Proposta do governo Brasileiro vai incentivar energia solar
Aurora investirá R$ 3 bilhões em geração solar no Norte de Minas
Por Magali Simone
A Aurora Energia vem investindo em vários projetos para a instalação de agrupamentos de painéis geradores de energia solar em Minas Gerais | Crédito: Divulgação
A produção de energia fotovoltaica em Minas Gerais ganhou um incremento de peso na sexta-feira (18). A Aurora Energia, empresa mineira com maior licença ambiental do País, responsável por mais de 6.000 MWp, vai investir R$ 3 bilhões no cluster 3 “Sertão Veredas”, que faz parte da usina de Arinos, no Norte de Minas.
O cluster é um agrupamento de painéis geradores de energia solar. E de acordo com o CEO da Aurora, Fabrício Lopes, o cluster 3 “Sertão Veredas” é 100% desta empresa. Com o investimento espera-se que o parque de produção fotovoltaica da usina de Arinos seja implantado já em 2022 e passe a operar a partir de 2023.
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“Este registro é mais um resultado do nosso trabalho, comprovando que Minas Gerais possui o melhor ambiente de negócios para investimentos”, destaca o secretário Fernando Passalio.
“Orgulho em fazer parte dessa conquista! Resultado de um amplo trabalho que visa a Minas Gerais do futuro. Fruto de muito esforço, da luta que travei pela inovadora legislação mineira de incentivo ao setor, com leis de minha autoria, especialmente a Lei nº 22.549/17, primeira no país, que isenta de ICMS usinas até 5 MW, beneficiando sistemas de pequeno e médio portes (micro e minigeração)”, destacou o deputado estadual Gil Pereira (PSD).
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“A geração compartilhada está limitada à área de distribuição de cada distribuidora, onde há usinas de pequeno porte de microgeração, ou seja, energia solar em prédios de empresas e residências. Ela também pode ser desenvolvida em usinas compartilhadas de maior porte, em que várias empresas utilizam da mesma fonte solar,” declarou Daniel.
“O modelo compartilhado possibilita que os nossos clientes tenham opção de gerar a própria energia e ter economias em seu custo, sem ter que se preocupar com as obras. São usinas compartilhadas por diferentes pessoas e diferentes negócios”, disse a executiva.
“Temos como propósito compartilhar energia renovável, democratizar o acesso a essa energia e fazer com que nossos clientes façam parte de um movimento além da economia, mas também da sustentabilidade", declarou Josiane Palomino, CEO da Sou Vagalume.
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"Nos últimos quatro a cinco meses, houve uma rápida recuperação (no consumo de energia elétrica), principalmente nos setores de grande consumo. Ainda assim, abril, maio e o início de junho foram muito ruins em termos de consumo nos setores de produção, bens e serviços", diz Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, no site do órgão.
Firjan SENAI lança curso EAD de sistema de energias renováveis
“Hoje as construções estão sendo projetadas e construídas em uma perspectiva sustentável. Esse curso agrega competências para que as pessoas atuem no desenvolvimento e implantação de projetos, sejam a partir do sol, vento ou outras fontes de energia, ou ainda na garantia da funcionalidade do sistema e da gestão do consumo de energia, sejam em empresas ou empreendimentos diversos”, explica o gerente de educação profissional da Firjan SENAI, Edson Melo.
Conectores MC4 genéricos são compatíveis?
Prof. Marcelo Gradella Villalva
LESF - Laboratório de Energia e Sistemas Fotovoltaicos da UNICAMP
www.lesf.com.br
Os conectores do tipo MC4 foram desenvolvidos pela empresa suíça Multi Contact, atualmente parte do grupo Stäubli, e logo ganharam a preferência do mercado. Vieram em substituição aos seus antecessores MC3.
Não cheguei a conhecer, mas no mercado internacional existiu também – nos idos dos anos 2000 – o Radox, muito parecido com o MC3. Ambos tinham como pronto fraco o risco de desconexão acidental.
Encontravam-se no mercado muitos tipos de conectores e não havia um padrão. Em alguns países passou a ser exigido o travamento dos conectores, impossibilitando a desconexão acidental, o que abriu espaço para o Tyco Solar Lock (hoje extinto) e o MC4, que dominaram o mercado.
Alguns anos atrás, por volta de 2010, era ainda comum encontrar módulos fotovoltaicos fabricados com o Tyco Solar Lock, que durante algum tempo competiu frente a frente com o MC4. Os dois conectores eram completamente incompatíveis. Enquanto o Tyco dominou o mercado norteamericano por algum tempo, o MC4 tornou-se comum e cresceu no mercado Europeu – e posteriormente ganhou o mundo.
Figura 1: Conectores MC3 (à esquerda) e Radox (à direita), ambos obsoletos e extintos no mercado. Fotos: divulgação
Figura 2: Conectores Tyco Solar Lock (à esquerda), hoje obsoletos, e os modernos MC4 (à direita), adotados mundialmente. Fotos: Wikipedia e divulgação
Embora o design original do MC4 tenha sido desenvolvido pela Stäubli Multi-Contact, grandes fabricantes desenvolveram conectores compatíveis, incluindo a própria Tyco. Com a popularidade mundial o padrão MC4 tornou-se o “bombril” do mercado fotovoltaico. Atualmente existem incontáveis fabricantes de conectores genéricos “compatíveis” com o MC4.
Figura 3: Conectores do tipo MC4 genéricos. Fotos: divulgação
Os conectores MC4 (genericamente falando) são empregados nos terminais positivo e negativo dos módulos fotovoltaicos. São também usados nos cabos que fazem a conexão das strings às stringboxes e dessas para os inversores. Muitos inversores já possuem conexões elétricas no padrão MC4.
A melhor prática recomenda sempre utilizar na instalação fotovoltaica conectores de mesma fabricação, mas a realidade do mercado torna isso muito difícil. Projetistas e instaladores mais cautelosos poderiam buscar no mercado conectores da mesma marca daqueles empregados nos módulos fotovoltaicos, mas até isso tem se tornado complicado. Fabricantes de módulos que antes empregavam conectores de marcas conhecidas (como Stäubli, Tyco e Amphenol) passaram a utilizar conectores genéricos.
Em compras de grande volume ainda é possível exigir que o fabricante do módulo empregue uma marca de conector específica. Entretanto, em geral isso é muito difícil. Embora alguns fabricantes de módulos, inversores e outros equipamentos ainda possam utilizar conectores de marcas conhecidas, essa não é a regra, o que torna praticamente impossível a padronização nos projetos.
Na impossibilidade de padronizar marcas, uma alternativa seria a substituição dos conectores originais dos módulos fotovoltaicos. Além de ser onerosa, essa prática aumenta a possibilidade de falhas nos projetos devido à realização de crimpagens manuais. Além disso, essa prática dependeria da anuência do fabricante do módulo para evitar a perda da garantia. Ainda assim, mesmo que do lado dos módulos a padronização seja efetuada, ainda existem os conectores dos outros componentes (inversores, microinversores etc), o que torna inviável a padronização.
Com a variedade de fabricantes de módulos, stringboxes, inversores, microinversores e otimizadores de potência no mercado, além dos infinitos fabricantes de conectores, é difícil garantir que todos os componentes de uma instalação empreguem a mesma marca de conector. Mas será que isso é necessário, já que os conectores são supostamente compatíveis?
Embora os conectores de diferentes fabricantes sejam aparentemente compatíveis e tenham o mesmo tipo de encaixe, podendo ser combinados de forma indiscriminada, a confiabilidade do contato elétrico não pode ser garantida.
Além do contato elétrico precário entre diferentes marcas de conectores (ou entre conectores de uma mesma marca, o que não é de se duvidar quando a qualidade é ruim) existem diferenças nos materiais empregados. O termoplástico do conector genérico mostrado na Figura 4, por exemplo, é o polipropileno. Conectores de marcas mais conceituadas (como Stäubli e outras) empregam uma mistura de policarbonato e nylon, muito mais resistente a intempéries e de longa durabilidade.
Figura 4: O emprego de conectores genéricos é um fator de risco nos sistemas fotovoltaicos. Fotos: Miguel Salvador Lima Júnior
Qual é a solução para o problema? A recomendação é procurar saber quais são os fornecedores de módulos, inversores e componentes com os quais o seu distribuidor trabalha. Procure também saber quais são os conectores usados pelos fabricantes de módulos e inversores que você vai usar no seu projeto.
Embora não seja fácil garantir a padronização, qualquer esforço nessa direção é válido. Se você identificar fabricantes de módulos e inversores que notadamente empregam conectores de marcas confiáveis, considere a possibilidade de adotá-los como padrão nos seus projetos.
É um tanto estranho definir a marca do inversor ou do módulo a partir do conector que ele emprega, já que o conector é geralmente o componente mais barato e trivial presente nos equipamentos e também das instalações. Entretanto, os melhores fabricantes certamente empregam conexões de boa qualidade (mesmo se não forem de marcas conhecidas).
Finalmente, a melhor recomendação, que não é difícil seguir: fuja, a qualquer custo, dos conectores genéricos que são despejados no mercado, disponíveis em pequenos distribuidores e até nos sites de compras pela internet. Há excelentes marcas de conectores disponíveis no mercado brasileiro e não é difícil encontrá-las nos melhores distribuidores de materiais fotovoltaicos. Se não se pode garantir a padronização, ao menos devem ser empregados conectores de marcas confiáveis, conhecidas por sua qualidade.
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Crédito: Revolusolar |
Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, esclarece que os consumidores residenciais possuem papel de destaque na adoção e no uso da energia solar fotovoltaica, pois pagam os maiores preços do País pela energia elétrica que consomem. “Por isso, a tecnologia fotovoltaica se tornou uma importante aliada neste momento crítico da economia brasileira e mundial”, aponta. “Ela traz economia direta ao bolso dos brasileiros, alivia o orçamento das empresas e dos governos, os protege contra aumentos recorrentes das tarifas e ainda ajuda o meio ambiente e a sustentabilidade”, completa.