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Efeitos da proibição de sacolas plásticas já são percebidos no litoral do Quênia


Funcionários do parque marinho Melinde, no Quênia, elogiaram a recente proibição do uso de sacolas plásticas imposta pelo governo do país com o objetivo de aumentar os esforços de conservação ambiental ao longo do litoral. De acordo com eles, a quantidade de lixo plástico que chega ao oceano já caiu drasticamente dez semanas após o banimento.

“A proibição realmente ajudou nossa equipe na conservação do parque marinho e das praias de areia. Esperamos que a NEMA (Autoridade Nacional de Gestão Ambiental, na sigla em inglês) estenda a proibição às garrafas plásticas descartáveis ou limite seu uso”, disse a conselheira sênior do parque, Jane Gitau.

Durante uma ação de limpeza ao longo da praia de Coco, em Watamu, a equipe coletou 534 quilos de lixo plástico, um número muito menor do que havia sido coletado há dois meses.

Gitau afirmou que a maior parte dos resíduos coletados eram garrafas plásticas, provavelmente de visitantes da praia. “Sacolas plásticas são a principal causa da morte de tartarugas, elas confundem sacos plásticos com medusas, enquanto as garrafas plásticas costumam prendê-las até a morte”, disse ela.

De acordo com a conselheira do parque, as sacolas plásticas são, em parte, responsáveis pela diminuição das populações de peixes ao longo do litoral do Quênia. Ela lembrou que esses produtos “geralmente sufocam recifes de corais destinados a gerar alimentos para peixes, além de atuar como assentamento”.

Hoteleiros e trabalhadores da região também participaram da ação de limpeza organizada pelo Kenya Wildlife Service (KWS) com o objetivo de livrar as praias da poluição plástica.

Por ONU Brasil

A saúde das nossas praias

Imagem do Jornal da Parnaíba

O descarte irregular de lixo prejudica e aumenta a poluição e a falta de qualidade de vida diariamente, quantas vezes por dia vemos diversas pessoas jogando o lixo no chão? E na época de feriados e férias escolares, esse problema aumenta ainda mais em um lugar bem específico: as nossas praias.

A maioria das pessoas vai para o litoral aproveitar as férias com os seus filhos e amigos, mas não se preocupam com a saúde de nossas praias. Quem nunca passou a virada do ano novo no litoral (principalmente em praias que ficam lotadas) e se deparou no dia seguinte com uma praia imunda, onde não era possível se divertir devido ao acúmulo de detritos que as pessoas largaram por lá?

Após o serviço de limpeza das praias com a equipe de garis e caminhões abarrotados de lixo ir embora, temos a sensação que a praia ficou limpa, sei que essa não é uma realidade apenas das praias paulistas, mas em época de férias temos a sensação de que as pessoas perdem o bom senso, jogam o lixo em qualquer lugar, pois são apenas “visitantes e estão de férias”, então não precisam ter “preocupações”.

Não nos damos conta que o lixo não ficou apenas nas areias aos olhos dos garis para ser retirado, o lixo também foi para o mar, onde não estamos vendo e foi levado pela corrente marítima. Todos os dias é possível ver o resultado da violência de sujar as praias: animais que são resgatados gravemente feridos, pois engoliram algum lixo pensando que fosse algum alimento, e muitos chegam a morrer. Essa triste realidade está se agravando a cada dia, as autoridades não estão se empenhando em buscar por uma medida eficiente, parece que elas fecharam os olhos e que nessa “selva poluída” será cada um por si e, infelizmente, os animais pagam com a própria vida por esse descuido humano.

A partir do momento em que o homem não para de destruir e poluir, a sensação de fauna e flora protegida e preservada está se tonando cada vez mais distante da nossa realidade.”

Qual é a dificuldade em promover reciclagem e o descarte correto de lixo? Por que a maioria dos brasileiros não possui o interesse de analisar quais medidas do cotidiano poderiam ser úteis para melhorar o meio ambiente? Será que preferem ter “medidas práticas e simples”, como por exemplo, juntar todo o lixo de casa sem se preocupar para onde o lixo vai? Já ouvi algumas pessoas falarem “se é lixo não é problema meu, é do lixeiro, é do catador de resíduos reciclados, mas meu não é!”.

A educação eficiente a respeito da reciclagem deixa a desejar na maioria dos lares brasileiros, o Brasil possui cerca de 4 mil lixões espalhados e quase não há aterro regulamentado, o que significa que os aterros irregulares poluem o solo, o lençol freático e qualquer outro recurso natural que exista nas suas proximidades. E esses dados são apenas sobre os aterros, imagine só o quanto de lixo que já está nas praias e oceanos.

A soma de problemas: lixo jogado nas ruas mais ligações irregulares de esgoto nas redes pluviais são responsáveis também pela poluição das praias, não há fiscalização correta sobre as concessionárias responsáveis pelas ligações dos esgotos e a falta de bom senso das prefeituras dessas cidades piora a qualidade das águas e prejudica moradores locais, turistas e os animais.

Os desastres ambientais estão à vista para quem quiser ver, não há mais como fingir que não está acontecendo nada e que o meio ambiente é uma maravilha. Pode ser que haja um milagre para as nossas catástrofes ambientais, mas a partir do momento em que o homem não para de destruir e poluir, a sensação de fauna e flora protegida e preservada está se tonando cada vez mais distante da nossa realidade.