Cientistas ambiental e do setor elétrico descobriram a solução para o abastecimento de energia do estado de Roraima sem destruir parte da reserva indígena dos Waimiri-Atroari, na BR-174 (Manaus-Boa Vista), por meio do Linhão de Tucuruí (PA), passando pela capital do Amazonas.
De acordo com o estudo dos especialistas, trata-se da geração de energia solar fotovoltaica (foto) muito mais barata do que o linhão. As informações são do Ministério Público Federal (MPF).
O MPF recebeu nota técnica assinada pelos três especialistas em sistemas energéticos de universidades brasileiras na qual apontam a geração de energia solar fotovoltaica centralizada como alternativa para garantir a segurança energética do estado de Roraima.
Segundo o estudo, a linha de transmissão de energia entre Manaus e Boa Vista, que faz parte do chamado Linhão de Tucuruí e vem sendo defendida pelo governo federal como única saída para o problema, não é a opção mais rápida nem mesmo mais barata para oferecer uma solução urgente.
A nota técnica é assinada pelo doutor em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professor da Fundação Universidade Federal de Rondônia, Artur de Souza More; pelo doutor em Sistemas de Potência e especialista em Planejamento Energético pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Ricardo J. Fujii; e pelo geógrafo, mestre em Ciências Ambientais e especialista em energia pelo Greenpeace Brasil, Marcelo Laterman Lima.
A necessidade de rapidez na solução para evitar eventual desabastecimento de Roraima devido à crise na Venezuela – hoje, mais da metade da energia consumida no estado é fornecida pela hidrelétrica de Guri, no norte do país vizinho, é o principal argumento alegado pelo governo brasileiro para relativizar a necessidade de consulta prévia, livre e informada ao povo indígena Waimiri-Atroari e a realização de estudos de impacto ambiental de forma integral.
Fonte: MPF
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