Consumo de energia elétrica cai, mas setor solar avança

Crise derruba consumo de energia elétrica, mas amplia busca por geração solar
 
Com o impacto do coronavírus na economia, o consumo de energia elétrica no Brasil foi 1,5% menor em 2020, em relação a 2019, informa a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

Segundo o órgão, observou-se um aumento do consumo de 2,8% no mercado livre e uma retração de 3,4% no regulado. A geração elétrica também caiu, refletindo o baixo consumo, mas fontes de geração sustentáveis como eólica e fotovoltaica se destacaram.

"Nos últimos quatro a cinco meses, houve uma rápida recuperação (no consumo de energia elétrica), principalmente nos setores de grande consumo. Ainda assim, abril, maio e o início de junho foram muito ruins em termos de consumo nos setores de produção, bens e serviços", diz Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, no site do órgão.

Geração

Em relação à geração de energia, ainda conforme a CCEE, houve uma redução de 1,6% no Sistema Interligado Nacional, passando de uma produção de 64.637,5 MW médios em 2019 para 63.596,8 MW médios em 2020.

Entre as fontes, foi observada redução das térmicas, de -7,1%, e das hidrelétricas (- 0,9%), impactadas pela redução do consumo. Por outro lado, observou-se aumento nas eólicas, de 1,5%, e usinas solares fotovoltaicas, de 19,3%. O resultado de ambas, diz a Câmara, se explica por questões climáticas e pela ampliação nos parques produtores.

Os benefícios da energia solar, segundo o segmento fotovoltaico, são também econômicos, a tornando uma alternativa em tempos de crise. Com a geração própria obtida por painéis solares, a conta de luz pode ter uma redução de até 95% no valor final.

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