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Lixo eletrônico pode virar bateria para veículos elétricos


A fabricação cada vez maior de veículos elétricos levanta uma questão importante: até que ponto é possível produzir baterias de maneira sustentável para manter toda essa frota funcionando? De onde virá o metal que hoje está presente na maioria das células de energia? A resposta pode estar no lixo.

Dois empresários de Minneapolis, nos EUA, querem extrair cobalto, cobre e níquel que geralmente são encontrados em resíduos industriais. Segundo eles, a maioria desses resíduos é exportada para outros países como a China.

“Não produzimos a maior parte dos materiais que estão em nossas baterias, então se pudermos comprá-los uma única vez e mantê-los aqui, isso criaria uma grande vantagem econômica para todos nós”, disse um dos responsáveis pela pesquisa, Jeff Spangenberger.

Mercado valioso

A Bergmann e Lentz, de Minneapolis, começou uma parceria com a National Research, de Michigan, para aprimorar o processo de recuperação de metais valiosos que não são reutilizados pela indústria.

"Aqui nos EUA, pelo menos, não parece haver ninguém explorando esses resíduos com a abordagem certa para reaproveitar metais valiosos. Quanto mais procuramos, mais descobrimos", disse um dos empresários que também é geólogo, Brian Lentz.

Metais valiosos presentes em dispositivos eletrônicos são descartados 
(Imagem: Reprodução/ONU)

Além de reaproveitar o metal encontrado no lixo industrial, os empresários investem pesado em dois projetos de mineração economicamente sustentáveis para suprir a carência do mercado americano em matérias-primas usadas na produção de baterias de veículos elétricos. Segundo um relatório do Departamento de Energia dos EUA, 60% do cobalto mundial vem do Congo e 80% são processados na China.

Centros de reciclagem

Enquanto o projeto ambicioso de usar material encontrado no lixo para produzir baterias não sai do papel, iniciativas de reciclagem ganham força para evitar o desperdício e a escassez de matéria-prima.


O Laboratório Nacional Argonne, que fica em Lemont, Illinois, criou um centro de reciclagem que desenvolve novos métodos para o reaproveitamento de baterias, além de incentivar pesquisas para aprimorar a tecnologia envolvida na produção de células de energia.

A ideia é criar mecanismos que garantam o total reaproveitamento do material que seria descartado. Boa parte dos componentes que fazem parte de uma bateria podem ser reciclados e utilizados em outros setores da indústria, como plásticos, polímeros e metais pesados.

Para se ter uma ideia, um telefone celular pode reunir até 40 elementos da tabela periódica. Cerca de 20% do peso destes aparelhos é metal, especialmente cobre.

20% do peso do seu celular vem de metais como o cobre 
(Imagem: Reprodução/Envato)

Mercado brasileiro

Na latinha de alumínio o Brasil é campeão mundial de reciclagem com 97% delas recolhidas e transformadas em novas embalagens. Mas com outros metais valiosos, a reciclagem ainda engatinha por aqui.

De acordo com o estudo Global E-Waste Monitor, realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o maior produtor de lixo eletrônico da América Latina — e 7º maior do mundo. Anualmente, o país produz 1,5 mil toneladas de lixo eletrônico, e apenas 3% de todo esse montante tem um descarte adequado.

Brasil é o maior produtor de lixo eletrônico da América Latina 
(Imagem: Reprodução/Unsplash)

São milhares de toneladas de cobre, níquel, cobalto, lítio e até ouro que poderiam retornar à indústria, mas permanecem nos aterros sanitários.

Ainda falta tecnologia e uma legislação mais moderna para que garimpar o lixo em busca de matéria-prima seja um negócio lucrativo para a economia e para o meio ambiente.

Qual destino você dá para o lixo eletrônico? Comente.

Brasil é o maior produtor de lixo eletrônico da América Latina


De acordo com o estudo Global E-Waste Monitor, realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o maior produtor de lixo eletrônico da América Latina — e 7º maior do mundo. Anualmente, o país produz 1,5 mil toneladas de lixo eletrônico, e apenas 3% de todo esse montante tem um descarte adequado.

Isso é preocupante pois, devido à composição química dos equipamentos, muito desse lixo eletrônico é extremamente tóxico ao ambiente.

Um exemplo do perigo do descarte inadequado são os cartuchos e toners de impressoras. Apesar de aparentemente inofensivos, os toners de tinta contêm um pó que, ao entrar em contato com fogo, libera gás metano, que não só potencializa o efeito estufa e causa problemas respiratórios em humanos, como também é inflamável e pode causar explosões. Já a tinta que sobra nos cartuchos de impressoras contamina o solo e o lençol freático, tornando a terra estéril e a água imprópria para o consumo.


Por isso que Rodrigo Oliveira, especialista ambiental do site Distribuidor de Toner, alerta que todos devemos fazer o descarte correto desses equipamentos e não apenas jogá-los no lixo comum como é costume de muitas pessoas.

Várias empresas também têm adotado um modelo de negócio mais sustentável. Por exemplo, a HP e a Lexmark desenvolvem projetos onde 20% da matéria prima provêm da reutilização de toners e cartuchos usados, enquanto a Xerox tem investido numa nova tecnologia de impressão que praticamente não deixa resíduos de tinta nos cartuchos vazios.

Como consumidores, vale ficarmos atentos não apenas ao modelo dos produtos utilizados — como, por exemplo, comprar produtos que possuam algum tipo de certificação de sustentabilidade, como o selo Energy Star —, mas também fazer o descarte correto desses materiais. Hoje é fácil encontrar lojas de informática ou de revendas de cartuchos de impressoras que recolhem os itens usados para o descarte apropriado, então é nossa responsabilidade garantir que esses equipamentos não sigam para lixões comuns junto com o nossos resíduos diário. A natureza agradece.

Apenas 20% do lixo eletrônico do mundo é reciclado, afirma ONU


A coleta seletiva e a separação do lixo são realidades em muitas cidades não apenas do Brasil, mas ao redor do mundo. Um outro problema, muitas vezes, bem pior para o meio ambiente, passa despercebido. Conforme mostra um relatório da União Internacional de Telecomunicações da ONU, apenas 20% do lixo eletrônico gerado no mundo é reciclado de maneira apropriada.

Os dados são do ano de 2016, mas somente agora foram compilados e divulgados. De acordo com as Nações Unidas, 8,9 milhões de toneladas foram processadas adequadamente. Soa como bastante, mas é um número baixo diante dos 44,7 milhões de toneladas de lixo eletrônico que não apenas não foram recicladas, mas também foram descartadas sem o devido cuidado, não tendo passado por nenhum tipo de tratamento ou processamento adequados.

Os números mostram um cenário no qual os usuários simplesmente não sabem como lidar com o lixo. Enquanto 4% desse montante foi confirmado como jogado no lixo comum, algo que não é recomendado, o destino dos outros 76% é completamente desconhecido. A ONU aposta que, em sua maioria, eles também foram para os aterros tradicionais, podendo ter sido reciclados em condições longe da ideais ou vendidos para quem vê valor em sua desmontagem e utilização de materiais internos. Tudo de forma não adequada e, simplesmente, sem cuidado algum com a manipulação e segurança.

Os prejuízos aqui, vão além dos danos à natureza e também às pessoas envolvidas nesse trabalho, por meio de contaminação e contato com substâncias tóxicas. É, também, uma grande fonte de dinheiro perdido para as indústrias do setor, com a ONU estimando que US$ 55 bilhões em materiais não utilizados foram, literalmente, jogados no lixo em 2016. Elementos que poderiam, muito bem, serem usados para construção de novos dispositivos.

Como dá para imaginar, o maior problema são os smartphones. Desse total, US$ 9 bilhões em componentes são oriundos apenas de celulares e tablets, enquanto a maioria do lixo eletrônico registrado pela ONU é composto não apenas por eles, mas também carregadores e cabos. Com ciclos de vida cada vez menores, os aparelhos móveis são substituídos, em média, a cada dois anos, com os modelos antigos sendo jogados fora pelos usuários após a compra de novos, junto com todos os seus acessórios.

São dados como estes que levaram a organização a, por exemplo, trabalhar junto com as empresas para que carregadores, entradas e saídas tenham um formato padronizado. Assim, no mínimo, os usuários não jogam fora os acessórios pela conveniência de terem mais de um em seu poder. Além disso, a ideia, no futuro, é fazer com que dispositivos desse tipo não precisem mais acompanhar absolutamente todos os aparelhos, uma vez que os antigos também poderiam ser usados nos novos.

Os números são assustadores, mas a ONU aponta melhoras. Apesar do crescimento de 4% ano a ano na produção de lixo eletrônico, a União Internacional de Telecomunicações aponta para um aumento nas leis locais e no cuidado de governos regionais com o tratamento desse tipo de descarte. De acordo com o relatório, dois terços da população mundial vivem em países com regras claras para tratamento desse tipo de coisa. Entretanto, aqui, também se concentram as nações com maior índice de eletrônicos jogados fora.


Os Estados Unidos, por exemplo, foram responsáveis por 14% de todo o lixo eletrônico produzido no mundo, reciclando apenas um quarto disso. O país só não ficou no topo do ranking por conta da China, que é responsável por 16% do total, mas também possui uma população três vezes maior. Lá, 18% do lixo é processado adequadamente.

Na outra ponta do ranking estão a Suíça, Noruega e Suécia, considerados os países mais avançados nesse quesito, reciclando, em média, 70% de todo o lixo eletrônico. Na lista de regiões, muito por conta dos números dos países citados, a Europa é a melhor posicionada, sendo responsável por 28% de toda a produção de descartes e reciclando 35% desse total.

Para a ONU, o assunto ainda é tema de atenção. A União Internacional de Telecomunicações apela aos governos para que criem normas claras para reciclagem e intensifiquem o trabalho naquelas que já existam. Além disso, aponta para o crescimento cada vez maior na troca de aparelhos ao longo dos anos e espera ver, nos próximos relatórios, esse aumento acompanhando também o da consciência sobre o tema.

Em meio a todo o lixo e desesperança, entretanto, um dado importante: as Nações Unidas esperam que uma redução na quantidade de descartes para o futuro não tão distante. Por mais que o número de unidades sendo jogadas fora tenda a aumentar, os componentes estão se tornando cada vez menores e mais eficientes, o que, na soma de tudo, pode acabar gerando, pelo menos, redução nos riscos ao meio-ambiente.

Fonte: Nações Unidas

Lixo eletrônico: para onde vai aquele celular velho?


Celulares, computadores, televisões velhas, fogão, rádio, para onde vai tudo isso quando jogamos fora?

Todos esses aparelhos são considerados materiais eletrônicos, logo, lixo eletrônico ou Resíduos de Aparelhos Eletrônicos (RAEE) quando descartados. E assim como qualquer lixo ele também tem seu descarte e destino certo, por isso existe a coleta seletiva.

Estamos numa era de inovação tecnológica em que a cada ano é lançado um novo produto, fazendo com que a gente consuma na mesma velocidade, no que acaba resultando em um volume muito grande de materiais eletrônicos sendo descartados pelo ser humano.


Quando descartamos de forma incorreta, ou seja, direto na natureza, esses resíduos causam um grande impacto no meio ambiente, por que eles possuem substâncias químicas em suas composições, como chumbo, mercúrio, berílio, entre outros, que são altamente prejudiciais para a natureza, porque podem contaminar o solo e a água. Essas substâncias também podem causar doenças graves naquelas pessoas que fazem coleta nas ruas, lixões e terrenos baldios.

DESCARTE CORRETO

Para que a gente não prejudique o meio ambiente e até mesmo os catadores de lixo, é importante conhecermos as maneiras corretas de descartar esse tipo de lixo. Para que esse tipo de lixo seja descartado de forma correta, procure cooperativas que são especializadas em reciclar esses materiais. Outra opção é você procurar lojas de telefonia que aceitem esses aparelhos, para que a empresa recicle os materiais e gere outros novos, ou procurar pontos de coletas de lixo eletrônico.


Além disso, muitas empresas hoje oferecem um programa de troca de aparelho: você leva seu aparelho usado e troca por um novo, por meio do pagamento da diferença.

DOAÇÃO

Com essa vontade de acompanhar o mercado tecnológica, muitas vezes as pessoas trocam seus aparelhos mesmo eles estando em pleno estado e os atendendo muito bem. E se esse for o seu caso você pode doar ou até mesmo vender! Dessa forma você estará repassando e não descartando, o que muitas vezes não é de forma correta. Afinal, o que pode não fazer diferença para você, pode fazer para os outros!

CONSUMO CONSCIENTE

A melhor forma de evitar que o nosso meio ambiente seja poluído é consumindo de forma consciente, seja aparelhos eletrônicos, roupas, produtos com embalagens que agridem a natureza, entre outras outros. Conhecer como funciona a coleta seletiva e todos os tipos de reciclagem é a forma mais sustentável e consciente!