As estatais Cemig (MG) e Copel (PR) aparecem entre os grandes destaques da ponta compradora da energia vendida no leilão A-5 realizado nesta sexta-feira, 28. Entre os grandes consumidores também aparecem a Celpa, distribuidora controlada pela Equatorial, e a Eletropaulo, além de Celg e CEEE.
A Cemig adquiriu, sozinha, o equivalente a 13,5% da energia vendida no leilão, com um total de 78,847 milhões de MWh. Na sequência aparece a Celpa, com a contratação de 51,263 milhões de MWh (8,78% do total). A Eletropaulo contratou 39,757 milhões de MWh (6,80%), a Celg, de Goiás, contratou 38,931 milhões de MWh (6,66%), a Copel contratou 37,758 milhões de MWh (6,46%) e a CEEE, 32,264 milhões de MWh (5,52%).
A energia negociada no leilão terá início de suprimento em 1º de janeiro de 2019. Para as termoelétricas (carvão, gás natural em ciclo combinado e biomassa), os contratos de compra e venda de energia foram na modalidade por disponibilidade com prazo de suprimento de 25 anos. Já para empreendimentos de geração a partir de fontes eólica e solar, os contratos são na modalidade por disponibilidade e prazo de suprimento de 20 anos.
PREÇO MÉDIO POR FONTE
A fonte termelétricas a gás natural encerrou o leilão ao preço médio de venda de R$205,64/MWh, enquanto as PCHs ficaram em R$161,89/MWh. Já as eólicas fecharam em R$136,00/MWh.
De acordo com o diretor da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, o resultado do leilão foi um sucesso, com investimentos importantes. Ele ressaltou que um terço dos investimentos está no Rio Grande do Sul e outra parte importante em Pernambuco, os estados que se destacam. “Em termos de parques instalados, a Bahia tinha o maior número de usinas habilitadas e terá o maior número de empreendimentos a serem implantados”.
Pepitone ressaltou que 2014 foi o ano em que mais se agregou energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Os dados indicam que até 15 de novembro foram agregados à matriz elétrica 6.323 MW de potência instalada. Desses, 43% são oriundos de usinas hidrelétricas. No caso da energia eólica, foram agregados 2.138 MW de potência instalada, o que corresponde a 33% da energia que agora faz parte do SIN. Com relação às termelétricas, as de combustível fóssil totalizaram 388 MW, as de biomassa, 982 MW, e a PCH, 72 MW“.
“Nossa expectativa é agregar até 31 de dezembro mais 1.200 MW, uma quantidade grande a ser disponibilizada ao SIN. Para ter uma média de 2004 a 2014, estamos ampliando em 3,86% em termos de potência instalada”, disse Pepitone.
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