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Uso eficiente de energia - Empresários participaram de palestras sobre os benefícios da eficiência energética para empresas, condomínios e instituições

Workshop Eficiência Energética aconteceu na última segunda-feira (10), no auditório do JCPM Trade Center.

É com o objetivo de incentivar o consumo eficiente e esclarecer os impactos do desperdício de energia que a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) promove atividades no Recife, em Caruaru e em Petrolina. Na última segunda-feira, no auditório do JCPM Trade Center, no bairro do Pina, zona sul do Recife, a empresa realizou o primeiro Workshop de Eficiência Energética. O evento foi organizado pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) e contou com mais de 220 inscritos.

As atividades, que fazem parte do Programa de Eficiência Energética da CELPE, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), são direcionadas para os setores residencial, comercial, serviços, industrial e poder público (municipal, estadual e federal). No Recife, oito especialistas palestraram durante todo o dia, apresentando os benefícios que uma gestão eficiente pode trazer para um negócio ou condomínio habitacional em termos de custo, produtividade e sustentabilidade. O evento também possibilitou que os participantes sanassem suas dúvidas diretamente com os palestrantes, através de um quadro de perguntas e respostas.

A ideia do workshop é atrair atenções para a Chamada Pública de Projetos, mecanismo instituído pela Aneel que recebe dos próprios consumidores novas ideias para o combate ao desperdício de energia. Um edital é lançado anualmente, convocando a sociedade para apresentar projetos de eficiência energética que estejam de acordo com os critérios técnicos estabelecidos, entre eles a viabilidade econômica das ações propostas. Neste ano, o edital foi lançado entre março e maio, mas há a perspectiva de fazer uma nova chamada ainda em 2019.

João Gabriel Pereira de Almeida (Especialista em projetos de Iluminação Artificial).
Luiz Pessoa/JC360

“Nossos clientes precisam saber que existem recursos disponíveis para projetos de eficiência energia. A ideia do workshop surgiu da necessidade de difundir esse conhecimento, buscando atrair mais adesão às chamadas públicas para que um número maior de consumidores possam economizar energia”, explica a gerente de Eficiência Energética da Neoenergia, Ana Mascarenhas. “Nós esperávamos 200 inscritos, mas superamos as expectativas, então conseguimos atingir a nossa meta e passar as orientações para um bom número de pessoas”, acrescenta.

Para a Celpe, o workshop de eficiência energética é uma oportunidade para estreitar o relacionamento com o cliente e apresentar novos projetos que trazem benefícios para o sistema elétrico e a sociedade. “Além da sustentabilidade dos seus negócios, eles têm uma redução significativa da energia, que muitas vezes é o principal custo para empresas e residências”, comenta o superintendente de Relacionamento com o Cliente da Celpe, Pablo Andrade. “Aqui no evento já recebemos vários feedbacks positivos. Uma vez que nossos clientes sabem como podem participar dos projetos de eficiência energética, isso naturalmente traz um ganho muito grande”, complementa.

O gestor de Eficiência Energética da Celpe, Daniel Sarmento, falou dos mecanismos da Chamada Pública com o intuito de esclarecer todas as dúvidas dos participantes. “A chamada pública é a porta de entrada para o Programa de Eficiência Energética. Os interessados devem inicialmente buscar parcerias com uma empresa de engenharia que vai ajudar a construir o projeto e identificar oportunidades de eficiência energética da unidade consumidora. Essa parceria é importante porque a empresa que elaborar a proposta será responsável por toda a realização do projeto”, explica.

Alberto Fossa (dir. executivo da ABRINSTAL e especialista em energia pela ONU).
Luiz Pessoa/JC360

Especialistas

O workshop reuniu especialistas de determinadas áreas em dois ambientes com atividades simultâneas. Na sala A, palestraram o diretor executivo da ABRINSTAL, Alberto Fossa, e o engenheiro eletricista João Gabriel Pereira. De acordo com Alberto Fossa, o conceito de gestão energética começou a se materializar em 2008 e precisa estar mais presente nas empresas.

“O primeiro passo é mudar a cultura nas organizações. As pessoas, quando pensam em eficiência energética, imaginam trocar as lâmpadas por LED, mas na verdade você precisa atuar de forma muito mais ampla”, salienta Alberto Fossa. “Muitas vezes o conceito é aplicado para indústrias, mas hoje em dia, do ponto de visto do consumo mundial, as edificações são um grande polo consumidor de energia. Então precisamos falar mais sobre isso”, afirma ele.

João Gabriel Pereira falou sobre os impactos da iluminação artificial nas empresas. “Dependendo do negócio, a iluminação pode ser responsável por mais da metade da energia consumida por uma empresa. É importante entender esses fatores para reduzir os custos operacionais. Além disso, um bom sistema de luz pode melhorar a produtividade de uma empresa em até 10%”, cita o especialista.

Tomaz Cleto (especialista em sistemas de climatização e ar condicionado). - Luiz Pessoa/JC360

Já na sala B do evento, os participantes aproveitaram uma tarde de palestras com Tomaz Cleto, vice-presidente de eficiência energética da ABRAVA e especialista em sistemas de climatização e ar condicionado, e Rodolfo Pinheiro, gestor de energia e especialista em eficiência energética no SENAI-IST Energia em São Paulo.

Tomaz abordou a temática da climatização eficiente. Os sistemas de ar condicionado estão presentes em diversos campos de atuação, como residências, edifícios comerciais, hospitais e laboratórios, na indústria e galpões de logística. Esses sistemas, que estão aliados ao aspecto do conforto ambiental, quando eficientizados podem gerar retornos financeiros para as empresas.

“É extremamente sensível investir em sistemas de ar-condicionado eficientes, não só apenas na questão de equipamento, mas toda a concepção do sistema para que tenha meios de ter um consumo menor no prédio, por exemplo, no sistema como um todo. É extremamente importante ter esse olhar sempre”, esclarece Tomaz.

Rodolfo Pinheiro (Gestor de Energia e Especialista em Eficiência Energética no SENAI - IST ENERGIA). - Luiz Pessoa/JC360

Após essa palestra, Rodolfo Pinheiro falou sobre a importância da atuação na gestão de energia e da eficiência energética na indústria, um dos grandes consumidores no setor elétrico. “As ações de eficiência energética direcionadas a indústria acabam trazendo um impacto muito grande sobre o setor elétrico no geral. Para indústria, por outro lado, a energia tem participação cada vez maior nos custos de produção, então a gente fazer eficiência energética na indústria, trabalhar a eficiência, impacta diretamente na competitividade dessa Indústria. A partir do momento que se consegue fazer eficiência energética, é possível reduzir seus custos com insumos energéticos e automaticamente à competitividade dela frente aos seus concorrentes diretos aumenta e melhora”, completa Rodolfo.


Daniel Sarmento (Gestor da Unidade de Engenharia e Projetos de Eficiência Energética). - Luiz Pessoa/JC360

Ana Mascarenhas (Gerente de Eficiência Energética da Neoenergia). - Luiz Pessoa/JC360

Ana Mascarenhas e Daniel Sarmento durante palestra no workshop. - Luiz Pessoa/JC360

Workshop aconteceu no auditório do JCPM Trade Center. - Luiz Pessoa/JC360

Pablo Andrade e Leonardo Lopes, ambos da Celpe, fizeram parte da programação da manhã. - Luiz Pessoa/JC360

Programação contou com o dia todo de palestras. - Luiz Pessoa/JC360

Para finalizar cada turno de palestras, os participantes aproveitaram coffee end. - Luiz Pessoa/JC360

Evento contou com mais de 220 inscritos. - Luiz Pessoa/JC360

FONTE: JC Online

Painéis solares poderão ser pagos na conta de energia em Pernambuco

Parceria da Sdec com a Celpe vai permitir a oferta do programa PE Solar, que facilita a instalação dos painéis solares, para as pessoas físicas. Antes, só empresas eram beneficiadas.


Instalar painéis solares em residências em Pernambuco ficará mais fácil.

É que o investimento realizado para gerar a própria energia agora pode ser pago na conta de luz, através da economia criada com os painéis fotovoltaicos – o que reduz a obrigação de pagar mais um boleto no fim do mês. A possibilidade faz parte do programa PE Solar, que foi ampliado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sdec-PE) através de uma parceria com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).

“O futuro da energia é a geração distribuída, através de usinas pequenas no teto das casas. Por isso, ampliamos o PE Solar e estamos facilitando o pagamento dos painéis”, contou o secretário executivo de energia de Pernambuco, Lula Cardoso Ayres.

Ele explicou que o PE Solar existe desde 2015, mas funcionava apenas para pessoas jurídicas. Agora, passa a atender pessoas físicas e de forma facilitada, por conta da parceria com a Celpe.

“Estamos ampliando o programa para os consumidores residenciais e ainda estamos dando a possibilidade de eles descontarem as parcelas dos painéis na conta de luz”, contou Ayres, garantindo que tudo isso será feito de forma simples.

Os consumidores interessados em gerar a própria energia devem entrar no site do PE Solar para ver as empresas de instalação de painéis fotovoltaicos credenciadas no programa – atualmente, 19 estão cadastradas pelo governo. O consumidor pode, então, negociar os preços e a instalação da sua usina solar diretamente com a empresa. Só na hora do pagamento é que ele vai optar por descontar o financiamento na conta de luz.

“O consumidor não precisa fazer essa negociação com a gente. E isso não tem um custo extra”, acrescentou a gerente de relações institucionais da Celpe, Érica Ferreira.

O programa ainda deve gerar economia para o consumidor. É que a geração dos painéis vai reduzir o consumo da energia da Celpe. E é essa redução que será usada para pagar os painéis solares.

“Tudo o que for gerado na residência vai para o consumidor. Se houver sobras, elas serão injetadas na rede da distribuidora, mas servirão como crédito para serem usadas em até 60 meses. E ainda há a possibilidade de o consumidor indicar outro imóvel, que também esteja vinculado ao seu CPF, para ser alimentado por essa sobra. Ou seja, ele vai se atender. Então, haverá redução de consumo e economia”, explicou Érica, dizendo que, por conta disso, a Celpe só vai cobrar o consumo extra, que não for gerado pelas placas solares.

Se o consumidor chegar ao ponto de gerar toda a sua energia, a companhia só vai cobrar a taxa mínima de luz, que é de R$ 24 para residências e de R$ 80 para estabelecimentos comerciais. E a Sdec garante que, dependendo do tamanho dos painéis, é possível que isso aconteça. Caso o cliente gaste R$ 500 com luz, mas passe a gerar toda a sua energia, por exemplo, será cobrada apenas a tarifa de R$ 24.

Nos primeiros anos, contudo, a conta também virá com o valor das parcelas dos painéis. Se o financiamento for de R$ 326, por exemplo, a conta será de R$ 350. “Mas o tempo de vida médio dos painéis é de 25 anos e os financiamentos normalmente duram menos. Por isso, o desconto da conta de energia será usado para pagar os painéis apenas nos primeiros anos. Depois, vai todo para você”, concluiu Lula.

Passo a passo para participara do programa de instalação de painéis solares:

- O interessado em implantar um sistema fotovoltaico com empresas que fazem parte do PE SOLAR deverá entrar em contato com os fornecedores cadastrados para solicitar o projeto/orçamento;

- O financiamento do projeto pode ser feito por capital próprio ou qualquer linha de crédito, com agentes financeiros públicos ou privados;

- A empresa fornecedora solicita junto a Celpe a autorização da arrecadação das parcelas do financiamento na fatura de energia e conclui a instalação do sistema fotovoltaico.


Fonte: Folha PE e PE Solar

Celpe instala placas solares em residencias de Fernando de Noronha

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Por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento, a Celpe (PE) está efetuando a instalação de placas solares fotovoltaicas nos imóveis de nove clientes da Ilha de Fernando de Noronha. Com a finalidade de fomentar a geração de energia a partir de fontes renováveis, a ideia da empresa é demonstrar os benefícios da microgeração distribuída para os moradores do arquipélago, a partir da redução do valor da conta de energia dos clientes atendidos pela iniciativa e da diminuição do impacto ambiental.

As placas solares terão capacidade total de geração aproximada de 27 kWp. Após a conclusão do projeto, a expectativa é de que sejam economizados 3.400 kWh por mês, proporcionando uma redução de 80% a 90% no valor das contas de energia dos clientes atendidos. Com isso, aproximadamente 12.000 litros de óleo diesel deverão deixar de ser queimados, por ano, no arquipélago. A energia gerada pelos sistemas de microgeração abastecerá os imóveis e, caso a geração seja maior do que o consumo, o excedente será injetado na rede de distribuição da Celpe, gerando créditos para o consumidor.

Para selecionar as unidades consumidoras, a Celpe realizou análise prévia dos imóveis que apresentam características técnicas necessárias para receber os painéis e enviou comunicado aos clientes. Os interessados participaram de reunião, na qual receberam informações sobre o funcionamento e benefícios do sistema de microgeração distribuída. 

Após apresentação, a concessionária definiu, por meio de sorteio, os moradores do segmento residencial que terão os equipamentos instalados gratuitamente. Os clientes do poder público e de ONG, assim como os residenciais, não tiveram custos e foram escolhidos, exclusivamente, com base no perfil técnico do imóvel. As placas solares fotovoltaicas serão doadas a esses consumidores.

Fonte: CanalEnergia

Cemig, Celpa, Eletropaulo e Copel são destaque no A-5

As estatais Cemig (MG) e Copel (PR) aparecem entre os grandes destaques da ponta compradora da energia vendida no leilão A-5 realizado nesta sexta-feira, 28. Entre os grandes consumidores também aparecem a Celpa, distribuidora controlada pela Equatorial, e a Eletropaulo, além de Celg e CEEE.

A Cemig adquiriu, sozinha, o equivalente a 13,5% da energia vendida no leilão, com um total de 78,847 milhões de MWh. Na sequência aparece a Celpa, com a contratação de 51,263 milhões de MWh (8,78% do total). A Eletropaulo contratou 39,757 milhões de MWh (6,80%), a Celg, de Goiás, contratou 38,931 milhões de MWh (6,66%), a Copel contratou 37,758 milhões de MWh (6,46%) e a CEEE, 32,264 milhões de MWh (5,52%).

A energia negociada no leilão terá início de suprimento em 1º de janeiro de 2019. Para as termoelétricas (carvão, gás natural em ciclo combinado e biomassa), os contratos de compra e venda de energia foram na modalidade por disponibilidade com prazo de suprimento de 25 anos. Já para empreendimentos de geração a partir de fontes eólica e solar, os contratos são na modalidade por disponibilidade e prazo de suprimento de 20 anos.


PREÇO MÉDIO POR FONTE

A fonte termelétricas a gás natural encerrou o leilão ao preço médio de venda de R$205,64/MWh, enquanto as PCHs ficaram em R$161,89/MWh. Já as eólicas fecharam em R$136,00/MWh.

De acordo com o diretor da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, o resultado do leilão foi um sucesso, com investimentos importantes. Ele ressaltou que um terço dos investimentos está no Rio Grande do Sul e outra parte importante em Pernambuco, os estados que se destacam. “Em termos de parques instalados, a Bahia tinha o maior número de usinas habilitadas e terá o maior número de empreendimentos a serem implantados”.

Pepitone ressaltou que 2014 foi o ano em que mais se agregou energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Os dados indicam que até 15 de novembro foram agregados à matriz elétrica 6.323 MW de potência instalada. Desses, 43% são oriundos de usinas hidrelétricas. No caso da energia eólica, foram agregados 2.138 MW de potência instalada, o que corresponde a 33% da energia que agora faz parte do SIN. Com relação às termelétricas, as de combustível fóssil totalizaram 388 MW, as de biomassa, 982 MW, e a PCH, 72 MW“.

“Nossa expectativa é agregar até 31 de dezembro mais 1.200 MW, uma quantidade grande a ser disponibilizada ao SIN. Para ter uma média de 2004 a 2014, estamos ampliando em 3,86% em termos de potência instalada”, disse Pepitone.