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Biogás representa a nova revolução no setor de bioenergia


Os cenários envolvendo a produção e o mercado de biogás representam uma nova revolução para o setor de bioenergia. Essa perspectiva e os desafios da nova economia foram a tônica no primeiro evento do ciclo de webinar da área de bioenergia promovido pela FENASUCRO & AGROCANA com o patrocínio da Dassault Systèmes.

O setor de produção de biogás no Brasil, até 2019, contava com 524 plantas de usinas em operação produzindo 1,3 bilhão de m³. No entanto, especialistas advertem que o uso do biocombustível é subdimensionado, já que existe um potencial de produção de biogás de 84,6 bilhões de Nm³/ano, sendo que o setor sucroenergético tem capacidade para gerar o correspondente a 41,4 bilhões Nm³/ano e o setor da agroindústria a 37,4 bilhões Nm³/ano.

O biocombustível também apresenta condições para ser associado à produção de energia elétrica com potencial de produção de 190 mil GWh/ano, equivalente a 20% do consumo nacional, ou para ser adotado como substituto para 45 bilhões de litros de diesel, cerca de 35% do consumo brasileiro.

O presidente da ABiogás (Associação Brasileira de Biogás), Alessandro Gardemann, ressalta que o grande desafio do setor é colocar toda produção no mercado, aproveitando o que já é produzido e desperdiçado.

“As expectativas são boas. Atualmente, existe a tecnologia para o uso do biogás como combustível em veículos pesados. A Scania e alguns modelos chineses já oferecem essa tecnologia no mercado. Além disso, em vistas do RenovaBio, programa que valorizará a produção com menores emissões de gases de efeito estufa, o biogás contribui para aumentar a nota de eficiência da usina por meio da emissão de um número maior de créditos, os CBios, e aumentar a receita advinda do programa”, observa Gardemann.

O gerente de bioeletricidade da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Zilmar de Souza, também destaca o grande potencial que está sendo desperdiçado. Ele ressalta que a expectativa é de aumento no consumo de energia, com um crescimento médio de 4% ao ano entre 2021 e 2024, e que esse cenário pode ser explorado pelo setor.

“Se os resíduos fossem aproveitados apenas nas usinas sucroenergéticas do Estado de São Paulo, o potencial de geração de eletricidade somente com biogás atingiria quase 32 mil GWh, o que significa atender 16,5 milhões de residências durante o ano inteiro. Por outro lado, um levantamento recente da UNICA, mostra que a geração de energia elétrica para a rede, utilizando o biogás na agroindústria, foi de apenas 18,5 GWh em 2019”, afirma Souza.

Processo de revolução

De acordo com Daniel Rossi, o mercado oferece possibilidades para o gás natural e para o biogás, sendo que este último tem um grande potencial e representa uma fonte nobre por ser renovável.

“À medida que ocorra a redução do desconhecimento do produto, o biogás pode ser utilizado na produção de energia, reduzindo em 95% a emissão de C0² em relação ao diesel e de 70% em comparação com o gás natural. Uma das soluções é orientar sobre a produção in loco. A região do centro-oeste, por exemplo, tem uma vocação para ser um grande produtor de gás. Temos um mapeamento com potenciais postos de produção de gás no interior e acredito que estamos próximos a um processo de revolução como foi a utilização do bagaço de cana para a produção de energia elétrica”, revela Rossi.

Em relação aos canais de distribuição para estimular o consumo e a capacidade da rede, o CEO da GasBrasiliano, Alex Gasparetto, diz que existe uma infraestrutura preparada para atender a produção e programas em operação visando o estímulo do uso pelas indústrias e consumidores.

“Contamos com uma rede de distribuição de 1.100 km, que pode ser conectada rapidamente a algo em torno de 50 a 60 usinas com potencial de produção, o que viabilizará o consumo em larga escala”, diz. “Além disso, existem projetos em operação como o uso da tecnologia diesel-gás para frotas pesadas, o uso do gás para alavancar a geração de energia elétrica, denominado usina híbrida, e o projeto Cidades Sustentáveis, que deve entrar em operação até o final de 2021 e permitirá atender as cidades Pirapozinho e Presidente Prudente com o biometano proveniente da vinhaça”, completa Gasparetto.

Maior eficiência

O consultor de processos de negócios sênior da Dassault Systèmes, João Vicente Ribeiro Ferreira, afirma que os projetos contribuem para uma maior eficiência das usinas, principalmente, em relação às paradas de produção.

“As empresas devem se adaptar a essa nova realidade para serem competitivas. O investimento em tecnologia vem para habilitar essa transformação de forma sustentável. É essencial para a sociedade não depender de uma única fonte e a energia renovável é um diferencial. Em países como a Alemanha, China e Estados Unidos existem várias iniciativas buscando alternativas. A grande vantagem é que no Brasil temos uma capacidade de diversificação única em relação a outros países”, comenta Ferreira.

Ciclo de webinar FENASUCRO & AGROCANA

O primeiro debate, realizado na última quinta-feira (04/06), abordou o tema “Como o mercado de biogás está se preparando para os desafios da nova economia?”, e contou com a participação de dirigentes de associações, CEO e representantes de grandes empresas do setor, e mais de 1,5 mil inscritos.

De acordo com Paulo Montabone, diretor do portfólio de combustíveis da Reed Exhibitions Brasil, o biogás representa um dos segmentos estratégicos do biocombustível e possui um grande potencial de crescimento e de oportunidade de negócios. “O webinar alcançou o objetivo ao estimular o debate sobre as perspectivas envolvendo o cenário, já que o biogás apresenta um enorme potencial para toda cadeia produtiva e empresas envolvidas no setor de bioenergia, além de ser destaque no RenovaBio”, afirma.

O ciclo de encontros faz parte das ações de interação em formato digital direcionada aos expositores e visitantes da FENASUCRO & AGROCANA, que teve a edição de 2020 adiada para o período de 17 a 20 de agosto de 2021, em virtude dos efeitos da pandemia da Covid-19 (novo Coronavírus).

A FENASUCRO & AGROCANA é o único evento da América Latina a reunir inovações e conteúdo de alto nível técnico voltados às indústrias de alimentos e bebidas, papel e celulose, biodiesel, usinas de etanol/açúcar, usinas de etanol de milho, distribuidora e comercializadora de energia e agrícola.

Um passo de cada vez… não é suficiente na África

O continente africano muitas vezes gera notícias solares impressionantes e oferece novos ângulos em sistemas de energia renovável e integração. O 21º Fórum de Energia da África, realizado entre os dias 11 e 14 de junho em Lisboa, explorou as várias maneiras pelas quais a energia solar está sendo implementada em todo o continente. A revista pv oferece uma análise país por país de alguns dos mercados sub-saarianos discutidos no evento.

O 21º Fórum de Energia da África teve lugar em Lisboa de 11 a 14 de junho. Imagem: EnergyNet

Os seguintes mercados são apresentados para descrever a dinâmica da energia solar em todo o continente africano. A seleção tem como objetivo oferecer variedade: pequenos e grandes mercados, estados ricos em recursos e pobres em recursos, e superestupulados versus não-abastecidos. As questões que estão sendo atendidas nesses mercados são comuns a muitos países africanos, embora a cultura local de fazer negócios varie muito de região para região.

Burkina Faso

O perfil de eletricidade e os planos energéticos do futuro de Burkina Faso, conforme apresentado no fórum pelo Ministro de Energia do país, Bachir Ismael Ouedraogo, é característico da atual situação na África e dos esforços necessários para melhorá-lo.

Ouedraogo disse à conferência que apenas 30% da população de Burkina Faso tem acesso à eletricidade hoje. Destes, 60% estão em áreas urbanas, enquanto apenas 5% da população rural tem acesso à eletricidade. O Burkina Faso pretende alcançar 60% de acesso à eletricidade até 2030.

Igualmente desconcertante é o fato de que 50% da eletricidade do país é importada de seus vizinhos. A outra metade vem de usinas de combustíveis fósseis, mas isso não é ambientalmente correto nem economicamente sustentável. Ouedraogo disse que a geração de energia a partir de combustíveis fósseis custa cerca de US $ 0,20 a US $ 0,25 / kWh, enquanto os contratos de produtores independentes de energia (IPP) para usinas fotovoltaicas custam apenas US $ 0,09 / kWh.

É por isso que o país assinou recentemente seis acordos de energia solar, totalizando 150 MW, enquanto Ouedraogo acrescentou que o ministério também está trabalhando com o Banco Mundial em mais 100 MW, para os quais ele não ofereceu mais detalhes. Enquanto o primeiro é conhecido pelo setor fotovoltaico, o segundo é um novo desenvolvimento e o setor está aguardando ansiosamente para ver se e como ele se desenvolve. O Burkina Faso também instalou uma usina fotovoltaica de 33 MW, financiada pela Agência de Desenvolvimento da França e pela União Européia. "O dia em que atingirmos um custo solar fotovoltaico e armazenamento combinado menor do que o custo do combustível fóssil, poderemos ir totalmente solares", disse Ouedraogo.

Nigéria

Solar é o único recurso natural que Burkina Faso tem, mas a vizinha Nigéria é rica em petróleo e gás, que representam cerca de 10% do seu produto interno bruto. No entanto, o setor elétrico da Nigéria é espantosamente pequeno. O Brasil, um país com tamanho populacional similar, gera 24 vezes o poder da Nigéria. O país tem como objetivo diversificar seu mix de energia com o uso de energia solar fotovoltaica barata e assinou 14 contratos de IPP totalizando 1.075 MW de capacidade. Ainda assim, nenhum desses projetos chegou ao fim financeiro no momento em que foi escrito.

Fontes do Banco de Desenvolvimento de África (AfDB) disseram à revista pv que o governo nigeriano considera que os contratos assinados de IPP oferecem aos investidores uma tarifa muito elevada. Portanto, mesmo que o governo não queira cortar retroativamente as tarifas, ele criou um novo plano para atrair investidores a aceitar uma tarifa mais baixa. O plano prevê novas garantias que cobrem os investidores de PV do risco de o governo nigeriano não cumprir suas obrigações contratuais. A mesma fonte do BAD explicou que as garantias serão emitidas pelo BAD e pelo Banco Mundial a pedido do governo nigeriano. Até o momento, a Nigéria não chegou a um acordo com nenhum dos investidores por trás dos IPPs.

No entanto, Ije Ikoku Okeke, da Abuja Electricity Distribution Company, e Dolapo Kukoyi, da Detail Commercial Solicitors - ambos membros do painel de discussão sobre a Nigéria - afirmaram que o setor de eletricidade do país está atualmente insolvente, e o governo precisa redefini-lo. “Como uma empresa de distribuição, estamos aguardando a grande reformulação do setor”, acrescentou Okeke.

Angola

Angola, rica em petróleo, tentou até recentemente impedir que a maioria dos investidores estrangeiros fizesse negócios no país. José Eduardo dos Santos, que até 2017 era o presidente de Angola há 38 anos, e seus cúmplices controlavam estritamente as atividades empresariais do país. No entanto, com a recente mudança na presidência veio uma nova lei de investimentos a partir de julho de 2018. A legislação torna mais fácil para empresas estrangeiras operar no país.

Poderá haver também uma oportunidade para os investidores solares, dado que Angola publicou um plano relativo aos anos de 2018 a 2022, que prevê 500 MW de nova capacidade de energia renovável. Antonio Belsa Da Costa, Secretário de Estado de Energia de Angola, disse ao fórum que o país está a trabalhar com o Banco Mundial e o BAD para desenvolver regulamentos que irão reger o investimento de 500 MW. Da Costa acrescentou que o país realizou estudos de viabilidade para a energia solar e estão abertos a respeito de possíveis usinas fotovoltaicas instaladas, uma vez que o país não é muito interconectado e não há população suficiente em alguns lugares. Em suma, o plano de ação de 500 MW é um alvo muito fraco, mas também indica que mesmo estados ricos em petróleo não podem ignorar PV.

Cabo Verde

Cabo Verde é um exemplo de como um país de pequena dimensão não tem necessariamente falta de potencial solar. O ministro da Indústria, Comércio e Energia de Cabo Verde, Alexandre Dias Monteiro, disse ao fórum que a eletrificação da nação - que atravessa um arquipélago de 10 ilhas vulcânicas no Oceano Atlântico - é de 93% hoje, contra apenas 30% nos anos 90. “Atualmente, 18% da nossa eletricidade vem do vento e apenas 2% vem da energia solar”, acrescentou Monteiro, que disse que em algumas ilhas, a penetração de energia renovável chega a 30% às vezes, sem qualquer armazenamento no sistema.

Cabo Verde aponta mais alto, no entanto. Até 2025 planeja desenvolver 160 MW de energia eólica solar e 90 MW de energia eólica, a fim de alcançar 30% de penetração de energia renovável em todas as suas ilhas.

Monteiro explicou que o ministério já identificou as áreas para desenvolver os novos projetos solares e eólicos que serão construídos com contratos de IPP. Para enfrentar a natureza intermitente das energias renováveis, Cabo Verde também pretende utilizar 640 MWh de armazenamento de energia, principalmente através de baterias nas ilhas menores e um projeto de armazenamento bombeado na maior ilha de Santiago. A estabilidade política e econômica da pequena nação deu aos delegados do fórum a confiança de que Cabo Verde pode implementar seu plano.

Guiné-Bissau

A Guiné-Bissau, uma nação de 1,5 milhão de habitantes na costa da África Ocidental, tem apenas 17 MW de capacidade instalada. O país tinha um programa para instalar mais energia de 2010 a 2015, mas muitos projetos não avançaram devido a problemas políticos, disse João Saad, secretário de Estado da Energia.

Hoje, o país depende principalmente do financiamento dos bancos de desenvolvimento para construir novas capacidades, enquanto o seu plano de energia também depende muito dos países vizinhos (por exemplo, o Senegal) para exportar eletricidade. A população rural da Guiné-Bissau não se beneficia da eletricidade da rede, disse Saad.

No entanto, a Guiné-Bissau recentemente ofereceu uma usina solar fotovoltaica de 20 MW, que o ministro da energia revelou que entrará em construção nos próximos oito meses. O ministro não revelou a empresa vencedora, mas a revista pv aprendeu que a licitação foi ganha por uma empresa chinesa que ofereceu um preço muito competitivo pelo acordo de compra de energia. Infelizmente, o país também desenvolve usinas a diesel, com pelo menos 15 MW definidos para iniciar a construção e 5 MW que estão sendo testados atualmente.

Libéria

O mercado de energia da Libéria é um caso extremo, com o país enfrentando um sério déficit de infraestrutura. Seu sistema de eletricidade foi destruído na guerra civil do país, que terminou em 2003.

O ministro de Minas e Energia, Gesler Murray, disse ao fórum que a tarifa de geração de eletricidade é de US $ 0,35 / kWh, o que é insuportavelmente alto. Murray disse que o país espera que uma nova linha de eletricidade conectando-a este ano ou no início do próximo ano a um estado vizinho reduza a tarifa. Ao todo, a Libéria instalou 126 MW de capacidade de energia e criou uma nova instituição para distribuir licenças para IPPs, já que espera atrair financiamento do Banco Europeu de Investimento e do banco de desenvolvimento alemão, o KfW.

Uganda

O humor do fórum para o Uganda foi bastante edificante após as recentes notícias de que a Metka EGN, uma EPC grega, construiu uma instalação PV privada de 10 MW em Uganda para a Tryba Energy da França. O projeto venderá eletricidade para a Companhia de Transmissão de Eletricidade de Uganda.

No entanto, a ministra de Energia e Desenvolvimento Mineral de Uganda, Irene Muloni, ficou bastante desapontada. Muloni disse que seu país tem um recorde ruim de eletrificação de 27%, mas pretende atingir 60% de eletrificação nos próximos 10 anos. Para fazer isso, Uganda quer explorar tanto seu abundante urânio quanto seus recursos energéticos renováveis, afirmou Muloni, que decepcionou o setor de energia fotovoltaica não apenas porque ela não tinha metas específicas de energia fotovoltaica, mas também porque insistia em planos de energia nuclear. Ela não disse como Uganda vai se dar ao luxo de desenvolver a energia nuclear.

Gana e Quênia

Gana e Quênia são dois países que decepcionaram bastante os investidores de PV, e isso não parece mudar em breve.

Mami Dufie Ofori, da comissão reguladora de serviços públicos de Gana, disse ao fórum que o regulador disse ao governo de Gana que tem capacidade suficiente. Dado que o país pretende atingir 10% de penetração de renováveis ​​até 2030, Ofori disse que o mix de energia precisará mudar. No entanto, as novas energias renováveis ​​precisarão trabalhar em conjunto com as usinas de combustíveis fósseis existentes e a recuperação de custos também deve ser considerada.

O Quênia enfrenta problemas semelhantes. Eric Mwangi, assessor sênior do ministro de Energia do Quênia, disse ao fórum que o país tem 900 MW de capacidade que não usa. Joshua Choge, da Companhia Geradora de Eletricidade do Quênia (KenGen), também acrescentou que a KenGen tem um mandato para fornecer eletricidade barata e sustentável aos clientes. Por esta razão, a KenGen tem encomendado grandes capacidades de energia geotérmica, e continuará a fazê-lo. Portanto, parece que a energia geotérmica conquistou a energia solar como a fonte de energia mais barata e confiável para fornecer aos consumidores.

Onde os dois países correspondem é uma relutância em adotar a energia solar em escala de utilidade pública e também a questão da capacidade excessiva. No caso do Quênia, por exemplo, Choge disse que muitos quenianos usam diesel e que a parte ocidental do país não é adequadamente eletrificada.

No caso de Gana, Husein Matar, sócio da firma de capital privado de energia e recursos Denham Capital, disse ao fórum que apesar da questão de excesso de oferta, ele também vê demanda reprimida, com muitas indústrias freqüentemente usando sua própria energia cativa (por exemplo, diesel) porque é mais barato que a energia da rede. Portanto, ambos os países precisam de estratégias de energia que abordem essas questões, para que possam decidir como podem fornecer aos clientes fontes confiáveis ​​de energia.

Critérios de investimento

Martin Haupts, CEO do Phanes Group, um desenvolvedor de energia solar e gestor de ativos que se concentra em projetos de escala, distribuído e fora da rede, disse que “há três fatores principais que levamos em consideração em nossa seleção de projetos: viabilidade financeira, macro clima do país e impacto na comunidade ”.

Da mesma forma, Bhavtik Vallabhjee, chefe de energia, serviços públicos e infraestrutura do Absa Bank, disse à revista pv que “para o patrocinador certo e os projetos adequadamente estruturados, veríamos projetos de energia em escala de utilidade, fora da rede ou distribuídos”. Vallabhjee acrescentou que “muitos projetos de grande escala são financiados por projetos, o que exige muito crédito”, enquanto “financiamento de projetos exige que uma infinidade de riscos seja examinada, analisada e mitigada antes do financiamento… o risco-país é um dos muitos riscos que consideramos na avaliação de projetos a financiar. ”

Dia da Inovação no solo de Charrúa

Epicentro latino-americano uruguaio para falar sobre energias renováveis.

Foto: Wikimedia Commons / Desi burgos

Com o apoio da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA sigla), o Ministério da Indústria, Energia e Mineração do Uruguai e do Escritório de Infra-estrutura da Suécia, foi inaugurado no país sul-americano Innovation Day um espaço para a troca de idéias entre especialistas e autoridades uruguaias com seus pares das nações vizinhas para falar sobre a geração de energia a partir de energias renováveis.

Olga Otegui, subsecretária de Indústria do governo anfitrião: "O intercâmbio nos permitirá tentar ver essas inovações emergentes, como elas podem nos inspirar e nos informar de alguma maneira para continuar no caminho dessa transformação e continuar incorporando a energia renovável".

Reunida como a que foi desenvolvida na última terça e quarta-feira, a IRENA organiza a cada dois anos na Alemanha, agora com o apoio do governo uruguaio, a agência internacional de energia organizou um workshop entre tomadores de decisão sobre soluções inovadoras para atingir 100% de energia proveniente de fontes renováveis.

Um dos temas relevantes do Dia da Inovação foi a descarbonização do setor elétrico global, o que está de acordo com os objetivos do Acordo de Paris da Organização das Nações Unidas.

Em uma das tabelas de análise foi enfatizado que o processo de descarbonização exigirá um aumento significativo de energias renováveis ​​na geração total até 2050.

Dentro de três décadas, energias limpas, como solar e eólica, representarão 60% da energia total gerada no mundo.

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Endereço: Av. Djalma Batista, 705 - São Geraldo, Manaus - AM - CEP: 69053-355

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Local: Casa do Eletricista Centro
Endereço: Rua: Silva Ramos, 949 - Centro, Manaus - AM - CEP: 69025-030

Vídeos:





Contato

(92) 99291-6729 Diretor Josias Tavares
Site: www.brasilcursossolar.com


A feira SNEC, apresenta o futuro PV superior a 400 Wp

Olhando para o futuro, publique a SNEC

Na esteira da feira da SNEC de 2019 em Xangai, o analista-chefe da PV InfoLink, Corrine Lin, investiga as novas tecnologias de células e módulos que foram exibidas na feira.

Corrine Lin é Analista Chefe da PV InfoLink de Taiwan. Ela trabalha em condições de mercado, preços de mercado à vista, expansões de capacidade e tecnologia de produção em toda a cadeia de suprimentos. Imagem: revista pv / David Tacon

No mesmo ano, os fabricantes de PV, fornecedores de materiais e fornecedores de equipamentos usam o show da SNEC em Xangai para revelar seus novos produtos e planos. Ao contrário do ano passado, quando muitas empresas anunciaram planos de expansão de capacidade, 2019 viu os fabricantes enfatizar seus esforços de P & D e inovações tecnológicas, vários dos quais merecem destaque.

Saída do módulo superior a 400 W

No ano passado, apenas alguns fabricantes exibiram módulos de 72 células e 400 W +. Mas este ano, esses módulos de maior saída foram uma visão comum na SNEC, com vários fabricantes tentando alcançar níveis de saída acima de 400 W. Em particular, este ano, mais fabricantes apresentaram módulos do tipo n no show da SNEC. Empresas como JinkoSolar, Jolywood e Trina Solar exibiram todos os módulos TOPCon, enquanto a Jinergy, GS Solar, Tongwei, Risen e CIE Power exibiram módulos de heterojunção (HJT). Entre eles, os módulos HDT de segunda geração da GS Solar integram tecnologias HJT e interdigitated back contact (IBC). Além disso, a SunPower revelou seus novíssimos módulos IBC de célula de 6 polegadas.


Dado que a área de superfície do módulo não se tornará indefinidamente maior, montar mais células fotovoltaicas ou reduzir o espaçamento entre elas é outra maneira de melhorar a saída. Além da tecnologia de telhas, que se tornou mais comum nos últimos dois anos, 2019 viu o surgimento de tecnologias similares como pavimentação, espaçamento estreito, sobreposição e superposição de solda - todos os quais o PV InfoLink categoriza como módulos de “alta densidade”.

As técnicas de sobreposição de soldagem e sobreposição aumentam o ganho na absorção de luz, organizando as células cortadas de maneira sobreposta. Ao contrário dos módulos shingled, que conectam células com pasta condutora, essas técnicas envolvem fita altamente elástica. Superposição de soldagem e sobreposição também requer menos esforço para acomodar essas duas tecnologias em produção do que as telhas. Este ano, a Jinko, a Trina e a HaiTai Solar apresentaram módulos sem intervalos.

Módulos pavimentados, que já foram expostos na PV Expo Japan no início deste ano, são diferentes da superposição de soldagem e sobreposição. Em vez de sobrepor as células solares, os módulos pavimentados usam fitas elásticas e triangulares para conectar as células meio cortadas com firmeza, para reduzir o espaçamento e adicionar mais células aos módulos, sem perder a área de superfície absorvente de luz.

"Adicionado célula" e wafers maiores

Além das tecnologias de célula ou módulo de alta eficiência, muitos fabricantes obtêm uma produção maior, reunindo mais células, conhecidas como módulos de “célula adicional”, ou aumentando o tamanho da bolacha. No início deste ano, algumas empresas produziram em massa módulos de 78 células até 400 W, adotando a técnica de meio corte. No entanto, como a eficiência real dos módulos de células adicionadas não é aumentada significativamente, os módulos de 60 e 72 células permanecerão predominantes.

Para as bolachas mono-Si, o quadrado cheio de 158,75 mm será o desenho mais adotado no segundo semestre do ano. Apenas alguns fabricantes usam wafers maiores que isso. LG e Hanwha Q Cells, por exemplo, usam wafers M4 (161,7 mm), enquanto a Longi está promovendo wafers de 166 mm.


Para módulos tipo p exceder 400 W, é mais viável adotar tecnologias de módulos, montar mais células ou usar wafers maiores. Os módulos de alta densidade oferecem melhor eficiência do que os designs de meio corte, barramento múltiplo ou células adicionadas. As abordagens de superposição de soldagem e espaçamento estreito ganharam muita atenção dos fabricantes de módulos, já que eles só precisam ajustar o equipamento existente para acomodar os dois.

Se as novas tecnologias irão conquistar participação de mercado depende da maturidade de materiais e tecnologias, bem como do desenvolvimento de fornecedores de equipamentos. Se o desenvolvimento ocorrer sem problemas, é provável que as empresas vejam alguma canibalização do mercado de módulos shingled. Isso também fará com que as empresas do módulo reavaliem seus roteiros de tecnologia para módulos de alta densidade.

Elenco mono de volta no centro das atenções

O método de fundição mono tornou-se muito mais maduro do que há apenas oito anos, com melhorias em eficiência e aparência. Além disso, a transição para wafers maiores faz com que o elenco mono se destaque por sua competitividade em custo e taxa de rendimento. No entanto, o elenco mono ainda precisa superar problemas como densidade de deslocamento, aparência e relação preço-desempenho. Apesar de ser um pouco mais barato que o mono-Si, alguns acreditam que os clientes não vão preferir os produtos mono-fundidos porque eles têm menor eficiência. Se esses problemas puderem ser solucionados, os produtos mono-lançados poderão conseguir participação de mercado.

Durante a SNEC, GCL - o gigante mono-fundido - anunciou um acordo de 6 GW para cooperar com a Canadian Solar, Astronegy, Sunport Power e Akcome. O grupo também revelou um plano para completar upgrades para 1.400 fornos de fundição em 2020. Portanto, a produção em escala maior de mono fundido é esperada após o terceiro trimestre.

Recentemente, o setor de módulos viu um aumento nos volumes de pedidos para produtos mono-fundidos. Embora alguns fabricantes de células e módulos continuem conservadores em relação ao elenco, a maioria das empresas planeja desenvolver esses produtos. A PV InfoLink acredita que os fabricantes de wafers multi-Si e células multi-Si irão girar para produzir mono. No entanto, os movimentos desses fabricantes dependerão do desenvolvimento de empresas líderes, bem como do volume de pedidos, a partir do segundo semestre do próximo ano.

A tecnologia de módulos está inovando a um ritmo mais rápido este ano. No lado do produto mono-Si, o mercado verá o tamanho dos wafer mudar para 158,75mm e a adoção de half-cut e MBB entre o segundo semestre deste ano e 2020. Como isso requer grandes ajustes de equipamentos, wafers de 166mm não se tornarão mainstream no curto prazo. Somente a multi-Si da Canadian Solar, assim como a Longi e seus parceiros de negócios, irão desenvolvê-los no curto prazo. Em termos de produtos multi-Si, o progresso é mais lento em termos de tamanho de wafer.

Do ponto de vista da demanda do mercado, como não haverá um boom imediato de instalação no mercado chinês em julho, a demanda do terceiro trimestre pode ser ligeiramente menor do que o previsto. Olhando para a situação do mercado até agora, a demanda está estável do primeiro para o terceiro trimestre, mas haverá uma recuperação significativa no quarto trimestre, como esperado.

A previsão atual de demanda projeta que a cadeia de fornecimento de produtos mono-Si terá escassez de polissilício e wafers. Como resultado, espera-se que os preços do polissilício para wafers mono-Si e mono-Si aumentem consistentemente no terceiro trimestre, enquanto os preços de células e módulos permanecerão estáveis. Os preços dos produtos multi-Si, por outro lado, serão estáveis ​​no terceiro trimestre devido a um superávit de polissilício. No entanto, a recuperação da demanda chinesa elevará os preços de wafers, células e módulos multi-Si no terceiro trimestre.


Como a saída do módulo permanece alta e pode até subir, materiais como o EVA e o vidro testemunharam fortes saltos de preço. Dado que os preços das células PERC continuam altos, assim como a tendência de alta nos preços das células multi-Si, os fabricantes que só produzem módulos registrarão menor rentabilidade, apesar da maior demanda por painéis neste ano. De fato, o setor de módulos tornou-se o setor no qual é mais difícil obter lucros ao longo da cadeia de suprimentos.

Energia fotovoltaica será tema de Seminário em Teresina

Na próxima quarta-feira, dia 26 de junho, o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Teresina) realizará Seminário com o tema: “Energia fotovoltaica, oportunidades de investimentos: condomínios, consórcios e fazendas”. O evento acontece de 14h às 18h no 8º andar do edifício da Federação das Indústrias da Construção Civil (FIEP). A proposta é discutir o uso da energia solar e as possibilidades de negócios.


A programação inicia com palestra sobre Geração Compartilhada de Energia Solar: consórcios, cooperativas e EMUCs que será ministrada pelo advogado e mestre ambiental, Ms. Aloísio Pereira Neto. Em seguida, a superintendente de Parceiras e Concessões – PPP’s, Viviane Moura, abordará as Miniusinas de Energia Solar Fotovoltaica e o Programa Piauí Solar. Já a diretora financeira da Apisolar, Maria Verbena, apresentará as Formas de Negócios ligados à energia solar. O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas aqui

De acordo com o presidente do Sinduscon, Francisco Reinaldo, o seminário esclarecerá questões sobre a demanda de mercado para construção de empreendimentos com equipamentos que geram energia fotovoltaica. “Nesse seminário mostraremos para os construtores as oportunidades que eles podem ter com essa demanda de energia solar, como na área da construção de condomínios, ou em consórcios para que você possa produzir a energia solar e dividir com outras pessoas. É exatamente isso que nós vamos estar debatendo no evento”, relata. 

O seminário tem como público-alvo toda a cadeia produtiva do segmento de energia fotovoltaica, como os fornecedores de equipamentos e profissionais que trabalham com projetos de instalação desses equipamentos, além de demais interessados pelo tema como construtores e profissionais da construção civil.

Fonte de energia deve crescer 44% no Brasil

No últimos anos o Brasil vem aumentando o incentivo para a produção e utilização de energia solar em empresas e residências e isso tem afetado positivamente na implementação de sistemas de energia solar fotovoltaica em todo o país. Para 2019, é previsto um salto de 44% na capacidade instalada de energia solar, segundo informações da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

O Piauí também começa a vivenciar este novo momento e os primeiros investimentos em energia limpa já estão acontecendo. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no Estado cerca de 92 empreendimentos fazem uso de energia renovável e 23 estão ligados à produção fotovoltaica. 

Já a capital Teresina, de acordo com o site BlueSol – Energia Solar, ocupa 33ª posição entre as cidades que possuem maior número de sistemas instalados. Ainda segundo o site é também a cidade que traz melhor retorno, isso significa que no intervalo de três anos o consumidor financeiro pode concluir o pagamento do seu gerador fotovoltaico.

Embora com pouco investimento em paralelo a outros países, o Brasil possui grande potencial para produção de energia solar, podendo contribuir muito mais com o meio ambiente. É importante pontuar que nenhuma fonte de energia é livre de impactos, mas em comparação às demais, a solar gera danos mínimos e traz muitos benefícios. A busca por formas mais sustentáveis de produção é uma preocupação no mundo inteiro, onde o foco central é o meio ambiente e o consumo consciente e acessível.

O seminário tem a correalização do SEBRAE e o apoio da Associação Industrial do Piauí, FIEPI e Cooperativa da Construção civil do Estado do Piauí – Coopercon.

Da Redação Cidade Verde

Economia sustentável deve focar na educação e fiscalização


Países defendem medidas para atingir desenvolvimento sustentável 

Representantes defendem o rigor na fiscalização ambiental para combater irregularidades 
FOTO: GOMES AVILLA/INSTITUTO BRASIL-ÁFRICA

Fatores como o crescimento não sustentável das indústrias e o mau uso dos recursos naturais provocam impactos negativos no meio ambiente. Para trocar experiências sobre o desenvolvimento sustentável, ministros, diretores e especialistas de vários países se reuniram, ontem (24), no Centro de Eventos do Ceará, na 1ª Conferência Ministerial Regional das Américas sobre Economia Verde, que vai até quarta-feira (26).

O evento funciona como uma rede estratégica para dar visibilidade a casos bem-sucedidos de investimento, além de ser um intercâmbio de soluções e experiências voltadas ao meio ambiente.

Entre os assuntos listados, estavam investimentos em educação e reforços em fiscalização, tidos como essenciais para consolidar a economia verde em todo o planeta, de acordo com os representantes. Especialistas afirmaram que países que conciliaram ações educativas e estimularam o diálogo entre o setor produtivo e a sociedade não enfrentam resistências em introduzir práticas ambientais que reduzam a poluição.

Oportunidades

O presidente do Instituto Brasil-África, João Bosco Monte, diz que a cidade foi escolhida para sediar o evento porque atualmente é destaque entre as demais. O fato, explica, pode suscitar outras possibilidades para o turismo sustentável e ecológico e para o desenvolvimento de negócios. "A beleza do evento é conhecermos o que tem de bom no nosso entorno. O Estado tem se apresentado como um hub de discussões, gerando muitas oportunidades para as empresas que têm relação com o assunto", pontua.

O Ceará tem se destacado no que diz respeito às produções agrícolas sustentáveis, principalmente no interior. Isso faz com que o Estado ganhe um destaque nacional quando comparado aos demais que aderem à economia verde, conforme a secretária de Política Agrária da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), Rosângela Moura.

Uso eficiente de energia - Empresários participaram de palestras sobre os benefícios da eficiência energética para empresas, condomínios e instituições

Workshop Eficiência Energética aconteceu na última segunda-feira (10), no auditório do JCPM Trade Center.

É com o objetivo de incentivar o consumo eficiente e esclarecer os impactos do desperdício de energia que a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) promove atividades no Recife, em Caruaru e em Petrolina. Na última segunda-feira, no auditório do JCPM Trade Center, no bairro do Pina, zona sul do Recife, a empresa realizou o primeiro Workshop de Eficiência Energética. O evento foi organizado pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) e contou com mais de 220 inscritos.

As atividades, que fazem parte do Programa de Eficiência Energética da CELPE, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), são direcionadas para os setores residencial, comercial, serviços, industrial e poder público (municipal, estadual e federal). No Recife, oito especialistas palestraram durante todo o dia, apresentando os benefícios que uma gestão eficiente pode trazer para um negócio ou condomínio habitacional em termos de custo, produtividade e sustentabilidade. O evento também possibilitou que os participantes sanassem suas dúvidas diretamente com os palestrantes, através de um quadro de perguntas e respostas.

A ideia do workshop é atrair atenções para a Chamada Pública de Projetos, mecanismo instituído pela Aneel que recebe dos próprios consumidores novas ideias para o combate ao desperdício de energia. Um edital é lançado anualmente, convocando a sociedade para apresentar projetos de eficiência energética que estejam de acordo com os critérios técnicos estabelecidos, entre eles a viabilidade econômica das ações propostas. Neste ano, o edital foi lançado entre março e maio, mas há a perspectiva de fazer uma nova chamada ainda em 2019.

João Gabriel Pereira de Almeida (Especialista em projetos de Iluminação Artificial).
Luiz Pessoa/JC360

“Nossos clientes precisam saber que existem recursos disponíveis para projetos de eficiência energia. A ideia do workshop surgiu da necessidade de difundir esse conhecimento, buscando atrair mais adesão às chamadas públicas para que um número maior de consumidores possam economizar energia”, explica a gerente de Eficiência Energética da Neoenergia, Ana Mascarenhas. “Nós esperávamos 200 inscritos, mas superamos as expectativas, então conseguimos atingir a nossa meta e passar as orientações para um bom número de pessoas”, acrescenta.

Para a Celpe, o workshop de eficiência energética é uma oportunidade para estreitar o relacionamento com o cliente e apresentar novos projetos que trazem benefícios para o sistema elétrico e a sociedade. “Além da sustentabilidade dos seus negócios, eles têm uma redução significativa da energia, que muitas vezes é o principal custo para empresas e residências”, comenta o superintendente de Relacionamento com o Cliente da Celpe, Pablo Andrade. “Aqui no evento já recebemos vários feedbacks positivos. Uma vez que nossos clientes sabem como podem participar dos projetos de eficiência energética, isso naturalmente traz um ganho muito grande”, complementa.

O gestor de Eficiência Energética da Celpe, Daniel Sarmento, falou dos mecanismos da Chamada Pública com o intuito de esclarecer todas as dúvidas dos participantes. “A chamada pública é a porta de entrada para o Programa de Eficiência Energética. Os interessados devem inicialmente buscar parcerias com uma empresa de engenharia que vai ajudar a construir o projeto e identificar oportunidades de eficiência energética da unidade consumidora. Essa parceria é importante porque a empresa que elaborar a proposta será responsável por toda a realização do projeto”, explica.

Alberto Fossa (dir. executivo da ABRINSTAL e especialista em energia pela ONU).
Luiz Pessoa/JC360

Especialistas

O workshop reuniu especialistas de determinadas áreas em dois ambientes com atividades simultâneas. Na sala A, palestraram o diretor executivo da ABRINSTAL, Alberto Fossa, e o engenheiro eletricista João Gabriel Pereira. De acordo com Alberto Fossa, o conceito de gestão energética começou a se materializar em 2008 e precisa estar mais presente nas empresas.

“O primeiro passo é mudar a cultura nas organizações. As pessoas, quando pensam em eficiência energética, imaginam trocar as lâmpadas por LED, mas na verdade você precisa atuar de forma muito mais ampla”, salienta Alberto Fossa. “Muitas vezes o conceito é aplicado para indústrias, mas hoje em dia, do ponto de visto do consumo mundial, as edificações são um grande polo consumidor de energia. Então precisamos falar mais sobre isso”, afirma ele.

João Gabriel Pereira falou sobre os impactos da iluminação artificial nas empresas. “Dependendo do negócio, a iluminação pode ser responsável por mais da metade da energia consumida por uma empresa. É importante entender esses fatores para reduzir os custos operacionais. Além disso, um bom sistema de luz pode melhorar a produtividade de uma empresa em até 10%”, cita o especialista.

Tomaz Cleto (especialista em sistemas de climatização e ar condicionado). - Luiz Pessoa/JC360

Já na sala B do evento, os participantes aproveitaram uma tarde de palestras com Tomaz Cleto, vice-presidente de eficiência energética da ABRAVA e especialista em sistemas de climatização e ar condicionado, e Rodolfo Pinheiro, gestor de energia e especialista em eficiência energética no SENAI-IST Energia em São Paulo.

Tomaz abordou a temática da climatização eficiente. Os sistemas de ar condicionado estão presentes em diversos campos de atuação, como residências, edifícios comerciais, hospitais e laboratórios, na indústria e galpões de logística. Esses sistemas, que estão aliados ao aspecto do conforto ambiental, quando eficientizados podem gerar retornos financeiros para as empresas.

“É extremamente sensível investir em sistemas de ar-condicionado eficientes, não só apenas na questão de equipamento, mas toda a concepção do sistema para que tenha meios de ter um consumo menor no prédio, por exemplo, no sistema como um todo. É extremamente importante ter esse olhar sempre”, esclarece Tomaz.

Rodolfo Pinheiro (Gestor de Energia e Especialista em Eficiência Energética no SENAI - IST ENERGIA). - Luiz Pessoa/JC360

Após essa palestra, Rodolfo Pinheiro falou sobre a importância da atuação na gestão de energia e da eficiência energética na indústria, um dos grandes consumidores no setor elétrico. “As ações de eficiência energética direcionadas a indústria acabam trazendo um impacto muito grande sobre o setor elétrico no geral. Para indústria, por outro lado, a energia tem participação cada vez maior nos custos de produção, então a gente fazer eficiência energética na indústria, trabalhar a eficiência, impacta diretamente na competitividade dessa Indústria. A partir do momento que se consegue fazer eficiência energética, é possível reduzir seus custos com insumos energéticos e automaticamente à competitividade dela frente aos seus concorrentes diretos aumenta e melhora”, completa Rodolfo.


Daniel Sarmento (Gestor da Unidade de Engenharia e Projetos de Eficiência Energética). - Luiz Pessoa/JC360

Ana Mascarenhas (Gerente de Eficiência Energética da Neoenergia). - Luiz Pessoa/JC360

Ana Mascarenhas e Daniel Sarmento durante palestra no workshop. - Luiz Pessoa/JC360

Workshop aconteceu no auditório do JCPM Trade Center. - Luiz Pessoa/JC360

Pablo Andrade e Leonardo Lopes, ambos da Celpe, fizeram parte da programação da manhã. - Luiz Pessoa/JC360

Programação contou com o dia todo de palestras. - Luiz Pessoa/JC360

Para finalizar cada turno de palestras, os participantes aproveitaram coffee end. - Luiz Pessoa/JC360

Evento contou com mais de 220 inscritos. - Luiz Pessoa/JC360

FONTE: JC Online

Mercado fotovoltaico de média tensão de Marrocos vai abrir este ano

A legislação de energia renovável do país será atualizada para expandir a medição líquida de projetos conectados à rede de média tensão, abrindo caminho para uma onda de instalações descentralizadas.

Hoje é a última sessão do Fórum de Energia da África, que foi realizado em Lisboa. 
Imagem: Ilias Tsagas / pv magazine

Uma sessão de painel no Fórum de Energia da África, que termina hoje em Lisboa, examinou o mercado de energia do Marrocos e incluiu uma apresentação de Mohammed Ghazali, secretário-geral do Ministério de Energia, Minas e Desenvolvimento Sustentável.

Ghazali disse aos delegados que a Lei 13-09 sobre energia renovável será atualizada este ano para permitir a medição líquida de projetos de energias renováveis ​​que se conectam à rede de média tensão.

T ele legislação, atualmente, apenas permite projetos medidos líquidos ligadas à rede de alta tensão e que satisfaçam pelo menos 80% das necessidades de eletricidade anuais do usuário, garantindo a medição de líquidos está disponível somente para grandes consumidores industriais. Como resultado, apenas um pequeno número de projetos de energia eólica foi desenvolvido através do esquema de medição líquida.

Espera-se que uma mudança para a rede de média tensão seja um fator de mudança, com a maioria dos grandes consumidores de eletricidade conectados a essa rede.

Ponto de viragem

Harry Boyd-Carpenter, chefe de energia para a região da Europa, Oriente Médio e África no Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) disse aos delegados em Lisboa que a energia renovável de Marrocos está agora em um ponto crítico.

Até o momento, ele disse, a nação desenvolveu principalmente projetos de grande escala. Agora, o BERD sente que o mercado se abrirá para esquemas menores através da Lei 13-09 alterada.

O BERD, disse Boyd-Carpenter, investirá no novo segmento do mercado porque os projetos de energia renovável no Marrocos são rentáveis ​​graças a um sistema bancário robusto e crédito barato. Marrocos, de acordo com o representante do BERD, oferece altos volumes de capacidade de geração de energia renovável a preços muito competitivos. Uma razão fundamental para isso, disse ele, é que o Marrocos definiu uma estratégia de energia renovável em um estágio inicial do desenvolvimento do setor, permitindo metas de longo prazo às quais o governo aderiu de maneira confiável.

O fato de o Marrocos ter promovido a apropriação local de projetos e o treinamento de pessoal local durante o desenvolvimento do setor foi outro fator de sucesso, acrescentou Boyd-Carpenter.

Alvos

O secretário-geral Ghazali disse ao fórum que o Marrocos instalou cerca de 2 GW de energia fotovoltaica, concentrando a capacidade solar e eólica e pretende atingir 10 GW até 2030, principalmente através de novas instalações fotovoltaicas e eólicas.

Da nova capacidade esperada, 1,2 GW poderia chegar na forma de PV descentralizada via rede de medição de rede de média tensão, acrescentou Ghazali.

O Marrocos atualmente gera 65% de sua energia a partir de fontes de combustível convencionais, principalmente termelétricas. A Hydro e, em menor escala, a energia solar e eólica, garantem que mais de 30% da energia da nação venha de fontes renováveis.

Africa Energy Forum: $ 0.09/kWh a norma para a energia solar africana

Escala de utilidade solar sob o modelo IPP, ao invés de mini e micro redes, representa o futuro imediato para a energia solar africana. Imagem: Ilias Tsagas / pv magazine.
O 21º Fórum de Energia da África, este ano em Lisboa, começou ontem e vai até sexta-feira. A reunião oferece uma visão sobre os mercados de energia do continente.

A nova energia solar na África pode ser estabelecida a uma taxa corrente de apenas nove centavos de dólar por quilowatt / hora, segundo investidores no dia de abertura do Fórum de Energia da África.

Os Estados devem embarcar em uma corrida pelo ouro solar para garantir investimento global para projetos liderados pelo produtor independente de energia (IPP), disseram os delegados no evento, que está sendo realizado em Lisboa nesta semana.

Embora esquemas como o programa Scaling Solar, administrado pelo braço do Banco Mundial do setor privado, a Corporação Financeira Internacional possa levar a tarifas ainda mais baixas, os países africanos que não querem participar da iniciativa ainda podem garantir energia solar de nove centavos usando o modelo IPP, afirmaram os delegados.

O ministro da Energia de Burkina Faso, Bachir Ismael Ouedraogo, levantou o valor de US$ 0,09 / kWh e disse ao fórum que a geração de eletricidade de seu combustível fóssil é cara, a US$ 0,20-0,25 / kWh.

Ritmo mais rápido exigido

Apesar do custo decrescente da tecnologia fotovoltaica e do crescente interesse de potenciais investidores, o ritmo do desenvolvimento solar na África é lento, argumentou Andrew Herscowitz, coordenador da Power Africa, uma iniciativa dos EUA estabelecida pelo ex-presidente Barack Obama para ampliar o acesso à eletricidade no continente.

Muitas vezes, acrescentou Herscowitz, os ministros africanos da energia encorajam projetos de energias renováveis ​​apenas para perceber que os ministros não fazem ideia ou se opõem ativamente ao seu desenvolvimento.

Ele acrescentou, a diversidade de culturas vistas em todo o continente de 54 nações também torna vital considerar como os locais realizam negócios.

Os investidores não esperarão para sempre e seguirão para outros mercados promissores, como a Índia, a menos que os estados africanos trabalhem com eles para fechar os projetos de forma oportuna, alertou Herscowitz. 

O representante da Power Africa não pareceu esperançoso de que as mini e micro redes ofereceriam uma alternativa aos projetos IPP, principalmente porque tais esquemas ainda não são comercialmente viáveis. Em vez disso, argumentou Herscowitz, os projetos solares em escala de utilidade oferecem o caminho para o desenvolvimento da energia na África.

O foco do governo seria necessário, acrescentou Herscowitz, para designar locais de desenvolvimento e trazer políticas de apoio para permitir que os gasodutos de capacidade de geração solar em escala gigawatt ganhassem forma em muitos estados africanos na próxima década.

Cinco módulos PV quentes e takeaways de células da SNEC

Apesar de não contar com a enxameação de multidões de anos anteriores, a SNEC de 2019 em Xangai permaneceu como um ponto focal da indústria fotovoltaica global quando se trata de fabricação e tecnologia de células solares industriais e módulos. Aqui estão cinco dicas de tecnologia da equipe da revista pv no show floor e nas sessões da conferência.

Módulos pavimentados em exibição na SNEC 2019. Imagem: revista pv / Dave Tacon.

A humilde célula solar percorreu um longo caminho em dez anos e, de certa forma, parece que o ritmo da mudança está se acelerando. No entanto, os fabricantes de energia solar permanecem conservadores quando se trata de novas tecnologias e as mudanças incrementais, e não incrementais, ainda são a norma. Incremental ainda pode ser poderoso, especialmente quando executado em escala.

Eficiência e potência continuam a subir

Aumentos crescentes de eficiência de módulos e células estavam em exibição na SNEC este ano. Já se foram os dias em que os pontos de referência, como um módulo de 400 Wp ou 20% de célula de contato posterior com emissor passivo PERC, eram a palavra final. As melhorias mais recentes parecem estar ocorrendo em um ritmo mais rápido do que anteriormente, com transições de grande escala para conceitos de células de alta eficiência e a adoção de novas tecnologias de módulos sendo implantadas quase da noite para o dia.

Multidões no SNEC deste ano. Imagem: revista pv / Dave Tacon

O impulso por trás do mono PERC estava claro na SNEC. Algumas das conquistas de eficiência alcançadas usando o mono PERC - juntamente com um emissor seletivo - foram excelentes. Produtores como a Risen estão buscando um roteiro de eficiência celular ao norte de 22,5% na tecnologia PERC tipo p. Na parte frontal do módulo, foram implantadas abordagens pavimentadas - onde as células com metade do corte se sobrepõem ligeiramente na vertical. A técnica pavimentada vai por vários nomes, incluindo azulejos ou sem intervalos. Os visitantes também viram a técnica de interconexão de células de solda sem costura, o que exige fitas de interconexão mais flexíveis e alguns provedores de longarina podem fornecer equipamentos automatizados. A vantagem pode ser considerável, com os fabricantes de módulos afirmando que isso poderia levar a saída do módulo de grande formato para 500 W.

Olhando para o futuro, alguns visitantes da SNEC previram que os atuais roteiros de aprimoramento de eficiência de célula e módulo poderiam ser muito conservadores. Alguns acreditam que os módulos de 500 Wp dos fabricantes tradicionais podem ser apresentados já no próximo ano, com wafers maiores e formam um fator. Em termos de célula, a eficiência de conversão de 25% pode não estar muito distante. Para que as eficiências das células atinjam esse marco, novas tecnologias serão necessárias, com o PERC tendo atingido seu limite fundamental. Em comparação, o 10º Roteiro Tecnológico Internacional para o Relatório Fotovoltaico publicado pela Associação Alemã da Indústria de Engenharia Mecânica espera que os módulos de 144 meios celulares atinjam 420 Wp para o PERC mono em 2029.

Mono PERC, TOPCon tipo n, HJT e talvez perovskita

Roteadores de tecnologia de células solares entre os principais fabricantes continuam a incorporar a evolução em vez da revolução, embora haja sinais de que poderiam estar mudando. Atualizações PERC de linhas de células continuam a ser feitas, com mono PERC absolutamente mainstream.

O próximo passo para as linhas de produção parece ser uma mudança para os contatos seletivos de portadores passivados de óxido tipo n e TOPCon - em particular. A atualização de uma linha de célula PERC tipo-p para o TOPCon tipo n não é um desafio pequeno, mas a despesa não é proibitiva, de acordo com alguns fabricantes. Vale a pena notar, porém, que neste estágio de seu desenvolvimento, algumas linhas TOPCon não estão fornecendo um aumento de eficiência tão significativo no PERC - particularmente quando as células são incorporadas em um módulo. Por exemplo, os módulos exibidos pela Trina Solar implementaram o PERC mono e o TOPCon lado a lado na SNEC 2019, com eficiências de módulo de 20,4% e 20,7%, respectivamente.

Para novas linhas celulares, parece haver uma verdadeira tecnologia de apetite por heterojunção (HJT), com os fabricantes executando linhas-piloto ou anunciando planos significativos de expansão de HJT. A Tongwei informou que começará a produção em uma linha de heterojunção de 400 MW em julho, com planos de expansão para 1 GW no próximo ano. Ressuscitou planos de construir uma heterojunção de 2,5 GW com os primeiros 500 MW de equipamentos instalados até o final do próximo ano.

E parece haver um potencial considerável para a HJT fornecer um grande aumento nas eficiências. O fabricante cingapuriano REC divulgou sua linha de módulos Alpha HJT na Intersolar no mês passado. O fornecedor de equipamentos HJT é a Meyer Burger e durante a SNEC o fabricante de ferramentas suíço disse que com engenheiros experientes executando a linha HJT em plena produção, grandes ganhos de eficiência acima dos resultados iniciais de cerca de 22,4% no nível do módulo seriam esperados - 25% de eficiência celular marco pode estar à vista.

Uma perovskita Centrotherm em exibição na SNEC. Imagem: revista pv / Dave Tacon.

Olhando para o futuro, as perovskitas foram amplamente discutidas durante a SNEC e exibidas por um punhado de fabricantes e fornecedores de equipamentos. Centrotherm da Alemanha mostrou suas células de perovskita como "o próximo passo" na fabricação de PV. A equipe PV de Oxford estava presente e o chefe de tecnologia Chris Case fez uma apresentação muito falada sobre o potencial LCOE (custo nivelado de eletricidade) das células HJT tandem de alta eficiência. Para não ficar para trás, as empresas chinesas também estão ativas na tecnologia. O fabricante de células Tongwei está a meio caminho de um projeto de pesquisa e comercialização de três anos e exibiu uma célula de perovskita em seu estande. Startups perovskitas caseiros, como a Hangzhou Microquanta, também estão buscando a tecnologia.

Wafers são grandes e mono-like

Uma maneira aparentemente simples de aumentar a eficiência, particularmente em um nível de módulo, é aumentar o tamanho dos wafers PV. Enquanto os movimentos graduais para aumentar os tamanhos de wafer já foram discutidos há algum tempo, Longi está liderando wafers de 166 mm em um esforço para torná-los o novo padrão. O gigante mono não está sozinho, com a Jinko implantando wafers maiores em sua série Swan.

Os desafios permanecem para os wafers maiores, particularmente quando incorporados em módulos necessariamente maiores. A alteração do fator de forma do módulo pode torná-los inadequados para projetos de repotencialização ou alguns projetos de rooftops comerciais e industriais.

Com o mono continuando a demonstrar uma competitividade superior ao PV multicristalino, o que os fabricantes farão com suas muitas dezenas de GW de capacidade de produção multicristalina? Uma resposta em potencial veio na forma de elenco mono, também conhecido como mono-like ou quase mono. Embora a tecnologia já exista há algum tempo, parece que numerosos produtores de lingotes e bolacha estão dobrando os esforços para aumentar o rendimento semelhante ao mono. Ao contrário do mono, apenas parte do lingote fundido é de estrutura e desempenho monocristalino. A melhor maneira de lidar com as seções externas do lingote, provavelmente multicrystalline de baixa qualidade, permanece uma questão em aberto.

Questões de propriedade intelectual

Foi há apenas um ou dois anos que a tecnologia de módulos shingled era de ponta, porque reduzia o espaço do módulo morto, maximizando a produção. Módulos de telha foram menos prevalentes neste ano, no entanto, com os visitantes atribuindo a mudança para as preocupações de PI. Representantes da SunPower - que demonstrou sua disposição de proteger agressivamente seu IP - estiveram presentes em Xangai, à medida que a empresa busca expandir sua série de módulos Maxeon made-in-China.

Em alguns círculos, a China tem sido descrita como o Velho Oeste quando se trata de tecnologia solar IP. Críticos alegam que produtos falsificados surgiram em toda a cadeia de suprimentos chinesa e, se fosse esse o caso, por que as preocupações com PI só estão surgindo agora?

Poderia haver duas dinâmicas em jogo. Em primeiro lugar, o mercado doméstico chinês tornou-se cada vez mais incerto em face de mudanças regulatórias, exigindo que os fornecedores chineses procurassem no exterior compradores - para mercados onde eles encontrarão pedidos de PI. A segunda é as ações judiciais PERC da Hanwha Q Cells, lançadas em partes da Europa, EUA e Austrália. Pode muito bem acontecer que essa importante ação legal, que afeta alguns fornecedores chineses, possa ter aguçado o foco da indústria em PI.

Consolidação crescente

Embora esteja longe de ser o caso de a indústria de PV da China estar com dificuldades, há sinais de que a consolidação há muito esperada está ganhando força. Curiosamente, parece que isso afetará não apenas as empresas Nível 2 ou 3, mas também os principais participantes, embora saídas potenciais de nível 1, aquisições ou fusões estejam sendo discutidas como rumores nesta fase, em vez de anúncios oficiais. A revista pv estará acompanhando os leads nas próximas semanas.

O Tongwei fica em Xangai. Imagem: revista pv / Dave Tacon.

Juntamente com esses rumores informais, também houve transações significativas de fornecimento e transações anunciadas durante a SNEC. Uma participação majoritária na GCL New Energy Holding foi vendida para a China Huaneng Group, um dos maiores grupos estatais de energia da China. A GCL também anunciou 6 GW de contratos de fornecimento mono wafer para a CSI, Chint, Sunport e Akcome.

O gigante de telefonia celular Tongwei Group disse que fez uma parceria com a Longi em uma parceria estratégica que dará a este último acesso preferencial ao polissilício da Tongwei, enquanto a Tongwei pode garantir o fornecimento de wafers mono da Longi para seu negócio de células.