Brasil é um dos países que mais crescem em produção de energia eólica
Quem gosta de acompanhar as notícias e artigos sobre energia renovável aqui no Oficina pode comemorar: O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 14 GigaWatts de capacidade instalada de energia eólica no país.
Já são 14,34 GW de capacidade (bem mais energia do que o foguete Falcon 9 da SpaceX produzia durante um lançamento ou do que o ônibus espacial da NASA) produzidos por mais de 7.000 aerogeradores, distribuídos em 568 parques eólicos em 12 estados brasileiros. Em uma comparação mais convencional, a capacidade eólica do Brasil, agora, é a mesma instalada em Itaipu, a maior usina hidrelétrica em produção anual de energia do mundo.
O mais legal de tudo é que a energia eólica como fonte apresenta um crescimento consistente nos últimos anos, passando de menos de 1 GW em 2011 para os mais de 14 GW atuais. A energia gerada por meios eólicos equivale atualmente ao consumo residencial médio de cerca de 26 milhões de habitações (80 milhões de pessoas), em média.
Disposição dos parques pelos estados
“Gosto sempre de lembrar que o Brasil passou do 15º lugar no Ranking de Capacidade Instalada de energia eólica em 2012 para a 8ª posição no ano passado, segundo o Global Wind Energy Council. Também é importante mencionar que, no ano passado, a Bloomberg New Energy Finance estimou o investimento do setor eólico no Brasil em US$ 3,57 bilhões (R$ 11,4 bilhões), representando 58% dos investimentos realizados em renováveis no País (eólica, solar, biomassa, biocombustíveis e resíduos, PCH e outros). Considerando o período de 2010 a 2017, o investimento já passa dos US$ 30 bilhões”, explica Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica, órgão que congrega mais de 100 empresas de toda a cadeia produtiva do setor eólico.
A energia eólica já está chegando a atender quase 14% do SIN – Sistema Interligado Nacional. O dado está no último Boletim Mensal de Dados do ONS, referente ao mês de setembro e que mostra que, no dia 19 de setembro, uma quarta-feira, a energia eólica chegou ao percentual de 13,98% de atendimento; um recorde do SIN.
Nos primeiros oito meses do ano, a fonte eólica contava com um aumento de 19% ao que fora gerado no mesmo período do ano passado, de acordo com dados consolidados do boletim InfoMercado mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Além disso, a mesma CCEE informou que no mês de agosto passado, as usinas eólicas registraram a maior produção de energia deste tipo da história ao alcançar 7.017 MW.
Até 2024, serão instalados mais 4,46 GW em 186 novos parques eólicos, levando o setor à marca de 18,80 GW, considerando apenas leilões já realizados e contratos firmados. Com novos leilões que estão por vir, os números prometem ser ainda maiores.
“Todos estes números positivos mostram não apenas um setor consolidado, mas também que a energia eólica tem um futuro promissor no Brasil. A energia produzida pelos ventos é renovável, não polui, possui baixíssimo impacto ambiental, contribui para que o Brasil cumpra o Acordo do Clima, não emite CO2 em sua operação, tem um dos melhores custos benefícios na tarifa de energia, permite que os proprietários de terras onde estão os aerogeradores tenham outras atividades na mesma terra, gera renda por meio do pagamento de arrendamentos, promove a fixação do homem no campo com desenvolvimento sustentável, gera empregos que vão desde a fábrica até as regiões mais remotas onde estão os parques e incentivam o turismo ao promover desenvolvimento regional”, resume a presidente da ABEEólica.
Fonte: Oficina da Net
Nenhum comentário:
Postar um comentário