Inaugurada maior usina de energia solar em campo para refugiados


Foi inaugurada no mês passado, a maior usina de energia solar já construída em um campo para refugiados, na Jordânia. O sistema levará energia para mais de 80 mil refugiados sírios nos arredores do acampamento de Zaatari e irá permitir que a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) economize algo em torno de 5,5 milhões de dólares por ano.

A usina conta com 44 mil painéis fotovoltaicos dispostos em uma área equivalente a 33 campos de futebol e tem uma potência instalada de 12,9 megawatts. A operação da usina irá ajudar a garantir a assistência humanitária a aproximadamente 650 mil sírios registrados no acampamento. A estrutura foi implantada pelo governo da Alemanha e pelo Banco Alemão de Desenvolvimento KfW a um custo de 15 milhões de euros.


A eletricidade gerada pela usina será utilizada nos abrigos dos refugiados a fim de garantir sua iluminação, a conservação e o armazenamento de comida em condições adequadas de higiene. Com a geração solar, a agência a ACNUR estima ainda que será possível cortar 13 mil toneladas de emissões de gás carbônico por ano e ainda, garantir às famílias cerca de 12 a 14 horas de eletricidade por dia, antes o uso era racionado, de 6 a 8 horas por dia após o pôr do sol.

O representante do ACNUR na Jordânia, Stefano Severe explicou: “A usina solar vai diminuir muito os gastos com energia, gastos que serão reinvestidos em outras necessidades urgentes”. Com a crise de refugiados da Síria chegando ao seu sétimo ano, as doações estão menores, o que faz com que essa economia seja essencial para que o ACNUR possa continuar a garantir assistência aos refugiados no campo de Zaatari e outros lugares”.



A implantação da usina foi feita com a ajuda dos próprios refugiados, que foram treinados e empregados para construir e montar os painéis solares, gerando emprego para trabalhadores locais da comunidade da Jordânia e para outros 75 refugiados sírios que vivem em Zaatari.

Gasem, de 31 anos, vive no campo desde 2012 e participou da instalação dos painéis desde o início do projeto, em abril de 2017, e segundo ele: “Eu e outros refugiados sírios que trabalham neste projeto fomos muito beneficiados pela experiência. Nós desenvolvemos conhecimento e habilidades técnicas, o que também me permitiu encontrar um trabalho em outro projeto de construção de usinas solares fora do campo”, conta.

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