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Cabo Verde aumenta produção de energia renovável em 75% com projetos em curso


As centrais de energia solar e eólica em desenvolvimento em Cabo Verde vão aumentar a capacidade de produção de energia renovável em 75%, afirmou o primeiro-ministro, que anunciou ainda o fornecimento de energia a toda a população até 2020.

Ulisses Correia e Silva falava durante a cerimônia de assinatura do contrato de Construção de uma Central Fotovoltaico em Calheta de São Miguel, com a empresa Tâmega Energy, que decorreu terça-feira, na Calheta de São Miguel, ilha de Santiago.

O chefe do Governo recordou ainda os outros dois projetos que se encontram em fase de apresentação de propostas: Eólica em São Domingos (10 megawatts) e Solar na Boa Vista.

“Todos estes projetos em curso irão aumentar a nossa capacidade de produção renovável em cerca de 75%”, disse.

Ulisses Correia e Silva disse ainda que o acordo agora afirmado “significa uma contribuição importante para o aumento da produção de energia renovável e para a execução do plano de transição energética”.

A medida, acrescentou, tem “um impacto importante na dinamização do emprego, quer na fase de construção e instalação (100 empregos) quer na fase de operação e manutenção”.

O primeiro-ministro recordou ainda que, em 2018, a produção térmica reduziu em 3% e a produção global de energia renovável – solar e eólica – aumentou 20%.

“O plano é alcançar 30% de penetração das energias renováveis até 2025 e ultrapassar 50% em 2030”, referiu.

A Central Fotovoltaica em Calheta de São Miguel tem uma capacidade instalada de 10 megawatts e irá produzir cerca de 18 gigawatt/hora por ano.

Esta central vai ainda evitar a emissão de cerca de 12.500 toneladas equivalentes de dióxido de carbono (CO2) para o ambiente.

LUSA

Primeiro-ministro destaca mobilidade elétrica como um imperativo para Cabo Verde


A aposta nas energias renováveis é para Cabo Verde, uma opção essencial e estratégica para o seu desenvolvimento sustentável, indicou o Primeiro-ministro, sublinhando que a forte aposta na massificação da microprodução de energias renováveis, investimentos privados em parques solares e eólicos e medidas em curso de aumento da eficiência energética, irão ter impactos positivos na redução da fatura energética para as famílias, empresas e para a balança de pagamentos do país. Ou seja, para Ulisses Correia e Silva, assim como a dessalinização e as energias renováveis, a mobilidade elétrica, para Cabo Verde é um imperativo, uma necessidade e não uma moda ou uma importação de tendências.

É neste sentido que o país está fortemente comprometido com a agenda global sobre mudanças climáticas. A energia e a água são seguramente, um dos grandes desafios do século XXI. De acordo com o Primeiro-ministro, o mundo está em plena mudança e Cabo Verde não pode ficar para trás. Aliás, está perfeitamente alinhado, em termos de políticas públicas, com os desafios fundamentais da “sociedade pós-industrial”.

Conforme o PM, num cenário mundial de justificada preocupação, face ao possível esgotamento das matérias-primas, e quando se fala em “reconversão energética”, à procura, de vias alternativas de fornecimento de energia, exige clareza na definição dos objetivos e, acima de tudo, uma liderança política estratégica e criteriosa. É esta resposta que, segundo o Palácio da Várzea, o Executivo de Ulisses Correia e Silva quer dar, com a aposta nas energias renováveis como uma opção essencial e estratégica para o seu desenvolvimento sustentável.


“A nossa meta é ultrapassar os 50% de penetração no horizonte 2030. O quadro de incentivos, o investimento em qualificação e competências de recursos humanos e o enquadramento jurídico-legal são favoráveis”, precisou o primeiro-ministro, lembrando que em 2018, a produção de eletricidade no país com utilização de diesel registou uma diminuição em cerca de 3,5%, enquanto que a quantidade de energias renováveis produzida aumentou em 20,5%.

Impacto da medida e cooperação luxemburguesa

O impacto que se quer é baixar a importação de gasóleo e gasolina consumidos pelas viaturas. A par das questões ambientais, a transição energética em Cabo Verde impõe-se por uma questão económica, num país exposto a flutuações de preços internacionais de combustíveis. Também, acrescentou Ulisses Correia e Silva, a mobilidade elétrica é perfeitamente compatível com as características geográficas de Cabo verde: distâncias pequenas, clima favorável, grande potencial endógeno de recursos renováveis.

De resto, ciente que a aposta implica reforço institucional e transformações consideráveis na estrutura do mercado de energia, com conhecimentos evoluídos e capacidade inovadora na prestação dos respetivos serviços, disse que se está a preparar para isso.

“O CERMI e o Centro de Emprego e Formação Profissional da Variante serão capacitados, a fim de responderem aos novos desafios. Com o financiamento do Governo do Grão-Ducado do Luxemburgo e o apoio técnico do Programa de Apoio ao Sector de Energias Renováveis, iremos elaborar, já em 2019, a Carteira Profissional dos Quadros para o Mercado da Mobilidade Elétrica”, indicou.

Em relação às sete viaturas elétricas recebidas oficialmente no ato de apresentação pública da Carta de Política para a Mobilidade Elétrica, esta quinta-feira, 7, em que falava o Primeiro-ministro, considerou ser uma feliz imagem da mudança que “queremos produzir. E permite, também, vender Cabo Verde como destino turístico sustentável e de referência”.

A cooperação luxemburguesa é a parceria no desenvolvimento das Energias Renováveis no país, e da mobilidade elétrica em particular.

Cabo Verde será totalmente servido por energia 100% renovável


Praias paradisíacas e música são, provavelmente, as marcas mais fortes de Cabo Verde. Agora o país anunciou uma meta que promete tornar-se imagem de marca: em 2025, todo o país deverá funcionar com energias renováveis.

O anúncio governamental mostra que, apesar de ainda hoje ser um país em desenvolvimento, em Cabo Verde existem preocupações com o ambiente. Além disso, esta medida do governo pretende também reduzir os custos elevados com a eletricidade para os cabo-verdianos.

O país, composto por dez ilhas do Atlântico situadas ao largo da costa africana, viveu sempre do petróleo importado. Muitos dos seus habitantes usam ainda lenha e carvão para cozinhar, apesar de terem quase todos acesso à eletricidade, muito cara para o baixo rendimento per capita do país. No entanto, três das ilhas produzem já cerca de 25% da eletricidade a partir de turbinas eólicas. E o objetivo é ambicioso: fornecer somente energia de fontes renováveis aos seus habitantes até 2025.

Com o aumento da população e do turismo, o consumo de eletricidade tem duplicado a cada cinco anos. Essa é uma das razões pela qual o governo de Cabo Verde aposta agora em novas tecnologias: além da energia eólica, fácil de obter devido aos ventos fortes, há que rentabilizar o sol através da energia solar. Também a energia geotérmica poderá vir a ser altamente rentável, aproveitando o facto de Cabo Verde ser um país vulcânico.

Uma outra vertente desta meta ambiciosa é o sistema de dessalinização. Muitas comunidades de Cabo Verde dependem de água potável, e o sistema de retirar o excesso de água e de sais pode funcionar enquanto as turbinas eólicas estão a trabalhar. A água dessalinizada poderia ainda ser usada para gerar energia hidrelétrica, se fosse guardada num reservatório de grande elevação.

Fonte: Volta ao Mundo