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Por conta de queimadas e desmatamento, Amazônia deixará de produzir chuva daqui a dois anos, diz pesquisadora

As consequências desse cenário seriam desastrosas: as árvores param de sequestrar o carbono, há mudança de clima e isto trará mais eventos de seca ou de tempestades furiosas na América do Sul.

(Foto: REUTERS/David Mercado)

A economista Monica de Bolle, pesquisadora sênior do Instituto Peterson de Economia Internacional, em Washington, afirma que a Floresta Amazônica vai entrar num ponto de inflexão daqui a dois anos. A informação é do Portal G1. 

Por causa do desmatamento e das queimadas, após este prazo, a floresta deixa de produzir chuva suficiente para se sustentar e vai se transformando lentamente numa savana mais seca, liberando bilhões de toneladas de carbono na atmosfera.

As consequências desse cenário seriam desastrosas: as árvores param de sequestrar o carbono, há mudança de clima e isto trará mais eventos de seca ou de tempestades furiosas na América do Sul.

De Bolle, que também é chefe do programa de estudos latino-americanos da Universidade Johns Hopkins, fez mais do que um anúncio. Ela lançou um alerta ao mundo, e pediu que todos prestassem atenção às políticas do presidente Jair Bolsonaro, que não se incomoda em dizer que floresta, para ele, só faz sentido se promover progresso e desenvolvimento para o país. Tal política estaria contribuindo para o aquecimento global e para um desastre sem precedentes na floresta.

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Energia solar reduz custo de vida no sul do Amazonas

Por Débora Brito – Enviada especia da Agência Brasil* Katowice (Polônia)

Desde que a energia solar começou a ser gerada em Lábrea, no sul do Amazonas, cerca de mil famílias de extrativistas que vivem em torno do município vêm tendo mais acesso à saúde e educação e a meios alternativos de produção econômica. A história dos moradores das comunidades amazônicas beneficiadas pelo acesso à energia limpa foi compartilhada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24), realizada nesta semana em Katowice, na Polônia.

Por meio do projeto piloto Resex Solar, as comunidades de reservas extrativistas Médio Purus e Ituxi receberam, nos últimos dois anos, capacitação para instalar e manter sistemas solares, que permite gerar energia nas casas e escolas, entre outros pontos da região.

O Resex Solar é desenvolvido pela WWF-Brasil em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Ministério de Minas e Energia, que abriu edital para doar equipamentos solares que não estavam sendo usados desde a década de 90. O processo de licitação permitiu que a WWF adquirisse 300 painéis solares que foram enviados para a cidade de Lábrea.

Qualidade de vida

A região é uma das mais carentes do país e não oferece energia barata para todas as comunidades. De acordo com relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), pelo menos 1 bilhão de pessoas ainda não têm acesso à eletricidade no mundo, sendo que 1 milhão vivem no Brasil, principalmente na Amazônia.

A renda média dos extrativistas do Médio Purus é de R$ 465 por mês, segundo o ICMBio. Se a energia fosse gerada por diesel ou gasolina, seriam consumidos pelo menos R$ 450 da renda mensal das famílias por apenas três horas de funcionamento do gerador por dia. Só nas escolas, seriam gastos mais de R$ 25 por dia para cada quatro horas de aula, período em que o gerador consome um litro de gasolina.

Nos vídeos exibidos durante a COP 24, os moradores destacam que o dinheiro que seria gasto com o combustível pode ser investido em outras necessidades. Desde a instalação dos painéis, as famílias tem conseguido produzir gelo para refrigerar produtos como açaí, castanha, borracha, óleos vegetais, frutas regionais e algumas espécies de peixes para comercialização.

Dados divulgados pela organização mostram que um sistema solar de 0,8KW na Amazônia gera, em média, 4 kwh por dia ou 1.460 Kwh em um ano. Esse volume evita a queima de 489 litros de diesel e a emissão de pelo menos 1.300 quilos de dióxido de carbono na atmosfera.

O sistema de energia solar possibilitou também a instalação de uma bomba hidráulica para produção de alimentos como mandioca e para abastecimento das residências. Quase 90% das pessoas da Reserva Extrativista Médio Purus precisava caminhar até o rio para buscar água em baldes. A coleta da água sem filtragem também provocava doenças, como diarreia.

Combate ao desmatamento

A geração de energia fotovoltaica também tem contribuído para o monitoramento de algumas espécies de tartarugas na Amazônia e para o combate ao desmatamento ilegal. Como os ribeirinhos têm conseguido se manter na área para extração sustentável dos produtos da biodiversidade, eles contribuem para a proteção das florestas e, assim, para o aumento da capacidade de absorção de carbono da atmosfera.

“Este é um trabalho de forma integrada que mostra que é possível trabalhar a questão da conservação florestal e, ao mesmo tempo, promover desenvolvimento e inclusão social das populações que ali vivem, muitas em situação de carência”, disse à Agência Brasil André Nahur, coordenador do programa Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil.

Nahur acrescentou que os extrativistas têm sido conscientizados sobre a importância da produção sustentável sobre a Amazônia e os impactos sobre o controle do aquecimento da temperatura global.

“As mudanças climáticas relacionadas ao desmatamento e à degradação do bioma potencializam muito mais os efeitos para uma população que depende dos recursos naturais para sobreviver. E a Amazônia é fundamental para o regime de chuvas do Centro-Oeste, por exemplo. Então, é importante saber que tudo está conectado. Conservando a floresta e promovendo o desenvolvimento sustentável, estamos contribuindo também com o bem-estar das pessoas em todo o país”, acrescentou.

Desafios

Um dos principais desafios nessa área é ampliar o uso de energia limpa para outras comunidades. Na fronteira do Acre com o Peru, por exemplo, uma organização ambiental alemã tem trabalhado com comunidades que vivem ao longo do Rio Juruá. “É um absurdo eles terem que levar diesel para lá para gerar energia. Diesel é um produto caro, e o investimento em energia solar seria inicialmente alto, mas é sustentável. Em uma visão de anos, consegue-se economizar o dinheiro que se investe agora no diesel”, comentou a antropóloga Eliane Fernandes Ferreira.

Em parceria com a Universidade de Hamburgo, na Alemanha, Eliane trabalha atualmente em uma pesquisa sobre povos ameaçados da Amazônia.O foco está na cidade de Marechal Thaumaturgo, no Acre, onde muitas famílias transportam diesel pelo Rio Juruá para ter acesso à energia.

Na reserva extrativista do Alto Juruá, as comunidades tem energia só quatro horas por dia, e é difícil para as famílias conservar alimentos e remédios e ter acesso à informação.

“A energia fotovoltaica é a melhor solução porque abrange vários campos onde a sociedade só vai ter a ganhar. Se a gente fala de desenvolvimento sustentável consciente, tem que lutar pela geração desse tipo de energia, sobretudo na floresta. Isso deveria ser prioridade de governo”, enfatizou Eliane.

Experiência de Lábrea foi levada nesta semana à COP 24, na Polônia**A repórter participou da COP 24 a convite da United Nations Foundation

Canoa Solar com motor elétrico na Amazônia ajuda comunidades a navegar sem combustível


Uma canoa alimentada por energia solar vem percorrendo, desde abril do ano passado, cerca de 67 km pelos rios Capahuari e Pastaza, no Equador, ligando os 9 assentamentos Achucar isolados localizados às margens destes rios. A canoa, chamada de Tapiatpia, tem este nome em homenagem à um lendário peixe-elétrico da área, percorre o território por suas rotas ancestrais, facilitando o deslocamento entre as tribos, conservando a cultura da comunidade, e facilitando suas vivências em harmonia com o meio ambiente. O projeto, que está em fase inicial, se for bem-sucedido, poderá ser implantado em outros rios da bacia amazônica.



O projeto Kara Solar (Kara significa "sonho" em Achuar), em parceria dos Achuar e a Fundação ALDEA (Associação Latino-Americana para o Desenvolvimento Alternativo) e a Plan Junto (empresa que se encarrega do aspecto comunitário), foi idealizado pelo Norte Americano Oliver Utne, que depois de conviver com a comunidade durante muitos anos verificou que esta seria uma das maiores necessidades dos indígenas. Ele explica que “A canoa solar é uma solução ideal para esse lugar porque aqui não há rede de rios navegáveis, interconectados e há uma grande necessidade de transporte alternativo” e completa “"Como a gasolina só pode chegar aqui por avião, custa cinco vezes mais que no resto do país”.



Para estender sua vida útil, a canoa foi fabricada em fibra de vidro, e mede 16 metros de comprimento e dois de largura, possui 32 painéis solares dispostos em seu teto eum motor elétrico da Torquedo. O modelo com desing típico das embarcações indígenas, foi o que melhor se adaptou às condições amazônicas, em uma mistura de tecnologia moderna e conhecimento ancestral.

O funcionamento do primeiro sistema comunitário fluvial solar dessa parte da Amazônia como rotas, os horários, o porto central, entre outros assuntos relativos a seu funcionamento, foi decidido pelas próprias comunidades, com ajuda da Plan Junto.



A canoa solar, pouco a pouco está mudando a vida da comunidade, seja auxiliando os jovens Achucar no deslocamento até a escola local, como também, no deslocamento ao centro de saúde da comunidade.

Além das vantagens econômicas de um transporte de custo baixo, esta é uma iniciativa sustentável e de baixo impacto ambiental, o que é importante para essas comunidades que vivem principalmente da caça, da agricultura de subsistência e a da pesca.

Projeto leva energia solar para famílias da Floresta Nacional Humaitá - AM

Conjunto gerador de energia solar, além da placa de captação, é formado por uma bateria, um conversor e um inversor. Placas já foram instaladas nas casas de cinco famílias. Fotos: divulgação

Ribeirinhos são beneficiados com conjunto gerador de energia limpa e gratuita que acaba com os gastos com combustíveis para gerar eletricidade.

Com 35 mil euros (cerca de R$ 100 mil), uma iniciativa vai realizar o sonho de 25 famílias que moram em oito comunidades da Floresta Nacional (Flona) Humaitá, a 600 quilômetros de Manaus. Cinco delas já foram beneficiadas e vão acompanhar pela TV os jogos da Copa do Mundo sem o barulho incômodo de um gerador de energia elétrica.

Depois do evento internacional, todas as famílias estarão com energia elétrica limpa e gratuita. Um presente para quem hoje depende do pote, da lamparina ou de energia vinda de pequenos e barulhentos geradores a diesel, que muitas vezes falha. Pior: o serviço é pago pelos comunitários para garantir poucas horas de luz à noite.

Utilizando energia solar, o projeto, denominado “Luz na Floresta” (que não tem nada a ver com o governamental Luz Para Todos), foi planejado em 2017 e no mesmo ano já começou a ser colocado em prática, sem contribuição financeira direta do governo. O projeto é financiado pela Fundação Nexans e executado pela ONG Instituto Pacto Amazônico.



Parceria e desafios

Os parceiros mais próximos são o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que contribuiu com a logística (fornecendo barcos e carros para transporte dos equipamentos), e a Universidade Federal de Amazonas (Ufam), que ofereceu suporte técnico científico.

Em outubro do ano passado, um conflito que quase acabou em tragédia na região atrasou o andamento do projeto. Uma denúncia do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contra a exploração irregular de garimpos provocou uma ação, liderada pela Polícia Federal, que incendiou balsas e equipamentos ilegais.

A ação resultou num ataque dos garimpeiros, que por vingança incendiaram a sede do Ibama em Humaitá e um barco-modelo do ICMBio, dotado de sonar e dos mais modernos equipamentos de comunicação.

Desde então, o projeto de instalação de energia sofreu uma interrupção. Tanto o Pacto Amazônico quanto o ICMBio se sentiram ameaçados e “deram um tempo no projeto” até as coisas se acalmarem.


Engajada em questões ambientais, Leila Mattos chefiou a Flona Humaitá de 2013 até este ano, e lamenta as perdas por conta do conflito com garimpeiros. “Tivemos que sair de lá em 27 de outubro. Os garimpeiros queimaram o barco que o Ministério do Trabalho acabou de doar, com capacidade para 35 passageiros, com sonar, camarotes, todo equipado. Devido a essas agressões, praticamente fomos expulsos do Município, mas vamos voltar e concluir o projeto”, assegurou.

Qualidade de vida

A Floresta Nacional Humaitá (Flona) foi criada em 1998, pelo Decreto nº 2.485, com o objetivo principal de eliminar a extração ilegal de madeira na região sul da Amazônia, área do arco de desmatamento e densificação demográfica. Possui uma área de 473.158.962 hectares e abrange oficialmente municípios de Humaitá (AM) e Calama, em Rondônia (RO).

Dentro da área existem oito comunidades (Paraná do Buiuçú, Igarapé do Bujuçú Solomão, Boa Esperança, Barro Vermelho, Barreiras do Tambaqui, Maici e Palha Preta). Nas comunidades vivem pequenos produtores familiares e extrativistas, pescadores tradicionais da região sul da Amazônia, sem acesso a saneamento básico, eletricidade, saúde, educação. Todos sobrevivem com muita dificuldade, em condições mínimas de sobrevivência.

“Com a produção de energia limpa (solar) para estas famílias serão abertas novas possibilidades de melhora da qualidade de suas vidas, permitindo o armazenamento de alimentos, comunicação, melhorando a produção doméstica de produtos da biodiversidade e proporcionando lazer e mais conforto”, define João Nápoles, diretor executivo do Instituto Pacto Amazônico.

Cada casa recebe uma placa solar, uma bateria, um conversor e um inversor. O conjunto gera energia para sustentar, no mínimo, três lâmpadas de lead e cinco tomadas que podem atender a geladeira, refrigerador de ar, etc. “A despesa que os moradores das comunidades pagam de combustível para funcionar os geradores é maior que o gasto com a alimentação de uma família”, explicou João Nápoles, ao comentar a importância do projeto, cuja previsão de conclusão é para novembro deste ano.

A unidade já tem plano de manejo (documento técnico norteador das atividades técnicas e programas previstos para a unidade). “Seria maravilhoso se pudéssemos multiplicar o fornecimento de energia para todo o ‘beiradão’ do Amazonas. Vocês não tem ideia do que é passar numa casa e ver uma família com a televisão ligada”, imagina a ambientalista Leila Mattos, que chefiou a reserva por mais de quatro anos.

Quem financia

A Fundação Nexans abraçou a ideia e está patrocinando o projeto. A sede é na França e tem como principal bandeira a ajuda financeira a projetos sociais em várias partes do mundo, como na África e na Ásia. A filosofia de atuação da Fundação Nexans em todo o mundo, por meio do acesso à energia limpa.

Fonte: A crítica

Telefones celulares em árvores da Amazônia alertam guardas florestais para extração ilegal de madeira, registram animais selvagens

A Rainforest Connection está agora aproveitando o aprendizado de máquina para salvar florestas tropicais.


Faz um pouco mais de um ano desde que apresentamos a você uma engenhosa aplicação que faz uso de telefones celulares movidos a energia solar colocados nas copas das árvores para ajudar os guardas florestais - e cidadãos comuns - a se unirem para salvar as florestas amazônicas. Chamado de Rainforest Connection, o aplicativo usa telefones escondidos em árvores por toda a floresta para detectar sons associados ao registro ilegal.

Quando os telefones captam esses sons, eles alertam os guardas florestais locais que têm o aplicativo instalado em seus próprios smartphones, dando a eles a capacidade de reagir de acordo. O projeto, iniciado em 2014, agora cresceu bastante e agora está aplicando aprendizado de máquina para melhorar ainda mais suas capacidades.



O aplicativo é uma criação de Topher White, um renomado físico e engenheiro que se envolveu na conservação da floresta tropical em 2012, depois de se voluntariar em Bornéu com um programa de proteção do gibão. Em sua concepção, a Rainforest Connection apenas escutava certos harmônicos, mas com a introdução do aprendizado de máquina, suas capacidades cresceram enormemente.

"Agora estamos falando sobre detectar espécies, tiros, vozes, coisas que são mais sutis", disse ele ao TechCrunch em uma entrevista. “E esses modelos podem melhorar com o tempo. Podemos voltar a anos de gravações para descobrir que padrões podemos extrair disso. Estamos transformando isso em um grande problema de dados ”.


Os novos recursos de aprendizado de máquina são resultado do trabalho de White com a plataforma TensorFlow, do Google, e são especialmente adeptos à identificação de padrões que, de outra forma, poderiam passar despercebidos. Como exemplo, White disse: “Devemos ser capazes de detectar animais que não fazem sons. Os jaguares podem nem sempre estar vocalizando, mas os animais ao seu redor são, pássaros e coisas. ”As estações de escuta podem estar situadas a até 15 milhas de distância de uma torre de celular.

A Rainforest Connection poderia revolucionar os esforços de conservação em todo o mundo. Enquanto White estava em Bornéu, ele descobriu que os conservacionistas locais gastavam quase metade do seu orçamento tentando combater madeireiros ilegais. O problema era que a maior parte de sua vigilância dependia de satélites para detectar atividades ilegais e, quando os guardas do parque chegaram, já era tarde demais.
 

"Se você pegar em um satélite, não só o dano já está feito, mas, nesse ponto, as apostas são muito maiores", disse White à Digital Trends. "As árvores foram cortadas e eles carregaram caminhões cheios de toras."

Isso significa que a operação de extração de madeira investiu tempo e dinheiro em seu trabalho e se sente inclinada a lutar para manter o que possui. Do lado do ranger, um crime já foi cometido, e há um impulso maior para processar ou buscar outros meios de afetar as consequências. Isso leva a impasses e outros cenários indesejáveis.


De acordo com White, algo entre 50% e 90% de todos os registros realizados em todo o mundo é ilegal.

"Se você pode realmente impedi-los de entrar, detectando um veículo ou detectando uma motosserra antes que muitos danos tenham sido causados, as apostas são muito menores para ambos os lados que você pode realmente derrubar", disse White. “Na África central e em toda a América Latina, ambos os lados estão bem armados. A rapidez dos alertas e a rapidez da reação são super importantes, pelo mesmo motivo que você não quer que as apostas sejam altas. Você quer que seja muito mais simples simplesmente virar o caminhão e sair do que ter um showdown ”.

De acordo com White, algo entre 50% e 90% de todos os registros realizados em todo o mundo é ilegal. Dito isso, pesquisas recentes descobriram que, se os guardas florestais aparecem e param os caçadores furtivos uma ou duas vezes, eles tendem a sair - até a próxima estação de corte, pelo menos. Dessa forma, o aplicativo continua sendo altamente eficaz na redução de operações clandestinas. As unidades que sobem nas árvores, chamadas de telefones guardiões, são células recicladas que normalmente têm entre cinco e seis anos de idade - no entanto, ainda são “máquinas poderosas”, segundo White.


Alimentadas pelo sol e operando 24 horas por dia, as unidades registram todos os sons na floresta. Uma vez gravados, os telefones processam cada som, processam os dados, enviam-nos para a nuvem e analisam-nos em tempo real. Roupa branca a análise para detectar motosserras, caminhões de log, veículos, tiros, certas espécies de animais e outros ruídos relevantes. O aplicativo RFCx recebeu um grande impulso quando a Mountain Hardware, gigante do setor de esportes ao ar livre, o colocou sob sua asa como parte da Iniciativa de Impacto da empresa esportiva , que apóia várias campanhas ecológicas.

Além de impedir o corte ilegal de madeira, o aplicativo também oferece uma plataforma para os ecologistas estudarem a vida selvagem. Em breve, eles poderão acessar até 18 meses de dados em centenas de locais.


“Se você é um cientista que quer estudar uma certa ave na Amazônia, no passado você precisava obter uma bolsa e organizá-la e ir até lá por alguns meses e gravar (tudo)”, acrescentou White. "Há muito que podemos descobrir sobre a floresta sem precisar de pessoas para ir até lá."

"Há muito que podemos descobrir sobre a floresta sem precisar de pessoas para ir até lá."

Além disso, qualquer pessoa tem a capacidade de usar o aplicativo para ouvir os sons da floresta tropical em tempo real e receber alertas sobre o que está acontecendo. Os usuários simplesmente abrem o aplicativo em um dispositivo inteligente para ouvir pássaros vivos, insetos, macacos e outros sons naturais de onde quer que estejam no mundo. Isso, por si só, adiciona ímpeto aos esforços de conservação, apontou White, fazendo com que cidadãos comuns se interessem pelo que está acontecendo. Ser capaz de ouvir esses sons e se conectar visceralmente com a floresta aumenta o senso de investimento pessoal das pessoas. Muitos cidadãos gostariam de se envolver, ele disse, mas não sabem como. O aplicativo reduz a barra para o que é preciso para se envolver.

"O bar está baixando um aplicativo em seu telefone", ele reconheceu. “Isso é tudo que você precisa fazer. Você não precisa necessariamente pagar nada, e nós lhe enviaremos alertas quando algo acontecer e você puder aprender sobre a floresta dessa maneira. Isso é tudo o que você precisa para realmente fazer a diferença. ”

De acordo com White, no contexto de uma floresta tropical, o áudio é realmente preferível aos feeds de vídeo.

"É experiencial e imaginativa de uma certa maneira", disse ele. “O vídeo é meio que estamos acostumados, mas a verdade é que o vídeo em uma floresta tropical não é tão interessante quanto o áudio. Você só vai ver um monte de folhas na sua frente a menos que a câmera pegue um leopardo, o que é bem raro. Mas [com áudio] você pode ouvir todos os tipos de animais que estão por aí. Você nem sabe o que a maioria deles é - nós não sabemos o que a maioria deles é. Parece uma batalha de laser de Star Wars.


White está agora procurando maneiras de envolver outras pessoas em seu projeto. O desenvolvedor já fez uma parceria com o Google para lançar um programa piloto que permite que as crianças criem seus próprios kits de telefone.

“Já fizemos três escolas e acho que algumas centenas de estudantes, mais três em cerca de meia hora”, disse ele ao TechCrunch, “e todos esses dispositivos serão implantados na Amazônia nas próximas três semanas. No Dia da Terra, eles poderão vê-los e fazer o download do aplicativo para transmitir os sons. É mostrar a essas crianças que o que elas fazem pode ter um efeito imediato ”.

Ele concluiu: “Uma parte importante é torná-lo inclusivo, provando que essas coisas podem ser construídas por qualquer pessoa no mundo e mostrando como alguém pode acessar os dados e fazer algo legal com isso. Você não precisa ser um cientista de dados para fazer isso. ”



Ministério anuncia crédito de R$ 3,2 bilhões para instalação de placas solares em casas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Pessoas físicas poderão solicitar o crédito em bancos públicos. De acordo com o Ministério da Integração, placas ajudam o orçamento das famílias e fortalecem a matriz energética.

Ministério da Integração anunciou nesta quarta-feira (4) que os fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-oeste vão ofertar R$ 3,2 bilhões em linhas de crédito para a instalação de placas para captar energia solar em residências nas três regiões.

Para os interessados no Norte e Nordeste, os juros cobrados serão de 6,24% ao ano. Para as residências no Centro-Oeste, os juros serão de 7,33% ao ano. A busca do financiamento deve ser feita a partir dos bancos do Nordeste, da Amazônia (para a região Norte) e do Banco do Brasil (para a região Centro-Oeste).

O anúncio foi feito em reunião nesta quarta dos conselhos deliberativos da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) e Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), no Palácio do Planalto. O colegiado é a instância máxima das autarquias, vinculadas ao Ministério da Integração Nacional.

De acordo com a pasta, a iniciativa tem impacto positivo na renda das famílias atendidas, ao reduzir o custo com o consumo de energia, além de fortalecer a matriz energética, incentivando o uso de fontes renováveis.

“Isso estará ampliando a oferta de energia limpa, de qualidade, respeitando o meio ambiente”, disse o ministro Helder Barbalho, da Integração Nacional, na abertura da reunião.

Por Flávia Foreque - G1

Projeto brasiliense leva energia solar a comunidades quilombolas

A Pisco de Luz foi criada pelo empresário André Viegas, em 2017, beneficiando famílias da comunidade Kalunga, na Chapada dos Veadeiros.

Transformar a vida de quilombolas que ainda vivem sem energia elétrica. Esse é o objetivo do projeto Pisco de Luz que leva energia solar para as casas localizadas em áreas mais remotas da Chapada dos Veadeiros. A iniciativa começou a ser desenvolvida em julho do ano passado e já beneficiou até agora oito famílias da comunidade Kalunga, no município de Cavalcante (GO).

O sistema foi desenvolvido pelo empresário e morador de Brasília, André Viegas, que atua como voluntário nas comunidades. Os kits são montados de forma artesanal e custam cerca de R$ 735. Para expandir o projeto, eles criaram agora uma vaquinha virtual no site do Catarse para arrecadar mais recursos. A ideia, segundo ele, é montar e instalar em mais 100 casas.

“O projeto surgiu de uma experiência que eu tive na região. E dormindo na minha barraca eu notei que o simples pisco da luz no celular era diferente de eu não enxergar nada. Voltando pra casa resolvi pesquisar sobre o assunto e desenvolver alguns protótipos. E consegui desenvolver um dispositivo capaz de iluminar até 7 ambientes por meio de uma placa solar. A primeira casa instalada foi em setembro do ano passado, e com isso, o morador pode aposentar as lamparinas que tem um problema sério de poluição”, destaca ele sobre a concepção do projeto.

O Brasil Rural vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 5h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional AM Rio; sábado, às 5h, pela Rádio Nacional do Alto Solimões e, às 7h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional da Amazônia.

Fonte: EBC

Nove cidades brasileiras aderiram ao Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia em Brasília

Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia em colaboração com ICLEI América do Sul.

Nove cidades brasileiras assinaram, em Brasília (Brasil), a adesão ao Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia (GCoM), a maior aliança global de cidades comprometidas com o combate ao aquecimento global e que já conta com 9.149 cidades.

Itacoatiara (AM), Nova Santa Rita (RS), Alexânia (GO), Indiaroba (SE), Serra Talhada (PE), São Cristóvão (SE), Lauro de Freitas (BA), Camocim (CE) e Juruti (PA) foram as localidades que se comprometeram a promover ações locais diante do fenômeno e a estar presentes nas discussões internacionais sobre sustentabilidade.

Cidades durante a cerimônia de comprometimento com o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia

A prefeita de Camocim, Mônica Gomes Aguiar, assegurou que “fazer parte do Pacto significa poder trocar experiências com os municípios mais avançados nas discussões sobre desenvolvimento sustentável” e convidou diferentes atores a “investir para que as cidades possam se desenvolver de maneira sustentável”.

Prefeita Moema Gramacho, de Lauro de Freitas/BA

Como parte desse movimento global, as cidades devem agora seguir um roteiro para implementar ações em seu município nos próximos 3 anos, como a preparação de inventários de gases de efeito estufa, análise de vulnerabilidade e planos de ação climática e de energia. Para isso, as cidades terão acesso a treinamento e apoio técnico de organizações como o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, a Associação Brasileira de Municípios, a Frente Nacional de Prefeitos, a Confederação Nacional de Municípios e o GCom-LAC, para desenvolver essas etapas o próximo ano.

Prefeito Alysson Silva, de Alexânia/GO

A cerimônia de assinatura das 9 cidades aconteceu durante o Painel sobre os ODS nos municípios, promovido pela Associação Brasileira de Municípios (ABM), no dia 27 de novembro, na capital do Brasil. A mesa foi composta pelo Ministro Conselheiro da União Européia no Brasil, Thierry Dudermel, o Diretor Executivo da ABM, Eduardo Tadeu Pereira, e a Coordenadora de Relações Institucionais e Comunicação do ICLEI América do Sul, organização que preside o Comitê Consultivo Nacional do Pacto no Brasil, Daniela Ades.

Prefeito Henrique Gomes Costa, de Juruti/PA

O prefeito de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e Presidente da Associação Brasileira de Municípios, Ary Vanazzi, garantiu que “estamos trabalhando para ajudar os municípios a se prepararem melhor, se conhecerem melhor e buscarem a aplicação de políticas relacionadas aos ODS em suas populações”. Vanazzi acrescentou, além disso, que a ABM assumiu o “compromisso com nossos prefeitos, para que eles sejam incluídos, se capacitem, e também defendam o Pacto de Prefeitos, o que contribui para uma melhor convivência na construção de nossas cidades”.

Daniela Ades, coordenadora de Relações Institucionais e Comunicação do ICLEI América do Sul, durante sua intervenção na cerimônia

O painel abordou a implementação dos ODS nos municípios, que se concentraram na experiência do projeto Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável.

Sobre o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia

O Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia reúne formalmente o Compacto de Prefeitos e o Pacto de Prefeitos da União Europeia, as duas principais iniciativas de cidades para ajudar as cidades e os governos locais em sua transição para uma economia de baixo carbono demonstrar seu impacto global. Liderados pelo enviado especial do Secretário-Geral das Cidades e Mudanças Climáticas das Nações Unidas, Michael R. Bloomberg, e o Vice-Presidente da Comissão Europeia, Maroš Šefčovič, a coalizão compreende mais de 9.149 cidades em 6 continentes e 120 países, representando mais de 700 milhões de pessoas ou 10% da população mundial. Obtenha mais informações em http://pactodealcaldes-la.eu. O Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia na América Latina e no Caribe é o capítulo da América Latina e do Caribe que trabalha para estabelecer o Pacto Global na região.

Sensores com inteligência artificial podem impedir o desmatamento ilegal


Sabemos que as florestas do mundo todo estão sob ameaça. Perdemos em torno de 80.000 e 150.000 quilômetros quadrados das florestas do mundo todo ano para atividades humanas.


Mas é muito mais difícil descobrir exatamente quais partes da floresta estão em maior risco, e quando, especialmente porque até 90% do desmatamento tropical é devido a atividades criminosas, de acordo com a ONU. A organização sem fins lucrativos Rainforest Connection, com sede em San Francisco, acredita que o aprendizado de máquina pode ser o próximo aliado na boa luta.


A equipe de engenheiros e desenvolvedores construiu um complexo sistema de sensores que pode suportar condições climáticas extremas e outras tensões na floresta tropical, usando smartphones modificados alimentados por painéis solares.


A chave, dizem eles em uma postagem no blog, é esconder os dispositivos – eles os chamam de “Guardiões” – em meio às árvores em áreas vulneráveis, de modo que eles permaneçam ocultos. Os sensores gravam os sons das florestas e os carregam em um servidor baseado em nuvem em tempo real.


Veja o Vídeo:



Movimento luta para isentar cobrança do ICMS no Paraná

Cascavel – O Paraná é um dos três estados que cobram imposto sobre a energia solar. Junto dele, estão Santa Catarina e Amazonas. Por conta disso, surge um levante em prol da derrubada dessa cobrança. No Paraná, o imposto é de 29% sobre os créditos de energia gerados.

Para o Estado avançar nessa questão, basta formalizar um convênio com a Secretaria da Fazenda, isentando o ICMS da energia injetada na rede proveniente do excedente de micro e minigeração de energia solar. O governo federal ofertou o convênio em 2015 e nos últimos dois anos a maioria dos estados brasileiros aderiu. Mesmo não tendo uma política estadual de incentivo, o Paraná está entre os seis estados do Brasil com mais pedidos de orçamento para instalação dos equipamentos, de acordo com informações captadas no Portal Solar.

Levantamento atualizado mostra o Paraná com 1.396 homologações de equipamentos em pleno funcionamento. Desse total, ao menos 35% são de investimentos feitos pela região oeste, conforme revela o diretor-executivo da Biowatts Energia Solar, Pedro Tochetto. No Brasil, há pouco mais de 20.278 sistemas homologados.

Por meio de normativa, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) deu prazo até o fim de 2018 para os estados aderirem ao programa de isenção e incentivo. O Paraná é um dos únicos a postergar a adesão.

Para se ter uma ideia da disparidade em relação aos investimentos e o impacto causado pela tributação, Minas Gerais, estado que aboliu a cobrança, são 4.800 instalações homologadas, colocando-o no topo do ranking nacional.

Tochetto considera um retrocesso essa cobrança: “Essa cobrança é totalmente incorreta, pois você está pagando ao Estado uma conta por gerar energia limpa e preservar o meio ambiente”.

De acordo com Tochetto, há uma mobilização estadual em torno da derrubada desse tributo, com articulações com deputados estaduais. No fim do ano passado, o governador do Paraná, Beto Richa, chegou a admitir que o Paraná está no caminho para acabar com o ICMS sobre a energia solar, mas a cobrança continua.

O especialista diz que o Estado precisava dar exemplo, por ser uma fonte inesgotável de recursos renováveis e de geração de energia limpa: “O Paraná é um dos estados com uma das maiores arrecadações do Brasil e um celeiro de empreendedores. Nada mais justo que abrir novos horizontes para a expansão da energia solar”.

Onde se aplica

A energia solar pode ser aplicada em residências, indústrias e comércios. Pedro Tochetto faz uma rápida conta da diferença do tempo de retorno dos estados que isentaram a cobrança. No Paraná, o playback é de no mínimo cinco anos, contra quatro anos do estado do Mato Grosso, que não cobra o tributo. “Em uma indústria que gasta R$ 100 mil ao mês de energia, esse payback prolongado em um ano no Paraná leva o empresário a economizar até R$ 1,2 milhão ao longo de um ano com energia”.

A tributação

Ao gerar a energia limpa e injetar na rede concessionária, no caso do Paraná, a Copel, automaticamente já passa a ser tributado 29% na alíquota. Essa energia excedente gerada é transformada em créditos revertidos pela concessionária e que podem ser usados em horários de maior pico de consumo.

O custo de investimento para uma residência com consumo mensal de energia de R$ 200 é de até R$ 16 mil, totalizando oito placas fotovoltaicas. “Como no Paraná há a tributação e outros fatores que encarecem a adoção do projeto, o payback de um investimento para atender a essa consumo é de seis anos”, explica Pedro Tochetto. 

Fonte: O Paraná

Teresina e Manaus são as capitais que a energia solar traz maior retorno econômico


Neste início de ano, as cinco capitais nas quais os projetos de energia solar fotovoltaica de pequenos negócios, condomínios, hospitais, shopping centers e residência têm o melhor retorno no Brasil são: Teresina (PI), Belém (PA), Manaus (AM), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ).

Já, no caso das grandes unidades consumidoras atendidas em alta tensão, as cinco capitais mais atraentes para os projetos de energia solar são Manaus, Rio de Janeiro, Cuiabá, Goiânia, e Brasília. É o que apurou o Índice Comerc Solar de novembro, levando em conta os últimos reajustes autorizados no início do mês sobre as tarifas de eletricidade nas distribuidoras locais.

O Índice Comer Solar, que abrange todas capitais do País, além de outras quatro cidades paulistas, altera-se à medida em que são autorizados novos reajustes nas tarifas de eletricidade. O seu ranking leva em conta a irradiação solar de cada região, a tarifa de energia convencional cobrada no local, assim como a taxa de ICMS em vigor no estado.

16,4 mil de produtores de energia

“A energia solar fotovoltaica chegou para ficar”, afirma Cristopher Vlavianos, presidente do Grupo Comerc Energia e da Comerc Solar. Ele cita os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que indicam que a geração de eletricidade a partir da luz captada em painéis instalados nos telhados das casas ou no terreno do estacionamento das empresas já bateu na casa de 136 MW de potência instalada em 16,4 mil unidades no Brasil.

“O volume de energia produzida em projetos de energia solar fotovoltaica de geração distribuída já equivale à eletricidade produzida por uma hidrelétrica média. No entanto, o potencial de geração de energia solar pelo próprio consumidor no Brasil é, com as tecnologias atuais, pelo menos 12 mil vezes maior, ou de 164 GW”, acrescenta.

Ritmo exponencial de crescimento

O ritmo de novos projetos solares fotovoltaicos em todo o país está na casa dos 140% ao ano, já que o país detinha 57 MW de potência instalada ao final de 2016, conforme dados do Balanço Energético Nacional (BEN) de 2017*. “E deve se acelerar ainda mais nos próximos anos”, garante Vlavianos. “Quando o brasileiro se der conta das vantagens dessa geração e como o retorno de seu investimento é rápido, veremos uma demanda ainda maior por essa fonte energética”, afirma o executivo.

De acordo com o Índice Comerc Solar deste mês, o payback dos projetos de energia solar fotovoltaica de baixa tensão dá-se entre 3,1 anos a 7,6 anos nas principais capitais do País. 

Já, quando se tem em vista os projetos

Ranking Potencial Solar – Unidades Consumidoras atendidas em Baixa Tensão

Estados da Amazônia Legal terão acesso a crédito para instalação de geradores de energia solar

Os recursos são provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte.


A partir deste ano, pessoas físicas dos nove estados da Amazônia Legal terão acesso a uma linha de crédito para instalação de geradores de energia solar. Os recursos são provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).

O financiamento é para pessoas físicas de toda a Amazônia Legal e vai desde a elaboração de projetos até a instalação do dispositivo. O FNO vai disponibilizar R$ 120 milhões para estas operações de crédito, que vão ter taxas de juros mais baixas, maior prazo para pagamento e bônus de adimplência. 

Para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a tecnologia fotovoltaica possibilita a redução do consumo de energia elétrica convencional e, consequentemente, redução no valor cobrado na fatura mensal – proporcional à quantidade de energia gerada.

De acordo com a agência reguladora, o uso de placas fotovoltaicas pode gerar economia de até 95% na conta de luz do consumidor. Só no Amapá, o número de sistemas geradores instalados em residências, comércios e indústrias já tem mais de 16 mil unidades, que são capazes de gerar 180 megawatts – o equivalente a uma hidrelétrica de médio porte.

Outro benefício previsto pelo governo do Amapá é que a nova forma de energia vai iluminar comunidades isoladas e longínquas, comunidades indígenas, ribeirinhas e assentamentos, onde o custo para levar energia elétrica através de linhas de transmissão de alta tensão é bem mais alto.

Fonte: Portal Amazônia

Fase de grandes hidrelétricas chega ao fim

Com privatização da Eletrobras e restrição ambiental, pequenas usinas, energia eólica e solar devem ganhar espaço.

Afase de construção das grandes hidrelétricas no país parece ter chegado ao fim. A privatização da Eletrobras — aliada a maiores restrições ambientais e de licenciamento em terras indígenas — significa uma virada de página na expansão da geração de energia no Brasil. Isso porque, além de a liberação de licenças e autorizações para instalações de grande porte estar cada vez mais difícil, haverá menos recursos públicos para tirar os empreendimentos do papel. Esse movimento deve provocar uma mudança na matriz energética nacional, com entrada de mais usinas eólicas e solares, hidrelétricas de pequeno porte e a descentralização da geração.

Historicamente, as principais hidrelétricas do país foram construídas integralmente pela Eletrobras ou tiveram a empresa em todos os consórcios, sendo que as estatais estaduais participaram em menor grau desse processo. Agora, na avaliação de agentes do setor e de autoridades do próprio governo, com a conclusão da venda do controle da Eletrobras para o setor privado, a tendência é reduzir a construção das grandes usinas.

Oficialmente, o governo já deixou grandes hidrelétricas fora do radar. O Plano Decenal de Expansão de Energia, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), lista 15 usinas que podem entrar em operação até 2026, sendo as maiores delas com pouco mais de 700 megawatts (MW).

O documento aponta que o aproveitamento hidrelétrico ainda representa um vetor importante de ampliação de oferta de energia elétrica. Mas ressalta que a maior parte do potencial ainda a aproveitar se encontra na Região Norte e traz com ele uma série de desafios, principalmente de caráter ambiental, para seu uso na expansão da oferta de energia elétrica.

“Nós, na EPE, resolvemos dar um passo para trás para estruturar o processo nas grandes hidrelétricas. Existe um paradigma de que toda hidrelétrica é boa e barata. Estamos estudando para ver se todos os projetos são certos. Não é fazer qualquer hidrelétrica de qualquer forma”, explicou o presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso.

Financiamento em xeque

Executivo responsável por planejar a expansão energética do Brasil, Barroso disse que o potencial do país até 2050 é gerar 50 gigawatts por meio da construção de hidrelétricas. Desse total, apenas 23% seriam empreendimentos que não interferem em terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação.

“Não temos nenhum preconceito contra os grandes projetos. Mas tem que respeitar uma visão da sociedade, que é restrita a esses projetos. Não estamos dispostos a fazer movimentos que mascarem os custos e os riscos”, disse ao jornal O Globo o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Paulo Pedrosa.

Apesar de não terem sido construídas apenas com estatais, as últimas grandes hidrelétricas no Brasil tiveram participação forte da Eletrobras. As usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira (RO), e Belo Monte (PA) foram uma parceria entre a estatal e o setor privado. Junto com suas subsidiárias, a Eletrobras é dona de 49,98% de Belo Monte. Por meio de Furnas, a estatal controla 39% de Santo Antônio e, também por subsidiárias, tem 40% de Jirau.

Para o ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Edvaldo Santana, não haverá mais grandes hidrelétricas de agora em diante. Segundo ele, há incertezas regulatórias e de financiamento que inviabilizam esses projetos.

“A privatização da Eletrobras é um fator relevante. Não existiriam ou atrasariam muito as obras de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte. É por meio da Eletrobras que o governo consegue interferir na liberação de licenças ambientais em prazos razoáveis. Sem ela, tudo isso ficará mais difícil. Ainda assim, compensa a privatização, pois as obras acabam custando bem mais, apesar das licenças”, disse Santana.

Os recursos hídricos hoje no país que podem ser aproveitados para a construção dessas usinas estão concentrados, em sua maior parte, na região da Amazônia. Esses projetos enfrentam grandes resistências de ambientalistas e indígenas. No ano passado, o Ibama arquivou o projeto de licenciamento da usina de Tapajós, no Pará, com potencial de cerca de 8 mil (MW). O Ministério de Minas e Energia já anunciou que não tem intenção de brigar pelo projeto.

“Não acredito que haja espaço para financiamento público envolvendo grandes hidrelétricas, em razão do problema fiscal e da questão ambiental e indígena. Há barreiras que não existiam antigamente. Isso torna complexo o investimento em energia nova. Não acredito que novas grandes hidrelétricas sejam construídas”, disse o professor do departamento de Energia Elétrica da Universidade de Brasília (UnB) Mauro Moura Severino.

Mais geração distribuída

Com menos empreendimentos gigantescos e a necessidade de ampliar a geração de energia no país, o Brasil deve caminhar para projetos de energia limpa — como solar e eólica. Além disso, o movimento deve favorecer a geração distribuída, quando a eletricidade é produzida junto ou próxima do consumidor.

“A tendência é geração mais próxima da carga distribuída. O futuro são as renováveis, como eólicas e usinas menores. O caminho vai ser esse. A tendência é muito mais sistemas menores do que as hidrelétricas”, disse João Carlos Mello, da consultoria Thymos Energia.

Fonte: Época

Energia solar residencial terá linha de crédito especial em 2018

Proposta do governo do Amapá foi aprovada na reunião do Conselho Deliberativo da Sudam.

DA REDAÇÃO

A partir do ano que vem, famílias da Amazônia poderão solicitar financiamentos mais baratos para adquirir equipamentos de energia solar e assim baratear em até 95% a despesa com eletricidade. A proposta do governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), foi aprovada pelo Conselho Deliberativo da Sudam, em reunião no último dia 1º.

Os recursos das linhas de crédito, que vão somar R$ 120 milhões, são do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), administrado pelo Banco da Amazônia, o antigo Basa. Os recursos vão cobrir a elaboração dos projetos e instalação dos equipamentos nas residências.

Além das taxas de juros abaixo do mercado, o prazo de pagamento será maior, além de bônus para quem quitar as parcelas dentro do prazo.

Em maio deste ano, o Amapá já tinha aderido ao Sistema de Compensação de Energia Elétrica, gerenciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Recursos vão custear elaboração do projeto e a instalação dos equipamentos

Waldez Góes ressaltou que, além da diminuição na conta de energia, os consumidores amapaenses ainda terão desconto no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre a fatura.

Comunidades distantes, como as ribeirinhas e indígenas, também serão beneficiadas com a energia solar, lembrou o governador.

“Nos baseamos numa linha de crédito similar do FNE [Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste], cujo foco é a energia eólica, conforme as características naturais do Nordeste. E para a Amazônia o ideal é a energia fotovoltaica, pois durante boa parte do ano os raios solares são intensos na região. 

Portanto, estamos incentivando o uso desta energia renovável, que além de racional, é bom para o bolso do consumidor, para o meio ambiente e vai impulsionar o mercado de geração distribuída no Norte”, avaliou o governador amapaense.