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O encontro da água doce com a água salgada pode gerar quase metade da demanda de energia no mundo


Um novo sistema pode aproveitar a energia de quando a água doce e a água salgada se encontram nas regiões costeiras.

Os cientistas estão constantemente desenvolvendo tecnologias renováveis ​​que continuam a impulsionar o futuro. Embora os tipos mais comuns de produção de energia renovável sejam as do tipo solares, eólicos, hídricos ou de marés, há também outro método menos conhecido. Nos corpos d’água com diferentes concentrações de sal, existe uma fonte de energia praticamente inexplorada.

Quando dois corpos de água se encontram com dois níveis diferentes de salinidade (isto é, água salgada e água doce), as forças da natureza tentam igualar a concentração de sal. Os íons de sal fluirão da área de alta concentração para áreas de menor concentração à medida que a água se mistura continuamente. Eventualmente, o gradiente iguala e a concentração permanece idêntica.


Em todo o mundo, existem muitas regiões costeiras onde a água doce flui para o mar. De acordo com Penn State University ,

“Essa diferença na concentração de sal tem potencial para gerar energia suficiente para atender até 40% das demandas mundiais de eletricidade”.

Essa é uma das fontes mais proeminentes de energia inexplorada no mundo e há potencial de gerar quase metade da demanda de energia no mundo.


Energia Azul é a energia por osmose. Técnica aplicada em 1 m² e abastecer 50 mil lâmpadas LED


A luta dos cientistas para reduzir a dependência mundial por combustíveis fósseis nos trouxe mais uma grande descoberta, publicada recentemente pela revista científica Nature. Trata-se de um método, desenvolvido por pesquisadores do EPFL’s Laboratory for Nanoscale Biology, que ocupa apenas 1 m² e tem potencial para abastecer 50 mil lâmpadas LED de uma vez só.

A base do processo é a osmose, fenômeno natural que balanceia a concentração de um elemento dentro de um espaço delimitado por meio de uma membrana semipermeável – lembra das aulas de química? – e, o melhor, não exige alto investimento. É mais uma forma de usar a sabedoria da natureza a nossa favor, sem explorá-la.


Basicamente, durante o processo, uma membrana atrai íons positivos e repele os negativos, que são liberados e transportados via corrente, gerando energia elétrica. O ideal seria construir usinas de energia por osmose em locais onde a água doce e salgada se encontram – fenômeno conhecido aqui no Brasil como pororoca ou macaréu.

O bacana é que a tecnologia não depende do aparecimento do sol ou do sopro do vento. É possível aplicá-la constantemente, 24 horas por dia. E, para um país litorâneo como o Brasil, pode representar uma ótima oportunidade. Só é preciso aprimorar a técnica e estudar melhor os possíveis impactos para o meio ambiente.


Abaixo, assista ao vídeo que o EPFL’s Laboratory for Nanoscale Biology desenvolveu para explicar, de maneira ilustrativa, o processo.

Fonte: The Greenest Post