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6 maneiras bem simples para você produzir menos lixo

O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da china e da Índia


Os plásticos que hoje fazem parte do nosso cotidiano apareceram pela primeira vez nas prateleiras nas décadas de 1920 e 1930. Foram cem anos do primeiro grama até as quase 300 milhões de toneladas que produzimos todo ano. Os números impressionam. Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, na primeira década de 2000 a produção de lixo plástico se igualou ao montante dos últimos 40 anos. Ainda segundo a entidade, 79% desse lixo acabam nos rios, por onde chegam aos mares.

Um estudo divulgado no Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2016, estima que, em 2050, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. De acordo com os cientistas, a proporção de toneladas de plástico por toneladas de peixe era de uma para cinco em 2014, será de uma para três em 2025 e a maioria em 2050. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) diz em relatório que foram encontrados polímeros sintéticos no organismo de 800 espécies marinhas consumidas pelo homem.


O desastre não se restringe só aos mares: um trabalho realizado por pesquisadores das Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Rural de Pernambuco (UFRPE) analisou a ingestão de microplástico por bagres encontrados na região. Mais de 80% deles tinham detritos plásticos em seus intestinos, uma das maiores proporções para peixes de água doce já relatadas no mundo. “Nos últimos dois, três anos, tivemos pesquisas que identificaram microplástico em todos os mares do mundo, em todas as profundidades, inclusive na Antártida”, diz Anna Carolina Lobo, coordenadora do Programa Mata Atlântica e Marinho da WWF-Brasil.

A ingestão dessas pequenas partículas não fica só na vida aquática. O plástico já está dentro de nós. Uma pesquisa com oito indivíduos de oito países distantes uns dos outros, como Finlândia, Japão, Itália e Áustria, encontrou microplástico nas fezes de seis voluntários.

O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Índia. Dos 11,3 milhões de toneladas de polímeros descartados, 98% são coletados, mas só 1,28% acaba sendo reciclado, segundo dados do Banco Mundial.

Em São Paulo, maior cidade do Brasil, 40% do lixo que vai para aterros – que têm por aqui só mais dez anos de vida útil – poderia ser reciclado, segundo o Recicla Sampa, movimento de conscientização para a reciclagem criado pelas concessionárias responsáveis pela coleta seletiva na cidade. “O consumidor precisa ser sensibilizado e educado. Não dá mais para as pessoas acharem que lixo é algo que eu jogo no cesto e ele desaparece”, acredita Anna. Ainda segundo o Banco Mundial, cada brasileiro produz, em média, 1 kg de lixo plástico por semana.


Para te ajudar a ter mais consciência ambiental, eis a seguir seis passos para você adotar no dia a dia – agora mesmo:

#1 Evite plásticos de uso único

Produtos de plástico usados uma única vez antes de ir para o lixo estão na mira das políticas ambientais atuais. algumas cidades do brasil já implementaram leis proibindo canudinhos. Os talheres plásticos são as próximas vítimas. leve uma xícara e/ou um copo para seu ambiente de trabalho. você economiza mais de uma dezena de copos plásticos por semana com esse gesto simples. se você faz questão de usar canudo, já são comuns no mercado os de metal e bambu, fáceis de carregar e limpar. copos dobráveis também são uma boa ideia.

#2 Identifique o plástico nos pequenos detalhes

Você já parou para pensar que o cotonete que você usa tem uma haste de plástico? Que, descartado com o lixo do banheiro, ele nunca vai ser reciclado? e que, daquele tamanho, ele pode facilmente acabar em um curso d’água e parar no oceano? Quebre esse ciclo! por exemplo, já existem marcas que produzem a haste em papelão. O filme plástico para conservar alimentos é outro vilão despercebido. Os papéis encerados prometem ser a nova alternativa queridinha no mercado de sustentáveis.

#3 Fuja também do microplástico

Produtos de beleza e higiene, como esfoliantes e pastas de dentes, contêm micropartículas de plástico que caem na rede de esgoto e acabam, invariavelmente, em rios ou oceanos. leia os rótulos para evitá-los e procure alternativas naturais, como esfoliantes caseiros feitos com fubá.

#4 Abandone a maldita sacolinha

Uma sacola plástica é usada, em média, por 12 minutos. depois é descartada e nunca mais desaparece do planeta. use uma sacola de pano ou caixa de papelão para trazer as compras para casa. na hora de comprar vegetais, abra mão do saquinho plástico à disposição nas gôndolas e leve-os soltos. não se preocupe, eles não vão fugir.

#5 Troque o plástico pelo vidro

Em vez de colecionar potes de plástico cujas tampas somem misteriosamente, guarde vidros de geleia e conservas para armazenar grãos, farinhas e até sobras de molho e sopas.

#6 Separe seu lixo

Minimize o impacto do lixo que não pode ser evitado. separe os recicláveis do orgânico e se informe sobre a frequência da coleta seletiva na sua rua. economize água ao lavar as embalagens. “O ideal é deixar as embalagens com restos de comida dentro da pia e aproveitar a água utilizada na lavagem da louça, a água de reúso. O objetivo é realmente reciclar em todos os sentidos”, explica Edson Tomaz de Lima Filho, presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana de São Paulo (AMLURB).

Folha de bananeira substitui plástico em mercearia de São Paulo


Solução foi implementada no setor de hortifrúti da Casa Santa Luzia.

Fundada em 1926, por um português, a Casa Santa Luzia é quase centenária. Tantos anos de existência não seriam possíveis se não fosse antenada às exigências do público. Exemplo disso, é a recente implantação de embalagens de folha de bananeira no setor de hortifrúti da loja. 

A folha de bananeira já foi bastante utilizada pela cultura indígena e caiçara, ou seja, não é exatamente uma novidade. Mas o mercado de embalagens no Brasil, para produzir em larga escala, sempre incentivou o uso de invólucros nada sustentáveis -, como os inúmeros plásticos que vemos diariamente nos supermercados. 

Foi após se deparar com a postagem, que viralizou nas redes sociais, que a Casa Santa Luzia se inspirou para implementar a solução. “Resistente, impermeável e flexível, ela também é biodegradável, ou seja, pode ser usada na compostagem ou, se descartada, irá se decompor naturalmente, de forma muito mais rápida em relação ao plástico”, salientou o empório ao compartilhar com seus clientes a novidade.

Supermercado na Tailândia que está testando a folha de bananeira como alternativa para evitar o uso excessivo de plásticos que embalam frutas e legumes.

Da inspiração à implementação

Entrevistamos Ana Maria Lopes, diretora da Casa Santa Luzia, que nos contou que foram os próprios funcionários a chamarem atenção para a ideia. A parte bacana da história é que a loja foi atrás de um fornecedor para verificar a viabilidade de implantação e a aceitação dos clientes. “Este fornecedor foi muito receptivo com a ideia e rapidamente nos enviou uma amostra e, na mesma semana, efetuamos a primeira compra”, diz Ana Maria. 

O resultado já pode ser visto na loja, localizada na capital paulistana, que até agora só recebeu elogios. “De imediato tivemos a aceitação do consumidor tornando possível manter o produto em linha”, conta Ana Maria. 

Um nicho a ser explorado 

A princípio pode parecer que faz pouca diferença substituir plásticos por folhas de bananeira, diante de tantos outros agentes poluidores, mas vamos aos fatos: Um terço do lixo doméstico no Brasil é composto por embalagens. São inúmeros os materiais que são descartados diariamente após serem usados uma única vez. Imagine o impacto em um mês, em um ano, em um país com mais de 200 milhões de habitantes.

Que há um enorme ganho econômico nas embalagens atuais não há novidade. Segundo a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), 38% dos ganhos da produção de embalagens veio do material plástico em 2017. Mas estamos em um momento da história que é preciso repensar o que parecia consolidado. Aliás, dar preferência a embalagens ecológicas não significa perda econômica. Segundo a diretora da Casa Santa Luzia, houve até um aumento na venda dos produtos e há planos de expandir a solução. “Existe abertura e negociação com outros fornecedores para futura expansão de mix de produtos”, conclui Ana Maria em entrevista ao CicloVivo.

Além dos números, nesta matéria falamos dos benefícios ambientais das folhas de bananeira.

Fonte: Ciclovivo, Foto: Agência Twist Entrevista: Mayra Rosa, Texto: Marcia Sousa

Em um mundo primeiro, o Reino Unido declara uma emergência climática


Em uma vitória por protestos pacíficos e pelo planeta, o parlamento do Reino Unido é agora o primeiro órgão legislativo nacional do mundo a proclamar uma emergência de mudança climática. A decisão vem logo após os grandes protestos da Extinction Rebellion, que atingiu o tráfego de Londres durante uma semana no mês passado.

O líder do Partido Trabalhista Jeremy Corbyn propôs a declaração de emergência. “Hoje, temos a oportunidade de dizer: 'Ouvimos você'”, disse Corbyn ao parlamento. “Ao nos tornarmos o primeiro parlamento do mundo a declarar uma emergência climática, poderíamos, e espero que sim, desencadear uma onda de ação dos parlamentos e governos em todo o mundo.”

A declaração foi uma das várias exigências feitas pela Rebelião da Extinção. Extinção As outras demandas da Rebelião pedem que a Grã-Bretanha elimine todas as emissões de carbono até 2025 e que as assembleias de cidadãos sejam responsáveis ​​por elaborar essas iniciativas, em vez das potencias.

Michael Gove, secretário de meio ambiente da primeira-ministra conservadora Theresa May, reconheceu o perigo da mudança climática. “Não apenas saúdo a oportunidade que este debate proporciona, como também quero deixar claro que, deste lado da casa, reconhecemos que a situação que enfrentamos é uma emergência”, disse Gove. “É uma crise, é uma ameaça, que todos nós temos que nos unir para nos encontrar.”

Gove e Corbyn prometeram confrontar Donald Trump em sua posição ambiental quando o presidente dos EUA visitar o Reino Unido em junho. Muitos municípios e regiões do Reino Unido também declararam emergências climáticas, incluindo Escócia, País de Gales, Manchester e Londres, observando que o relógio está diminuindo para a habitabilidade da Terra por humanos. Como um sinal foi içado por uma criança de escola escocesa durante os protestos do mês passado disse: "Os dinossauros pensaram que também tinham tempo".

Via Reuters, The Guardian
Imagem via David Holt

1 milhão de espécies estão em risco de extinção, diz novo relatório da ONU


Um novo estudo divulgado segunda-feira pelo Painel Intergovernamental da ONU sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos relata que quase um milhão de espécies de animais e plantas estão em risco de extinção, em grande parte devido ao desenvolvimento econômico insustentável.

A avaliação global é o maior e mais abrangente estudo sobre perda de biodiversidade e o papel do capitalismo. O relatório sintetiza mais de 15.000 artigos científicos publicados ao longo de três anos; foi lançado em 6 de maio e endossado por mais de 130 países. O relatório centra-se no desaparecimento de espécies-chave, como polinizadores, recifes de corais, peixes e plantas medicinais, e especifica o papel devastador da agricultura industrial, da pesca e das alterações climáticas.

"Se quisermos deixar um mundo para nossos filhos e netos que não tenha sido destruído pela atividade humana, precisamos agir agora", disse à Reuters Robert Watson, que presidiu o estudo . As descobertas drásticas do relatório espelham o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas de outubro, que recomenda mudanças econômicas e sociais drásticas que são necessárias para retardar a extinção.

De acordo com o relatório, a lista de espécies ameaçadas inclui 40 por cento de todos os anfíbios, 33 por cento dos corais e tubarões que constroem recifes e um terço de todos os mamíferos marinhos. O relatório chama a taxa de extinção de "sem precedentes" e "aceleração", explicando que a taxa atual de extinção é dezenas a centenas de vezes maior do que nos últimos dez milhões de anos.

O relatório também investiga a valoração econômica dos ecossistemas e a perda de biodiversidade e o impacto nas sociedades humanas. Por exemplo, os resultados do relatório indicam que US $ 577 bilhões de dólares anuais em produção agrícola estão em risco se as abelhas e outros polinizadores forem extintos. A perda de manguezais e recifes de corais poderia colocar 300 milhões de moradores da costa em risco de inundação.

A Reuters descreveu o relatório como "a pedra angular de um corpo emergente de pesquisa que sugere que o mundo precisa adotar uma nova forma de economia pós-crescimento"; no entanto, esse reconhecimento continua a ignorar os conceitos "não tradicionais" e não acadêmicos. vozes que têm pedido e modelado economias e ecossistemas mais sustentáveis ​​por séculos.

Via Reuters

Baleia encontrada morta nas Filipinas, tinha 40 quilos de plástico no estômago

Os efeitos catastróficos do plástico nos oceanos tem feito muitas vítimas. Mesmo os seres humanos comem já alimentos com uma quantidade considerável de microplásticos. O futuro também irá mostrar que estamos a morrer lentamente com uma profunda intoxicação de plástico.


Prova de uma poluição generalizada, principalmente nos mares, foi agora descoberta uma baleia que tinha 40 quilos se plástico no estômago. 16 sacos de arroz, uma lona plástica usada em plantações de banana e sacos de compras foram alguns dos objetos de plástico retirados do interior da baleia.

Na passada sexta-feira, foi encontrada uma baleia na costa sudeste das Filipinas. O animal tinha 40 quilos de plástico no estômago, conforme foi dado a conhecer pela imprensa local.

O cetáceo, uma baleia-bicuda-de-cuvier, apareceu na sexta-feira à beira-mar no município de Mabini, na província de Valle Compostela, tendo sido submetido a autópsia no domingo.

Entre os objetos de plástico encontrados dentro da baleia estão 16 sacos de arroz, uma lona plástica usada em plantações de banana e sacos de compras, concluiu o Departamento de Pesca e Recursos Aquáticos da província.

O biólogo marinho Darrell Blatcheley afirmou que nos dez anos em que examinou baleias e golfinhos mortos, a maioria morreu na sequência da ingestão de plástico.

IKEA montou barcos remotos para limpar rios


A Ikea desenvolveu um barco de controle remoto projetado para limpar rios. Eles são chamados de Good Ship e modelado brinquedos baseados Bath SMÅKRYP, mas tem grande funcionalidade, relata Popmech.

Ikea usa uma tecnologia especial que permite que um barco para coletar 20 quilos de lixo, com isso em mente, podemos supor que um pequeno grupo de barcos poderia manter o rio em um estado relativamente puro. Com operador de controle remoto recebe uma "primeira pessoa" - com a câmera instalada no barco. 


Barcos Good Ship IKEA é usado na área de Deptford Creek (confluência do rio Tamisa em Reyvensborn) no sudeste de Londres. Como parte da iniciativa educacional Ikea dá às pessoas a oportunidade de dirigir barcos. No futuro, a empresa pretende doar barcos Hubbub caridade ambiental.

VENDEDOR DE COCO CRIA CANUDO DE BAMBU E EVITA DESCARTE DE 8 MIL CANUDINHOS DE PLÁSTICO POR MÊS


O produto é artesanal e ainda pode virar adubo após utilizado. A novidade aumentou em 60% as vendas na barraca, segundo o vendedor.

Com proibição do uso de canudos de plástico em diversas cidades do Brasil, uma ideia inusitada e ecológica surgiu no centro de Belém. Trabalhando com a venda de cocos na praça Batista Campos há quase 30 anos, Said Trindade criou novos canudos feitos de bambu. O produto é artesanal e ainda pode virar adubo após utilizado. A novidade aumentou em 60% as vendas na barraca, segundo o vendedor.

“Eu pensei no canudinho de bambu num momento de desespero. Eu trabalho vendendo coco aqui na praça há mais de 30 anos. Eu só sei vender coco, não sei fazer mais nada e estava preocupado com a possível proibição dos canudinhos de plástico, como acontece em outras cidades. Nesse momento eu me lembrei do bambu. Eu sou de Concórdia do Pará e lá tem muito bambu”, relata o vendedor.

Segundo Said, o sucesso dos canudos veio pelas redes sociais. Ele conta que uma cliente gostou da ideia e fez uma postagem divulgando o produto. A repercussão foi rápida e deixou a barraca conhecida na praça. O sucesso foi tanto que as vendas cresceram mesmo em período de baixa temporada.

“Eu comecei a fazer os canudos em julho, mas ninguém tinha dado muita importância. Até que veio uma cliente aqui, gostou da ideia e postou nas redes sociais. No dia seguinte o canudo já era um sucesso. Em menos de seis horas, todos os canudos que eu tinha terminaram. Por conta disso, voltei pro interior e produzi mais canudos. Minhas vendas cresceram em 60% justo no período de chuvas aqui na região, quando eu vendo menos coco”, explica.

Fabricação

Said garante que o processo de fabricação dos canudos é simples. Após o corte do bambu, os canudos passam por um processo de higienização para eliminar possíveis bactérias. De acordo com o vendedor, isso tudo é feito em casa.

“Eu corto a junta do bambu em dois lugares, dispenso a junta e aparece o canudinho. Depois disso eu escaldo os canudos e coloco eles no álcool. Então eu lavo com água e sabão, eles são lixados e colocados na barraca”, conta.

Ao contrário de outros canudos reutilizáveis como os de inox ou papel, o canudo de bambu deve retornar à natureza. Cada cliente ganha o canudo de presente, mas os que não são levados são transformados em adubo no sítio do vendedor, em Concórdia do Pará, nordeste do Estado.

“Nós jamais lavamos os canudos. Eu acho que lavar o canudinho é muita falta de higiene. O canudo é uma coisa individual e descartável. Uma barraca que vende vários cocos por dia não pode fazer isso. Nós costumamos dar os canudos para os clientes. Os que sobrarem nós vamos guardar, triturar e transformar em adubo para o meu terreno em Concórdia. A nossa intenção é levar o mínimo de canudos para o lixo”, declarou.

Sustentável

Vendas na barraca aumentaram mais de 60% depois dos canudos de bambu — Foto: Reprodução/TV Liberal

Said diz que os canudos estão abrindo novas portas. Ele já recebeu um convite da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) para falar sobre a invenção. Além disso, o vendedor já está comercializando os canudos para outras barracas na praça.

“A procura pelo canudo é muito grande, e as outras barracas se sentem pressionadas a fazer algo parecido. Eu vou aproveitar isso é deixar a praça mais sustentável. Vou cobrar um valor simbólico de cada barraca para a produção do canudo, só envolvendo a mão de obra. Futuramente eu penso em vender para outras empresas fora da praça”.

O comerciante também tem noção de como sua iniciativa é importante para a preservação ambiental. O uso de canudos de bambu representa cerca de 8 mil canudinhos a menos no lixo em cada mês, somente na barraca de Said.

G1

DISNEY MAIS SUSTENTÁVEL


A gigantesca empresa de parques temáticos “Walt Disney Co.” anunciou que não vai mais usar canudos de plástico e aqueles palitinhos plásticos para mexer o café em todos os seus parques, estabelecimentos e escritórios.

Autoridades da Disney disseram em um comunicado à imprensa que a medida entra em vigor até o segundo semestre de 2019.
A ação faz parte do “compromisso de longa data com a administração ambiental”.
O plano vai eliminar mais de 175 milhões de canudos e 13 milhões de palitinhos anualmente, segundo a própria empresa.

A Disney também diz que está fazendo outros movimentos para reduzir os plásticos descartáveis.

Investimento que compensa

Apesar de serem as opções mais sustentáveis do mercado, as lâmpadas de LED ainda não são muito utilizadas devido ao seu preço mais elevado. O que algumas empresas vêm constatando, no entanto, é que o investimento compensa. A Faesa fez a troca de 6.171 lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED e hoje não possui nenhum outro tipo de lâmpada em todo o campus. A previsão de retorno do investimento era de 13 meses, mas todo o valor investido na troca foi recuperado com a economia no consumo de energia em apenas seis meses.

Modelos digitais

A tecnologia a serviço da saúde e da sustentabilidade tem apresentado avanços que proporcionam uma série de benefícios aos pacientes. Uma novidade quando o assunto é tratamento odontológico são os modelos digitais, que foram trazidos ao estado em primeira mão pela Odonto Scan. “Esse tipo de equipamento traz inúmeras vantagens, entre elas, a durabilidade e a possibilidade de troca de informações com outros especialistas de forma virtual. 

Esse material precisa ser arquivado pelos profissionais, especialmente durante o tratamento. Existem dentistas que chegam a alugar salas só para guardar os modelos tradicionais. Na versão digital, isso não é necessário”, explicou a empresária e especialista em radiologia odontológica Márcia Gabriella Barros.

Metro Jornal

Canudos descartáveis e as soluções possíveis

Empresários se juntam à luta contra os plásticos descartáveis e lançam modelos de canudo biodegradável, compostável e até comestível

Imagem: Canudo comestível Lolistraw

Os canudos de plástico se tornaram um grande problema ecológico. Eles já representam 4% de todo o lixo plástico produzido no mundo e, como são feitos dos plásticos polipropileno e poliestireno, não são biodegradáveis e sua reciclagem é difícil. Eles podem levar até mil anos para se decompor no meio ambiente. Mas será que são mesmo necessários? O mercado tem se ajustado à luta contra os descartáveis e começam a surgir alternativas. O canudo de papel é cada vez mais comum e já existem também modelos de canudinho biodegradável e até comestível.

O canudo de plástico é um item a ser evitado. Mesmo quando descartado corretamente, ele pode escapar para a natureza e ser carregado pela chuva para mares e rios, impactando toda a fauna aquática. Estima-se que 90% das espécies marinhas tenham ingerido produtos de plástico em algum momento. Além disso, nas praias e mares, esses canudos são também fonte de formação de microplástico, o pior formato possível para o plástico e que já está presente nos alimentos, no sal, na água potável e até em garrafas de água mineral! 

Preocupados com o meio ambiente e com os impactos do lixo plástico, alguns empresários já lançaram alternativas ao canudo de plástico. O canudo de papel é cada vez mais presente, já que é uma opção biodegradável, mas ele também acaba sendo fonte de poluição até sua completa biodegradação, já que o modelo foi pensado como um descartável. Opções melhores são os canudos comestíveis e os modelos de canudo compostável.

Conheça algumas alternativas disponíveis ou em fase de implementação:

1) EcoNudos


O modelo brasileiro é desenvolvido por uma startup paraibana num modelo de canudo em inox e em vidro que já está em comercialização no mercado local. Os canudos são reutilizados com a possibilidade de reuso ilimitadamente, o próximo passo é o uso de materiais recicláveis que passam por um processo complexo de descontaminação e com isso podendo amenizar o impacto ambiental. Os modelos poderão ser utilizados em todos os tipos de bebidas sem modificar o saber delas. O kit vendido compõem uma mini escova para fazer a higienização sempre que utilizar. Os canudinhos também podem ser personalizados através do site da empresa, que entrega sem custos no Brasil.

2) Sorbos


O modelo espanhol é um canudo comestível que já está em comercialização. Os canudos são 100% biodegradáveis e fabricados nos sabores morango, laranja, limão, canela, gengibre e maçã verde. Eles não alteram o sabor da bebida e não tem adição de açúcares. Os canudinhos também podem ser personalizados através do site da empresa, que entrega sem custos na Espanha e em Portugal.

3) Hay Straws


Nos Estados Unidos, também já é possível comprar canudos feitos a partir de talos de trigo. A matéria-prima é um subproduto natural da plantação comercial de trigo, de modo que o canudo não é um competidor de recursos com a indústria alimentícia. O canudo é biodegradável e compostável.

4) Wisefood


O engenheiro de alimentos Konstantin Neumann e seus colegas Universidade de Hohenheim, na Alemanha, criaram canudinhos comestíveis feitos a partir dos resíduos da produção alemã de sucos de maçã. A Alemanha produz cerca de 100 toneladas de resíduos de maçã por ano em sua indústria de sucos e essa matéria orgânica seria suficiente, segundo os pesquisadores, para substituir 50% de todos os canudinhos de plástico usados no país. O canudo lançado pela Wisefood tem sabor morango e um sabor limão está em desenvolvimento, ele é biodegradável e comestível e já tem sido vendido para restaurantes, hotéis e supermercados.

5) Lolistraw


Outro produto em fase de desenvolvimento é o Lolistraw, que criou uma campanha de crowdfunding para sua viabilização. Idealizado por duas designers industriais que já trabalham com copos comestíveis, o canudo está em fase de testes e deve começar a ser enviado para os apoiadores da campanha no meio do ano. Ele será comestível, compostável e 100% biodegradável.


Empresa quer transformar lixo marinho em biocombustíveis


A Enerkem é uma empresa que aposta na utilização de resíduos para fabricar biocombustíveis. Com sede em Montreal, no Canadá, ela acaba de anunciar que agora vai explorar oportunidades para fazer o mesmo com os resíduos de plástico oceânico e lixo marinho.

A companhia discutiu com a The Ocean Legacy Foundation, uma organização canadense sem fins lucrativos que realiza expedições periódicas de limpeza costeira, para explorar formas de recuperar os plásticos dos oceanos para produzir combustíveis aproveitando a tecnologia que já usa em sua operação atual.

“Nossa tecnologia de resíduos para biocombustíveis e produtos químicos já está abordando as questões relacionadas ao lixo urbano, incluindo plásticos. Através dessa colaboração, estamos comprometidos em analisar iniciativas locais concretas para transformar resíduos de plástico oceânico em produtos valiosos”, afirma Marie-Helene Labrie, vice-presidente sênior de assuntos governamentais e comunicações da Enerkem.

O novo investimento vem após o sucesso da primeira instalação de resíduos para biocombustíveis, lançada em Edmonton, capital da província canadense de Alberta. Por lá, diversos resíduos domésticos não recicláveis ​​e não compostáveis, além de plásticos irrecuperáveis, são transformados em ​​metanol, etanol e produtos químicos de baixo carbono.

O compromisso foi assumido durante a Reunião Ministerial do G7 sobre Meio Ambiente, Energia e Oceanos, que acontece no país. Durante o evento, foi ressaltada a importância de engajar e apoiar formas de enfrentar a mudança climática, melhorar a saúde dos oceanos do mundo e transformar a maneira como produzimos, transportamos e usamos energia.

Agentes internacionais se aliam a Santos (SP) para combater lixo marinho


Uma delegação da Agência de Proteção Ambiental da Suécia (Sepa) esteve em Santos, litoral de São Paulo, pela primeira vez, nesta terça-feira (18), para conhecer a primeira cidade brasileira que está realizando um estudo que tem como objetivo encontrar soluções para o lixo marinho produzido em solo, a partir da identificação dos resíduos, das fontes poluidoras e do destino desse material.

A ideia é propor ações de prevenção ao lançamento de resíduos no oceano, com o engajamento da população.

A pesquisa, que não tem ônus para a Prefeitura, é fruto de uma parceria que envolve a Administração Municipal, Sepa e a Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA), que no Brasil é representada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

“A cidade de Santos foi escolhida porque encontramos todo o suporte da administração local para buscarmos dados, engajar todos os setores, além da proximidade com São Paulo e a presença do maior porto da América Latina”, afirma Mats Kullberg, especialista sênior da Sepa.

Mats Kullberg durante coletiva. | Foto: Rogério Bomfim/Divulgação

O projeto teve início em julho e terá 12 meses de duração. Atualmente, está sendo realizada a coleta de informações, por imagens e amostragem, para um banco de dados no qual constarão informações sobre o tipo de material que está vazando, sua origem e seu destino ao ser lançado irregularmente. Esse diagnóstico está a cargo do Instituto Ecofaxina, que atua tanto na faixa de areia quanto nas regiões de mangue, onde se encontram palafitas.

A expectativa é de que, em 45 dias, esse levantamento esteja concluído. Em novembro, dois servidores de carreira da Prefeitura serão capacitados por técnicos da ISWA/Sepa na Suécia. Durante cinco dias, terão contato com prefeituras suecas para saber como lidam com a questão do lixo e como engajam o munícipe.

Quando retornarem ao Brasil, farão um raio-X para identificar quanto é gerado de resíduo, onde está a concentração, quanto é retirado das praias durante a semana, nos finais de semana e feriados, entre outros estudos.

Os dados serão enviados aos técnicos internacionais para sugestão de ações prioritárias, além de debates em Santos com técnicos da Prefeitura e de outras entidades em workshop previsto para o início de 2019. Dessa forma, será traçado um plano estratégico para Santos eliminar o lixo marinho, com ações de curto, médio e longo prazos.

“Esperamos que o plano de ações esteja concluído até janeiro. Ele trará um componente de comunicação importante sobre como envolver e sensibilizar a população a fazer a sua parte”, diz Gabriela Otero, coordenadora do projeto.

Como é na Suécia

O país europeu não possui aterros sanitários e não utiliza a palavra “resíduo”, já que todo lixo é reaproveitado integralmente como recurso, seja por meio da reciclagem, da recuperação energética ou do aproveitamento da fração orgânica.


Impactos e alternativas ao consumo do canudo de plástico

Confira uma lista com nove dicas para reduzir os impactos ambientais gerados pelo uso do canudinho de plástico.


Os canudos são utilizados desde tempos remotos, mas a evolução para os modelos de plástico foi uma péssima opção, pois trouxe consequências ambientais significativas. Confira modelos e atitudes alternativas que você pode adotar para evitar o impacto ambiental dos canudinhos de plástico.



História do uso do canudo

Os primeiros canudos datam de 3.000 a.C.. Eles foram feitos pelas sumérias para evitar os subprodutos sólidos da fermentação da cerveja, que ficavam no fundo do copo. O canudo era basicamente um tubo de ouro enfeitado com pedras preciosas azuis, lembrando a bomba de chimarrão e de tererê utilizada pelos gaúchos.

Em 1800, o canudo de centeio (ou palha) se tornou popular por ser barato e macio. A desvantagem é que ele se desfazia facilmente com o contato com a água e dava sabor de centeio a todas as bebidas. Para resolver esse problema, surgiu o canudo de papel, que, em 1888, foi adaptado e patenteado por Marvin C. Stone.

Com a invenção do plástico, os canudinhos passaram a ser feitos em larga escala com esse tipo de material.

Impacto ambiental do uso dos canudinhos de plástico

O canudinho de plástico representa 4% de todo o lixo plástico do mundo e, por ser feito de polipropileno e poliestireno (plásticos), não é biodegradável, podendo levar até mil anos para se decompor no meio ambiente!

A produção do canudinho de plástico contribui para o consumo de petróleo, uma fonte não renovável; e seu tempo de uso é muito curto - cerca de quatro minutos. Mas o que são quatro minutos para nós equivalem a centenas de anos de poluição para o meio ambiente.

Se utilizarmos de exemplo canudos de seis milímetros de diâmetro, o volume ocupado pelo total usado pelos brasileiros em um ano equivale a um cubo de 165 metros de aresta, 50 metros mais alto que o edifício Copan, em São Paulo.


Se empilharmos os canudos consumidos peplos brasileiros em um ano em um muro de 2,10 metros de altura, seria possível dar uma volta completa na Terra, em uma linha de mais de 45.000 quilômetros de largura!

Presente nas praias, o canudo de plástico também é fonte de formação de microplástico, o formato mais prejudicial do plástico, que já está presente nos alimentos, no sal, nos organismos e até na água potável do mundo inteiro.

E não adianta usar o canudinho de plástico, jogar na lixeira e achar que está tudo bem. Mesmo se descartado corretamente, e levado para aterros legalizados, o canudinho pode escapar pela ação do vento (principalmente por ser leve) e ser carregado pela chuva para mares e rios, impactando toda a fauna aquática. Estima-se que 90% das espécies marinhas tenham ingerido produtos de plástico em algum momento.

Alternativas ao canudinho de plástico

1. Canudos de papel


Os canudos de papel são alternativas menos nocivas do que o canudo de plástico, uma vez que se biodegradam mais facilmente. Entretanto, mesmo que sejam biodegradáveis, os canudos de papel também utilizam recursos naturais para sua produção e, por serem pensados para ser descartáveis, após o uso acabam sendo fonte de poluição até sua completa biodegradação.

2. Canudo de silicone


Apesar de ser mais durável que o canudinho de plástico, o canudo de siliconenão é reciclável e, um dia, por desgaste de uso, precisará ser descartado, se tornando uma forma de poluição.

3. Canudo de bambu


O canudo de bambu é uma alternativa vantajosa, pois provém de fonte renovável (o bambu). É reutilizável, lavável, natural e leve.

4. Canudo de palha


Muito parecido com o canudo de centeio, o canudo de palha, inspirado nos modelos antigos, é um substituto ao canudo de plástico e é muito amigável ao meio ambiente. O canudo de palha é uma opção saudável para o corpo (principalmente se for palha orgânica), leve (fácil de carregar) e biodegradável.

5. Canudo de vidro


Pronto, agora você já pode tomar sua água de coco sem culpa! Afinal de contas, apesar de não ser biodegradável, o canudo de vidro é reciclável, portátil, durável e, além tudo, elegante.

6. Canudo metálico


Apesar de serem menos leves que os canudos de palha, bambu e papel, os canudos metálicos podem ser levados a qualquer lugar. Eles podem ser feitos de inox, aço cirúrgico e alumínio. Esse tipo de canudinho pode ser adquirido em conjuntos e vêm com limpadores internos. Eles não são tóxicos e há diversos modelos e tamanhos no estilo metálico.

7. Bomba de chimarrão


Para quem já tem bomba de chimarrão em casa e nunca pensou em utilizá-la como uma alternativa ao canudinho de plástico, pode começar a usá-la a partir de agora. Algumas bombas de chimarrão (ou tererê, na versão gelada), possuem bombilhas (coador metálico em formato de colher, com pequenos furos para filtrar a erva) rosqueáveis, o que significa que você pode alternar seu uso entre bomba e canudo, conforme a necessidade. Algumas vêm com limpador interno para facilitar a higienização, mas você também pode adquirir o limpador em separado.

8. Use apenas o copo

Com exceção de pessoas que possuem alguma doença que as impede de comer com talheres e de questões de higiene (tomar na latinha não higienizada, por exemplo), o canudinho é dispensável. Então que tal utilizar o bom e velho copo? Mas não pode ser descartável!

9. Descarte corretamente

Nem tudo na vida ocorre como planejamos. Muitas vezes o uso do canudinho acaba sendo compulsório. Às vezes, mesmo avisando o garçom de que você não deseja o canudo de plástico, seu suco acaba vindo com um. Nesse caso, guarde seu canudinho e descarte-o corretamente, aumentando as chances dele ser reciclado.


A reciclagem realmente ajuda a reduzir a poluição de plásticos nos oceanos?


Sim. Uma vez que 60 a 90% do lixo marinho é constituído por diferentes polímeros de plástico, uma das principais soluções para combater a poluição marinha em nossos oceanos seria reduzir nossa ‘pegada de plástico’ – o uso de plástico por pessoa –, inclusive através de esforços para reutilizar e reciclar todo o plástico em vez de jogá-los fora depois de um uso, bem como implementar uma melhor coleta de lixo em nossas costas.

Estimativas recentes mostram que o nosso mundo produziu cerca de 322 milhões de toneladas de plástico em 2015 – e cerca de 8 milhões de toneladas acabaram nos nossos oceanos. A reciclagem é uma das principais maneiras pelas quais todos podemos fazer nossa parte para enfrentar esse desafio global e reduzir a poluição.

Não jogue simplesmente o plástico fora; reduza, reutilize, recicle e repense seus hábitos de consumo. Descartar o plástico é um grande problema e não uma solução; o lixo não vai simplesmente sumir.


Mortes de animais marinhos sufocados por sacolas cai 67% no Quênia


Produzir e utilizar sacolas de plástico está proibido no Quênia desde agosto do ano passado e desde que a lei entrou em vigor já foram observados alguns resultados, como a queda drástica no número de mortes de animais marinhos por sufocamento provocadas por sacolas plásticas, por exemplo.

Antes da proibição de sacolas, três a cada 10 animais marinhos encontrados por profissionais haviam morrido por terem sufocado com sacolinhas. Até abril, oito meses após a sanção da lei, o número já havia caído para uma morte por sufocamento a cada 10 animais encontrados pelos ambientalistas. Diretamente, isso representa uma queda de 67% nas mortes por sufocamento.

Punição e multa

A decisão do Quênia ficou conhecida no mundo por ser considerada muito dura. A punição para quem burlar a lei é de $40 mil dólares americanos e até quatro anos de prisão. A multa pode ser aplicada em caso de fabricação, comercialização e até uso de sacolas plásticas no país.

Vale lembrar que o Quênia já foi um dos maiores exportadores de sacolas plásticas do mundo e tanto a indústria quanto a população do país ficaram impactados com a decisão. Apesar disso, a lei se manteve e já apresenta resultados positivos.

Poluição marinha provoca tumores em tartarugas

Poluição dos rios afetam a qualidade da água do mar prejudicando a fauna desse habitat

A poluição do mar é causada principalmente pela ação do homem e tem graves consequências para a fauna e a flora marinha. Algumas pesquisas indicam que o aparecimento de tumores, os fibropapilomatoses, nas tartarugas, principalmente nas tartarugas-verdes, podem ser resultado da presença de resquícios químicos de pesticidas organoclorados e bifenilos policlorados (PCBs) lançados nos rios, de acordo com o Ecotoxicologia do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) da USP.

Esses tumores têm o formato de verrugas na pele e costumam ser benignos, mas algumas tartarugas passam a ter dificuldades de alimentação e locomoção e, por causa deles, desenvolvem outros problemas de saúde. Segundo o Projeto Tamar, muitas chegam debilitadas às praias, e isso impede a realização de um procedimento cirúrgico para a retirada. A preocupação dos especialistas é que essas verrugas sejam uma porta de entrada para vírus e bactérias, mas ainda não há indícios de que a doença seja transmissível. Essa informação é importante porque a tartaruga-verde está na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que aponta o estado de conservação de várias espécies e indica o risco de extinção delas.

Além da fibropapilomatose, as tartarugas sofrem com problemas para a reprodução. O crescimento urbano no litoral agride as praias, fundamentais para a desova, e a instalação de luzes artificiais na areia desorientam os filhotes, que seguem para a direção oposta ao mar e se tornam presas. A caça e a coleta dos ovos já são menos frequentes, mas em alguns locais essas práticas são mais uma dificuldade para a vida desses espécie.

Como as tartarugas são animais migratórios, as causas dessa doença não são responsabilidade exclusiva do Brasil. Outros países recebem esses animais em determinados períodos do ano e também precisam se preocupar com a poluição lançada ao mar. Geralmente as tartarugas são encontradas em regiões tropicais e subtropicais em águas próximas da costa do continente e de ilhas.

Naturalmente a vida selvagem possui grandes obstáculos e a ação do homem funciona como um potencializador das dificuldades. O uso de pesticidas, por exemplo, não prejudica exclusivamente a saúde dos homens, mas a saúde do planeta como um todo. As consequências das atividades humanas chegam a espécies frágeis e ameaçadas de extinção, tanto da flora quanto da fauna, que precisam ser monitoradas constantemente para tentar evitar a extinção.

Baleia ameaçada de extinção é encontrada morta com 29 quilos de plástico no estômago


Uma baleia da espécie cachalote – que, vale lembrar, está ameaçada de extinção – foi encontrada morta na costa de Múrcia, no sudeste da Espanha.

A notícia, que já era ruim, ficou ainda mais triste após descobrirem o motivo da morte do animal: choque gástrico, uma vez que a baleia possuía 29 quilos (!!) de resíduos plásticos em seu estômago. Entre eles, sacolas, redes de pesca e cordas.

De acordo com o Centro de Recuperación de Fauna Silvestre El Valle, que fez a autópsia do animal, as paredes internas do seu abdômen estavam completamente inflamadas devido à infecção causada por fungos e/ou bactérias provenientes de todo lixo que engoliu em alto-mar.

Pesquisas apontam que o ser humano descarta cerca de oito milhões de toneladas de plástico nos oceanos todos os anos. É tanto lixo tóxico à vida marinha que, se continuarmos nesse ritmo, até 2050 haverá mais plástico do que peixes em nossos mares.

Efeitos da proibição de sacolas plásticas já são percebidos no litoral do Quênia


Funcionários do parque marinho Melinde, no Quênia, elogiaram a recente proibição do uso de sacolas plásticas imposta pelo governo do país com o objetivo de aumentar os esforços de conservação ambiental ao longo do litoral. De acordo com eles, a quantidade de lixo plástico que chega ao oceano já caiu drasticamente dez semanas após o banimento.

“A proibição realmente ajudou nossa equipe na conservação do parque marinho e das praias de areia. Esperamos que a NEMA (Autoridade Nacional de Gestão Ambiental, na sigla em inglês) estenda a proibição às garrafas plásticas descartáveis ou limite seu uso”, disse a conselheira sênior do parque, Jane Gitau.

Durante uma ação de limpeza ao longo da praia de Coco, em Watamu, a equipe coletou 534 quilos de lixo plástico, um número muito menor do que havia sido coletado há dois meses.

Gitau afirmou que a maior parte dos resíduos coletados eram garrafas plásticas, provavelmente de visitantes da praia. “Sacolas plásticas são a principal causa da morte de tartarugas, elas confundem sacos plásticos com medusas, enquanto as garrafas plásticas costumam prendê-las até a morte”, disse ela.

De acordo com a conselheira do parque, as sacolas plásticas são, em parte, responsáveis pela diminuição das populações de peixes ao longo do litoral do Quênia. Ela lembrou que esses produtos “geralmente sufocam recifes de corais destinados a gerar alimentos para peixes, além de atuar como assentamento”.

Hoteleiros e trabalhadores da região também participaram da ação de limpeza organizada pelo Kenya Wildlife Service (KWS) com o objetivo de livrar as praias da poluição plástica.

Por ONU Brasil

Entenda o impacto ambiental do lixo plástico para a cadeia alimentar

Plástico se fragmenta virando microplástico e causa uma série de prejuízos ambientais ao entrar na cadeia alimentar.


Imagem: "The cycle of petroleum" por Ingrid Taylar, licenciada sob CC BY 2.0

O impacto ambiental do lixo plástico no oceano e, consequentemente, na cadeia alimentar, se tornou uma verdadeira preocupação ambiental para governos, cientistas, ONGs e pessoas comuns do mundo inteiro.

Um estudo realizado durante seis anos pelo 5 Gyres Institute estimou que há cerca de 5,25 trilhões de partículas de plástico flutuando no oceano, o que é equivalente a 269 mil toneladas de plástico.

E o pior é que parte de todo esse plástico - no formato de microplástico - acaba entrando na cadeia alimentar e prejudicando diversos organismos, inclusive humanos.

O mais alarmante é que, uma vez no ambiente, os microplásticos absorvem substâncias químicas perigosas e são ingeridos por organismos marinhos, penetrando em toda a cadeia alimentar, inclusive a terrestre. Além de absorverem substâncias químicas perigosas persistentes e bioacumulativas, em muitos casos o próprio microplástico é feito de materiais perigosos para os organismos, como no caso de plásticos que contém bisfenóis.

Plástico na cadeia alimentar

Diferentes tipos de plástico marinho acabam em partes diferentes da cadeia alimentar. Sacolas de plástico, por exemplo, se parecem com águas-vivas e são consumidas pelas tartarugas.


Um quetognata (animal do fitoplancton) comendo uma fibra de microplástico. 
Fonte: Dr Richard Kirby

O lixo plástico pode viajar por longas distâncias. Um estudo mostrou que o microplástico presente no gelo Ártico percorreu quase mil quilômetros de uma praia da Noruega até chegar no gelo.

Anna Marie Cook, uma das cientistas líderes da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, acredita que as estimativas sobre a quantidade de plástico existente no oceano são subestimadas. Isso porque as estimativas são feitas com o uso de redes de arrasto de plástico da superfície do mar. Não são contabilizados os plásticos que afundam, o que faz com que o alcance do problema do microplástico na cadeia alimentar seja subestimado: "Um pouco mais de metade de todo o plástico afunda, seja no ambiente de sedimentos perto da costa ou no fundo do oceano", explica Marie Cook.

O plástico está presente em todo o planeta. Foi levado para as praias mais remotas e se acumula em regiões distantes, sendo descoberto em organismos mortos, desde peixes até pássaros e baleias.

O futuro não nos reserva boas notícias, já que a produção mundial de plástico cresce constantemente há mais de meio século, passando de aproximadamente 1,9 toneladas em 1950 para cerca de 330 milhões de toneladas em 2013. O Banco Mundial estima que 1,4 bilhões de toneladas de lixo são geradas globalmente a cada ano e, desse total, 10% é plástico. A Organização Marítima Internacional proibiu o despejo de resíduos de plástico (e da maioria dos outros lixos) no mar. No entanto, mesmo que seja descartado corretamente, uma parte do plástico que deveria ser depositado em aterros, incinerado ou reciclado escapa para o meio ambiente - e uma fração considerável desse plástico que escapa acaba no oceano.

Com os efeitos da exposição solar, da oxidação, da ação física de animais e ondas e dos choques mecânicos, o plástico que chega no oceano ou no ambiente terrestre vai gradualmente se fragmentando e se transformando em microplástico.

Mas a fragmentação de grandes peças de plástico não é a única maneira de os microplásticos acabarem no oceano. Nurdles - pastilhas de plástico utilizadas como matéria-prima para a produção de produtos plásticos - podem cair de navios ou caminhões e acabar no ambiente terrestre ou no oceano.

Microesferas utilizadas como esfoliantes em produtos de higiene pessoal, como produtos de limpeza para a pele, pastas de dentes e xampus, podem escapar da água das instalações de tratamento de água e parar no mar.

Até mesmo a lavagem de roupas feitas de tecidos de fibras plásticas pode ser fonte de microplástico para o oceano.

O atrito dos pneus dos carros com o asfalto e a lavagem da rua pela chuva também carrega microplástico para o mar. Entenda mais sobre esse tema na matéria: "Qual é a origem do plástico que polui os oceanos?"

Os organismos marinhos da cadeia alimentar consomem plásticos de vários tamanhos. Os menores - microplásticos - são pequenos o suficiente para serem confundidos com alimentos pelo zooplâncton. E essa é uma das vias de entrada do plástico na cadeia alimentar. Alguns organismos maiores confundem os nurdles (que normalmente medem menos de 5 mm de diâmetro) com ovos de peixe ou outras fontes de alimento.

Testes laboratoriais mostram que os aditivos químicos, poluentes e metais absorvidos na superfície do plástico ingerido podem desossar e se transferir para as tripas e os tecidos dos organismos marinhos.

Entretanto, no caso dos humanos, o plástico não prejudica o organismo somente pela sua entrada na cadeia alimentar, mas também pela transferência de substâncias perigosas de embalagens para os alimentos, esse é o caso do plástico feito a partir do bisfenol.

Uma pesquisa mostrou que substâncias nocivas e persistentes podem se bioacumular (aumentar a concentração no organismo) e biomagnificar (aumentar a concentração em níveis tróficos mais elevados) nos organismos.

Danos causados pelo plástico à cadeia alimentar

O pesquisador Mark Browne, da Universidade da Califórnia, mostrou que os microplásticos com tamanho de 3,0 e 9,6 μm de diâmetro podem parar no intestino de mexilhões e permanecer ali por mais de 48 dias. Um estudo de 2012, realizado por outro grupo, mostrou que os microplásticos absorvidos pelos mexilhões resultaram em uma forte resposta inflamatória.

A ecologista Heather Leslie, da Universidade Livre de Amsterdã, afirma que partículas de plástico podem induzir respostas imunotoxicológicas, alterar a expressão gênica (aumento do risco de câncer) e causar morte celular, entre outros efeitos adversos. "Os microplásticos podem passar pela placenta e pela barreira hematoencefálica e podem ser absorvidos no trato gastrointestinal e nos pulmões, locais onde os danos podem ocorrer", diz ela.

Mas, como afirmam alguns cientistas, não se sabe com segurança todo o potencial de danos que plástico podem causar na cadeia alimentar, sendo necessário realizar mais estudos e aumentar a visibilidade da questão.

O que fazer?

Para reduzir o lixo plástico na cadeia alimentar, o primeiro passo é praticar o consumo consciente, ou seja, repensar e reduzir o seu consumo. Já pensou em quantos supérfluos utilizamos no dia a dia que poderiam ser evitados?

Por outro lado, quando não for possível evitar o consumo, a saída é optar pelo consumo o mais sustentável possível e pela reutilização e/ou reciclagem. Mas nem tudo é reutilizável ou reciclável. Nesse caso, realize o descarte corretamente. Confira quais são os postos de coleta mais próximos de sua casa nos mecanismos de busca do Portal eCycle.

Mas lembre-se: mesmo com o descarte correto é possível que o plástico escape para o ambiente, então consuma com consciência.

Para saber como reduzir o seu consumo de plásticos, dê uma olhada no vídeo:


Fonte: New Link in the Food Chain? Marine Plastic Pollution and Seafood Safety

Há microplásticos no sal, nos alimentos, no ar e na água. Saiba como eles surgem, mude hábitos e previna-se

Você pode não ver, mas os microplásticos estão lá e não se sabe ainda quais implicações podem causar


Que o plástico está presente em nosso cotidiano todo mundo sabe, é só olhar para celulares, roupas, computadores, embalagens de alimentos, potes de cosméticos, seringas médicas, equipamentos de engenharia, embalagens de remédios, sinalizadores de trânsito, enfeites, glitter... Essa lista poderia seguir por linhas e linhas. 

Mas o que nem todo mundo imagina é que os microplásticos também estão presentes no ar que respiramos, em alimentos como o sal ou a cerveja e até na água que bebemos: cerca de 83% da água de torneira do mundo inteiro está contaminada com microplásticos. Um estudo encontrou as pequenas partículas até na água engarrafada. 

Da sola do sapato ao ar que respiramos, não há dúvidas, há plástico em todo canto. Ilhas se transformam em depósito de lixo plástico, assim como terrenos e calçadas. Em 2050, o oceano poderá conter mais peso em plásticos do que peixes. A dúvida é saber se estamos no Antropoceno (a Era da Humanidade) ou na Era do Plástico.

Mas é verdade que os diversos tipos de plástico têm nos ajudado de muitas formas. Entretanto, assim como há prós, há contras em relação à utilização desse material.

E os contras estão relacionados a problemas de saúde gerados na produção, no contato com o plástico no dia a dia e nas perdas para o ambiente, incluindo o caso de descarte incorreto, que acaba sendo uma das fontes de contaminação de lençóis freáticos, ar, plantas, alimentos, água, entre outros.

Você não vê, mas ele está lá

O perigo maior é quando o plástico se fragmenta em pequenos pedaços, formando os microplásticos, que são invisíveis a olho nu.

Tóxicos

Quando escapa para o ambiente, o microplástico atua como captador de poluentes orgânicos persistentes (POPs) altamente nocivos. Dentre esses poluentes estão os PCBs, os pesticidas organoclorados, o DDE e o nonifenol.

Os POPs são tóxicos e estão diretamente ligados a disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas. Eles ficam durante muito tempo no ambiente e, uma vez ingeridos, têm a capacidade de se fixarem na gordura do corpo, no sangue e nos fluidos corporais de animais e humanos.

Cadeia Alimentar

Ingerir microplásticos contaminados não é muito difícil, uma vez que, desde o final da II Guerra Mundial, eles já estão contaminando o ambiente e fazem parte da cadeia alimentar.

Na Indonésia, trabalhadores da pesca já estão consumindo mexilhões contaminados por microplásticos. Mas não é somente na Indonésia, no Reino Unido e na Austrália, os mexilhões também estão contaminados por microplásticos. Quem come frutos do mar regularmente ingere cerca de 11 mil pedaços de microplásticos por ano.

Bisfenóis

Os bisfenóis, utilizados em larga escala pela indústria, estão presentes em tintas, resinas, latas, embalagens e materiais de plástico em geral. Quando escapam para o ambiente, além da poluição visual e física que causam, geram poluição química. Uma vez no ambiente e em nossos corpos, o bisfenol se comporta como um disruptor endócrino, podendo causar esterilização em animais, problemas comportamentais, diminuição da população, entre outros.

Risco para a vida animal

Quando os microplásticos contendo bisfenol vão parar no ambiente, podem causar reduções em populações de golfinhos, baleias, veados e furões, prejudicar o desenvolvimento de ovos de aves, causar deformidades sexuais em répteis e peixes, alterações na metamorfose de anfíbios e muitos outros danos.

Prejuízos à saúde humana

Os alimentos embalados por recipientes contendo bisfenol se contaminam e, quando os consumimos, ingerimos também o bisfenol, cujo consumo está, comprovadamente, associado a diabetes, síndrome do ovário policístico, cânceres, infertilidade, doenças cardíacas, fibromas uterinos, abortos, endometriose, déficit de atenção, entre muitas outras doenças.

Mas como os microplásticos vão parar no ambiente?
  • Na lavagem das roupas

Parte significativa das roupas são compostas por fibras têxteis sintéticas de plástico - um exemplo é o próprio poliéster. Durante a lavagem de roupas, por meio do choque mecânico, os microplásticos se desprendem e acabam sendo enviados para o esgoto, indo parar em corpos hídricos e no ambiente.
Pesca fantasma


A pesca fantasma, também chamada de ghost fishing em inglês, é o que acontece quando os equipamentos desenvolvidos para capturar animais marinhos como redes de pesca, linhas e anzóis são abandonados, descartados ou esquecidos no mar. Esses objetos, na maioria da vezes feitos de plástico, colocam em risco toda a vida marinha, pois uma vez preso nesse tipo de engenhoca, o animal acaba ferido, mutilado e morto de forma lenta e dolorosa. Sem lucrar nem alimentar ninguém, a pesca fantasma afeta cerca de 69.000 animais marinhos por dia no Brasil. Para, no fim das contas, ser outra fonte de microplástico. Estima-se que 10% do plástico presente no oceano tem origem na pesca fantasma. Saiba mais sobre esse tema na matéria: "Pesca fantasma: o perigo invisível das redes pesqueiras". 

  • No ar

As mesmas fibras têxteis de plástico também vão parar no ar. Um estudo de 2015, realizado em Paris, na França, estimou que, a cada ano, cerca de três a dez toneladas de fibras plásticas atingem as superfícies das cidades. Uma das explicações é que o simples atrito de um membro do corpo com o outro, quando a pessoa está vestida com roupas de fibras têxteis sintéticas plásticas, já seria o suficiente para dispersar os microplásticos na atmosfera. Essa poeira de microplásticos pode ser inalada, juntar-se ao vapor e ir parar na sua xícara de café e no seu prato de comida, por exemplo.

  • No atrito dos pneus

Os pneus de carros, caminhões e outros veículos são feitos de um tipo de plástico chamado estireno butadieno. Ao passarem pelas ruas, o atrito desses pneus com o asfalto gera emissão de 20 gramas de microplásticos a cada 100 quilômetros percorridos. Para se ter uma ideia, na Noruega, é emitido um quilo de microplásticos de pneu por ano por pessoa.

  • Tintas látex e acrílicas

Estudos mostraram que a tinta utilizada em casas, veículos terrestres e navios desprende-se destes por meio de intempéries e vai parar no oceano, formando uma camada bloqueadora de microplásticos na superfície oceânica.

A isto, podemos acrescentar as tintas látex e acrílicas utilizadas em artesanatos e os pincéis lavados nas pias.

  • Microesferas dos cosméticos

Sabonetes, cremes, pastas, géis e máscaras esfoliantes são um perigo para o ambiente. Esses produtos são feitos de microplásticos de polietileno que, após o uso, são despejados diretamente pela torneira na rede de esgoto. Mesmo quando há estações de tratamento, as microesferas de plástico dos cosmético não são retidas pela filtragem de partículas, pois são muito pequenas, e acabam indo parar no oceano. Esses produção já foram banidos em países como a Inglaterra.

  • Nurdles

Nurdles são pequenas bolinhas plásticas utilizadas na manufatura de vários itens plásticos. Diferente dos resíduos plásticos que se decompõem até se tornarem microplásticos, os nurdles são feitos já com um tamanho reduzido (cerca de 5 mm de diâmetro). Eles são a maneira mais econômica de transferir grandes quantidades de plástico para fabricantes de uso final do material em todo o mundo. O problema é que navios e trens despejam acidentalmente essas bolinhas em estradas ou no mar; ou a parte que sobra da produção não é tratada adequadamente. Se alguns milhares de nurdles caem no mar ou em uma rodovia, é praticamente impossível fazer a limpeza. Em uma pesquisa realizada no início de 2017, foram encontrados nurdles em 75% das praias do Reino Unido.

Material semelhante aos nurdles são os pellets, feitos da mesma maneira mas em formato cilíndrico. Os pellets também vão parar no ambiente devido às perdas no transporte e contaminam corpos hídricos, solo e animais.

  • Descarte incorreto

Durante o ano, pelo menos oito milhões de toneladas de lixo de resíduos de plástico que foram descartados incorretamente (ou que escapam pelo vento) vão parar nos oceanos, lagos e rios do mundo todo.

Esses descartes, se fossem encaminhados corretamente para a reciclagem, poderiam voltar para a cadeia energética, mas, uma vez no oceano, se fragmentam em microplásticos e acabam entrando na cadeia alimentar, inclusive humana.

Cada canudo, sacola, tampa, rótulo e embalagem descartados incorretamente se quebrarão e formarão microplásticos. O plástico não desaparece, só fica menor.

  • Canudinhos

Diariamente, são descartados um bilhão de canudinhos. Só no Estados Unidos, são jogados fora meio milhão de canudinhos por dia. Estima-se que os canudinhos compõem cerca de 4% de todo o plástico encontrado no oceano. 

Quando vão parar no ambiente (mesmo quando descartados em aterros, podem ser levados pelo vento), esses canudinhos, antes de virarem microplásticos, acabam indo parar no organismo de animais, inclusive em narinas de tartarugas.

O que fazer?
  1. O primeiro passo é diminuir o consumo de plástico na medida do possível;
  2. Não consuma animais marinhos e contribua com iniciativas que retirem redes de pesca e outros plásticos do mar;
  3. Troque sua escova de dentes de plástico por uma de bambu;
  4. No lugar de tecidos de fibra sintética, utilize algodão orgânico. Confira outras "Dicas para ter uma pegada ambientalmente correta com as suas roupas";
  5. Quando comprar alimentos, cosméticos e produtos em geral, prefira aqueles que venham em embalagens de vidro, que são consideradas sustentáveis. Saiba como tirar a cola do adesivo dos rótulos para facilitar a reutilização dos vidros;
  6. Reutilize! Pratique o upcycling, uma maneira de reinventar objetos;
  7. Tome cuidado com a reutilização de garrafinhas d'água, veja o porquê em nossa matéria: "Perigos de reutilizar sua garrafinha de água" - utilize garrafas não descartáveis para transportar sua água;
  8. Zere o consumo de itens de plástico supérfluos, como, canudinhos;
  9. Pegue e dê carona. Cada carro a mais é sinônimo de mais microplásticos no ar e na água;
  10. Zere o consumo de cosméticos com esfoliantes sintéticos, substitua-os por receitas naturais;
  11. Repense seu consumo e o que você pode fazer para reduzir o plástico presente na sua vida;
  12. Dê prioridade aos bioplásticos. Conheça o plástico verde, o plástico PLA e o plástico de amido;
  13. Descarte corretamente e encaminhe para reciclagem. Confira quais são os postos de coleta mais próximos de sua residência. Confira também nossa matéria: "O que é reciclagem e como ela surgiu?".
  14. Conheça a New Plastics Economy, uma que, aplicando os princípios da Economia Circular, visa reunir setores importantes do ramo do plástico para repensar e reformular o futuro, começando pelas embalagens.
Pressione empresas e governos para que garantam o retorno do plástico à cadeia de produção. Afinal de contas, nem todo plástico reciclável destinado corretamente é efetivamente reciclado.

Fontes: Folha de São Paulo e OrbMedia