Como o síndico pode implementar a energia solar no condomínio


A energia solar fotovoltaica é uma das mais utilizadas no mundo. Ela é limpa, sustentável e infinita. Desde a resolução normativa 482 da ANEEL, sobre a geração distribuída, a energia solar no condomínio pode se tornar uma realidade para muitas residências. Com a geração distribuída, os brasileiros podem ter a sua própria fonte alternativa de energia.

A microgeração distribuída é para residências que gerarem até 75 KW e a minigeração é aquela com potência acima de 75 KW e menor ou igual a 5 MW. A energia gerada é revertida em créditos, com a validade de 60 meses. Caso a energia gerada seja maior que a consumida, esses créditos podem ser utilizados para abater futuras contas.

A energia solar no condomínio entra em outra categoria, a de geração compartilhada. No texto a seguir, tiramos todas as suas dúvidas sobre como implementar a energia solar fotovoltaica em seu condomínio.

Como funciona a energia solar no condomínio

A instalação do sistema de energia fotovoltaica em condomínios é feita de forma diferente das demais residências. Nela, cada apartamento é considerado como unidade consumidora, assim como as áreas comuns. Então corredores, elevadores, espaço de convivência e outros são considerados unidades de consumo da energia que será gerada.

Isso definido, a empresa responsável pela instalação do sistema de energia fotovoltaica vai fazer o projeto e entregar o orçamento para aprovação dos condomínio. É importante considerar que esse sistema será ligado ao da rede elétrica, no relógio de luz central do condomínio. 

Embora os créditos adquiridos sejam divididos pelos moradores, bem como as despesas, não é possível medir, em tempo real, quanto cada unidade vai consumir de energia. Dessa forma, além da instalação do sistema de energia fotovoltaica, é importante conscientizar os moradores quanto à economia de energia, para todos aproveitarem os benefícios.

Quanto custa a energia fotovoltaica?

A instalação do sistema de energia solar no condomínio costuma ser um pouco caro, pelo valor das placas e tudo o mais. No entanto, o investimento costuma ter retorno de 3 a 5 anos. Parece muito? Entretanto, a garantia é de 25 anos, logo, o custo benefício vale bastante.

A boa notícia é que, por promover a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente, por ser uma fonte de energia limpa, muitos governos investem em vantagens para quem opta pela energia solar fotovoltaica. Um exemplo disso é o IPTU Verde, que dá descontos progressivos a residências e outros tipos de imóveis sustentáveis. 

Bancos, como Santander e o Banco do Brasil têm programas de financiamento para a instalação de sistema de energia solar. Vale a pena pesquisar e saber mais sobre essas linhas de crédito para investir na energia solar no condomínio.

Aprovação em assembleia pelos condôminos

Antes da instalação do sistema de energia fotovoltaica, é necessário estabelecer um comum acordo entre os moradores. Apesar de ser considerado um investimento necessário e necessitar de uma maioria simples para obter aprovação, é essencial considerar outros pontos.

Um deles é a contratação de uma empresa reconhecida no mercado. De acordo com a resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica, a instalação só pode ser feita por profissionais habilitados da área de engenharia elétrica. Além disso, a distribuidora de energia da região deve vistoriar as placas solares para autorizar o seu uso.

Antes de instalar, é fundamental definir o rateio dos créditos de energia entre os moradores. As pessoas que mais investiram na instalação devem, é claro, receber mais. No entanto, se for somente para as áreas comuns do prédio, a instalação deve ser dividida igualmente para todos os condôminos.

Espaço das placas solares

O mais utilizado é o espaço dos telhados, por receberem maior área de sol. No entanto, alguns condomínios têm esse espaço ocupado por caixas d’água, por exemplo. Nesses casos, a instalação pode ser feita nas garagens, como uma cobertura para os carros, que pode ser feita com suportes.

A instalação na fachada dos prédios também é uma boa solução, embora não seja muito usual. Caso o condomínio realmente não tenha espaço para a instalação das placas solares, podem ser utilizadas as fazendas solares. 

Elas são grandes áreas com placas solares, que geram energia que pode ser comprada por pacotes de assinaturas. Muito utilizadas por indústrias e comércios, podem também ser a solução para a instalação da energia solar no condomínio.

Manutenção dos painéis solares

Além do custo benefício e da durabilidade de 25 anos do sistema de energia solar fotovoltaica, as placas solares quase não precisam de manutenção. O máximo que precisa nesse período é de uma limpeza periódica, que a própria chuva se encarrega disso.

Dependendo da altura do condomínio, muitas pessoas ficam apreensivas com galhos e ventanias. Vale lembrar que as placas solares foram planejadas para o ambiente externo, por isso são muito resistentes.

Diferença entre energia solar fotovoltaica e térmica

A energia solar térmica é a mais utilizada no Brasil. Ela serve para aquecer a água do chuveiro ou das torneiras, por exemplo, dispensando a água ou o gás para isso. Mas a sua função termina aí, ela só é usada para esquentar água.

Já a energia solar fotovoltaica, além de aquecer o chuveiro, também permite o funcionamento de todo o equipamento elétrico da casa. Dessa forma, você somente paga a taxa mínima para a distribuidora de energia e tem eletricidade em toda a sua casa.

Energia solar fotovoltaica no Brasil

Mesmo com os incentivos do governo em fontes de energia renováveis e sustentáveis, poucas pessoas adquirem essa energia em nosso país. Lugares mais frios, como Alemanha e Japão já a utilizam há bastante tempo, enquanto os números no Brasil ainda são modestos.

Para mudar esse cenário, é preciso aumentar divulgar mais informação sobre a energia solar fotovoltaica. Muitas delas não sabem que a economia da conta de energia pode ser reduzida em até 95%. Mesmo a energia solar não sendo gerada durante a noite, os créditos podem ser utilizados nessas horas, compensando a energia solar com a elétrica e continuando com a economia.

Além de economia para os moradores com a energia solar no condomínio, a redução do gasto com eletricidade nas áreas comuns pode ser revertido em melhorias no prédio. Novas pinturas, manutenção e troca de elevadores, tudo isso e muito mais pode ser feito com o dinheiro economizado. Essas iniciativas valorizam bastante o imóvel e agradam os moradores, que podem acompanhar em que está sendo investido o capital pago por eles.

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