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Entenda os problemas das turbinas eólicas da Siemens Gamesa no Brasil

Defeito nos aerogeradores da fabricante hispano-alemã já tiveram impacto em dois parques no país; em todo o mundo, prejuízo é estimado em mais de 1 bilhão de euros.


Conjunto Eólico Santo Agostinho, da Engie, no Rio Grande do Norte (Foto: Divulgação)


A Siemens Energy já perdeu um terço do valor de mercado desde que admitiu a descoberta de componentes defeituosos nas turbinas eólicas fabricadas pela subsidiária Siemens Gamesa. As falhas têm um custo estimado pela empresa em pelo menos 1 bilhão de euros (R$ 5,4 bilhões) e levarão anos para serem corrigidos em todo o mundo.

As turbinas defeituosas também afetaram o mercado brasileiro. AES Brasil e Engie estão analisando as causas de avarias em turbinas eólicas em seus parques no Ceará e Rio Grande do Norte, respectivamente. Os incidentes ocorreram em momentos diferentes – na AES em maio, na Engie em 5 de julho –, mas em comum têm a fornecedora dos equipamentos, a Siemens Gamesa.


Quais são os defeitos nas turbinas?

A Siemens encontrou problemas de qualidade em componentes como as pás e os rolamentos de seus aerogeradores onshore, especialmente nas plataformas mais novas, como o modelo 5X.

A empresa tem 108 GW de turbinas onshore em operação e instalação e estima que entre 15% e 30% podem ser afetadas.

As falhas foram percebidas durante uma revisão que detectou uma “vibração anormal de alguns componentes” e problemas no design dos produtos, que não foram especificados, segundo a Reuters.
Qual o prejuízo estimado para a Siemens Gamesa?

As falhas têm um custo estimado pela empresa em pelo menos 1 bilhão de euros (R$ 5,4 bilhões) e levarão anos para serem corrigidos em todo o mundo.
Que empresas foram afetadas no Brasil?

Até o momento, a AES Brasil e a Engie confirmaram avarias em turbinas eólicas da Siemens Gamesa no país.


Quais parques eólicos tiveram problemas?

Conjunto Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, e eólica Santos, no Complexo Eólico Mandacaru, no Ceará.


Quais problemas ocorreram?

O caso mais recente foi da Engie, em 5 de julho, revelado pela Mover. A avaria ocorreu em uma das pás de um aerogerador de 6,2 MW de potência recém-comissionado e em fase de testes no Conjunto Eólico Santo Agostinho.

O complexo em construção desde 2021 nos municípios de Lajes e Pedro Avelino, no Rio Grande do Norte, está parcialmente em operação, com 13 turbinas. Com investimentos de R$ 2,3 bilhões, quando o complexo estiver concluído, terá capacidade instalada de 434MW, com 14 parques eólicos e um total de 70 aerogeradores.

O incidente da AES Brasil aconteceu em maio, em uma das turbinas do parque eólico Santos, que faz parte do Complexo Eólico Mandacaru, no Ceará. Uma turbina teria pegado fogo.


Complexo Eólico Mandacaru, da AES Brasil no Ceará, com 108,1 MW de capacidade (Foto: Divulgação)


As empresas vão trocar de fornecedor?

A Engie afirmou que está avaliando as causas do incidente, mas não estuda trocar de fornecedor.

Em nota, a companhia informou que está conduzindo, preventivamente, uma avaliação detalhada em 13 turbinas em operação e outras cinco em comissionamento – total de aerogeradores que possuem o mesmo fornecedor da pá sinistrada.

“As causas do incidente, com danos apenas materiais, estão em criteriosa investigação técnica junto ao fornecedor do equipamento. A área onde os aerogeradores são instalados é rigorosamente isolada, sem oferecer riscos às equipes de trabalho”.

Já a AES informou, também em nota, que faz parte da sua estratégia “realizar o turnaround dos ativos adquiridos, o que implica em um momento de reestruturação e retomada, visando melhorar significativamente o desempenho da empresa, especialmente após uma nova aquisição, como foi o caso do Complexo Eólico Mandacaru”.

A companhia destacou que é responsável pela operação e manutenção dos aerogeradores do complexo, contando com o suporte técnico da Siemens Gamesa, “que não tem sido afetada pelas declarações mencionadas anteriormente”.


O que diz a Siemens?

O presidente-executivo da divisão Siemens Gamesa, Jochen Eickholt, disse a jornalistas em uma teleconferência no final do mês passado que “Este é um revés decepcionante e severo”. A companhia admitiu os problemas e afirmou que está tomando as medidas necessárias para consertar os defeitos.

Procurada pela agência epbr, a Siemens Gamesa confirmou que uma das pás da turbina eólica do parque Santo Agostinho quebrou no dia 5 de julho.

“Não houve feridos e uma zona de segurança ao redor da turbina foi estabelecida. A Siemens Gamesa imediatamente iniciou uma investigação interna para determinar a causa raiz deste incidente. Até que a análise seja concluída, não podemos especular sobre a causa do incidente”, diz a nota.


Potencial a ser explorado na energia eólica


O Atlas Eólico do Rio Grande do Sul, produzido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), de 2014, aponta grande potencial de usinas onshore e offshore. Foto: Alina Souza

As usinas eólicas são realidade há tempos no Rio Grande do Sul e, dadas suas características de instalação, são offshores, dentro do mar, nearshores, em lagoas, ou em terra firme, as onshores. De acordo com o Sindienergia-RS, a capacidade de abastecimento de uma usina do gênero está na base de 40 GW no mar e 10 GW em lagos. Para reduzir o impacto ambiental e nas comunidades, um grupo de trabalho integrado pelo sindicato está em contato permanente com a população de onde potencialmente pode haver usinas instaladas, bem como órgãos ambientais, como Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e Ibama, a fim de buscar soluções conjuntas e que minimizem ao máximo os riscos.

Atualmente, 13 entidades integram o GT e há pelo menos dois grandes projetos do tipo sendo estudados no litoral gaúcho, por parte da empresa Ocean Winds, cujo memorando foi assinado com o governo gaúcho no mês passado. No trecho norte, a Marinha de Tramandaí tem potencial de gerar até 700 MW e, no Litoral Sul, o Ventos do Sul poderá gerar até 6,5 GW. A intenção é replicar no Estado as iniciativas que deram certo em outros países e, para isso, o Sindienergia-RS esteve na Europa e presenciou complexos similares que também utilizam a força dos ventos para a geração energética.

“O ideal é que consigamos atrair a indústria associada a estas usinas, porque otimizamos bastante em termos de tempo, composição financeira e no meio ambiente. Além do ganho sustentável, há um ganho de geração de energia, pois passamos a exportar energia limpa”, afirma a diretora de Operações e Sustentabilidade do Sindienergia RS, Daniela Cardeal, que integrou o fórum promovido pelo Correio.

O Atlas Eólico do Rio Grande do Sul, produzido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e publicado em 2014, apontava que havia “um grande potencial a ser explorado”, tanto de usinas onshore quanto offshore, com 103 GW a 100 metros de altura, em locais com velocidades de vento superiores a 7 metros por segundo, equivalente a 25,2 quilômetros por hora. Estas localizações cobriam, segundo o Atlas, 39 mil km² do Estado. Já no caso das offshores, são mais de 600 quilômetros de extensão de litoral e uma zona econômica exclusiva que cobre mais de 200 mil quilômetros quadrados de área do Oceano Atlântico.

A capacidade instalável no mar gaúcho é estimada em 80 GW a 100 metros de altura, com mesma velocidade do vento. Ainda segundo o Atlas, as usinas onshore no RS têm potencial energético de produção de 382 terawatts-hora (TWh) por ano e as offshore 305 terawatts-hora (TWh) por ano no mar e 124,9 TWh nas três principais lagoas (dos Patos, Mirim e Mangueira). “Temos uma capacidade energética de produção no mar equivalente a 50 usinas hidrelétricas de Itaipu”, disse no evento o oceanólogo Henrique Ilha, chamando este modelo de “nova revolução”. A eletricidade gerada no Brasil todo em 2020 foi de 621 TWh, de acordo com o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2021, divulgado pelo EPE.

Bahia ganha nova fábrica de pás eólicas de uma das maiores fabricantes renováveis do mundo, com previsão de gerar 1.700 empregos nos próximos anos

Torres de energia eólica - crédito: RenewableNEws

Com o fim da missão internacional, governador da Bahia garante novo empreendimento de pás eólicas que promete gerar novos empregos e renda ao estado

Após o encerramento de sua missão internacional pelos países como Alemanha, Cazaquistão e República Tcheca, o governador do estado da Bahia, Rui Costa, na última quinta-feira (28), esteve em uma reunião com a Sinoma, uma grande empresa chinesa que é líder mundial nos segmentos de material de construção e vidros, além de ser uma das maiores fabricantes de equipamentos destinados à produção de energia eólica do mundo. Durante a reunião, foram discutidos diversos detalhes sobre a implantação de uma fábrica de pás para turbinas eólicas na Bahia. As pás eólicas são as principais responsáveis pela geração de energia elétrica limpa e renovável, a partir da rotação oriunda dos ventos.

Proposta inicial contempla parque eólico de 35 mil metros quadrados

De acordo com o governador da Bahia, a proposta primária é a implantação de uma unidade com cerca de 35 mil metros quadrados, além da instalação de quatro linhas de produção de pás, em Camaçari, para que atenda a demanda nacional e internacional.

A princípio, estima-se que sejam gerados em torno de 500 empregos podendo chegar a 1.200, de acordo com a expansão e ampliação que será realizada três anos após o início do funcionamento da fábrica de pás eólicas. Rui Costa participou de uma videoconferência com os executivos da empresa na sede chinesa e também no escritório do Brasil, em São Paulo.

O governador da Bahia se colocou à disposição e ofereceu todo apoio necessário para que o projeto seja implementado. Rui afirmou que é de extremo interesse ter a fábrica de pás eólicas implantada na Bahia e que só faltam apenas alguns detalhes para que o projeto se concretize. Rui concluiu dizendo que o Estado dará total apoio para que tudo aconteça o mais rápido possível.

Parceria entre Bahia e China promete impulsionar ainda mais o mercado de energias renováveis no Brasil

A fábrica de pás eólicas em Camaçari, região metropolitana de Salvador, será a primeira do ramo que a empresa implantará fora da China. E a Bahia foi escolhida por possuir todas as condições necessárias para a instalação de uma unidade tão importante como esta, tais como o terreno adequado, a estrutura logística de estradas e também de portos. Já existem diversos parques eólicos no estado da Bahia, algo que tem gerado uma alta nos empregos e na movimentação da economia do estado.

Outras parcerias importantes entre a Bahia e países estrangeiros

Rui Costa também conseguiu firmar algumas parcerias científicas com um instituto de tratamento de Câncer e a Universidade Técnica da Tchéquia, com o intuito de fazer uma interligação entre profissionais da saúde, para uma troca de experiências e formação. Após 12 dias de missão internacional, o governador da Bahia considerou positiva sua jornada em busca de mais parcerias para o estado.

Segundo Rui, a missão internacional foi um período muito trabalhoso em que literalmente venderam o potencial da Bahia, com o intuito de conseguir novos investimentos.

Além disso, o governador concluiu dizendo que conseguiu mostrar que o estado baiano possui as melhores condições e os melhores trabalhadores do Brasil para operar esse tipo de empreendimento e que o estado está totalmente aberto a iniciativas produtivas que possam gerar novos empregos e renda, melhorando a qualidade de vida do povo baiano.

Força eólica desenvolverá resíduos de Karadiyana para usina de energia

A Windforce, a maior empresa de energia de capital aberto do Sri Lanka, tem como objetivo acelerar o desenvolvimento da Usina Elétrica de Resíduos em Energia de Karadiyana. A empresa assinou um contrato de compra e venda de ações com a Fairway Holdings para o controle da Fairway Waste Management.

© Windforce

Famosa por introduzir uma tecnologia inovadora na indústria de energia renovável do Sri Lanka, a planta de Karadiyana refletirá essa proeza de ponta com uma planta incineradora de 400 toneladas métricas por dia e um digestor anaeróbico de 100 toneladas métricas por dia, juntos gerando 10 MW de eletricidade para o Grade nacional.

A planta, localizada a apenas 15 quilômetros do centro de Colombo, pode acomodar um total de 500 toneladas métricas de insumos por dia, o que será uma contribuição significativa para gerenciar as 7.000 toneladas métricas de resíduos diários que estão sendo acumuladas no Sri Lanka, das quais 60% são de apenas a província ocidental. Uma vez comissionada, a planta de digestão anaeróbia produzirá biogás através da entrada de resíduos orgânicos, enquanto a planta de incineração irá gerar vapor de alta pressão para operar uma turbina a vapor.

A gestão de resíduos continua a ser um grande desafio para o Sri Lanka, com o acúmulo de resíduos em aterros sanitários recebendo um destaque negativo quando o aterro Meethotamulla de 300 pés de altura desabou em abril de 2017, matando 32 pessoas e afetando 1.765. Mitigar desastres catastróficos como esses é um imperativo, ao mesmo tempo que se mantém a pegada de carbono do país no mínimo.

Cúpula do Clima discute Energias renováveis: Solar ou eólica?



O tema foi bastante discutido na última Cúpula do Clima; Especialista afirma que uma completa a outra. Ou seja as duas fontes tem sua importância...porque quando uma diminuem a geração a outra está funcionando mantendo sempre uma geração mais linear possível.

Realizada nos dias 22 e 23 de abril e organizada pelo governo Joe Biden, dos Estados Unidos, a Cúpula do Clima ainda repercute no mundo todo devido às promessas ousadas para combater o aquecimento global.

Entre os projetos, líderes de importantes Nações afirmaram estar investindo em energias alternativas e limpas, como a eólica e solar. E por aqui? Qual o atual cenário de produção e distribuição destes tipos de energias?

É consenso dos cientistas que a energia eólica é importante porque é renovável e tem baixo impacto ambiental para a sua geração. Essa fonte de energia também está crescendo muito no Brasil.

Em 2020 o Brasil era o 8° país do mundo em termos de potência instalada de energia eólica. No início de 2021, haviam 695 parques eólicos e mais de 8.300 aerogeradores.

“Temos uma participação de 10.9% da nossa matriz energética, isso em potência instalada. Há uma previsão para 2025 de aumentar de 10.9 para 12.9’%, ou seja, 2% em 4 anos, passando de 18.482 megawatts para 23.651 megawatts”, explica Edval Delbone, coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

A energia eólica está bem na frente da energia solar, que também é renovável. Porém a energia solar tem uma expectativa de crescimento com maior velocidade, mas ainda produz muito pouco, ou seja, enquanto a eólica está em 18.482 megawatts, a solar está em 3.958 megawatts.

Em 2020 o Brasil era o 14° país do mundo em termos de potência instalada de energia solar. Do total da matriz energética brasileira, 1,6% é produzido através de sistemas solares fotovoltaícos.

Qual a diferença entre eólica e solar?

A eólica é mais atrativa economicamente no nordeste e no sul, onde o vento tem uma velocidade bem maior comparado aos demais estados.

No estado de São Paulo é possível investir, porém ainda não é atrativo economicamente. Em relação à energia solar, o sol bate no Brasil em qualquer lugar, em qualquer estado a irradiação solar é boa, sobretudo no nordeste.

Portanto, a energia eólica depende do vento, que é mais comum na parte da tarde e de madrugada. Já a solar depende do sol, principalmente do meio dia, onde a incidência é maior e gera mais energia solar.

“Ambas são importantes e se complementam. No entanto, ainda não podemos abrir mão de outras fontes de energia firmes, como a usina hidrelétrica, no qual há reservatórios para armazenar água e energia a fim de garantir o abastecimento contínuo, até mesmo no período de estiagem, uma vez que os reservatórios estão cheios de água para produção de energia”, completa o engenheiro da Mauá.

Entendemos que as fontes renováveis sempre deram fontes assessorias as principais por questões de sua sazionalidade no tocante a precisar e depender das questões climáticas, sol e vento, para terem uma boa geração, então em qualquer intempéries climáticas como chuva que abaixa a radiação e zonas de massa de ar que diminuem as correntes de vento interferem na sua eficiência. Assim sendo precisamos sempre de um mix cada vez mais de fontes para uma maior eficiência e segurança energética do país.


Projetos renováveis, eólicos e solares, ganham mais espaços com o crescimento socioeconômico da América Latina

Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável, a América Latina pode aumentar sua capacidade de energia solar, instalada, em um fator de 40 vezes até 2050. Foto: DINO / DINO


O mercado de energias renováveis latino-americano passou por fortes transformações, nos últimos anos, com fatores de risco político, tendências de investimento, avanços tecnológicos e os impactos econômicos devido à pandemia da covid-19, segundo a BloombergNEF (BNEF), empresa de consultoria de mercados de energia atuais. De acordo com os dados da empresa, em 2019, o Brasil elevou o investimento na capacidade de energia renovável em 74%, US$ 6,5 bilhões, enquanto o México comprometeu US$ 4,3 bilhões, 17% acima, e o Chile US$ 4,9 bilhões, quatro vezes mais. Somente a Argentina conseguiu conter a tendência, com uma queda de 18%.

As economias da América Latina e do Caribe estão passando por um ponto de inflexão, após cerca de seis anos de desaceleração, incluindo dois anos de recessão, a região volta a mostrar sinais de crescimento, informa Diogo Martignago Mariath, graduado em economia (PUC-RS) e mestre em finanças e investimentos pela escola britânica Cass Business School.

"A região passou por uma grande tendência de desaceleração entre 2010 a 2016, movendo o crescimento em média de aproximadamente 6% em 2010, para território negativo entre 2015 e 2016. Essa mudança no padrão de crescimento da América Latina se deve, principalmente, à fragilidade econômica de dois de seus principais mercados, Brasil e Argentina, que sofreram durante esse período os efeitos de uma profunda crise política e econômica", explica Diogo, com mais de 10 anos de experiência em energias renováveis atuando no Brasil, América Latina, Europa e África.

A partir do ano de 2016, diz o especialista, as reformas econômicas e políticas implementadas no Brasil e na Argentina, aliadas ao bom desempenho de outros países da região, contribuíram para a retomada da trajetória de crescimento da América Latina. "Com cerca de 366 GW de capacidade instalada e abrangendo mais de 20 países, a América Latina continua na vanguarda do desenvolvimento de energia limpa. Mas, mandatos ambiciosos de energia limpa e leilões agressivos estão impulsionando o desenvolvimento na região e permitindo que projetos eólicos e solares alcancem preços baixos recordes", declara Mariath.

Segundo a International Energy Agency (IEA), o custo da produção de energia solar caiu 82% desde 2010, e o Brasil ocupa a sétima colocação global em capacidade instalada de energia eólica, um a cada 10 GWh consumidos no país vem do vento. A energia solar cresceu 212% em 2019 e, mesmo com a crise, outros 25% em 2020, hoje ela responde aproximadamente por 1,7% da matriz energética brasileira.

Conforme o mestre em finanças, que foi painelista em Londres pela Conferência de Energia Renovável na América Latina 2019, o México, a Colômbia, o Peru, o Brasil, o Uruguai, a Argentina e o Chile respondem por cerca de 80% da capacidade instalada da América Latina, e são os focos de investidores internacionais em energia limpa. E lembra que o Brasil e o México são os maiores mercados, atraindo maior atenção e foco dos investidores.

No Brasil, a energia eólica atinge a marca de 18 GW de capacidade instalada, 10,3% da matriz elétrica nacional, de acordo com dados apresentados pela Associação Brasileira da Energia Eólica, são 695 parques e mais de 8.300 aerogeradores. Uma década atrás o segmento ainda contava com menos de 1 GW de capacidade e hoje é a segunda maior, ficando atrás apenas da hidrelétrica que possui 58,7% do parque instalado no país.

"Os mercados estão se abrindo para novas oportunidades e compromissos com o setor privado. O investimento está atingindo novos recordes e, como resultado, os mercados estão adotando instrumentos financeiros inovadores, como títulos verdes e títulos de construção para preencher a lacuna no financiamento. E os investimentos em energia limpa na região também estão abrindo novas fronteiras para prestadores de serviços e fabricantes de equipamentos, ampliando, assim, o alcance da indústria e aumentando a riqueza", acrescenta Diogo Mariath, com experiência em análise de investimentos, desenvolvimento de projetos renováveis greenfield para participação em leilões de energia, projectfinance e aquisições

Dados da BNEF comprovam que o investimento na capacidade de energia renovável no mundo subiu para US$ 282,2 bilhões, em 2019, 1% acima dos US$ 280,2 bilhões de 2018, mesmo com um cenário de investimentos globais limitados. Durante a COP25 da Conferência Climática das Nações Unidas em Madri, uma nova iniciativa regional coordenada pela Organização Latino-Americana de Energias - OLADE, estabeleceu planos para atingir pelo menos 70% de energia renovável em eletricidade até 2030.

Energias renováveis crescem no ritmo mais rápido em 20 anos, diz AIE



A capacidade de produção de energia renovável cresceu em 2020 no ritmo mais rápido desde o início deste século, disse a Agência Internacional de Energia (AIE) nesta terça-feira (11). Por causa da expansão, a entidade revisou para cima sua previsão para o crescimento das energias eólica e solar para 2021 e 2022.

De acordo com a AIE, as energias renováveis foram a única fonte para a qual a demanda aumentou no ano passado, com os “lockdowns” para conter a covid-19 afetando o consumo de todos os outros tipos de energia.

Cerca de 280 gigawatts a mais de capacidade de produção de energia renovável foram criados em 2020, 45% a mais do que em 2019, informou a entidade com sede em Paris. Este foi o maior salto observado desde 1999.

O aumento ocorreu por causa da construção de fazendas eólicas e solares nas principais economias do mundo. Além disso, também houve uma corrida para concluir projetos renováveis antes do fim de subsídios governamentais na China, nos Estados Unidos e no Vietnã.

A AIE elevou suas previsões de crescimento para 2021 e 2022 em cerca de 25%. Para este ano, a expectativa é de um acréscimo de 270 gigawatts na capacidade de produção. A previsão para o próximo ano é de 280 gigawatts.

A crescente demanda por energia renovável é observada à medida que governos e empresas tentam cortar emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global.

“As energias eólica e solar estão nos dando mais razões para sermos otimistas sobre nossos objetivos climáticos, pois quebram recorde após recorde”, disse o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol.

Birol acrescentou que um maior uso de eletricidade com baixo teor de emissões de carbono é necessário para que o mundo atinja as metas propostas para reduzir o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera.

Apesar de as energias renováveis estarem ganhando terreno, os combustíveis fósseis continuam sendo a fonte dominante no mundo. Em 2019, antes da pandemia, o petróleo, o gás natural e o carvão representavam 81% do consumo global, afirma a AIE. Espera-se que esse número caia para 76% até 2030, embora um aumento da demanda geral signifique uma maior utilização de energia com uso intensivo de carbono.

A AIE estima que a energia solar terá um papel fundamental na expansão da capacidade global de produção de energia renovável, com acréscimos em 2022 previstos para serem 50% maiores do que em 2019. A entidade também prevê um forte crescimento da energia eólica nos próximos dois anos, embora em uma taxa inferior a 2020.

No entanto, a AIE disse que espera que o crescimento da capacidade de produção na China se estabilize com o fim dos subsídios do governo, apesar da promessa de Pequim de atingir o pico das emissões de carbono antes de 2030.

O aumento dos investimentos na Europa, nos Estados Unidos, na Índia e na América Latina deve mais do que compensar qualquer queda nos gastos chineses em energia renovável, indicou a AIE. A União Europeia (UE) planeja desembolsar US$ 1 trilhão para atingir sua meta de ser neutra em carbono até 2050.
A avaliação da AIE ainda não leva em consideração o plano de US$ 2,3 trilhões em infraestrutura proposto pelo presidente americano, Joe Biden. Parte das medidas anunciadas pelo democrata visa combater as mudanças climáticas.

Se aprovado, a AIE avalia que o pacote de Biden deve impulsionar uma “aceleração muito mais forte da implantação de energias renováveis após 2022”.

Fonte: Valor

Equinor compra empresa polonesa de renováveis


A norueguesa Equinor concluiu a compra da empresa polonesa de energias renováveis Wento, por 91 milhões de euros, segundo comunicado desta quarta (5).

Os negócios da Wento incluem um pipeline líquido total de cerca de 1,6 gigawatts (GW) de projetos solares em diferentes estágios de desenvolvimento.

“Esta transação fortalecerá e diversificará nosso portfólio na Polônia, uma área emergente para a Equinor. Isso nos dá uma plataforma de crescimento onshore em um mercado de transição definido para um crescimento significativo de energias renováveis”, disse Pål Eitrheim, vice-presidente executivo de Soluções de Novas Energias da companhia.

Segundo a empresa, essa aquisição está alinhada com estratégia ​​de alcançar gradualmente posições onshore lucrativas em mercados de energia renovável, em busca da liderança na transição energética, além de auxiliar a Polônia nessa transição.

“Estamos ansiosos para crescer em conjunto no mercado de energias renováveis ​​polonês, cumprindo a ambiciosa estratégia de energias renováveis ​​de ambas as empresas”, afirmou Wojciech Cetnarski, CEO da Wento.

Projetos offshore no Báltico e Mar do Norte

Além dos projetos onshore, a Equinor vem fechando grandes negócios offshore na Polônia. O país tem a ambição de desenvolver 5,9 GW de energia eólica offshore até 2030, e até 11 GW até 2040.

Em parceria com a polonesa Polenergia, a companhia está envolvida em três projetos eólicos no Mar Báltico: MFW Bałtyk I, MFW Bałtyk II e MFW Bałtyk III. As duas empresa detêm cada uma 50% de participação nos três projetos.

A companhia norueguesa também está construindo aglomerados eólicos offshore de material no Mar do Norte, envolvendo Reino Unido e Noruega.

Além disso, a Equinor se juntou ao consórcio AquaVentus, que pretende produzir hidrogênio verde alimentado por 10 GW de energia eólica offshore instalada no mar norueguês.

Também no Mar do Norte, a companhia comunicou, em abril, que irá investir na eletrificação de parte de um dos maiores campos de petróleo e gás da região – o Troll West –, em parceria com Petoro, Shell, Total e ConocoPhillips.

O projeto inclui a eletrificação parcial da plataforma Troll B e a eletrificação completa do Troll C. A demanda de energia das plataformas será atendida a partir da costa, o que permitirá que os dois compressores de exportação de gás do Troll C, movidos por turbinas a gás, sejam substituídos por motores elétricos.

A petroleira norueguesa estima uma redução nas emissões de CO2 em quase meio milhão de toneladas por ano, o equivalente a mais de 3% das emissões totais da produção de petróleo e gás na Noruega.

Brasil alcança 1 GW de capacidade instalada em 2021


Pelo quarto mês seguido, eólicas seguem puxando a expansão da matriz elétrica

O Brasil alcançou em abril 1.007 GW de capacidade instalada em 2021, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Só no mês de abril, foram 324,45 MW liberados.

A eólica foi, pelo quarto mês consecutivo, a fonte com crescimento mais acentuado, batendo a marca de 218,45 MW de potência instalada, representando 67% do total de abril.

Quase toda a expansão da geração eólica, 201 MW, foi liberada para usinas que não comercializaram no mercado regulado. Do total (812 MW) de eólicas liberadas em 2021, até abril, 555 MW correspondem a usinas nas mesmas condições, o equivalente a 68,3% desse quantitativo.

Ao longo de 2021, novas unidades de geração foram liberadas para operação comercial em 12 estados do Brasil. Três estados concentram 64,8% da capacidade instalada no país este ano: o Piauí, com 190,35 MW, o Rio Grande do Norte, com 221,06 MW, e a Bahia, com 241,55 MW.


No primeiro quadrimestre de 2021, houve um acréscimo de 44,26 MW de potência instalada no sistema isolado.

2W Energia assina contrato de financiamento de US$ 45 milhões com Darby International Capital

Segundo a 2W Energia, a maior parte do montante (US$ 35 milhões) servirá para investir no Complexo Eólico Anemus (Imagem: Divulgação/ Site)

A 2W Energia informou nesta segunda-feira (12) que celebrou um contrato de financiamento de US$ 45 milhões com a Darby International Capital.

O montante está dividido em três sub-créditos. Os dois primeiros, que totalizam US$ 35 milhões, servirão para investir no Complexo Eólico Anemus, localizado no Rio Grande do Norte. O parque conta com 33 aerogeradores e capacidade instalada de 138,6 megawatts.

O terceiro sub-crédito, no valor de US$ 10 milhões, será destinado para o crescimento da companhia por meio de investimentos para fortalecer as vendas e a plataforma digital, bem como para fomentar a expansão da base de clientes por meio da conversão de consumidores de energia cativa em consumidores do mercado livre de energia.

Petrobras conclui venda de participação em parque eólico no Nordeste

Reposicionamento: Petrobras segue na estratégia de focar em seu negócio principal 
(Imagem: Agência Brasil/Arquivo)

A Petrobras (PETR3; PETR4) finalizou a venda da totalidade de sua participação de 49% na Sociedade Eólica Mangue Seco 1 – Geradora e Comercializadora de Energia Elétrica S.A. para a V2I Energia S.A., fundo de investimento em participações em infraestrutura gerido pela Vinci Energia.

A operação foi concluída com o pagamento de R$ 44 milhões para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato de compra e venda de ações.

A Eólica Mangue Seco 1 faz parte de um complexo de quatro parques eólicos (Mangue Seco 1, Mangue Seco 2, Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4), localizados em Guamaré (RN), com capacidade instalada total de 104 megawatts (MW). A Eólica Mangue Seco 1 detém e opera um parque eólico, com capacidade de 26 MW.

De acordo com a Petrobras, a operação está alinhada à estratégia de melhoria de alocação do capital da companhia, visando à “maximização de valor para os seus acionistas”.

Fundo da Vinci Partners conclui aquisição de parques eólicos da Petrobras

A operação foi fechada pela Vinci por meio de seu veículo de investimentos V2i Energia
 (Imagem: Reprodução/Vinci Partners)

Um fundo de investimento controlado pela gestora de recursos Vinci Partners concluiu nesta segunda-feira a aquisição de dois parques eólicos no Rio Grande do Norte, após ter fechado a compra da participação da estatal Petrobras nos empreendimentos.

A transação, que marca a saída da Petrobras (PETR3; PETR4) dos negócios em energia eólica, envolveu também fatia detida pela alemã Wobben Windpower nas usinas, conhecidas como Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4, cada uma com 26 megawatts em capacidade instalada e operacionais desde 2011, informou a Vinci em fato relevante.

“A consecução do negócio representa uma importante aquisição de ativos de geração de energia renovável, reforçando as práticas de sustentabilidade e as políticas de ESG da Vinci”, disse a gestora, em referência à sigla em inglês para questões ambientais, sociais e de governança.

A empresa afirmou ainda que a operação é “totalmente aderente à estratégia do fundo de proporcionar um perfil de renda de longo prazo a seus investidores e diversificação de seu portfólio”.

O acordo pelas usinas no Rio Grande do Norte envolveu pagamento total de 183,15 milhões de reais nesta segunda-feira, divididos proporcionalmente entre Petrobras e Wobben. Cerca de 22,48 milhões de reais haviam sido pagos quando da assinatura do contrato.

A operação foi fechada pela Vinci por meio de seu veículo de investimentos V2i Energia.

Antes, a Vinci já havia divulgado acordo para a compra da fatia da Petrobras no parque eólico Mangue Seco 1, parte do mesmo complexo no Rio Grande do Norte e também com 26 megawatts em capacidade.

Em paralelo, a gestora assinou um contrato para comprar a fatia de 51% detida pela Alubar Energia em Mangue Seco 1, em transação que aguarda condições precedentes para ser fechada, incluindo aprovação pelo Banco do Nordeste (BNB), que financiou o parque.

O valor total da transação para aquisição de 100% da usina eólica é de 86,8 milhões de reais.

A Vinci disse em comunicado anterior, em fevereiro, que a aquisição das três usinas do complexo Mangue Seco envolverá mais de 65% do valor captado em sua última emissão de cotas para seu fundo voltado ao setor de energia.

A conclusão do negócio também representa a saída total da Petrobras de ativos de energia eólica.

Além dos parques negociados com a Vinci, a Petrobras anunciou acordo recente para vender sua fatia na usina eólica Mangue Seco 2 ao fundo Pirineus, por 32,97 milhões de reais. A Eletrobras, sócia da petroleira no ativo, também vendeu sua participação.

Os desinvestimentos da Petrobras ocorrem em maio a um amplo plano de vendas de ativos, com a companhia prometendo focar atenção e recursos na exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas.

Enquanto não houver concorrentes para a Aeris no Brasil, siga comprando ações

Demanda por fontes de energias renováveis está em alta no mundo, e a Aeris deve captar os bons ventos (Imagem: Aeris/Divulgação)

Pode-se dizer que a Aeris (AERI3), produtora de pás eólicas, está lugar certo e na hora certa, já que a demanda global por fontes de energias renováveis está à todo vapor, enquanto a companhia reina soberana no Brasil, com baixos níveis de competição.

Após um bate-papo com diretores-executivos da Aeris, a XP Investimentos reforçou ainda mais sua visão otimista de longo prazo.

“Aeris continua confiante sobre as expectativas de crescimento de longo prazo. O CEO da empresa, Alexandre Negrão, referiu que mais de 75% dos países apontam agora para uma meta de descarbonização, contra apenas 25% há alguns anos”, comentam os analistas da corretora, Lucas Laghi e Pedro Bruno, sobre a conversa com a diretoria.

Considerando o mercado doméstico do Brasil, os diretores esperam que a capacidade eólica aumente entre 3 e 4 GW por ano nos próximos anos, contra uma média de aproximadamente 1,5 GW por ano na última década.

Aeris vê espaço limitado para outro fabricante desenvolver uma planta para produção local no Brasil (Imagem: Reprodução/Aeris Energy/YouTube)

Outro ponto chave levantado diz respeito à competividade.

Questionada sobre a possibilidade da TPI Composites — principal concorrente da Aeris — ou de uma empresa chinesa começar a desenvolver pás eólicas no Brasil, os diretores apontaram para o fato de que essa deve ser uma decisão conjunta com o cliente.

“Transferir capacidade de produtores de pás já estabelecidos apenas impediria uma maior diluição de custos, gerando uma situação de “perde-perde” para fabricantes de turbinas e de pás eólicas, visto que a dinâmica comercial entre ambos poderia ser comprometida”, afirmou a diretoria da Aeris aos especialistas da XP.

A empresa vê espaço limitado para outro fabricante desenvolver uma planta para produção local no Brasil, uma vez que a Aeris já tem capacidade sobressalente suficiente para absorver o crescimento futuro.

Os gargalos logísticos também não parecem ser uma pedra no sapato, apesar de as pás eólicas terem aumentado consideravelmente de tamanho nos últimos anos. Elas passaram de 45 metros, em 2010, para 80 metros na atualidade.

Segundo o Diretor de Planejamento, Bruno Lolli, a capacidade atual do Porto de Pecém, localizado em Fortaleza (CE), é suficiente para acomodar pás de até 130 metros de comprimento, o que não acarretaria em problemas logísticos significativos no curto prazo.

Complexo de energia eólica da Neoenergia, localizado no sertão da Paraíba terá capacidade suficiente para abastecer mais de 3 milhões de pessoas

Parque eólico da Paraíba

A Neoenergia beneficia comunidades na região do Complexo de energia eólica Chafariz (PB) com a instalação de placas solares e expansão de energia renovável na região

O Complexo de energia eólica Chafariz é formado por 15 parques eólicos, localizados nos municípios de Santa Luzia Areia de Baraúnas, São Mamed , São José do Sabugi, Junco do Seridó (PB) todos no sertão da Paraíba. Após a entrada em operação, o empreendimento terá uma capacidade instalada de 471 MW de energia renovável, graças aos 136 aerogeradores, um dos mais modernos e eficientes do mercado, com pás de cerca de 65 metros de comprimento.

Mais energia eólica com a Neoenergia em 2022

Os 15 parques de energia eólica em processo de construção da Neoenergia possuem previsão de conclusão até 2022. Junto com Santa Luzia, localizado na mesma região, o complexo será um dos maiores do país e um dos maiores da empresa no mundo.

Compromisso social

O Complexo Eólico Chafariz na Paraíba traz benefícios com diversas iniciativas próprias da Neoenergia. Entre elas, está o apoio à Associação Comunitária das Louceiras Negras da Serra do Talhado, entidade formada por mulheres da Comunidade Quilombola da Serra do Talhado Urbana, em Santa Luzia (PB), que produz peças de barro, como panelas e vasos.


O apoio da usina da Paraíba se deu na reformulação da identidade visual, dando maior visibilidade ao trabalho feito pelas artesãs. A iniciativa da Neoenergia gerou diversos materiais de divulgação com a nova logomarca, entre banners, cartões de visita e papel timbrado, além do curso de empreendedorismo que será realizado em 2021.

A qualificação profissional dos moradores é outro compromisso socioeconômico no qual a Neoenergia se destaca. Em janeiro de 2020, foram promovidos cursos profissionalizantes para as atividades de obra civil, como pedreiro, carpinteiro, montador e elétrica básica, em parceria com o SENAI, para capacitação da mão de obra local, com foco na futura contratação no empreendimento.

PF investiga construtoras por uso de minério ilegal em usinas eólicas no Nordeste

© Reuters/Jamil Bittar.

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal está investigando construtoras pelo uso de areia e saibro supostamente extraídos ilegalmente para utilização em obras de parques eólicos no Nordeste, considerado uma das melhores regiões do mundo em ventos para a geração de energia.

Os trabalhos envolveram operações recentes no Rio Grande do Norte e no Ceará com diversas ações de busca e apreensão, inclusive em uma usina de Furnas, subsidiária da estatal Eletrobras, disseram oficiais de polícia à Reuters.

As apurações, que contaram com apoio de imagens de satélites da agência espacial norte-americana Nasa e de drones, buscam agora calcular as perdas para os cofres públicos com a mineração ilegal, para que procuradores possam entrar com ações criminais e de ressarcimento.

Também foram quebrados sigilos bancário e fiscal das empresas investigadas, até para apurar se havia algum tipo de combinação entre elas e investidores do setor de energia, embora as suspeitas no momento estejam focadas nas construtoras, sem indícios contra os donos dos parques, segundo as autoridades.

"A investigação está praticamente encerrada, agora vamos calcular o dano, em termos de responsabilidade. É o prazo de os peritos fazerem isso, alguns meses", disse o delegado Agostinho Gomes Cascardo Junior, do Rio Grande do Norte, que estimou que os trabalhos devem ser fechados ainda em 2020.

"O alvo são grandes empresas do ramo de construção civil. Não há indícios no momento de participação dos parques eólicos, embora não seja descartado", acrescentou.

Segundo ele, as investigações mostraram que as construtoras estariam fazendo exploração de areia e saibro sem a necessária autorização federal, com uso dos materiais nas obras de eólicas, para terraplanagem e construção de canteiros, por exemplo.

"Temos um encadeamento de imagens (de satélites e drones) que mostram como a exploração mineral vai aumentando e as eólicas vão crescendo junto, com terraplanagem, pavimentação", afirmou.

Uma das obras investigadas é a do complexo eólico de Fortim, da estatal Furnas no Ceará, com 115 megawatts em capacidade, que entrou em operação comercial neste ano, disse à Reuters a delegada Carla Sampaio, chefe de repressão a crimes contra o meio ambiente e patrimônio histórico da PF no Ceará.

Procurada, Furnas confirmou em nota que técnicos de sua subsidiária Brasil Ventos, responsável pelo complexo eólico de Fortim, receberam representantes da PF para operação de busca e apreensão em 26 de junho.

"Nada foi levado do local, pois a construtora já havia desmobilizado seu canteiro de obras. Até aquele momento, Furnas e Brasil Ventos não tinham conhecimento sobre a possibilidade de extração irregular de materiais ou de sua potencial utilização na construção do parque eólico de Fortim. Furnas e Brasil Ventos estão à disposição das autoridades para colaborar", afirmou.

© Reuters/Sergio Moraes .

A estatal ainda destacou que possui um programa de integridade de fornecedores e disse que, "caso fique provada a irregularidade, a construtora sofrerá as sanções previstas".

A PF não revelou o nome das empresas investigadas.

OPERAÇÕES EM CAMPO

Os levantamentos realizados pela Polícia Federal com satélites e drones foram complementados por duas operações realizadas no final de junho, a Siroco, em Natal (RN), e a Anemoi, em Fortaleza e Aracati (CE), que cumpriram diligências em campo e 11 mandados de busca e apreensão.

No Rio Grande do Norte, as apurações focaram 13 áreas nas quais teria havido exploração mineral indevida entre 2012 e 2016, segundo as autoridades, que estimam que essas atividades levaram à degradação de uma área equivalente a 100 campos de futebol.

No Ceará, foram monitoradas sete áreas, nas quais a exploração indevida teria ocorrido entre 2014 e 2019.

Ambas operações tiveram como base informações de bandas espectrais de imagens de satélites da Nasa, além de fotos obtidas com drones e simulações com modelagem em sistema de informação geográfica.

Esses dados foram cruzados com informações de processos minérios da Agência Nacional de Mineração (ANM), que mostraram "fortes indícios de que as empresas suspeitas estariam retirando minério de forma criminosa e utilizando esse minério na terraplanagem e pavimentação de vias de acesso de complexos eólicos", de acordo com a PF.

Além disso, os policiais avaliam que as empresas investigadas também poderiam ser processadas por crime ambiental devido à degradação das áreas.

"A investigação começou em setembro de 2019... depois que concluirmos nosso trabalho, o MP poderá denunciar ou não as pessoas que indicarmos, e se o juiz aceitar a denúncia tem início um processo penal", explicou a delegada Carla Sampaio.

Ela estimou que os ressarcimentos aos cofres públicos envolveriam milhões de reais, mas não forneceu uma projeção precisa porque os cálculos estão em andamento.

A operação policial realizada no final de junho no Ceará foi denominada "Anemoi", palavra grega que significa ventos, enquanto no Rio Grande do Norte o nome escolhido foi "Siroco", em referência a uma divindade que representa um dos ventos menores na mitologia grega.

RN é líder nacional em produção de energia eólica, aponta CCEE

Dados constam no relatório InfoMercado Dados Gerais, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. RN conta com 156 usinas eólicas atualmente.

Aerogeradores de energia eólica em São Miguel do Gostoso (RN). — Foto: Felipe Gibson/G1

O Rio Grande do Norte tem a maior capacidade instalada de usinas eólicas em operação comercial do Brasil. Os dados foram analisados em abril e constam no InfoMercado Dados Gerais, que foi publicado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Ao todo, o RN tem capacidade de gerar 4.358,38 MW de energia.
Capacidade das usinas elétricas de cada esta — Foto: CCEE

"Esse marco é uma conquista e também representa a reafirmação do Rio Grande do Norte e da sua vocação para geração de energia eólica. O Estado tem aumentado sua capacidade instalada de maneira quase ininterrupta, sendo acompanhado por investimentos importantes nesse período", falou Darlan Santos, diretor presidente do Centro de estratégias em Recursos Naturais e Energia do RN (Cerne).

De acordo com o Cerne, o estado atualmente tem 156 usinas em operação, 16 em construção e outros 51 projetos contratados, em que as obras ainda não foram iniciadas.

"Nossa posição geográfica favorece muito a qualidade dos ventos que sopram na nossa costa. Eles têm a característica de serem estabilizados, não são rajadas. Com isso, muitos projetos eólicos começaram a fazer medição de vento há muito tempo, e em 2009, quando o governo fez o primeiro leilão de energia eólica, nós já tínhamos muitos projetos."

Atrás do RN, os estados que mais concentram capacidade de geração de energia pela força dos ventos são Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Piauí. Segundo o CCEE, os dados ressaltam a predominância do Nordeste e do Sul neste tipo de fonte.

O relatório aponta que no mês de abril as eólicas tiveram uma geração média de energia de 4.220 MW - o número é o que 17% maior que o de abril de 2019. O consumo de energia registrado no Sistema Interligado Nacional (SIN), por sua vez, caiu 11,9%: de 65.186 MW médios para 57.442 MW médios em abril deste ano em comparação ao mesmo mês de 2019.

De acordo com o CCEE, o mercado regulado apresentou queda de 11,3%, chegando a 40.473 MW médios, enquanto o mercado livre viu a demanda recuar 13,2%, indo para 16.970 MW médios. Segundo a câmara, esse comportamento é explicado pela migração de consumidores e pelas medidas restritivas em função do coronavírus.

Energias renováveis: como escolher a melhor para sua empresa


Se no início da Revolução Industrial, a queima de carvão era a principal forma de obtermos energia, nas últimas décadas presenciamos muitos avanços tecnológicos referentes às matrizes energéticas disponíveis. Muitas formas de energias renováveis estão hoje disponíveis. E diante de tantas opções, é importante saber como escolher a melhor delas para sua empresa.

Optar por fontes de energias alternativas e renováveis, também conhecida como energia verde, é de grande importância ambiental. Afinal, elas causam menos impacto ecológico, auxiliando no combate ao aquecimento global e na preservação do meio ambiente.

Porém, esse não é o único motivo para apostar em energias renováveis e escolher uma delas para o seu negócio. As fontes de energia verde também costumam ser mais econômicas do que as opções tradicionais. Em alguns casos, você pode economizar até mesmo 95% nas contas de luz!

Para saber mais sobre as opções de energia renováveis, como escolher e quais suas vantagens, é só continuar a leitura!

Empresa sustentável: uma tendência

Segundo uma pesquisa global da Deloitte, importante organização de auditoria e consultoria empresarial, “a energia renovável está rapidamente se tornando uma fonte preferida de energia convencional”.

Ainda de acordo com o estudo, a maioria dos países do mundo possui capacidade solar e eólica, por exemplo. O Brasil, em especial, é um dos principais mercados para ambos os tipos da energia.

E caso você esteja se perguntando se é possível usar esse tipo de energia em seu negócio, temos boas notícias!

Diferentes tipos de empresas vem investindo em energias renováveis nos últimos anos, como:
  • Supermercados;
  • Padarias;
  • Restaurantes;
  • Instituições de ensino;
  • Fábricas e indústrias de diferentes tipos, entre outras.
Até mesmo grandes empresas multinacionais fazem uso de energias verdes. Esta publicação da Exame lista algumas dessas organizações. Entre elas, temos nomes como Intel, Microsoft, Apple, Walmart, Unilever, e Google.

Energia verde: entenda as vantagens

Como introduzimos no início do texto, ações como escolher energias renováveis para seu negócio pode trazer diversos benefícios.

A preservação dos recursos naturais é uma das principais vantagens da energia verde. E além de um bem coletivo, esse valor também pode ser revertido de forma positiva para sua marca.

Já quando falamos de custos, o Fórum Econômico Mundial indica que em alguns países, como o Brasil, temos o chamado ponto de inflexão. Isso significa que as energias renováveis custam o menos ou até menos que as fontes poluentes.

E ao investir nesse tipo de energia, você também colabora com:
  • A geração de empregos;
  • O desenvolvimento tecnológico;
  • O desenvolvimento econômico;
  • Impactos positivos para a saúde e qualidade de vida da população local.

Energias renováveis: como escolher

Existem diferentes tipos de energias renováveis. E para fazer a melhor escolha para sua empresa, é necessário compreender suas demandas e objetivos. Além disso, alguns dos tipos de geração de energia dependem de configurações climáticas e geográficas que garantem seu rendimento. Por isso, é importante observar também esses fatores.

Energia eólica

A energia eólica é aquela proveniente da força dos ventos, uma fonte inesgotável e que não emite gases poluentes.

A geração de energia nesse modelo se dá da seguinte forma:
  • O fluxo de ar passa pelas turbinas eólicas;
  • Elas giram e transformam a energia mecânica em energia elétrica.
  • As turbinas estão conectada à rede de transmissão elétrica;
  • Ocorre à transmissão da energia gerada.
O Nordeste brasileiro é um dos principais polos de energia eólica do país. Isso porque a configuração geográfica e climática da região garante maior volume de ventos durante todo o ano.

O lado negativo desse tipo de energia, porém, diz respeito à poluição sonora, uma vez que as pás das turbinas eólicas geram muito barulho. Por isso e por outras questões práticas, não é indicado instalar esse tipo de equipamento em áreas urbanas.

Energia das ondas

O Brasil é um país com grande área litorânea e o mar também pode atuar como gerador de energia.

O movimento das ondas e das marés gera energia cinética, que pode ser transformada em energia elétrica.

Ainda é necessário maiores pesquisas e investimentos nesse setor energético, mas ele já é considerado uma das grandes apostas para o futuro.

Energia de Biomassa

Também é possível produzir energia de materiais biodegradáveis!

Os gases liberados pela decomposição dessa biomassa pode ser canalizado e utilizado como combustíveis em motores de gás, por exemplo.

Energia solar fotovoltaica

Uma das maiores tendências energéticas atuais é a energia solar fotovoltaica. Com a tecnologia avançada do sistema, é possível transformar a luz e calor do sol em energia elétrica.

Por aqui, muitos negócios e até mesmo residências vem investindo na energia solar fotovoltaica. Apenas de 2017 a 2016, o número de conexões registradas no território brasileiro cresceu 244%.

E como é ressaltado em uma reportagem da revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, espera-se que em 2024 aconteça um aumento de 200 vezes se comparado ao patamar atual desse tipo de energia no país.

E é importante frisar que os painéis fotovoltaicos podem ser instalados em diferentes tipos de imóveis. Essa tecnologia é silenciosa, não gera nenhum tipo de poluição e pode ser utilizada tanto na cidade quanto no campo!

Como vimos, há diferentes opções de energias renováveis. Como escolher a melhor para sua empresa varia de acordo com as possibilidades da sua região e seus objetivos.

Lembramos também que os empresários que desejam utilizar a energia renovável em seus negócios contam com o auxílio do ProGD, o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica.

O ProGD tem como objetivo incentivar pessoas físicas e jurídicas a adotarem a energia solar. Ele garante financiamentos especiais, entre outras possibilidades para o empresário que investe na energia do sol.

Mesmo em tempos de crise, como nesta quarentena, é possível fazer esse tipo de investimento! Leia nosso post sobre o assunto e descubra porquê investir em energia solar na quarentena é um bom negócio!

Queda na demanda é o maior problema para energia eólica


Entrevista | Elbia Gannoum – Presidente da ABEEólica

Canal – Como a pandemia do novo coronavírus está afetando o setor?

Elbia Gannoum – No caso do setor eólico, o grande desafio tende a ser a queda de demanda que deve afetar os próximos leilões com contratações menores. Este não é, no entanto, um ponto em que podemos atuar diretamente ou tomar alguma providência, pois tem a ver com uma desaceleração econômica por motivos muito maiores. Entendemos que a expansão da matriz elétrica brasileira se dará por meio de renováveis, com destaque para energia eólica, então certamente haverá novas contratações de eólica nos próximos leilões, mas elas devem ser menores do que as que prevíamos no início do ano.

Canal – Já existe uma estimativa de quanto será essa queda?

Elbia Gannoum –Ainda não sabemos estimar o quanto as contratações podem cair, porque a própria crise do COVID-19 traz suas dúvidas, num cenário que se modifica com frequência. Achamos cedo para falar em números, estimar exatamente de quanto será a queda de demanda. No que se refere a equipamentos, é bom lembrar que cerca de 80% de um aerogerador é fabricado no Brasil, então nossa dependência de produtos importados é baixa e não temos registro de problemas neste ponto.

Canal – Qual a previsão para o futuro?

Elbia Gannoum – Com uma demanda baixa nos próximos leilões podemos, inclusive, ter chão de fábrica ocioso, porque os pedidos tendem a ser menores. No caso dos parques eólicos, é bom registrar que todos continuam operando, seguindo todas as normas de segurança, já que a geração de energia é da categoria de serviços essenciais.

Energia eólica se consolida na matriz energética



Entrevista | Elbia Gannoum – ABEEólica

Elbia Gannoum, é presidente executiva da ABEEólica desde 2011. É Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestre em Economia pela Universidade Federal de Santa Catarina, e bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Canal: Como a ABEEÓLICA avalia 2019?

Elbia Gannoum: Apesar de a economia brasileira não ter ainda dado sinais de que crescer como esperávamos, tivemos uma contratação boa de energia eólica no mercado regulado em 2019. Somando os leilões A-4 e A-6, foram contratados 1,13 GW de nova capacidade instalada. Assim como em 2018, repetiu-se o movimento de vender mais no mercado livre. Estimamos ter vendido mais de 2 GW no mercado livre em 2019, mas ainda não temos os números fechados.

O ano 2019 foi muito importante para a energia eólica: foi o período em que a fonte passou a ser a segunda da matriz elétrica brasileira, ocupando quase 10%. Foi também o momento que ultrapassamos a marca de 15GW de capacidade instalada.

Os números de 2019 ainda não estão fechados, mas estamos iniciando o 2020 com 15,4 GW instalados, em mais de 615 parques e mais de 7.500 aerogeradores. São números importantes e devem ser comemorados.

Canal: E para 2020, qual a expectativa de crescimento?

Elbia: Para 2020, embora não tenhamos um número do que esperamos contratar, esperamos que o movimento de contratar mais no mercado livre do que no mercado regulado tende a se repetir.

Canal: A energia eólica já evitou a emissão de quanto CO2 na atmosfera?

Elbia: Os dados de 2019 ainda não estão fechados. Em 2018, foram evitadas emissões de 20,58 milhões de toneladas de CO2.

Canal: O Brasil se consolidou na 8ª oposição do ranking mundial . A que se deve esse crescimento?

Elbia: Acreditamos que isso se deve a uma trajetória virtuosa de crescimento sustentável no Brasil, compatível com o desenvolvimento de uma indústria que foi criada praticamente do zero no País, o que foi o grande desafio deste período. Há dez anos, tínhamos pouco mais de 0,6 GW instalados e chegamos no segundo semestre de 2019 com 15,1 GW de capacidade instalada em mais 600 parques e com 7.500 aerogeradores em operação. De 2010 a 2018, o investimento no setor foi de US$ 31,2 bilhões, segundo dados da Bloomberg New Energy Finance.

Canal: A energia eólica pode cobrir quantos por cento das necessidades brasileiras de energia?

Elbia: No caso do Brasil, podemos dizer que o potencial eólico atual é mais de três vezes a necessidade de energia do país. Hoje somando todas as fontes de energia – nuclear, hídrica, térmica, eólica e outras -, a capacidade instalada do Brasil é da ordem de mais de 160 GW. De potencial eólico, temos estimados mais de 500 GW. Isso não significa, no entanto, e é bom que se explique isso de forma clara, que o Brasil poderia ser inteiramente abastecido por energia eólica. Há que se considerar algo muito importante: a matriz de geração de eletricidade de um País deve ser diversificada entre as demais fontes de geração e a expansão da matriz tende a se dar por meio de fontes renováveis, dentre as quais está a eólica. 

Considerando que o Brasil ainda tem um baixo consumo de eletricidade per capita e o crescimento estimado para o País, a energia eólica ainda possui muitas décadas de desenvolvimento e ótimas perspectivas de crescimento. Sempre que falamos de contratações e do futuro da fonte eólica no Brasil, é importante reiterar esse conceito muito importante: nossa matriz elétrica tem a admirável qualidade de ser diversificada e assim deve continuar. Cada fonte tem seus méritos e precisamos de todas, especialmente se considerarmos que a expansão da matriz deve se dar majoritariamente por fontes renováveis. Do lado da energia eólica, o que podemos dizer é que a escolha de sua contratação faz sentido do ponto de vista técnico, social, ambiental e econômico, já que tem sido a mais competitiva nos últimos leilões. Não temos como saber quanto será contratado nos próximos leilões do mercado regulado, mas o futuro certamente é promissor para a fonte eólica.

Cejane Pupulin-Canal-Jornal da Bioenergia

Energia Renovável: opção para independência energética

O sistema é composto pelas placas solares e demais equipamentos do kit de energia solar

Empresários que buscam alternativas para redução de custos operacionais têm a opção de investir em fontes de energia renovável. E isso pode ser com placas fotovoltaicas (energia solar) ou os aerogeradores (energia eólica). Ambas são uma maneira de alcançar a independência energética do negócio com o uso de fontes inesgotáveis.

Atualmente, a conta de energia elétrica representa um dos principais custos fixos das empresas. Principalmente, nos setores industriais que consomem elevada quantidade para movimentação do parque fabril. O investimento na geração própria tem se tornado uma boa alternativa para redução desta despesa dentro dos empreendimentos. E isso significa o redirecionamento do recurso, antes utilizado à geração de energia a outras atividades. Dentre elas, a modernização e inovação da empresa.

A energia renovável não traz apenas benefícios financeiros, ela também proporciona melhores práticas de controle ambiental. A implantação dos sistemas contribui para a preservação dos recursos naturais esgotáveis utilizados na produção de energia. E também para a redução da emissão de gases poluentes nocivos ao meio ambiente e à saúde da população.

No Espírito Santo, a produção energética renovável representou 7,4% de toda energia produzida em 2018. É o que aponta o balanço energético realizado pela Agência de Regulação de Serviços Públicos do Estado do Espírito Santo (ARSP).

Instalação de placas fotovoltaicas

O sistema fotovoltaico é composto pelas placas solares e demais equipamentos do kit de energia solar. Esse sistema transforma a luz do sol em energia elétrica e pode suprir todo o consumo de um empreendimento, como comércio ou empresa, garantindo uma economia de até 95% na conta de luz. O investimento retorna em, aproximadamente, quatro anos, proporcionando mais de 25 anos de geração de energia, que é o tempo de vida útil dos equipamentos instalados.

No Espírito Santo, apenas 1,9% da energia produzida deriva desse tipo de fonte, correspondendo a 36,9 Megawatts (MW). Assim, ocupa o 14º lugar no ranking de estados brasileiros que mais investem em energia solar. Aponta o levantamento da Aneel/Absolar, deste ano.

Com incidência solar em praticamente todos os meses do ano, o Estado possui uma potencialidade significativa ainda a ser explorada.

Energia Eólica

O sistema eólico produz eletricidade de forma limpa, sem emitir gases poluentes na atmosfera. No entanto, depende de fatores meteorológicos para funcionar. Por isso, é importante que o sistema opere interligado com diferentes fontes de energia. Isso porque é necessário compensar uma possível falta de vento ou cobrir aumentos na demanda.

Os municípios de Presidente Kennedy e Marataízes, no litoral sul, apresentam vocação para usinas eólicas (dezenas até centenas de Megawatts). São as áreas com menores custos de interligação ao sistema elétrico.

Crédito para Economia Verde

Mesmo com a potencialidade, a utilização de fontes de energia renováveis em terras capixabas ainda é pouco explorada. O Governo do Estado oferece alternativas para empresas investirem nos modelos. Umas delas é a linha para Economia Verde, disponibilizada pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).

O que é?

É um financiamento para incentivar o desenvolvimento da eficiência energética, das melhores práticas de controle ambiental e do uso de materiais recicláveis. A linha busca apoiar a adoção de sistemas de produção e consumo que preservem os recursos naturais, utilizem fontes de energia renováveis, mantenham a vegetação nativa, além de outros procedimentos que contribuam para a correta utilização de ativos ambientais.

O que pode ser financiado?
  • Investimentos em energia renovável e eficiência energética;
  • Apoio a empresas que utilizem subprodutos ou produtos reciclados como principal matéria-prima em seus processos produtivos; condicionantes ambientais aplicadas pelos órgãos competentes;
  • Apoio a empresas participantes da cadeia de materiais reaproveitáveis; Investimentos no controle ambiental; e
  • Apoio a projetos com capital de giro associado (financiando investimento fixo e capital de giro).

Fonte: ES Brasil