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Energia solar ganhará novo impulso no campo com mais recursos do Plano Safra


A ampliação dos recursos da linha de financiamento Inovagro, anunciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) durante o lançamento do Plano Safra para o período de 2020 e 2021, irá impulsionar o uso da energia solar fotovoltaica pelos produtores rurais no Brasil. Ao todo, serão destinados cerca de R$ 2 bilhões para projetos de inovação no campo, um aumento de 33,3% em relação ao período anterior.

A avaliação é do CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia. Segundo o executivo, a linha de financiamento pode ser acessada por produtores de todos os portes para a compra e instalação de sistemas fotovoltaicos, em todas as regiões do Brasil. “A oportunidade da energia solar no agronegócio é enorme e o interesse dos produtores rurais pela solução aumenta cada vez mais. Por isso, a ABSOLAR recomendou ao MAPA ampliar o acesso a crédito para sistemas fotovoltaicos no campo. O novo Plano Safra, lançado esta semana, deu um passo importante nesta direção, destinando mais recursos aos produtores rurais para facilitar o acesso à tecnologia. É mais uma importante conquista para o setor e a ABSOLAR aplaude o MAPA pela iniciativa”, comemora Sauaia.

Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, lembra que o uso da energia solar traz vários ganhos de competitividade aos produtores rurais. “A tecnologia fotovoltaica reduz os custos com eletricidade, aumenta a segurança elétrica, protege o consumidor contra os aumentos das tarifas de eletricidade, aumenta a oferta de energia elétrica na propriedade rural, torna a produção no campo mais limpa e sustentável e agrega valor à marca do produtor rural”, comenta.

Sauaia ressalta, ainda, que a sinergia entre o agro e a solar fotovoltaica é imensa, com diversas aplicações na produção rural. “A tecnologia é extremamente versátil e pode ser utilizada, por exemplo, no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves e frangos, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural, entre muitas outras funcionalidades”, explica.

Segundo a ABSOLAR, os investimentos em energia solar nas propriedades rurais já passam de R$ 1,7 bilhão no País. Os produtores rurais representam atualmente por 11,7% da potência instalada na geração distribuída a partir do sol no Brasil. Absolar

Solar no campo: redução de conta e mais qualidade da energia


Reduzir a conta de energia é uma necessidade. E muitas residências, empresas e comércios vêm à energia solar fotovoltaica como uma boa alternativa. Mas no campo essa tecnologia também tem ganhado mais espaço. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) já passa de R$ 1,2 bilhão no país. Segundo a entidade, os consumidores do agronegócio produtores rurais são responsáveis por 8,7% de todo o parque fotovoltaico na potência instalada na microgeração e minigeração distribuída a partir do sol no Brasil.

Segundo Raphael Brito, sócio fundador do Grupo Solarprime, por mais que há um crescimento da energia solar no Brasil – hoje, a geração distribuída solar fotovoltaica possui cerca de 2,3 gigawatts (GW) de potência instalada, incluindo residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos – o consumidor ainda não tem a completa consciência da real da necessidade de produzir a própria energia. “O cliente está acostumado a pagar uma parcela para a concessionária de energia que geralmente cabe no seu orçamento, assim, ele se habitua e acaba pagando muito em longo prazo. Já no campo, aonde as tecnologias chegam geralmente um pouco depois em relação à zona urbana, esse crescimento é um pouco menor, mas que possui um enorme potencial em relação aos seus benefícios e facilidade de aplicação.

Serventia

As vantagens do uso desta tecnologia na área rural são inúmeras. A primeira é a economia, já que produtor pode reduzir até 95% de um custo fixo de energia, podendo investir este valor no capital de giro, como em novas máquinas, em animais, em insumos de plantio e em várias outras melhorias em sua propriedade.

Outro ponto é a melhora na qualidade da energia. A energia que chega às propriedades rurais geralmente é de baixa qualidade, com grandes oscilações que podem até causar danos aos alguns equipamentos. Assim, com os equipamentos devidamente instalados, os prejuízos dessas oscilações passam a ser consideravelmente menores, visto que a tecnologia é uma fonte de energia livre de grandes variações de tensão e corrente, trazendo uma energia de alta qualidade aos equipamentos do produtor, reduzindo custos com manutenção e reposição de equipamentos elétricos.

Ainda, segundo Brito, há também a vantagem da redução da temperatura interna em aproximadamente 20% quando os painéis solares são instalados no telhado de um galpão da propriedade, reduzindo custos com energia com ventiladores ou ar condicionado.

Além disso, a energia solar fotovoltaica é limpa e renovável, contribui para a sustentabilidade do planeta. “E utilizar uma fonte de energia renovável em sua propriedade rural pode trazer uma boa referência ao produtor, agregando valor aos produtos, podendo inclusive solicitar selos de qualidade aos órgãos competentes”, pontua Brito.

O presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, complementa que o uso cada vez mais frequente da tecnologia energia solar fotovoltaica junto ao segmento do agronegócio está diretamente relacionado com os altos ganhos de competitividade que a geração solar proporciona aos produtores, a medida reduz os custos com eletricidade, aumenta garante a segurança energética elétrica, protege o consumidor contra os aumentos das tarifas de eletricidade, aumenta a oferta de energia elétrica na propriedade rural, e torna a produção no campo mais limpa e sustentável e agrega valor à marca do produtor rural o processo produtivo.

Exemplos

Seguindo essa premissa de redução de custos e agregar valor ao produto, a Fazenda Tabatinga, em Minas Gerais, instalou painéis solares em março de 2018, desde então foram produzidos mais de 150 mil kwh em dois anos. Na época o investimento foi de R$ 265 mil e a expectativa é o retorno do investimento em quatro anos. A Fazenda atua no plantio e comercialização de café e cria bois nelores para corte.

Hoje a energia produzida atende a safra de café, as casas dos profissionais que moram na unidade, além do escritório e a residência do proprietário da fazenda que são na cidade. “A produção de café se consiste em lavar e secar. No entanto, o consumo energético é alto somente entre os meses de maio a outubro. Ou seja, durante o ano fazermos uma poupança com a concessionária, cedendo energia para desafogar a rede. E durante a colheita pegamos essa energia de volta”, explica o proprietário da Fazenda Tabatinga, Newton Castro.

A redução do valor da conta foi visível. De maio a outubro – época da colheita – a conta de energia elétrica do local variava entre R$ 6 mil a R$ 18 mil reais por mês. Depois do investimento, o valor caiu para R$70 mensais, o mesmo da época sem colheita. “As demais contas também caíram. A do escritório e das casas variavam entre R$ 120 e R$ 500 reais. Atualmente ficam entre R$ 30 e R$ 100”, exemplifica.

Newton Castro afirma que o uso da tecnologia renovável agregou valor ao seu produto. “O nosso café tem certificação por produzir a própria energia e ganhou um novo patamar no mercado. Esse é um assunto cada dia mais presente e pode ser o diferencial, além da qualidade, para encontrar uma posição adequada nos negócios”, explica.

Fonte: Canal-Jornal da Bioenergia

As culturas alimentares melhoram à sombra dos painéis solares

Outro estudo destacou as vantagens de combinar energia solar com agricultura. Segundo o relatório, o cultivo de pimentões chiltepin, jalapeños e tomate cereja em áreas áridas dos Estados Unidos, à sombra dos módulos fotovoltaicos, não é apenas possível, mas pode permitir uma colheita melhor.

Patrick Murphy / Universidade do Arizona

Pesquisadores da Universidade do Arizona afirmaram que as colheitas de alimentos à sombra dos painéis solares podem gerar uma produção de vegetais e frutas duas ou três vezes mais que a agricultura convencional.

Em um estudo publicado na revista Nature, os cientistas apresentaram os resultados de um projeto de pesquisa plurianual, no qual foi observado como as plantas de tomate chiltepin, jalapeno e tomate cereja cresceram à sombra de painéis fotovoltaicos em uma terra seca .

Durante um período de três meses no verão, a equipe de pesquisa monitorou condições microclimáticas, como níveis de luz, temperatura do ar e umidade relativa, bem como a temperatura do painel fotovoltaico, umidade do solo e uso da água irrigação, a função ecofisiológica da planta e a produção de biomassa da planta. O monitoramento foi realizado por sensores na superfície do solo e a uma profundidade de 5 cm.

Os cientistas disseram que suas medidas mostraram como o sombreamento dos painéis teve um impacto positivo na temperatura do ar, na luz solar direta e na demanda de água na atmosfera. "A sombra fornecida pelos painéis fotovoltaicos resultou em temperaturas diurnas mais frias e temperaturas noturnas mais quentes em comparação com o sistema tradicional de plantio a céu aberto", eles escreveram. "Houve também um menor déficit de pressão de vapor no sistema agrivolta, o que significa que havia mais umidade no ar".

Os pesquisadores dizem que a proteção da luz solar e as altas temperaturas oferecidas pelos painéis solares permitiram uma colheita melhor para as três culturas. "De fato, a produção total de chiltepin foi três vezes maior sob os painéis fotovoltaicos de um sistema agrícola e a produção de tomate foi dupla", escreveu o principal autor do artigo, Greg Barron-Gafford. Quanto aos jalapeños, os pesquisadores disseram que o desempenho foi semelhante ao observado nas técnicas convencionais, mas foi alcançado com perda de água transpiratória 65% menor. "Descobrimos que cada evento de irrigação pode suportar o crescimento da colheita por dias, não apenas horas, como nas práticas agrícolas atuais", acrescentou Barron-Gafford.

Vantagens para os painéis

Estudos anteriores haviam explicado os benefícios de projetos “agrivoltaicos” para o desempenho dos mesmos painéis solares e isso também foi confirmado por pesquisadores da Universidade do Arizona, que puderam observar como o cultivo de alimentos em instalações fotovoltaicas também é ideal para evitar superaquecimento dos mesmos painéis, uma vez que as lavouras abaixo emitem água através da transpiração.

Os cientistas acrescentaram que são necessárias mais pesquisas sobre outras culturas e que elas estão cooperando com o Laboratório Nacional de Energia Renovável do Departamento de Energia dos EUA. UU. entender como os resultados de seus estudos podem ser aplicados em outras regiões e como as políticas regionais podem ajudar esses projetos.

Solução de escassez de terras

Enquanto isso, na Europa, a empresa sueca de energia Vattenfall anunciou que pretende fazer seus primeiros projetos "agrovoltaicos" na Holanda, onde houve muita oposição à energia solar em larga escala por medo da perda de terras agrícolas.

"Ouvimos regularmente de agricultores, políticos e organizações ambientais que as terras agrícolas não devem ser usadas para parques solares", disse Margit Deimel, diretor de energia solar em larga escala nos negócios de bateria e energia solar em Vattenfall. "Ao investigar se podemos combinar parques solares com agricultura, também queremos aumentar a aceitação de nossos parques solares no país", acrescentou.

Deimel também disse que a Vattenfall quer trabalhar em diferentes lugares para descobrir um design e modelo operacional ideal para seus parques agrivoltaicos. A companhia disse que não consideraria as culturas que crescem demais, como milho, aspargo ou bambu. "Pensamos, por exemplo, em repolho, cebola, batata, cenoura ou frutos silvestres", acrescentou Deimel.

Cooperativa de energia solar em Paranavaí

Evento é gratuito, aberto a todos os interessados e será realizado no auditório do Sindicato Rural de Paranavaí, na próxima sexta-feira (28).

Usina fotovoltaica de Paranavaí. (Foto: Divulgação/ TRE Paraná)

“O Cooperativismo na Geração e Comercialização de Energia Elétrica Fotovoltaica” será tema de um evento a ser realizado em Paranavaí, na próxima sexta-feira, dia 28. O assunto será discorrido pelo presidente e pelo vice-presidente da Sinergi Cooperativa, de Maringá, respectivamente, João Garcia Filho e João Paulo Fagundes. A ideia é apresentar a forma de constituição e as vantagens de uma cooperativa voltada para a energia fotovoltaica. 

A iniciativa é da Sociedade Civil Organizada, Sindicato Rural de Paranavaí e a Sinergi, que foi fundada em fevereiro deste ano e é a primeira do Paraná no segmento. Ela nasceu dentro da Sociedade Rural de Maringá.

O objetivo é apresentar como funciona e as vantagem de geradores de energia solar, independente do porte, inclusive o doméstico (micro e mini) se unirem em torno de uma cooperativa. Entre as vantagens está a permissão para comercializar, entre os cooperados, o excedente. A atual legislação autoriza o uso do excedente apenas em outros prédios ou empresas cujo titular tenha o mesmo CPF da unidade principal ou o mesmo CNPJ (filial). A comercialização é vedada. Já através da cooperativa é autorizada entre os cooperados.

O evento é gratuito, aberto a todos os interessados e será realizado no auditório do Sindicato Rural de Paranavaí, a partir das 13h30. Os organizadores solicitam que os interessados confirmem presença através dos telefones 99974-5333, 3045-4082 ou 3423-4848.

PROPOSTA AOS POLÍTICOS – A realização deste evento é mais um desdobramento das ações da Sociedade Civil Organizada, que tem trabalhado para melhorar o sistema de abastecimento de energia elétrica na região e também pela utilização de nova matriz energética, entre elas a solar.

“Paranavaí tem potencial para se tornar o maior polo de energia solar do Paraná”, diz o advogado Edilson Avelar, um dos coordenadores da Sociedade Civil de Paranavaí. Nesta segunda-feira, junto com os demais coordenadores - Ivo Pierin Júnior, Dante Ramos Júnior e Demerval Silvestre - e Claodemir Grolli, diretor do Centro Tecnológico de Mandioca (Cetem), Avelar definia os últimos detalhes do evento.

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Ele avalia que que o desenvolvimento de Paranavaí, especialmente no que tange a atração de novas empresas do agronegócio e indústrias dependem do abastecimento de energia elétrica de qualidade – o que não vem acontecendo atualmente. Além disso, cita ele, a Sociedade Civil Organizada vislumbra a energia solar como “um atrativo para as empresas, considerando o alto custo da energia gerada a partir das hidrelétricas”.

A instituição lembra que além da vantagem do custo de produção da energia solar, Paranavaí leva outra vantagem: “nossa cidade tem a maior incidência solar do sul do Brasil, ou seja, para se gerar energia aqui o investimento é bem menor em comparação com outras regiões”.

Para se ter uma ideia das vantagens desta matriz energética, na próxima sexta-feira, às 17 horas, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) inaugura sua usina de energia fotovoltaica que implantou em Paranavaí. Além do Fórum Eleitoral da cidade, a usina vai gerar energia suficiente para atender todas as outras unidades do Estado.

O TRE gastou na implantação das 6.200 placas algo em torno de R$ 9,25 milhões, recurso que vai recuperar em 3 anos, já que a Corte gasta atualmente cerca de R$ 3,2 milhões ano de emergia elétrica. A partir desta inauguração, o Tribunal vai pagar entre R$ 200 e R$ 250 mil ao ano referente ao serviço da rede de distribuição.

A proposta de estimular a instalações de usinas fotovoltaica na região foi apresentada no ano passado, durante a campanha eleitoral, aos candidatos a deputados à cadeiras na Assembleia Legislativa, Câmara Federal e Senado da República. “Não podemos deixar o assunto cair no esquecimento. Vamos promover este evento e esperamos contar com o apoio e a participação de lideranças empresariais, políticas, do agronegócio etc. Temos um enorme potencial e não podemos desperdiça-la”, diz Avelar.

Fonte: Portal da Cidade Paranavaí

Imóvel Rural que gera Energia Solar pode ser dispensado de ter Reserva Legal


Um projeto de lei do senador Otto Alencar (PSD-BA) em análise na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), propõe que propriedade rural que gere energia solar ou eólica poderá ficar dispensada de manter Reserva Legal.

Para o relator do projeto na comissão, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), o projeto incentiva a geração de energia renovável.

“Considerando os benefícios da geração de energia a partir dos ventos e do sol, não faz sentido um tratamento mais desafiador. A proposição aprimora a legislação e constitui um obstáculo a menos para expansão das energias limpas e renováveis”, afirmou.

Já o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) é contrário à proposta. Segundo ele, preparou uma nota extensa contrária a proposta e se pronunciará a respeito apenas na deliberação.

Reserva Legal é a parte da propriedade rural que deve ser mantida intacta com a vegetação nativa e área a ser reservada depende da extensão e localização do propriedade, em alguns casos pode chegar a 80% da área total.

O código florestal já prevê a dispensa da reserva em propriedades com abastecimento público de água e tratamento de esgoto ou que explorem energia hidráulica, ou, ainda, que tenham instaladas linhas de transmissão de energia elétrica.

Peru planeja usar energia solar para eletrificar Iquitos

Uma usina solar, telhados solares e projetos de eletrificação rural com fotovoltaica, entre as propostas do vice-ministro da Eletricidade para atender a demanda de energia da região de Loreto.

Foto: Ministério de Energia e Minas do Peru

A Vice-Ministra da Eletricidade do Peru, Patricia Elliot, participou de uma Mesa Técnica em Loreto, onde apresentou as alternativas para atender a demanda energética da região.

Entre eles, pensou-se em desenvolver projetos de geração com energia solar para o Loreto "que permitam diversificar a oferta elétrica garantindo a confiabilidade do fornecimento a um custo menor", afirmou o vice-ministro.

As alternativas do Executivo para atender à demanda de energia em Iquitos incluem a promoção do desenvolvimento de um projeto de geração a partir de uma usina solar de Iquitos e das cidades com maior número de habitantes da região; e simplificar as intervenções destinadas a colmatar lacunas no acesso à eletricidade em Loreto através de projetos de eletrificação rural. "Há espaço para promover programas pilotos de telhados solares em Iquitos, que começariam em entidades públicas", afirmou.

O programa de eletrificação rural desenvolvido pelo Ministério de Minas e Energia inclui projetos para mais de 300 milhões de soles (cerca de 89 milhões) em execução até 2021 a beneficiar mais de 180.000 pessoas de diferentes partes do país, incluindo alguns de Loreto.

Em 23 de novembro, a Comissão Setorial foi criada para garantir o desenvolvimento integral e sustentável da energia na região de Loreto. O grupo de trabalho determinou que Iquitos tem potencial para o desenvolvimento de usinas de geração com recursos de energia renovável não convencional, como solar e biomassa.

Holanda introduz restrições brandas para usinas solares em terras agrícolas

Embora pareça restringir o desenvolvimento solar em terras agrícolas, a nova legislação terá pouco efeito, de acordo com um analista solar holandês.
O parlamento holandês aprovou uma moção feita pela coalizão governista para restringir a construção de usinas solares de grande escala em terras agrícolas, mas que enfraqueceu suas disposições. Segundo a legislação, os parques solares só serão permitidos em terras agrícolas em áreas onde nenhum projeto alternativo menor seja viável.

O parlamento da Holanda aprovou o movimento “Faber” - nomeado após a MP Carla Dik-Faber - apresentado pelo governo de coalizão para restringir o desenvolvimento de parques solares montados no solo em terras agrícolas.

No entanto, os legisladores diminuíram as sugestões dos quatro partidos do governo, que a empresa de energia solar Holland Solar disse que comprometeriam a construção de 3 a 4 GW de projetos que estão em desenvolvimento.

O analista da Solar, Peter Segaar, disse que as novas disposições são muito menos ameaçadoras para os projetos que estão profundamente envolvidos no processo de planejamento e aprovação. "A maior ameaça da moção original era que todos os planos solares montados no solo precisavam ser congelados e nenhum projeto novo poderia ser permitido nas próximas rodadas da SDE", disse ele à revista pv, referindo-se ao programa de incentivo SDE + do país.

Tais projetos teriam sido interrompidos, de acordo com a moção original, até que os “planos de FER” fossem clarificados e “formalizados”. "Isso poderia ter levado pelo menos mais um ano, de modo que pelo menos três regimes da SDE não pudessem mais aceitar novas propostas para energia solar montada no solo", disse Segaar. “Totalmente inaceitável e, historicamente, muito tolo de qualquer governo em Haia. Isso foi repetidamente reiterado no passado, que eles mudaram as regras do jogo a cada vez, continuamente causando distúrbios na comunidade e assustando potenciais investidores.”

Novo esquema de seleção

As disposições alteradas que estabelecem projetos para usinas solares de grande porte devem ser selecionadas e aprovadas de acordo com o “Zonneladder”, um esquema de preferência geralmente adotado por órgãos locais que ainda não é um elemento formalizado da lei . A escada coloca locais no telhado solar no degrau superior como a maior preferência e projetos montados no solo na parte inferior. O esquema introduz uma hierarquia para avaliar a adequação dos locais e estabelece que grandes parques solares só podem ser estabelecidos quando não houver alternativas de um degrau mais alto da escada.

Isso efetivamente significa, disse Segaar, que o esquema não introduz limites reais para o desenvolvimento do parque solar.

"É muito difícil conseguir tantos telhados juntos - e todos pertencentes a partidos diferentes - para obter o mesmo impacto que apenas um parque solar 'moderado'", disse ele. “É um instrumento político para desacelerar a taxa rápida em que os parques solares são planejados e implementados hoje em dia, possivelmente alimentados por organizações de lobby que estão longe de se divertir com esses desenvolvimentos. Eles vão, é claro, vacilar no final. Porque eles não têm alternativas em oferta que funcionem e que possam ser construídas rapidamente ”.

Desmascarando o mito da erosão agrícola

Em um esforço para combater a crença generalizada de que o desenvolvimento de energia solar erode significativamente a disponibilidade de terras agrícolas, a Holland Solar apresentou dados baseados em pesquisas científicas conduzidas pelo Centro de Pesquisa de Energia da Holanda (ECN), Universidade de Utrecht e TKI Urban Energy , que mostrar a ocupação de terras agrícolas por energia solar será limitada a uma percentagem mínima de locais de cultivo disponíveis.

De acordo com os números, para atingir a meta de capacidade de geração solar de 6 GW até 2030, apenas seriam necessários 35 km² dos 20.350 km² de terras agrícolas disponíveis nos Países Baixos - 0,17%. Esse percentual subiria para 0,5% se o país atingisse 16 GW de capacidade fotovoltaica instalada até 2050, conforme previsto pelas instituições que realizaram o estudo.

No final de abril, a Segaar revelou a capacidade PV total alocada sob o programa SDE + para energia solar e renováveis ​​em grande escala somados a impressionantes 10,5 GW , dos quais 2,95 GW foram atribuídos somente na última rodada. A Holanda deverá atingir 6 GW de capacidade solar instalada no próximo ano e 20 GW até 2035 , de acordo com um relatório recente da ECN.

Conforme relatado a Holanda no primeiro trimestre ultrapassou a Índia para se tornar o segundo maior mercado de exportação de painéis solares chineses, atrás apenas da nação do boom fotovoltaico do Vietnã .

Setor agropecuário ganha maior usina de geração de energia solar em São Paulo


Com investimento inicial de R$ 5 milhões, projeto conta com 3,6 mil painéis fotovoltaicos instalados em uma área de 10 mil metros quadrados.


A Cooperativa de Produtores Rurais (Coopercitrus) acaba de inaugurar, dentro do próprio complexo de grãos, localizado no município de Bebedouro (SP), a maior usina de geração de energia solar destinada ao setor agropecuário no estado de São Paulo.

Criado com o intuito de abastecer integralmente as 28 unidades da Coopercitrus por meio de créditos obtidos junto à rede da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), o complexo energético, cujo investimento inicial foi de R$ 5 milhões, conta com 3,6 mil painéis fotovoltaicos instalados em uma área de 10 mil metros quadrados. A estimativa é produzir 1.987MWh/ano.

Com a usina, a Coopercitrus espera reduzir em mais de 50% os gastos com energia elétrica em toda a cooperativa. O presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, José Vicente da Silva, afirmou na imprensa que “um dos principais objetivos da cooperativa com o projeto é oferecer e desenvolver soluções integradas e inovadoras, que resultem em sustentabilidade, beneficiando aos cooperados, a comunidade onde está inserida e o meio ambiente.”

Para o presidente do conselho, a inauguração do complexo fotovoltaico pode ser descrita como um marco para a cooperativa. “É o início de uma operação que pode crescer muito mais, inclusive com a coparticipação de nossos cooperados e parceiros do setor de geração de energia”, comentou.

E continua: “É um dos primeiros e um dos maiores projetos de energia fotovoltaica de cooperativa agrícola do País, porém, mais importante que o pioneirismo é que, com a nova unidade, a Coopercitrus será ainda mais competitiva e com muitos benefícios na sustentabilidade, com geração de energia de fontes renováveis. Na parte econômica, com a redução do valor pago na conta de energia, na segurança energética e previsibilidade, como forma de eliminação de riscos com interrupção e preços preestabelecidos”, destaca.

Hoje, a produção anual da usina instalada no complexo de grãos da cooperativa deve chegar a quase 2 gigawatts. Entretanto, em até dois anos a expectativa é pelo menos triplicar a capacidade de geração do complexo.

Presidente da CNA defende maior participação do agro no mercado de energias renováveis

Tema foi debatido no seminário Agro em Questão nesta quarta (8), em Brasília


Ao abrir o seminário “Agro em Questão – Energias Renováveis”, na quarta (8), o presidente da CNA, João Martins, falou sobre o potencial energético do agro e afirmou que o evento faz parte de uma série de ações que visam ampliar a participação do setor no mercado de geração e comercialização de energia.

O evento reuniu, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, em Brasília, representantes do governo, do setor privado e especialistas. No discurso, João Martins afirmou que a evolução da produção agropecuária nos últimos anos deixou evidente que a geração e o fornecimento de energia também precisam evoluir.

“Com esse evento, queremos deixar claro que os produtores rurais podem fazer parte dessa evolução e serem mais do que meros consumidores. Podemos ser geradores de energia, com forte participação nesse mercado”.

Segundo o presidente da CNA, a geração de energia nas propriedades rurais contribuirá “fortemente” para o desenvolvimento sustentável no campo e para a diversificação da matriz energética por meio das fontes renováveis vinculadas ao agro.

Neste contexto, Martins defendeu o engajamento da iniciativa privada e dos agentes do governo para superar juntos os entraves ao desenvolvimento desse mercado “oferecendo condições aos nossos produtores rurais, para que participem, ainda mais, do crescimento do Brasil”.

Martins afirmou que o potencial energético do agro é “muito maior do que se imagina”. No entanto, ponderou, a matriz energética no País ainda é fortemente dependente da fonte hídrica, que responde por mais de 60% da eletricidade gerada em território nacional. “Pior do que isso é dependermos dos combustíveis fósseis para gerarmos 14,9% da nossa eletricidade”.

Desta forma, disse Martins, com estratégia e organização, o agro pode ampliar mais a participação da biomassa de subprodutos e coprodutos na geração de energia para baixar custos e substituir fontes fósseis por renováveis.

Por último, o presidente da CNA deixou alguns questionamentos que vão ao encontro da proposta do evento.

“Como podemos aumentar a participação do agro na geração de energia?”

“Como a geração de energia pode ser utilizada para o desenvolvimento rural sustentável em regiões como o norte e nordeste brasileiro?”

“Quais normas e regulamentos devem ser alterados para ampliarmos esse mercado?”

E como podemos usar a geração de energia para tornar a agropecuária cada vez mais sustentável e econômica?

“Esperamos obter essas e outras respostas ao final desse seminário”, concluiu Martins.

Eletrobras - O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, destacou o potencial do agro na geração de energia a partir de fontes como a biomassa, biogás, biometano e bagaço da cana.

“Esse potencial pode tornar o agro ainda mais eficiente, com uma alta produção pela capacidade que tem de desenvolver essas fontes até para ser um exportador de energia”, frisou.

Climate Bonds - A coordenadora do programa Agro da Climate Bonds Initiative (CBI), Leisa Souza, falou sobre os investimentos em projetos sustentáveis nos setores de energia, agropecuária e infraestrutura, por meio da emissão de títulos verdes (green bonds) para captar recursos em iniciativas de preservação ambiental.

Segundo ela, 40% das emissões de títulos vêm da energia, especialmente da eólica, e 38% do agro, principalmente em ativos florestais.

FAO - O representante adjunto da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Gustavo Chianca, disse que a geração de energia renovável é aliada do desenvolvimento rural sustentável e por essa razão faz parte dos temas de interesse da FAO.

“A geração de energias renováveis é uma forma imprescindível de capacitar o meio rural a enfrentar todos os desafios que se apresentam para o setor”, afirmou.

Fonte: CNA

Agro pode contribuir para o aumento da geração de energia renovável no Brasil

Em um país com as dimensões continentais como o Brasil, levar energia a todos os consumidores é um desafio. Poucas atividades econômicas possuem a capacidade de gerar energia renovável como a agropecuária e o setor florestal.

Para debater esse assunto, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promove na quarta (8), em Brasília, o seminário “Agro em Questão – Energias Renováveis: tornando a agropecuária mais sustentável e econômica”.

O objetivo do evento é buscar alternativas para a inserção dos produtores rurais no mercado de energia. Para o assessor técnico da CNA, Maciel Silva, os benefícios da geração de energia vão além dos resultados econômicos com a sua comercialização.

“A redução dos custos de produção, a melhoria da qualidade da energia e a destinação para os resíduos da produção agropecuária são outras vantagens que a geração de energia nas propriedades rurais pode trazer”, afirma.

Segundo o assessor técnico, os benefícios se estendem ao governo e ao planejamento e desenvolvimento energético sustentável do país.

“A geração de energia perto dos centros consumidores reduz os custos com transmissão, as perdas do sistema elétrico e aumenta a celeridade de atendimento da demanda. Mais do que isso, ao usar das fontes renováveis vinculadas ao agro, o Brasil se aproxima ainda mais do cumprimento da redução da emissão de gases de efeito estufa” explica.

O Agro em Questão também vai discutir os principais entraves regulatórios para geração e comercialização de energia, o potencial para melhoria da qualidade da energia no campo, bem como as alternativas para diversificação da matriz energética nacional.

O evento será realizado em parceria com a Climate Bonds Initiative (CBI) e compõe o plano de trabalho da Confederação para ampliação da participação do agro no mercado de energia. Contará com a participação de representantes do governo, de associações do setor e da iniciativa privada.

As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas.




Fonte: CNA

Exposição da Agrotins mostra os benefícios da energia solar nas propriedades rurais

Produtores podem aproveitar estruturas de proteção dos animais para economizar usando somente o sol. Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins vai até sábado (11).

Placa solar ajuda produtores a economizar — Foto: Reprodução/TV Anhmaguera
Exposição na Agrotins traz experiências com a energia solar

Os visitantes da 19ª edição da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins) têm oportunidade de conhecer como funcionam equipamentos inteligentes e modernos. Um deles são as placas solares. Com elas, moradores do campo e da cidade podem aproveitar do recurso natural para economizar. (Veja o vídeo)

O engenheiro eletricista Márcio da Silva acredita no potencial da tecnologia. "Todas as atividades agrícolas são de dia. Nós estamos aproveitando a tecnologia de bombas que trabalham o dia inteiro aproveitando a energia do sol e gerando a água que a gente precisa para o gado, para a irrigação, sistemas pequenos", explicou.

A ideia é espalhar painéis solares pela propriedade com o objetivo de agilizar processos. Baterias não são instaladas e a energia é somente do sol. Uma estrutura com seis painéis custa cerca de R$ 10 mil e corresponde a energia consumida em uma conta em torno de R$ 250. Quem deseja obter a tecnologia, mas não tem todo dinheiro necessário, pode optar por financiamentos.

Uma empresa levou soluções criativas à Agrotins, como a garagem solar, que é coberta por placas de energia fotovoltaica. O engenheiro de produção, Fernando de Oliveira, diz que a ideia pode ser adaptada. "No campo você pode ter várias soluções. Então por exemplo, numa granja, para você cobrir a sua produção de aves, ou até um chiqueiro. Você já vai ter um investimento em infraestrutura e aproveita o telhado para gerar a sua própria energia", explicou.

Jorge Araújo tem uma propriedade rual e está pensando em fazer este investimento. "Um dos nossos investimentos futuramente é instalar esta tecnologia para que possa, de certa forma, economizar", conta.

Fonte: G1 Tocantins

Uso da energia solar no campo estimula negócios na Agrishow

Empresas do setor se mostram otimistas com participação na feira, que termina nesta sexta-feira (3/5)

Estande da Sices na Agrishow 2019 (Foto: Raphael Salomão/Ed. Globo)

O dia 24 de abril de 2019 representa um marco na história da Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais, sediada em Bebedouro (SP). Foi a data de inauguração de uma usina fotovoltaica com 3,6 mil placas e 1,17 megawatt de potência. A instalação custou R$ 5 milhões, dos quais espera-se um retorno em economia na conta de luz e segurança energética com uma fonte limpa e renovável.

É o primeiro projeto desse tipo feito pela cooperativa, que afirma ter a maior usina fotovoltaica do agronegócio paulista. Um investimento que ajuda a reforçar o discurso de otimismo da indústria de energia solar fotovoltaica, que enxerga na atividade rural uma das que têm grande potencial de expansão de uso dessa fonte.

Dados da Associação Brasileira de energia Solar Fotovoltaica (Absolar) já mostram um forte crescimento nos últimos anos. Em 2017, a potência instalada em projetos rurais era de 9 megawatts. Em 2018, saltou para 47,2 e até março deste ano, estava em 60,3. Minas Gerais, seguido por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

“Esse crescimento exponencial se deve ao aumento da energia elétrica que tem pressionado custos de consumidores e ao aumento da competitividade da energia solar fotovoltaica que está cada vez mais acessível”, analisa o presidente executivo da entidade, Rodrigo Sauaia.

Vendo um volume crescente de projetos, a Absolar entende que a demanda ajudará a aumentar a participação do segmento de geração distribuída, no qual está inserido o uso no meio rural, no mercado nacional. Área disponível e crédito atrativo são apontados como vantagens para ter uma usina solar no campo. “O setor rural está acordando para a oportunidade que a energia solar fotovoltaica representa para reduzir custo e aumentar a produtividade e competitividade”, diz Sauaia.

A presença do setor de energia solar fotovoltaica na edição deste ano da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP) reforça essa perspectiva otimista. A feira deste ano, que termina nesta sexta-feira (3/5) reúne estandes de diversas empresas, entre fabricantes de equipamentos e fornecedores de soluções de usinas para os mais variados tipos de projetos no meio rural.

A Sices Agro, segmento da Sices Brasil voltado para o campo, participa pela segunda vez. O gerente de marketing, Gabriel Terçarolli, explica que a divisão foi montada há quatro anos por conta do aumento da demanda do agronegócio, que já responde por 40% dos negócios da companhia no país.

Além dos equipamentos e de assessoria técnica, a empresa fornece soluções financeiras para viabilizar a aquisição da usina pelo produtor rural. Em projetos acima de 1MW, explica o executivo, a própria Sices faz a entrega da usina. Abaixo dessa potência, o trabalho é feito em parceria com integradores. O valor médio para projetos de 1 MW varia de R$ 3 a R$ 4 milhões, diz o executivo.

Terçarolli avalia que a procura por usinas fotovoltaicas é a “febre do ouro” no agronegócio, em função da tecnologia estar mais acessível e da energia elétrica mais cara. Só na Agrishow, garante ter em andamento negócios que podem chegar a até 30 MW de potência instalada em projetos de energia solar fotovoltaica de forma geral, metade para propriedades rurais.

“O investimento em energia solar se paga em torno de seis anos para uma sistema que vai ter mais 19 ou 20 de vida útil. Hoje, só não investe em energia solar quem não tem dinheiro para colocar, o que não é o caso do setor rural”, explica Terçarolli.

Já a WE Brazil Energy, empresa criada em 2015 e sediada em Campinas (SP) está na Agrishow pela primeira vez, conta seu CEO, Alex Magno. A empresa trabalha com fornecedores nacionais e estrangeiros de equipamentos para usinas fotovoltaicas e tem uma rede de integradores certificados para montar os projetos. 

Apostando no agronegócio como “potencial gigantesco” para a indústria de energia fotovoltaica, ele diz esperar negócios em torno de R$ 60 milhões em função do evento. “Estamos começando com o agro aqui e estamos surpreendidos. O agro é o grande negócio do Brasil e, se tiver um custo menor para produzir, terá mais crescimento”, diz Magno.

Outra empresa que estreou na Agrishow é a Fronius, multinacional austríaca com subsidiária brasileira sediada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Na divisão de energia solar, 30% das vendas já estão ligadas à demanda do agro e a expectativa é de continuar a crescer, acredita o gerente da área, Alexandre Borin.

“Esperamos que os projetos no agronegócio possam representar de 40% e 50% dos nossos negócios de inversores nos próximos dois anos”, diz.

A filial no Brasil importa e vende o inversor, aparelho que a empresa fabrica na Áustria e que torna a energia captada pelas placas solares consumível através da rede elétrica. Na Agrishow, seu público é o visitante, que pode conhecer seu produto, e a empresa do estande ao lado, com quem pode fazer um novo negócio ou reforçar seu relacionamento como fornecedor dos inversores.

Como produz apenas um componente do sistema das usinas, Borin não traça uma expectativa de negócios durante a Agrishow. Destaca, no entanto, a importância da presença institucional do departamento que gerencia na Fronius. E avalia que a participação confirma suas expectativas relacionadas ao potencial do setor agropecuário para a indústria de energia solar.

“A gente consegue ver pelas empresas que estão aqui. Nosso intercâmbio com essas empresas tem sido constante e é grande a possibilidade de fechar negócios depois da feira”, afirma. Além da divisão de energia solar, a Fronius apresentou na Agrishow produtos das suas outras duas unidades, de soldagem e a de baterias.

Comissão vota projeto que favorece exploração de energia solar ou eólica em assentamentos rurais


Em reunião na terça-feira (13/11), a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) deve analisar substitutivo ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 384/2016, que obriga o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a autorizar a exploração de energia eólica ou solar a assentados da reforma agrária. A reunião tem início às 11h na sala 7 da ala Alexandre Costa.

Pelo substitutivo, o Incra permitirá ao beneficiário da reforma agrária a celebração de contratos com terceiros para exploração do referido potencial, assegurada a participação nos resultados. Também fica assegurada indenização por danos e prejuízos causados em decorrência de obras e empreendimentos de interesse público em áreas de projetos de assentamento.

Do senador José Agripino (DEM-RN), o projeto é relatado pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT), autor do substitutivo, que incorpora alterações feitas anteriormente na Comissão de Meio Ambiente (CMA).


O projeto será analisado em caráter terminativo. Se aprovado na CRA e não houver recurso para o Plenário, a matéria seguirá direto para análise da Câmara dos Deputados.

Garantia-safra

Também em caráter terminativo, a comissão deverá analisar o PLS 324/2018. O projeto inclui os agricultores familiares que sofrerem perdas decorrentes de estiagem ou excesso hídrico de pelo menos 50% do conjunto da produção de hortaliças ou frutas no Benefício Garantia-Safra, que hoje abrange de modo explícito apenas as culturas de feijão, milho, arroz, mandioca ou algodão.

De autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), a matéria é relatada pela senadora Ana Amélia (PP-RS), favorável à proposta, com emenda de sua autoria.

Proteção de cultivares

Outro projeto a ser analisado em caráter terminativo pela comissão é o PLS 404/2018, que aumenta o prazo de proteção de cultivares para 20 anos, com exceção das videiras, cana-de-açúcar e arvores frutíferas, florestais e ornamentais, para as quais o prazo será de 25 anos.

Do senador Givago Tenório (PP-AL), o projeto é relatado pelo senador Cidinho Santos (PR-MT), favorável à proposição.

Fonte: Agência Senado

Energia solar ou eólica em assentamentos rurais

Beneficiários da reforma agrária poderão fechar contratos com terceiros para exploração de potencial eólico e solar fotovoltaico, se projeto do senador José Agripino (DEM-RN) for aprovado.

Assentamento rural. Foto: Ken Hawkins/ABr

Em reunião na terça-feira (13), a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) deve analisar substitutivo ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 384/2016, que obriga o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a autorizar a exploração de energia eólica ou solar a assentados da reforma agrária. A reunião tem início às 11h na sala 7 da ala Alexandre Costa.

Pelo substitutivo, o Incra permitirá ao beneficiário da reforma agrária a celebração de contratos com terceiros para exploração do referido potencial, assegurada a participação nos resultados. Também fica assegurada indenização por danos e prejuízos causados em decorrência de obras e empreendimentos de interesse público em áreas de projetos de assentamento.

Do senador José Agripino (DEM-RN), o projeto é relatado pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT), autor do substitutivo, que incorpora alterações feitas anteriormente na Comissão de Meio Ambiente (CMA).

O projeto será analisado em caráter terminativo. Se aprovado na CRA e não houver recurso para o Plenário, a matéria seguirá direto para análise da Câmara dos Deputados.

Energia Fotovoltaica no campo uma necessidade para Redução de custos


A redução de custo para a implantação de painéis de geração de energia fotovoltaica no campo nos últimos anos vem expandindo as possibilidades de adoção de energia Fotovoltaica neste segmento. A geração por meio de painéis solares, alternativa às concessionárias de energia elétrica e ao uso de diesel para com o impacto na emissão de gases de efeito estufa, tem peso importante no bolso do produtor rural.

Destaca-se que a procura por sistemas fotovoltaicos está em alta. desde 2015, quando surgiu a possibilidade de fechar consórcio entre os produtores para a implantação das usinas, o meio rural brasileiro atingiu 15,8 megawatts de utilização operacional de energia solar fotovoltaica. Essa marca significa que o uso da energia solar cresceu nove vezes em 2017, e já dobrou neste ano, o sistema é ideal para propriedades com alto consumo de luz, como as que lidam com irrigação, armazenagem de grãos, criação de animais em granjas, entre outras situações. O produtor gera energia com os painéis e pode abastecer o sistema geral.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, os agricultores passam agora a também ter uma complementação de renda, gerando energia elétrica para abastecer áreas urbanas e reduzir os seus gastos especificamente. “O meio rural tem açudes usando energia solar fotovoltaica flutuante em Goiás, assim como projetos mais tradicionais de bombeamento e irrigação, em Minas Gerais”, conta.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, os agricultores passam agora a também ter uma complementação de renda, gerando energia elétrica para abastecer áreas urbanas e reduzir os seus gastos especificamente. “O meio rural tem açudes usando energia solar fotovoltaica flutuante em Goiás, assim como projetos mais tradicionais de bombeamento e irrigação, em Minas Gerais”, conta.

FAZENDA 100% ABASTECIDA

Em Itajobi (SP), município na região de São José do Rio Preto, 264 painéis fotovoltaicos foram instalados na fazenda Panorama. O sistema ocupa 620 m² do telhado de um dos dois galpões da granja de frangos, e têm potência para gerar 84.480Wp. O proprietário Fernando Cuelhar explica que 100% do consumo de energia elétrica da fazenda é suprido pelo sistema. “A energia solar gerada abastece a granja de 60 mil aves, a irrigação do pomar de limões, a cerca elétrica e a sede. Ou seja, 100% da propriedade”, afirma.

Após a instalação do sistema fotovoltaico, a economia na conta de energia elétrica chega a R$ 7 mil por mês. “A redução de custos é essencial para a competitividade das nossas atividades. Isso sem falar na sustentabilidade, pois há redução de CO2 e no corte de árvores”, Comenta Cuelhar.

FINANCIAMENTOS

A energia solar também é um bom negócio para os produtores de agricultura familiar. O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar) oferece financiamentos com juros variando entre 2,5% a 5,5% ao ano. Já o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) oferece recursos com juros de até 4,6% e a aquisição do equipamento deve estar vinculada a uma atividade econômica.

Para as pessoas físicas e jurídicas que queiram instalar projetos de energia solar fotovoltaica, o banco abriu linhas de financiamento no Programa Fundo Clima para 80% dos itens financiáveis, podendo chegar a R$ 30 milhões a cada 12 meses por beneficiário. Para renda anual de até R$ 90 milhões, o custo é de 0,1% ao ano com a remuneração do BNDES de 0,9% ao ano. Na renda anual acima de R$ 90 milhões, o custo tem o mesmo percentual, mas a remuneração do BNDES é de 1,4% ao ano.

Cresce o uso de energia fotovoltaica no campo


A redução de custo para a implantação de painéis de geração de energia fotovoltaica nos últimos anos vem expandindo as possibilidades de adoção deste tipo de fonte sustentável no campo. A geração por meio de painéis solares, alternativa às concessionárias de energia elétrica e ao uso de diesel para com o impacto na emissão de gases de efeito estufa, tem peso importante no bolso do produtor rural.

O empresário do setor fotovoltaico Newton Koeke, dono de uma empresa de Birigui que implanta a tecnologia na cidade e em propriedades rurais, destaca que a procura por sistemas fotovoltaicos está em alta. “Desde 2015, quando surgiu a possibilidade de fechar consórcio entre os produtores para a implantação das usinas, o meio rural brasileiro atingiu 15,8 megawatts de utilização operacional de energia solar fotovoltaica. 

Essa marca significa que o uso da energia solar cresceu nove vezes em 2017, e já dobrou neste ano”, conta. Koeke afirma que o sistema é ideal para propriedades com alto consumo de luz, como as que lidam com irrigação, armazenagem de grãos, criação de animais em granjas, entre outras situações. “O produtor gera energia com os painéis e pode abastecer o sistema geral”.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, os agricultores passam agora a também ter uma complementação de renda, gerando energia elétrica para abastecer áreas urbanas e reduzir os seus gastos especificamente. “O meio rural tem açudes usando energia solar fotovoltaica flutuante em Goiás, assim como projetos mais tradicionais de bombeamento e irrigação, em Minas Gerais”, conta.

FAZENDA 100% ABASTECIDA

Em Itajobi (SP), município na região de São José do Rio Preto, 264 painéis fotovoltaicos foram instalados na fazenda Panorama. O sistema ocupa 620 m² do telhado de um dos dois galpões da granja de frangos, e têm potência para gerar 84.480Wp. O proprietário Fernando Cuelhar explica que 100% do consumo de energia elétrica da fazenda é suprido pelo sistema. “A energia solar gerada abastece a granja de 60 mil aves, a irrigação do pomar de limões, a cerca elétrica e a sede. Ou seja, 100% da propriedade”, afirma.

Após a instalação do sistema fotovoltaico, a economia na conta de energia elétrica chega a R$ 7 mil por mês. “A redução de custos é essencial para a competitividade das nossas atividades. Isso sem falar na sustentabilidade, pois há redução de CO2 e no corte de árvores”, Comenta Cuelhar.

FINANCIAMENTOS

A energia solar também é um bom negócio para os produtores de agricultura familiar. O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar) oferece financiamentos com juros variando entre 2,5% a 5,5% ao ano. Já o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) oferece recursos com juros de até 4,6% e a aquisição do equipamento deve estar vinculada a uma atividade econômica.

Para as pessoas físicas e jurídicas que queiram instalar projetos de energia solar fotovoltaica, o banco abriu linhas de financiamento no Programa Fundo Clima para 80% dos itens financiáveis, podendo chegar a R$ 30 milhões a cada 12 meses por beneficiário. Para renda anual de até R$ 90 milhões, o custo é de 0,1% ao ano com a remuneração do BNDES de 0,9% ao ano. Na renda anual acima de R$ 90 milhões, o custo tem o mesmo percentual, mas a remuneração do BNDES é de 1,4% ao ano.

Energia solar ajuda na solução da estiagem no semiárido Piauiense


A energia solar vem transformando a vida de agricultores, no semiárido piauiense, com alternativas para enfrentar a seca. No Povoado Canto da Vereda, a 50 km do Centro de Oeiras, agricultores não dependem mais do açude quase seco da comunidade para conseguir água. Aliás, um período muito comum por lá, conhecido como a estiagem no semiárido. Um período de secas e baixo nível de água nos rios.

Com os raios solares, eles conseguem bombear a água do poço para irrigação, animais e consumo próprio. Desde que a novidade chegou na comunidade há um ano, a irrigação não falha, a água sai na hora e na quantidade certa, deixando a horta viva.

“Antes a gente precisava não só do óleo, combustível do poço, como também toda a manutenção do motor. Às vezes quebrava, dava problema e a gente ficava semanas sem água”, lembrou a agricultora Diva da Silva.

O agricultor Luiz Costa foi outro que acreditou na transformação que as placas solares trariam para o campo. Elas estão instaladas na parte onde nada brotava da terra, mas os raios de sol que antes matavam, agora estão ajudado a resgatar a agricultura e pecuária da região.

Na propriedade com 40 hectares, o agricultor cria ovelhas, bodes e galinha. Ademais, faz cultivo de macaxeira, melancia, batata doce, acerola, maracujá, pequi e cajueiros. O sucesso no negócio também ajudou a expandir outras áreas no terreno.

“Com este benefício que a gente implantou aqui, o pequi também se sentiu valorizado, privilegiado e com esta safra vai trazer mais uma hora extra, que a gente não tinha”, declarou.

Fonte: G1

IRAN CONFIRMA MEGA USINA SOLAR EM VÁRZEA DA PALMA


O De­pu­tado Iran Bar­bosa par­ti­cipou de uma Au­di­ência Pú­blica na Câ­mara Mu­ni­cipal de Várzea da Palma para tratar da ins­ta­lação da Maior Usina Solar da Amé­rica La­tina no mu­ni­cípio. Iran ajudou a trazer as Usinas So­lares para Minas Ge­rais de­pois de um longo pe­ríodo de tra­balho junto à Se­cre­taria Es­ta­dual de Meio Am­bi­ente para fle­xi­bi­lizar a le­gis­lação que clas­si­fi­cava os em­pre­en­di­mentos como de alto im­pacto, algo si­milar às usinas nu­cle­ares. Agora, Várzea da Palma con­tará com R$2,5 bi­lhões em in­ves­ti­mentos pri­vados, 4mil em­pregos di­retos e in­di­retos e mais renda, pro­por­ci­o­nados pela ins­ta­lação da Usina Solar.

O Pre­si­dente da So­latio, Pedro Va­quer, apre­sentou metas de in­ves­ti­mento da em­presa no mu­ni­cípio, re­latou que a cons­trução da Usina em Várzea es­taria or­çado em R$ 2,5 bi­lhões. A usina terá a ca­pa­ci­dade de gerar 650 MW e será a maior da Ame­rica La­tina, po­dendo em um fu­turo pró­ximo chegar a ca­pa­ci­dade de gerar 1600 MW e conseqüen­te­mente será maior usina fo­to­vol­taica do mundo.

A Ce­rimônia contou com pre­sença do pre­feito Edu­ardo Mon­teiro, Sócio-di­retor da So­latio Pedro Va­quer, Se­cre­tário de Pla­ne­ja­mento de Di­a­man­tina Léo Sil­veira, Pre­si­dente da Tra­dener Wal­frido Ávila, Pre­si­dente da CMU Walter Fróes , Pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal Thales Emilio, De­pu­tado Es­ta­dual Iran Bar­bosa, Pre­feito de Di­a­man­tina Jus­ce­lino Roque, Pre­feito de Las­sance Paulo Elias, di­versas pes­soas no mu­ni­cípio e re­gião en­vol­vendo vá­rios se­tores da so­ci­e­dade e au­to­ri­dades pú­blicas.

O Se­cre­tário Léo Sil­veira com o uso da pa­lavra falou dos be­ne­fí­cios e a im­por­tância da energia solar não causa ne­nhum tipo de im­pacto am­bi­ental e foram muitos os de­sa­fios para im­plantar as usinas no Brasil de­vido as bu­ro­cracia .O Se­cre­tário Léo Sil­veira afirmou que o in­ves­ti­mento em Várzea da Palma é o maior o in­ves­ti­mento re­a­li­zado nos úl­timos anos no es­tado de Minas Ge­rais . Na opor­tu­ni­dade Léo Sil­veira agra­deceu o Pre­feito pela ho­me­nagem de re­co­nhe­ci­mento dos es­forços re­a­li­zados para im­plan­tação da usina no mu­ni­cípio .


O pre­feito Edu­ardo Mon­teiro disse que a ins­ta­lação desta em­presa será um di­visor de águas para Várzea da Palma, pois vai co­la­borar de forma sig­ni­fi­ca­tiva na ge­ração de em­pregos di­retos e in­di­retos e renda. “Estou muito feliz, sendo um im­pulso econô­mico para o mu­ni­cípio e re­gião” afirma o pre­feito.

Avicultores apostam em energia solar para baratear produção

Investimento foi bancado através de financiamento via Pronaf | Anne Kunzler/Divulgação

A família do avicultor Renato Rohr, da localidade de Vila Floresta, em Harmonia, recentemente, realizou investimento na instalação de placas solares para produção de energia num de seus galpões. Conforme a administração harmoniense, essa é uma das primeiras propriedades na região a adotar o sistema, que busca, justamente, diminuir as despesas com o uso de energia elétrica.

A energia produzida vai abastecer toda a propriedade, mais a casa da família, que hoje gasta entre R$ 2 e R$ 3 mil reais por mês em contas de luz. O custo do equipamento, instalado pela Ecosul Energias Renováveis, chegou a R$ 150 mil, sendo financiado pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O galpão onde foram colocadas as placas tem capacidade para alojar 33 mil aves. Segundo Daísa Rohr, filha de Renato, a estrutura funciona de forma diferente das convencionais, já que é totalmente fechada e possui exaustores de ar, além de iluminação automática que se adapta aos períodos de luz do dia e ao tempo de vida das aves. Ao todo são cinco aviários, totalizando uma produção de 100 mil aves.

O secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Leozildo Lira, esteve no local para conferir a novidade. Para ele, esse é um dos melhores investimentos que os produtores podem fazer. ‘Estamos falando de energia limpa e renovável e de uma economia gigantesca para o produtor, que poderá investir na propriedade o dinheiro antes gasto com contas de luz’, explica.

Daísa destaca que, como o sistema foi recém instalado, a família ainda não recebeu a fatura para o comparativo da redução dos gastos. ‘Mas já podemos adiantar que teremos sim um valor reduzido com energia’, afirma. Pelos cálculos do secretário Leozildo, com a economia, o investimento deverá ter sido abatido em tempo inferior ao financiamento.

Fonte: Fato Novo

Projeto inovador leva energia, água e comida ao Sertão

Protótipo criado pela rede Ecolume tem apoio do CNPq com o mote de “plantar água, comer caatinga e irrigar com o sol”.
Horta será plantada embaixo das placas solares, aproveitando a sombra. Foto: Alexandre Gondim

Um projeto ambicioso pretende levar segurança energética, hídrica e alimentar para o Semiárido nordestino. O protótipo desenvolvido pela rede Ecolume está sendo instalado na cidade pernambucana de Ibimirim, no Sertão do Moxotó, a 330 quilômetros do Recife. Com um investimento de R$ 420 mil originários do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), placas solares, hortas e tanques de irrigação trabalham em conjunto para minimizar as dificuldades impostas pelo clima local. O mote é a possibilidade de “plantar água, comer caatinga e irrigar com o sol”.

O protótipo está sendo instalado na unidade educacional do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) em Ibimirim. São dez placas solares que deverão suprir a demanda de energia do local. Sob os painéis fotovoltaicos, o espaço com sombra será aproveitado para a plantação de hortaliças – mais sensíveis ao sol forte – e criação de animais de pequeno porte, como galinhas. Um tanque de mil litros de água é usado para fazer a irrigação (com uso da energia gerada pelas placas) e criação de peixes.

“A estimativa é de apenas 20% de perda de água ao longo de cerca de dez dias. Ou seja, aquela comunidade só precisa repor aquela quantidade perdida por evaporação ou pelo uso das plantas”, detalha a coordenadora do Laboratório de Mudanças do Clima do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) Francis Lacerda, que faz parte da iniciativa.

Os detalhes da pesquisa serão apresentados nesta terça-feira (7) ao projeto Bota Na Mesa, realizado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo. “A proposta é que os três elementos (energia, água e alimentos) trabalhem de forma sinérgica em plena caatinga frente às questões atuais de mudança climática”, explica Francis. O estudo foi um dos três selecionados no Nordeste e o único de Pernambuco entre os 75 escolhidos de todo o País pela FGV.

Nessa segunda-feira (6) a iniciativa foi apresentada em um colóquio promovido pelo Centro de Energias Renováveis (CER) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Além de Francis, o evento contou com a participação do coordenador do Sistema de Modelagem Brasileira das Mudanças Climáticas, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Paulo Nobre, que falou sobre a importância da de exploração de fontes renováveis de energia para o futuro da sociedade.

De acordo com os integrantes da rede Ecolume, a manutenção do sistema integrado exige entre duas e três horas por dia, o que permite que uma família reveze essa atividade e ainda tenha tempo suficiente para se dedicar à agricultura. “Nosso objetivo é encontrar formas de entender as condições da região e usá-las ao nosso favor. Deixar de focar só no problema, que é a seca, e driblar isso com soluções adaptáveis”, destaca a pesquisadora do IPA.

O estudo ainda vai analisar a interação entre os elementos do sistema e verificar se, por exemplo, o plantio de uma horta pode aumentar a eficiência das placas solares, já que o equipamento diminui sua produtividade ao atingir uma determinada temperatura. Outra hipótese a ser confirmada ao longo dos próximos dois anos de realização da pesquisa é a recuperação do solo degradado.

FINANCIAMENTO

O uso de placas solares para suprir a energia necessária para a irrigação no interior nordestino é um dos focos do programa FNE Sol, do Banco do Nordeste (BNB). “A irrigação exige um consumo de energia significante, que nem sempre é acessível a um produtor rural nordestino. O programa, então, permite que esse agricultor seja autossuficiente”, afirma o superintendente de Negócios de Varejo e Agronegócio do BNB, Luiz Sérgio Farias. A linha os mini e pequenos produtores têm acesso ao financiamento para a compra de sistemas fotovoltaicos com taxa de 5,29% ao ano. As mensalidades ainda podem ter um abatimento de 15% para os consumidores que pagarem em dia.

Fonte: Jc Online