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A versatilidade das tradicionais fontes orgânicas

 

A bioenergia também foi objeto de discussão no Fórum de Energias Renováveis. Gerada por meio de fontes como matérias orgânicas de origem vegetal ou animal, ela tem a versatilidade como uma das principais características, já que é igualmente útil na produção de combustíveis, eletricidade e calor.

Em dezembro do ano passado, o governo gaúcho assinou contrato de suprimento de biometano após estudos de viabilidade feitos pela Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), com a pretensão de instalar a central de tratamento integrado de resíduos em Triunfo, na região metropolitana. Em 2016, o Estado tinha capacidade de produzir 2,7 milhões de metros cúbicos (m³) por dia de biogás, 1,5 milhão de m³ por dia de biometano e gerar 2,4 gigawatts (GW) de energia elétrica a partir da biomassa agrossilvopastoril.

Os dados são do Atlas das Biomassas, estudo encomendado pela Sulgás junto à Universidade do Vale do Taquari (Univates) e concluído no ano de 2016. De acordo com a Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), o Brasil tem potencial de produção de 120 milhões de m³ diários do biogás, que poderiam suprir 40% da demanda por energia elétrica e 70% do consumo de diesel. 

A biomassa residual produzida no Rio Grande do Sul tem origem em cinco diferentes fontes, ainda conforme o documento: pecuária, especialmente dejetos de bovinos, suínos, aves, equinos e ovinos, agroindustrial, este subdividido em abate bovino, suíno, avícola e laticínios, e ainda resíduos de vinícolas, Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e aterros por meio do reúso dos resíduos sólidos urbanos. “Temos matéria-prima para utilização de biogás infinito. O Brasil produz diariamente 220 mil toneladas de resíduos domiciliares. No mínimo, 110 missão orgânicos”, disse no evento Pedro Rudimar, professor do IMED em Passo Fundo.

De acordo com a Aneel, a biomassa utilizada no Estado também provém de materiais como casca de arroz e resíduos de madeira. Os maiores índices de geração, conforme o Atlas das Biomassas, estavam na Fronteira-Oeste, detendo 16,4% do total. Na sequência, vêm o sul gaúcho, Campanha, Vale do Taquari e Serra. O potencial da biomassa está no radar de grandes empresas como a Braskem e a BSBIOS, que participaram do Fórum e expuseram suas experiências de produção.

Futuro

"O futuro é verde. O meio ambiente é a pauta". A expert em Estudos de Futuros e Neo Humanista e CEO da W Futurismo, Jaqueline Weigel, foi a palestrante de abertura do Fórum de Energias Renováveis. Segundo ela, o futuro deve instigar os líderes, nas empresas e no poder público, a pensarem a longo prazo. “Não vamos mudar o planeta em cinco anos. E é preciso saber aonde se quer chegar. Ninguém pega um avião sem saber o destino.”

Conversão de resíduos de laticínios em energia renovável e água limpa

Firma de investimento e parceira da empresa de energia para desenvolver a conversão anaeróbica de resíduos lácteos Ben & Jerry em 1 MW de energia renovável na rede de Vermont.

© wong sze fei / EyeEm - stock.adobe.com

A Leyline Renewable Capital anunciou uma parceria com a PurposeEnergy para facilitar o desenvolvimento do projeto SAINT em St. Albans, Vt., Que converterá anaerobicamente resíduos de alimentos industriais, incluindo resíduos de laticínios de alta resistência Ben & Jerry e sorvete despachado, em 1 MW de energia renovável e água limpa.

Leyline Renewable Capital, fornecedora líder de dívida de pré-construção e capital acionário para o desenvolvimento de energia renovável.

PurposeEnergy, um desenvolvedor que projeta e opera sistemas de tratamento de águas residuais industriais que convertem resíduos orgânicos em energia renovável e água limpa.

O projeto SAINT terá início este ano e começará a processar resíduos de sorvete no outono de 2022. Uma vez em operação, o projeto irá gerar energia renovável suficiente para abastecer aproximadamente 1.000 casas em Vermont e sequestrar fósforo, evitando que entre na bacia do Lago Champlain. O excesso de fósforo pode causar o florescimento de algas, reduzir a clareza da água, criar odores e prejudicar a vida aquática, o que reduz o uso recreativo do lago e causa impacto no turismo e no meio ambiente da região.

A PurposeEnergy construirá esta planta de pré-tratamento anaeróbico adjacente ao local de produção da Ben & Jerry's, que será conectada por meio de um tubo enterrado de três polegadas que receberá os subprodutos da Ben & Jerry's para tratamento, eliminando a necessidade de centenas de caminhões-tanque de resíduos a cada ano. A fim de maximizar a produção de energia dos digestores, a PurposeEnergy irá misturar outras matérias-primas, incluindo resíduos alimentares despackaged, chocolate e subprodutos de queijo, com o sorvete. Como resultado, outras empresas da comunidade também podem usar os digestores para processar seus subprodutos, enquanto economizam dinheiro e reduzem sua pegada de carbono.

"A PurposeEnergy espera revolucionar a maneira como as instalações de produção de alimentos e bebidas processam, utilizam e recuperam resíduos orgânicos", disse Eric Fitch, fundador e CEO da PurposeEnergy. "Estamos gratos que a Leyline nos forneceu o capital crítico de que precisávamos para iniciar este projeto, bem como a orientação de que precisávamos para iniciar o projeto SAINT e ajudar a Ben & Jerry's a gerenciar seus subprodutos de maneira sustentável."

FONTE Leyline Capital Renovável

Biodigestores da USF transformam resíduos de alimentos em energia

Os alunos da USF St. Petersburg instalaram um sistema inovador que irá decompor naturalmente os alimentos não comestíveis no campus - o primeiro desse tipo em uma universidade da Flórida.

© Screenshot Fox13 news

Chamado de sistema ORCA, o biodigestor usa oxigênio, água e microorganismos que florescem na água fria para decompor alimentos, desde frutas e pães até ovos e ossos de galinha. O sistema, financiado pelo fundo de energia verde para estudantes da universidade (SGEF) com US$ 25.600, será capaz de quebrar até 15 libras de alimentos por hora e pode desviar mais de 2.000 libras dos resíduos alimentares da universidade por ano dos aterros sanitários.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, 30% dos alimentos são desperdiçados globalmente em toda a cadeia de abastecimento, terminando em grande parte em aterros onde se decompõe lentamente e libera metano, um gás de efeito estufa mais potente do que o dióxido de carbono. O desperdício de alimentos contribui com até 8% das emissões globais de gases do efeito estufa, e a ONU afirmou que se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases do efeito estufa do planeta.

Até 40% dos alimentos produzidos nos Estados Unidos vão para o lixo, de acordo com Whitney Fung Uy, Ph.D. candidato e pesquisador principal do projeto. É relatado que os campi universitários como um todo desperdiçam 22 milhões de libras de alimentos a cada ano.

“Todo lugar que faz e prepara comida obviamente joga alguns de seus itens fora, o que por sua vez se torna um grande contribuinte para as emissões de gases de efeito estufa e mudanças climáticas”, diz Emma Jacobs, estudante do segundo ano da USF St. Petersburg e vice-presidente da SGEF. “O ORCA diminuirá a quantidade de desperdício de alimentos na universidade, ao mesmo tempo que reduzirá nossa pegada de carbono.”

Os resíduos alimentares do refeitório da universidade serão recolhidos e carregados na unidade ORCA, que ficará alojada na área de lavagem da loiça do refeitório. O ORCA divide os resíduos alimentares em pedaços cada vez menores até que sejam eventualmente transformados em um efluente líquido. O efluente - composto em grande parte por água com gorduras, proteínas e minerais decompostos - é então filtrado com segurança por uma tela e descarregado através da infraestrutura de encanamento existente e no sistema de esgoto sanitário.

Ao contrário de outros sistemas de biodigestão de resíduos alimentares, os microorganismos no ORCA prosperam em água fria, economizando energia e dinheiro sem a necessidade de aquecer água. O processo de digestão é aeróbio, ou seja, impulsionado pelo oxigênio e, portanto, não produz metano.
Atualmente, as sobras de alimentos comestíveis na universidade são coletadas e doadas a abrigos locais por um clube de recuperação de alimentos liderado por estudantes. O ORCA abordará de forma sustentável o descarte de resíduos não comestíveis.

Louis Duran, gerente geral de serviços de jantar da USFSP, estima que o refeitório da universidade gera cerca de 40-50 libras de resíduos de alimentos não comestíveis por semana.

“A maior parte dos resíduos alimentares produzidos vem do preparo dos alimentos, como cascas de vegetais”, diz Duran. “Vamos educar nossa equipe de jantar para agora colocar esses resíduos em lixeiras ao longo do dia, que serão despejados na ORCA em vez de no lixo.”

Os alunos com SGEF passarão este semestre educando todos os alunos no novo sistema. O objetivo é instruí-los a deixar os alimentos não consumidos no prato ao devolvê-los à esteira de lavagem de louça, para que esses resíduos possam ser colocados no ORCA.

“Muito da sustentabilidade significa educar para fazer as coisas de maneira diferente, então passaremos o semestre informando nosso corpo discente sobre essa nova forma de descartar alimentos de forma sustentável”, diz Jacobs.

O SGEF também rastreará dados que a ORCA calcula, como a quantidade de resíduos alimentares que está sendo desviada dos aterros, para mostrar o impacto ambiental total do sistema.

Fonte: Waste Management World

Transformação de dejetos das granjas em energia limpa no Rio Grande do Sul

Crescimento do número de granjas que transformam dejetos em energia limpa vem ganhando velocidade nos anos mais recentes, empurrado pela maior segurança oferecida pelo marco regulatório e disponibilidade de financiamentos.


A transformação de dejetos das granjas em energia limpa tem atraído cada vez mais a atenção do setor agropecuário no Rio Grande do Sul. Segundo dados do Centro Internacional de Energias Renováveis - Biogás (CIBiogás), o Rio Grande do Sul conta atualmente com 31 plantas de biogás em atividade, sendo que a maioria delas (16) entrou em operação a partir de 2016. Além de contribuir com a redução de gastos com combustível e com energia elétrica e térmica, o biogás tem sido apontado como fundamental para ajudar o Brasil a alcançar as metas relacionadas à redução de gases do efeito estufa.

Em 2020, segundo a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), a produção nacional de biometano (biogás purificado) ficou em 365 mil metros cúbicos por dia. A entidade calcula que o país tenha um potencial de produzir 120 milhões de metros cúbicos por dia. Para contribuir com a redução da pegada de carbono até 2030, a meta traçada pelo setor é avançar para 32 milhões de metros cúbicos por dia ao final desta década.

Segundo o vice-presidente da ABiogás, Gabriel Kropsch, o marco regulatório do segmento avançou ao longo dos últimos anos, trazendo segurança para investidores e consumidores, mas ainda há questões de ordem tributária a serem resolvidas. “Não queremos subsídios, mas condições de competição com outras energias”, explica, ressaltando que, em alguns estados, o ICMS do biogás é maior do que o do diesel.

Apesar do avanço registrado nos últimos anos, é consenso no setor que a produção de biogás encontra-se muito abaixo do potencial, tendo em vista a grande produção de aves, suínos e gado presente no Rio Grande do Sul e, consequentemente, o grande volume de matéria orgânica disponível. O Paraná, por exemplo, conta com 146 plantas. “Estamos enterrando energia”, resume a professora Suelen Paesi, do Laboratório de Diagnóstico Molecular da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Na avaliação dela, falta fazer com que a informação chegue aos interessados, pois os financiamentos estão disponíveis, inclusive por meio de recursos internacionais. Suelen coordenou, no final de março, o 3º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, realizado em formato on-line com o objetivo de discutir o desenvolvimento da cadeia.

Conforme a ABiogás, o Rio Grande do Sul conta com um potencial de geração de energia elétrica a partir do biogás na ordem de 8.271 GWh por ano. “No Brasil, o que é explorado representa menos de 2% do potencial. Temos muito chão para crescer ainda”, calcula Kropsch. Diferente do que ocorre com os combustíveis fósseis, o biogás é produzido pela decomposição da matéria orgânica, o que é um processo natural. Esse processo pode ocorrer de forma descontrolada, na natureza – gerando um passivo ambiental –, ou dentro de um ambiente controlado, aproveitando o produto para a geração de energia. De acordo com Kropsch, se todo o biogás gerado no Brasil fosse aproveitado, haveria produção suficiente para substituir cerca de 25% da energia elétrica no país, ou 70% do consumo de óleo diesel.


No meio rural, a instalação de biodigestores – reatores onde ocorrem os processos biológicos que geram o biogás – cresceu nos últimos anos, favorecida pelo surgimento de novas tecnologias, linhas de financiamento e oportunidades de negócios. “Os bancos são sensíveis a isso de uma maneira muito positiva. Eles têm interesse em financiar projetos que sejam amigáveis ao meio ambiente”, ressalta o pesquisador Airton Kunz, da Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC).

O equipamento tem sido utilizado por produtores rurais principalmente para a geração de energia elétrica. Porém, o sistema também possibilita a geração de energia térmica, que pode ser utilizada, por exemplo, em sistemas de secagem de grãos ou no aquecimento de aviários. A matéria orgânica utilizada para a produção do biogás é composta por dejetos da produção agropecuária, em especial da avicultura, suinocultura e bovinocultura de leite. “As fezes dos animais são materiais de excelente biodegradabilidade”, complementa Kunz.

Com a sustentabilidade na ordem do dia, a busca por energias renováveis envolve cada vez mais esforços, em especial nos países desenvolvidos. A preocupação dos consumidores com a busca de energias mais limpas abre espaço, inclusive, para a valorização comercial da carne e ovos. “Os produtos de suínos e aves que têm biodigestão nas suas granjas vão, logo mais, ter uma valorização extra, porque o consumidor vai exigir esse nível de certificação”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.

FONTE: Suinocultura Industrial

Conheça a recicladora de resíduos orgânicos residencial disponível no Brasil!


Dentro de um período de 4 a 12 horas, até 90% do seu lixo orgânico produzido em casa pode virar rico adubo com a Terraform Kitchen. Livre de odores, por conta do filtro de carvão ativado, é fácil de transportar, manusear e limpar. Disponível em dois tamanhos, com capacidade máxima de 2 kg ou de 5 kg, cabe em qualquer espaço da cozinha.

Hoje mais da metade do que é descartado no Brasil é lixo orgânico e os impactos causados por esse material influenciam diretamente no nosso futuro, como a geração do gás metano que é 24 vezes mais poluente que o gás carbônico, o chorume tóxico que pode infiltrar no solo e contaminar os lençóis freáticos e nascentes de rios e, também, a atração de animais transmissores de doenças.

A ideia de transformar o lixo doméstico em algo reutilizável, como o adubo, foi inspirada nas composteiras orgânicas tradicionais, um método de decomposição feito com bactérias aeróbicas, geralmente usado por quem mora em áreas com acesso à natureza ou grandes jardins. “A diferença é que enquanto a compostagem tradicional demora dias e até meses para gerar o adubo, com a Terraform Kitchen aceleramos o processo para obter o resultado em algumas horas, uma vez que a decomposição da comida é feita a partir de um processo de controle de temperatura, umidade e aeração do composto. Perfeito para quem quer fazer o descarte correto de seus resíduos de forma rápida e prática, sem sair de casa, ou melhor, da cozinha”, explica a gerente.


O resultado do processo é um adubo rico em nutrientes, indicado para fertilizar vasos, jardins e hortas, sempre misturado à terra, em proporções de 1 para 4. Caso o conteúdo não seja utilizado, ainda pode ser armazenado em potes vedados, com duração de até três anos, se bem conservados e mantidos longe da umidade. Outra opção é doar aos familiares, amigos e vizinhos. “O fato curioso é que cada adubo conta uma história diferente, variando em cor e aspecto, pois a composição dos alimentos despejados na redutora influencia no material final, sem perder qualidade, claro”, conta.

Marabá: Guseiras começam a operar com potencial de ampliação da produção

Após amargar longa crise com paralisações e demissões em massa por problemas ambientais, o polo siderúrgico retoma a produção de ferro gusa no Distrito Industrial de Marabá


Após amargar longa crise com paralisações e demissões em massa por problemas ambientais, alto preço de produção, escassez de mercado, dentre outras dificuldades, o polo siderúrgico de Marabá retoma, aos poucos, a produção de ferro gusa no Distrito Industrial de Marabá (DIM).

No auge da produção, por volta de 2003/2004, o complexo do polo siderúrgico instalado no DIM chegou a ter 12 siderúrgicas produzindo ferro gusa 24 horas em três turnos, operacionalizando 22 alto fornos à plena produção.

Simara, Cosipar, Sinobras, Sidepar, Ferrogusa Carajás, Brasil Novo, Usimar, Da Terra, Sidenorte, Ibérica e Maragusa/Âncora compravam a matéria-prima básica da Vale, que a transportava por sua ferrovia que liga Parauapebas (PA) ao porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), com ramal em Marabá.

Um dos maiores desafios dessas empresas é equacionar a autossuficiência florestal ao longo do funcionamento da Siderúrgica, visto que a disponibilidade de florestas próprias para produção de carvão vegetal é uma condição necessária para o seu funcionamento regular e duradouro. A pressão de órgãos ambientais como Ibama e ICMBio, que aplicaram pesadas multas por conta da origem do carvão vegetal (matéria prima do gusa) é um desafio a ser superado.

Outra questão é obter um preço diferenciado da matéria-prima fornecida pela Vale, conforme atesta Zeferino de Abreu Neto, executivo do setor e presidente do Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa.

Outra opção, mais cara e complexa, e de alto custo, seria alimentar as siderúrgicas com gás, construindo dutos para abastecer as plantas industriais de Marabá, solução que na opinião do ex-Presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, Ítalo Ipojucan daria condição de competitividade, abandonando o carvão vegetal, o maior gargalo da produção do setor.

ACIM

Por telefone, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM), empresário e advogado Raimundo Nonato Araujo Junior, disse que a entidade está trabalhando em três eixos que garantam condições essenciais para que o setor volte a operar o polo siderúrgico do DIM.

“A ACIM vem, ao longo do tempo, envidando esforços junto às autoridades constituídas do Executivo e do Legislativo estadual e federal no tocante à possibilidade de uma modernização da legislação ambiental vigente, nos termos em que hoje acontece no vizinho estado do Tocantins”, explicou Araujo Junior.


O presidente da ACIM destacou que a entidade tem todo o interesse que o setor volte a produzir, gerando empregos, renda e avanços para toda a sociedade marabaense e paraense. “Com fazendas licenciadas, um bom manejo florestal e tributação diferenciada, aos moldes do que é praticado para o fornecimento de madeira para a produção da indústria de celulose, criaremos condições de competitividade de preço de produção e responsabilidade ambiental”, detalhou.

Araujo Junior revelou que a ACIM tem articulado junto ao governo e à mineradora Vale um preço de minério diferenciado para as plantas industriais de ferro gusa no DIM. “Defendemos que haja a participação do poder público e da Vale como indutores desse setor, a partir de fornecimento de minério de ferro com preço diferenciado às empresas. A produção das minas da Vale são próximas ao DIM e não há porque a Vale não participe desse processo de retomada do setor guseiro”, defendeu.

No auge da produção de 12 plantas industriais de ferro gusa, a Vale fornecia ao DIM apenas 1% do total de sua produção para abastecer as indústrias em Marabá.

Derrocada

A partir de 2008 ruíram como um castelo de cartas, uma guseira estabelecidas no DIM após a outra, encerrando um ciclo econômico industrial que gerava mais de 20 mil empregos diretos, produzia riquezas, salários, compras no comércio local, incrementava o setor imobiliário e gerava dezenas de milhões de dólares com a venda da produção, toda ela exportada para o exterior; agora, surgem novos investimentos resultando na abertura de algumas siderúrgicas.

Logística

Os investidores consideram que o DIM é bem servido do ponto de vista da logística, com acesso por aeroporto, três rodovias federais, ferrovia e uma hidrovia a ser concluída com a obra de derrocamento do Pedral do Lourenço, que permitirá a navegabilidade do Rio Tocantins, prevista para iniciar no final de 2020.

O acesso ao Distrito Industrial de Marabá se dá por meio da rodovia federal BR-155 (antiga PA-150), pista simples de sentido duplo, que tornou-se uma via perigosa para o tráfego (não é de hoje) intenso de veículos de passeio, caminhões e carretas. Um caminhão que sai do DIM para acessar a BR passa por uma atividade de risco, sujeito a grave acidente. “Essa rodovia precisa de atenção das autoridades, e o ideal seria sua duplicação, com acostamentos planejados para a demanda que já havia e torna a ressurgir”, disse Francisco Arnilson de Assis, empresário e ex-gerente do Distrito Industrial de Marabá (2008 a 2010).

Na entrada do DIM caberia também um trevo, com rotatória, para não atrapalhar o intenso fluxo de veículos que passa diariamente no local.

Nas vias internas de acessos às siderúrgicas há problemas de conservação que ocasionaram vários pontos de erosão, causando riscos ao tráfego das pesadas carretas e caminhões que transportam a matéria-prima e o carvão vegetal que alimenta os alto fornos.

Novas siderúrgicas estão surgindo no DIM

Aos poucos, novas empresas ou antigas estão retomando a produção. Confira quais as empresas estão ativas e as que têm planos de operar no DIM.

Siderúrgica Âncora

Após o fechamento de todas as guseiras, eram mais de uma dezena, gerando milhares de empregos diretos e indiretos e fortalecendo uma cadeia produtiva enorme, beneficiando municípios e estados, em junho de 2018 ressurgiu a Maragusa, com o nome de Siderúrgica Âncora. Investidores mineiros arrendaram a planta industrial e hoje empregam mais de 160 funcionários, com um leque enorme de negócios envolvidos, desde o transporte de trabalhadores por uma empresa terceirizada com vários ônibus a circular em três turnos de trabalho. A Maragusa era de propriedade do Leonildo Rocha que edificou um projeto moderno de produção de ferro gusa, e ganhou vida e está produzindo normalmente.

No fechamento dessa reportagem recebemos a notícia de que a Âncora foi obrigada a suspender suas atividades na última semana por falta de matéria-prima (minério de ferro) para alimentar o seu alto forno.

Gusa Brasil


Com um novo quadro administrativo à frente, a antiga siderúrgica Sidepar. que no passado funcionava com três fornos e três turnos, com quadro de mais de 800 funcionários, ressurge como a Gusa Brasil. O forno foi reativado em 18 de dezembro de 2019 e já responde por 160 empregos diretos. Nem precisa ser um grande observador para ver nos rostos dos trabalhadores uma grande satisfação ao voltar para o mercado de trabalho, poder, com o fruto de seu suor, garantir uma melhor condição de vida para suas famílias. O brasileiro se transforma quando volta a trabalhar e essa expressão está visível, daí todos os esforços empresariais se revestem de grande importância.

Sidepar

Quando operava, a Sidepar (Siderúrgica do Pará) detinha mina própria para extração de minério de ferro, chegando a operar quatro alto fornos em sua planta no DIM sem depender da Vale para comprar minério de Ferro. Sua mina, em Floresta do Araguaia abastecia sua grande necessidade de matéria-prima. Tragada pelo efeito dominó que iniciou em 2008, o DIM viu uma a uma as guseiras fecharem as portas. Nove empresas do setor não suportaram o tranco em função da crise mundial que fez despencar o preço do minério de ferro e também do gusa.

Embora também tenha sido afetada pela queda do preço do aço, a Sinobras não entra na conta das nanicas guseiras porque sua produção é comercializada no mercado nacional e alcançou autossuficiência na produção de carvão vegetal por ter investido de forma correta e de acordo com a legislação vigente no plantio de eucalipto em dez fazendas no vizinho estado do Tocantins, mas, mesmo assim fechou. Na época dos problemas, um dos fatores que desmotivaram os diretores da Sidepar foi o baixo preço do ferro gusa que a China estava praticando no mercado internacional, vendendo o produto por US$ 200 dólares a tonelada, num famoso caso de dumping —expediente utilizado para a venda produtos a um preço inferior ao do mercado, especialmente o mercado internacional —, prática condenada pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O custo para produção no DIM à época era de US$ 350 dólares. “Temos uma carga tributária muito alta. Apesar de toda a estrutura logística que possui e ainda uma mineração própria, a Sidepar também não aguentou e encerrou suas atividades”, disse Neiba Nunes que presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos de Marabá.

Ferrogusa Carajás

A antiga siderúrgica Terra Norte funcionou por muitos anos com dois fornos. Foi vendida bem antes da crise do mercado mundial, tornou-se a Cikel, empreendimento dos mais organizados dentro do DIM. Com projeto moderno, o seu conjunto industrial, ambiental e de trabalho está adequado aos novos tempos, mas, foi obrigada a fechar as portas e ressurge novamente, com previsão de voltar a funcionar a partir de julho de 2020, informou um funcionário da administração com uma alegria sem tamanho. Para tanto, já foi recuperado um forno de grande capacidade produtiva. As cores estão voltando nas instalações, estruturas sendo recuperadas, renovadas. No seu momento de consolidação de produção, quando tinha dois fornos funcionando, gerou mais de 500 empregos diretos.

Carvopar

Empresa estabelecida em São Luís do Maranhão, tendo a logística como sua atividade principal, mudou-se para o DIM e está implantada ao lado da grande Gusa Brasil. Veio agregar valores à produção e gerar mais empregos. O seu proprietário está muito entusiasmado e confiante na retomada do setor.

Novos Negócios

Um ex-guseiro que pediu para não ter o seu nome revelado disse que está com suas atividades bastante avançadas na extração de minério de ferro, extração e flotação do minério de cobre. “Novos negócios começam a agitar o setor após a crise de 2008 e o governo tinha que dar uma atenção especial para esses empreendimentos”, comentou.

“A tristeza não é apenas pelo fechamento das siderúrgicas, mas por falta de uma política pública para que o Brasil não viva apenas de exportar matéria prima e depois comprar produtos industrializados lá de fora”, lamentou Neiba Nunes.

Para onde vai o lixo orgânico?


Sabe todo aquele resto de verdura, frutas ou qualquer outro alimento que jogamos fora como se fosse lixo comum? Pois bem, ele é chamado de lixo orgânico, ou seja, todo resíduo de origem biológica, seja animal ou vegetal. E esses resíduos precisam de um descarte correto, assim como qualquer outro lixo, por isso existe a coleta seletiva.


Se você não quer simplesmente jogar fora todo esse resíduo orgânico, você pode fazer uma compostagem doméstica ou apenas instalar um triturador de resíduos na sua pia, mas é preciso ter cuidado com essa última alternativa para não entupir as tubulações do esgoto e acabar concentrando mais resíduos no esgoto, fazendo com que o tratamento de água fique mais caro.

É muito importante entendermos o processo de reciclagem e para onde vai cada lixo que produzimos e descartamos. Existe o lixo reciclável, como o papel e plástico, que podem ser transformados em matéria-prima para produção de outras coisas, e existe o lixo orgânico que pode ser usado como adubo natural ou para produzir energia. Na última alternativa é importante saber onde descartar seu lixo para que ele vá para o aterro sanitário correto e seja realizada a coleta seletiva nesses locais, que são os apropriados para esse tipo de resíduo, e assim usá-lo para produção de biogás, que é um biocombustível composto em grande maioria de gás metano (CH4) e gás carbônico (CO2).

TRATAMENTO DE LIXO NOS ATERROS

Quando o lixo vai parar nos aterros, o tratamento acontece pela captação do chorume, que é aquele líquido escuro, com odor forte e viscoso, que vêm da decomposição da matéria orgânica jogada nos aterros. Por isso que todos os aterros são feitos por um sistema de impermeabilização, para drenar o chorume e não poluir o solo e, consequentemente, as águas subterrâneas e rios. Além de evitar também a proliferação de doenças e animais no local.


No processo de decomposição dessas matérias orgânicas, é produzido o metano (CH4), um gás incolor e inodoro, mas altamente tóxico e que contribui para o aumento do efeito estufa no nosso planeta. Mas por outro lado, pode ser usado como uma fonte renovável, porque ele é matéria-prima do biogás, que é produzido nas Usinas Termoelétricas.

Mas para que todo esse lixo orgânico chegue nos aterros para acontecer a decomposição de forma segura e correta, é necessária a colaboração de todos os cidadãos na separação bem feita dos seus lixos, sem misturar o lixo inorgânico com o orgânico.

CONSUMO CONSCIENTE

Produzimos mais de 79 mil toneladas de lixo por ano, um número preocupante que só aumenta a cada ano. Com o consumo desenfreado não temos noção da quantidade de lixo que descartamos, e por isso é preciso que tenhamos mais consciência em relação ao nosso consumo e escolhas. Repense seu consumo e pense mais no nosso planeta!

Misturar lixo orgânico e reciclável é crime no Canadá

Fonte: The Green Post

Por muitos anos, a prefeitura de Vancôver tem recomendado o descarte do material orgânico no green bin (lixo verde, em português), mas agora a coisa é para valer. Desde o começo do ano é lei: os moradores não podem mais misturar lixo orgânico com recicláveis. Depois de seis meses de “aviso”, quem não seguir a regra será punido.

A medida foi tomada pela prefeitura, junto com a ONG Metro Vancouver. Segundo Greg Moore, diretor da organização, todos serão impactados pela nova medida. “Nós precisamos pensar diferente. Precisamos pensar sobre como separamos nossos resíduos orgânicos, recicláveis e nosso desperdício sólido”, explica.

Atualmente, cerca de 60% do lixo da cidade é reciclado. A meta é que até o fim deste ano o número suba para 70% e até 2020 para 80%. O resíduo orgânico da cidade será coletado e encaminhado para compostagem industrial e tudo será transformado em biocombustível e adubo, ajudando no cultivo de hortas.

Além de reduzir a dependência dos lixões, diminui a emissão de gases de efeito estufa e ajuda a combater o desperdício. Ao separar o lixo, as pessoas passam a reparar na quantidade de comida que está sendo jogada fora e, quem sabe, repensam seus hábitos.

Supermercados de SP adotam sacolas que facilitam a reciclagem


Supermercados começam a cobrar por sacolinhas em São Paulo

A nova regulamentação impõe que essas sacolas sejam 40% maiores que as utilizadas atualmente, renováveis, mais resistentes (capacidade para 10 quilos) e com função extra de ajudar na reciclagem do lixo. Sacolinhas nas cores verde serão usadas para descarte de lixo reciclável e, na cor cinza, para não-reciclável. A sacolinha branca comum está proibida.

Segundo a prefeitura, essa solução foi negociada com os setores envolvidos para garantir os empregos dos trabalhadores da indústria plástica e a preservação do meio ambiente. É também uma forma de a população ter como transportar suas compras. São Paulo recicla, atualmente, 3% do seu lixo, e tem como meta aumentar o percentual para 10%.

A prefeitura vai fiscalizar a população: esta deverá separar o lixo corretamente, sob pena de advertência. Em caso de reincidência, haverá multa de R$ 50 a R$ 500. Ainda não está claro como será feita essa fiscalização. Se for comerciante, a lei estabelece multa de R$ 500 a R$ 2 milhões.

A Lei Municipal 15.374, Lei das Sacolinhas, foi regulamentada pelo prefeito Fernando Haddad no dia 7 de janeiro deste ano, após a justiça considerá-la constitucional. Quando a lei foi sancionada, em maio de 2011, o Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado ingressou com um pedido para suspender sua aplicação. Uma liminar suspendeu a lei no mês seguinte. A prefeitura recorreu e a liminar foi cassada.

De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (Apas), ficou a cargo dos estabelecimentos definir os preços das sacolinhas que serão comercializadas. “A Apas sugere que os valores dessas sacolas sejam comunicados ao consumidor, que poderá optar pela compra ou utilização de outros meios, como uso de embalagens reutilizáveis”, informou, por meio de nota.

Fonte: Agência Brasil

Dicas de Compostagem

O que você faz quando os restos de verduras, cascas de frutas, leite e legumes não são mais aproveitados na sua casa? Joga no lixo? Quem quer ser mais sustentável a partir de 2014 não precisa mais fazer isso. Pode usar a prática da compostagem e transformar os restos de alimentos em adubo para a sua horta ou jardim.


A compostagem é um processo biológico e aeróbio em que micro-organismos como bactérias e fungos e macro-organismos como minhocas, tatus-bola e centopeias são fundamentais para o sucesso. Pode parecer difícil, mas não é! O Blog da Iveco ensina cinco passos para você ter uma composteira em casa.

1. Avalie onde será instalada a compostagem caseira. Não a deixe muito longe da cozinha, pois você pode cair na tentação de jogar os resíduos no lixo comum. E adote um lixo de pia apenas para os resíduos orgânicos. Observe a quantidade de resíduos que você gera na sua casa. Por exemplo, se o seu lixo é de 1,5 litro e leva três dias para estar completo, sua média de geração para um ciclo de 45 dias (tempo médio para os resíduos compostarem) será de 22,5 litros (divida 1,5 por 3 e depois multiplique o resultado por 45). Assim, você vai precisar de locais que comportem 22,5 litros para montar sua compostagem de forma correta.

2. Separe os materiais necessários. Use luvas grossas todas as vezes que for mexer na pilha de composto para evitar o contato com algum inseto, aranha, formiga etc. Separe ainda um balde ou caixa plástica com folhas secas, aparas de grama ou folhas de papel picados. E sempre mexa no composto com um garfo de jardinagem. Isso evitará os maus cheiros e moscas.

3. É preciso que você tenha um local para colocar o material orgânico. Pode ser um pote, uma lata ou um balde, mas hoje já existem no mercado caixas de três andares que são feitas especialmente para esse processo. O importante é que ela comporte a quantidade de lixo que você gera.

Comece colocando os resíduos orgânicos no recipiente de cima, que deve ter o fundo com pequenos furinhos. É aqui, aliás, que estarão as minhocas. Espere cerca de um mês para que a caixa fique cheia e depois coloque-a no meio do sistema, subindo a caixa que estava no meio para receber os próximos resíduos orgânicos. A última caixa, por sua vez, será responsável por receber o chorume da compostagem, um líquido eliminado pelo material orgânico em decomposição e que é um ótimo fertilizante.

4. Prepare a composteira. Comece com a primeira camada, que deve ser o fundo da composteira, garantindo boa drenagem e aeração à pilha que vai se formar. Quanto mais ar tiver na pilha, mais rápido os restos orgânicos são transformados em adubo. Em seguida, alimente a pilha diariamente com os restos orgânicos produzidos pela casa. Siga a seguinte proporção: para cada parte de lixo orgânico úmido (cascas de legumes e frutas, cascas de ovo, borra de café, saquinhos de chá) cubra o lixo com o dobro de material orgânico seco (folhas secas, aparas de jardim e poda de grama secas).

Quanto mais picados estiverem os materiais colocados na composteira, mais rápido será o processo de decomposição. Depois, eleja um dia da semana para revirar o composto e fazer a avaliação do processo. Depois de 30 dias inicie uma nova pilha da mesma maneira, deixando a primeira decompor. Revire a compostagem a cada 15 dias até que ela fique com aspecto de terra fresca, o que leva de 45 a 90 dias.

5. O que pode e o que não pode ser colocado na pilha? Restos de frutas e verduras, cascas de ovo, saquinhos de chá, coador, borra de café, folhas frescas e secas do jardim, guardanapos e papel toalha são ótimas opções para fazer adubo. Mas não use restos de alimentos temperados, carnes e gorduras, chocolates, balas e chicletes, pilhas, plásticos, vidros e metais, fezes de animais domésticos, plantas doentes e papel higiênico. Cascas de frutas cítricas também não são boas escolhas por serem muito bactericidas, matando as bactérias boas, o que retarda o processo. Cebola e alho também devem ser evitados, visto que o processo de fermentação desses alimentos podem causar mal cheiro.

Fonte: Revista Exame

Para onde vai o lixo orgânico?


Sabe todo aquele resto de verdura, frutas ou qualquer outro alimento que jogamos fora como se fosse lixo comum? Pois bem, ele é chamado de lixo orgânico, ou seja, todo resíduo de origem biológica, seja animal ou vegetal. E esses resíduos precisam de um descarte correto, assim como qualquer outro lixo, por isso existe a coleta seletiva.


Se você não quer simplesmente jogar fora todo esse resíduo orgânico, você pode fazer uma compostagem doméstica ou apenas instalar um triturador de resíduos na sua pia, mas é preciso ter cuidado com essa última alternativa para não entupir as tubulações do esgoto e acabar concentrando mais resíduos no esgoto, fazendo com que o tratamento de água fique mais caro.

É muito importante entendermos o processo de reciclagem e para onde vai cada lixo que produzimos e descartamos. Existe o lixo reciclável, como o papel e plástico, que podem ser transformados em matéria-prima para produção de outras coisas, e existe o lixo orgânico que pode ser usado como adubo natural ou para produzir energia. Na última alternativa é importante saber onde descartar seu lixo para que ele vá para o aterro sanitário correto e seja realizada a coleta seletiva nesses locais, que são os apropriados para esse tipo de resíduo, e assim usá-lo para produção de biogás, que é um biocombustível composto em grande maioria de gás metano (CH4) e gás carbônico (CO2).

TRATAMENTO DE LIXO NOS ATERROS

Quando o lixo vai parar nos aterros, o tratamento acontece pela captação do chorume, que é aquele líquido escuro, com odor forte e viscoso, que vêm da decomposição da matéria orgânica jogada nos aterros. Por isso que todos os aterros são feitos por um sistema de impermeabilização, para drenar o chorume e não poluir o solo e, consequentemente, as águas subterrâneas e rios. Além de evitar também a proliferação de doenças e animais no local.


No processo de decomposição dessas matérias orgânicas, é produzido o metano (CH4), um gás incolor e inodoro, mas altamente tóxico e que contribui para o aumento do efeito estufa no nosso planeta. Mas por outro lado, pode ser usado como uma fonte renovável, porque ele é matéria-prima do biogás, que é produzido nas Usinas Termoelétricas.

Mas para que todo esse lixo orgânico chegue nos aterros para acontecer a decomposição de forma segura e correta, é necessária a colaboração de todos os cidadãos na separação bem feita dos seus lixos, sem misturar o lixo inorgânico com o orgânico.

CONSUMO CONSCIENTE

Produzimos mais de 79 mil toneladas de lixo por ano, um número preocupante que só aumenta a cada ano. Com o consumo desenfreado não temos noção da quantidade de lixo que descartamos, e por isso é preciso que tenhamos mais consciência em relação ao nosso consumo e escolhas. Repense seu consumo e pense mais no nosso planeta!

Agricultura orgânica: vantagens e desvantagens


A agricultura é extremamente importante para o mundo inteiro e em nosso país, ela está muito presente. Nós exportamos diversos tipos de alimentos para centenas de países, além de promovermos alimentos variados para todos os estados brasileiros.

Para aumentar a produtividade e gerar vegetais e legumes bonitos, a agricultura moderna faz uso de muitos agrotóxicos e fertilizantes. Tais produtos não somente prejudicam e podem danificar o solo, como não são nada saudáveis para os seres vivos e promovem centenas de prejuízos para o meio ambiente, promovendo o aquecimento global.


Uma alternativa para fugir desse tipo de agricultura e para ajudar no efeito estufa, é a agricultura orgânica. Além de ter o intuito de ajudar o meio ambiente, a agricultura orgânica também promove uma alimentação mais saudável, focando em alimentos orgânicos e sem uso de qualquer fertilizante. A seguir, descubra mais sobre esse tipo de agricultura.


Entenda o que é Agricultura Orgânica

A agricultura orgânica também pode ser chamada de agricultura biológica e nada mais do que uma agricultura alternativa que tem o intuito de oferecer a população produtos e alimentos mais saudáveis, onde a qualidade do alimento é priorizado e não há o uso de agrotóxicos ou fertilizantes, permitindo assim também que não haja danos ao meio ambiente e aos seres vivos.

A agricultura orgânica é colocada em prática por meio de determinadas técnicas que excluem o uso de agrotóxicos e fertilizantes de todas as etapas do processo de produção, mas ainda assim gera alimentos saudáveis e bonitos para a mesa do consumidor. Cada vez mais a população está ficando ciente dos riscos do uso de fertilizantes e agrotóxicos na agricultura e estão em busca de alternativas para que consigam se alimentar melhor e também não contribuir para o aquecimento global.

Características da Agricultura Orgânica

A agricultura, para ser considerada orgânica, deve levar em conta diversas características importantes. Por exemplo, nesse tipo de agricultura, os produtos que são plantados e cultivados são diversificados para promover não somente o equilíbrio ambiental, mas também do solo. As técnicas utilizadas nesse tipo de agricultura também devem ser de baixo impacto ambiental, tendo foco na sustentabilidade e promovendo a conservação de recursos naturais.

Dessa forma, a agricultura orgânica tem como principal característica minimizar o impacto das plantações sobre o meio ambiente, eliminar totalmente o uso de agrotóxicos, garantir o equilíbrio ambiental e fazer uso de recursos naturais. O foco não é a produção em massa de produtos, mas sim garantir que os produtos sejam de qualidade, saudáveis e que sua produção não tenha causado efeitos para o aquecimento global.

Vantagens da Agricultura Orgânica

Até aqui você já deve ter percebido muitas das vantagens da agricultura orgânica, mas ainda assim, não podemos deixar de mencionar tudo. Com esse tipo de agricultura, é possível preservar os recursos naturais, promover a sustentabilidade e o baixo impacto ambiental, tornar o solo mais saudável e com muitos nutrientes, assim como produzir alimentos saudáveis e com uma excelente qualidade.

Essa agricultura também faz uso de adubos naturais, geralmente sendo compostagem a técnica mais utilizada, além de minhocultura. Para completar, a agricultura orgânica também possui como vantagem o uso de energias renováveis.

Desvantagens da Agricultura Orgânica

A agricultura orgânica é extremamente indicada, no entanto, ela pode dar um certo trabalho e é aqui que entram suas desvantagens. Se trata de uma agricultura mais demorada e, portanto, a população não teria acesso aos alimentos de forma rápida. Para que seja possível coloca-la em prática, são necessários produtos que, infelizmente, são mais caros do que os produtos convencionais.

Por último, a agricultura orgânica também pode causar impacto ambiental (apesar de ser baixo) ao usar pesticidas e agrotóxicos de origem orgânica.

Principais diferenças entre a Agricultura Orgânica e a usada

Infelizmente, a agricultura orgânica não é muito disseminada pelo mundo, apesar de ser muito mais saudável e prejudicar menos o ambiente. Isso acontece, pois, a agricultura usada no mundo inteiro atualmente, ou seja, a agricultura convencional, foca na produção em massa e faz uso de fertilizantes e agrotóxicos para acelerar o processo de cultivo e assim disponibilizar os produtos mais rapidamente, assim como sempre em grandes quantidades.

A agricultura atual não se preocupa com a qualidade dos produtos, mas sim em produzir uma grande quantidade rapidamente para vender. Dessa forma, fazem uso de produtos que prejudicam não somente o meio ambiente, mas a vida em geral. Se por um lado a agricultura convencional pode poluir rios, águas e até mesmo os seres vivos, a agricultura orgânica promove a sustentabilidade ecológica e se utiliza de adubos naturais que não afetam a saúde.

O ideal seria que a agricultura orgânica fosse aplicada no mundo inteiro, mas devido aos seus altos custos, isso ainda pode demorar para acontecer.

Como é a Agricultura Orgânica no Brasil

A agricultura orgânica no Brasil surgiu ainda na década de 70 quando ocorreu a conhecida Revolução Verde, um movimento que era contra o projeto de modernização da agricultura tradicional. Os movimentos realizados na época tinham como intuito realizar mudanças no trabalho agrícola e no impacto das plantações sobre o meio ambiente e sobre a saúde.

Foi a partir disso também que surgiu a agricultura familiar, sendo a alternativa que muitos produtores e trabalhadores rurais encontraram para promover uma agricultura melhor. Na agricultura familiar eles usam técnicas manuais de cultivo que são compatíveis com o local onde vivem e por isso está ligada a agricultura orgânica.

Dessa forma, a agricultura orgânica no Brasil se desenvolveu principalmente através da agricultura familiar, sendo que é responsável atualmente por mais de 90% da economia de centenas de municípios de nosso país. Além disso, mais de 40% da renda da população econômica do país vem desse tipo de agricultura. Ainda que as porcentagens sejam positivas, muito ainda precisa ser feito.

Ainda existem muitas fazendas que apostam na agricultura convencional e os danos ao meio ambiente estão cada vez maiores, visto também que muitos fertilizantes e agrotóxicos que antes eram proibidos, agora podem ser usados livremente. Com a conscientização da população será possível disseminar ainda mais a ideia da agricultura orgânica e promover uma vida mais saudável.

Já pensou em reaproveitar as cascas de frutas e verduras da sua casa?


Mesmo com a produção absurda de comida, ainda existem milhões de pessoas que sofrem com a falta de alimento. Mas como? O desperdício desenfreado da comida. E boa parte desse desperdício acontece em casa, porque não há uma consciência de reaproveitar os alimentos.

Em números, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) jogamos, anualmente, mais de 26 milhões de toneladas de comida no lixo, isso significa que mais de 30% da comida que compramos, vai pro lixo, enquanto 14 milhões de brasileiros passam fome. Mas o que realmente desperdiçamos? Talos, cascas que não são usados (e deveriam ser!), folhas e frutas machucadas, sementes, sobras de pão, café, arroz, feijão, entre outros. E grande parte desse desperdício poderia ser evitado se tivesse uma maior conscientização do valor nutricional desses alimentos que são jogados no lixo em um volume altíssimo.


Quando se reaproveita alimentos que iriam pro lixo, aproveitamos integralmente aquele alimento, e isso acaba enriquecendo a dieta das pessoas. E claro, diminuímos o lixo orgânico que acaba gerando o chorume, um líquido que é muito prejudicial para o meio ambiente. E reaproveitar os alimentos é muito mais simples do que as pessoas pensam e esse processo acaba sendo um desafio para quem quer se aperfeiçoar na arte de cozinhar e claro, de comer também. Existem diversas maneiras de fazer o reaproveitamento, basta conhecer o valor deles, por exemplo:
  • Talos das hortaliças contém teores de polifenóis mais altos que a parte que costumamos consumir.
  • Rama de cenoura é uma parte muito rica em vitamina C, carotenóides, ferro e cálcio. E pode ser consumida cozida ou até mesmo em molhos para massas. Teste!
  • Casca de laranja é fonte de fósforo, cálcio, fibras e carboidratos. Além disso é um ótimo aromatizante, seja para comidas ou até mesmo em produtos de limpeza.
  • Casca de abóbora é rica em fibras, vitamina C e m Pr-2, uma proteína que tem um poderoso efeito antifúngico. Você pode usar as cascas em saladas e até no arroz. Já as suas sementes é muito rica em fibras, proteínas, potássio e lipídios. Ela pode ser consumida como aperitivo ou no acompanhamento de saladas, fica a seu critério!
  • Casca de banana contém até duas vezes mais vitaminas A e C, fósforo, vitaminas do complexo B e potássio do que a polpa. Ela pode ser usada pra produzir bolos ou geleias.
  • Casca de maracujá é rica em pectina, uma fibra solúvel que ajuda a reduzir os níveis de colesterol ruim no sangue, também uma ótima fonte de minerais como ferro, cálcio e fósforo.

RECEITAS

Salada de semente de abóbora
  • 3 xícaras (chá) de casca de abóbora
  • 1 e ½ xícara (chá) de tomate picado
  • ½ (chá) de cebola picada
  • 4 colheres (sopa) de azeite
  • Sal e pimenta do reino a gosto
Lave bem a casca da abóbora em água corrente e rale. Em uma panela coloque água para ferver e coloque a casca para cozinhar. Depois de cozida, escora a água e deixe esfriar. Junte os outros ingredientes e leve a geladeira, para servir fria.

Doce de casca de banana
  • 3 copos de casca de banana lavada
  • 2 copos de açúcar
Bata as cascas no liquidificador e depois coloque em uma panela junto com o açúcar, leve em fogo brando e mexa sempre. Retire do fogo quando estiver soltando da panela e despeje em um tabuleiro untado para esfriar. Depois enrole e passe no açúcar.

Bolo de casca de frutas
  • 2 copos de cascas de frutas lavadas (banana, goiaba, manga, pera, maçã)
  • 1 e ½ colher (sopa) de manteiga
  • 1 colher (chá) de fermento em pó
  • 2 ovos
  • 2 e ½ copos de farinha de trigo
  • 1 copo de leite
  • 1 de açúcar
  • 1 pitada de sal

Bata todas as cascas com o leite no liquidificador, depois coe o líquido e reserve. Bata as gemas, a manteiga e o açúcar. Acrescente as cascas batidas, a farinha, o fermento e misture bem. Por último, coloque as claras batidas em neve. Misture tudo e asse em uma forma untada.

Você também pode fazer suco das cascas das frutas, só lavar elas bem e bater tudo com água e açúcar.

No caso das sementes você pode fazer um tira-gosto delas. Você pode usar as sementes de abóbora, melancia e melão. Basta lavar elas, salgar, deixar secar por 24 horas e depois levar ao forno pra tostar.


Existem diversas outras receitas que você pode testar e fazer na sua casa. E se tiver alguma ideia em como fazer algo diferente com outra casca ou semente, teste e compartilhe com os amigos a importância de reaproveitar os alimentos!

Compostagem: você sabe para o que serve?


Pra quem está buscando uma alternativa mais sustentável pra descartar o lixo orgânico que é produzido em casa, a compostagem é uma ótima saída pra isso. A compostagem nada mais é que o processo de reciclagem do lixo orgânico, em que é promovida pelas minhocas, ou outros seres invertebrados, e microorganismos, como o fungo, e transforma os restos em um adubo natural de ótima qualidade e que não prejudica o meio ambiente, por não ter nenhum composto químico. E essa técnica vem ganhando cada vez mais adeptos pelo mundo, por estarmos em um momento que é preciso repensar o nosso consumo.

De acordo com um relatório produzido pela ONU Meio Ambiente, o Atlas de Resíduos da América Latina, todos os dias, mais de 145 mil toneladas de resíduos orgânicos são jogadas em aterros e lixões, na América Latina e no Caribe. E exatamente por isso é mais do que necessário pensarmos no uso consciente dos recursos naturais e no meio ambiente. E é aí que entra a compostagem nessa história.

Por mais que a prática não seja nova, ela vem ganhando popularidade por estarmos numa tendência do consumo consciente. O método já é utilizado há muito tempo por agricultores para obter seus próprios adubos naturais, e consequentemente, economizando dinheiro. E o interesse nesse método antigo é uma resposta da pressão em que cada vez mais as pessoas estão preocupadas com a sustentabilidade e preservação do meio ambiente. Mas muitas dessas pessoas ainda não sabem por onde começar a fazer sua própria compostagem. Por isso separamos algumas dicas para você começar a colocar a mão na massa.

O que é uma composteira?

Antes de começar, precisamos saber onde todo esse processo vai acontecer: na composteira. Ela nada mais é do que um depósito próprio para o processamento do material orgânico. E pode ter diversos tamanhos e formas, vai depender da quantidade de matéria orgânica que vai ser produzida e do seu espaço disponível. Mas não se preocupe, ela é prática, higiênica, uso fácil, não produz cheiro, e nem atrai insetos ou animais indesejados.


Você pode comprar uma composteira ou fazer uma em casa. Existem diversas maneiras de se fazer uma composteira doméstica, mas na mais convencional, você vai precisar:
  • 3 caixas de plásticas escuras que possam ser empilhadas, sendo uma delas com tampa
  • 1 torneira
  • 1 furadeira
  • Minhocas californianas
  • Terra ou húmus de minhoca
  • Serragem

Passo a passo

A primeira caixa, que vai ficar por baixo, vai servir para estocar o biofertilizante (chorume) gerado durante o processo; a segunda e a terceira vão conter a terra/húmus, as minhocas, o lixo orgânico e a serragem.

1. Fure as duas caixas que vão ficar por cima. Faça diversos furos, porque as minhocas vão passar por eles para ir de uma caixa pra outra.

2. Coloque 2 dedos de terra nas caixas que você furou e depois empilhe as três, lembrando que a última é aquela que não está furada.

3. Despeje o material orgânico e cubra com a serragem para evitar o mau cheiro e as moscas. Se a caixa de cima estiver cheia, troque de lugar com a segunda e repita o processo.

4. Quando o processo chega ao fim, as minhocas utilizam os furos para ficarem na caixa de cima, e isso significa que o adubo já está pronto para uso.

5. O biofertilizante (chorume) gerado durante o processo pode ser utilizado como adubo ou pesticida nas plantas. Adicione dez litros de água para cada litro do chorume, para pulverizar.

E na hora de escolher o que vai ou não na compostagem, fique atento porque alguns resíduos e materiais podem comprometer o processo e prejudicar o desenvolvimento do adubo.


Agora é só colocar mão na massa e espalhar a ideia!