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Painéis Solares para 4.000 famílias de pequenos agricultores de 60 cidades

Olá, pessoal! Sou Raoni Pinheiro, engenheiro especialista em Energias Renováveis e Sustentabilidade. Hoje quero conversar sobre uma iniciativa incrível que está transformando vidas no Nordeste do Brasil. Trata-se de um projeto que leva energia solar para pequenos agricultores, promovendo inclusão, sustentabilidade e economia para milhares de famílias. Vamos entender como isso funciona e por que é tão importante.



O Nordeste brasileiro tem características únicas: é uma região com altos índices de radiação solar e, ao mesmo tempo, desafios econômicos para muitas famílias de pequenos agricultores. Nesse cenário, surge um programa inovador que busca instalar painéis solares em propriedades rurais, beneficiando diretamente cerca de 4.000 famílias em 60 cidades.


Essa iniciativa não só melhora o acesso à energia, mas também reduz custos para os agricultores, permitindo que eles utilizem o dinheiro economizado para investir em suas produções, em educação ou na qualidade de vida.


O Nordeste é uma das regiões com maior potencial para geração de energia solar no mundo. A abundância de sol praticamente o ano todo faz com que essa tecnologia seja uma solução natural para os desafios locais.


Mas o que diferencia essa iniciativa é o foco na democratização. Enquanto grandes empreendimentos de energia solar frequentemente beneficiam grandes corporações, este projeto direciona os benefícios diretamente às famílias de agricultores, tornando a energia uma ferramenta de empoderamento social.


Vamos falar de números. A instalação de painéis solares pode reduzir significativamente os gastos com energia elétrica. Isso é especialmente importante para agricultores que dependem de bombas de irrigação e outros equipamentos para suas plantações.


Além disso, o impacto ambiental é notável. Ao optar pela energia solar, essas famílias contribuem para a redução das emissões de carbono, ajudando na luta contra as mudanças climáticas e promovendo um modelo de desenvolvimento mais sustentável.


Apesar dos avanços, é importante mencionar as críticas que surgiram em torno do que algumas entidades chamam de “modelo predatório” da energia solar. Esse modelo refere-se a práticas que priorizam lucros corporativos em detrimento do benefício real para comunidades locais.


Por isso, projetos como este se destacam ao colocar as pessoas no centro das decisões. É um exemplo de como podemos avançar na transição energética de forma justa e inclusiva, garantindo que os benefícios alcancem quem realmente precisa.


Essa iniciativa é apenas o começo. O sucesso desse projeto no Nordeste pode servir como inspiração para outras regiões do Brasil e até do mundo. Imagine o impacto se mais comunidades rurais tivessem acesso a tecnologias limpas e acessíveis. Seria um grande passo para reduzir desigualdades e promover a sustentabilidade em escala global.


A transição energética é um desafio e uma oportunidade. Projetos como esse, que leva energia solar para pequenos agricultores no Nordeste, mostram que é possível unir inovação tecnológica, sustentabilidade e justiça social.


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Universidade Federal do Ceará prova que painéis solares podem ser fabricados a partir de resíduos da castanha de caju

Testes de produção de painéis solares – (Foto: Viktor Braga/UFC)

Buscando uma maior eficiência e sustentabilidade, a Universidade Federal do Ceará comprovou que é possível fabricar painéis solares por meio da castanha de caju. Os resíduos ainda podem baratear o custo de produção

A energia solar, fonte renovável e não poluente é gerada por meio da luz e calor solar. Essa fonte de energia renovável é captada por painéis solares e, para a fabricação desse equipamento, cientistas da Universidade Federal do Ceará (UFCE), estão utilizando um líquido viscoso e escuro que resta do processamento da castanha do caju, que é chamado de LCC.

Projeto da Universidade Federal do Ceará pode ser mais eficaz e tornar painéis solares baratos

Líquido da casca de castanha de caju (LCC), resíduo industrial utilizado no experimento da pesquisa (Foto: Viktor Braga/UFC)

A pesquisa feita pela Universidade Federal do Ceará mostrou a possibilidade de produzir painéis solares mais eficientes a partir do resíduo da castanha de caju, como explica Nivaldo Aguiar, professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Materiais.

De acordo com o pesquisador da Universidade Federal do Ceará, esse resto do processamento da castanha de caju gera dano ao meio ambiente, tendo em vista que deixa o solo estéril, dificultando a agricultura. As indústrias, sem ter nenhum meio ou algo a fazer com os resíduos da castanha de caju, geralmente os armazenam em grandes reservatórios.

Além de dar um destino “mais limpo”, o pesquisador da Universidade Federal do Ceará afirma que a aplicação do resíduo na geração de energia solar ainda tem a capacidade de reduzir o custo de fabricação de painéis solares. Os pesquisadores da instituição atuam com o aproveitamento do resíduo da castanha de caju há cerca de três anos. Durante a próxima etapa da pesquisa, os cientistas planejam registrar a patente do sistema e também realizar testes de custo.

Ceará avançando em pesquisas inovadoras

RESÍDUO DA CASTANHA DE CAJU É USADO NA PRODUÇÃO DE PAINÉIS SOLARES
crédito: Rede Nacional de Rádio

Além da universidade federal do Ceará, que está desenvolvendo painéis solares, pesquisadores do IFCE estudam o reaproveitamento de algumas substâncias da casca da banana. Uma das missões é utilizar a casca da fruta como parte da composição de embalagens ou como substituta de produtos fabricados a partir de petróleo. Com o estudo da casca da banana, foi encontrada uma substância conhecida como lignina.

Segundo os pesquisadores, tal substância pode ser aplicada na indústria farmacêutica, de produtos e alimentícia, que usam derivados de petróleo para fabricar pesticidas, aditivos entre outros.

De acordo com os pesquisadores, é possível encontrar esta substância em outras frutas, mas a produção e plantio de banana é mais predominante na região de Iguatu, onde prosseguem os estudos, ou seja, favorecendo sua utilização na pesquisa.

Tangerina pode produzir Biogás?

O Mestrado Profissional em Engenharia Urbana e Ambiental do Centro Técnico Científico da PUC-Rio revelou que as cascas da famosa tangerina, que são descartadas, podem ser transformadas em biogás, podendo ser uma substituta dos combustíveis fósseis.

De acordo com o autor, Rafael Vieira de Carvalho, se os resíduos da tangerina forem tratados da forma correta, serão capazes de gerar energia limpa e adubo, podendo movimentar a economia, reduzindo os impactos e sendo um dos melhores aliados na busca de um futuro mais sustentável.

O biogás pode ser encontrado por meio de um ensaio chamado de BMP, em que as cascas são trituradas, misturadas e armazenadas em dispositivos que medem o volume do gás por cerca de 21 dias.

Bahia ganha nova fábrica de pás eólicas de uma das maiores fabricantes renováveis do mundo, com previsão de gerar 1.700 empregos nos próximos anos

Torres de energia eólica - crédito: RenewableNEws

Com o fim da missão internacional, governador da Bahia garante novo empreendimento de pás eólicas que promete gerar novos empregos e renda ao estado

Após o encerramento de sua missão internacional pelos países como Alemanha, Cazaquistão e República Tcheca, o governador do estado da Bahia, Rui Costa, na última quinta-feira (28), esteve em uma reunião com a Sinoma, uma grande empresa chinesa que é líder mundial nos segmentos de material de construção e vidros, além de ser uma das maiores fabricantes de equipamentos destinados à produção de energia eólica do mundo. Durante a reunião, foram discutidos diversos detalhes sobre a implantação de uma fábrica de pás para turbinas eólicas na Bahia. As pás eólicas são as principais responsáveis pela geração de energia elétrica limpa e renovável, a partir da rotação oriunda dos ventos.

Proposta inicial contempla parque eólico de 35 mil metros quadrados

De acordo com o governador da Bahia, a proposta primária é a implantação de uma unidade com cerca de 35 mil metros quadrados, além da instalação de quatro linhas de produção de pás, em Camaçari, para que atenda a demanda nacional e internacional.

A princípio, estima-se que sejam gerados em torno de 500 empregos podendo chegar a 1.200, de acordo com a expansão e ampliação que será realizada três anos após o início do funcionamento da fábrica de pás eólicas. Rui Costa participou de uma videoconferência com os executivos da empresa na sede chinesa e também no escritório do Brasil, em São Paulo.

O governador da Bahia se colocou à disposição e ofereceu todo apoio necessário para que o projeto seja implementado. Rui afirmou que é de extremo interesse ter a fábrica de pás eólicas implantada na Bahia e que só faltam apenas alguns detalhes para que o projeto se concretize. Rui concluiu dizendo que o Estado dará total apoio para que tudo aconteça o mais rápido possível.

Parceria entre Bahia e China promete impulsionar ainda mais o mercado de energias renováveis no Brasil

A fábrica de pás eólicas em Camaçari, região metropolitana de Salvador, será a primeira do ramo que a empresa implantará fora da China. E a Bahia foi escolhida por possuir todas as condições necessárias para a instalação de uma unidade tão importante como esta, tais como o terreno adequado, a estrutura logística de estradas e também de portos. Já existem diversos parques eólicos no estado da Bahia, algo que tem gerado uma alta nos empregos e na movimentação da economia do estado.

Outras parcerias importantes entre a Bahia e países estrangeiros

Rui Costa também conseguiu firmar algumas parcerias científicas com um instituto de tratamento de Câncer e a Universidade Técnica da Tchéquia, com o intuito de fazer uma interligação entre profissionais da saúde, para uma troca de experiências e formação. Após 12 dias de missão internacional, o governador da Bahia considerou positiva sua jornada em busca de mais parcerias para o estado.

Segundo Rui, a missão internacional foi um período muito trabalhoso em que literalmente venderam o potencial da Bahia, com o intuito de conseguir novos investimentos.

Além disso, o governador concluiu dizendo que conseguiu mostrar que o estado baiano possui as melhores condições e os melhores trabalhadores do Brasil para operar esse tipo de empreendimento e que o estado está totalmente aberto a iniciativas produtivas que possam gerar novos empregos e renda, melhorando a qualidade de vida do povo baiano.

Novo complexo de energia solar de R$ 782 milhões será construído no Ceará. Local gerará mais de 2,8 mil empregos


Usina de energia solar/ Fonte: Diário do Nordeste

No total serão 5 usinas de geração de energia solar, localizados no interior do estado do Ceará, no município de Abaiara.

A cidade de Abaiara, na região do Cariri, será centro de novo investimento em produção de energia elétrica a partir da luz do sol. Ao todo, serão investidos R$ 728,6 milhões para construção do complexo fotovoltaico com cinco parques de geração de energia solar. A capacidade total de geração de energia é estimada acima dos 163 megawatts (MW). Para construção do empreendimento, espera-se a criação de 2.800 novos empregos no estado do Ceará. 

Geração de empregos

A maior parte dos postos de trabalho serão gerados durante a fase de construção dos cinco parques de energia solar. Estima-se a criação de 800 empregos diretos e outras 2 mil vagas indiretas na fase de implantação do projeto.

Quando estiver em operação, a empregabilidade do investimento declina e projeta-se que serão alocados 10 trabalhadores em postos de trabalho direto, e outros 30 em vagas indiretas, para manutenção dos parques de energia solar no estado do Ceará.

Mais detalhes sobre o complexo de energia solar

O empreendimento será composto de quatro plantas solares semelhantes denominadas de Lightsource Milagres I, II, III, IV com proporções e capacidade de geração de energia semelhante. Nestes, o aporte estimado é de R$ 145,2 milhões para implementação de cada parque.

Do total gasto em cada parque de energia solar, R$ 77, 8 milhões serão financiados pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e o restante pela iniciativa privada. A última planta a ser instalada, a Lightsource Milagres Geração de Energia Ltda, será a maior do complexo solar com investimento estimado em R$ 201,7 milhões, sendo R$ 111,7 milhões patrocinado pelo financiamento do FNDE. O fundo gerenciado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), será responsável por financiar R$ 422,9 milhões do total a ser aplicado no complexo solar de Abaiara. A primeira liberação de recursos para construção do empreendimento irá ocorrer ainda este ano, conforme a Sudene.

Utilização de fontes renováveis

Além da geração massiva de postos de trabalho durante a implementação, a construção do complexo solar se interliga com o fortalecimento do hub de energias renováveis no Ceará. Além disso, intensifica as prospecções de venda de energia para os projetos de hidrogênio verde que estão sendo implementados no Estado.

O projeto também vai proporcionar “a geração de renda por meio do arrendamento de terras onde será implantado”, conforme destaca a Coordenação-Geral de Fundos de Desenvolvimento e de Financiamento da Sudene. Empreendimentos de energia solar tem sido fortalecidos pela Sudene na tentativa de atenuar a crise energética vivenciada pelo Brasil. Em 2020, de acordo com balanço da Sudene, foram liberados cerca de R$ 8 bilhões em financiamento para projetos de energias renováveis em toda região Nordeste.

A empresa Solar Newen Bahia Energia assinou um protocolo de intenções com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), para a construção de uma nova usina fotovoltaica destinada a geração de energia solar, no município de Barreiras. Para a execução do projeto, a empresa estima investir R$ 1,080 bilhão. O empreendimento irá contratar 990 operários para a sua construção e gerar 135 empregos na fase de operação.

O secretário de desenvolvimento econômico, Nelson Leal, disse que em julho deste ano, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica registrou, que a Bahia ficou em segundo lugar dentre os estados geradores de energia solar no país. E esse protocolo que assinaram é um indicativo que o setor só tende a crescer no estado, completa. De acordo com o site Bahiade Valor, os empreendimentos para geração de energia solar na Bahia já geraram 13 mil empregos diretos, na fase de construção dos que já estão em operação, e a SDE estima que sejam criados mais 47,4 mil empregos diretos na fase de construção para os parques que estão em construção ou ainda serão iniciados.


Ceará ganhará a maior usina de hidrogênio verde do mundo, será player global na produção, armazenamento, distribuição e exportação de H2V e milhares de empregos serão gerados no estado

Nordeste – Porto do Pecém – Ceará / Imagem: Divulgação Google
Milhares de vagas de emprego no Ceará! US$ 10 bi serão investidos no Pecém para produção, armazenamento, distribuição e exportação de hidrogênio verde

O estado do Ceará receberá um investimento de US$ 5,4 bilhões da multinacional australiana Enegix Energy. Será construído, em conjunto com o governo do estado do Ceará, o projeto de hidrogênio verde Base One, o qual será implantado a maior usina de hidrogênio verde do mundo e milhares de empregos serão gerados na região. Além disso, uma das líderes globais da indústria de minério de ferro, a mineradora australiana Fortescue Metals Group, também deverá assinar um memorando de entendimento para a construção de um planta de hidrogênio verde no estado. Somados, serão injetados 10 bilhões de dólares em investimentos em H2V, no Nordeste.

O HUB no Ceará tem potencial de ser um dos maiores players de H2V (hidrogênio verde) no mundo, competindo com outros países, que também já iniciaram a implantação, como o Japão, os Estados Unidos, Portugal e Holanda.

Essa é a avaliação de Monica Saraiva Panik, diretora de relações institucionais da ABH2 (Associação Brasileira do Hidrogênio), em relação ao projeto de H2V que o estado do Ceará está implantando – considerado, pelo governo cearense, como o primeiro do Brasil.

A iniciativa, anunciada durante reunião realizada virtualmente na semana passada, tem como objetivo fazer do Ceará um player global na produção, armazenamento, distribuição e exportação de energia renovável.

Milhares de empregos serão gerados no Ceará com as usinas de H2V

De acordo com comunicado da empresa, o Base One criará milhares de empregos durante a construção e empregará centenas de funcionários operacionais, em tempo integral, para gerenciar suas instalações, com benefícios sociais positivos e de longo alcance para a comunidade local e também do estado.

A nova usina terá um potencial de reduzir as emissões anuais de CO2 em 10 milhões de toneladas por ano e se tornará o maior projeto de redução de emissões de carbono do mundo.

“O HUB contribuirá para o desenvolvimento social, econômico, tecnológico e do meio ambiente do estado”, destacou Roseane, acrescentando que as reuniões com empresas globais e locais já se iniciaram.

Porto do Pecém é considerado um ponto estratégico

O Complexo do Pecém é considerado um ponto estratégico, por exemplo, para produção e exportação do hidrogênio verde, uma vez que no local já se encontra um grande número de indústrias que podem consumi-lo.

Duna Gondim Uribe, diretora-executiva Comercial na CIPP (Complexo Industrial e Portuário do Pecém), explicou que o porto possui como vantagens competitivas sua infraestrutura e os benefícios fiscais.

A executiva enfatizou que a estrutura vai funcionar como mobilizador de toda a cadeia de valor, recebendo componentes para plantas de energia eólica offshore, além de propiciar a instalação de painéis solares, usinas de eletrólise, armazenamento de H2, planta de dessalinização e linhas de transmissão de energia.

O intuito, de acordo ela, é que o H2V possa ser consumido não apenas pelas indústrias, mas também usado nos diversos serviços logísticos e na mobilidade urbana.

Exportação do hidrogênio verde no Nordeste

No que diz respeito à exportação, o governo do Ceará afirmou que o Porto de Roterdã tem uma participação no capital do Pecém, além de ser parceiro neste projeto.

A diretora-executiva Comercial na CIPP comentou, ainda, que ideia é que o Porto de Pecém se torne a porta de saída para o hidrogênio verde produzido no Brasil e o de Roterdã seja a porta de entrada na Europa.

Por Flavia Marinho
Fonte: Click Petróleo e Gás

Neoenergia inaugura seis eletropostos em shoppings no Nordeste

Projeto prevê 18 eletropostos entre Salvador e Natal, sendo 12 de carga rápida (Neoenergia)

Pontos de abastecimento de veículos elétricos foram instalados em Salvador, Recife e Natal e integram a primeira eletrovia do Norte/Nordeste, com 1.200 km de extensão entre 70 cidades.

A Neoenergia entregou nessa quinta-feira, 20 de maio, os primeiros eletropostos do projeto Corredor Verde – a primeira eletrovia do Norte e Nordeste, com 1.200 quilômetros de extensão entre 70 municípios de seis estados nordestinos: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Foram instalados seis pontos de recarga do tipo Wallbox em três shoppings de Salvador, Recife e Natal, com capacidade para um veículo por vez com conector AC Tipo 2, o mais comum entre as opções disponíveis no mercado.

Num primeiro momento, as estações funcionarão de forma gratuita. A intenção da empresa é aproveitar este início para divulgar o espaço e apresentar a nova possibilidade para os proprietários de carros elétricos.

O Corredor Verde contará com 18 eletropostos, sendo 12 ao longo das vias que conectam os seis estados no formato SuperChargers, o que permite uma carga rápida, em cerca de 30 minutos. Os pontos em shoppings centers têm como finalidade atender quem trafega normalmente nas áreas urbanas das três capitais, como também as pessoas que estão em viagem e querem aproveitar para abastecer enquanto realizam alguma compra ou refeição.

Fruto de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento regulado pela Aneel, a eletrovia mostra sinergia com iniciativas semelhantes de outras empresas do setor elétrico pelo Brasil, como EDP, CPFL Energia, Celesc, Copel, Energisa, entre outras, formando nesse ano um grande corredor de eletromobilidade em parte considerável do país.

Fonte: AGÊNCIA CANAL ENERGIA

Governo Federal prevê lançar Política Nacional do Hidrogênio até o fim do ano

As diretrizes do programa para regulamentar o desenvolvimento da cadeia de produção do hidrogênio no País devem ser publicadas até o fim de junho, se aprovada hoje resolução pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)

Legenda: Conselho já colocou o hidrogênio no topo das prioridades para a pesquisa e desenvolvimento no Brasil voltados a energia Foto: Shutterstock


Com memorandos de entendimento já firmados para a produção de hidrogênio verde no Ceará, grande aposta do Estado para o desenvolvimento da região, o Governo Federal tem o desafio de criar um arcabouço legal e regulatório para a cadeia produtiva do setor, o que envolve muito mais que a pasta e os órgãos de energia.

De acordo com o diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Carlos Alexandre Pires, a expectativa do governo é entregar ao menos parte desse arcabouço, a Política Nacional do Hidrogênio, até o fim deste ano. Hoje, a pasta entrega ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) resolução para publicar em até 60 dias as diretrizes do programa.

O documento deverá incluir direcionamentos para a normatização do uso, transporte, qualidade, segurança, armazenamento e abastecimento do hidrogênio no País, entre outras definições. "É um desafio gigante, porque nós estaremos partindo praticamente do zero. Mas é um desafio que é problema em todos os países porque, sendo uma tecnologia disruptiva, tem pouco ou quase nada de arcabouço regulatório no mundo".

Fonte: Diário do Nordeste

Petrobras conclui venda de participação em parque eólico no Nordeste

Reposicionamento: Petrobras segue na estratégia de focar em seu negócio principal 
(Imagem: Agência Brasil/Arquivo)

A Petrobras (PETR3; PETR4) finalizou a venda da totalidade de sua participação de 49% na Sociedade Eólica Mangue Seco 1 – Geradora e Comercializadora de Energia Elétrica S.A. para a V2I Energia S.A., fundo de investimento em participações em infraestrutura gerido pela Vinci Energia.

A operação foi concluída com o pagamento de R$ 44 milhões para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato de compra e venda de ações.

A Eólica Mangue Seco 1 faz parte de um complexo de quatro parques eólicos (Mangue Seco 1, Mangue Seco 2, Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4), localizados em Guamaré (RN), com capacidade instalada total de 104 megawatts (MW). A Eólica Mangue Seco 1 detém e opera um parque eólico, com capacidade de 26 MW.

De acordo com a Petrobras, a operação está alinhada à estratégia de melhoria de alocação do capital da companhia, visando à “maximização de valor para os seus acionistas”.

PF investiga construtoras por uso de minério ilegal em usinas eólicas no Nordeste

© Reuters/Jamil Bittar.

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal está investigando construtoras pelo uso de areia e saibro supostamente extraídos ilegalmente para utilização em obras de parques eólicos no Nordeste, considerado uma das melhores regiões do mundo em ventos para a geração de energia.

Os trabalhos envolveram operações recentes no Rio Grande do Norte e no Ceará com diversas ações de busca e apreensão, inclusive em uma usina de Furnas, subsidiária da estatal Eletrobras, disseram oficiais de polícia à Reuters.

As apurações, que contaram com apoio de imagens de satélites da agência espacial norte-americana Nasa e de drones, buscam agora calcular as perdas para os cofres públicos com a mineração ilegal, para que procuradores possam entrar com ações criminais e de ressarcimento.

Também foram quebrados sigilos bancário e fiscal das empresas investigadas, até para apurar se havia algum tipo de combinação entre elas e investidores do setor de energia, embora as suspeitas no momento estejam focadas nas construtoras, sem indícios contra os donos dos parques, segundo as autoridades.

"A investigação está praticamente encerrada, agora vamos calcular o dano, em termos de responsabilidade. É o prazo de os peritos fazerem isso, alguns meses", disse o delegado Agostinho Gomes Cascardo Junior, do Rio Grande do Norte, que estimou que os trabalhos devem ser fechados ainda em 2020.

"O alvo são grandes empresas do ramo de construção civil. Não há indícios no momento de participação dos parques eólicos, embora não seja descartado", acrescentou.

Segundo ele, as investigações mostraram que as construtoras estariam fazendo exploração de areia e saibro sem a necessária autorização federal, com uso dos materiais nas obras de eólicas, para terraplanagem e construção de canteiros, por exemplo.

"Temos um encadeamento de imagens (de satélites e drones) que mostram como a exploração mineral vai aumentando e as eólicas vão crescendo junto, com terraplanagem, pavimentação", afirmou.

Uma das obras investigadas é a do complexo eólico de Fortim, da estatal Furnas no Ceará, com 115 megawatts em capacidade, que entrou em operação comercial neste ano, disse à Reuters a delegada Carla Sampaio, chefe de repressão a crimes contra o meio ambiente e patrimônio histórico da PF no Ceará.

Procurada, Furnas confirmou em nota que técnicos de sua subsidiária Brasil Ventos, responsável pelo complexo eólico de Fortim, receberam representantes da PF para operação de busca e apreensão em 26 de junho.

"Nada foi levado do local, pois a construtora já havia desmobilizado seu canteiro de obras. Até aquele momento, Furnas e Brasil Ventos não tinham conhecimento sobre a possibilidade de extração irregular de materiais ou de sua potencial utilização na construção do parque eólico de Fortim. Furnas e Brasil Ventos estão à disposição das autoridades para colaborar", afirmou.

© Reuters/Sergio Moraes .

A estatal ainda destacou que possui um programa de integridade de fornecedores e disse que, "caso fique provada a irregularidade, a construtora sofrerá as sanções previstas".

A PF não revelou o nome das empresas investigadas.

OPERAÇÕES EM CAMPO

Os levantamentos realizados pela Polícia Federal com satélites e drones foram complementados por duas operações realizadas no final de junho, a Siroco, em Natal (RN), e a Anemoi, em Fortaleza e Aracati (CE), que cumpriram diligências em campo e 11 mandados de busca e apreensão.

No Rio Grande do Norte, as apurações focaram 13 áreas nas quais teria havido exploração mineral indevida entre 2012 e 2016, segundo as autoridades, que estimam que essas atividades levaram à degradação de uma área equivalente a 100 campos de futebol.

No Ceará, foram monitoradas sete áreas, nas quais a exploração indevida teria ocorrido entre 2014 e 2019.

Ambas operações tiveram como base informações de bandas espectrais de imagens de satélites da Nasa, além de fotos obtidas com drones e simulações com modelagem em sistema de informação geográfica.

Esses dados foram cruzados com informações de processos minérios da Agência Nacional de Mineração (ANM), que mostraram "fortes indícios de que as empresas suspeitas estariam retirando minério de forma criminosa e utilizando esse minério na terraplanagem e pavimentação de vias de acesso de complexos eólicos", de acordo com a PF.

Além disso, os policiais avaliam que as empresas investigadas também poderiam ser processadas por crime ambiental devido à degradação das áreas.

"A investigação começou em setembro de 2019... depois que concluirmos nosso trabalho, o MP poderá denunciar ou não as pessoas que indicarmos, e se o juiz aceitar a denúncia tem início um processo penal", explicou a delegada Carla Sampaio.

Ela estimou que os ressarcimentos aos cofres públicos envolveriam milhões de reais, mas não forneceu uma projeção precisa porque os cálculos estão em andamento.

A operação policial realizada no final de junho no Ceará foi denominada "Anemoi", palavra grega que significa ventos, enquanto no Rio Grande do Norte o nome escolhido foi "Siroco", em referência a uma divindade que representa um dos ventos menores na mitologia grega.

Estados do Nordeste querem taxar energia do sol e do vento: “bens da União”

Proposta do senador Marcelo Castro(Piauí) cria royalties sobre energia solar e eólica.


Uma proposta do senador Marcelo Castro (MDB-PI) pretende incluir na reforma tributária a cobrança de royalties sobre potenciais das energias solar e eólica, como “bens da União”.

A ideia do senador atenderia aos interesses financeiros dos Estados da Região Nordeste, que estariam enfrentado dificuldades financeiras e por isso estão vendo no tema uma oportunidade de receber uma parcela desta energia.

O texto apresentado pelo senador inclui, na Constituição, como “bens da União”, os “potenciais de energia eólica e solar” e permite a possibilidade de cobrança na exploração destes recursos.

A definição da alíquota dos royalties seria feita por meio da lei, que também definiria os critérios de divisão desses recursos entre União, estados e municípios.

Na defesa de sua proposta, o senador afirma não haver diferença entre os royalties cobrados do petróleo, minérios ou cursos de água com potencial de geração de energia, apesar de ser grande a diferença.

Além disso, o senador afirma que o vento “tem em alguns lugares e outros não”, o que justificaria a cobrança, já que para ele “estados com potencial de vento e sol” devem ser beneficiados.

“O vento não é propriamente uma jazida, mas tem em alguns lugares e em outros não. A minha emenda tenta fazer com que os estados com potencial de vento e sol tenham algum benefício, já que hoje eles não têm nenhum”, disse ao Estadão.

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Senadores do Norte e Nordeste querem taxar energia solar e eólica para aumentar arrecadação


Uma recém lançada frente Parlamentar dos Senadores dos Estados do Norte e Nordeste colocou entre seus objetivos iniciais a busca pela cobrança de royalties sobre a produção de energia elétrica como forma de aumentar a arrecadação nessas regiões menos desenvolvidas do Brasil.

A iniciativa mira principalmente o enorme potencial para a hidrelétrica no Norte, onde foram instaladas grandes usinas como Belo Monte e Tucuruí e a capacidade de produção de energia eólica e solar no Nordeste, onde está a maior parte de empreendimentos dessas fontes renováveis no país.

Segundo advogados do setor, o estabelecimento de uma taxa sobre a produção de energia deve enfrentar forte oposição de investidores, que poderiam até ir à justiça para forçar o repasse aos consumidores de custos extras gerados com a cobrança.

A medida também poderia ir na contramão de promessas do governo e das expectativas dos próprios políticos, ao encarecer a energia de novos projetos e reduzir a competitividade de usinas no Norte e no Nordeste frente a outras regiões nos leiloes federais para contratação de novos empreendimentos, nos quais as regras priorizam a geração de menor custo por megawatt-hora.

O texto afirma que a frente atuará por meio de medidas como “apoio a propostas legislativas”, incluindo entre suas prioridades a apresentação de projetos que “definam o pagamento, aos Estados produtores, de royalties incidentes sobre as fontes de energia”.

O texto não citou possíveis alíquotas para os royalties e os políticos não detalharam as intenções, disseram por fim que o tema é alvo de negociações e estudos.

Fonte: Ambiente e Energia.

Possível Cancelamento de Complexo Eólico na Bahia Preocupa BNDES

O futuro dos contratos com a Renova Energia para a construção de um complexo eólico na Bahia tem preocupado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que emprestou quase R$ 1 bilhão para o empreendimento.


O projeto Alto Sertão III-Fase A foi paralisado pela Renova por falta de recursos em 2016, com 87% das obras concluídas.

Controlada por Cemig e Light, a Renova tem negociado a venda do ativo à AES Tietê, mas a conclusão do negócio depende da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), uma vez que as usinas deveriam ter entrado em operação em 2015.

A AES Tietê também pretendia comprar a chamada “fase B” do complexo, mas os parques tiveram as autorizações revogadas pela Aneel devido ao atraso, o que acendeu um alerta para o banco estatal sobre o destino da “fase A”.

Complexo Eólico Alto Sertão

A área técnica da agência reguladora sugeriu que a melhor solução seria rescindir contratos da fase A do projeto. “Concluímos que devem ser resolvidos os contratos das usinas”, afirmaram os técnicos da Aneel no documento, sugerindo ainda outras penalidades para o empreendimento.

Em carta à agência, o BNDES manifestou “preocupação com as consequências do eventual indeferimento do plano de transferência de titularidade do complexo”, lembrando que o empréstimo-ponte dado ao projeto vencerá em 15 de julho.

“Em caso de não conclusão da venda para a AES, há risco de perda do investimento realizado e de comprometimento da satisfação do crédito do BNDES e dos bancos privados”, afirmou, no documento, banco estatal, que tem participação minoritária na Renova por meio do seu braço de investimento, o BNDESPar.

De acordo com o BNDES, o vencimento do financiamento tem sido postergado desde junho de 2016.

Como a preocupação é com o impacto da operação sobre os consumidores, uma alternativa seria cancelar os contratos, mas permitir a transferência do ativo caso as empresas tenham interesse, acrescentou uma fonte.

Procurado, o BNDES não respondeu a um pedido de entrevista. A AES Tietê informou que não comentará o assunto. Não foi possível contatar representantes da Renova Energia.

CONSUMIDOR DO CEARÁ LIDERA PRODUÇÃO DE ENERGIA PRÓPRIA NO NE

Geração distribuída | Já são mais de 3,3 mil unidades consumidoras que geram energia. Nos últimos nove meses, o crescimento foi de 128%.


Neste mês, o Brasil conseguiu ultrapassar a marca de 1 gigawatt (GW) de potência instalada em micro e minigeração distribuída de energia elétrica, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). São mais de 115,2 milhões de unidades consumidoras que estão produzindo sua própria energia. O Ceará lidera o ranking no Nordeste com mais de 3,3 mil imóveis e 2,5 mil projetos ligados à rede, com 49,5 mil kilowatts (KW) de potência instalada.

São pouco mais de 22 mil KW a mais do que a capacidade que se tem hoje nas 2,3 mil unidades consumidoras em Pernambuco, a segunda colocada na Região. Porém, no Brasil, os estados que mais aderiram à geração distribuída são Minas Gerais (16,7 mil unidades de geração e 212,3 MW de potência instalada), Rio Grande do Sul (12 mil unidades, 144,4 MW) e São Paulo (14,5 mil unidades, 117,4 MW).

No Nordeste como um todo esta é uma modalidade que tem avançado a passos largos. O Ceará, por exemplo, cresceu, nos últimos nove meses, 128% em número de unidades consumidoras, 107% em relação à quantidade de usinas e 66,6% na capacidade, conforme levantamento feito pelo O POVO com base nos números da Aneel. E se comparado ao cenário que tinha em dezembro de 2017 a diferença é ainda maior. Naquela época, no Estado, se tinha a energia produzida pelas 682 mini usinas que abasteciam 782 imóveis com potência de 21,1 mil KW.

O Piauí foi o estado do Nordeste onde a geração distribuída deu o maior salto no período entre dezembro de 2017 a junho de 2019. Saiu de 47 unidades consumidoras (702,92 KW) para 1.269 (13,7 mil KW).

O professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e especialista em Eficiência Energética, Tomaz Cavalcante, explica que a entrada forte da tecnologia chinesa neste mercado tem levado a um barateamento dos equipamentos na ordem de 30%. Mudanças no marco regulatório, a exemplo da resolução 482/2015 da Aneel, que simplificou os trâmites, também contribuíram para melhora da atratividade. Isso sem contar no avanço do mercado como um todo de energias renováveis. “O movimento é sem volta. Em todo o mundo o consumidor de energia elétrica está deixando de ter um perfil mais passivo para ser mais proativo”.

A facilitação do acesso ao crédito – hoje vários bancos possibilitam financiar até 100% do projeto com juros diferenciados – também ajudou a tornar o custo-benefício mais favorável ao orçamento do consumidor, explica Lucas de Melo, gerente comercial da Sou Energy, empresa especializada neste tipo de serviço.

Ele diz que, de um ano para cá, a procura mais do que dobrou. “A gente trabalha com energia solar desde 2016. Antes tudo era meio utópico. Hoje é um mercado que está crescendo muito”.

O consultor de energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis, Jurandir Picanço, destaca que este tipo de negócio impacta na economia do Estado. Primeiro porque gera empregos e oportunidades de investimentos de forma descentralizada. “Na grande geração só empresas grandes participam, já na distribuída pode ser feito em qualquer lugar. É também bom para o sistema, porque como a energia é produzida próximo ao local de consumo, evita a circulação de energia nas redes, reduz perda e necessidade de novos investimentos”.

Novos nichos também estão surgindo. A Energia Wise, por exemplo, é um braço de uma empresa de engenharia que surgiu há dois anos diante do crescimento deste mercado. Carlos André Barroso, diretor da empresa, diz que o próximo passo é o desenvolvimento de um aplicativo financeiro e operacional para otimizar o sistema e o acompanhamento do consumo pelo cliente, o que deve impulsionar novos empregos. “Até o fim do ano acredito praticamente dobrar a quantidade de vendedores por causa do aumento da demanda”.

Ventos

Os ventos são o segundo recurso mais utilizado no Brasil para a geração de energia, com 15 GW de capacidade instalada. São mais de 7 mil aerogeradores, em 601 parques eólicos, em 12 estados.

Energia eólica já representa 8% da matriz energética brasileira


Nordeste lidera a lista e Bahia tem maior potencial, segundo a GWEC, 1/4 da energia eólica mundial se concentra nas Américas

Daxis/Flickr

Levantamento recente da GWEC (sigla inglês para Conselho Global de Energia Eólica) detalhou os dados da produção de energia eólica nas Américas do Sul, Norte e Central.

No ano passado, os 3 subcontinentes, juntos, totalizaram 25% da capacidade global do setor, com 135 GW (o que equivale a 135 bilhões de Watts). Lideram a lista Brasil, Estados Unidos e México.

O continente instalou 11,9 GW ano passado e registrou 1 aumento de 12% na produção em relação a 2017. A expectativa é que até 2023 mais 60 GW sejam adicionados.

BRASIL

Líder de capacidade de produção de energia eólica na América do Sul, o país adicionou 2 GW em 2018 e agora possui 14,7 GW. Isso representa 8% de toda a matriz energética brasileira.

A Região que mais concentra essa produção é, de longe, o Nordeste, com 85%. O Estado do Piauí lidera entre as unidades da Federação, seguido do Rio Grande do Norte e da Bahia, que deve assumir a liderança futuramente devido, principalmente, à sua extensão territorial.

Bahia ganha usina solar flutuante no Rio São Francisco


As águas verdes do Rio São Francisco agora também abrigam uma Usina Solar Fotovoltaica Flutuante, que transforma a luz solar em energia elétrica. A planta piloto de painéis solares foi instalada pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) no reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia.

Esse sistema de geração concentrada de energia fotovoltaica em usinas utilizando a área de reservatórios é pioneiro no Brasil. Até então, ele só havia sido instalado no solo. Segundo a Chesf, o objetivo é avaliar a viabilidade técnica, econômica e ambiental do projeto para que ele possa participar de leilões de venda de energia e ser reproduzido em outros reservatórios ou até mesmo em rios.

“Isso pode ser muito bem replicado em lugares onde o Brasil é rico em rios, na Amazônia e regiões do Centro-Oeste, por exemplo. Estamos criando uma oportunidade”, explicou o gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Chesf, José Bione, contando que, quando o projeto estiver concluído, a usina flutuante terá capacidade de abastecer 20 mil casas populares.

A plataforma flutuante já instalada em Sobradinho tem 7,3 mil módulos de placas solares, área total de 10 mil metros quadrados e capacidade de gerar 1 megawatt-pico (MWp). Outros 4 MWp deverão ser instalados em 2019. Quando o projeto estiver concluído, com 5MWp, a usina flutuante deverá contar com 35 mil módulos e 50 mil metros quadrados de área sobre o reservatório de Sobradinho. O investimento total da Chesf é R$ 56 milhões.

Para comparação, o reservatório de Sobradinho tem uma superfície de espelho d’água de 4,2 mil quilômetros quadrados, com uma usina capaz de gerar 1,05 mil MW. Mas, atualmente, por causa da baixa vazão, a usina está gerando em torno de 180 MW.


Energia limpa e mais barata

Ontem (28), o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, visitou a usina flutuante e disse que o modelo centralizado do setor energético brasileiro precisa ser repensado pois não beneficia o consumidor. Ele defendeu a diversificação da matriz energética, aproveitando as potencialidades de cada região. “No Nordeste, por exemplo, temos que criar um modelo que permita que o vento e sol, que são fontes de energia mais barata, possam beneficiar os consumidores”, disse, explicando que no Centro-Oeste, por exemplo, o biocombustível é muito mais barato que outras áreas.

Para o ministro, havendo viabilidade, é preciso criar condições para que o potencial produtivo da fonte de energia fotovoltaica possa ser desenvolvido no país, com equipamentos produzidos no Brasil e a custos mais baratos. “Para que o produto final não imponha ao consumidor brasileiro continuar pagando a energia mais cara do mundo”.

Ele alertou ainda que, com a previsão de crescimento da economia em 2,5%, logo o país terá dificuldades por falta de energia. “Se não tivéssemos tido a maior crise econômica da nossa história, nós teríamos tido o maior apagão da nossa história”, explicou. “Estamos aqui buscando abrir a mentalidade, os hábitos, a cultura do setor elétrico brasileiro para conviver com inovação. Não dá para se repetir os mesmos métodos, ter os mesmos modelos que têm gerado uma das energias mais caras do mundo”.


Estudos em andamento

Os técnicos envolvidos no projeto da Chesf vão estudar a eficiência da tecnologia fotovoltaica resfriada naturalmente pela água e pelo vento, já que as placas instaladas em terra perdem eficiência sob forte calor. Os impactos ambientais também são objetos de estudo. “A planta de 1 MWp aparentemente não faria interferência, mas se ampliarmos para usinas de 30 MWp ou 100 MWp é preciso ver o comportamento da fauna aquática”, explicou Bione.

Os estudos dos sistemas de ancoragem, conexão e conversão de energia também são pioneiros. A plataforma é fixada ao fundo do lago por cabos, com material próprio para suportar o peso das placas e dos trabalhadores que atuam na construção e manutenção, mas será preciso analisar seu comportamento em água corrente e com a movimentação da barragem.

Para entrar em funcionamento, ainda serão instalados contêineres de conversão da energia em corrente contínua, produzida pela plataforma, para energia em corrente alternada, própria para ser enviada às linhas de transmissão da usina hidrelétrica. De acordo com Bione, esta é outra vantagem da instalação de usinas fotovoltaicas nesses reservatórios, já que elas aproveitam as infraestruturas de transmissão, reduzindo, inclusive, as perdas de energias.

Além da usina flutuante, a Chesf desenvolve outros projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na Região Nordeste, com foco no avanço dos estudos de tecnologias em geração solar e em outros projetos de inovação. Eles estão centralizados no Centro de Referência em Energia Solar de Petrolina (Cresp) e somam cerca de R$ 200 milhões.

Por Andreia Verdélio , da Agência Brasil

*A repórter viajou a convite do Ministério de Minas e Energia.

Foto: Saulo Cruz/MME

Estudo de viabilidade revela alternativas para uso de Energia Solar na transposição do Rio São Francisco


O projeto de transposição do Rio São Francisco pode ganhar uma grande planta de geração de energia solar fotovoltaica. Um estudo de viabilidade foi apresentado pelo Ministério da Integração Nacional e incentivado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), demonstrando alternativas de implantação das placas ao longo dos canais que irão transportar as águas do rio, atravessando quatro estados (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará).

Segundo dados apresentados pela empresa BlueSol, o resultado deste projeto representaria uma economia de R$ 240 milhões anuais com o custo elétrico para bombeio da água. A companhia cita ainda uma projeção de mais de 100 mil empregos criados com as obras de implementação do empreendimento. 

Existe ainda uma perspectiva de que a capacidade de geração do projeto seria maior que a demanda, possibilitando que o excedente produzido seja eventualmente vendido para as redes de distribuição.


O Projeto de Integração do São Francisco está em fase final, com 96,40% das obras concluídas. A expectativa é que a entrega do eixo norte da transposição, que deveria acontecer ainda esse ano, fique para o governo de Jair Bolsonaro.

Italiana Enel Green inicia construção de usina solar de R$ 1,4 bi no Piauí

Previsão é de que a usina entre em operação em 2020; empresa já investiu US$ 175 milhões, algo em torno de R$ 542 milhões, na Bahia

A italiana Enel Green anunciou nesta segunda-feira, 22, o início da construção do parque solar São Gonçalo, de 475 MW, em São Gonçalo do Gurgueia, no Piauí. Segundo a empresa, subsidiária do grupo italiano Enel, este é o maior projeto solar fotovoltaico atualmente em construção na América do Sul e receberá investimentos da ordem de R$ 1,4 bilhão. A previsão é de que a usina entre em operação em 2020.

Investimento. Parque recebeu aporte de US$ 175 milhões Foto: Daniel Teixeira/Estadão

"O início da construção desta planta fotovoltaica fortalece a nossa liderança no setor brasileiro de energias renováveis e confirma mais uma vez a importância que damos ao desenvolvimento da energia solar no País", afirmou Antonio Cammisecra, responsável da Enel Green Power, linha global de negócios de energias renováveis do Grupo Enel.

Da capacidade instalada total de 475 MW, 388 MW foram vendidos no leilão A-4 realizado em dezembro de 2017, em contratos de fornecimento de energia de 20 anos. Os 87 MW restantes serão direcionados ao mercado livre.

O Grupo Enel possui, por meio de suas subsidiárias Enel Green Power e Enel Brasil, uma capacidade instalada total de mais de 2,9 GW provenientes de fontes renováveis, dos quais 842 MW de energia eólica, 820 MW de energia solar fotovoltaica e 1.269 MW de energia hídrica. Além disso, a empresa tem mais de 1 GW em execução no Brasil, conquistados nos leilões de 2017.


Bahia

Essa não é a primeira incursão da empresa italiana no Brasil. Só em Bom Jesus da Lapa (BA), localizada à beira do Rio São Francisco, a Enel Green Power investiu US$ 175 milhões, algo em torno de R$ 542 milhões. Em pouco mais de um ano, 500 mil painéis solares passaram a cobrir uma área de 330 hectares, o equivalente a 462 campos de futebol. Nesse período, a cidade sertaneja, acostumada com o vaivém dos fiéis e com cifras bem mais modestas, passou a conviver com uma mistura de idiomas.

Como a cadeia de produção no Brasil ainda é incipiente, os equipamentos para montar o parque solar vieram de várias partes do mundo. Os painéis que captam a luz do sol foram fabricados na China; os conversores para transformar a energia solar na eletricidade que chega à casa dos consumidores vieram da Itália; e a montagem da estrutura que permite a movimentação dos painéis na direção do sol foi feita por espanhóis.

No auge da obra, foram contratados mais de mil trabalhadores para o empreendimento. Por estar ao lado da cidade, não houve necessidade de construir alojamentos, como ocorre em grandes projetos. Além disso, a estrutura de hotéis existente para os fiéis que visitam o santuário de Bom Jesus da Lapa ajudou muito na acomodação dos operários. Ainda assim, novos hotéis e restaurantes foram inaugurados para atender à demanda, que deverá continuar firme por mais algum tempo. / COM RENÉE PEREIRA

Fonte: Luciana Collet - O Estado de S.Paulo

Estado licita região metropolitana de Fortaleza para geração de energia solar


O canal adutor do Castanhão que percorre a Região Metropolitana de Fortaleza deve ter geração de energia solar. Um edital foi lançado, em português e inglês, pela Secretaria de Recursos Hídricos (SRH). A fim de que uma empresa possa instalar o equipamento e gerir o sistema. Ao todo, o trecho possui 256 quilômetros (km) de extensão. Sendo sendo 201 km, do açude Castanhão até o açude Gavião, mais 55 km (Trecho 5) até as imediações do Porto do Pecém.

A energia gerada, prevista em até 45 megawatts (MW) pico de potência. A saber, na modalidade de geração distribuída em módulos de até 5 MW pico. Conquanto deverão ser consumidas pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) e pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). A primeira deve contar com até 25 MW pico, enquanto a segunda terá até 20 MW pico.

De acordo com o edital, as propostas poderão ser apresentadas até o dia 30 de outubro de 2018. Assim, a divulgação do resultado da seleção ocorrerá em 3 de dezembro de 2018.

Consumo

“A COGERH tem demandado cada vez mais energia elétrica, para utilizar principalmente em suas estações de bombeamento, de maneira a garantir o fornecimento ininterrupto de água à Região Metropolitana de Fortaleza – RMF, aos distritos industriais localizados nos municípios de Pacajus, Horizonte, Maracanaú e ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) e às atividades agropecuárias do sistema adutor denominado Eixão das Águas”, justifica o documento tornado público pela SRH no último dia 16.

A Cogerh deve consumir, segundo previsto no edital, 2.705 MWh por mês. “Vale ressaltar que estão destacados para este estudo as unidades da Cagece na modalidade de Baixa Tensão. Visto que atualmente são as unidades que possuem o maior preço médio por MWh”, ressalta o texto.

Aproveitamento das áreas

Para tornar viável essa geração de energia, devem ser desapropriadas faixas laterais de 100 metros a partir do eixo do canal. “Vislumbra-se, portanto, como forma de aproveitamento produtivo, considerando a disponibilidade das faixas desapropriadas de 100 (cem) metros de cada margem do canal, a utilização de 70 (setenta) metros de cada margem para a geração de energia fotovoltaica, observando os princípios de sustentabilidade socioambiental”, detalha o edital, acrescentando ainda que “considerando ainda, que as áreas expropriadas sofrem frequentes ações invasivas, o uso dessas áreas possibilitaria, como benefício adicional, a segurança territorial do canal nos trechos em que o projeto for implementado”.

Critérios

As empresas ou consórcios interessados em disputar essa geração deverão corresponder aos seguintes critérios: experiência específica relacionada ao serviço, relevância das pesquisas ou avaliações realizadas, qualificação e competência da equipe chave para o serviço e qualificação da metodologia e plano de trabalho.

Fonte: Diário do Nordeste.

Por que o Nordeste é um polo de energia eólica?

O Nordeste é responsável por 85% da produção de energia eólica do Brasil. São cerca de 440 parques eólicos que necessitam de ventos constantes para a geração de energia. Será que a meteorologia teria alguma explicação para isso?

O Nordeste é responsável por 85% da produção de energia eólica do Brasil.

Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) mostra que o Nordeste é responsável por 85% do total de geração de eletricidade por meio de ventos. O Brasil possui em torno de 534 parques eólicos espalhados pelo território, e destes mais de 430 estão justamente posicionados sobre a região nordestina.

Os investimentos em energia eólica no país crescem como uma “intensa brisa do mar”, no ano de 2017 o Brasil passou o Canadá no ranking mundial de capacidade instalada da Global Wind Energy (GWEC) e agora ocupa o 8º lugar. A liderança mundial ainda está com a China.

Mais dados chamam a atenção para o Brasil, segundo um levantamento feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), tivemos um crescimento de 24% em julho de 2018 em relação ao mesmo mês no ano passado.

Geração de energia eólica no país mostra crescimento.

O estado do Rio Grande do Norte é o campeão em número de parques instalados, possui um total de 137, logo em seguida vem o estado da Bahia com 111 parques e em terceiro lugar temos o Ceará com 80 parques. De um total de 534 parques eólicos segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que representa 8,5% da matriz energética brasileira.

Com esses dados é possível concluir que o Nordeste é um polo promissor na geração de energia eólica, será que a meteorologia pode explicar o porquê isso?

“Safra de ventos brasileira”

O período entre os meses de agosto e setembro é conhecido como “safra de ventos”, isso porque o vento se torna ainda mais forte e constante nesta época do ano. Por isso, nestes meses é comum termos os recordes anuais de produção.

Exatamente neste período, temos a intensificação de sistemas de alta pressão transientes ou semi-permanentes sobre o oceano Atlântico Sul. Isso faz com que a borda desses sistemas também se intensifique e siga soprando ventos do mar em direção à região costeira nordestina. Isso potencializa a produção energética.

Sobre o litoral norte do Nordeste, a intensificação dos ventos alísios também contribui para a geração de energia eólica, não é a toa que o Ceará é o terceiro no ranking de número de parques.

Um potencial ainda a ser explorado

Com os sistemas meteorológicos auxiliando na produção de ventos, o Nordeste já se mostrou uma região com um enorme potencial a ser explorado. Por mais que já tenhamos muitos parques eólicos instalados por lá, a matriz energética brasileira ainda é a hidrelétrica, que em muitos casos sofre com a irregularidade da chuva. O segundo lugar na produção de energia no Brasil ainda é das termelétricas que poluem muito no processo de queima de combustível.

Estimativas da ANEEL indicam que até o ano de 2022 a capacidade instalada de produção de energia eólica do país salte para um total de 17,6 GW. Vamos aguardar os próximos leilões de empreendimentos.

Fonte: tempo.com

MCTIC organiza repositório com procedimentos e regras para produtos nanotecnológicos.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) disponibilizou, em parceria com a União Europeia, um repositório com as normas de segurança de materiais nanotecnológicos, ou seja, de escalas com as dimensões de átomos ou moléculas. O banco de dados reúne informações produzidas pelo NANoREG, iniciativa internacional para a regulamentação da nanotecnologia.

Chamadas de procedimentos operacionais padrão (POPs), as normas permitem que órgãos responsáveis pela análise e liberação de produtos nanotecnológicos tenham um parâmetro comum para toda a cadeia de valor do setor.

Laboratório de nanotecnologia do Cetene é uma das instituições brasileiras credenciadas para atender os requisitos do NANoREG. - Foto: Ascom/MCTIC

“O Brasil faz parte do NANoREG desde 2016 e agora estamos entregando um método para garantir que os produtos de nanotecnologia tenham um padrão de qualidade. Isso é muito importante, porque vai proporcionar que esses produtos sejam desenvolvidos em níveis de excelência, e os órgãos reguladores, agora, vão ter um parâmetro claro para avaliar a qualidade desses materiais. Isso vai garantir a nanossegurança no Brasil. É um retorno para a sociedade”, afirmou o coordenador-geral de Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias Convergentes e Habilitadoras do MCTIC, Leandro Berti.

A nanotecnologia é uma tecnologia convergente e habilitadora. Isso significa que é capaz de causar mudanças tecnológicas radicais com potencial para gerar um ciclo acelerado de desenvolvimento.

“É uma tecnologia transversal, disruptiva e com forte tendência de difusão por toda uma cadeia produtiva. Os materiais nanotecnológicos podem revolucionar produtos, processos e prestação de serviços inovadores”, destacou Leandro Berti.

No Brasil, o MCTIC, em parceria com a União Europeia, apoia o desenvolvimento do NANoREG. A participação brasileira no acordo internacional foi uma recomendação do Comitê Interministerial de Nanotecnologia, que assessora os ministérios na integração no aprimoramento das políticas, diretrizes e ações voltadas ao desenvolvimento das nanotecnologias no país. Ele é integrado por um representante e um suplente de dez pastas, sendo o MCTIC o responsável pela sua coordenação.

Atualmente, 85 países estão inseridos no acordo formulado pelos europeus em 2014.

Internacionalização

Berti também ressaltou que, ao adotar essa regulamentação, o Brasil se alinha às principais nações do mundo. Primeiro, porque os nanoprodutos nacionais seriam automaticamente aceitos nos outros 84 países signatários do NANoREG. Além disso, os nanoprodutos brasileiros também estariam em conformidade com os padrões estabelecidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“Atender a um critério de caráter global é crucial para o fortalecimento do setor de nanotecnologia no Brasil. Por isso, integrar o NANoREG e estar em conformidade com os padrões da OCDE é tão importante. O Brasil estará na vanguarda do desenvolvimento tecnológico, utilizando os parâmetros mais modernos que existem. Nosso intuito é ter uma produção local responsável, sustentável e internacional.”

Atualmente, oito laboratórios do Sistema Nacional de Laboratórios de Nanotecnologia (SisNano) estão credenciados para atuar com as especificações do NANoREG. Essas unidades receberam R$ 3 milhões do MCTIC entre 2014 e 2017 para se adequar à regulamentação internacional.

As instituições credenciadas são: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que exerce a coordenação científica do NanoReg Brasil; Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal do Rio Grande (FURG); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

FONTE: ASCOM - MCTIC