Refugiados venezuelanos ganham abrigos da Ikea com energia solar e que são montados em 4 horas

Ao todo foram montadas 120 unidades habitacionais na capital de Roraima.UNIDADES HABITACIONAIS INSTALADAS PARA REFUGIADOS VENEZUELANOS EM BOA VISTA (FOTO: REPRODUÇÃO/ ACNUR)

No final de julho mais um abrigo para refugiados foi inaugurado em Boa Vista, capital de Roraima. Diferente dos que já existiam na cidade, o novo local é fruto de uma parceria entre o governo brasileiro e a Acnur, agência da ONU para Refugiados. O objetivo é acolher temporariamente algumas famílias de venezuelanos que estavam vivendo em situação de maior vulnerabilidade nas ruas da cidade. A seleção foi feita por equipes da agência e das Forças Armadas.

Projetados pela Ikea, a empresa sueca que é gigante no mercado de móveis, o abrigo leva o nome de Rondon I e conta com 120 unidades habitacionais, conhecidas como Better Shelter. Cada residência comporta até seis pessoas e o material utilizado na sua confecção é o poliuretano, material mais leve que facilita a montagem e desmontagem. Além disso, os abrigos possuem quatro janelas, divisória e são alimentados com energia solar. A montagem de cada uma das casas leva em média quatro horas e esse trabalho é feito manualmente.

Essas unidades habitacionais são utilizadas pela Acnur durante operações humanitárias em diversos lugares do mundo. Projetadas na Suécia, as que foram instaladas em Boa Vista são as primeiras da América Latina. Segundo a Acnur, o material usado para erguer as casas é adaptado de acordo com a realidade de cada lugar. Em Bangladesh, por exemplo, elas são feitas de bambu.

O abrigo Rondon I é coordenado pela AVSI, organização parceira do Acnur, e pelas Forças Armadas. Está é responsável pela infraestrutura física do local e por fornecer segurança, alimentação, atendimento médico e transporte.

Crise

Há três anos, o estado de Roraima tem recebido um número cada vez maior de imigrantes venezuelanos fugidos da grave crise econômica e política que assola o país governado por Nicolás Maduro. A estimativa é de que 500 pessoas por dia cruzem a fronteira da Venezuela com o Brasil pela cidade de Paracaraima.

Fonte: Época

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