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Consumidor pode economizar com energia solar mesmo sem ter placas

Moradores de apartamento ou casa sem espaço no telhado para painéis podem contratar usina e pagar até 20% menos na conta


Rio de Janeiro – O investimento em energia solar não é apenas uma boa ação ambiental, é também a certeza de economia para todos os consumidores que buscarem empresas confiáveis do setor. Além de reduzir em até 95% a conta de luz, a despesa para instalação, bem menos salgada que no passado, é abatida em cinco anos em média.

Mesmo quem não tem telhado com bom espaço livre ou mora em apartamento pode se beneficiar da energia solar alugando a eletricidade de uma usina local.

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil atingiu a marca de 10 gigawatts de capacidade operacional em usinas de grande porte e em pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos do país. O número, difícil de entender, representa 70% da potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo.

Hoje, 700 mil consumidores do país usam o sol para gerar sua própria eletricidade (com 6,3 gigawatts produzidos). É gente que ajuda o meio ambiente com uma matriz limpa e ainda pagava pouco todo mês na conta de luz.

A opção, não à toa, teve um boom em 2021, com a queda nas chuvas, o temor de racionamento e o encarecimento da energia, com as sucessivas bandeiras tarifárias. A Absolar, em levantamento de julho de 2021, apontava um aumento de 117% na procura por projetos de energia solar.


Nem telhado eu tenho

Quem não tem telhado para pôr as placas ou não quer pagar o valor inicial da montagem, pode ainda dar uma mão à natureza contratando empresas que captam a luz solar e a colocam no sistema da distribuidora local.

Como fazer? Procure uma produtora próxima e a contrate pelo período que desejar. A redução na conta, nesse caso, fica entre 10% e 15%, mas o estímulo à energia renovável é o mesmo.

Alexandre Bueno, um historiador formado na USP (Universidade de São Paulo) que se interessou pela causa, investiu com alguns sócios na criação de uma usina com placas fotovoltaicas no interior de São Paulo, em 2017.

Quatro anos depois a Sun Mobi tem duas usinas, uma em Porto Feliz e outra em Araçoiaba da Serra, cidade próxima a Sorocaba. Hoje, 80% dos clientes são residenciais e 20%, corporativos, Na quantidade de eletricidade entregue, o percentual se inverte: quatro quintos vão para as empresas.

Bueno observa que 75% das edificações não têm como instalar os painéis e algumas residências não possuem as condições mínimas para gerar energia. Sombra demais e locais com muita chuva são itens que pesam contra a capacidade de produção, mas não a inviabilizam .

“Com o custo atual da energia elétrica, não há porque descartar essa opção, por meio da instalação do sistema ou por contrato. Esse cliente vai ter um produto mais barato e ficar fora das bandeiras tarifárias, que estão levando as contas às alturas”, diz o empresário.

Segundo ele, quem fecha com sua companhia garante redução de pelo menos 10% na conta mensal e pode encerrar o fornecimento a qualquer momento, sem taxa de adesão ou prazo de fidelidade. “Nosso objetivo é fornecer um serviço similar ao da TV a cabo. Você assina, acompanha o monitoramente em tempo real de todos os gastos e sai quando quiser. Tudo bem prático e positivo não só para o cliente como para o meio ambiente.”


Ok, mas eu quero pôr placas no meu telhado. Como faço?

João Albino, de 58 anos, instalou há seis meses as placas no teto de sua casa, na cidade de São Paulo. E só tem elogios ao sistema.

Ele é um gaúcho — “gremista”, enfatiza — que atuou 40 anos no setor bancário e hoje é sócio de uma empresa de investimentos.

E como alguém do frio Rio Grande do Sul que mora em São Paulo, acostumado ao tradicional setor de finanças, poderia pensar em energia solar? A culpa é da nova geração, que já nasce preocupada com questões ambientais.

“Foi meu filho, que tinha 13 anos e agora está com 14, que me cobrou. Fico muito orgulhoso de ver que os mais novos têm essa mentalidade”, comenta.

Albino pensou mais na natureza do que no seu bolso, mas não tem do que reclamar em relação a nenhum desses aspectos.

“Eu pagava R$ 1.200 em média na conta de luz e hoje vem só a tarifa mínima, de menos de R$ 200. Para mim, não tem o que pensar. Nos meses em que gasto menos do que produzo, esse excesso vira crédito e posso aproveitar em um período que, por algum motivo, precise usar mais.”

O crédito também é utilizado no período noturno, todos os dias. Assim, se os paineis geram 10 kilowatts de manhã e à tarde e o morador usa apenas 7, o restante (3) fica para o gasto à noite. No fim do mês, calcula-se quanto foi fabricado e o quanto foi utilizado: se houver sobra, ela pode ser usada em meses posteriores; se se gastou mais do que produziu, a diferença é paga com a tarifa normal da concessionária.

O que convenceu João Albino definitivamente a colocar os equipamentos no alto de sua casa, em um condomínio da zona sul da capital paulista, foi a seriedade dos técnicos da empresa escolhida, a Portal Solar.

“Eles vieram aqui, definiram quantas placas seriam necessárias e disseram exatamente os custos que eu teria. Um vizinho meu também quis fazer, mas, no caso dele, havia bastante árvore fazendo sombra no telhado e não foi possível. Achei isso muito correto, não queriam apenas vender o sistema.”

A análise inicial é feita em cima dos gastos dos últimos doze meses na casa e inclui um questionamento sobre o que o consumidor pretende fazer futuramente e que pode ter impacto no uso de energia. Se quer ter um filho, por exemplo, ou comprar outros equipamentos, talvez seja aconselhado a ampliar a geração.

Rodolfo Meyer é proprietário da Portal Solar. Além de empresário do setor é um ativista. “Se for contratar alguém procure empresas confiáveis, que vão tirar todas as dúvidas e garantir que, se for bem feito, o projeto só tem pontos positivos.”

“Todo consumidor pode aproveitar a energia solar de alguma forma. É certamente a melhor maneira e mais rápida de reduzir o consumo de energia no país”, comenta Meyer.

Ele explica que o preço para instalar as placas caiu muito nos últimos anos e mesmo os valores atuais podem ser obtidos via financiamento bancário.

“Além de haver várias linhas de crédito dos bancos para energia solar, o consumidor tem que pensar que o retorno é rápido e que em pelo menos 80% dos casos, a parcela do financiamento sai mais barata do que a conta de luz que ele paga.”

Meyer diz que o projeto mais comum no país é o de clientes que pensam em instalar os paineis para fugir de contas de R$ 500 menais. “Nesse caso, sai em torno de R$ 25 mil a instalação e o consumidor pode parcelar esse preço em até 60 vezes.”

O empresário acrescenta que a cada ano a energia fica mais cara no Brasil, o que serve como um estímulo à produção solar. “Depois de cinco, seis anos, esse sistema é seu. Ele já se pagou e você vai ter eletricidade praticamente de graça por até 21 a 25 anos, quando é preciso trocar as placas.”

A conta de luz só não é totalmente zerada porque as distribuidoras cobram pequenas tarifas de todos os consumidores, como a de uso da rede ou de iluminação pública.

Rodolfo Meyer reforça a necessidade de difusão dessa alternativa para a matriz energética nacional.

“A queda no preço do equipamento por causa do desenvolvimento tecnológico foi de 90% nos últimos dez anos e a eficiência média por metro quadrado aumentou quase 50%. Não há mais razão para não aderir”, afirma.


Ele aproveita para desfazer um equívoco que serve para desestimular moradores de regiões frias do país. “Mesmo em locais como a região Sul é viável a instalação. Existe uma lenda urbana de que o painel solar só funciona com a luz do sol. Não é verdade, ele produz com a radiação. Assim com quem vai à praia e sai queimado, a placa capta a energia mesmo sem a luminosidade.”


Como o síndico pode implementar a energia solar no condomínio


A energia solar fotovoltaica é uma das mais utilizadas no mundo. Ela é limpa, sustentável e infinita. Desde a resolução normativa 482 da ANEEL, sobre a geração distribuída, a energia solar no condomínio pode se tornar uma realidade para muitas residências. Com a geração distribuída, os brasileiros podem ter a sua própria fonte alternativa de energia.

A microgeração distribuída é para residências que gerarem até 75 KW e a minigeração é aquela com potência acima de 75 KW e menor ou igual a 5 MW. A energia gerada é revertida em créditos, com a validade de 60 meses. Caso a energia gerada seja maior que a consumida, esses créditos podem ser utilizados para abater futuras contas.

A energia solar no condomínio entra em outra categoria, a de geração compartilhada. No texto a seguir, tiramos todas as suas dúvidas sobre como implementar a energia solar fotovoltaica em seu condomínio.

Como funciona a energia solar no condomínio

A instalação do sistema de energia fotovoltaica em condomínios é feita de forma diferente das demais residências. Nela, cada apartamento é considerado como unidade consumidora, assim como as áreas comuns. Então corredores, elevadores, espaço de convivência e outros são considerados unidades de consumo da energia que será gerada.

Isso definido, a empresa responsável pela instalação do sistema de energia fotovoltaica vai fazer o projeto e entregar o orçamento para aprovação dos condomínio. É importante considerar que esse sistema será ligado ao da rede elétrica, no relógio de luz central do condomínio. 

Embora os créditos adquiridos sejam divididos pelos moradores, bem como as despesas, não é possível medir, em tempo real, quanto cada unidade vai consumir de energia. Dessa forma, além da instalação do sistema de energia fotovoltaica, é importante conscientizar os moradores quanto à economia de energia, para todos aproveitarem os benefícios.

Quanto custa a energia fotovoltaica?

A instalação do sistema de energia solar no condomínio costuma ser um pouco caro, pelo valor das placas e tudo o mais. No entanto, o investimento costuma ter retorno de 3 a 5 anos. Parece muito? Entretanto, a garantia é de 25 anos, logo, o custo benefício vale bastante.

A boa notícia é que, por promover a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente, por ser uma fonte de energia limpa, muitos governos investem em vantagens para quem opta pela energia solar fotovoltaica. Um exemplo disso é o IPTU Verde, que dá descontos progressivos a residências e outros tipos de imóveis sustentáveis. 

Bancos, como Santander e o Banco do Brasil têm programas de financiamento para a instalação de sistema de energia solar. Vale a pena pesquisar e saber mais sobre essas linhas de crédito para investir na energia solar no condomínio.

Aprovação em assembleia pelos condôminos

Antes da instalação do sistema de energia fotovoltaica, é necessário estabelecer um comum acordo entre os moradores. Apesar de ser considerado um investimento necessário e necessitar de uma maioria simples para obter aprovação, é essencial considerar outros pontos.

Um deles é a contratação de uma empresa reconhecida no mercado. De acordo com a resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica, a instalação só pode ser feita por profissionais habilitados da área de engenharia elétrica. Além disso, a distribuidora de energia da região deve vistoriar as placas solares para autorizar o seu uso.

Antes de instalar, é fundamental definir o rateio dos créditos de energia entre os moradores. As pessoas que mais investiram na instalação devem, é claro, receber mais. No entanto, se for somente para as áreas comuns do prédio, a instalação deve ser dividida igualmente para todos os condôminos.

Espaço das placas solares

O mais utilizado é o espaço dos telhados, por receberem maior área de sol. No entanto, alguns condomínios têm esse espaço ocupado por caixas d’água, por exemplo. Nesses casos, a instalação pode ser feita nas garagens, como uma cobertura para os carros, que pode ser feita com suportes.

A instalação na fachada dos prédios também é uma boa solução, embora não seja muito usual. Caso o condomínio realmente não tenha espaço para a instalação das placas solares, podem ser utilizadas as fazendas solares. 

Elas são grandes áreas com placas solares, que geram energia que pode ser comprada por pacotes de assinaturas. Muito utilizadas por indústrias e comércios, podem também ser a solução para a instalação da energia solar no condomínio.

Manutenção dos painéis solares

Além do custo benefício e da durabilidade de 25 anos do sistema de energia solar fotovoltaica, as placas solares quase não precisam de manutenção. O máximo que precisa nesse período é de uma limpeza periódica, que a própria chuva se encarrega disso.

Dependendo da altura do condomínio, muitas pessoas ficam apreensivas com galhos e ventanias. Vale lembrar que as placas solares foram planejadas para o ambiente externo, por isso são muito resistentes.

Diferença entre energia solar fotovoltaica e térmica

A energia solar térmica é a mais utilizada no Brasil. Ela serve para aquecer a água do chuveiro ou das torneiras, por exemplo, dispensando a água ou o gás para isso. Mas a sua função termina aí, ela só é usada para esquentar água.

Já a energia solar fotovoltaica, além de aquecer o chuveiro, também permite o funcionamento de todo o equipamento elétrico da casa. Dessa forma, você somente paga a taxa mínima para a distribuidora de energia e tem eletricidade em toda a sua casa.

Energia solar fotovoltaica no Brasil

Mesmo com os incentivos do governo em fontes de energia renováveis e sustentáveis, poucas pessoas adquirem essa energia em nosso país. Lugares mais frios, como Alemanha e Japão já a utilizam há bastante tempo, enquanto os números no Brasil ainda são modestos.

Para mudar esse cenário, é preciso aumentar divulgar mais informação sobre a energia solar fotovoltaica. Muitas delas não sabem que a economia da conta de energia pode ser reduzida em até 95%. Mesmo a energia solar não sendo gerada durante a noite, os créditos podem ser utilizados nessas horas, compensando a energia solar com a elétrica e continuando com a economia.

Além de economia para os moradores com a energia solar no condomínio, a redução do gasto com eletricidade nas áreas comuns pode ser revertido em melhorias no prédio. Novas pinturas, manutenção e troca de elevadores, tudo isso e muito mais pode ser feito com o dinheiro economizado. Essas iniciativas valorizam bastante o imóvel e agradam os moradores, que podem acompanhar em que está sendo investido o capital pago por eles.

Renner inaugura unidade abastecida por energia solar no Rio Grande do Sul

Primeira loja da rede varejista abastecida com energia solar no estado terá uma economia de 26% na conta de luz

A Renner, maior rede varejista brasileira têxtil do Brasil, acaba de inaugurar mais uma loja abastecida por energia fotovoltaica, desta vez no Rio Grande do Sul. A loja beneficiada é a do Shopping João Pessoa, em Porto Alegre, que, segundo a empresa, deve ter uma economia de energia elétrica, em torno de 26%. O abastecimento ocorre pela energia gerada na fazenda solar de Pântano Grande, a 128 quilômetros da capital gaúcha, ativada no fim de dezembro do ano passado.

Segundo informou a varejista, a usina é de um empreendedor parceiro e conta com mil painéis fotovoltaicos, com capacidade para gerar, em média, 0,5 mil megawatts/hora/ano, com 362 kilowatts (kW) de potência.

A empresa também pretende ampliar o projeto para três lojas no Distrito Federal, com previsão de entrar em operação no primeiro semestre de 2020. A economia potencial, neste caso, será entre 13% e 26% do custo da energia consumida, dependendo de questões como a localização e o modelo de implantação.

Em 2018, a Renner anunciou suas metas para suprir 75% do consumo corporativo de energia por meio de fontes renováveis de baixa emissão (podendo ser solar, eólica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa etc.) e a redução de 20% das emissões de dióxido de carbono (CO2) em relação ao inventário de 2017.


O projeto de energia solar para as lojas foi implementado em fevereiro de 2019. As percursoras do projeto foram quatro unidades da empresa no Rio de Janeiro. São três lojas em Ipanema, Copacabana e Largo do Machado e uma no Shopping Madureira. A energia é proveniente de uma fazenda solar situada no município de Vassouras, a 120 km da capital fluminense. Desde então, as unidades contempladas tiveram uma redução média de 13% nas faturas mensais de energia elétrica.

O espaço possui quatro mil painéis fotovoltaicos que produzem em média 1,8 mil megawatts/hora por ano (MWh/ano), com 1,32 megawatts (MW) de potência. O projeto faz parte de uma iniciativa para implementar, até 2021, práticas de responsabilidade social e ambiental em toda a rede. As metas incluem o suprimento de 75% do consumo corporativo de energia a partir de fontes renováveis de baixa emissão.

O abastecimento das unidades da rede varejista segue o modelo de geração distribuída, pelo qual a fazenda solar (que é um micro ou minigerador) injeta na rede de distribuição o volume produzido e recebe créditos para ter acesso à energia fornecida pela empresa distribuidora. Os créditos obtidos pela microgeração “pagam” a conta de luz da concessionária, que abastece a loja.

TMW Energy terá as maiores usinas fotovoltaicas GD do Brasil construídas com painéis fotovoltaicos nacionais

Com capacidade instalada de 4,75 MWp e sob o regime de "Geração Compartilhada", será uma das cinco maiores usinas fotovoltaicas do Brasil em Geração Distribuída, a maior do Estado de São Paulo e a maior do país construída com painéis fotovoltaicos nacionais.

TMW Energy

O Royal FIC Group, um dos maiores distribuidores de combustíveis fósseis do Brasil, investirá aproximadamente R$ 21 milhões (cerca de 5 milhões de dólares) na instalação de uma usina fotovoltaica da TMW Energy, uma empresa de energia renovável e sustentável pertencente à Royal FIC O grupo está construindo em Campinas e estará operacional antes do final do ano.

Com capacidade instalada de 4,75 MWp e capacidade de geração de 7.318.000 kWh por ano, será a maior do Estado de São Paulo e uma das cinco maiores usinas solares do Brasil no âmbito da Geração Distribuída (GD) . Além disso, é o maior do gênero no Brasil construído com painéis fotovoltaicos nacionais: em uma área de aproximadamente 80.000 m² localizada em Campinas (Estado de São Paulo), estão sendo instalados 14.400 módulos fotovoltaicos de 330 kWp fornecidos pela BYD Brasil, que em 2017 inaugurou sua fábrica de módulos fotovoltaicos em Campinas. A planta será construída pela Alsol Energias Renováveis, empresa do Grupo Energisa.

O modelo de negócios adotado será a Geração Compartilhada, uma forma de geração distribuída contemplada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Nesse sistema, conhecido como B2B ("business to business"), os clientes formam um consórcio e investem nas taxas de aluguel da usina fotovoltaica em troca de descontos na conta de luz. A economia gerada pode variar entre 10% e 20%.

Para Eduardo de Mello e Lima, gerente de projetos da TMW Energy, as vantagens vão além da redução da fatura. “Nesse modo, os clientes não precisarão fazer investimentos com painéis fotovoltaicos nos telhados de suas empresas e não terão que pagar os custos de operação e manutenção da planta. Vamos financiar isso. Ao alugar as taxas, os clientes não sofrerão com a variação de bandeiras (verde, amarela e vermelha) em suas contas, e o reajuste do contrato é listado pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), índice inferior ao reajuste energia, que no ano passado foi em média 8,66% nas tarifas da CPFL São Paulo, distribuidora de nossa faixa de operação ”, explica.

A Austrália precisará de 15 GW de armazenamento em escala de utilidade até o início da década de 2040

Será necessário um maior armazenamento e desenvolvimento de transmissão estratégica para garantir a transição mais econômica e de menor risco do sistema de energia da Austrália, disse o Australian Energy Market Operator em seu mais recente estudo. Em 20 anos, a necessidade de armazenamento será em uma escala nunca antes vista no mercado nacional de eletricidade, e a usina hidrelétrica e a armazenagem distribuída devem desempenhar um papel importante na redução dos preços da eletricidade e na construção de um sistema de energia confiável e resiliente.

A previsão de armazenamento retornou números previstos impressionantes para o 2040 Down Under. Imagem: Anesco

Volumes crescentes de energia renovável intermitente na rede e a confiabilidade decrescente dos ativos de geração herdados estão mudando a maneira como o sistema de energia será operado.

O Operador Australiano do Mercado de Energia (AEMO) está liderando o caminho para renováveis ​​fornecendo 60% do mix de energia dentro de 20 anos e destacou a importância de otimizar o investimento em novas capacidades de geração e redes enquanto adota tecnologias como energia solar em telhados, resposta à demanda e eletricidade. veículos .

No primeiro de uma série de artigos sobre insights que precederão a segunda versão de seu Plano de Sistema Integrado (ISP) - com lançamento previsto para meados de 2020, a AEMO forneceu uma análise mais profunda do papel do armazenamento. O estudo presumiu que 4,1 GW de capacidade de armazenamento seriam instalados até 2030 e descobriu que a necessidade associada de armazenamento para ajudar a mudança de energia atingiria um nível sem precedentes uma década depois.

O operador do mercado de energia previu que a necessidade de armazenamento em escala de utilidades atingiria 15 GW no início da década de 2040, com oportunidades para instalações de armazenamento de seis e 12 horas para complementar as soluções de escala mais profundas, como o projeto hidroelétrico de 2 GW bombeado e a bateria de Tasmânia. a nação.

"A análise aprofundada da AEMO confirma o importante papel do armazenamento de energia para construir a resiliência do sistema de energia, melhorar a confiabilidade e reduzir a pressão no custo de atacado", disse a executiva-chefe da AEMO, Audrey Zibelman. “Um exemplo no artigo descreve que o armazenamento de uma semana no Snowy 2.0 em 2030-31 economiza aproximadamente US$ 86 milhões (US$ 59,8 milhões) a mais, em média, em custos de combustível em comparação à capacidade equivalente de armazenamento com apenas seis horas de armazenamento.”

Com o Snowy 2.0 comprometido, espera-se que os incentivos para instalações de armazenamento sazonais adicionais enfraqueçam até que novos fechamentos de geração de carvão significativos ocorram no final dos anos 2020 até meados da década de 2030, descobriu o estudo.

Embora o armazenamento a longo prazo possa proporcionar maiores economias de custo de combustível, os desenvolvimentos superficiais com capacidade de armazenamento de seis a oito horas - como Wivenhoe e Shoalhaven - são os mais valiosos para a troca de energia entre dia e dia, complementando a geração de escala solar e sistemas solares no telhado. O armazenamento distribuído com tempos de descarga mais curtos também desempenhará um papel crítico, fornecendo valor através da consolidação da capacidade para suportar a rede nos horários de pico, acrescentou a AEMO.

“O NEM [mercado nacional de eletricidade] tem que gerenciar a crescente variabilidade tanto da oferta quanto da demanda de mudanças nos padrões climáticos, comportamentos dos consumidores, crescimento da geração renovável variável e confiabilidade decrescente dos geradores existentes”, observou Zibelman.

Novas linhas


O papel do insight Construindo a resiliência do sistema de energia com o armazenamento de energia hidrelétrica bombeada, assumiu um mix diversificado de geração dominado pela crescente integração de renováveis, consistente com o cenário 'neutro' apresentado no documento de estratégia do ISP preparado pela AEMO no ano passado. Até 2042, a geração eólica e solar, incluindo a PV no último piso, deverá representar cerca de 62% da capacidade instalada de geração e armazenamento do NEM e gerar mais de 60% da energia consumida. Fontes de geração intermitentes e variáveis ​​seriam complementadas pelo crescente desenvolvimento de soluções de armazenamento com uma variedade de recursos, como mostrado no gráfico abaixo.

“Até 2030, os geradores eólicos e solares, incluindo os sistemas de cobertura no consumidor, deverão representar aproximadamente 50% da capacidade instalada de geração e armazenamento do NEM, gerando mais de 40% da energia consumida”, disse Zibelman. "É fundamental avançarmos com a infraestrutura de transmissão necessária para apoiar a integração desses novos recursos para, finalmente, fornecer energia segura, confiável e acessível para os australianos".

No estudo mais recente, a AEMO identificou os investimentos em transmissão intra e inter-regionais necessários para conectar o armazenamento de hidrocarbonetos bombeados com os consumidores. Após o fechamento da Liddell Power Station em 2022, um aumento na capacidade de transferência da rede entre a região de Snowy e Sydney (HumeLink) aumentaria a confiabilidade ao menor custo para os consumidores de New South Wales. Inter-regionalmente, o fortalecimento da capacidade de transferência entre a área de Snowy e noroeste de Victoria e Melbourne (KerangLink), bem como entre a Tasmânia e Victoria (o Link Marinus através do Estreito de Bass) também poderia trazer benefícios, relatou a AEMO.


Outro insight do estudo foi que, com mais de 20% de chance de o gerador de carvão marrom Yallourn fechar mais cedo do que o planejado 2028-29 data do obturador - ou no caso de uma redução de oferta equivalente no edifício Victoria - KerangLink antes do data de encerramento seria a melhor estratégia. “[O] Marinus Link também aumentaria a resiliência do sistema em caso de fechamento antecipado da planta”, acrescentou o estudo da AEMO.

A KerangLink e/ou Marinus Link proporcionariam benefícios adicionais de mercado para os consumidores. A AEMO declarou que os novos interconectores reduziriam os custos de transmissão envolvidos na integração da geração renovável, reduziriam o declínio nos fatores de perda marginal e aumentariam a segurança do sistema de energia.

“Os aumentos de transmissão requerem planejamento significativo, consulta à comunidade e análise econômica de custo-benefício na forma do teste de investimento regulatório para transmissão (RIT-T), para assegurar que os investimentos sejam do melhor interesse de todos os consumidores”, disse o executivo chefe Zibelman. “No entanto, uma recente análise independente realizada pela Aurora Energy Research concluiu uma redução potencial de US$ 3,8 bilhões nas contas de energia se os empreendimentos propostos no ISP da AEMO fossem implementados, predominantemente através de aumentos na competição e eficiência de mercado via investimento adicional em interconexão.”

AEMO está trabalhando com o Conselho de Segurança Energética e outros órgãos de mercado para desenvolver um pacote de mudanças nas Regras Nacionais de Eletricidade para converter o ISP em um plano estratégico nacional acionável. “Um dos principais objetivos é permitir que os projetos identificados no ISP passem por um processo racionalizado de aprovação RIT-T e regulatória, que se baseie na análise detalhada de custo-benefício realizada como parte do ISP”, acrescentou Zibelman.

Setor agropecuário ganha maior usina de geração de energia solar em São Paulo


Com investimento inicial de R$ 5 milhões, projeto conta com 3,6 mil painéis fotovoltaicos instalados em uma área de 10 mil metros quadrados.


A Cooperativa de Produtores Rurais (Coopercitrus) acaba de inaugurar, dentro do próprio complexo de grãos, localizado no município de Bebedouro (SP), a maior usina de geração de energia solar destinada ao setor agropecuário no estado de São Paulo.

Criado com o intuito de abastecer integralmente as 28 unidades da Coopercitrus por meio de créditos obtidos junto à rede da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), o complexo energético, cujo investimento inicial foi de R$ 5 milhões, conta com 3,6 mil painéis fotovoltaicos instalados em uma área de 10 mil metros quadrados. A estimativa é produzir 1.987MWh/ano.

Com a usina, a Coopercitrus espera reduzir em mais de 50% os gastos com energia elétrica em toda a cooperativa. O presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, José Vicente da Silva, afirmou na imprensa que “um dos principais objetivos da cooperativa com o projeto é oferecer e desenvolver soluções integradas e inovadoras, que resultem em sustentabilidade, beneficiando aos cooperados, a comunidade onde está inserida e o meio ambiente.”

Para o presidente do conselho, a inauguração do complexo fotovoltaico pode ser descrita como um marco para a cooperativa. “É o início de uma operação que pode crescer muito mais, inclusive com a coparticipação de nossos cooperados e parceiros do setor de geração de energia”, comentou.

E continua: “É um dos primeiros e um dos maiores projetos de energia fotovoltaica de cooperativa agrícola do País, porém, mais importante que o pioneirismo é que, com a nova unidade, a Coopercitrus será ainda mais competitiva e com muitos benefícios na sustentabilidade, com geração de energia de fontes renováveis. Na parte econômica, com a redução do valor pago na conta de energia, na segurança energética e previsibilidade, como forma de eliminação de riscos com interrupção e preços preestabelecidos”, destaca.

Hoje, a produção anual da usina instalada no complexo de grãos da cooperativa deve chegar a quase 2 gigawatts. Entretanto, em até dois anos a expectativa é pelo menos triplicar a capacidade de geração do complexo.

CEBDS lança guia sobre compra corporativa de energia renovável


A contratação, por empresas, de energia renovável por meio de Power Purchase Agreements (PPAs) ainda representa uma fatia muito pequena do mercado brasileiro, mas são uma solução para alcançar metas de sustentabilidade empresarias e desenvolver novos projetos de geração, especialmente, das fontes solar e eólica.

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) lançou nesta terça, 14, o guia Por que a Compra Corporativa de Energia Renovável é um bom negócio? O documento está disponível no site do CEBDS.

De acordo com dados da Bloomberg NEF de março, as compras corporativas de energia renovável por meio de PPAs soma 0,25 GW no Brasil. Na América do Norte, a modalidade já atingiu 22,6 GW.

“No mundo, a contratação de PPAs corporativos de energia renovável tem crescido a um ritmo sem precedentes. Essa tendência é impulsionada pelo custo decrescente das tecnologias de geração de energia renovável, pela crescente conscientização sobre PPAs e aos principais motivadores mencionados anteriormente para ambos compradores corporativos e desenvolvedores”.

As PPAs, assim como a negociação no mercado livre de energia, são acordos feitos diretamente entre consumidores e geradores, mas com prazos mais longos, variando entre 8 e 20 anos, o que torna uma solução atrativa para gestão do portfólio de energia das empresas e dá mais previsibilidade para os geradores, ajudando a viabilizar novos projetos.

O CBEDS destaca que a compra por PPA tem por característica reduzir o preço da energia, que tende a ser mais associado ao custo de geração do que aos valores praticados no mercado.

O guia destaca também que nesse mercado a definição de renováveis pode varias. Alguns setores consideram apenas as energia renováveis não convencionais, como solar, eólica, biomassa, resíduos sólidos e hidrelétricas de pequeno porte.

COOPERCITRUS: Cooperativa inaugura maior usina de energia solar voltada ao setor agro do estado de SP


A Cooperativa de Produtores Rurais (Coopercitrus) inaugurou em Bebedouro (SP) na quarta-feira (24/04) a maior usina de geração de energia solar destinada ao setor agropecuário no estado de São Paulo.

Abastecimento - Destinado a abastecer integralmente 28 unidades do grupo por meio de créditos obtidos junto à rede da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), o complexo conta com 3,6 mil placas fotovoltaicas espalhadas por uma área de 10 mil metros quadrados próximo à Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326) e demandou um investimento inicial de R$ 5 milhões.

Redução de gastos - A usina deve reduzir em mais de 50% os gastos com energia elétrica em toda a cooperativa - que tem representações em outras regiões de São Paulo e Minas Gerais ainda não abrangidas pelo novo sistema.

Monitoramento remoto - O sistema permite, via internet, o monitoramento remoto da operação e a correção em caso de falhas, explica Diego Branco, coordenador de energia fotovoltaica da Coopercitrus.

Alternativa sustentável - Além disso, é uma alternativa sustentável, com menor impacto ao meio ambiente e menor tempo de instalação em relação a outras modalidades como as hidrelétricas. "Caso tenha alguma anormalidade na nossa usina fotovoltaica, remotamente a gente monitora e faz a intervenção para que volte a operação normal garantindo a entrega de energia da usina para o nosso consumidor", afirma.

Condições atuais - Nas condições atuais, a produção anual da usina instalada no complexo de grãos da cooperativa deve chegar a quase 2 gigawatts - o suficiente para abastecer, por exemplo, 23 mil geladeiras, mas em até dois anos a expectativa é pelo menos triplicar a capacidade de geração do complexo, inclusive por meio de parcerias com cooperados. "Esse foi só um primeiro passo. Como há viabilidade a gente quer crescer agora com sustentabilidade pra poder levar nossos cooperados a produzir energia, como também a gente quer aumentar nossa capacidade de produção para nós mesmos", diz Branco. 


Fonte: G1

Serviço de energia solar por assinatura é lançado em MG

Sistema permite usar energia solar mesmo sem ter painéis instalados em casa. 

O serviço que permite usar energia solar mesmo sem ter painéis instalados em casa é um conceito relativamente novo, mas já com experiências no Brasil. Nesta semana, mais uma empresa, a Engie, anunciou que está implantando o sistema aos consumidores de energia conectados à rede de distribuição da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). 

Isso significa que os moradores de Minas que assinarem o serviço poderão consumir energia de uma usina fotovoltaica, que está sendo implantada no município de Pompéu. O empreendimento, conhecido como Comunidade Solar, tem disponibilidade para cem assinantes e começa a gerar energia a partir do segundo semestre deste ano. O foco inicial são as pequenas empresas com consumo mensal entre 1.500 e 12.500 kWh.

“A Comunidade Solar permite que os clientes se tornem ‘solares’ sem a necessidade de um telhado adequado”, explica o diretor executivo de soluções fotovoltaicas da ENGIE, Rodrigo Kimura. “É uma boa opção para aqueles que alugam a propriedade, preferem não ter um sistema instalado no local ou para aqueles que não dispõem de recursos para aquisição de um sistema fotovoltaico”. Ele lembra que a iniciativa é mais um passo importante na estratégia de descentralização, descarbonização e digitalização (3Ds) da ENGIE.

Cotas de geração solar 

No sistema, o consumidor tem direito a uma cota da usina para gerar a sua própria energia. Dois planos de assinatura do serviço são oferecidos aos consumidores: pelo prazo de dois anos, com economia mensal estimada em até 10% na tarifa mensal de energia, e de cinco anos, com até 15% de economia estimada. Toda a manutenção e garantia de operação da usina são de responsabilidade da ENGIE. A Companhia já tem estudos para ampliar a oferta do serviço para residências e também para outros estados ainda este ano. “Devemos priorizar regiões onde as questões econômicas, interconexão, irradiação e adequação da usina sejam atendidas”, informa o responsável pelo projeto, Sócrates Rodrigues.

Além das vantagens em termos econômicos e ambientais, a Comunidade Solar traz o benefício adicional da gestão descomplicada. A ENGIE criou um aplicativo que permite acompanhar o consumo e a economia em tempo real por meio de dispositivos móveis, nas plataformas iOS e Android.

Série 'Rostos da Energia Renovável' - Cooperativa Solar Wascana da Regina com o Presidente Joshua Campbell


Recentemente, a SkyFire Energy teve a oportunidade de se conectar com o presidente da Wascana Solar Coop (WSC) de Regina, Joshua Campbell. Tendo uma “abordagem conjunta mais forte” ao nosso negócio, fomos obrigados a compartilhar sua história. Fazendo parte de duas cooperativas de negócios solares (Amicus Purchasing e O&M) para compartilhar as melhores práticas, nossa organização sabe em primeira mão como pode ser benéfico fazer parte de uma cooperativa. Isto é o que Josué tinha a dizer sobre o início da cooperativa, os benefícios e os obstáculos que eles tiveram que superar para chegar onde estão hoje.

Como você chegou a fazer parte do Wascana Solar Coop?

Uau! Foi completamente um começo de base. Minha esposa Morgan e eu pensamos em colocar painéis solares em 2014 e achamos que era caro demais. Então, no verão de 2017, assistimos ao filme de Al Gore “ Uma sequela inconveniente” Quando estávamos saindo do filme, o tópico de obter painéis surgiu novamente e Morgan perguntou: "E se perguntássemos a algumas outras famílias se elas estavam interessadas e quisessem comprar alguns painéis juntos como um grupo?" Isso me levou a uma pesquisa na Internet sobre cooperativas solares, onde encontrei informações sobre um programa de compra a granel através do Monte. Pleasant Solar Coop em Washington DC, bem como uma pessoa em Regina que tinha realizado uma reunião de interesse de energia solar no início do ano (foi Susan Birley, que se tornou o outro membro fundador da nossa cooperativa). Susan e eu nos reunimos e decidimos realizar um evento no Facebook, convidando qualquer pessoa que estivesse interessada em se tornar solar. Esperávamos que talvez 30 pessoas aparecessem. Quando o evento começou, havia cerca de 120 pessoas na sala (apenas em pé). Pouco mais de meio ano depois, formamos a mais recente cooperativa de Saskatchewan. Agora temos 71 membros e teremos instalado mais de 400 painéis em nosso primeiro ano.

O que você vê como os benefícios de fazer parte de uma cooperativa solar?

Morgan e eu fizemos parte do primeiro grupo de compra para a nossa cooperativa. Por meio de nossa iniciativa de compra em grupo - nossa cooperativa reúne os requisitos técnicos para projetos de energia solar e, em seguida, a oferecemos em uma Solicitação de Proposta. Nós éramos um dos 13 membros envolvidos. A SkyFire Energy foi uma das empresas que ganhou nossa oferta (nosso sistema foi instalado pela SkyFire Energy). Andrew Tait, coordenador de compras do grupo WSC, estima que nosso grupo de 13 membros economizou US$ 67.000 da taxa de mercado em nossa compra e instalação de painéis (cerca de US $ 5.000 cada).

O outro programa que nossa cooperativa oferece são oportunidades de investimento em energia solar. Com este programa, os membros da cooperativa compram ações preferenciais (US $ 1.000 cada). Em seguida, procuramos parceiros em potencial que nos oferecem espaço para instalar nossos sistemas. Ajudamos os nossos parceiros a "tornarem-se ecológicos", enquanto nos pagam o custo do seu uso de energia. Antecipamos bons retornos com este programa que é um benefício para todos os interessados ​​em investimentos em energia solar, mas especialmente aqueles que não têm espaço ou capital disponível para instalar seus próprios painéis.

Além da economia, há muitos outros benefícios. Primeiro, há a comunidade e os componentes educacionais que são incorporados ao modelo cooperativo. Já recebemos grande ajuda de lugares como a Cooperativa Solar SES Saskatoon, União de Crédito Conexus e o Centro de Estudo de Cooperativas da Universidade de Saskatchewan. Ajudar as jovens cooperativas a começar é um dos princípios fundamentais do modelo cooperativo e nós realmente apreciamos isso. Em segundo lugar, existe o princípio da cooperação em si que nos beneficiou. As pessoas nos vêem como uma organização comunitária que procura ajudar os outros, em vez de uma empresa cuja principal prioridade é o lucro. Finalmente, e o que muitos dos nossos membros contam como o mais importante, nós oferecemos às pessoas o benefício de uma forma muito prática.

Qual é o principal obstáculo que a cooperativa enfrentou, mas foi capaz de superar e seguir em frente?

Eu diria que os nossos maiores obstáculos até agora foram duas coisas: espalhar a notícia sobre nossa cooperação (marketing) e o esgotamento voluntário. Estas estão relacionadas porque até agora, tivemos um conselho de sete pessoas que também fizeram todas as nossas operações. Em meio a tudo isso, achamos muito difícil divulgar a notícia sobre nós e nossos dois programas. Estamos tentando superar isso, contratando nosso primeiro diretor executivo já neste verão, o que certamente nos ajudará nessas duas áreas.

O que atraiu você para a energia solar e energia renovável em geral?

Eu ensinei alguns cursos de ciências no ensino médio. 

Duas das estatísticas que me preocuparam quando ensinei aos meus alunos foram: 1) Que a maioria (40%) da energia de Saskatchewan vem do carvão e, 2) Que nossa província é um dos piores emissores de GEE do mundo (per capita) . Quando eu soube mais tarde que o sul de Saskatchewan é também um dos melhores lugares para a geração de energia solar na América do Norte, fiquei imaginando por que, no mundo, não estávamos fazendo muito mais para sermos solares aqui! Em vez de apenas falar sobre os problemas da mudança climática para meus alunos, eu queria mostrar a eles que estava me separando da solução.

Que diferença você acredita que a indústria solar está fazendo em Saskatchewan?

A indústria solar de Saskatchewan está em sua infância. Está fazendo uma pequena diferença agora, mas isso é uma gota-na-gota em comparação com a diferença que poderia fazer se mais pessoas e organizações percebessem o potencial que tínhamos aqui.

Por favor, compartilhe uma história solar que foi particularmente significativa para você:

A história de Stephen Hall. Quando realizamos a primeira reunião de interesse da Solar Coop em 23 de outubro de 2017, convidamos Stephen Hall para falar sobre o sistema em sua casa. Uma das coisas importantes que me lembro dele dizer é que, embora ele tenha entrado em energia solar por razões de sustentabilidade, ele nem precisa mais falar sobre o meio ambiente quando está lançando energia solar, porque agora, faz sentido econômico. Hall explicou como o dinheiro que ele estava pagando pela energia mensal era de US $ 20 a menos e isso incluía um empréstimo antecipado de capital que ele estava pagando. Isso significava que, eventualmente, ele pagaria bem menos de US $ 20 (mais US $ 120). Seu caso serve como uma refutação para aqueles que acenam com energia solar como sendo muito caros. De acordo com Hall, é mais barato, não apenas no longo prazo, mas imediatamente.

A Declaração de Visão da SkyFire Energy é: Trazer a magia da energia solar para o mundo para uma comunidade global mais forte, mais saudável e mais sustentável. O que a magia solar significa para você?

Os povos indígenas desta região do que eles chamavam de Ilha da Tartaruga usaram o poder do sol para viver com sucesso nesta terra por milênios. Embora eu não ache que possamos voltar a viver como antes do contato europeu, acredito que o princípio de trabalhar com a natureza e não contra ela é algo que devemos aprender. Isso, para mim, é a magia da energia solar: está usando tecnologia moderna para trabalhar com a natureza, e não contra ela, para atender às nossas necessidades energéticas.

Onde você acha que a indústria de energia renovável está indo em geral?

Eu acredito que vai e deve crescer! As pessoas estão começando a perceber o sentido econômico e ambiental que a energia renovável produz.

Além disso, a família de Joshua está animada em dizer desde que eles tiveram seus painéis instalados quinta-feira, 7 de março de 2019, que eles estão fazendo mais potência (334 kWh) do que eles usaram (304 kWh). Eles estão tão animados em saber que agora são produtores, não apenas consumidores de energia em nossa província. O Wascana Solar Coop já teve pessoas perguntando em todo o oeste do Canadá sobre como eles podem iniciar suas próprias cooperativas solares. A boa notícia é que os modelos de oportunidade de compra e investimento em energia solar do grupo Wascana Solar Coop poderiam ser replicados nas Pradarias. O Coop está ansioso para ouvir de outros lugares que querem iniciar tipos semelhantes de iniciativas.

Cresce o número de empresas construindo fazendas solares para vender energia

Consumidores economizam na conta de luz comprando energia limpa e renovável. Número de sistemas fotovoltaicos triplicou em dois anos. Minas mantém a liderança.

O uso de energia solar pode reduzir os gastos na conta de luz, mesmo para quem não tem painéis fotovoltaicos instalados em casa. É possível comprar cotas de energia elétrica de empresas que estão construindo fazendas solares pelo país. A energia limpa gerada a distância por painéis fotovoltaicos entra na rede da concessionária e os créditos da compensação valem como desconto na conta de luz. “O consumidor pode ‘alugar’ placas solares de uma miniusina compartilhada, em vez de instalar sistema próprio no telhado da sua residência”, explica José Eustáquio Bustamante, empreendedor de startup do setor. Minas lidera com o maior número de sistemas instalados (geração distribuída): 5.620.

“Essa é uma vitória nossa. E, mais uma vez, Minas Gerais demonstra sua liderança ao incentivar o uso da tecnologia pela população e a cadeia produtiva solar fotovoltaica. Isso significa atração de investimentos privados, geração de energia limpa e empregos de qualidade”, declarou o deputado Gil Pereira, cujo trabalho, como secretário de Estado e parlamentar, desde 2013 criou ambiente institucional e legislação de estímulo às energias renováveis.

Por meio da atuação do deputado Gil Pereira, Minas Gerais saiu na frente ao regulamentar o Convênio do Confaz – ICMS 16/15, assinado naquele ano, já com as atualizações da Resolução Normativa 687/15. Propostas de sua autoria originaram no Estado a Lei nº 22.549 (30/06/2017) e o Decreto nº 47.231 (04/08/2017), que garantem isenção de ICMS para novas faixas de potência: microgeração até 75 KW e minigeração até 5 MW. E isenção de ICMS para novos mecanismos (geração condominial, geração compartilhada e autoconsumo remoto), além de equipamentos, peças, partes e componentes utilizados para micro e minigeração de energia solar fotovoltaica. Em Minas Gerais não ocorre cobrança de ICMS na TUSD da energia elétrica compensada.


Palmeira terá usina solar financiada pela iniciativa privada — um investimento de US$ 8 milhões

Empresas “alugam” energia produzida na usina e recebem créditos da Copel, reduzindo suas contas em até 25%.

Projeto da usina fotovoltaica de Palmeira-PR. Foto: FAAD Consultoria/Divulgação

Com pouco menos de 35 mil habitantes, a cidade de Palmeira, próxima a Ponta Grossa, no Paraná, terá a primeira usina fotovoltaica privada do Brasil a operar no modelo de Mini Geração Distribuída. Com a capacidade de gerar energia elétrica a partir da solar, o projeto é resultado de um consórcio entre empresas nacionais e internacionais, tocado pela curitibana FAAD Consultoria. A energia ali gerada será comercializada com empresas e indústrias paranaenses, distribuída pela Copel em regime de compensação.

A licença junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), obtida no último dia 3 de abril, permite o início das obras da primeira etapa do projeto: uma usina com capacidade inicial de 7,3 MWp (megawatts-pico, unidade utilizada para caracterizar painéis fotovoltaicos), e que proporciona a geração de 900 MWh, energia suficiente para abastecer o equivalente a oito mil residências. As obras devem começar em 60 dias, quando é esperado que cheguem os equipamentos vindos da empresa parceira alemã, Grass.

Para viabilizar o projeto, a FAAD foi atrás de empresas que estariam interessadas em “alugar” uma parte da energia produzida no Conerge, como foi batizado o empreendimento. A partir daí, reuniu assinaturas em um protocolo de intenção para demonstrar que havia demanda e então começar a busca por terrenos próximos, analisando onde havia necessidade e boas condições climáticas para a instalação do condomínio. Nesse momento, a consultoria também realizou a consulta de acesso junto à Copel, quando a distribuidora informa se é possível construir naquele local, o que é preciso implementar para a conexão, ou seja, estabelece os critérios técnicos.

Fonte: Gazeta do Povo

ENTENDA GERAÇÃO COMPARTILHADA


Para tornar a geração distribuída mais atrativa, a ANEEL publicou a Resolução Normativa nº 687 com algumas modificações e inovações da original Resolução Normativa nº 482. Os empreendimentos de geração foram ampliados, bem como os limites de potência instalada e a geração de energia em condomínios e prédios foi regulada. Além disso, as figuras da Geração Compartilhada e do Autoconsumo Remoto foram criadas e apresentam características semelhantes aos modelos de Shared Solar e Community Solar. 

Segundo a ANEEL (2015), a geração compartilhada se caracteriza pela reunião de consumidores por meio de consórcio ou cooperativa, que possua unidade consumidora com micro ou mini geração distribuída em local diferente das unidades consumidoras, nas quais a energia excedente será compensada. Esses consumidores devem estar dentro da mesma área de concessão ou permissão. Em contrapartida, o autoconsumo remoto é caracterizado por unidades consumidoras de titularidade de uma mesma Pessoa Jurídica ou Pessoa Física, que possua unidade consumidora com micro ou mini geração em local diferente das unidades consumidoras. 

Destaca-se que há uma diferença entre as duas modalidades acima. No autoconsumo remoto há unidades consumidoras de uma mesma Pessoa Jurídica ou Física. Na geração compartilhada há várias unidades consumidoras de várias Pessoas Físicas ou Jurídicas representadas por um consórcio ou cooperativa. A proposta da geração compartilhada é recente no Brasil e para auxiliar no desenvolvimento dos modelos, algumas considerações são feitas por Augustine e McGavisk (2016)¹. Deve-se identificar os objetivos do modelo, que variam entre alcançar objetivos ambientais, aumentar o acesso à energia limpa ou criar valor econômico para os usuários ou para a concessionária.

Posteriormente, deve-se atentar para os seguintes critérios: 
  1. Modelo de Propriedade: quem será o proprietário do sistema: a concessionária, terceiros ou entidades de fins específicos? Determinar a propriedade, permite definir os parceiros, as opções de financiamento e as taxas envolvidas em cada modelo. 
  2. Modelo de Inscrição: vários arranjos podem ser estabelecidos como modelo de inscrição, os painéis podem ser comprados ou alugados, os inscritos podem oferecer uma maneira de investir no sistema ou comprar a energia. A estrutura deve considerar as preferências do consumidor. 
  3. Seleção do Sistema e do Local: é necessário determinar em qual local o sistema será instalado, como será conectado à rede, como o contrato de venda ou de compensação de energia será feito. 
  4. Registro do Participante: como é realizado o registro do consumidor que quer participar da geração compartilhada? A concessioná- ria de energia deve creditar a energia a ser compensada? 
  5. Gerenciamento do Programa: um programa de geração compartilhada implica em um contrato de longo prazo com os consumidores, cuja duração pode ser igual à vida útil do sistema fotovoltaico.
Como as concessionárias não possuem experiência com a geração fotovoltaica, a operação e manutenção dos sistemas pode ser feita por terceiros. Além disso, o proprietário do sistema deve fornecer informações e serviços de suporte para os usuários, aumentando o leque de serviços a ser prestado. 

Vários fatores devem ser considerados em um modelo de geração compartilhada e a sua aplicação não é tão simplificada como aparenta na Resolução. Portanto, para que ela funcione, é necessário que haja o envolvimento de todos os interessados e que políticas específicas sejam criadas para o seu desenvolvimento.


¹AUGUSTINE, P., MCGAVISK, E. The next big thing in renewable energy: Shared solar. The Electricity Journal, v. 29, n. 4, p. 36-42, 2016.

Fonte: REVISTA BRASILEIRA DE ENERGIA

Que tal comprar créditos de energia solar e ganhar desconto na conta de luz? Conheça a CartãoSolar

Alex, Silmar e Marco, os sócios da Cartão Solar, que surgiu em 2016 como a primeira startup brasileira a vender créditos de energia solar que se revertem em desconto na conta de luz.

Nunca subestime a pergunta de uma criança, pois ela pode te levar a criar um modelo de negócio disruptivo. Soa como moral de fábula, mas assim começou a jornada de Alex Lang, 37, catarinense de Ipumirim – cidade de apenas 7 220 habitantes. Em 2016, do alto de seus 4 anos, o primogênito do empreendedor perguntou por que eles não tinham energia solar em casa. Ao adulto, a pergunta soou estranha, já que eles moravam em um apartamento, onde há limitações para se montar uma estrutura de captação de energia solar. Já para o pequeno, nada parecia impossível. E não era mesmo.

Hoje, Alex é CEO da CartãoSolar, startup que viabiliza o fornecimento de energia solar em imóveis residenciais (mesmo que sejam apartamentos), a partir da venda antecipada de assinaturas de cotas de energia. Neste modelo, o cliente não precisa investir em um equipamento individual fotovoltaico (células que produzem eletricidade a partir da luz solar), que custa, em média, 30 mil reais. Quando contrata um plano da CartãoSolar, passa a ser como um locatário de uma parte do parque de geração de energia, compartilhado por outras pessoas — e ganha descontos diretos na conta de luz. É o que Alex chama de “condomínio solar”.

Os parques de geração de energia renovável administrados pelo negócio são financiados e construídos por parceiros especializados para um número de clientes pré-definido pela startup em cada projeto. Para se ter uma ideia de valores, a construção da mais recente planta comercializada pela empresa, a Usina Solar de Arcos (MG) – com capacidade de gerar 5 MW (megawatts) e atender 1.200 clientes – exigirá 5 milhões de reais de investimento. Até o dia em que esta entrevista foi concedida, já tinham sido vendidas 30% de suas cotas e o plano era atingir 100% até julho, para que a planta seja ativada no início de 2020.

O desenho acima mostra como a CartãoSolar atua: ela viabiliza a construção de usinas de geração de energia solar e distribui os créditos dessa energia direto na conta de luz de quem compra o “cartão solar”.

A CartãoSolar fica em Itapema (SC) e tem, além do co-fundador Marco Aurélio Silva de Souza, 37, COO, também o sócio Silmar Costa, 26, chefe de vendas. Alex conta como funciona o dia a dia das negociações: “De um lado, vou até o cara que faz a geração de energia e proponho: ‘Põe o parque ali que eu consigo clientes para toda a energia produzida’. Do outro lado, vou para o cliente e digo: ‘Administro um parque de energia renovável e você pode alugar uma parte dele.”

COMO FUNCIONA COMPRAR ENERGIA SOLAR

O cliente paga uma taxa de adesão de 675 reais, dividida em 18 parcelas. Estes recursos são retidos pela startup para investimento em marketing e custeio da operação. Depois, quando o parque de energia começa a funcionar, ele passa a pagar uma assinatura mensal e recebe créditos de desconto na conta de luz. Sobre a assinatura mensal, a CartãoSolar retém uma porcentagem – não divulgada pelo CEO – e repassa o restante ao operador do parque que é, de fato, quem fornece a energia. Por exemplo, para uma cota de 100kW/mês, a assinatura é de 68 reais e o desconto na conta de luz, de 17 reais (como mostra a tabela abaixo).


A prospecção, o contato e a argumentação de venda é toda feita no “contact center” (segundo Alex, uma evolução do call center, com mais canais de atendimento) da própria CartãoSolar, que tem dez funcionários.

Uma parte do caminho de vendas é digital: as pessoas chegam até a empresa pelo site, mídias sociais etc. Depois, são informadas sobre os benefícios do produto e só recebem uma ligação quando são consideradas prontas para ouvir a proposta. “Somos bem agressivos neste processo. Aprendemos assim e é assim que fazemos”, diz o CEO:

“A gente vai atrás do cliente, manda informação e liga, se for o caso”

A CartãoSolar é, portanto, um elo entre geradores e distribuidores de energia e o usuário final. Isso consumiu tempo, inteligência e 700 mil reais – de recursos dos próprios sócios – no desenvolvimento de um software capaz de conectar múltiplas unidades de geração (há plantas espalhadas por todo o Brasil), inúmeros clientes e várias distribuidoras. “Temos três lados cheio de especificidades e precisamos fazer todo mundo conversar. O nosso processo ajeitou a parte legal e técnica de como fazer as pessoas receberem a energia renovável e de como fazer a venda dela”, conta Alex.

EMPREENDER VÁRIAS VEZES ANTES DE ACERTAR

O diálogo-estopim entre pai e filho aconteceu no início de 2016, quando Alex começava o mestrado (atualmente trancado) e pensava qual seria o tema de sua dissertação. “Sempre quis operar no mercado de sustentabilidade. Também me questionava: o que eu queria fazer por 10 anos seguidos?”.

Ele é formado em Administração pelo Senac de Florianópolis e fez MBA na FIA, mas começou a carreira desenvolvendo softwares, ainda no interior de Santa Catarina. “Em Ipumirim não havia muitos recursos. Então, eu tinha que comprar o livro e estudar sozinho. Na época, como não era necessário ter faculdade, eu fechava projetos, desenvolvia e entregava os produtos.” Foi lá também que ele abriu a primeira empresa, aos 18 anos, na qual desenvolveu um tarifador de telefonia, algo parecido com um medidor de água. “Não deu certo. Essa empresa quebrou, assim como outras”, diz, entre risadas.

Como muitos empreendedores, Alex alternava períodos em que tinha um negócio próprio e, quando sofria algum revés, voltava ao mercado como funcionário. Chegou a ser gerente de tecnologia na Atendebem, empresa de call center que não existe mais. Em 2009, montou a UNICA, que se transformou em um conglomerado de sete empresas de contact center.

Nela, Alex percebeu que, com este modelo, então em vigor em bancos e empresas de cartão de crédito, tinha em mãos uma base de dados de potenciais clientes. Só lhe faltava ter um produto próprio e aprender a cobrar por ele. Assim, inflado pelo desejo de mudança, em 2014, vendeu sua parte ao sócio. Mas ainda não era chegada a hora da real transição, por isso, voltou para a área de assistência e fundou a Revolução, empresa que vendia seguros.

Quando, finalmente, em 2016, partiu para o estudo do mercado de energia renovável, descobriu que no país o setor é bem dividido entre três tipos de players: os geradores de energia (especializados em financiamento e investimento ou, nas palavras de Alex, “o cara que faz e põe para rodar a hidrelétrica, o parque eólico ou o condomínio solar”), os que fazem a transmissão e outros que distribuem a energia. A CartãoSolar veio para trazer uma quarta vertente, diz:

“No começo, ninguém sabia do que a gente estava falando porque fomos pioneiros no Brasil, tivemos o papel de educar este mercado”

Isso se explica também porque, até 2011, as residências não podiam ter nenhum tipo de energia renovável em conexão com a rede pública. Se alguém quisesse ter o benefício, tinha que instalar as próprias placas fotovoltaicas e se virar de forma independente. Em 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) regulou a possibilidade de ter energia solar em casa e também de se estar conectado à rede pública.

Mas segundo Alex, não era nada simples conseguir que a distribuidora fizesse a vistoria e liberasse a conexão. Só em novembro de 2015, saiu uma resolução normativa que instituiu regras para o custo de colocação do relógio-medidor especial, prazos para as vistorias nas residências e, o que mais encantou Alex, a possibilidade de fazer projetos de geração e distribuição de energia compartilhada.

HORA DE CRIAR ALGO NOVO E QUE FOSSE FINANCEIRAMENTE VIÁVEL

A base legal estava pronta. Faltava criar um modelo para que o cliente não tivesse impedimento de entrada (leia-se: falta de recurso financeiro) e gerasse retorno à operação. A partir de março de 2016, Alex e o amigo de infância Marco começaram a desenvolver a empresa que não gera energia diretamente, mas vende. Segundo eles, trata-se da primeira solução do mercado que reduz a conta de luz sem impor restrição de consumo.

Condomínio solar ou condomínio de geração compartilhada: a base da CartãoSolar para que o pequeno consumidor gere sua própria energia.

Sete meses depois, foi inaugurada a primeira usina-modelo, na cidade de São José (SC). Este parque gera 50kW e atende a 30 clientes da CartãoSolar.

Alex conta que a fase de operação beta precisava testar o modelo de divisão com diferentes distribuidoras. Por isso, um segundo parque-modelo foi montado, em fevereiro de 2017, em Minas Gerais, perto de onde será a Usina de Arcos. Ele produz 50kW e atende outros 15 clientes.

Segundo previsão da ANEEL, até 2024, 15% da matriz energética brasileira será solar. A startup está atenta a isto e também a outros tipos de energia renovável. Já desenvolve, em Santa Catarina, um projeto de uma usina com biogás junto a agricultores que criam porcos, cujos dejetos são transformados em energia dentro de um biodigestor. “Estamos em fase de estudo para definir onde o parque tem de ficar para ser viável. Devemos começar a comercialização a partir do meio do ano”, afirma Alex.

Ele conta que não está em busca de rodadas de investimento e prevê o break-even para daqui quatro meses. Neste sentido, 2017 foi rico para a CartãoSolar: em julho, a empresa participou do programa de TV Shark Tank, do Canal Sony, o que lhe rendeu muita projeção nacional (mas nenhum investimento até agora). Ela foi acelerada pelo programa EDP Starter e venceu o Company Creation Brasil, em que startups inscreveram projetos para integrar a construção da primeira cidade inteligente social do mundo: a Smart City Laguna, no Ceará. A CartãoSolar apresentou um projeto de uma usina de 5MW e a definição de como se dará a implantação acontecerá em breve, na cidade italiana de Turim, quando Alex se reunirá com a construtora que idealizou a cidade.

A confiança no modelo de negócio criado é total: “A adesão faz o nosso negócio se movimentar e a assinatura faz a perpetuidade do modelo financeiro. A partir do momento em que o cliente tem 20% de desconto mensal na conta de luz, dificilmente ele sai porque tem um retorno real do que investiu”, diz Alex, enquanto arruma as malas para as negociações na Itália.

Fonte: Draft

Copercampos inicia instalação de usina de energia solar no PR


A Copercampos, uma das maiores cooperativas do país, que tem atividades focadas na produção e comercialização de cereais, produção de sementes, venda de insumos e agroindústria em mais de 50 unidades distribuídas nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, está investindo na geração de energia renovável. No início de outubro, a cooperativa iniciou a construção do seu primeiro Parque Solar na Granja Pinheiros, em Campos Novos, no Paraná.

O projeto da Solbrás que prevê um parque solar de 5MW, terá inicialmente, a capacidade de geração de 1MW. A obra que está em andamento, já conta com 3024 painéis solares e deverá ser finalizada ainda neste mês. A energia produzida na usina fotovoltaica irá atender o consumo da própria Granja Pinheiros e ainda, abastecer o excedente no Supermercado Copercampos, também em Campos Novos.

O presidente da cooperativa, Luiz Carlos Chiocca, afirma que o objetivo é produzir energia elétrica de maneira limpa e sustentável. “Estamos investindo inicialmente R$ 5 milhões na construção desta usina fotovoltaica, diversificando investimentos e principalmente, buscando soluções para reduzir custos de operação em nossas unidades. Nosso objetivo é produzir energia limpa, sustentável e com o menor impacto ao ambiente, tornando a Copercampos ainda mais eficiente em suas atividades”, ressaltou Chiocca.




Ao todo, o investimento realizado será de R$ 25 milhões até a sua finalização. Chiocca ressalta que a usina de 5 megawatts deve suprir 30% do consumo atual de energia elétrica da Copercampos. O projeto é proveniente do programa, que teve início em julho de 2016 na Copercampos, e que tem o objetivo de fomentar a inovação e a participação dos profissionais da cooperativa, garantindo melhorias, crescimento e perpetuação da empresa no setor.



“O time “Sustentabilidade”, formado por funcionários da Cooperativa, apresentou o pré-projeto ao comitê de avaliação ainda no ano de 2016. Após debates, foi aprovada a ideia para que o time realizasse estudos mais detalhados sob a instalação da 1° usina de geração de energia solar fotovoltaica da Copercampos, tornando-a a primeira cooperativa no estado em investir neste segmento”, afirmou o Coordenador do Programa Inova na Copercampos, Cristian Rodrigo Venturin.

Ainda, o presidente destacou que a ideia foi aprovada pelos diretores e conselheiros e atende os critérios de gestão sustentável da cooperativa. “Este é um projeto inovador da Copercampos, com investimento em uma nova área e que ressalta a continuidade do nosso trabalho cooperativista. Parabenizo aos profissionais da Copercampos por ter esta ideia e esperamos que outros funcionários tragam outras sugestões inovadoras à nossa diretoria, pois aqui na cooperativa temos uma gestão participativa”, comentou o Presidente Chiocca.



O coordenador de Granjas de Suínos da Copercampos, Junior de Oliveira Couto, um dos participantes do time “Sustentabilidade” do Programa INOVA ressalta os benefícios do projeto de energia solar. “Queremos agradecer a Copercampos, por oportunizar nosso time “Sustentabilidade”, a trazer inovação, adquirir novos conhecimentos e aprendizados. A Energia Solar é limpa, renovável, acessível e rentável”, afirmou Junior.