse crescimento.

Novo recorde mundial de instalações fotovoltaicas planejado para 2019

As instalações solares fotovoltaicas globais atingirão uma nova alta de 114,5 GW em 2019, 17,5% a mais do que em 2018, de acordo com um novo estudo de Wood Mackenzie.
Demanda anual de energia solar fotovoltaica por região, 2015-2024 
Gráfico e fonte: Wood Mackenzie

A Wood Mackenzie publicou na quinta-feira seu novo relatório 'Atualização global das perspectivas do mercado de energia solar fotovoltaica: Q2 2019', no qual reúne boas notícias: o mercado voltou a uma forte trajetória de crescimento após uma desaceleração em 2018.

Segundo analistas, as instalações solares fotovoltaicas globais atingirão um novo máximo de 114,5 GW em 2019, 17,5% a mais que em 2018 e representam um crescimento interanual de 17,6%. O mercado agora está novamente em uma trajetória de forte crescimento impulsionado por desenvolvimentos políticos e regulatórios positivos.

57% das instalações de 2019 estarão localizadas no segundo semestre do ano, comparado a 46% em 2018. Somente o quarto trimestre representará 33%, que é a maior proporção da demanda já instalada em um único trimestre. Segundo Wood Mackenzie, o aumento da demanda ao longo do trimestre ajudará a estabilizar os preços dos módulos.

Segundo trimestre de 2019

Parece que a China e a Índia mudaram significativamente a demanda no segundo semestre do ano. O restante dos principais mercados e regiões continua com uma tendência similar de “corrida” no final do ano para aproveitar seus respectivos incentivos e capacidade de cumprir as metas de energia renovável.

Na Espanha, o relatório afirma que “os novos regulamentos de autoconsumo anunciados em abril de 2019 impulsionarão o mercado espanhol de geração distribuída, que está inativo há muito tempo. Esperamos 600 MW / ano no início dos anos 2020. ”

Outro mercado que destaca o relatório é a Itália, onde a Comissão Europeia aprovou o sistema de leilão, e o primeiro deve ocorrer em setembro de 2019. No entanto, o relatório espera que o mercado de PPA ofereça mais facilidades do que o Leilões

Na Colômbia, o aumento do prazo do PPA (15 anos em vez de 12 anos) tornará a licitação em 30 de setembro mais competitiva.

Na China, o portfólio de projetos sem subsídios atinge 6,4 GW que serão conectados à rede em 2019 e 9 GW para a conexão à rede em 2020. As reformas do mercado de eletricidade, o RPS e os leilões permitirão Criação de novos modelos de negócios. O país anunciou recentemente os resultados de seu primeiro leilão de energia solar fotovoltaica, com impressionantes 22,8 GW de projetos premiados. É, de longe, o maior leilão concluído no mundo, com o seguinte a ser atribuído a 3,9 GW de energia solar fotovoltaica na Espanha em julho de 2017.

Os leilões continuarão a ser o motor do crescimento em muitos mercados fotovoltaicos globais. "Esperamos que 90 GW de projetos de energia solar fotovoltaica sejam premiados por meio de leilões em 2019, em comparação com 81 GW em 2018", afirmam os autores do relatório.

Previsões para 2020

Em geral, as instalações devem atingir 125 GW anualmente no início de 2020. A desaceleração da China, que continuará com um crescimento anual mais sustentável de 30 a 40 GW, não influenciará o crescimento global.

O mercado fotovoltaico global continua a diversificar rapidamente. Os países que instalarem entre 1 e 5 GW anualmente serão o motor do crescimento do mercado. Em 2018, havia 7 desses mercados, em 2022 haverá 19, com novos nomes, incluindo Arábia Saudita, Espanha, França e Taiwan.

No entanto, China, Índia e EUA representarão mais de 50% das instalações fotovoltaicas até 2024.

Quanto aos segmentos, a energia fotovoltaica em larga escala será dominante na maioria dos mercados emergentes, e a geração distribuída por energia solar representará cerca de 30% das instalações do mundo até 2024: Gráfico e fonte: Wood Mackenzie

Na Índia, a atividade de leilão está começando a se recuperar após uma desaceleração causada pelas limitações das redes terrestres e de transmissão; enquanto nos EUA , os anúncios de novos IRPs são boas notícias para energia solar fotovoltaica.

O mercado europeu crescerá fortemente à medida que os formuladores de políticas buscarem cumprir as metas de energia renovável para 2020 e 2030; e de acordo com a WoodMac, o Brasil é o mercado “mais empolgante” da América Latina no momento, tanto para os CAE em leilão com distribuidores quanto para contratos de livre mercado com grandes consumidores.

Por fim, no Oriente Médio, todos os olhares estão voltados para o próximo leilão de 1,5 GW na Arábia Saudita, que deve ser extremamente competitivo.

A demanda por painéis solares deve chegar a 125,5 GW em 2019, diz TrendForce

De acordo com a empresa de pesquisa de mercado de Taiwan, a demanda por painéis fotovoltaicos aumentará em 16% em relação aos embarques de 2018. A TrendForce também acredita que essa tendência de crescimento continuará em 2020.

Imagem: skeeze, pixabay

A EnergyTrend, uma divisão da TrendForce, empresa de pesquisa de mercado de Taiwan, prevê que a demanda por módulos solares atinja aproximadamente 125,5 GW este ano. Se realizado, isso representaria uma expansão de 16% no mercado ano a ano (YoY). Os analistas acreditam que esse nível de crescimento deve continuar até 2020.

Com o número de mercados em escala de gigawatts aumentando em relação aos 16 do ano passado para 21 em 2019, espera-se que a demanda por módulos se torne mais diversificada geograficamente, acrescentaram os analistas de Taiwan. Essa diversificação é uma das principais razões pelas quais o mercado global se expandiu em 2019. “Os mercados estão surgindo em todo o mundo”, disse a EnergyTrend.

"Os clientes reduzirão um pouco os pull-ins para o terceiro trimestre, mas espera-se que este seja um estado temporário de descanso para o mercado", explicaram os analistas. De acordo com dados preliminares, os fabricantes chineses enviaram cerca de 28,5 GW de módulos para o mercado externo de janeiro a maio de 2019, quase dobrando os resultados do mesmo período de 2018, quando os embarques para o mercado externo atingiram 14,6 GW.

Mais crescimento vindo da Europa

Espera-se que a demanda por módulos fotovoltaicos europeus atinja de quase 11,9 GW em 2018 para 21,8 GW neste ano. “A remoção das barreiras ao preço mínimo europeu de importação (PMI) abriu um novo canal de exportação para os fornecedores chineses impactados pela nova política da China, 531”, observou a TrendForce. Os analistas também atribuem a crescente demanda européia projetada para o Acordo de Paris. Como resultado desses dois fatores combinados, espera-se que a demanda de PV cresça mais 10%, para 24 GW em 2020.

A América do Sul, o Oriente Médio e a África, juntamente com outras regiões emergentes não especificadas, estão procurando ter pelo menos 2 a 3 países com mercados em escala GW este ano.

No relatório preliminar, divulgado em janeiro, a Trendforce disse que os efeitos da mudança da política de 5/31 na China foram menos severos do que o esperado, e que a capacidade instalada global de energia fotovoltaica para 2019 alcançaria cerca de 111 GW. Nestes números, a UE foi destacada como um dos mercados em rápido crescimento para 2019, projetando uma taxa de crescimento ano a ano de mais de 50%. A China e os Estados Unidos continuarão sendo o primeiro e o segundo maiores mercados este ano, seguidos pela Índia e pelo Japão.

Investimento global em energias renováveis ​​caiu no primeiro semestre deste ano

Enquanto a Espanha, a Suécia, a Ucrânia e o Brasil atraíram mais fundos do que no ano passado, a transição da China para um sistema de compras com base em leilão e o baixo desempenho geral na Europa viram o apoio mundial diminuir. A BloombergNEF espera que os investimentos aumentem no segundo semestre, no entanto.

Os dados do BNEF abrangem o financiamento de novas capacidades de fontes renováveis, excluindo grandes projetos hidrelétricos, e o investimento da empresa em energias renováveis ​​e tecnologias de energia inteligente. Gráfico: BloombergNEF

O investimento internacional em energia renovável diminuiu de janeiro a julho. O desenvolvimento foi causado em grande parte pelo maior mercado de energias renováveis ​​do mundo - a China - que arrasta os calcanhares em comparação com o desempenho do ano passado.

A Bloomberg New Energy Finance publicou uma análise dos números de investimentos em energia renovável nos primeiros seis meses do ano e relatou que o investimento chinês caiu 39%, para US $ 28,8 bilhões. Essa deflação arrastou os números globais para baixo em 14%, para US $ 117,6 bilhões.

A BloombergNEF disse que a retirada da China se deve a uma mudança dos subsídios públicos fixos para os leilões. Os investimentos em energia solar e eólica sofreram na primeira metade do ano e a Bloomberg entrou na lista de analistas que prevêem um retorno à saúde na China para o restante de 2019, agora as autoridades de Pequim explicaram sua nova 'paridade de grade' - política solar orientada.

Justin Wu, chefe da Ásia-Pacífico da BNEF, disse: “Esperamos que um leilão solar em todo o país aconteça agora para levar a uma corrida ao financiamento de novos projetos fotovoltaicos. Também pudemos ver vários grandes negócios em energia eólica offshore no segundo semestre. ”

Grandes negócios

A queda de seis meses no investimento global em energia limpa ocorreu apesar do fechamento financeiro de projetos de bilhões de dólares, incluindo o parque fotovoltaico e o CSP Al Maktoum IV de US $ 4,2 bilhões, com sua capacidade de geração combinada de 950 MW. Em Taiwan, dois painéis eólicos offshore com capacidade de geração de 640 MW e 900 MW - e um custo combinado de US $ 5,7 bilhões - completaram suas fases de investimento.

Jenny Chase, chefe de análise solar do BNEF, disse: “Al Maktoum IV é incomum ao combinar três tipos diferentes de energia solar - as tecnologias térmicas da calha e torre parabólicas e a torre fotovoltaica convencional - mas também é um forte sinal de apetite. energia solar por parte dos países do Oriente Médio e financiadores internacionais. ”

Com a China vendo a queda do investimento em energia limpa em meio à incerteza política nos primeiros meses do ano, os próximos dois maiores mercados de renováveis ​​do mundo também sofreram. Nos EUA e na Europa, os volumes de investimentos caíram 6% e 4%, respectivamente, com ambos os bancos entre US$ 22 e 23 bilhões.

No entanto, os gastos em alguns mercados de segundo nível aumentaram. O Japão, por exemplo, atraiu US$ 8,7 bilhões - um aumento de 3% - no primeiro semestre. O investimento na Índia saltou 10%, para US$ 5,9 bilhões, pois o país pretende instalar 175 GW de capacidade de geração de energia renovável até 2022. O Brasil também viu seu mercado florescer com um aumento de 19% no investimento, para US $ 1,4 bilhão.

Exceções à regra

A Espanha contrariou a tendência geral da Europa, com um aumento de 235% no financiamento de fontes renováveis para US $ 3,7 bilhões, seguido pela Suécia, com um salto de 212% para US$ 2,5 bilhões. O Reino Unido também viu um aumento no investimento, para US$ 2,5 bilhões, com um adiantamento de 35%. A Ucrânia também teve um bom desempenho, com um aumento de 60%, para US $ 1,7 bilhão.

No lado negativo, a França viu o investimento em energias renováveis ​​no primeiro semestre cair 75%, para US$ 567 milhões, e a Alemanha perdeu 42%, para US$ 2,1 bilhões. O desempenho da Holanda refletiu o da Alemanha, com um recuo de 41%, para US$ 2,2 bilhões em investimentos em energias renováveis.

O BNEF informou que o financiamento global para projetos de renováveis ​​em escala de utilidade caiu 24%, para US$ 85,6 bilhões, um desenvolvimento que o consultor atribuiu principalmente à China. Por outro lado, o investimento em sistemas de pequena escala - com menos de 1 MW de capacidade de geração - aumentou 32%, para US$ 23,7 bilhões.

Além dos investimentos em ativos de geração, a BloombergNEF também observou um aumento de 37% no apoio a empresas de energia limpa via mercados públicos, em US$ 5,6 bilhões. Esse número inclui uma emissão secundária de US$ 863 milhões para a Tesla e uma captação de recursos de títulos conversíveis em US$ 650 milhões pela fabricante chinesa de veículos elétricos NIO.

"O financiamento de capital de risco e private equity das empresas de energia limpa no 1S 2019 caiu 2%, para US $ 4,7 bilhões", escreveram os autores do relatório. Esse resultado incluiu três exceções notáveis, no entanto. A fabricante sueca de baterias Northvolt recebeu um investimento de US $ 1 bilhão, assim como a empresa americana de carregamento de veículos elétricos Lucid Motors. O fabricante da EV, Compatriot Rivian, também depositou US $ 700 milhões.

O investimento global em energias renováveis ​​caiu no primeiro semestre deste ano

Embora a Espanha, a Suécia, a Ucrânia e o Brasil tenham atraído mais recursos do que no ano passado, a transição da China para um sistema de compras baseado em leilões e o lento desempenho global na Europa tiveram queda no apoio mundial. A BloombergNEF espera que os investimentos aumentem no segundo semestre, no entanto.

Os dados da BNEF cobrem o financiamento de novas capacidades de energias renováveis, excluindo grandes projetos hídricos, e investimentos a nível da empresa em energias renováveis ​​e tecnologias energéticas inteligentes. Gráfico: BloombergNEF


O investimento internacional em energia renovável desacelerou de janeiro a julho. O desenvolvimento foi causado em grande parte pelo maior mercado de renováveis ​​do mundo - a China -, arrastando os calcanhares em comparação com o desempenho do ano passado.

A Bloomberg New Energy Finance publicou uma análise dos números de investimentos em energia renovável nos primeiros seis meses do ano e informou que os investimentos chineses caíram 39%, para US$ 28,8 bilhões. Essa deflação arrastou os números globais para 14%, para US$ 117,6 bilhões.

A BloombergNEF disse que a retirada da China se deve a uma mudança de subsídios públicos fixos para leilões. Os investimentos em energia solar e eólica sofreram na abertura do primeiro semestre e a Bloomberg se juntou à lista de analistas prevendo um retorno à saúde na China pelo restante de 2019, agora as autoridades em Pequim explicaram sua nova "paridade de rede". política solar acionada.

Justin Wu, chefe da Ásia-Pacífico da BNEF, disse: “Esperamos que um leilão solar em todo o país aconteça agora para levar a uma corrida de novos financiamentos de projetos fotovoltaicos. Também poderíamos ver vários grandes negócios em eólica offshore no segundo semestre. ”

Grandes negócios

A queda de seis meses no investimento global em energia limpa ocorreu apesar do fechamento financeiro para projetos multibilionários, incluindo o parque de PV e CSP de US$ 4,2 bilhões do Al Maktoum IV Solar, com sua capacidade de geração combinada de 950 MW. Em Taiwan, duas matrizes de energia eólica offshore com capacidade de geração de 640 MW e 900 MW - e um custo combinado de US$ 5,7 bilhões - completaram suas fases de investimento.

Jenny Chase, chefe de análise solar da BNEF, disse: “O Al Maktoum IV é incomum na combinação de três tipos diferentes de energia solar - as tecnologias térmicas da calha parabólica e torre com PV convencional - mas também é um forte sinal do apetite para a eletricidade solar por parte dos países do Oriente Médio e dos financiadores internacionais. ”

Com a China vendo queda no investimento em energia limpa em meio a incerteza política nos primeiros meses do ano, os dois maiores mercados de renováveis ​​do mundo também sofreram. Nos EUA e na Europa, os volumes de investimento caíram 6% e 4%, respectivamente, com ambos os bancos, entre 22 e 23 bilhões de dólares.

No entanto, os gastos em alguns mercados de segundo nível aumentaram. O Japão, por exemplo, atraiu US$ 8,7 bilhões - um aumento de 3% - no primeiro semestre. O investimento na Índia saltou 10% para US$ 5,9 bilhões, já que o país pretende instalar 175 GW de capacidade de geração de energia renovável até 2022. O Brasil também viu seu mercado florescer com um aumento de investimento de 19% para US $ 1,4 bilhão.

Exceções à regra

A Espanha contrariou a tendência geral européia, com um aumento de 235% no primeiro semestre do financiamento de fontes renováveis para US$ 3,7 bilhões, seguida pela Suécia, com um salto de 212%, para US$ 2,5 bilhões. O Reino Unido também viu um aumento no investimento, para US$ 2,5 bilhões, com um avanço de 35%. A Ucrânia também teve um bom desempenho, com um aumento de 60%, para US$ 1,7 bilhão.

Em contrapartida, a França viu os investimentos em renováveis ​​no primeiro semestre cair 75%, para US$ 567 milhões, e a Alemanha perdeu 42%, para US$ 2,1 bilhões. O desempenho da Holanda espelhou o da Alemanha, com um recuo de 41%, para US$ 2,2 bilhões, para investimentos em renováveis.

A BNEF informou que o financiamento global para projetos de energia renovável em escala recuou 24%, para US$ 85,6 bilhões, um desenvolvimento que o consultor atribuiu principalmente à China. Por outro lado, o investimento em sistemas de pequena escala - com menos de 1 MW de capacidade de geração - subiu 32%, para US$ 23,7 bilhões.

Além dos investimentos em ativos de geração, a BloombergNEF também observou um aumento de 37% no apoio a empresas de energia limpa por meio de mercados públicos, em US$ 5,6 bilhões. Esse número incluiu uma emissão secundária de US$ 863 milhões para a Tesla e uma captação de recursos convertíveis de US $ 650 milhões do fabricante chinês EV NIO.

“O capital de risco e o financiamento de capital privado de empresas de energia limpa no 1S 2019 caíram 2% em US$ 4,7 bilhões”, escreveram os autores do relatório. Esse resultado incluiu três exceções notáveis, no entanto. A fabricante de baterias sueca Northvolt recebeu um investimento de US$ 1 bilhão, assim como a empresa americana Lucid Motors. O fabricante do Compatriot EV, Rivian, também investiu US$ 700 milhões.

Energia renovável emprega cada vez mais


A última análise da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) mostra que onze milhões de pessoas estavam empregadas no setor de energia renovável em todo o mundo em 2018. Em 2017, eram 10,3 milhões. A edição da Pesquisa Anual sobre Energia Renovável e Empregos sinaliza ainda que, à medida que mais e mais países fabricam, comercializam e instalam tecnologias de energia renovável, os empregos renováveis ​​alcançaram seu mais alto nível, apesar do crescimento mais lento nos principais mercados de energia renovável, incluindo a China.

Segundo o levantamento da IRENA, a diversificação da cadeia de fornecimento de energia renovável está mudando a pegada geográfica do setor. Até agora, as indústrias de energia renovável permaneceram relativamente concentradas em um punhado de grandes mercados, como China, Estados Unidos e União Europeia. No entanto, cada vez mais os países da Ásia Oriental e do Sudeste surgem ao lado da China como principais exportadores de painéis solares fotovoltaicos (PV). Nações como Malásia, Tailândia e Vietnã foram responsáveis ​​por uma parcela maior do crescimento em empregos renováveis ​​no ano passado, o que permitiu à Ásia manter uma participação de 60% dos empregos em energia renovável em todo o mundo.

“Além das metas climáticas, os governos estão priorizando as energias renováveis ​​como um motor do crescimento econômico de baixo carbono, reconhecendo as inúmeras oportunidades de emprego criadas pela transição para as energias renováveis”, disse Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA. “As energias renováveis ​​atendem a todos os principais pilares do desenvolvimento sustentável – ambiental, econômico e social. À medida que a transformação global da energia ganha força, essa dimensão do emprego reforça o aspecto social do desenvolvimento sustentável e fornece mais uma razão para os países se comprometerem com as energias renováveis ​​

Energia solar fotovoltaica (PV) e eólica permanecem como os mais dinâmicos de todos os setores de energia renovável. Contabilizando um terço do fluxo total de trabalho com energia renovável, a energia solar fotovoltaica mantém o primeiro lugar em 2018, à frente dos biocombustíveis líquidos, energia hidrelétrica e energia eólica. Geograficamente, a Ásia concentra mais de três milhões de empregos fotovoltaicos, quase nove décimos do total global.

A maior parte da atividade da indústria eólica ainda ocorre em terra e é responsável pela maior parte dos 1,2 milhão de empregos do setor. Só a China é responsável por 44% do emprego global eólico, seguida pela Alemanha e pelos Estados Unidos. A energia eólica marítima poderia ser uma opção especialmente atraente para alavancar a capacidade doméstica e explorar as sinergias com a indústria de petróleo e gás.

No Brasil, o setor de biocombustíveis continua sendo o mais importante empregador no segmento de energias renováveis. A produção de etanol combustível subiu para níveis recordes em 2018, e os planos são para aumentar ainda mais – de 27,8 bilhões de litros para 47,1 bilhões de litros em 2028.

A produção de biodiesel de 5,4 bilhões de litros também bateu um recorde em 2018, impulsionada por um aumento na mistura de biodiesel para 10%. A produção deverá dobrar para 11,1 bilhões de litros na próxima década. Para atender essas metas, são necessárias novas usinas de etanol e milho e de extração de óleo de soja; estes poderiam criar mais 1,4 milhão de empregos na próxima década. O emprego em biodiesel subiu para cerca de 257.000 postos de trabalho em 2018, enquanto a mecanização contínua da cadeia de fornecimento de matérias-primas causou uma redução de cerca de 575.000 postos de trabalho em bioetanol em 2017.

Novas adições à capacidade de geração de energia eólica do Brasil atingiram 2,1 GW em 2018, a quinta maior no mundo, elevando a capacidade acumulada para 14,7 GW. Mais de 85% dessa capacidade está localizada no Nordeste. O setor eólico pode trazer desenvolvimento industrial e criação de empregos para uma área com desenvolvimento econômico comparativamente baixo, mas déficits de habilidades são um obstáculo para a contratação local. A IRENA estima a mão de obra eólica do país em cerca de 34.000 pessoas. Cerca de um terço dos empregos são de manufatura, 42% de construção e o restante de operações e manutenção.

As estatísticas do comércio sugerem que, em 2014, o conteúdo nacional no setor de fabricação de energia eólica no Brasil era de cerca de 89%. O BNDES oferece empréstimos subsidiados se os desenvolvedores atenderem aos requisitos de conteúdo local de 65%. Ao longo dos anos, essa exigência estimulou o surgimento de uma cadeia de suprimentos doméstica de mais de 300 empresas. Entre os fabricantes estrangeiros que investem no Brasil, a instalação de pás da LM Wind Power no Complexo Portuário de Suape, em Pernambuco, emprega hoje cerca de 900 pessoas.

Novas instalações no mercado de aquecimento solar no Brasil diminuíram 1,1% em 2018 e estima-se que o emprego tenha diminuído para 40.630 empregos.

Mas o país está aumentando as atividades em energia solar fotovoltaica, instalando 828 MW de capacidade em larga escala e 318 MW de capacidade distribuída durante 2018. Em operação desde meados de 2018, o complexo solar de Pirapora, em Minas Gerais, com 399 MW, é um dos maiores da América Latina e usa módulos domésticos. Os cálculos do fator de emprego da IRENA sugerem que o Brasil tem atualmente cerca de 15 600 empregos em energia solar fotovoltaica, principalmente em construção e instalação. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, cerca de 1 GW de capacidade provavelmente será instalada durante 2019, e a ABSOLAR projeta que 15.000 novos empregos poderiam ser criados como resultado. (Canal, com Assessoria de imprensa da IRENA).

Um modelo mundial de código aberto para desempenho solar

Pesquisadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, criaram uma ferramenta de modelagem que, segundo eles, levando em conta os dados meteorológicos e o desempenho histórico de instalações fotovoltaicas, pode prever com precisão a produção de uma usina solar em qualquer local. A ferramenta, dizem os acadêmicos, ajudará no planejamento de novas instalações e na integração de sistemas fotovoltaicos em sistemas de energia.

Um gráfico que visualiza a produção de energia a partir de energia solar para países europeus de 2013-2017. Editorial: Professor assistente Marta Victoria

Como a participação da energia solar no mix de energia global continua a crescer, gerenciar as intermitências inerentes à tecnologia e garantir sua integração confiável em redes é uma questão cada vez mais importante.

Ao coletar 38 anos de dados de irradiação, temperatura e clima e combiná-los com a produção histórica de instalações solares europeias, cientistas da Universidade Aarhus da Dinamarca desenvolveram um modelo que eles podem prever a produção de projetos fotovoltaicos em qualquer lugar do mundo.

"Podemos olhar não apenas para uma única instalação, mas para a produção de energia em países inteiros ou continentes a partir de instalações fotovoltaicas", disse Marta Victoria, professora assistente da Universidade de Aarhus. “Isso é extremamente importante para o modo como os sistemas de energia do futuro podem ser combinados para funcionar de maneira ideal.”

A modelagem precisa de resultados já é uma consideração importante quando se trata de atrair investidores e financiar projetos fotovoltaicos, mas os pesquisadores de Aarhus parecem ter adotado uma abordagem ainda maior, destinada a fornecer informações detalhadas sobre a produção solar para garantir que a intermitência possa ser gerenciada e baseada em vários recursos distribuídos podem ser balanceados.

Um recurso global

"O preço das instalações fotovoltaicas caiu nos últimos 10 a 20 anos, por isso agora estamos vendo grandes investimentos nessa fonte de energia em particular", disse Victoria. "O desafio é ligar a produção de energia de miríades de pequenas instalações em toda a paisagem com a demanda de energia total do país e produção de energia de outras fontes, algumas das quais também estão ligadas além das fronteiras nacionais."

Detalhes do modelo podem ser encontrados no documento Utilizando dados de reanálise validados para investigar o impacto de configurações de sistemas fotovoltaicos em altos níveis de penetração em países europeus , publicado na revista Progress in Photovoltaics.

O trabalho leva em conta as instalações rooftop, fixed tilt, dual-axis tracker e delta (east-west) e cria um modelo para inferir ângulos de orientação e inclinação com base na saída em torno dos solstícios de verão e inverno. Os pesquisadores coletaram dados ambientais de todo o mundo e, enquanto os dados históricos de PV vêm apenas da Europa - especificamente dos estados membros da UE, Sérvia, Bósnia-Herzegovina, Noruega e Suíça - os pesquisadores afirmaram que seu modelo pode ser aplicado em qualquer lugar.

Enquanto o artigo da revista está escondido atrás de um paywall, como é comum em publicações acadêmicas, a Universidade de Aarhus disponibilizou os dados para qualquer pessoa sob uma licença aberta através do repositório de dados Zenodo.