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Consumo de energia elétrica cai, mas setor solar avança

Crise derruba consumo de energia elétrica, mas amplia busca por geração solar
 
Com o impacto do coronavírus na economia, o consumo de energia elétrica no Brasil foi 1,5% menor em 2020, em relação a 2019, informa a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

Segundo o órgão, observou-se um aumento do consumo de 2,8% no mercado livre e uma retração de 3,4% no regulado. A geração elétrica também caiu, refletindo o baixo consumo, mas fontes de geração sustentáveis como eólica e fotovoltaica se destacaram.

"Nos últimos quatro a cinco meses, houve uma rápida recuperação (no consumo de energia elétrica), principalmente nos setores de grande consumo. Ainda assim, abril, maio e o início de junho foram muito ruins em termos de consumo nos setores de produção, bens e serviços", diz Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, no site do órgão.

Geração

Em relação à geração de energia, ainda conforme a CCEE, houve uma redução de 1,6% no Sistema Interligado Nacional, passando de uma produção de 64.637,5 MW médios em 2019 para 63.596,8 MW médios em 2020.

Entre as fontes, foi observada redução das térmicas, de -7,1%, e das hidrelétricas (- 0,9%), impactadas pela redução do consumo. Por outro lado, observou-se aumento nas eólicas, de 1,5%, e usinas solares fotovoltaicas, de 19,3%. O resultado de ambas, diz a Câmara, se explica por questões climáticas e pela ampliação nos parques produtores.

Os benefícios da energia solar, segundo o segmento fotovoltaico, são também econômicos, a tornando uma alternativa em tempos de crise. Com a geração própria obtida por painéis solares, a conta de luz pode ter uma redução de até 95% no valor final.

Bahia lidera ranking de capacidade instalada de fazendas solares


A Bahia lidera o ranking dos estados com maior capacidade instalada de usinas solares fotovoltaicas em operação comercial no país, com 776,86 MW. Os dados, referentes a abril, são do InfoMercado Dados Gerais, divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

Na lista dos cinco estados que mais concentram capacidade de geração de energia por meio da luz do sol, estão ainda Piauí, Minas Gerais, São Paulo e Ceará, conforme a tabela abaixo.

Vale destacar que os números consideram apenas as usinas de geração solar fotovoltaica centralizada, e não contabiliza a produção de energia com painéis solares em residências, comércios e indústrias.

Ao todo, as fotovoltaicas tiveram uma geração de energia em abril de 669 MW médios, o que corresponde a 40% de aumento em relação ao mesmo mês do ano passado. A fonte foi a que mais cresceu percentualmente no período, motivada pela entrada em operação de novos empreendimentos. Os números comprovam a tendência de expansão da energia solar, mesmo com a queda de 11,8% no total gerado no Sistema Interligado Nacional – SIN.

Já o consumo de energia naquele mês caiu 11,9% na comparação anual, de 65.186 MW médios para 57.442 MW médios. O mercado regulado apresentou queda de 11,3%, para 40.473 MW médios, enquanto o mercado livre viu a demanda recuar 13,2%, para 16.970 MW médios, comportamento explicado pela migração de consumidores e pelas medidas restritivas para combate à Covid-19. 

Fonte: CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Geração de usinas a biomassa cresce 3% em 2019


Números divulgados pela Câmara de Comércio de Energia Elétrica (CCEE) revelam que a geração de energia das usinas térmicas a biomassa aumentou 3% em 2019, quando comparado com o ano anterior. Ao todo, o Brasil produziu 3.108,6 MW médios, superando o resultado de 3.007,1 MW médios de 2018.

O crescimento decorre principalmente da ampliação do número de empreendimentos dedicados à produção de energia a partir de biomassa. Em 2019 foram contabilizadas 295 usinas em dezembro contra 274 no mesmo mês de 2018.

A capacidade instalada também apresentou crescimento, com 13,09 GW aferidos em dezembro de 2019, 2% maior que os 12,82 GW do mesmo mês no ano anterior.

São Paulo lidera produção

Com 41% da capacidade instalada das usinas a biomassa do país, o estado de São Paulo é o maior produtor de energia elétrica a partir desta fonte. Em 2019, a produção cresceu 5%, alcançando 1.391 MW médios. Mato Grosso do Sul, com 514,9 MW médios, e Minas Gerais, com 390,4 MW médios, completam a lista dos maiores geradores a biomassa no ano passado. 

Fonte: CCEE

Cresce a produção de energia solar no Brasil

Brasil acaba de atingir 2 gigawatts (GW) em geração distribuída fotovoltaica de potência instalada, mas ainda é pouco.

Cerca de 171 mil sistemas fotovoltaicos estão conectados à rede de energia elétrica

Segundo mapeamento da Absolar, a fonte solar fotovoltaica representa 99,8% das instalações de geração distribuída do país, num total de 171 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede e mais de R$ 10 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais. O segmento abrange sistemas de microgeração e minigeração distribuída em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos.

Em número de sistemas fotovoltaicos instalados no Brasil, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 72,60% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (17,99%), consumidores rurais (6,25%), indústrias (2,68%), poder público (0,43%) e outros tipos, como serviços públicos (0,04%) e iluminação pública (0,01%).

Apesar da marca atingida, o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, destaca que ainda é pouco para um país das dimensões do Brasil, que necessita de um marco regulatório para dar maior segurança ao investidor, e “que desfaça a insegurança jurídica que paira sobre o mercado”, afirmou em nota. A energia eólica, por exemplo, já conta com 15GW instalados, mas começou a ser implantada em 2005, bem antes da energia solar (2012).

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estudava mudança nas regras da Resolução Normativa 482/2012, que normatizou a geração distribuída no país, propondo o pagamento da chamada taxa-fio (Tusd) às distribuidoras. Após críticas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não “iria taxar o sol”.

Em queda

O consumo de energia elétrica caiu 2,4% na primeira quinzena de 2020 frente ao mesmo período de 2019, passando de 65,37 mil MW médios para 63,79 mil MW médios, de acordo com informações disponibilizadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O mercado cativo (distribuidoras) recuou 2,6% no período, de 46,95 mil MW médios para 45,75 mil MW médios, ao passo que o consumo no mercado livre caiu 2,1%, de 18,41 mil MW médios para 18,03 mil MW médios.

No mesmo intervalo de comparação, os dados da CCEE mostram redução no consumo de energia em todas as regiões do País, exceto no Norte. No Sudeste/Centro-Oeste, a queda foi de 4%, no Sul, de 1,5%, e no Nordeste, de 1,8%. Por sua vez, o consumo na região Norte teve alta de 5,1%. No mercado livre, houve retração de 4,7% no Sudeste, de 0,5% no Sul e 2% no Nordeste, com aumento de 16,2% no Norte.

Ainda sobre o ambiente de livre contratação, destaque para o crescimento de 12,3% no consumo de energia dos clientes livres especiais (que só compram energia de fontes renováveis, como eólica e solar), passando 2,99 mil MW médios para 3,36 mil MW médios, movimento influenciado pela migração de novos consumidores nesta categoria. Por sua vez, a demanda por energia dos clientes livres convencionais caiu 2,8%, de 13,01 mil MW médios para 12,65 mil MW médios.

Entre os segmentos da economia que estão no mercado livre, excluindo a migração de novas cargas, os dados da CCEE mostram retração em praticamente todos os setores entre a primeira quinzena de janeiro de 2020 e igual período de 2019. Segundo a CCEE, houve forte redução de 25,7% no consumo de energia das empresas do ramo de extração de minerais metálicos. No setor químico, o recuo foi de 12,2%, no automotivo, de 9,9%, e no de papel e celulose, de 7,9%.

Considerando tanto os clientes livres já existentes na primeira quinzena de 2019 quanto as novas cargas adicionadas ao longo dos últimos meses, os segmentos que registraram maior crescimento de demanda no mercado livre foram: saneamento (18,3%), transporte (13,2%) e comércio (10,6%). O consumo de energia dos autoprodutores teve queda de 17,06%, de 2,37 mil MW médios para 1,97 mil MW médios.

Produção de energia

Os dados da CCEE também mostram que a produção de energia na primeira quinzena de 2020 recuou 2,3% em relação mesmo período de 2019, para 67,10 mil MW médios. Com os reservatórios das hidrelétricas em baixa, destaque para o crescimento de 86,7% na geração termelétrica, passando de 6,55 mil MW médios para 12,23 mil MW médios. Esse aumento se deve ao maior despacho das usinas a gás natural, de 121,3%, de 2,91 mil MW médios para 6,44 mil MW médios, e ao aumento de 730% na geração das usinas a carvão, de 282 MW médios para 2,32 mil MW médios – vale lembrar que a térmica nuclear Angra 1 está parada por 37 dias para reabastecimento do combustível desde o dia 11 de janeiro.

A geração eólica registrou queda de 39,7% no mesmo período de comparação, de 5,83 mil MW médios para 3,51 mil MW médios. Influenciada pelo baixo nível dos reservatórios e pela hidrologia adversa, a geração hidrelétrica caiu 9%, de 55,80 mil MW médios para 50,76 mil MW médios. Com isso, o risco hidrológico (GSF) foi de 87,83% na primeira quinzena de 2020.

Fonte: Estado de Minas

Um novo parque fotovoltaico Total Eren começa a operar no Brasil

Após o lançamento da Dracena (total de 90 MWp) no Estado de São Paulo em agosto de 2019, a subsidiária francesa de petróleo possui 140 MWp fotovoltaicos em operação no Brasil.

Total Eren

A Total Eren, subsidiária da empresa francesa de petróleo Total, anunciou o lançamento em agosto de 2019 do projeto Dracena, de 90 MWp, composto por usinas fotovoltaicas de 30 MWp cada, no município de Dracena, São Paulo. As usinas foram premiadas no concurso realizado pela Aneel em 2014 e assinaram um PPA de 20 anos com a Câmara de Comércio de Energia Elétrica (CCEE).

Com a entrada em operação deste projeto, a empresa já possui 140 MWp em operação no Brasil. Um ano antes, em 2018, as usinas BJL11 e BJL4 entraram em serviço, em maio de 2018 e novembro de 2018, respectivamente .

O BJL11 e o BJL4 também têm um contrato de 20 anos com a CCEE.

CCEE faz reunião para ‘estimular’ STJ a tomar decisão sobre GSF


Disputa sobre o risco hidrológico é prioridade máxima da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.


A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) esteve reunida com a presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) com objetivo de prestar esclarecimentos ao judiciário sobre a disputa envolvendo geradores hidrelétricos e o pagamento do risco hidrológico por essas empresas no mercado de curto prazo de energia elétrica. 

O tema está judicializado desde 2015 e acumula um passivo de R$ 7 bilhões no mercado de energia, prejudicando a normalidade das liquidações da CCEE e negócios no mercado de energia. A CCEE informa que nos últimos 12 meses grande parte dos agentes recebeu apenas 3% dos créditos. O setor de biomassa, por exemplo, não se sente estimulado a produzir mais energia mesmo possuindo capacidade para tal, justamente por conta dessa indefinição sobre o recebimento dos valores. 

Durante participação no Ethanol Summit nesta segunda-feira, 17 de junho, em são Paulo, o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, disse que acha muito difícil uma solução administrativa para o GSF e está apostando “muito no judiciário”. A expectativa é que com uma decisão do STJ possa se chegar a um acordo com os agentes para por um fim a esse passivo. 

A reunião com o STJ, que aconteceu há três semanas, segundo Altieri, contou com a participação de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e Energia. O executivo explicou que dos R$ 7 bilhões judicializados, apenas R$ 4 bilhões estão represados na CCEE, pois R$ 3,5 bilhões já foram pagos aos agentes. Além disso, o impacto financeiro está precificado pelas empresas, uma vez que os valores estão todos provisionados nos balanços. 

“Apresentamos os dados na tentativa de estimular o judiciário a tomar uma decisão”, disse Altieri. “A decisão que se espera é que o risco hidrológico seja tratado como risco hidrológico”, completou.

A energia solar entra no leilão brasileiro do estado não interconectado de Roraima

Brainin, pixabay

Embora apenas dois dos nove projetos selecionados no leilão sejam para usinas híbridas de biomassa e energia solar, sete dos projetos premiados serão realizados com fontes de energia renováveis. O maior projeto selecionado, no entanto, é uma usina termelétrica a gás de 126 MW, localizada em Boa Vista.

A Agência Brasileira de Energia Empresa de Pesquisa Energética (EPE) anunciou os resultados do leilão de energia realizado em 31 de maio pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para o sistema elétrico isolado de Boa Vista e as localidades conectadas no estado. norte de Roraima.

Segundo a agência, a CCEE contratou nove projectos, que representam 294 MW de capacidade de geração de energia para o fornecimento de 6402.5 GWh a partir de 28 de junho de 2021. Em geral, esses novos recursos graças a um investimento total previsto será implantado R$ 1,62 bilhão. (US$ 414,5 milhões).

A EPE já havia pré-qualificado 156 projetos com capacidade total de 6 GW para o leilão. "O interesse dos desenvolvedores em apresentar soluções alternativas para o diesel mostrou que há espaço para fontes renováveis ​​entrarem nos Sistemas Isolados de maneira competitiva", destacou a EPE em seu comunicado.

As energias renováveis, por outro lado, foram capazes de garantir sete dos projetos premiados, incluindo quatro projetos de biomassa, totalizando 40 MW na parte norte de Roraima; outro projeto de biomassa e um projeto híbrido de biomassa-fotovoltaica na região sul do estado; e um projeto híbrido de biomassa, solar e armazenamento em Boa Vista, que é a capital de Roraima.

PPA's mais longas para renováveis

Apesar do fato de que as energias renováveis ​​vieram garantir o maior número de projetos, a maior usina elétrica selecionada no leilão é uma planta de gás de 126,2 MW que será alimentada com gás natural da região amazônica. Projetos baseados em energias renováveis ​​receberão um PPA por 15 anos, enquanto aqueles que ainda usam diesel terão um contrato de 7 anos.

O leilão terminou com um preço médio de US$ 833,00 R (US$ 213,6 / MWh), com uma média de 22,7% de desconto em relação ao preço máximo de US$ 1,078.00 R / MWh.

Por meio do leilão, o governo brasileiro pretende criar uma nova capacidade de geração de energia na região após 2021, quando o contrato de fornecimento do maior fornecedor de eletricidade do estado, o Corpelec, com sede na Venezuela, expirará. Em vez de depender do fornecimento de energia de uma área instável, o Brasil preferiu a implantação de novas capacidades de geração com uma parcela crescente de energia limpa.

O regulador brasileiro fixa preço máximo de US$ 69 MWh para a energia solar no próximo leilão A-4


O leilão A-4 está programado para 28 de junho. Este concurso, no entanto, poderia atribuir menos capacidade do que em leilões anteriores do mesmo tipo, devido à menor demanda disponível para contratar novos projetos.

A agência reguladora de energia do Brasil, ANEEL, estabeleceu um preço máximo de R$ 276,0 (US$ 69,7) / MWh para o leilão A-4 planejado para 28 de junho.

A tecnologia eólica foi atribuído o menor preço máximo entre todas as tecnologias concorrentes para 208,0 BRL / MWh, enquanto o maior, 331,0 BRL / MWh, foi criada para projetos termelétricos e de biomassa. O preço máximo da energia hidrelétrica foi ligeiramente superior ao da energia fotovoltaica a 288,0 BRL / MWh.

No último leilão do mesmo tipo, realizado em abril do ano passado, a Aneel havia estabelecido um preço máximo de 312 BRL / MWh para a energia solar no leilão A-4 realizada no final de 2017, o preço máximo foi o mesmo para projetos de energia solar, termoelétrica e biomassa 329,0 BRL / MWh, um limite surpreendentemente pouco maior do que o leilão no ano passado, que foi de 320,0 BRL / MWh, e muito inferior ao preço máximo de 381,0 BRL / MWh em primeiro leilão de 2015.

Quanto ao próximo leilão A-4, a ANEEL lembrou que apenas projetos hidrelétricos receberão um PPA de 30 anos, enquanto a energia solar e outras renováveis ​​têm direito a contratos de 20 anos.

No início de abril, a agência brasileira de energia Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revelou que tinha admitido 1.581 projetos eólicos de energia, solar, hídrica e biomassa com uma capacidade total de 51,2 GW, dos quais cerca de 26 GW apenas para projetos fotovoltaica

Levando em conta essa ampla e forte competição, o preço médio final dos projetos de energia solar selecionados no leilão de junho poderá ser menor do que o leilão A-4 realizado em abril do ano passado, que ficou em torno de 118 BRL / MWh.

Neste leilão, a EPE e a Câmara de Comércio de Energia Elétrica (CCEE) destinaram cerca de 806,6 MW de capacidade fotovoltaica. O leilão deste ano, no entanto, pode ter volumes menores, devido à menor demanda disponível para a contratação de novos projetos.

Além disso, o governo brasileiro decidiu que no evento de junho, ao contrário dos leilões anteriores da A-4, os contratos assinados com os promotores serão concedidos com base na "quantidade" e não na "disponibilidade".

O contrato de quantidade é um contrato financeiro padrão, no qual o gerador de energia apresenta uma oferta em BRL / kWh e o risco de entrega física liderado pelo operador central da rede nacional brasileira, ONS, é assumido pelo proprietário do contrato. a planta. Nesse tipo de contrato, os riscos derivados da indisponibilidade da planta que resultam em uma produção inferior ao valor contratado são assumidos pelo vendedor.

Comercializadoras terão que se adequar as novas regras de operação


CCEE, Aneel e MME anunciaram ações de curto prazo para entrar em vigor em 2020, visando aumento da segurança do mercado de energia.


As novas comercializadoras e as que já operaram no mercado de energia terão que se adequar aos novos critérios para participação na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Os temas ainda estão em discussão, porém três medidas de curto prazo em estudo foram anunciadas oficialmente nesta quarta-feira, 22 de maio, em evento em São Paulo, pelas autoridades do setor elétrico. 

Estiveram presentes no evento o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Cyrino; o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altireri; e o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone. 

“O MME está muito atendo as questões que envolvem a comercialização de energia, especialmente em situações que geram incerteza sobre a liquidez e a segurança de mercado. O setor elétrico precisa ser um ambiente de negócios seguro, pois essa segurança e esse alinhamento entre os diversos segmentos garantem os investimentos na expansão do sistema e o atendimento aos consumidores”, disse Cyrino. 

As ações envolvem a implementação de chamada de margem semanal. Isso significa que toda semana as comercializadoras precisarão aportar garantias financeiras que façam frente às exposições das empresas. A segunda medida será aprimorar e desenvolver indicadores que permitam os agentes “olhar para a situação operacional de cada empresa”. A terceira ação será criar critérios mais rigorosos para criação de novas comercializadoras. No entanto, as empresas que já operam no mercado também terão que se adequar as novas exigências. Um tempo será concedido para essa transição. 

Segundo André Pepitone, esses critérios serão embasados considerando regras previstas na instrução 461/07 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A B3, bolsa de valores de São Paulo, tem contribuído nesse processo de aprimoramento do mercado de energia. “Hoje as regras permitem uma alavancagem muita grande das comercializadoras”, frisou o diretor da Aneel. 

Todo esse movimento em relação à necessidade de aumentar a segurança do mercado ganhou força no início desse ano, quando algumas comercializadoras apresentaram default e instalaram uma crise no ambiente bilateral de negociação de energia. O ambiente multilaretal, lembrou Pepitone, não foi afetado, porém houve o entendimento que essa inadimplência coloca em risco a “saúde do mercado”. 

De acordo com Rui Altieri, três comercializadoras estão em processo de desligamento por descumprimento de obrigações financeiras no mercado. Há cinco comercializadoras que estão em operação assistida, ou seja, não estão impedidas de operar, mas precisam atender a exigências excepcionais por parte da CCEE. 

Altieri contou que as ações de monitoramento dos contratos evitaram R$ 39,4 milhões de possíveis inadimplências. O executivo contou que R$ 11,8 milhões foram arrecadados com aplicação de penalidades. Disse também que existem outros 43 agentes em “condição especial de acompanhamento, por uma série de motivos”. Esses agentes foram convocados pela CCEE e alguns compromissos foram formalizados. Altieri não revelou quais foram esses compromissos. 

Na reunião dessa quarta-feira, técnicos da CCEE e da Aneel detalharam como acontecerá a operacionalização dessas novas regras. Pepitone reforçou que todas as ações de curto prazo propostas serão alvo de rodadas de discussão com o mercado e passarão por audiência pública antes de entrar em vigor em janeiro de 2020. 

Pepitone pontou, contudo, que essas propostas foram desenhas em comum acordo com diversos atores do segmento de geração e comercialização, inclusive com a contribuição da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abracel). A CCEE informou que proposta de chamada de margem semanal será apresentada protocolada formalmente na Aneel até o final deste mês.

Atlas de Energia Renovável conclui financiamento de US $ 152 milhões para três projetos de PV no Brasil


A Atlas Renewable Energy estima que a operação das usinas evitará a emissão de 108.000 toneladas de CO2 por ano. Imagem: Atlas

A Atlas Renewable Energy concluiu financiamento de longo prazo para três de suas usinas de energia solar no Brasil, num total de US $ 152 milhões. Esse financiamento foi obtido através do Banco do Nordeste (BNB), com o respaldo de uma soma equivalente de garantias bancárias comerciais do BTG Pactual, do Banco ABC Brasil e do Banco Bradesco.

Esses três projetos terão capacidade instalada de geração de 300MW. Cada site possui um PPA de 20 anos com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Espera-se que a energia combinada gerada por essas três instalações forneça energia limpa para 470.000 famílias anualmente.

A Atlas Renewable Energy estima que a operação das usinas evitará a emissão de 108.000 toneladas de CO2 por ano.

Os três projetos estão localizados na região nordeste do Brasil, com dois projetos localizados no estado da Bahia, enquanto o outro site foi desenvolvido no estado do Ceará.

O complexo solar de São Pedro, na Bahia, é a primeira operação em operação do Atlas de Energia Renovável no Brasil e possui capacidade instalada de 67,1 MW em duas plantas secundárias. As usinas de Juazeiro e Sol do Futuro estão atualmente em fase de start-up e estarão em plena operação nos próximos meses.

Carlos Barrera, CEO da Atlas Energy Renewable, disse: "O Brasil é o maior mercado de energia renovável da América Latina, e esses três projetos nos permitem consolidar uma forte presença neste mercado. Temos o prazer de ter uma parceria com essas instituições financeiras fortes e de alto calibre. habilitado em parte pelo sólido histórico e experiência em desenvolvimento e execução da nossa equipe.

“Como uma empresa de energia renovável, estamos apenas esboçando a superfície do quão poderoso o setor de energia renovável da América Latina pode ser quando você o combina com PPAs de alta qualidade, financiamento de inovação e projetos de alto nível.”

Canadian Solar confirma investimento de R$ 295 mi para projeto no Bras


A canadense Solar obteve um pacote de financiamento de R $ 295 milhões (US $ 80,7 milhões / EUR 70,2 milhões) para o projeto solar de Salgueiro, no estado brasileiro de Pernambuco.

O pacote é oriundo do banco de desenvolvimento regional Banco do Nordeste SA (BNB) e compreende um financiamento de dívida com prazo de 20 anos para operações de construção com recursos limitados e operações sem recursos. É baseado na Taxa de Juros de Fundos Constitucionais (TFC) no Brasil.

O projeto Salgueiro, com capacidade de 114 MWp, faz parte dos 479 MWp concedidos à Canadian Solar durante os dois últimos leilões de energia do Brasil A-4 em dezembro de 2017 e abril de 2018. A empresa espera iniciar as obras este ano e ter a planta em funcionamento até meados de 2020, momento em que estará vendendo sua produção em um contrato de 20 anos com a Câmara Brasileira de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Este é o segundo projeto Solar Solar a ser financiado pelo BNB, seguindo o projeto de Pirapora II, de 115 MWp, que recebeu R $ 366 milhões em financiamento de dívida no ano passado.

Brasil ultrapassa marca dos 14 GW de energia eólica instalada

Brasil é um dos países que mais crescem em produção de energia eólica

Quem gosta de acompanhar as notícias e artigos sobre energia renovável aqui no Oficina pode comemorar: O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 14 GigaWatts de capacidade instalada de energia eólica no país.

Já são 14,34 GW de capacidade (bem mais energia do que o foguete Falcon 9 da SpaceX produzia durante um lançamento ou do que o ônibus espacial da NASA) produzidos por mais de 7.000 aerogeradores, distribuídos em 568 parques eólicos em 12 estados brasileiros. Em uma comparação mais convencional, a capacidade eólica do Brasil, agora, é a mesma instalada em Itaipu, a maior usina hidrelétrica em produção anual de energia do mundo.

O mais legal de tudo é que a energia eólica como fonte apresenta um crescimento consistente nos últimos anos, passando de menos de 1 GW em 2011 para os mais de 14 GW atuais. A energia gerada por meios eólicos equivale atualmente ao consumo residencial médio de cerca de 26 milhões de habitações (80 milhões de pessoas), em média.

Disposição dos parques pelos estados

“Gosto sempre de lembrar que o Brasil passou do 15º lugar no Ranking de Capacidade Instalada de energia eólica em 2012 para a 8ª posição no ano passado, segundo o Global Wind Energy Council. Também é importante mencionar que, no ano passado, a Bloomberg New Energy Finance estimou o investimento do setor eólico no Brasil em US$ 3,57 bilhões (R$ 11,4 bilhões), representando 58% dos investimentos realizados em renováveis no País (eólica, solar, biomassa, biocombustíveis e resíduos, PCH e outros). Considerando o período de 2010 a 2017, o investimento já passa dos US$ 30 bilhões”, explica Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica, órgão que congrega mais de 100 empresas de toda a cadeia produtiva do setor eólico.

A energia eólica já está chegando a atender quase 14% do SIN – Sistema Interligado Nacional. O dado está no último Boletim Mensal de Dados do ONS, referente ao mês de setembro e que mostra que, no dia 19 de setembro, uma quarta-feira, a energia eólica chegou ao percentual de 13,98% de atendimento; um recorde do SIN.

Nos primeiros oito meses do ano, a fonte eólica contava com um aumento de 19% ao que fora gerado no mesmo período do ano passado, de acordo com dados consolidados do boletim InfoMercado mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Além disso, a mesma CCEE informou que no mês de agosto passado, as usinas eólicas registraram a maior produção de energia deste tipo da história ao alcançar 7.017 MW.

Até 2024, serão instalados mais 4,46 GW em 186 novos parques eólicos, levando o setor à marca de 18,80 GW, considerando apenas leilões já realizados e contratos firmados. Com novos leilões que estão por vir, os números prometem ser ainda maiores.

“Todos estes números positivos mostram não apenas um setor consolidado, mas também que a energia eólica tem um futuro promissor no Brasil. A energia produzida pelos ventos é renovável, não polui, possui baixíssimo impacto ambiental, contribui para que o Brasil cumpra o Acordo do Clima, não emite CO2 em sua operação, tem um dos melhores custos benefícios na tarifa de energia, permite que os proprietários de terras onde estão os aerogeradores tenham outras atividades na mesma terra, gera renda por meio do pagamento de arrendamentos, promove a fixação do homem no campo com desenvolvimento sustentável, gera empregos que vão desde a fábrica até as regiões mais remotas onde estão os parques e incentivam o turismo ao promover desenvolvimento regional”, resume a presidente da ABEEólica.

Fonte: Oficina da Net

Geração de energia eólica já cresceu 17,8% em 2018

A representatividade eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do Sistema Nacional alcançou 7% neste ano.

TURBINAS EÓLICAS EM PRAIA DE FORTALEZA, CEARÁ (FOTO: PAULO WHITAKER/REUTERS)

Nos sete primeiros meses de 2018, a geração de energia elétrica proveniente de geração eólica cresceu 17,8%, informou nesta sexta-feira (14/09) a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Segundo boletim da CCEE, as usinas que utilizam os ventos como insumo para a produção de eletricidade somaram 4.470 megawatts (MW) médios entregues entre janeiro e julho, frente aos 3.793,9 MW médios gerados no mesmo período de 2017.

“A representatividade eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do Sistema alcançou 7% em 2018. Já a fonte hidráulica foi responsável por 74,5% do total e as usinas térmicas responderam por 18,1%”, diz o boletim.

Segundo a Câmara, atualmente 520 usinas eólicas estão em operação comercial no país. Até o final de julho, a capacidade instalada dessas usinas somou 13.240,10 MW, incremento de 17% frente aos 11.313,50 MW de capacidade das 446 unidades geradoras existentes em julho de 2017.

A Região Nordeste domina a produção de energia movida por ventos. Dos dez maiores produtores, oito estão no Nordeste. O Rio Grande do Norte se mantém como maior produtor de energia eólica no Brasil, com 1.244,8 MW médios de energia entregues nos primeiros sete meses de 2018. Na sequência, aparecem a Bahia com 1.094,8 MW médios produzidos, o Piauí com 576,9 MW médios, o Rio Grande do Sul com 569,9 MW médios, o Ceará, com 553,4 MW médios.

Os dados consolidados da Câmara ainda confirmam o estado do Rio Grande do Norte com a maior capacidade instalada, somando 3.592,25 MW, Em seguida aparecem Bahia, com 2.907,64 MW, Ceará com 2.249,06 MW, Rio Grande do Sul com 1.777,87 MW e Piauí, com 1.443,10 MW de capacidade”, segundo a CCEE.

Fonte: Época

Produção de energia eólica no Brasil sobe 22% em agosto

A participação da energia eólica na geração geral aumentou de 9,7% para 11,6%, conforme mostram os dados publicados pela CCEE no InfoMercado Semanal, o boletim semanal de geração e consumo de energia.


A produção de energia eólica brasileira em agosto aumentou 21,9% em relação ao ano anterior, para 7.228 megawatts médios (MWa), segundo dados preliminares divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

A participação da energia eólica na geração geral aumentou de 9,7% para 11,6%, conforme mostram os dados publicados pela CCEE no InfoMercado Semanal, o boletim semanal de geração e consumo de energia.

A geração solar, de biomassa e hidrelétrica também cresceu no mês passado. Para a energia solar, o aumento foi significativo – para 361 MWa de apenas 71 MWa em agosto de 2017. A geração de biomassa subiu para 4.530 MWa de 4.227 MWa. Usinas hidrelétricas (HPPs) produziram 38.644 MWa, ou 3,3% a mais do que no mesmo mês do ano anterior.

No geral, a geração de eletricidade no Brasil em agosto registrou um aumento de 1,6% no comparativo anual, com 62.410 MWa entregue ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A demanda chegou a 60.248 MWa, observou a CCEE.

Fonte: Click Petróleo

Matriz do Ceará terá reforço de 325,8 MW de eólicas.


A energia eólica deve adicionar à matriz energética do Ceará cerca de 325,8 MW nos próximos anos, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Estão sendo construídos no Estado mais sete parques eólicos que possuem potência de geração de 138,6 MW, enquanto já foram contratados, porém ainda não iniciados, outros oito empreendimentos totalizando 187,2 MW. O acréscimo representa um crescimento de 17% em relação à potência atual de 1.916,3 MW.

Atualmente, o Estado possui 74 parques eólicos, e com a instalação de mais 15, serão 89 empreendimentos. A potência instalada do Ceará, até junho deste ano, é a terceira maior do País, atrás do Rio Grande do Norte (3.722,45 MW) e da Bahia (2.594,54 MW). A matriz representa cerca de 47,03% do total produzido, que é de 4.074,9 MW, considerando outras fontes de energia, como Usina Termelétrica, Central Geradora Solar Fotovoltaica e Central Geradora Hidrelétrica.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o Brasil tem hoje mais de 13 GW de capacidade instalada, 520 parques eólicos e 6.600 aerogeradores em operação em 12 estados. “Em 2017, foram gerados 40,46 TWh de energia eólica ao longo do ano, um crescimento de 26,2% em relação a 2016. Essa geração representou 7,4% de toda a geração injetada no Sistema Interligado Nacional em 2017, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)”, informa a Associação.

Novos investimentos

O Ceará deve receber em breve investimentos da chinesa Goldwind, uma das maiores fábricas de aerogeradores do mundo. De acordo com o secretário adjunto de Energia, Mineração e Telecomunicações da Seinfra, Adão Linhares, no início deste mês houve uma reunião em que foi apresentado o projeto da empresa em que inclui a recuperação de alguns parques eólicos de propriedade da Energimp.

“A minha participação neste encontro foi mais para encorajar e dar boas vindas aos dois empreendedores. Naturalmente a Goldwind vai se posicionar com alguma fábrica no Brasil e nós gostaríamos muito que fosse aqui no Ceará”, destacou.

A Goldwind deve oferecer soluções técnicas para os parques da Energimp no Ceará, localizados no Litoral Leste. A parceria, segundo Linhares, vai garantir estabilidade operacional aos parques, colocando em funcionamento máquinas que hoje se encontram fora de operação. “Será um investimento muito importante para o Ceará. A recuperação desses parques eólicos alavancará mais empregos e significa mais energia limpa gerada no Estado”, afirma.

Futuro

De acordo com o secretário adjunto, o futuro da energia eólica no Ceará é de crescimento. “E nós temos que aproveitar todos os potenciais. As ações e políticas de atração de investidores para a cadeia produtiva é feita pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Com relação aos parque, o Estado tem que demonstrar que este potencial é viável”.

Segundo ele, para além do litoral cearense, o Interior do Estado é um dos pontos estratégicos para o desenvolvimento do setor. “Essa demonstração de potencial no Interior, principalmente nas chapadas do Apodi e Araripe, tem mostrado que a gente tem muito a andar”.

Adão Linhares ainda afirmou que o Estado estimula a implantação de parque e cria uma atratividade para que os empreendimentos sejam instalados. “Mas precisamos trabalhar para que as linhas de transmissão estejam disponíveis. Nós trabalhamos juntamente com o governo federal para antecipar os leilões e atrair os investidores. É um papel de indutor desse processo, gerando credibilidade no mercado”, acrescentou.

Recordes

Na Região, a geração eólica tem quebrado importantes recordes, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), atendendo mais de 60% da carga em alguns dias. “O último recorde de geração foi no dia 14 de setembro de 2017, com uma geração de 6.413 MWmédio, o que representa 64% da carga do Nordeste foi atendida por geração eólica naquele dia.

Os recordes são registrados na época que chamamos de ‘safra dos ventos’, que vai mais ou menos de julho a novembro”, segundo a Abeeólica.

No que se refere ao consumo do Brasil todo, ressalta a instituição, “é importante mencionar que, em agosto, as eólicas atingiram pela primeira vez os dois dígitos na matriz daquele mês, abastecendo 10% do País na média do mês todo. Em setembro, esse valor foi de 11%”, acrescenta a Abeeólica.

Abastecimento

O total produzido mensalmente em todo o País é suficiente para abastecer mais de 22 milhões de unidades residenciais, o equivalente a cerca de 67 milhões de habitantes. “Para comparação: a energia gerada pela fonte eólica em 2017 foi capaz de fornecer energia elétrica residencial a uma população maior que a de todo o Nordeste (mais de 57 milhões de pessoas)”.

Segundo a Abeeólica, até 2023 serão mais 4,8 GW e mais de 200 novos parques eólicos, considerando os leilões já realizados.

Brasil conta com mais de 500 parques eólicos


O Brasil está decidido a usar apenas energia renovável e como tal, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) em dezembro de 2017 a contavam-se mais de 500 parques eólicos instalados por todo o país.

Assim, a produção de eletricidade por esta via passa dos 12,4GW. São 503 centrais com praticamente 6500 aerogeradores! Esperam ainda que em 2020 estejam a operar com uma capacidade de pelo menos 17GW, o que significa que o investimento irá continuar a aumentar a um ritmo alucinante.

Leilões Energias Renováveis

Para atingirem esse valor de potência instalada, as autoridades lançaram já dois novos leilões, que junto com os contratos existentes garantirão essa potência pelo ano de 2020. Assim, no final de dezembro foi lançado dois novos leilões para a energia eólica o A4 e o A6.

Em 2016 não houve leilão nem nenhum contrato novo para as eólicas, mas ainda assim conseguiram terminar o ano com uma excelente produção. Agora esperam com os novos leilões inverter a situação para o futuro.

Além destes dois leilões no fim de 2017, espera-se um terceiro em abril de 2018! Segundo Elbia Gannoum, presidente da ABEEólica.

Crescimento ano a ano da Energia Eólica Brasileira

Por setembro já tinham atingido os 12GW, números que ano a ano têm vindo a aumentar, muito por culpa dos leilões.

Entre janeiro e setembro de 2017 a produção de energia elétrica via eólica teve um aumento de 28% quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Segundo informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Ainda segundo a CCEE, os consumos de eletricidade em setembro de 2017, demonstraram que 11% da eletricidade consumida foi produzida por esta via, cerca de 7,02GW. O que foi um recorde, já em agosto de 2017 as eólicas tinham contribuído com 10%!

Produção Mundial Eletricidade por Energia Eólica

A nível mundial, é importante ressalvar que o Brasil se encontra em sétimo lugar entre os países mundiais que mais eletricidade produz através da força do vento! Ultrapassaram até o Canadá que assim caiu para oitavo lugar!

Elbia destacou estes dois feitos “A marca de 500 parques, o crescimento da geração, mais uma subida de posição no ranking e os 12 GW merecem ser comemorados e são uma prova de um setor que vem mostrando sua maturidade. As eólicas estão, por exemplo, salvando o Nordeste do racionamento em tempos de reservatórios abaixo do nível e com bandeira vermelha. Os dados de recordes de geração do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) são a prova disso. No dia 14/9, por exemplo, as eólicas abasteceram 64% da demanda média do Nordeste”.

Não esquecendo ainda as vantagens deste tipo de energia “Além disso, as eólicas têm outros benefícios, que podemos resumir da seguinte forma: é renovável; não polui; possui baixíssimo impacto ambiental; contribui para que o Brasil cumpra o Acordo do Clima; não emite CO2 em sua operação; tem um dos melhores custos benefícios na tarifa de energia; permite que os proprietários de terras onde estão os aerogeradores tenham outras atividades na mesma terra; gera renda por meio do pagamento de arrendamentos; promove a fixação do homem no campo com desenvolvimento sustentável; gera empregos que vão desde a fábrica até as regiões mais remotas onde estão os parques e incentivam o turismo ao promover desenvolvimento regional”.

Fonte: Portal Energia

HIDRELÉTRICAS IRÃO CRESCER EM 2018, MAS ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA IRÁ DOBRAR


A produção de energia solar no Brasil pode dobrar em 2018, ano que concentra a maioria das entradas em operação das 67 usinas solares previstas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para iniciar geração até 2021, fruto de leilões realizados em 2014 e 2015.

De acordo com relatório divulgado pela agência, em 2018 está prevista a entrada garantida (viabilidade alta) de 28 usinas, totalizando 781 megawatts, e mais 35 usinas com viabilidade média, somando 231 megawatts de capacidade instalada.

No total, a energia solar deve acrescentar este ano ao sistema 1 012 MW, dobrando a capacidade de 1 mil MW atingida pelo Brasil no final de 2017. Em 2019, a previsão da Aneel é de entrada de mais 356 MW em energia solar.

A agência estima ainda para 2018 a entrada em operação de sete usinas hidrelétricas, com potência instalada de 3.097 MW, com contribuição de mais turbinas em Belo Monte (PA), e mais 1.569 MW em 2019.

O relatório da Aneel tem por objetivo dar publicidade às informações atualizadas do acompanhamento da fiscalização em relação às usinas já outorgadas e em fase de implantação no país.

Energia Eólica

A produção de energia eólica em operação comercial no Sistema Interligado Nacional (SIN), entre janeiro e novembro do ano passado, foi 27% maior do que a geração de igual período de 2016, segundo dados consolidados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

As usinas movidas pela força do vento somaram 4.594 MW médios entregues ao longo do ano passado frente aos 3.622 MW médios gerados no mesmo intervalo de 2016.

A representatividade da fonte eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do sistema alcançou 7,4% em 2017. A fonte hidráulica (incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs) foi responsável por 70,6% do total e as usinas térmicas responderam por 22%.

No final de novembro, havia, segundo a CCEE, 489 eólicas em operação comercial no Brasil que somavam 12.470 MW de capacidade instalada, aumento de 24% em um ano.

O boletim InfoMercado mensal da CCEE indica que o Rio Grande do Norte segue na liderança da produção eólica no país com 1.460,75 MW médios de energia entregues em 2017, aumento de 22,6% na comparação anual.

Em seguida, aparece a Bahia com 900 MW médios produzidos (+29,3%), o Ceará com 697,29 MW médios ( 6,6%), o Rio Grande do Sul com 625,94 MW médios ( 20%) e o Piauí com 528,07 MW médios, aumento de 59,9% frente à geração de 2016.

Os dados de novembro confirmam ainda o Rio Grande do Norte como o estado a maior capacidade instalada, somando 3.495,25 MW, alta de 12,8% em relação a igual mês de 2016. Em seguida aparece a Bahia com 2.349,24 MW ( 34,2%), o Ceará com 2.134,96 MW ( 10,6%), o Rio Grande do Sul com 1.777,87 MW ( 12,8%) e o Piauí com 1.443,10 MW de capacidade (66%).

Fonte: Ambiente Energia

O que é o certificado de energia verde emitido para mais de 60 usinas



Em janeiro deste ano 60 usinas sucroenergéticas que produzem energia elétrica renovável e sustentável para o consumo próprio e para o Sistema Interligado Nacional (SIN) obtiveram o Certificado Energia Verde, emitido pelo Programa de Certificação de Bioeletricidade. A iniciativa, lançada em janeiro de 2015 pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) em cooperação com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), tem o apoio da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL).

O Selo Energia Verde é a primeira certificação no Brasil focada estritamente na energia produzida a partir da cana-de-açúcar. Algumas das regras impostas às usinas incluem a obrigação de que as unidades estejam adimplentes junto à CCEE, sejam associadas à UNICA e atendam determinados critérios de sustentabilidade e eficiência energética. Ao longo de 2018, as 60 unidades certificadas estimam uma produção total de 15.744 GWh, exportando 66% para o SIN e o restante para o uso nas plantas industriais.

Para o gerente em Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar de Souza, esse volume é estratégico para o Brasil, sendo equivalente a mais de 16% do que foi gerado pela Usina Itaipu em 2017 e a quase 60% do consumo anual de energia elétrica de uma cidade como São Paulo, onde residem mais de 12 milhões de habitantes. “A iniciativa da certificação da bioeletricidade ajuda a indústria sucroenergética a reforçar junto à sociedade a sua incrível sustentabilidade, principalmente no quesito ambiental e de eficiência energética. Também representa uma oportunidade para o consumidor do mercado livre de energia elétrica que, preocupado com o consumo responsável, queira contribuir para manter a nossa matriz energética mais limpa e renovável”, comenta e especialista.

Os consumidores no mercado livre que adquirirem a energia da usina certificada ou de comercializadora associada à ABRACEEL podem, desde que obedecendo as diretrizes do Programa, requerer o Selo Energia Verde. A certificação é fornecida pela UNICA sem qualquer custo financeiro. Das 60 usinas já certificadas, participam unidades pertencentes a importantes grupos econômicos do setor sucroenergético, como: Adecoagro, Atvos, Balbo, Biosev, Cerradinho Bioenergia, Cocal, Cofco Brasil, Colombo, Glencane Bioenergia, Nardini, Pedra Agroindustrial, Raízen, São Martinho, Tereos, UMOE Bioenergy, Usina São João e Viralcool.

Saiba quais são as unidades certificadas clicando aqui.

MME autoriza importação de energia até o final de 2018


O Ministério de Minas e Energia publicou, em 20.09, a Portaria nº 372/17, que autoriza a importação de energia elétrica da República Argentina e da República Oriental do Uruguai, de forma excepcional e temporária até 31 de dezembro de 2018, ampliando as possibilidades dessas importações. A importação da Argentina deverá ocorrer por meio das Estações Conversoras de Garabi I e II (2 x 1.100 MW) e da Conversora de Uruguaiana (50 MW), ambas no Rio Grande do sul. Já a importação do Uruguai deverá ocorrer por meio das Estações Conversoras de Rivera e de Melo, localizadas no Uruguai.

A negociação será realizada por meio de ofertas semanais de energia elétrica ao ONS, na fronteira com o Brasil, tendo como destino o Mercado de Curto Prazo do SIN, podendo haver ajustes conforme programação diária ou por necessidade em tempo real.

Os agentes de comercialização serão responsáveis por operacionalizar a importação de energia, podendo ser autorizados um ou mais comercializadores como agentes responsáveis pela importação de energia elétrica perante a CCEE, desde que adimplentes e autorizados a importar nos termos da Portaria MME nº 596/2011. Os custos relativos à importação dessa energia elétrica que forem superiores ao PLD poderão ser recuperados por meio do Encargo de Serviços do Sistema (ESS), após análise pela Aneel dos valores incorridos. Nos casos em que os custos com a importação sejam inferiores ao PLD, a diferença deve ser apurada na contabilização da CCEE e reverter em benefício da conta do ESS.

Conforme a Portaria do MME, não caberá aos agentes comercializadores autorizados à importação arcar com: (i) repercussões financeiras decorrentes de eventual inadimplência no MCP resultante do processo de contabilização da energia elétrica importada nos termos da Portaria; e o pagamento de eventual Custo de Despacho Adicional previsto na Resolução CNPE 03/2013. 

A integra da Portaria MME 372 está disponível aqui.

Fonte: ABRACEEL

Rio Grande do Norte tem maioria dos parque eólicos do Brasil


Pela primeira vez uma equipe do Rio Grande do Norte escreve um capítulo na publicação ‘Brasil em Números 2016’ lançada na última quinta-feira (17), na Pinacoteca do Estado, em Natal. Referência nacional em energias renováveis, o RN hoje é o maior produtor nacional de energia eólica.

Até quarta-feira (16), dos 398 parques eólicos em operação comercial no Brasil, 115 estão instalados no Rio Grande do Norte. O diretor-presidente do Centro de Estratégias de Recursos Naturais e Energia (Cerne) Jean-Paul Prates e sua equipe foram os responsáveis pelo capítulo sobre energia. “É uma publicação oficial do resumo estatístico do país. Todos os setores estão nela”, pontuou.

O Brasil em Números é uma publicação bilíngue, em Português e Inglês, que é distribuídas com todas as embaixadas do país no mundo e para todas as instituições oficiais que divulgam os números do brasileiros no planeta.

“Pela primeira vez uma equipe de pessoas do Rio Grande do Norte, no caso do Cerne, foi convidada para escrever o capítulo de energia”, comemora Jean-Paul Prates. Segundo ele, isso é relevante sob duas formas: a primeira, é para o Cerne no sentido de torná-lo uma referência nacional no setor energético em termos de inteligência setorial, estatística e análise. E, também, porque sendo sediado em Natal tem uma importância grande. “Mas, principalmente, isso é importante para o estado do Rio Grande do Norte porque mostra que o estado adquiriu importância nacional no setor de energia.

Especialista em energia e também presidente do Sindicato das Empresas do Setor Energético do RN (SEERN), Jean-Paul Prates lembra que o estado era importador de energia até 2010 e era produtor de zero megawatts até 2007. “(Era) Um estado que saiu do zero, praticamente, e em poucos anos atingiu a condição de exportador regional de energia e referência no setor de energia renovável tendo já passado um bom período como referência no setor de petróleo e gás, também”, complementa.

Prates escreveu o capítulo em coautoria com o diretor Setorial de Engenharia e Infraestrutura Elétrica Milton Pinto, e o coordenador de Gestão de Dados e Estatísticas Setoriais do Cerne, João Agra Neto.

RN gera 32% da energia dos ventos no país

Segundo João Agra, os 398 parques eólicos em operação comercial até quarta-feira passada correspondem a 9,787 GigaWatts de potencia instalada. Os 115 parques do RN nessa data tinham 3,128 GW que correspondiam 31,96% de tudo que está sendo produzido no país, explicou.

No RN, segundo João Agra, os índices variam entre 31% e 32% na operação comercial, bem à frente do segundo colocado, a Bahia, que tem 68 parque em operação e gera uma potência de 1,6 GW. Ou seja, o RN tem quase o dobro sobre a potência da Bahia.

Diariamente, João Agra atualiza os indicadores de energia no site do Cerne com informações sobre investimento em energias renováveis, indicadores gerais do setor de energia elétrica no Brasil e energia solar fotovoltaica.

De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, entre janeiro e setembro deste ano, a produção das usinas eólicas em operação comercial no Brasil atingiu 3,383 Megawatts médios. Houve um crescimento de 55,4% no comparativo com o mesmo período de 2015.

A produção das usinas eólicas em operação comercial no país alcançou 3.383 MW médios entre janeiro e setembro de 2016, o que na comparação com o mesmo período de 2015 representa um crescimento de 55,4%. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a capacidade instalada dos 381 empreendimentos eólicos totalizou 9.713 MW, incremento de 37,7% na comparação com os 7.055 MW registrados em setembro de 2015, quando havia 276 projetos em operação.

Em setembro, dados consolidados da CCEE, por estado, indicaram que o RN permanece como maior produtor de energia eólica do país, com 1.619 MW médios produzidos, aumento de 59,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Depois, aparece o Ceará com 942 MW médios produzidos (+17,3%), a Bahia com 880 MW médios (+73,9%) e o Rio Grande do Sul que alcançou 602,6 MW médios (+42,7%) no mês de setembro.

O RN também tem a maior capacidade instalada de energia eólica do país com um total de 2.956 MW. O estado aumentou em 33,6% sua capacidade relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, aparece o Ceará com 1.881,6 MW (+226,8%), a Bahia com 1.750 MW (+45,6%) e o RS com 1.522,3 MW (+8,3%).

Brasil em números

A 24ª edição de Brasil em Números, lançada ontem em Natal para todo o país é uma publicação anual com informações sobre aspectos da realidade brasileira como Contas Nacionais, preços e características demográficas e socioeconômicas da população, entre outras. O livro pode ser acessado na Biblioteca ou adquirido na Loja Virtual do IBGE. O livro é ilustrada com obras do Museu Pinacoteca do Estado do Rio Grande do Norte, localizado no centro histórico da capital potiguar.

Fonte: Silvio Andrade | Novo Jornal