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A importância e os benefícios dos programas de cidades inteligentes no futuro dos municípios brasileiros

Nos últimos anos, temos testemunhado uma transformação significativa nas cidades brasileiras. Os municípios que adotaram programas de cidades inteligentes estão moldando o futuro urbano de forma surpreendente. Essas iniciativas estão revolucionando a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos com o ambiente urbano, trazendo consigo uma série de oportunidades e benefícios.

Uma das grandes vantagens desses programas é a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Com serviços essenciais mais acessíveis, como saúde, educação e segurança, os municípios inteligentes se preocupam em proporcionar uma infraestrutura conectada que agilize o deslocamento e reduza o congestionamento. Além disso, o monitoramento inteligente da qualidade do ar, água e ruído garante um ambiente saudável para todos.

Outro aspecto fundamental é a sustentabilidade ambiental. Os municípios inteligentes estão comprometidos com o uso eficiente dos recursos naturais, como energia e água. Por meio da implementação de energias renováveis, eles buscam reduzir a dependência de combustíveis fósseis, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, o gerenciamento inteligente de resíduos e a promoção da reciclagem são ações que visam minimizar o impacto ambiental e criar uma cidade mais sustentável.

A eficiência dos serviços urbanos é outro benefício notável dos programas de cidades inteligentes. Com o monitoramento em tempo real do tráfego, é possível otimizar o fluxo e reduzir o tempo de deslocamento. A iluminação pública inteligente se adapta às necessidades, economizando energia e proporcionando uma cidade mais segura e agradável para todos. Além disso, os sistemas de transporte público integrados e conectados facilitam a mobilidade e incentivam o uso de alternativas sustentáveis.

Um aspecto importante é a participação cidadã e o engajamento dos moradores. Os programas de cidades inteligentes proporcionam plataformas digitais que permitem aos cidadãos se envolverem ativamente nas decisões municipais. A transparência e a disponibilização de informações e dados abertos permitem que todos acompanhem o desenvolvimento da cidade. Comunidades online promovem a colaboração entre os moradores, estimulando a troca de ideias e a construção conjunta de soluções para os desafios urbanos.

Esses programas também estimulam a inovação e o empreendedorismo local. Ecossistemas de inovação impulsionam o desenvolvimento de startups e empresas tecnológicas, gerando empregos e promovendo o crescimento econômico. Parcerias público-privadas impulsionam a criação de soluções inovadoras para os desafios urbanos, tornando a cidade um polo de atração para investimentos e talentos.

Além disso, a implementação de programas de cidades inteligentes fortalece a governança municipal. Os gestores têm acesso a dados e análises que embasam suas decisões estratégicas. Isso resulta em uma melhoria na eficiência administrativa e nos processos de tomada de decisão, além de permitir o monitoramento e a avaliação contínua dos programas implementados.

O futuro dos municípios brasileiros que investem em programas de cidades inteligentes é promissor. Essas iniciativas estão moldando cidades mais eficientes, sustentáveis e inclusivas. À medida que avançamos nesse caminho, podemos esperar uma qualidade de vida aprimorada, um ambiente urbano mais amigável e oportunidades econômicas para todos os cidadãos. O futuro dos municípios brasileiros é brilhante, e os programas de cidades inteligentes desempenham um papel fundamental nessa transformação.

Chile lança programa piloto para promover eletromobilidade nas empresas

O projeto é desenvolvido pela Agência de Sustentabilidade Energética, com apoio do Ministério da Energia, e será aplicado em Codelco, Chilexpress, Seguros Sura, Bci e CMPC.

Foto: Ministério da Energia, Chile

O vice-secretário de Energia do Chile, Francisco López, e o diretor executivo da Agência de Sustentabilidade Energética, Ignacio Santelices, lideraram a cerimônia de assinatura de acordos de colaboração com cinco empresas que farão parte de uma iniciativa piloto que busca acelerar sua incorporação de eletromobilidade.

O acelerador de eletromobilidade da agência SE é uma iniciativa pioneira, liderada pela equipe de Transporte Eficiente, que busca realizar um projeto piloto para testar tecnologias em empresas estratégicas do país.

Ao final do processo de acompanhamento deste programa, em dezembro próximo, as informações e experiências geradas servirão para projetar uma nova versão dessa iniciativa voltada para novos participantes do mercado.

Nesta primeira etapa, as empresas participantes são a mineradora Codelco, a transportadora Chilexpress, a Seguros Sura, o banco Bci e a empresa florestal e de papel CMPC.

Energia solar e carro elétrico para moradores

Líder nacional na construção voltada ao segmento econômico abraça a sustentabilidade


Energia solar nos apartamentos e um projeto com carro elétrico para compartilhamento entre os moradores do edifício, além de uma plataforma de locação que permite a compra posterior do imóvel, são novidades da linha de produtos da MRV Engenharia. A empresa, que é a líder nacional da construção de imóveis econômicos destinados ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), também retomou o lançamento de apartamentos para classe média, com preços a partir de R$ 280 mil.

Na Região Metropolitana de São Paulo, a MRV ficou em terceiro lugar no ranking final de duas categorias - Construtoras e Incorporadoras -, de acordo com os dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). Foram registrados dez novos empreendimentos, com o total de 3,3 mil apartamentos, ao longo de 2018, ano base da premiação do 26º Top Imobiliário. O valor geral de vendas (VGV) dos lançamentos foi de R$ 675 milhões.

O diretor comercial da MRV, Sérgio Paulo Amaral dos Anjos diz que São Paulo é o maior mercado da MRV. No Brasil, a construtora tem operações em 159 cidades, 22 Estados e no Distrito Federal.

Segundo ele, 34% das unidades lançadas na região metropolitana no ano passado estão na capital, representando 40% do VGV do total de lançamentos na área que define a premiação do Top Imobiliário.


Segundo o Sindicato da Habitação (Secovi), Pirituba foi campeão de lançamentos no último ano, com 1,9 mil imóveis. Localizado na zona norte da cidade, é nesse bairro que a MRV está construindo o Grand Reserva Paulista, o seu maior complexo de empreendimentos.

"Com um investimento de R$ 1 bilhão e 25 condomínios, totaliza 7,3 mil apartamentos", declara Amaral. Os seis primeiros condomínios, com 1.700 unidades, serão entregues até julho. Até o momento, segundo ele, já foram lançados dois terços do megaprojeto.

Áreas comuns

Desde o lançamento, o Grand Reserva conta com energia solar para as áreas comuns dos edifícios. Segundo Amaral, todos os empreendimentos lançados pela MRV terão o sistema de placas fotovoltaicas até 2022. Nesse período, a construtora estima investir R$ 800 milhões na implantação dos equipamentos, informa o diretor. "Este mês, chegamos à marca de 1 milhão kw/h gerados em nossos condomínios por meio da energia fotovoltaica", diz Amaral.

Em 2018, foram entregues os dois primeiros empreendimentos - Spazio Parthenon, em Minas Gerais, e Chapada da Costa, no Mato Grosso - onde a energia solar também atende aos apartamentos, além das áreas comuns do condomínio.


Em Belo Horizonte (MG), o Spazio Parthenon também é o primeiro a experimentar o compartilhamento de carro elétrico, projeto batizado de SIM (Sustentabilidade, Inovação e Mobilidade). "Lançamos em parceria com a Renault", conta Amaral, dando ênfase ao objetivo da companhia de contribuir com o desenvolvimento sustentável por meio do investimento em energia limpa. A proposta é oferecer dois Renault Zoe para os moradores. Além do Spazio Parthenon, segundo a direção da empresa informou em seu balanço operacional, São Paulo também participará do projeto.


Aluguel

Outro produto lançado pela MRV foi a Luggo, uma plataforma de aluguel de apartamentos, com objetivo de ser uma solução de moradia para o cliente que deseja comprar um imóvel, mas não agora.

Trata-se de um cashback, ou seja, parte do aluguel se transforma em crédito para compra futura de um apartamento MRV, conta Amaral. "Além da locação ser digital, sem burocracia e sem fiador, agrega serviços como limpeza, internet, lavanderia e manutenção." O primeiro empreendimento, segundo ele, já pode ser locado em Belo Horizonte.

A MRV retomou o lançamento de produtos em patamar de preços logo acima do MCMV, cujo limite é R$ 240 mil. "Já lançamos no Brasil imóveis com preços que variam entre R$ 280 mil e R$ 340 mil", diz Amaral, acrescentando que a empresa está empenhada em lançar, ainda em 2019, um empreendimento de média renda na região do Panambi, em São Paulo.


Recorde de lançamentos e vendas

A MRV Engenharia, que completa 40 anos em outubro, bateu recordes de lançamentos e vendas no mercado nacional em 2018. Foram lançados 44,5 mil apartamentos, que somaram valor geral de vendas (VGV) de R$ 7 bilhões.

A companhia mineira, cuja produção é praticamente toda voltada para imóveis econômicos, é a principal empresa neste segmento. Arrecadou R$ 6,74 bilhões no ano passado com a comercialização de 44,7 mil unidades residenciais.

O diretor comercial da companhia, Sérgio Paulo Amaral dos Anjos, não revela o valor das vendas na Região Metropolitana de São Paulo. "Por questões estratégicas, não divulgamos números regionalizados", diz.

O banco de terrenos da MRV projeta uma construção de 322 mil unidades no País, equivalentes ao valor global de R$ 50 bilhões. A construtora tem "uma estratégia sólida" para São Paulo, afirma Amaral, sem divulgar a distribuição geográfica do landbank.

Projeto piloto em Israel abraça a grade de energia do futuro

Kibbutz Maale Gilboa, piloto da microgrelha do Fsight. Imagem: Fsight

As empresas de energia internacionais e a Fsight lançaram um dos mais avançados projetos-piloto de energia distribuída do mundo.

No mundo energético multifacetado de hoje, um número crescente de ativos prosumer está aumentando a complexidade das redes elétricas. Sistemas descentralizados com geração solar, turbinas eólicas e veículos elétricos prometem um futuro descarbonizado, mas também trazem desafios para as concessionárias e prosumers.

Uma empresa, a Fsight, está fornecendo informações para a rede de energia do futuro com o desenvolvimento de um projeto piloto em Israel usando sua solução Energy AI.

"Estamos vendo um mercado muito complexo emergindo, onde a empresa de distribuição precisa permitir que mais e mais recursos renováveis ​​e ativos de energia flexíveis sejam instalados por trás do medidor, mantendo uma rede local estável", disse Emek Sadot, CEO da Fsight à revista pv. "Ao mesmo tempo, os prosumers que instalaram esses ativos flexíveis querem otimizar seu fluxo de energia para maximizar o valor de seus investimentos".

O Energy AI é uma plataforma integrada de aprendizado de máquina que fornece previsão preditiva, otimização e negociação peer-to-peer. O modelo de IA aprende e prevê consumo e produção de vários ativos de grade para produção. Em seguida, o mecanismo de otimização gerencia o fluxo de energia de cada usuário final e toma decisões em tempo real sobre a compra, venda e armazenamento de energia. O sistema realiza negociações peer-to-grid e peer-to-peer para conectar prosumers independentes em toda a comunidade ou grade.

"É muito lógico gerenciar o consumo de eletricidade para que você venda quando é caro e compre quando for barato", diz Christian Kern, ex-chanceler da Áustria e presidente da Fsight. “A inteligência artificial e o aprendizado profundo podem ser aplicados no setor de energia de maneira muito interessante neste contexto.”

A Fsight foi fundada em 2015 por pesos pesados ​​da indústria de energia; o ex-chefe de energia CEE Siemens e ex-presidente e CEO da Israel Electric Company, que atuam como diretores em exercício da empresa. Desde então, a empresa implantou dez projetos comerciais. No início de 2019, a empresa lançou seu carro-chefe, o Gilboa Iris Project. Localizado em uma comunidade de energia avançada no norte de Israel, o projeto piloto funcionará com fluxos maciços de sistemas solares, eólicos e de armazenamento, veículos elétricos, vários dispositivos inteligentes e qualquer coisa com flexibilidade de grade significativa - tudo sobreposto à plataforma Energy AI.

"Energia AI pontes entre as necessidades da empresa de distribuição e os interesses dos consumidores, calculando a cada momento o incentivo certo que irá equilibrar a rede local e, ao mesmo tempo, otimizar os ativos flexíveis em conformidade", disse Sadot.

O projeto comunitário sustentável está atualmente sob simulação e a primeira fase do piloto está prevista para dois anos, com possibilidade de extensão. A Fsight diz que atualmente tem um punhado de parceiros, mas está procurando por mais três a cinco para se juntar ao consórcio. A empresa está em discussões com empresas de serviços públicos, fornecedores de hardware, instituições de pesquisa e empresas para participar. Os parceiros receberão acesso total a insights, todos os dados coletados e análises com a capacidade de testar seus casos de negócios, condições de mercado e esquemas regulatórios.

“Acredito que estamos enfrentando os desafios mais complexos da história de nossa civilização, mas se concentrarmos nossa energia e agirmos juntos, vamos superá-la”, concluiu Sadot.

Este carro elétrico brasileiro roda 200 km com apenas R$ 8 de energia

Veículo funciona com energia elétrica e tem apenas três rodas



Gaia: Carro 100% elétrico brasileiro (Gaia/Divulgação)

Uma nova empresa brasileira chamada Gaia Electric Motors anunciou, um carro elétrico que promete ter 200 km de autonomia. O custo estimado pela companhia para a recarga da sua bateria é de 8 reais energia elétrica (sendo 20 vezes mais eficiente do que um carro movido à gasolina) e são necessárias 8 horas para que ela atinja uma carga completa.

O carro, também chamado Gaia, tem três rodas e requer que o usuário tenha habilitação para conduzir motocicletas. O foco inicial de vendas do veículo é para o mercado corporativo. A venda para consumidores não está descartada, mas ainda não tem data para acontecer.


O veículo não possui chave. O desbloqueio acontece por meio do smartphone. Graças a um chip de internet móvel, o Gaia está sempre conectado e pode ser usado por empresas para criar um serviço transporte com carros elétricos. A ideia é ir atrás de mercados onde aplicativos de transporte individual, como Uber, 99 e Cabify, não tenham motoristas o suficiente para atender plenamente a demanda da população.

A Gaia não informa o preço exato do produto, diz apenas que ele custa na faixa de 80 mil reais. Os carros 100% elétricos que serão vendidos no Brasil neste ano, como o Nissan Leaf, o Chevrolet Bolt, o Jac E40 e o Renault Zoe, terão preços sugeridos de 130 a 180 mil reais.


“Não quero posicionar a Gaia como uma montadora. Somos uma empresa de tecnologia. As montadoras abonaram o público jovem no Brasil. As multinacionais querem ver os resultados em dólar, não consideram alto custo que é repassado ao consumidor brasileiro”, Ivan Gorski, fundador e presidente da Gaia, em entrevista a EXAME.


Com 18 meses de fundação e linha de montagem em Manaus (AM), a Gaia afirma ter valor de mercado de 10 milhões de reais atualmente.

Confira o vídeo de divulgação da Gaia Electric Motors a seguir:


FLORIANÓPOLIS SERÁ A PRIMEIRA CIDADE LIXO ZERO DO BRASIL


Chegou a vez de o Brasil ter a sua primeira capital lixo zero!

Florianópolis é uma das cidades com o melhor desempenho na recuperação de resíduos do Brasil, tanto que há cerca de 30 anos ela já faz coleta seletiva. Mas, agora, a atual gestão municipal pretende colocar a cidade em uma patamar audacioso, para o qual terá que trabalhar muito.

A energia posta no projeto é grande, tanto que foi publicado um decreto no Diário Oficial do Município instituindo o Programa Florianópolis Capital Lixo Zero, a fim de incentivar a sociedade civil, a iniciativa privada e o poder público a reduzirem a produção de lixo e a valorizem os resíduos sólidos urbanos reintroduzindo-os na cadeia produtiva, informa o site da Prefeitura de Florianópolis.

O presidente da Autarquia de Melhoramentos da Capital Comcap, Márcio Luiz Alves, explica que o destino do resíduo é estabelecido dentro da casa de cada habitante, quando o separa em orgânico (restos de alimentos e de podas), reciclável seco (papel, plástico, metal e vidro) e rejeito (lixo sanitários e outros materiais para os quais não há ainda mercado de reciclagem), de acordo com publicação do Floripa Manha.

Floripa Lixo Zero 2030

Com a ajuda da população, a capital de Santa Catarina pretende ser Floripa Lixo Zero 2030. Isso significa que mais de 100 mil toneladas deixarão de ir para o aterro sanitário anualmente, com a ajuda de cada cidadão.

Uma das metas para que, até 2030, a cidade atinja a meta do lixo zero, é que os resíduos orgânicos tenham como destino a compostagem em quintais e pátios comunitários, de forma que não sejam encaminhadas as 100 mil toneladas por ano ao aterro sanitário até 2030.

“Serão quase R$ 40 milhões em ganhos ao ano, sem contar as vantagens ambientais, a redução na emissão de carbono tanto no aterro quanto na coleta. É só imaginar que Florianópolis deixará de mandar para o aterro, lá em Biguaçu, a 46 quilômetros do Itacorubi, algo como 27 caminhões de lixo por dia”, explica Alves.

Os órgãos públicos serão os primeiros a darem o exemplo para a sociedade, fazendo a separação dos resíduos em orgânicos, recicláveis secos e rejeito. Além disso, haverá um plano de reeducação para a comunidade e a melhoria da estrutura da Comcap para realizar a coleta.

Além de promover a separação e a valorização dos resíduos sólidos urbanos no município para viabilizar a economia circular, a preservação ambiental e a redução do volume dos resíduos, o projeto visa ao desenvolvimento econômico do município através da criação de novos negócios e da geração de empregos no circuito das economias circular, criativa, colaborativa e solidária pelo viés da inovação.

por Gisella Meneguelli

São Paulo planeja implementar 170 km de ciclovias até 2020


O novo Plano Cicloviário de São Paulo, apresentado recentemente pelo prefeito Bruno Covas, prevê a implementação de 173,3 quilômetros de novas ciclovias e ciclofaixas na capital. A proposta, que faz parte do ajustes no Plano de Metas da administração municipal, também compreende a requalificação de 310,6 quilômetros existentes.

Avenidas como a Brasil, Doutor Arnaldo, Inajar de Souza, Teotônio Vilela, Salim Farah Maluf e um trecho da Marginal Pinheiros estão entre aquelas que poderão receber ciclovias ou ciclofaixas até 2020, segundo o mapa divulgado pela prefeitura de São Paulo.

O plano tem como objetivo “reconhecer definitivamente a bicicleta como modo de transporte, consolidando uma rede cicloviária abrangente, segura e integrada", e será implementado após audiências públicas em diversas regiões da cidade. “A medida tem como objetivo apresentar à população as propostas de conexões da malha cicloviária, além de receber recomendações, sugestões, críticas, propostas ou outros elementos que viabilizem a implantação de ciclovias e ciclofaixas, tornando o processo mais transparente, colaborativo e democrático”, afirma um comunicado da secretaria de comunicação da prefeitura.


A malha cicloviária de São Paulo compreendia apenas 11,6 quilômetros de vias até 2008, passando para 91,5 km em 2013. Durante a gestão de Fernando Haddad, entre 2013 e 2016, a malha foi ampliada para 498,3 quilômetros; não obstante, desde então ela permanece inalterada.

À estagnação soma-se o fato do número de fatalidades envolvendo ciclistas ter triplicado no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 5 para 16, recorde na série histórica do Infosiga, o banco de dados de acidentes de trânsito do governo do estado.

Fonte: Estadão e G1

Cepezed conclui a primeira estação de ônibus auto-suficiente na Holanda


A firma de arquitetura cepezed, com sede em Delft , completou a primeira estação de ônibus auto-suficiente da Holanda, na cidade de Tilburg. Projetado para gerar toda a sua própria energia, a nova instalação de trânsito possui um enorme painel solar que oferece sombra e dá à estação de ônibus sua aparência moderna e escultural. A estação de ônibus de Tilburg foi concluída como parte da revitalização em grande escala do centro de transporte público da cidade e oferece fácil acesso à estação de trem vizinha e estacionamento de bicicletas na zona ferroviária.


A nova estação de ônibus no lado oeste da estação de trem de Tilburg foi projetada para priorizar o conforto e a segurança do usuário. Para esse fim, os arquitetos encabeçaram a estrutura com um toldo espaçoso que não só cobre completamente as plataformas de ônibus, mas também parte dos ônibus, para que os viajantes possam ser protegidos da chuva durante o embarque e o desembarque. O toldo com estrutura de aço está equipado com luzes e coberto com folha de ETFE para deixar entrar a luz solar filtrada durante o dia e iluminar o espaço à noite. Para inclusividade, a estação está equipada com rampas e corrimãos acessíveis por cadeira de rodas com sinalização em braille.


Como um símbolo de desenvolvimento inteligente, a estação adota um design contemporâneo e minimalista com detalhes altamente eficientes. Construídas de chapas de aço e tiras, as colunas finas que suportam o toldo grande também contêm drenagem de água e cabeamento elétrico. O botão SOS e o intercomunicador também foram integrados em uma das colunas. Além das arestas de concreto pretas levantadas, os arquitetos incluíam assentos apoiados feitos com tiras de aço com aquecimento.


Painéis solares que medem 2.691 pés quadrados cobrem o toldo e alimentam todas as necessidades da estação de ônibus, desde os sinais de iluminação e informações digitais até a cantina do pessoal e o ponto de serviço de transporte público. Algumas luzes movidas a energia solar são acionadas por sensores de movimento que economizam energia integrados na borda de aço do toldo. Para maior sustentabilidade, os arquitetos garantiram a longevidade da estrutura com uma paleta de materiais de baixa manutenção e minimizaram as bordas e cantos para reduzir custos e recursos para a limpeza.




TECNOLOGIA VAI ENTREGAR FUTURO ENERGÉTICO DE BAIXO CUSTO NA ESCÓCIA


No dia 15 th de maio, nós vamos estar no Baixo Carbono Escócia Estratégia Conferência Projetos em Edimburgo. Na conferência, teremos o primeiro vislumbre da Lei de Mudanças Climáticas do governo escocês, que compromete a Escócia a reduzir suas emissões de CO2 em 66% até 2032.

O Projeto de Lei sobre Mudanças Climáticas estabelece uma estrutura de esquemas de eficiência energética de tecnologias sustentáveis ​​e renováveis, armazenamento de energia, habitação, planos de cidades inteligentes e responsabilizará os principais tomadores de decisão pelo desempenho ambiental de seus ativos, propriedades e instalações.

A estratégia estabelece dois novos objetivos para o sistema energético escocês até 2030: o equivalente a 50% da energia para o calor, transporte e consumo de eletricidade da Escócia a ser fornecido a partir de fontes renováveis ​​e um aumento de 30% na produtividade do uso de energia em todo o Economia escocesa.

Com essa visão, o Governo Escocês comprometeu-se com mais de 60 milhões de libras para fornecer soluções inovadoras de infraestrutura de energia de baixo carbono em toda a Escócia, como armazenamento de bateria elétrica, sistemas de aquecimento sustentáveis, residências inteligentes e carregamento de veículos elétricos.

Como fornecedor de Soluções Fotovoltaicas Solares Integradas, estamos particularmente interessados ​​em como o Governo abordará a eficiência energética e como tecnologias como a nossa serão usadas para melhorar o uso e o gerenciamento de energia nas casas, prédios, processos industriais e manufatura da Escócia. A estratégia coloca uma ênfase acentuada no papel econômico do setor de energia, benefícios e potencial tanto das tecnologias estabelecidas quanto daquelas que ainda estão surgindo - o apoio às novas tecnologias é fundamental para o Reino Unido atingir com sucesso as metas ambiciosas de CO2 e combater a pobreza de combustível.

A estratégia habitacional da Escócia representa uma enorme oportunidade para a BIPVco posicionar-se como um fornecedor premium de soluções solares integradas para as novas residências inteligentes energeticamente eficientes da Escócia. O governo escocês planeja construir mais de 50.000 casas a preços acessíveis até 2021, parte das 295.000 casas que precisarão ser construídas no Reino Unido todos os anos até 2037 para atingir as metas. A atividade escocesa de energias renováveis ​​está começando a aumentar, particularmente no novo setor de construção civil, onde as condições de planejamento muitas vezes significam que os construtores de casas incluem automaticamente tecnologias renováveis ​​para aquecimento e eletricidade em novos desenvolvimentos.

O governo escocês também usará uma revisão futura dos padrões de energia dentro do Regulamento de Construção e a próxima Estrutura de Planejamento Nacional examinará o papel da energia solar e de outras tecnologias renováveis. Uma das metas contínuas de energia renovável é que pelo menos 100.000 casas tenham adotado alguma forma de tecnologia de calor ou eletricidade renovável individual ou comunitária para aquecimento de espaço e ou água até 2020.

A "Lei de Casas Domésticas" do governo escocês também se comprometerá a combater a espinhosa questão da pobreza de combustíveis, melhorando a eficiência energética dos edifícios da Escócia. Como parte da Estratégia de Combate à Pobreza a Combustível do governo, o Projeto de Lei do Programa de Aquecimento Doméstico estabelecerá uma nova meta estatutária de pobreza de combustível para ajudar a garantir que progresso seja feito nessas questões e que o apoio seja dado àqueles que mais precisam de ajuda aquecer suas casas.

Com as soluções renováveis ​​alcançando agora o topo da agenda energética, a oportunidade de mercado está, sem dúvida, presente para inovadores e fornecedores de energia como nós. Com investimento adequado e uma estrutura robusta definida pelo governo, o caminho é claro para a tecnologia perceber a mudança. A BIPVco já está investindo, desenvolvendo e fornecendo a melhor tecnologia que ajudará a entregar nosso futuro energético de baixo custo.

Cidades Inteligentes - “Smart City”


Dado a rápida e eficaz evolução tecnológica que temos testemunhado nos últimos anos e consequente melhoria da qualidade de vida nos locais onde esta se concentra, que por sua vez levou a uma migração em massa das zonas rurais para as zonas urbanas, o Homem teve a necessidade de responder à rápida movimentação humana que se verificou, com o objetivo de manter as altas condições de vida que havia nas cidades, tornando os serviços mais eficazes, de modo a que o aumento de habitantes não congestione a sua eficiência. Com isto, seria criado o conceito de “smart city”, que seria aperfeiçoado ao longo dos anos com a chegada de novas tecnologias e novas ideias, com o objetivo de melhorar as condições de vida dentro das cidades. 

O subtema proposto ao nosso grupo (Infraestrutura tecnológica: caracterização, desafios e tendências) visa focar a importância que a tecnologia teve para o conceito de “smart city”, os tipos de tecnologias que estão implementadas nas “smart cities” de hoje em dia, juntamente com as que serão implementadas no futuro. Porém a implantação destas tecnologias não são simples, pois requerem enfrentar desafios a nível tecnológico, que podem não ser satisfeitas com a que temos hoje. 

Concluindo, com a criação deste relatório, e posteriormente um póster e uma apresentação, pretendemos dar a conhecer este conceito de “smart city” que, embora de momento não pertença ao nosso quotidiano, fará parte das nossas vidas, caso a evolução tecnológica à qual assistimos continue.

O que é uma “smart city”? 

Com a evolução tecnológica que se tem vindo a verificar nas últimas décadas, a migração de multidões oriundas de regiões rurais para cidades (à procura de novos trabalhos e uma superior qualidade de vida, relativamente às zonas rurais) tem sido um assunto presente no nosso quotidiano. Como resultado destes movimentos em massa, os serviços públicos das cidades têm visto o seu trabalho ser dificultado com a enorme quantidade de pessoas a satisfazer, levando à necessidade de os tornar cada vez mais eficazes e menos dispendiosos, que por sua vez leva a uma evolução saudável da cidade em causa. 

Porém, o conceito de “smart city” vai muito além das relações transacionais entre os serviços públicos e o cidadão comum. Aliás, o conceito “smart city” não existe por si só. Esta é designada por um conjunto de passos que um cidadão toma, juntamente com os serviços, para tornar a cidade um local mais habitável/confortável, tornando os serviços mais eficientes e sólidos, prontos a responder a qualquer situação. Os cidadãos são ingredientes-chave para o desenvolvimento da “smart city”, oferecendo feedback que visa o aumento de eficiência dos serviços oferecidos pela cidade. 

A manutenção e desenvolvimento de uma “smart city” envolvem 5 pontos: 
  • A existência de uma grande infraestrutura digital moderna, mas segura, para que os cidadãos possam aceder a qualquer tipo de informação quando quiserem, onde quiserem; 
  • O reconhecimento que o melhoramento dos serviços públicos vem com uma mentalidade centrada nos cidadãos (onde as necessidades dos habitantes vêm primeiro, oferecendo serviços de forma coerente, rápida e eficaz, de modo a estarem acessíveis para os cidadãos a qualquer momento);
  • Uma infraestrutura física inteligente, que possibilita aos serviços utilizar ao máximo os dados, quer de modo a manusear de forma eficiente os serviços públicos, quer de modo a investir estrategicamente na cidade e na comunidade (Ex: fazer com que os transportes públicos cooperem com as horas de ponta da cidade); 
  • Abertura para aprender com outros e experimentar novas técnicas e modelos de trabalho; 
  • Transparência de resultados/desempenho, como por exemplo, um painel de serviços da cidade de modo a que os cidadãos possam comparar e desafiar o desempenho desses serviços. 
Porém, de acordo com estudos realizados pelo governo britânico, as cidades e empresas concordam que há ainda um sexto ponto para o sucesso de uma “smart city”: que a pessoa em cargo tenha uma visão clara e consistente sobre o que a cidade oferece às pessoas, comprometendo-se a fazer qualquer alteração que seja necessária. Deste modo é possível criar um ambiente saudável para o desenvolvimento de negócios, que por sua vez aumenta a qualidade de vida dos cidadãos residentes.



De acordo com um artigo no site da Forbes, pode-se considerar uma cidade como sendo “smart” se ela conter cinco das seguintes oito características vistas na imagem colocada acima. Também neste artigo podemos encontrar que a contínua migração para zonas urbanas levará ao estabelecimento de 26 “smart cities” até 2025, em que se estima que 50% destas estejam na América do Norte e Europa. 

Já num estudo realizado por Frost & Sullivan, os negócios envolventes no desenvolvimento de “smart cities” contêm um potencial combinado de $1.5 triliões que separam em energia, saúde, tecnologia, transportes, construção e administração. Embora seja um negócio envolvendo um enorme potencial, os riscos de investimento ainda são altos, pois ainda não existe um modelo fixo de desenvolvimento de uma “smart city”, mesmo com o projeto Masdar em desenvolvimento.


O porquê das “smart cities” fazerem parte de um futuro próximo. 

Embora atualmente o Homem possui recursos suficientes para manter o crescimento populacional sem prejudicar o bom funcionamento das cidades atuais, devem ser feitas mudanças para que estes recursos sejam aproveitados de forma eficiente, evitando assim a destruição do meio ambiente. 

Um dos maiores problemas que as cidades de grande dimensões enfrentam, é o problema de congestionamento de trânsito, havendo cidades como Istambul, que segundo um estudo realizado na Europa pela empresa de GPS, TomTom, têm em média, os tempos de viagem 57% mais longos do que quando o trânsito flui normalmente e 84% mais longos durante as horas de ponta. Seguindo-se de Varsóvia e Marselha com médias respetivas de 45% e 42%. 

Já em Portugal, Lisboa e Porto ficaram em 34º e 43º lugar neste estudo, com taxas de congestionamento de 21% e 17%, tendo Lisboa descido 12 lugares na tabela desde o último trimestre, e Porto fazendo a sua primeira aparência neste estudo.

Embora os números sejam animadores, problemas como o congestionamento continuam a ser obstáculos sérios para qualquer cidade que se deseje modernizar. 

O problema do congestionamento carrega consigo, dentro das grandes cidades atuais, outros sub-problemas, entre eles: 
  • Ecológicos; 
  • Eficiência dos transportes públicos. 

Problemas Ecológicos 

Este problema tem nas cidades como fonte principal o congestionamento de trânsito nas vias públicas, gerando emissões de CO2 e polução sonora, desnecessárias e facilmente evitáveis. 

Investindo por exemplo, num sistema de metro subterrâneo, é possível proporcionar um sistema de transporte, mais rápido que os automóveis individuais, e mais confortável que ir a pé, no ambiente urbano, sem sacrificar, por exemplo uma faixa na via pública exclusiva para autocarros. Deste modo, proporciona-se um meio de transporte que funciona com energias renováveis (eletricidade) mantendo a elevada capacidade de transporte dos autocarros. 

Problemas relacionados com a eficiência dos transportes públicos 

Um dos problemas de meios de transporte públicos (Ex: Autocarros), é que nalgumas cidades utilizam a mesma via publica que os transportes pessoais, que durante horas de ponta pode levar a que eles fiquem presos em congestionamentos, prejudicando o seu bom funcionamento. 

Existem maneiras de prevenir isto, como por exemplo, reservar uma faixa na via pública exclusiva para os autocarros, porém nalguns casos esta solução retira uma faixa aos transportes pessoais resultando em maior congestionamento nas restantes vias e uma faixa praticamente vazia para os autocarros. 

De modo a prevenir isto, deve-se fazer uma recolha de dados do fluxo de trânsito durante os vários dias da semana, ajustando os horários dos transportes públicos de forma a baixar a quantidade de congestionamentos, abrindo a faixa reservada a autocarros aos veículos de transporte pessoal conforme necessário. 

Outra solução, como dito no problema anterior, seria investir num sistema de metro subterrâneo, que por não recorrer às vias públicas, não interfere com o trânsito nas vias públicas, resultando numa maior fluidez no trânsito, ao reduzir o tempo perdido em congestionamentos.


Quais as diferenças entre uma cidade tradicional e uma “smart city”? 

As cidades inteligentes trazem muitos benefícios aos habitantes, proporcionando, a muitos níveis, uma melhoria significativa na qualidade de vida. Estas, com a tecnologia nelas usada, promovem o seu desenvolvimento de forma mais rápida e inteligente. 


Quais as vantagens das “smart cities”? 

Atualmente, a tecnologia é uma área em constante desenvolvimento, pelo que, todos os dias se descobrem novos métodos ou sub-áreas que são mais aprofundadas. Com isto, temos vários aspetos que colocam estas cidades à frente das tradicionais: 
  • Social; 
  • Comunicação; 
  • Educação; 
  • Segurança Pública; 
  • Mobilidade; 
  • Ecologia; 
  • Turismo; 
  • Arquivos; 
  • Visibilidade.
SOCIAL: A componente social é a componente que engloba todas visto que todas contribuem para uma melhor qualidade de vida a nível social. As tecnologias, neste departamento, estabelecem uma ligação mais próxima com o cidadão, promovendo uma sociedade mais ativa e participativa que incluem as pessoas em campanhas e objetos de desenvolvimento. 

COMUNICAÇÃO: A comunicação é bastante importante numa cidade, pelo que, se for efetuada eficazmente, resulta na facilidade de resolver situações. Consequentemente, se os serviços e órgãos de uma cidade estiverem todos interligados, a comunicação entre eles é gratuita e muito mais eficiente. Além disso, a comunicação com o público e a consulta de informação, bem como a resolução de problemas através de meios tecnológicos favorece toda a população. Um exemplo de uma tecnologia que está em desenvolvimento no campo da comunicação é o “CCG’ Real Time Location System”, que visa melhorar a determinação da localização de pessoas dentro de edifícios, através de ondas rádio. Deste modo, operações policiais tornar-se-ão mais eficazes, sendo possível seguir o rasto de pessoas e/ou equipamentos. 

EDUCAÇÃO: A educação é o exemplo ideal de como as tecnologias favorecem o crescimento de conhecimento. A internet facilita imenso a pesquisa e desenvolvimento de conhecimento. A nível escolar, as tecnologias incentivam não só os alunos, como forma mais apelativa de aprender, mas também facilitam aos professores a maneira como apresentam a matéria aos alunos. Na parte administrativa da educação, também são essenciais estes métodos digitais no tratamento da informação. 

SEGURANÇA PÚBLICA: A segurança é um fator muito importante no nosso quotidiano. As cidades mais evoluídas, como é o caso das cidades inteligentes, utilizam a tecnologia mais avançada também no campo da segurança. São exemplo, câmaras de vigilância, sistemas de identificação por impressão digital e/ou cartões eletrônicos que barram acessos, sensores que indicam a existência de fumo e incêndios e o contacto destas situações às entidades competentes de forma rápida e eficaz. 

MOBILIDADE: Nesta área, a tecnologia tem várias aplicações, que, interligadas com outras áreas, a favorecem. A internet, veio “encurtar” muitas distâncias, ou seja, com o contacto que é possível efetuar via internet, distâncias deixam de ser percorridas, melhorando a mobilidade. Já noutro campo, é atualmente possível saber quantos minutos faltam para o autocarro chegar através de uma simples mensagem ou de um acesso a uma aplicação no telemóvel. Ainda nesta área, a tecnologia usada na segurança, como as câmaras, são também usadas para vigilância do trânsito e assim pode ser monitorizado de uma forma mais eficaz, melhorando as condições de salvamento, por exemplo, em caso de acidente. Os temporizadores sincronizados dos semáforos são também uma grande ajuda na regulação do trânsito. Os carros, bicicletas, motas elétricas são outra aplicação das tecnologias. A criação de sistemas de estacionamento inteligente, serviços de partilha de carro ou bicicleta, fazem também parte de cidades deste gênero. 

ECOLOGIA: As smart cities apostam também na ecologia e no bem-estar ambiental. Com isso, os edifícios são pensados de forma a incluírem materiais inteligentes, técnicas construtivas ideais e energias renováveis. São também instalados contadores inteligentes para que a fatura da eletricidade seja mais baixa. Na rua, os candeeiros têm sensores para que se acendam apenas quando é necessário, como é o exemplo da “SInGeLu”, que consegue regular a intensidade da luz dos espaços públicos, dependendo da intensidade da luz ambiente (acredita-se que esta tecnologia pode baixar até 40% o custo total da energia gasta por iluminação pública). A economia de água também está pensada através de sistemas inteligentes de gestão de água bem como de resíduos. Assim, a gestão ambiental é muito melhor monitorizada e, consequentemente, melhorada. 

TURISMO: Numa cidade deste tipo, um conjunto de informações sobre a cidade é relevante no turismo. Uma cidade que se apresenta bem e informa capazmente os turistas é um chamariz para estes. A divulgação de hotéis, locais de interesse, bem como, a disponibilização de wi-fi em locais que são muito frequentados, são métodos utilizados que resultam na melhoria da imagem da cidade e que trazem turistas e muitas vezes viagens de negócios. 

ARQUIVOS: Um arquivo é extremamente necessário em qualquer lugar. Os serviços e órgãos de uma cidade necessitam de estar organizados com software que simplifique o dia-a-dia dos seus trabalhadores mas dos seus clientes e/ou utilizadores. Um serviço bem organizado, melhora a imagem e, consequentemente, melhora a imagem da cidade. 

VISIBILIDADE: Uma cidade digital é muito mais reconhecida. Qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo é capaz de pesquisar e obter informação sobre uma cidade informatizada. Uma cidade inteligente projeta-se para o exterior muito mais facilmente.


Qual o futuro das “smart cities”? 

Como foi dito no início deste relatório, as cidades estão a adaptar-se lentamente a este novo conceito de cidade inteligente, porém está em desenvolvimento um projeto que visa revolucionar o simples conceito de cidade. Este projeto tem o nome de Projeto Masdar e será uma cidade totalmente inteligente criada em Abu Dhabi, que terá como característica principal a não-emissão de gases com efeito de estufa, tornando-se assim em espaço urbano completamente sustentável. 


Esta cidade incorpora técnicas de sucesso de planeamento de território e de desenvolvimento sustentável utilizadas por diferentes cidades de todo o mundo, surgindo como uma resposta à questão das mudanças climáticas e do aquecimento global, mostrando que o conceito de uma cidade sustentável pode ser economicamente viável. A ajudar na construção desta “smart city” estão envolvidas empresas como a BP e a General Electrics e entidades como o MIT. 

Para ser sustentável, esta cidade será sustentada por energia totalmente renovável, porém isto vai deixar de ser possível à medida que a cidade cresce, fazendo com que seja necessária energia renovável proveniente de fora da cidade. Para isto já existem vários projetos de energias renováveis em construção espalhados pelos Emirados Árabes Unidos, que têm como objetivo fornecer energia limpa para Masdar.


Conclusão 

Com a contínua e crescente evolução tecnológica que podemos verificar no nosso dia-a-dia, o Homem verificou que este leque de novas tecnologias pode ser aplicado no combate a problemas sérios como é o caso do aquecimento global, cujo um dos principais contribuintes é a cidade moderna devido à grande libertação de gases com efeito de estufa. 

Após a realização deste trabalho que nos foi dado por docentes da FEUP, o nosso grupo pôde verificar que a tecnologia será um agente essencial para combater o problema do aquecimento global, pois a sua aplicação em grandes zonas urbanas fará com que a emissão de gases poluentes seja reduzida, fazendo também com que o aproveitamento dos recursos naturais não-renováveis cresça exponencialmente. 

Podemos também concluir que as cidades de hoje em dia estão a começar a aderir ao conceito de “smart city” com o objetivo de se tornarem menos poluentes, mais organizadas e o mais sustentáveis possível, de uma forma a que o seus cidadãos tenham a melhor qualidade de vida possível. Porém a questão que se levanta é a de esta transição ser economicamente viável, algo a que o Projeto Masdar visa responder afirmativamente.


Evento Smart City Expo Curitiba 2019


O Smart City Expo Curitiba 2019, que ocorrerá nos dias 21 e 22 de março, já tem 54 palestrantes confirmados para a área do congresso internacional.

Além dos primeiros speakers confirmados, como Brooks Rainwater, diretor do Center for City Solutions, e membro da Liga Nacional das Cidades dos Estados Unidos, e o empresário Bibop Gresta, cofundador da Hyperloop Transportation Technologies, o SCE Curitiba vai reunir representantes de cidades como Buenos Aires (Argentina), Las Condes (Chile), Guayaquil (Equador) e Boston (EUA).

A venda dos passaportes para o congresso está sendo realizada por meio do site oficial do evento https://www.smartcityexpocuritiba.com/.

O acesso à área de exposição, em que 35 empresas apresentarão soluções e produtos inteligentes, é gratuito mediante inscrição prévia no mesmo site.

Durante dois dias, três salas de conferências no Expo Barigui receberão especialistas nacionais e internacionais das áreas pública e privada, assim como do terceiro setor. Eles trarão cases e provocarão debates sobre temas relacionados às smart cities, como planejamento urbano, mobilidade, governança, novas tecnologias e sustentabilidade.

Soluções pelo mundo

Um dos novos confirmados é o chileno Alejandro Contreras, engenheiro civil industrial que liderou o processo de transformação tecnológica a serviço da comunidade em Las Condes, colocando em prática uma parceria público-privada para o desenvolvimento da cidade inteligente.

Já o desenvolvimento local e os ecossistemas de inovação estarão em debate com a presença de Josep Piqué, presidente da International Association of Science Parks and Areas of Innovation (IASP), que promove o 22@Barcelona, na Espanha, como referência global em conhecimento em smart cities; e de Tânia Gomes, vice-presidente da Associação Brasileira de Startups, fundadora da GirlBoss Consultoria e também da 33 e 34 Shoes, que se juntam ao palestrante Alejandro Franco, diretor do Ruta N, em Medellín, na Colômbia.

Economia criativa

Ana Carla Fonseca, conhecida como Cainha, é referência internacional em economia criativa e também em cidades criativas. Administradora Pública pela FGV, economista, mestre cum laude em Administração, doutora em Urbanismo pela USP, Cainha escreveu a primeira tese brasileira em cidades criativas. Professora convidada na FGV e na Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina, a palestrante compartilhará suas expectativas sobre o futuro das cidades.

Gestão de cidades

Vindos de Buenos Aires, na Argentina, Alfonso Santiago e Laura Silvia Borsato irão apresentar soluções sobre a gestão de grandes cidades. Diretor do Diploma em Smart City da Escola de Governo, Política e Relações Internacionais da Universidade Austral, Santiago foi assessor do Congresso da Nação Argentina. Ele vai participar do painel sobre “Transições e interrupções na gestão da cidade em uma sociedade digital”.

Já Laura Borsato, subsecretária de desenvolvimento do País Digital, integra o programa governamental que tem entre suas metas aumentar o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para potenciar as capacidades digitais, criativas e produtivas dos cidadãos. Sua palestra será “Cidades focadas no cidadão e a nova agenda urbana”.

Guayaquil e Boston

Engenheiro químico com mestrado em engenharia ambiental e mais de 15 anos de experiência na área ambiental nacional e internacional, Bolivar Coloma Valverde lidera a gestão ambiental de Guayaquil, no Equador, como diretor de Meio Ambiente, através de projetos voltados para a sustentabilidade. Participará do debate “Serviços públicos inteligentes e sustentáveis”.

Outro speaker confirmado é Renato de Castro, expert em Cidades Inteligentes e embaixador de Smart Cities do TM Fórum de Londres. Membro do conselho de administração da Leading Cities de Boston (EUA), Renato já esteve em mais de 30 países, dando palestras sobre cidades inteligentes e colaborando com projetos urbanos. No SCEC, ele falará sobre “Cidades focadas no cidadão e a nova agenda urbana”.

Outros palestrantes

Também já estão confirmados outros importantes nomes internacionais como Markos Major, fundador e diretor executivo da ONG “Ação Pelo Clima Agora”, ecologista, botânico e educador especializado na restauração das bacias hidrográficas urbanas e sequestro de carbono; Mila Gascó, diretora de Pesquisas no Centro de Tecnologia para o Governo, e professora da Universidade de Albany (EUA); Diego Gismondi, subsecretário de inovação pública do Governo de Santa Fé, na Argentina; Andrea San Gil, diretora do Centro para a Sustentabilidade Urbana da Costa Rica; e Benjamin de la Peña, chefe de estratégia e inovação do Departamento de Trânsito de Seattle (EUA).

Sobre o Smart City Expo Curitiba

Essa será a segunda edição do evento chancelado pela FIRA Barcelona, consórcio público formado pela Prefeitura de Barcelona, Governo da Catalunha e Câmara de Comércio de Barcelona, e que é o organizador do Smart City Expo World Congress, maior evento do mundo sobre cidades inteligentes, realizado anualmente em Barcelona.

O iCities, empresa curitibana especializada em soluções para smart cities, é a responsável pela organização do evento no Brasil, em parceria com a Prefeitura Municipal de Curitiba e Vale do Pinhão.

O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES NA CONSTRUÇÃO DE CIDADES MAIS SUSTENTÁVEIS

Planejamento urbano sustentável, participação cidadão e políticas públicas locais foram algumas dos temas abordados pelas organizações

Um dos painéis de discussão apresentados durante a Conferência Internacional Cidades Sustentáveis – Políticas Públicas Inovadoras foi o encontro com instituições que trabalham para a construção de cidades mais sustentáveis, dentro do eixo “Planejando Cidades do Futuro”.

Participaram do encontro representantes das seguintes instituições: Smart City Expo World Congress (SCEWC), International Council for Local Environmental Initiatives (ICLEI) – América Latina, Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Urbanos (ONU Habitat), Rede Nossa São Paulo (RNSP), Caixa Econômica Federal e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Na ocasião ainda, o prefeito de San Fernando, nas Filipinas, fez uma breve apresentação de projetos na área de saúde.

Para Oded Grajew, coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, o momento de discussão é um espaço para apresentação de ações e boas práticas concretas e sustentáveis. “O foco destas discussões não são os problemas e teorias, mas as ações palpáveis e exemplares que se transformam em inspiração para outras cidades”.

Luis Gómez, presidente do Smart City Expo World Congress, abre sua fala questionando: “quem sabe como tem que ser as cidades do futuro?”, e completa: “não sabemos como devem ser em concreto, mas estamos aprendendo os caminhos que podemos seguir para chegar nelas”.

As Smart City's, ou Cidades Inteligentes, são hoje, o que Gómez chama de “uma pequena revolução que vai aportando algo bom e que faz com que o planejamento seja voltado à eficiência e foco no equilíbrio entre consumo e bens naturais disponíveis”. Complementa ainda que “as cidades e as populações estão crescendo muitos, e com elas o consumo, gerando assim alguns problemas por falta de planejamento estrutural, como por exemplo, o crescimento econômico e aumento na compra de carros, interferindo diretamente na mobilidade urbana”.

Os processos devem ser pensados com mais inteligência e de olho no futuro, para que não haja escassez de recursos. Segundo Gómez, uma das formas de se conseguir isso é o compartilhamento de bons exemplos. “Precisamos aprender a manejar recursos e nos inspirar em boas práticas que dão certo. Não se trata de deter a melhor tecnologia, mas sim de aplicar ações efetivas no dia-a-dia. Não temos que ser os melhores, temos apenas que fazer o que é necessário, um pouco já é muito”.

Para Márcia Casseb, do BID, um dos grandes problemas que acarretam a não sustentabilidade das cidades é também um problema de gestão. “Os prefeitos quando possuem o ônus político, não se preocupam tanto com a questão técnica, e isto deve ser repensado. Há muito a ser feito, mas antes do político deveria vir a preocupação com as políticas públicas”.

Projetos com foco na gestão e administração local também foram debatidos durante o encontro. “As políticas de impacto imediato, que se aproximam mais às pessoas, são as com ações locais, e para isso precisamos de governos locais com capacidade financeira e administrativa na tomada de decisão”, enfatiza Jean Benevides, gerente nacional de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental da Caixa Econômica Federal. Completa ainda que “não se pensa em sustentabilidade em uma cidade que não haja competitividade, investimentos e negócios a se desenvolver”.

“Os impactos e a pressão que as cidades causam sobre os recursos naturais é muito grande, hoje as mega cidades podem ser um caso de pesquisa com tantas vertentes aos desafios, e muitos dos problemas globais estão embasados nos problemas locais. Temos que considerar que o modelo de crescimento padrão das cidades não é inteligente então precisamos repensar estes processos para o futuro”, destaca Sofia Picarelli, gerente de projetos do ICLEI – Brasil.

Sofia acrescenta ainda que a conta entre os recursos naturais que consumimos e os que temos disponíveis já não fecha mais. “Esse crescimento acelerado da urbanização requer planejamento, o que não é feito. As cidades e governos locais não podem esperar que o mundo mude, eles tem que ser as mudanças necessárias para o mundo”.

O prefeito de San Fernando, Pablo Ortega, aponta que uma das saídas que encontraram nas Filipinas, foi assumir uma forma de governo diferente, envolvendo a sociedade civil. “Os nossos esforços para uma boa governança foi nacionalmente reconhecido, pelo fato dos diferentes tipos de governo adotados. Trabalhamos com todos os sistemas que deem algum tipo de benefício aos contribuintes”.

Ortega explica que para institucionalizar a estrutura de saúde da região, teve auxílio da comunidade local, dando voz ao que a própria população necessitada em determinado lugar. “Damos suporte administrativo e financeiro à medida que eles buscam seus planos e estratégias. E hoje, as vilas modelos de saúde e bem estar devem ter 3 requisitos: certificados ISO; desenvolvimento de projetos próprios para a geração de renda envolvendo a sociedade, isto como método de eliminar a pobreza no país; e uma estrutura adequada com equipamento e tecnologia”.

Para Elkin Velasquez, diretor do escritório para a América Latina e Caribe da ONU – Habitat, uma cidade sustentável deve combinar 4 princípios, devendo ser: compacta, conectada, integrada e inclusiva. “Para chegar numa cidade como esta existem ao menos 3 elementos: elas devem ser bem planejadas e desenhadas; ter uma situação financeira interessante e inovadora; e fazer uma boa gestão dos instrumentos de uso do solo”.

Um dos objetivos da ONU é acompanhar os esforços das atividades locais no desenvolvimento urbano, e Velasquez destaca que os casos mais exitosos requerem um bom planejamento. “Planejar é complicado, mas implementar é mais complicado. Precisa-se saber onde é rentável social e economicamente para avançar no desenvolvimento antes de partir para a ação. Planejar é o primeiro passo, mas a América Latina, em muitos aspectos parece ter pulado este passo, e agora temos muitas deficiências, por exemplo, os engarrafamentos”.

Uma das saídas, de acordo com Velasquez, é a adoção da “mão invisível do planejamento urbano”. “Para encontrar soluções novas e diferentes precisamos olhar para o que as instituições estão fazendo e se inspirar nas metodologias de trabalho, principalmente no planejamento”.

Por Luana Copini, da Rede Nossa São Paulo/Cidades Sustentáveis

Os países em desenvolvimento são os novos líderes em energias renováveis

100 países foram examinados pelo BNEF, revelando como os países emergentes ultrapassaram os países do primeiro mundo em capacidade instalada renovável.


A produção de energia renovável nos países em desenvolvimento já ultrapassou a capacidade gerada por fontes fósseis. 

Este marco foi revelado pelo relatório anual Climatescope da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) , que descreve como 2018 registrou um aumento global sem precedentes na demanda por energia renovável. 

Outros fatores, como o crescimento constante da demanda por eletricidade, a implementação de políticas energéticas inovadoras, investimentos abundantes e custos de tecnologia mais baixos, tudo combinado para assegurar pela primeira vez que os países em desenvolvimento arrebataram a primazia na capacidade renovável das nações industrializadas: algo considerado como ciência ficção há apenas alguns anos. 

Dados obtidos por pesquisadores da BNEF em mais de 100 países para elaborar o Climatescope 2018 fornecem uma indicação clara: em 2017, “nova capacidade de energia neutra em carbono”, incluindo hidrelétrica e nuclear, alcançou a marca de 114 GW nos países em desenvolvimento, quase o dobro do que foi instalado nos países do primeiro mundo, computados em 63 GW. 

São as “novas energias renováveis” que roubaram o show, já que o vento e a energia solar fotovoltaica representaram 94 GW de um total de 114. Ambos os dados são um recorde histórico e boas notícias, não apenas para o clima global, mas também para o equilíbrio de cada país como o boom de renovações acarreta um grande corte em sua conta de energia. 

OS PAÍSES MAIS VERDES DE 2018

Quais são os países que registraram o maior crescimento em renováveis ​​em seu portfólio de energia? De acordo com o Climatescope, que realiza suas pesquisas atribuindo pontuações específicas, o mais verde de todos em 2018 não era outro senão o Chile .


“O país latino-americano se destacou em todos os três indicadores monitorados pelo Climatescope – como destacam os pesquisadores do BNEF – como a solidez de suas políticas energéticas, a experiência adquirida na gestão de investimentos em energia limpa e um comprometimento duradouro na descarbonização, independentemente das limitações da rede de energia” .

Índia , Jordânia , Brasil e Ruanda estão atrás do Chile no ranking Climatescope, já que a China parece ser o maior perdedor. A potência asiática caiu do primeiro lugar do ano passado para um decepcionante sétimo lugar. 

A principal causa desta mudança radical deve ser vista na grande quantidade de novos projetos renováveis ​​colocados em desenvolvimento por esses países em desenvolvimento.

Pagar a conta por essa bonança verde foi atendido pelos bancos, pelas agências de crédito à exportação e por uma fatia maior das concessionárias, como os autores do relatório fazem questão de salientar: “As concessionárias europeias estavam financiando agressivamente novos projetos, especialmente no mercado latino-americano” , como explicado por Ethan Zindler , um dos membros fundadores da Climatescope e agora chefe da BNEF no continente americano. “A prova é que somente a Enel, conforme documentado no relatório, liberou um cheque de 7,2 bilhões de dólares para construir sua infraestrutura renovável na América do Sul” . 


UMA REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA

A Europa está emergindo como uma constante no mundo renovável, já que muitas das tecnologias em seu núcleo são projetadas no velho continente.

“O negócio renovável é essencialmente um negócio europeu”, conforme delineado pelo CEO da Enel Green Power, Antonio Cammisecra, no evento # Renewables4All, realizado em Roma durante o décimo aniversário da empresa. “Analisando a cadeia de produção de energias renováveis, não podemos deixar de notar como, módulos fotovoltaicos à parte, componentes fundamentais como rastreadores, inversores, turbinas eólicas, transformadores e outras tecnologias são todos construídos na Europa e isso é especialmente verdadeiro para a energia eólica. Mas acima de tudo, há um forte impulso para a inovação vinda da Europa, junto com os EUA e a Austrália ”.

De acordo com a BNEF, o que estabeleceu a ultrapassagem da energia verde sobre a energia fóssil nos países em desenvolvimento não foi apenas a abundância de fontes renováveis ​​em algumas áreas sob escrutínio, mas acima de tudo, a competitividade econômica da energia eólica e solar que não mais tem que confiar em subsídios.

Este é um ciclo virtuoso com fortes laços com o desaparecimento simultâneo do carvão, comprovado pela menor capacidade instalada registrada em 100 países desde 2006: 48 GW. Representa uma queda de 38%, ainda mais impressionante considerando que o pico foi atingido em 2015 em 97 GW.

De qualquer forma, isso não significa que o carvão seja relegado a livros de história. Muito pelo contrário, como muitos governos ainda não têm planos de curto prazo para sobreviver sem uma fonte de energia que ainda garanta muito o acesso à eletricidade para dezenas de milhões de pessoas, apesar de seus custos crescentes comparados a alternativas mais limpas e seu impacto devastador no mundo meio Ambiente.

NEM TODAS AS ESCOLHAS TÊM IMPACTO IGUAL

O declínio do carvão é um passo na direção certa, mas a sua eliminação definitiva do sistema energético global parece ainda uma proposta muito improvável.

Se, por um lado, a nova capacidade instalada de carvão caiu no nível mais baixo em uma década, por outro, não podemos subestimar como a energia real gerada pelas usinas a carvão “ aumentou 4% anualmente para 6,4 TWh”. , como mostra o relatório Climatescope 2018.

Como mais um motivo de preocupação, apesar dos fatos avassaladores que substanciam a conveniência econômica das renováveis ​​em relação a novas usinas a carvão, segundo dados da Coalswarm, as últimas estão sendo construídas em muitos países em desenvolvimento para uma capacidade total de 193 GW. “ Cerca de 86% dessa nova capacidade virá da China, Índia, Indonésia e África do Sul ”.

De fato, tanto a China quanto a Índia ainda dependem muito de carvão e lenhite, já que essas fontes de energia representam, respectivamente, dois terços e três quartos de suas necessidades energéticas.

Não é novidade que, quando esses monstros entram em ação, seus números são enormes: “Quando combinados, os gigantes da Ásia acrescentaram 432 GW na nova capacidade de carvão no período 2010-2017 (em comparação, os Estados Unidos têm“ apenas ” 260 GW de capacidade de carvão alimentando sua rede)”, conforme especificado pela equipe de pesquisa da BNEF :“Quando confrontados com uma forte pressão pública para expandir o acesso à energia para mais cidadãos indianos e para manter os custos de energia sob controle para a população chinesa, os respectivos governos relutam em desligar a energia dessas novas usinas. Nada menos que 81% da capacidade total de carvão dos países em desenvolvimento vem desses dois países”.

A energia limpa enfrenta o desafio de longo prazo para manter as emissões globais de CO2 sob controle e essa combinação ainda é muito aberta. O caminho atualmente em chamas parece promissor, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido antes que um sistema global de energia com emissões zero possa se tornar realidade. Portanto, o pleno desenvolvimento das energias renováveis ​​ainda está no capítulo um.