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MME aprova manual regulatório para Novo Mercado de Gás


Comitê homologa orientação voluntária aos estados para harmonização das regulações no setor de gás natural.

O Comitê de Monitoramento da Abertura do Mercado de Gás Natural (CMGN) aprovou na última terça-feira, 27 de abril, o Manual Orientativo de Boas Práticas Regulatórias voltadas à prestação dos serviços locais de gás canalizado. O objetivo do material é promover a harmonização das regulações federal e estaduais para o setor de gás natural, um dos pilares do Programa Novo Mercado de Gás, respeitando a competência dos estados, com sua adoção sendo voluntária.

Segundo o secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia (MME) e coordenador do CMGN, Bruno Eustáquio, o documento é produto da dedicação dos membros do comitê em busca das melhores práticas e de interação com os estados, estando em linha com a Resolução nº 16, de 24 de junho de 2019, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que recomenda incentivar os estados e o Distrito Federal a adotarem reformas e ações estruturantes para distribuição do insumo.

Também está alinhado com a Nova Lei do Gás, a Lei nº 14.134, de 8 de abril de 2021, que estabelece que a União, por intermédio do MME e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), deverá articular-se com os entes federados para a harmonização e o aperfeiçoamento das normas atinentes à indústria de gás.

“Para uma transição completa os estados têm papel fundamental em permitir a devida apropriação dos ganhos de competitividade dos segmentos à montante da distribuição para o consumidor final”, afirma Eustáquio.

O documento foi submetido a Consulta Pública nº 12/2020, entre setembro e outubro de 2020, recebendo cerca de 300 comentários de 18 agentes e instituições industriais. A análise dessas contribuições está disponível no documento de Apreciação dos Comentários.

O que é hidrogênio?

O hidrogênio é o elemento químico mais leve do universo e é capaz de se ligar a outros átomos de hidrogênio, formando um gás que apresenta diversas utilizações
Imagem de Florencia Viadana no Unsplash

O hidrogênio é o elemento químico de menor massa atômica (1 u) e menor número atômico (Z=1) entre todos os elementos conhecidos até hoje. Apesar de estar posicionado no primeiro período da família IA (metais alcalinos) da Tabela Periódica, o hidrogênio não apresenta características físicas e químicas semelhantes aos elementos dessa família e, por isso, não faz parte dela. De uma forma geral, o hidrogênio é o elemento mais abundante de todo o universo e o quarto elemento mais abundante no planeta Terra.

O hidrogênio apresenta características únicas, ou seja, ele não se assemelha a nenhum outro elemento químico conhecido pelo ser humano. Comumente, o hidrogênio participa da composição de diversos tipos de substâncias orgânicas e inorgânicas, como o metano e a água Quando não faz parte de substâncias químicas, ele é encontrado exclusivamente na forma gasosa, cuja fórmula é H2.

No seu estado natural e sob condições normais, o hidrogênio é um gás incolor, inodoro e insípido. É uma molécula com grande capacidade de armazenar energia e por esse motivo sua utilização como fonte renovável de energia elétrica e térmica vem sendo amplamente pesquisada.

Descoberta do hidrogênio

Em meados do século XVI, Pareselsvs resolveu colocar alguns metais em reação com ácidos, e acabou obtendo o hidrogênio. Embora testado anteriormente, Henry Cavendish conseguiu separar o hidrogênio dos gases inflamáveis e o considerou um elemento químico em 1766.

Não ser um metal e muito menos um ametal compõe a sua peculiaridade na Tabela Periódica. Em 1773, Antoine Lavoisier deu ao componente químico o nome de hidrogênio, que deriva do grego hydro e genes, e significa gerador de água.

Hidrogênio na natureza
  • O hidrogênio faz parte da composição química de diversas substâncias orgânicas (proteínas, carboidratos, vitaminas e lipídios) e inorgânicas (ácidos, bases, sais e hidretos);
  • No ar atmosférico, está presente no formato gasoso, representado pela forma molecular H2, que se forma através da ligação covalente entre dois átomos de hidrogênio;
  • O hidrogênio também compõe as moléculas de água, importante recurso para a vida.

Fontes de hidrogênio

Na Terra, o hidrogênio não é encontrado em sua forma mais pura, e sim na forma combinada (hidrocarbonetos e derivados). Por esse motivo, o hidrogênio deve ser extraído de diversas fontes. As principais fontes de hidrogênio são:
  • Gás Natural;
  • Etanol;
  • Metanol;
  • Água;
  • Biomassa;
  • Metano;
  • Algas e Bactérias;
  • Gasolina e Diesel.

Características do hidrogênio atômico
  • Possui três isótopos (átomos de mesmo número atômico e diferentes números de massa), sendo eles o prótio (1H1), deutério (1H2) e o trítio (1H3);
  • Apresenta apenas um nível eletrônico;
  • Possui um único próton em seu núcleo;
  • Possui apenas um elétron em seu nível eletrônico;
  • O número de nêutrons depende do isótopo - prótio (0 nêutrons), deutério (1 nêutron) e trítio (2 nêutrons);
  • Possui um dos menores raios atômicos da Tabela Periódica;
  • Possui maior eletronegatividade que qualquer elemento metálico;
  • Possui maior potencial de ionização que qualquer elemento metálico;
  • É um átomo capaz de se transformar em um cátion (H+) ou um ânion (H-).

A estabilidade do átomo de hidrogênio é alcançada quando ele recebe um elétron na camada de valência (a camada mais externa de um átomo). Em ligações iônicas, o hidrogênio interage exclusivamente com um metal, ganhando um elétron dele. Já em ligações covalentes, o hidrogênio compartilha seu elétron com um ametal ou com ele mesmo, formando ligações simples.

Características do hidrogênio molecular (H2)
  • Em temperatura ambiente, é sempre encontrado no estado gasoso;
  • É um gás inflamável;
  • Seu ponto de fusão é de -259,2°C;
  • Seu ponto de ebulição é de -252,9°C;
  • Possui massa molar igual a 2 g/mol, sendo o gás mais leve;
  • Apresenta uma ligação covalente sigma, tipo s-s, entre os dois átomos de hidrogênio envolvidos;
  • Entre os átomos, existe compartilhamento de dois elétrons;
  • Possui geometria molecular do tipo linear;
  • Suas moléculas são apolares;
  • Suas moléculas interagem por meio de forças dipolo induzido.

O hidrogênio molecular possui grande afinidade química com diversos compostos. Essa propriedade diz respeito à capacidade que uma substância tem de reagir com a outra, pois mesmo se duas ou mais substâncias forem colocadas em contato, mas não houver afinidade entre elas, não ocorrerá a reação. Desse modo, ele participa de reações como hidrogenação, combustão e simples troca.

Formas de obtenção do hidrogênio molecular (H2)

Método físico

O hidrogênio molecular pode ser obtido a partir do ar atmosférico, já que é um dos gases presentes nessa mistura. Para isso, é necessário submeter o ar atmosférico ao método de liquefação fracionada e, em seguida, à destilação fracionada.

Método químico

O hidrogênio molecular pode ser obtido por meio de reações químicas específicas, como:

Simples troca: reação na qual um metal não nobre (Me) desloca o hidrogênio presente em um ácido inorgânico (HX), formando um sal qualquer (MeX) e o hidrogênio molecular (H2):

Me + HX → MeX + H2

Hidratação do carvão coque (subproduto do carvão mineral): nessa reação o carbono (C) do carvão interage com o oxigênio da água (H2O), formando monóxido de carbono e o gás hidrogênio:

C + H2O → CO + H2

Eletrólise da água: quando a água é submetida ao processo da eletrólise, ocorre a formação dos gases oxigênio e hidrogênio:

H2O(l) → H2(g) + O2(g)

Utilidades do hidrogênio
  • Combustível para foguetes ou carros;
  • Maçaricos de arco voltaico (utilizam energia elétrica) para cortar metais;
  • Soldas;
  • Sínteses orgânicas, mais precisamente em reações de hidrogenação de hidrocarbonetos;
  • Reações orgânicas que transformam gorduras em óleos vegetais;
  • Produção de haletos de hidrogênio ou ácidos hidrogenados;
  • Produção de hidretos metálicos, como o hidreto de sódio (NaH).

Bomba de hidrogênio

A bomba de hidrogênio, bomba H, ou bomba termonuclear é a bomba atômica que tem o maior potencial de destruição. Seu funcionamento decorre de um processo de fusão nuclear, motivo pelo qual também pode ser chamada de bomba de fusão.

A explosão de uma bomba de hidrogênio decorre do processo de fusão, o qual acontece sob temperaturas altíssimas, aproximadamente 10 milhões de graus Celsius. O processo de produção dessa bomba se inicia com a união dos isótopos do hidrogênio, chamados de prótio, deutério e trítio. A junção dos isótopos de hidrogênio faz com que o núcleo do átomo gere ainda mais energia, isso porque são formados núcleos de hélio, cuja massa atômica é 4 vezes maior do que a do hidrogênio.

Assim, o núcleo que era leve passa a ser pesado. Por isso, o processo de fusão nuclear é milhares de vezes mais violento do que o de fissão. A força de uma bomba de hidrogênio pode chegar a 10 milhões de toneladas de dinamites, liberando material radioativo e radiação eletromagnética em um nível muito superior ao das bombas atômicas.

O primeiro teste de uma bomba de hidrogênio, em 1952, liberou uma quantidade de energia equivalente a cerca de 10 milhões de toneladas de TNT. Vale ressaltar que esse tipo de reação é a fonte de energia das estrelas como o Sol. Ele é composto de 73% de hidrogênio, 26% de hélio e 1% de outros elementos. Isso é explicado pelo fato de ocorrerem reações de fusão em seu núcleo, em que átomos de hidrogênio se fundem originando átomos de hélio.

Curiosidades sobre o hidrogênio
  • O hidrogênio molecular é mais leve que o ar e foi utilizado em dirigíveis rígidos pelo conde alemão Ferdinand von Zeppelin, daí o nome dos dirigíveis;
  • O hidrogênio molecular pode ser sintetizado por algumas bactérias e algas;
  • O hidrogênio pode ser utilizado na produção de combustível de energia limpa;
  • O gás metano (CH4) é uma fonte de hidrogênio de crescente importância.

Hidrogênio verde: um combustível cheio de potencial para salvar o clima

No sentido da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente, “hidrogênio verde" é um termo utilizado para se referir ao hidrogênio obtido a partir de fontes renováveis, em um processo no qual não haja a emissão de carbono. Diferente dos combustíveis fósseis, o aproveitamento energético do hidrogênio raramente se dá por sua combustão, mas sim por meio de uma transformação eletroquímica, realizada em células conhecidas como células a combustível.

Nesses equipamentos, o oxigênio existente na atmosfera se combina com o hidrogênio, produzindo energia elétrica e água. Ou seja, o processo de geração de energia por meio de células a combustível em si não impacta o meio ambiente, razão pela qual pode-se classificá-lo como sendo um processo limpo.

Por que razão a UE precisa de metas vinculativas para as energias renováveis ​​e o gás descarbonizado para uma Europa sem clima neutro?

Entrevista: O Energy Charts, desenvolvido pelo Instituto Fraunhofer para Sistemas de Energia Solar (ISE), mostra que a mudança do carvão para o gás na Alemanha reduziu as emissões de CO2 em um terço em junho. Numa transição a nível europeu, o Secretário-Geral da Eurogás, James Watson, considera que as reduções até 45% serão possíveis até 2030. O sector do gás também está disposto a fazer a transição para energias renováveis ​​e gases descarbonizados até meados do século. No caso das tecnologias de energia para o gás, é possível reduzir o custo a médio prazo, comparável à curva de experiência da energia fotovoltaica, explicou Watson.

Imagem: Vattenfall

A Eurogas declarou recentemente que apóia a meta da UE de se tornar neutra em CO2 até 2050. Que contribuição pode a indústria do gás fazer?

Os membros da Eurogas estão totalmente comprometidos com o objetivo da Comissão Européia de alcançar a neutralidade de carbono em 2050. Estamos satisfeitos que Ursula von der Leyen, a nova Presidente da Comissão, tenha feito disso uma clara prioridade política e trabalhe para introduzir legislação para isso em seu primeiros 100 dias. A meta de neutralidade de carbono pode ser alcançada da maneira mais econômica possível e da maneira menos perturbadora socialmente, utilizando todas as fontes de energia que temos - incluindo o gás. O gás será necessário para cumprir nossos objetivos climáticos, e assim a indústria pode dar uma contribuição importante, já que também faremos nossa própria transição do gás natural para uma mistura de gases renováveis ​​e descarbonizados em 2050.

Qual seria a importância de um preço de CO2 a nível europeu ou de um imposto sobre o CO2 a este respeito?

Precisamos encontrar os instrumentos políticos adequados para impulsionar a mudança para reduzir as emissões de carbono. Na Eurogas, estamos discutindo as várias opções, incluindo impostos e preços de CO2. Vemos o desenvolvimento de tais ideias em muitos países e é provável que a discussão se espalhe para o contexto europeu. Dada a necessidade de unanimidade em Bruxelas em questões de tributação, a probabilidade de tal imposto à escala da UE é limitada, no entanto, os países individuais são livres de seguir as suas próprias políticas fiscais, pelo que esperaria ver os impostos nacionais de CO2 em desenvolvimento.

O que seria uma opção à escala da UE, se não funcionar com um único imposto sobre o CO2?

Na Eurogas, apoiamos o ETS e as reformas para torná-lo mais eficaz - esta é uma chave para aumentar o custo do carbono na Europa e para impulsionar a mudança entre os maiores emissores de CO2. Sobre a questão de um imposto para os setores não relacionados ao ETS, ainda estamos discutindo qual será nossa posição na Eurogas - então fique atento a isso!

Um relatório recente do ISE Fraunhofer se encaixa neste projeto, com o aumento do uso de usinas a gás em vez de usinas de energia movidas a carvão reduzindo as emissões de CO2 em um terço só na Alemanha em junho. Qual seria o potencial para toda a Europa se as usinas a gás substituíssem cada vez mais as usinas termoelétricas a carvão?

Isso é realmente encorajador. Isso mostra que há poucos frutos pendurados que podem ser rapidamente utilizados para causar um impacto imediato na redução das emissões de CO2 na Europa. Em 2017, a Eurogas fez um estudo que mostrou que a troca de usinas a carvão por usinas a gás resultaria em uma redução de 45% na Europa até 2030. Isso certamente seria a base para uma redução geral de CO2 de 55% se as soluções de baixo carbono fossem também aplicadas em áreas como transporte, onde as emissões aumentaram continuamente na Alemanha nos últimos anos.

No entanto, para uma Europa neutra em termos de emissões de CO2, não basta bastar substituir as centrais eléctricas a carvão por centrais eléctricas a gás. O hidrogênio verde está atualmente no radr de todos, mas a tecnologia ainda está engatinhando. Que desenvolvimentos nos custos e tecnologias você espera nos próximos anos e que contribuição o hidrogênio verde pode trazer para a entrega de uma Europa neutra em CO2 até 2050?

Absolutamente. Precisamos ver o desenvolvimento de diferentes gases para aumentar as chances de atingir nossa meta de neutralidade de carbono. O hidrogênio verde, ou gás hidrogênio produzido a partir de eletricidade renovável, é um vetor importante que esperamos ver impulsionado na próxima década. A tecnologia é realmente nova, mas os brotos verdes da vida estão sendo vistos na UE para o crescimento deste setor.

O que é necessário para um desenvolvimento rápido e bem sucedido do setor?

Um de nossos membros é a ITM Power, fabricante de eletrolisadores, que recentemente aumentou seu local de produção em quatro vezes. Assim, a demanda está chegando, precisamos de uma política industrial concertada para apoiar os fabricantes europeus de eletrolisadores para garantir que a Europa continue liderando a produção, não apenas a implantação, de tecnologias limpas de que precisamos para combater as mudanças climáticas. Isto proporcionará benefícios sociais e ambientais para a Europa.

E qual o custo de desenvolvimento que você espera?

Atualmente, a maioria dos eletrólitos é feita sob encomenda na Europa e, portanto, com uma abordagem mais automatizada, podemos esperar que as reduções de custo sigam a curva de experiência da solar bem de perto. Poderíamos prever uma redução nos preços de até 70-80%, e possivelmente mais, na próxima década. Tudo depende das políticas que implementamos tanto no lado da demanda quanto do lado da oferta. Por exemplo, a França tem uma meta de 10% de gás renovável até 2030, dentro disso há uma meta secundária de 3% para o hidrogênio verde. Este chute inicia a demanda e resultará em reduções de preço no lado da produção. A Eurogas apoia metas para o gás renovável e descarbonizado por essa mesma razão.

Que outras tecnologias de poder-para-gás poderiam desempenhar um papel importante em 2050 que pode não estar no radar hoje?

Atualmente, existem três tipos principais de tecnologias de energia para o gás e vemos potencial para cada um deles, todos baseados no uso de eletrolisadores. Então essa tecnologia será indispensável. Uma variedade combina o hidrogênio com o dióxido de carbono para criar metano, que pode ser usado de acordo com o gás natural. Essa variedade de poder-para-gás também pode se desenvolver fortemente. O estudo de 2017 da Eurogas poderia prever um mercado forte para esse tipo de gás, e atualmente estamos revisando isso em um novo estudo que será lançado em outubro. Então, felizmente, compartilharei mais detalhes.

A "velha" Comissão da UE começou a trabalhar no pacote de gás. Isto deve agora ser continuado sob a nova liderança. O que você espera a respeito depois da eleição de Ursula von der Leyen?

Na Eurogas, esperamos que a nova Comissão torne uma prioridade assegurar que o pacote de gás seja antecipadamente oportuno, uma vez que todos os estudos de base estejam completos. Esperamos, então, que a Comissão se comprometa com metas para o gás renovável e descarbonizado, bem como para garantir que o sistema de garantias de origem também funcione para o hidrogênio. Esperamos também que a nova Comissão coloque a estratégia industrial no seu centro e desenvolva um programa de apoio aos fabricantes de tecnologias limpas na Europa - como os fabricantes de electrolisadores - para garantir a manutenção do emprego e do crescimento econômico aqui na Europa. Isso acabará por ajudar a construir o apoio público para a transição energética, uma vez que poderão ver o benefício direto da mudança para a renda familiar.

Hidrogênio verde une gás natural em oleodutos australianos

A gigante de gás canadense ATCO revelou seu Hub de Energia Limpa em Jandakot, que irá explorar o potencial do hidrogênio para uso doméstico em aparelhos a gás. No mesmo dia, o governo da Austrália Ocidental lançou uma estratégia de hidrogênio renovável e anunciou a criação de um fundo de hidrogênio verde de US$ 10.

O Hub de Inovação em Energia Limpa irá integrar o hidrogênio “verde” criado pela electrólise da água - utilizando a energia solar para separar as moléculas de hidrogênio da água. Imagem: ARENA

O Clean Energy Innovation Hub, operador de rede de gás de propriedade do Canadá, que investiu US $ 3,6 milhões, encarregado de investigar o papel potencial do hidrogênio no futuro mix energético, foi oficialmente revelado em Jandakot na quinta-feira. No mesmo dia, o governo da Austrália Ocidental lançou uma estratégia para estabelecer rumos para o futuro do hidrogênio renovável do estado.

As instalações da ATCO possuem uma microrrede, compreendendo aproximadamente 1100 painéis solares, capazes de gerar 300kW de potência e 400kWh de baterias. Com o sistema fotovoltaico capaz de produzir dois volumes médios, os requisitos de energia diários das instalações, o excesso de energia solar é parcialmente armazenado em baterias, enquanto o restante é usado para alimentar um eletrolisador e produzir hidrogênio. O hidrogênio é armazenado como combustível para um gerador de reserva ou misturado com gás natural.

Além de testar o uso de hidrogênio em diferentes configurações e aplicações, inclusive em eletrodomésticos, o hub da Jandakot fornecerá insights para otimizar as soluções de armazenamento e distribuição de hidrogênio, misturando hidrogênio com gás natural e usando hidrogênio como combustível de equilíbrio para suportar a rede. O projeto foi sustentado por US$ 1,5 milhão em financiamento da Agência Australiana de Energia Renovável (ARENA).

"É muito encorajador ver o setor investindo em novas tecnologias e auxiliando na pesquisa para um futuro energético mais limpo e mais verde na Austrália Ocidental", disse o ministro da Energia, Bill Johnston. "O governo McGowan está avançando com reformas para modernizar a estrutura e o design do mercado de energia da Austrália Ocidental para fornecer energia mais limpa e mais acessível a todos os consumidores".

Na última medida, o governo da WA lançou sua Estratégia de Hidrogênio Renovável buscando posicionar o estado como um grande produtor e exportador de hidrogênio renovável. Para apoiar projetos em terra, o governo estabeleceu um Fundo de Hidrogênio Renovável de US$ 10 milhões para facilitar o investimento do setor privado na indústria de hidrogênio renovável.

Com suas vastas fontes de energia renovável, incluindo energia solar e eólica, grande massa de terra, um forte setor de exportação de energia existente e proximidade com a Ásia, a WA está bem posicionada para explorar importantes mercados de hidrogênio, como o Japão e a Coréia. A estratégia do governo define quatro áreas de foco estratégico: exportação, aplicações em indústrias localizadas remotamente, mistura de hidrogênio em redes de gás natural e transporte usando veículos elétricos movidos a célula de combustível.

"Este [hidrogênio] é uma grande oportunidade para a WA, mas não ocorrerá sem investimentos significativos e prazos de entrega: essa estratégia e nosso Fundo de Hidrogênio Renovável são os primeiros passos nesse caminho", disse a ministra do Desenvolvimento Regional, Alannah MacTiernan. “Precisamos construir nosso mercado interno de hidrogênio e nossa base de habilidades, para impulsionar a transição para as indústrias existentes e aproveitar essa oportunidade para a economia da WA, apoiando empregos regionais e crescimento.”

A estratégia da WA segue o lançamento de um documento similar em Queensland. Sob sua estratégia de hidrogênio de US$ 19 milhões , o governo estadual disponibilizou recursos para uma linha de novos projetos de hidrogênio em todo o estado. Enquanto isso, a estratégia nacional de hidrogênio do governo federal se aproximou com a divulgação de documentos de consulta.

Baterias solares plus pretendem aposentar plantas de gás natural em 2019


Durante anos, os defensores do gás natural referiram-se a ele como um "combustível de ponte", uma fonte de energia interina a caminho de um futuro distante dominado pela energia renovável. Esse dia distante parecia representar uma ameaça imediata. Não mais.

No ano passado, representantes da Conferência Mundial de Gás começaram a se referir ao gás natural como um “combustível de destino”, ao mesmo tempo em que um estado dos EUA, após o outro, suspendeu os planos para as usinas de gás natural.

O nervosismo deriva dos preços em queda dos painéis solares e do armazenamento das baterias. As usinas de gás natural são a escolha histórica para as “usinas de pico”, que fornecem eletricidade durante os períodos de maior demanda. Embora raramente usados ​​(apenas alguns dias por ano, em média), eles são essenciais para evitar desmaios.

Agora, os desenvolvedores de projetos solares estão entrando nesse território. Desenvolvedores de energia solar estão oferecendo preços menores por novas usinas de eletricidade do que plantas de gás natural, mesmo depois de adicionarem baterias. Em dezembro, o Credit Suisse confirmou que o armazenamento solar em escala maior já era mais barato do que as usinas de pico de gás em muitos casos.

Depois de anos em crise, as instalações de armazenamento de energia dos EUA, principalmente baterias de íons de lítio, estão decolando, tendo aumentado 57% para 338 MW em 2018 em relação ao ano anterior, segundo estimativas da Wood Mackenzie Power & Renewables. Globalmente, 6 gigawatts-hora foram instalados em todo o mundo.


A GE e a Siemens tentam descarregar seus negócios de turbinas a gás natural à medida que as vendas caem. Em maio de 2018, a GE reduziu em mais da metade sua previsão de vendas para o negócio de usinas de gás natural para serviços pesados, dizendo que a demanda permaneceria no nível reduzido até 2020.

"Provavelmente daqui a 100 anos petróleo e gás não valerão nada", alerta especialista

A energia solar e as baterias de armazenamento se tornarão massivas no futuro e substituirão os combustíveis fósseis, disse Álvaro Ríos, diretor da consultoria Gas Energy Latin America.

Carro elétrico (foto: AFP).

O avanço tecnológico em direção a combustíveis mais baratos significaria que em poucas décadas o petróleo e o gás perderão o valor que têm agora, estimou Álvaro Ríos, diretor da consultoria internacional Gas Energy Latin America.

"Com a aceleração que estamos indo para baterias de armazenamento e energia solar, provavelmente em 100 anos, petróleo e gás não valerão nada", disse Ríos durante sua apresentação em um evento organizado esta semana pela Sociedade Peruana de Hidrocarbonetos.

Nos países desenvolvidos, o uso de energia solar e baterias de armazenamento (em casas, veículos, etc.) já está crescendo , então estima-se que no futuro seu uso se espalhe pelo mundo.

O especialista disse que, por essa razão, o Peru deve racionalizar o uso de seus recursos, como petróleo e gás natural , sem negligenciar os padrões ambientais.

"Para isso, será fundamental que as licenças e permissões ambientais não sejam infinitas. Se o Peru resolver essa questão, seria um grande passo ", afirmou o ex-ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia.

Ele também disse que até agora o Pipeline Sul Gas falhou "porque não pode ser ancorada a uma planta de GNL no final do projeto e exportar o gás ou Chile ou no exterior , " ele disse Rios.

"Então, o lote 58 é como uma reserva e não pode ser monetizado. É um problema social e político que os peruanos têm que debater. Se as empresas não puderem monetizar seu gás e seu petróleo, o investimento privado não virá ", disse ele.

5 tendências em energia renovável para os próximos 30 anos.

Redução dos custos das baterias é a grande tendência de longo prazo, segundo relatório anual da Bloomberg New Energy Finance.


A queda nos custos de baterias para armazenamento de energia e seu uso proliferado devem pavimentar o caminho para um futuro de geração mais limpa, segundo relatório anual da Bloomberg New Energy Finance divulgado nesta semana, o New Energy Outlook (NEO).

Para atender às mudanças na demanda e no suprimento, o estudo prevê que o investimento global no aumento da capacidade de baterias chegará a US$ 548 bilhões até 2050.

O relatório mostra ainda que as fontes eólica e solar devem representar 50% da geração mundial até meados do século. Ao mesmo tempo, o poluente carvão deve encolher para apenas 11% da geração global de eletricidade no mesmo período.

Confira a seguir as tendências que prometem sacudir o tabuleiro energético mundial nos próximos anos, segundo o estudo da BNEF.


Baterias

A BNEF prevê que os preços da bateria de íon-lítio, que já caíram cerca de 80% por megawatt-hora desde 2010, continuarão a cair à medida que a produção de veículos elétricos aumente ao longo dos anos 2020.

O estudo estima que US$ 548 bilhões sejam investidos em baterias até 2050, dois terços disso conectados à rede e um terço instalado em residências e empresas.


Geração de baixo carbono

O mix de eólica e solar deverá representar quase 50% da geração de energia mundial até 2050 devido à redução drástica de custos dessas tecnologias e ao advento de baterias mais baratas, o que permitirá que a eletricidade seja armazenada e descarregada conforme a demanda.

Nas próximas três décadas, US$ 11,5 trilhões deverão ser investidos em nova capacidade de geração de energia, com US$ 8,4 trilhões deste total em eólica e solar, e outros US$ 1,5 trilhão em outras tecnologias de carbono zero, como hidrelétrica e nuclear. Esse investimento produzirá um aumento de 17 vezes na capacidade solar fotovoltaica em todo o mundo e um aumento de seis vezes na capacidade de energia eólica.


Indústria do carvão

As perspectivas para a indústria do carvão não são nada animadoras. O estudo estima que a queima de carvão nas usinas cairá 56% entre 2017 e 2050. Para os analistas da BNEF, essa queda oferece uma projeção mais otimista para as emissões de carbono do que o relatório do ano passado. O estudo prevê um aumento das emissões globais do setor elétrico de 2% em 2017 para um pico em 2027 e depois uma diminuição de 38% em 2050.

No entanto, isso ainda significaria que o setor energético global não cumpriria sua parte do esforço de manter os níveis globais de CO₂ abaixo de 450 partes por milhão, considerado suficiente para limitar o aumento da temperatura média global a dois graus centígrados e evitar as piores previsões das mudanças climáticas.


Gás

Já para o gás, o futuro é mais reconfortante. O papel do gás no mix de geração evoluirá, com aumento na construção e utilização de usinas elétricas para proporcionar suporte para as energias renováveis, em vez de produzir a chamada eletricidade de carga base ou contínua. A BNEF estima que a geração a gás terá um aumento de 15%, entre 2017 e 2050, embora sua participação na eletricidade global caia de 21% para 15%.


Transporte eletrificado

O crescimento do setor de transportes elétricos também influenciará o tabuleiro energético mundial, representando 9% da demanda total até 2050. Com base em outro estudo da BNEF, o Electric Vehicle Outlook, os veículos elétricos representariam 28% das vendas globais de carros novos até 2030 e 55% até 2040. Os ônibus elétricos devem dominar seu nicho, alcançando 84% de participação global até 2030. Mercado brasileiro: Há dois caminhos para o carro elétrico vingar no Brasil ).

5 tendências em energia renovável para ficar de olho

Redução dos custos das baterias é a grande tendência de longo prazo, segundo relatório anual da Bloomberg New Energy Finance.

(NanoStockk/Thinkstock)

A queda nos custos de baterias para armazenamento de energia e seu uso proliferado devem pavimentar o caminho para um futuro de geração mais limpa, segundo relatório anual da Bloomberg New Energy Finance divulgado nesta semana, o New Energy Outlook (NEO).

Para atender às mudanças na demanda e no suprimento, o estudo prevê que o investimento global no aumento da capacidade de baterias chegará a US$ 548 bilhões até 2050.

O relatório mostra ainda que as fontes eólica e solar devem representar 50% da geração mundial até meados do século. Ao mesmo tempo, o poluente carvão deve encolher para apenas 11% da geração global de eletricidade no mesmo período.

Confira a seguir as tendências que prometem sacudir o tabuleiro energético mundial nos próximos anos, segundo o estudo da BNEF.

Baterias

A BNEF prevê que os preços da bateria de íon-lítio, que já caíram cerca de 80% por megawatt-hora desde 2010, continuarão a cair à medida que a produção de veículos elétricos aumente ao longo dos anos 2020.

O estudo estima que US$ 548 bilhões sejam investidos em baterias até 2050, dois terços disso conectados à rede e um terço instalado em residências e empresas.

Geração de baixo carbono

O mix de eólica e solar deverá representar quase 50% da geração de energia mundial até 2050 devido à redução drástica de custos dessas tecnologias e ao advento de baterias mais baratas, o que permitirá que a eletricidade seja armazenada e descarregada conforme a demanda.

Nas próximas três décadas, US$ 11,5 trilhões deverão ser investidos em nova capacidade de geração de energia, com US$ 8,4 trilhões deste total em eólica e solar, e outros US$ 1,5 trilhão em outras tecnologias de carbono zero, como hidrelétrica e nuclear. Esse investimento produzirá um aumento de 17 vezes na capacidade solar fotovoltaica em todo o mundo e um aumento de seis vezes na capacidade de energia eólica.

Indústria do carvão

As perspectivas para a indústria do carvão não são nada animadoras. O estudo estima que a queima de carvão nas usinas cairá 56% entre 2017 e 2050. Para os analistas da BNEF, essa queda oferece uma projeção mais otimista para as emissões de carbono do que o relatório do ano passado. O estudo prevê um aumento das emissões globais do setor elétrico de 2% em 2017 para um pico em 2027 e depois uma diminuição de 38% em 2050.

No entanto, isso ainda significaria que o setor energético global não cumpriria sua parte do esforço de manter os níveis globais de CO₂ abaixo de 450 partes por milhão, considerado suficiente para limitar o aumento da temperatura média global a dois graus centígrados e evitar as piores previsões das mudanças climáticas.

Gás

Já para o gás, o futuro é mais reconfortante. O papel do gás no mix de geração evoluirá, com aumento na construção e utilização de usinas elétricas para proporcionar suporte para as energias renováveis, em vez de produzir a chamada eletricidade de carga base ou contínua. A BNEF estima que a geração a gás terá um aumento de 15%, entre 2017 e 2050, embora sua participação na eletricidade global caia de 21% para 15%.

Transporte eletrificado

O crescimento do setor de transportes elétricos também influenciará o tabuleiro energético mundial, representando 9% da demanda total até 2050. Com base em outro estudo da BNEF, o Electric Vehicle Outlook, os veículos elétricos representariam 28% das vendas globais de carros novos até 2030 e 55% até 2040. Os ônibus elétricos devem dominar seu nicho, alcançando 84% de participação global até 2030.

Fonte: Exame

Gás e energia solar devem ganhar espaço na matriz energética do Rio

A alternativa fotovoltaica está crescendo naturalmente – Coober/Divulgação

O gás natural e a energia solar devem ganhar mais relevância na matriz energética do Rio de Janeiro nos próximos 15 anos, segundo estudo do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ) e da Subsecretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

O documento traça dois cenários, um de referência e outro alternativo, em que a busca por eficiência energética se dá de forma mais intensa. Para o pesquisador Amaro Pereira, do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, o estudo mostra que o estado precisa se beneficiar da disponibilidade de gás natural.

“O preço da energia no estado do Rio é muito alto, se comparado com os outros estados do Brasil. E o gás não é tão mais alto. Isso pode ser importante para a indústria, que está atrás de fontes que não sejam tão caras”.

Em 2016, o gás natural respondia por uma fatia de 34% das fontes de energia utilizadas no estado. Esse patamar deve subir para ao menos 40%, em 2031. No melhor dos cenários, o gás pode atingir 44% de participação, o dobro do petróleo e derivados. A conversão de veículos automotores para gás, a demanda industrial e o aumento da utilização de gás natural em chuveiros, por exemplo, devem contribuir para o cenário.

Energia solar

No que diz respeito à geração de energia elétrica, o gás natural deve ter um aumento de 19% para 29%. Quando o cenário de maior eficiência energética é considerado, o gás atinge 28% de participação, e a energia solar salta de 0% em 2016, para 6% em 2031. O cenário mais eficiente considera a revitalização das usinas de biomassa, que terão participação de 3% na geração de energia elétrica.

O superintendente de energia da Subsecretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Sergio Guaranys, defendeu que o poder público deve atuar para impedir que barreiras prejudiquem a busca por menores custos de energia.

“A política pública virá orientando e evitando criar barreiras para o desenvolvimento e a redução de custos. A política publica é não ser obstáculo para reduzir custos”.

Segundo a pesquisa, o Rio de Janeiro tinha, em 2017, 2,2 mil residências com painéis solares para geração de energia. Esse número deve aumentar de forma acelerada, chegando a 331,3 mil unidades em 2031.

“A alternativa fotovoltaica está crescendo naturalmente e bastante”, destacou o superintendente, que explicou que o preço dos terrenos no estado do Rio é alto, o que favorece unidades fotovoltaicas de pequeno porte.

Mais emissões de CO2

Mesmo no melhor cenário, que inclui o crescimento da energia solar e biomassa, as energias renováveis perderão espaço para as não renováveis no estado do Rio de Janeiro. Em 2016, 12% do total produzido no estado era de fontes renováveis em 2016, o que deve cair para 9% em 2031.

A grande dependência de fontes fósseis de energia já faz com que o Rio de Janeiro produza mais emissões per capita que a média nacional. Enquanto o Brasil emitiu 2,16 toneladas de CO2 para cada habitante em 2016, o Rio de Janeiro emitiu 4,03. Em 2031, essa emissão deve crescer mais de 50% e chegar a 6,44 toneladas para cada habitante. No melhor dos cenários, também haverá crescimento considerável, para 5,74 toneladas.

Fonte: Agência Brasil

Madeira: produção de energia elétrica aumenta 2,4%, eólica dispara 39,2%

No primeiro trimestre a Madeira teve uma produção de energia elétrica de 208,9 GWh.

A produção de energia elétrica na Madeira registou um aumento de 2,4% no primeiro trimestre. Destaque para a subida assinalável da produção eólica com 39,2% e a quebra de 40,4% nos resíduos sólidos urbanos. A fonte hídrica teve um crescimento de 9,1% face ao período homólogo, de acordo com a Direção Regional de Estatística (DREM).

No primeiro trimestre a produção de energia elétrica chegou aos 208,9 GWh na Madiera o que representa uma subida de 2,4% face ao período homólogo. A fonte térmica teve uma peso assinalável nesta produção com 122,6 GWh sendo fortemente influenciada pelo diesel (96,1 GWh), dizem os dados da DREM.

A produção hídrica passou de 8,2 para os 16,8 GWh durante o primeiro trimestre na Madeira.

É de assinalar ainda a subida de 39,2% e a quebra de 40,4% a nível da produção eólica e dos resíduos sólidos face os valores registado no período homólogo. As fontes fotovoltaicas e gás natural também tiveram decréscimo nos valores de produção de energia elétrica.

Fonte: Jornal Econômico

A Gas Natural Fenosa Renovables iniciará em breve o primeiro parque eólico na Extremadura, em Plasencia


Gás Natural Fenosa Renovables formalizou nomeação para um parque eólico, o primeiro da Comunidade Autônoma da Extremadura, localizada em Cáceres, especificamente na cidade de Plasencia, com uma potência total de 40 MW.

De acordo com o procedimento estabelecido pelo Ministério de Energia, Turismo e Agenda Digital (MINETAD) para a potência conferida no leilão de renováveis ​​de maio de 2017, os premiados tiveram a obrigação de indicar neste mês de fevereiro os projetos que poderiam ser alcançados construir, permitindo em dita nomeação identificar projetos para uma potência até 50% maior que a premiada. Este projeto é o único registrado na Comunidade Autônoma.

A construção deste projeto começará em breve, e envolverá um investimento estimado de quase 40 milhões de euros.

Gas Natural Fenosa Renovables planos para lançar nos próximos meses a construção desses parques que entre os 26 identificados e uma capacidade total de 854 MW, acabará por configurar que o poder total atribuído 667 MW e terá um recurso eólico que excederá 3.000 horas de produção anual. A empresa estima que a construção destes 667 MW envolverá um investimento de cerca de 700 milhões de euros.

O resultado do leilão de maio 2017, na qual a subsidiária Gás energia renovável Natural Fenosa alcançado 22% da energia leiloada, foi um sucesso para a empresa, uma vez que ficou na frente do concedido a outro Utilitários que operam no setor energético espanhol.

A diretora da Gás Natural Fenosa Renováveis, Ana Peris, ressaltou que "o leilão permite materializar os projetos em que o grupo de energia vem trabalhando nos últimos anos, o que compõe um portfólio verdadeiramente competitivo e otimizado".

EPE-Empresa de Pesquisa Energética apoia reforma do mercado de gás

A Abraceel participou, em 09.10, de reunião das entidades ligadas ao setor de gás com o presidente da EPE, Luiz Barroso, e equipe, para discutir as mudanças no setor de gás natural que foram definidas no programa Gás para Crescer do MME.


O grupo reúne 14 instituições do setor de gás: Abraceel, Abrace, Abiape, Abiquim, Abividro, Anace, Abraget, Apine, CNI, Petrobras, Aspacer, Anfacer, Abal e Anfaeva. Durante a reunião, o grupo de instituições defendeu a agenda mínima de consenso das instituições para as reformas do setor de gás, que é dividida em três grupos:

1) Aperfeiçoamento da Estrutura Tributária
- Desvinculação do fluxo físico e contábil na incidência de tributos

2) Livre Acesso ao Mercado
- Gestão Independente do sistema de Transporte
- Acesso não discriminatório aos dutos de escoamento, UPGNs e terminais de GNL
- Diretrizes Federais para a abertura do mercado nos Estados
- Previsão para as atividades de contabilização e liquidação de diferenças

3) Estímulo à Competitividade
- Medidas de estímulo à competitividade e mitigação do self-dealing 
- Fomento ao Mercado de Curto Prazo com formação de preços transparente e eficiente
- Interligação entre o setor elétrico e de gás, buscando a otimização global

As entidades também reforçaram a importância do programa Gás para Crescer e da abertura do mercado de gás para o desenvolvimento do setor e para o sucesso das novas rodadas de licitação. As instituições também defenderam, de forma unânime, a criação de um mercado nacional de gás, com regulamentação federal para a abertura do mercado e regulamentação da atividade de comercialização, tema que foi incluído pelo MME na proposta final do Gás para Crescer.

A EPE demonstrou entendimento favorável à criação do mercado nacional de gás, reconhecendo a importância da abertura do mercado e do estímulo à competição para a evolução do setor e a atração de novos investimentos. Além disso, também foi discutida a importância da existência do livre mercado para possibilitar a revenda do GNL importado por termelétricas não despachadas pelo ONS. 

O grupo de instituições deverá se reunir novamente com o Ministro Fernando Coelho Filho para reforçar o posicionamento conjunto das 14 instituições para a reforma do setor de Gás Natural, cuja agenda mínima já foi discutida com o MME e está contemplada na versão final do Gás para Crescer.

Botijão de gás de cozinha ficará 12,2% mais caro a partir desta quarta

A Petrobras anunciou hoje (5), no Rio de Janeiro, reajuste de 12,2% para o gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, o chamado gás de cozinha, vendido em botijões de até 13 quilos. O aumento foi decidido pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp) da empresa e começa a vigorar a partir desta quarta-feira (6/11/17). 


Segundo a Petrobras, o Gemp considerou para efeito de ajustes nos preços do gás para uso residencial o cenário externo de estoques baixos, além dos reflexos de eventos climáticos, como o furacão Harvey, na maior região exportadora mundial do produto, que é a cidade de Houston, no Texas, Estados Unidos, cujos terminais permanecem fora de operação, o que afeta o mercado internacional. Com a menor disponibilidade de gás, os mercados consumidores, inclusive o brasileiro, sofreram aumento de preço. 

A estatal afirmou, entretanto, que o reajuste aplicado “não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional”. O Gemp fará nova avaliação do comportamento do mercado no próximo dia 21. 

A Petrobras destacou que o reajuste previsto foi aplicado sobre os preços praticados sem incidência de tributos. Se for integralmente repassado aos preços ao consumidor, a empresa indicou que “o preço do botijão de GLP P-13 pode ser reajustado, em média, em 4,2% ou cerca de R$ 2,44 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos”. 

A Petrobras reajustou também os preços de venda às distribuidoras do GLP destinado aos usos industrial e comercial. O aumento médio de 2,5% entra em vigor amanhã (6). 

Sindigás distribui nota 

Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) estimou que o reajuste para o gás residencial ficará entre 11,3% e 13,2%, de acordo com o polo de suprimento. 

Como o aumento não repassa de forma integral a variação de preços do mercado internacional, a entidade calculou que o preço do produto destinado a embalagens até 13 quilos ficará 16,56% abaixo da paridade de importação. Segundo o Sindigás, isso inibe investimentos privados em infraestrutura no setor de abastecimento. 

Em relação ao reajuste nos preços do gás industrial, para embalagens acima de 13 quilos, o Sindigás indicou que a variação será entre 2,4% a 2,6%, dependendo do polo de suprimento. 

O sindicato externou preocupação com o reajuste para o gás industrial, porque “afasta ainda mais o preço interno dos valores praticados no mercado internacional, impactando justamente setores que precisam reduzir custos”. 

De acordo com o Sindigás, esse aumento levará o valor do produto destinado a embalagens maiores que 13 quilos a ficar 39,94% acima da paridade de importação.

MME propõe abertura nacional do mercado de gás

Em reunião do Comitê Técnico do Gás Natural realizada no dia 24.08, o Ministério de Minas e Energia apresentou as propostas que deve encaminhar ao Congresso para aprimorar o mercado de Gás Natural. As propostas apresentadas são resultado do programa Gás Para Crescer, liderado pelo MME ao longo do último ano. A Abraceel teve participação ativa no programa e coordenou o SC4, relativo à comercialização e ao desenho de mercado.

O Ministério agrupou as propostas em três principais grupos: novo desenho do mercado de gás natural, aperfeiçoamento das regras tributárias e integração entre os setores elétrico e de gás natural.

Symone Araujo, diretora do departamento de gás natural no MME, ressaltou que os primeiros trabalhos do Gás para Crescer foram realizados para que o Ministério possa dar as diretrizes gerais, ou seja, a sinalização das principais mudanças do mercado de gás por meio de alterações legais. O detalhamento dos dispositivos legais, para garantir sua plena eficácia, passará por discussões, audiências e consultas públicas, antes de sua regulamentação e/ou regulação.

Aperfeiçoamento das regras tributárias

Após o recebimento do relatório do subgrupo que tratou sobre tributação no gás para crescer, o MME, em conjunto com o Ministério da Fazenda, avaliou os temas legais e infralegais das propostas, acatando as medidas de consenso.

Em agosto, a MP 795/2017 (Repetro), equiparou embarcações de regaseificação e liquefação de GNL às embarcações de prospecção e exploração de petróleo e gás natural no que se diz respeito ao tratamento de imposto de renda retido na fonte (IRRF).

Além disso, o Ministério propôs ajustes no Sistema Nacional Integrado de Informações
Econômico – Fiscais (Sinief), para permitir a desvinculação entre o fluxos físico e comercial da molécula de Gás,medida essencial para implementação do modelo por entradas e saídas.

Alinhamento entre setores elétrico e de gás natural

O Ministério reforçou que o desenvolvimento do Gás Natural tem integração clara com o setor elétrico, sendo importante discutir os dois em conjunto. Da ótica do MME, o que se buscou foi o planejamento integrado dos dois setores, como, por exemplo, o planejamento da expansão da malha de transporte ter correlação com o crescimento das usinas termelétricas. Boa parte das propostas no âmbito do Gás para Crescer necessitava de medidas infralegais. Algumas dessas já foram tomadas, como o estabelecimento de diretrizes para revisão da cláusula de penalidades por falta de combustível, que foi trazida pela Resolução CNPE nº18/2017.

Os leilões de energia nova, previstos para dezembro desse ano, também contam com medidas de flexibilidade na comprovação de contratos de compra de gás (GSA) e a redefinição do limite de inflexibilidade de declaração sazonal, permitindo ao agente despachar na base durante determinado período de tempo.

Novo desenho do Mercado de Gás Natural

Transporte

A principal mudança, segundo o Ministério, é a proposta de implementação de um sistema por entradas e saídas, onde se desvincula o fluxo físico do comercial nas negociações de gás, o que deve trazer maior liquidez e competitividade ao mercado.

O Ministério também deve propor a criação das áreas de mercado de capacidade, onde serão contratadas as capacidades de entrada e saída no sistema de transporte. As áreas do mercado de gás guardam similaridade com submercados de energia elétrica.

A operação seria baseada nas nominações dos carregadores (volume de gás e ponto de entrada ou saída), realizadas até um dia antes da operação. Para que haja a efetividade da medida, o MME propõe a criação de plataformas eletrônicas de capacidade, onde serão comercializados produtos padronizados de capacidade, com tarifas reguladas pela ANP, propiciando maior liquidez e mecanismos para negociação de capacidade em um mercado secundário, onde podem ser negociados produtos por preços.

A coordenação do sistema de transporte deverá ser realizada por meio de um Operador
Virtual Independente de Rede (Virtual ISO), que será estabelecido por um conjunto de transportadores ou por um transportador elegido pelos demais, regido por um código de
rede aprovado pela ANP. Essa medida não necessita da criação, por medidas legais, de
uma nova entidade para operação do sistema.

Para garantir a independência dos transportadores, os transportadores existentes deverão cumprir pré-requisitos, estabelecidos pela ANP, para adquirir um selo de independência. Os novos transportadores, em sistema de autorização, já nasceriam desverticalizados.

Para a expansão da malha de transporte o Ministério prevê o planejamento indicativo da EPE, considerando os planos de investimento dos transportadores, o planejamento energético e demais informações do mercado.

O MME também deverá estabelecer a possibilidade de competitividade na expansão. Deste modo, caso seja necessária a expansão de dutos, diversos investidores deverão competir, por meio de mecanismos licitatórios, para realização de obras estruturais.

Comercialização

O Ministério propõe que a definição do consumidor livre fique a cargo da União e que uma liberalização gradual do mercado seja proposta pela ANP, com base em diretrizes do CNPE. O Ministério não pretende estabelecer datas para a abertura do mercado, resguardando, na visão do MME, as especificidades de cada estado. A Abraceel ressaltou a necessidade de estabelecer em lei as diretrizes claras para a abertura do mercado, mitigando a discricionariedade governamental na efetiva abertura da livre comercialização.

O modelo de comercialização proposto pelo MME leva em conta a criação de pontos virtuais de comercialização (zonas), onde os carregadores negociarão gás natural para o balanceamento de seus portfólios.

O objetivo do MME é criar condições para que o próprio mercado caminhe para o desenvolvimento de contratos e produtos financeiros, inclusive em relação à existência de plataformas e, futuramente, bolsas de negociação. A proposta do MME também prevê a possibilidade de aplicação de mecanismos para mitigar a concentração de mercado, como o Gas Release e Capacity Release.

Fonte: ABRACEEL

Produção de gás natural atinge recorde histórico de 103,5 milhões m³/dia


Segundo o Boletim de Acompanhamento da Indústria e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, a produção de gás natural, no mês de junho, atingiu o recorde histórico com a marca de 103,5 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), um aumento de 3,6% na comparação com o mês anterior e de 8,3% em relação ao mesmo mês de 2015. No mesmo período, a demanda total no mês aumentou 8%, fechando em 78,3 milhões de m³/dia, enquanto a oferta nacional permaneceu estável e acima de 50 milhões de m³/dia.

O desenvolvimento do mercado brasileiro de gás natural é uma das prioridades do MME, que prevê através do “Gás para Crescer”, medidas efetivas de aprimoramento das normas do setor visando um mercado com diversidades de agentes, competitividade e que contribua para o crescimento do país.

O mês de junho também registrou bons números na matriz de oferta interna de energia elétrica brasileira, com predominância para energias renováveis que representam quase 83% da matriz. Entre as fontes, a hidráulica é que mais se destaca com 69,8% de participação, seguida por biomassa com 8,6% e eólica com 4,5%. A estimativa para 2016 é que as renováveis venham a contribuir com 43,6%, indicador superior aos 41,2% verificados em 2015.

Fonte: Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção