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O plano de Jordan de ter energia solar em todas as mesquitas avança

Outros 35 lugares de culto serão voltados para o PV de telhados. Parte do financiamento para os projetos está sendo fornecido pelo Fundo de Energia Renovável e Eficiência Energética da Jordânia. Até agora, cerca de 500 mesquitas foram equipadas através do programa.

Cerca de 500 das 7 mil mesquitas do país foram equipadas com energia solar até hoje.

O Ministério de Energia e Recursos Minerais da Jordânia anunciou que outras 35 das cerca de 7.000 mesquitas do país serão equipadas com um painel fotovoltaico no telhado.

A ministra de energia e recursos minerais Hala Zawati disse que os projetos serão desenvolvidos em Aqaba, no sul da Jordânia.

Cerca de metade dos fundos serão fornecidos pelo Fundo de Energia Renovável e Eficiência Energética do Reino da Jordânia (JREEEF), enquanto o saldo deverá vir de credores não especificados. O custo total dos projetos mais recentes é estimado em torno de JOD 675.000 (US$ 952.045), disse o ministério em um comunicado.

Zawati acrescentou que cerca de 500 mesquitas na Jordânia estão sendo alimentadas por energia solar no telhado atualmente. Esses e os projetos recém-anunciados fazem parte de um esquema para implantar o PV em todas as mesquitas que foi lançado pelo governo jordaniano em março de 2015. "As mesquitas usam grandes quantidades de eletricidade e o projeto ajudará a reduzir significativamente suas contas de eletricidade, já que cerca de 300 dias no ano estão ensolarados", disse um representante do governo jordaniano na época.

O JREEEF também tem como alvo escolas nas áreas mais legais da Jordânia, ajudando a fornecer melhor isolamento e iluminação, bem como sistemas fotovoltaicos e aquecedores solares. O fundo foi criado como resultado da Lei de Energia Renovável de 2012 na Jordânia e entrou em vigor em 2015 como uma instituição para financiar projetos de energia renovável e eficiência energética em pequena escala.

Armazenamento de energia poderia ver acampamento de refugiados alimentado inteiramente por energia solar

A empresa sueca Azelio está estudando se o armazenamento pode garantir total autossuficiência para o acampamento de 36 mil homens da Azraq, que já recebe 70% de sua eletricidade da geração solar.

O campo de refugiados de Azraq já funciona em solar em grande medida. Imagem: David Stanley

A empresa sueca de armazenamento de energia, Azelio, está estudando como poderia complementar a geração de energia solar em um campo de refugiados da Jordânia para assegurar a auto-suficiência no local em um desenvolvimento que poderia ter aplicações para comunidades fora da rede mundial.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) já supervisionou a instalação de projetos de geração fotovoltaica que fornecem cerca de 70% das necessidades de energia do campo de refugiados de Azraq, criado em 2014 para pessoas que fogem da guerra civil síria.

Com o corpo da ONU buscando auto-suficiência para o acampamento, que abriga 36.000 refugiados, a Azelio está realizando um estudo de viabilidade para determinar se suas soluções de armazenamento de energia poderiam disponibilizar energia durante a noite no campo.

Azelio, com sede em Gotemburgo, anunciou hoje que apresentará suas descobertas ao ACNUR em Genebra no final do ano.

A infraestrutura

O campo de refugiados de Azraq consiste em quatro aldeias com escolas - cerca de 60% dos habitantes são crianças - centros de saúde, delegacias de polícia, mercados e um hospital.

“É uma honra para a Azelio ajudar o ACNUR a analisar como alcançar 100% de fornecimento de energia renovável para seus campos de refugiados em áreas remotas”, disse Ralf Wiesenberg, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Azelio. “Dar acesso a energia limpa e acessível é uma das metas de desenvolvimento sustentável da ONU e a Azelio está comprometida em participar dessa conquista.”

A notícia vem uma semana depois que os delegados do Fórum de Energia da África, realizado em Lisboa, afirmaram que a economia das mini e micro-redes na África, como estão, garante que tais projetos não sejam viáveis como uma solução para fornecer energia a comunidades fora da rede.

Energia solar agregou mais capacidade de geração elétrica que combustíveis fósseis em 2017

O setor de energia solar dominou como nunca antes a nova capacidade de geração elétrica em 2017, informou relatório “Tendências globais no investimento em energias renováveis 2018”, publicado pela ONU Meio Ambiente nesta quinta-feira (5).

O campo de Zaatari, na Jordânia, fez a mudança para energia limpa no dia 13 de novembro, inaugurando a maior usina de energia solar já construída num campo de refugiados. Foto: ACNUR/Yousef Al Hariri

A energia solar atraiu muito mais investimento: 160,8 bilhões de dólares, ou seja, 18% mais na comparação com o ano anterior, e mais que qualquer outra tecnologia.

A força impulsionadora por trás da onda de investimento solar do ano passado foi a China, que agregou 53 GW — mais da metade do total — e investiu 86,5 bilhões de dólares, um aumento de 58% em relação ao ano anterior.

O setor de energia solar dominou como nunca antes a nova capacidade de geração elétrica em 2017, assim como os investimentos globais, informou relatório “Tendências globais no investimento em energias renováveis 2018“, publicado pela ONU Meio Ambiente nesta quinta-feira (5).

O mundo instalou um recorde de 98 gigawatts (GW) de nova capacidade solar, um aporte mais alto que o das demais tecnologias. As outras fontes renováveis agregaram 59 GW em conjunto, as usinas de carvão, 35 GW, as de gás, 38 GW, as de petróleo, 3 GW, e a energia nucelar contribuiu com 11 GW de capacidade de geração.

A energia solar também atraiu muito mais investimento: 160,8 bilhões de dólares, ou seja, 18% mais na comparação com o ano anterior, e mais que qualquer outra tecnologia. Recebeu 57% do investimento total do ano para todas as energias renováveis, excluindo as grandes hidrelétricas — 279,8 bilhões de dólares — e obteve mais investimentos para nova capacidade de geração que o carvão e o gás, com estimados 103 bilhões de dólares.

A força impulsionadora por trás da onda de investimento solar do ano passado foi a China, que agregou 53 GW — mais da metade do total — e investiu 86,5 bilhões de dólares, um aumento de 58% em relação ao ano anterior.

O relatório foi publicado pela ONU Meio Ambiente em colaboração com a Escola de Finanças e Administração de Frankfurt e a empresa de dados Bloomberg New Energy Finance. De acordo com o documento, os custos decrescentes da eletricidade solar e, em certa medida, da energia eólica continuam impulsionando o aumento dos investimentos.

O ano passado foi o oitavo consecutivo no qual o investimento mundial em energias renováveis excedeu 200 bilhões de dólares. Desde 2004, o mundo investiu 2,9 trilhões nessas fontes de energia.

“O aumento extraordinário do investimento solar mostra como o mapa de energia global está mudando e, o que é mais importante, quais são os benefícios econômicos dessa mudança”, disse Erik Solheim, diretor-executivo da ONU Meio Ambiente.

“Os investimentos em energias renováveis atraem mais pessoas para a economia, oferecem mais empregos, trabalhos de melhor qualidade e empregos mais bem remunerados. A energia limpa também significa menos poluição, o que significa um desenvolvimento mais saudável e feliz.”

Em geral, a China foi o maior país investidor de energias renováveis, com um recorde de 126,6 bilhões de dólares, 31% mais que em 2016. Também houve amplos incrementos no investimento de Austrália (147%, para 8,5 bilhões de dólares), México (810%, para 6 bilhões de dólares) e Suécia (127%, para 3,7 bilhões de dólares).

No ano passado, encomendou-se um recorde de 157 GW de energia renovável, frente aos 143 GW de 2016, superando amplamente os 70 GW de capacidade geradora agregada de combustíveis fósseis (depois do ajuste pelo fechamento de algumas usinas existentes).

“O mundo agregou mais capacidade solar que as usinas de carbono, gás ou nucleares combinadas”, disse Nils Stieglitz, presidente da Escola de Finanças e Administração de Frankfurt. “Isso mostra para onde nos dirigimos. As energias renováveis ainda estão longe de atender a maior parte da demanda elétrica, mas isso significa que ainda temos um longo caminho a percorrer”.

Alguns grandes mercados, no entanto, viram diminuições no investimento em energias renováveis. Nos Estados Unidos, o investimento caiu 6%, chegando a 40,5 bilhões de dólares. Na Europa, houve uma queda de 36%, para 40,9 bilhões de dólares, com grandes reduções no Reino Unido (65%, para 7,6 bilhões de dólares) e Alemanha (35%, para 10,4 bilhões de dólares). O investimento no Japão caiu 28%, para 13,4 bilhões de dólares.

Angus McCrone, editor-chefe da Bloomberg New Energy Finance e principal autor do relatório, afirma que nos países em que houve um investimento menor geralmente ocorreu uma mistura entre mudanças no apoio a políticas, o calendário de financiamento de grandes projetos, como os de energia eólica marinha, e menores custos de capital por megawatt.

Os investimentos mundiais em energias renováveis entre 2007 e 2017 (2,7 trilhões de dólares) aumentaram de 5,2% para 12,1% a proporção mundial de eletricidade gerada por energia eólica, solar, geotérmica, marinha, de biomassa ou por conversão de resíduos em energia, e de pequenas centrais hidrelétricas.

O nível atual de eletricidade gerada pelas energias renováveis corresponde a aproximadamente 1,8 gigatoneladas de emissões de dióxido de carbono, o que equivale às emissões produzidas por todo o sistema de transportes dos Estados Unidos.

Fonte: ONU BR

Inaugurada maior usina de energia solar em campo para refugiados


Foi inaugurada no mês passado, a maior usina de energia solar já construída em um campo para refugiados, na Jordânia. O sistema levará energia para mais de 80 mil refugiados sírios nos arredores do acampamento de Zaatari e irá permitir que a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) economize algo em torno de 5,5 milhões de dólares por ano.

A usina conta com 44 mil painéis fotovoltaicos dispostos em uma área equivalente a 33 campos de futebol e tem uma potência instalada de 12,9 megawatts. A operação da usina irá ajudar a garantir a assistência humanitária a aproximadamente 650 mil sírios registrados no acampamento. A estrutura foi implantada pelo governo da Alemanha e pelo Banco Alemão de Desenvolvimento KfW a um custo de 15 milhões de euros.


A eletricidade gerada pela usina será utilizada nos abrigos dos refugiados a fim de garantir sua iluminação, a conservação e o armazenamento de comida em condições adequadas de higiene. Com a geração solar, a agência a ACNUR estima ainda que será possível cortar 13 mil toneladas de emissões de gás carbônico por ano e ainda, garantir às famílias cerca de 12 a 14 horas de eletricidade por dia, antes o uso era racionado, de 6 a 8 horas por dia após o pôr do sol.

O representante do ACNUR na Jordânia, Stefano Severe explicou: “A usina solar vai diminuir muito os gastos com energia, gastos que serão reinvestidos em outras necessidades urgentes”. Com a crise de refugiados da Síria chegando ao seu sétimo ano, as doações estão menores, o que faz com que essa economia seja essencial para que o ACNUR possa continuar a garantir assistência aos refugiados no campo de Zaatari e outros lugares”.



A implantação da usina foi feita com a ajuda dos próprios refugiados, que foram treinados e empregados para construir e montar os painéis solares, gerando emprego para trabalhadores locais da comunidade da Jordânia e para outros 75 refugiados sírios que vivem em Zaatari.

Gasem, de 31 anos, vive no campo desde 2012 e participou da instalação dos painéis desde o início do projeto, em abril de 2017, e segundo ele: “Eu e outros refugiados sírios que trabalham neste projeto fomos muito beneficiados pela experiência. Nós desenvolvemos conhecimento e habilidades técnicas, o que também me permitiu encontrar um trabalho em outro projeto de construção de usinas solares fora do campo”, conta.

Conheça o primeiro campo de refugiados do mundo que é 100% abastecido por energia solar


Já imaginou ter que deixar seu país, sua casa, família e todos os seus pertences e confortos para fugir de uma guerra, que coloca a sua vida em perigo diariamente? Para muitas pessoas, não é preciso imaginar. Trata-se de realidade. Pessoas que chegam em outro país e precisam recomeçar a vida do zero! Novo ambiente, idioma, hábitos e culturas. Não bastassem todas as dificuldades, em muitos desses países o acesso à eletricidade ainda é extremamente precário, dificultando tudo ainda mais.

Em Azraq, na Jordânia, não é diferente. Ou era. Desde que o campo de refugiados foi construído, em 2014, a energia elétrica era esporádica. Agora, graças à famosa loja de departamento americana IKEA, os cerca de 20 mil refugiados da Síria que lá vivem ganharam acesso à energia solar!

O primeiro campo de refugiados abastecido inteiramente por energia solar do mundo custou US$4,5 milhões à empresa. Mas os benefícios que a comunidade ganhou não têm preço: a eletricidade permite o uso de refrigeradores – e, consequentemente, a conservação de medicamentos e alimentos -, entretenimento, luzes para estudo e até mesmo conexão à internet, para conversar com suas famílias em outros lugares do mundo.

“Trazer energia para o campo não foi apenas uma conquista simbólica. Ela proporciona um local seguro para todos os residentes, abre oportunidades de subsistência e permite o estudo das crianças durante a noite”, explica Kelly T. Clements, da UNHCR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados).

Gostou da história? Conheça também o homem que constrói casas para refugiados de guerra com garrafas plásticas!