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Construção de turbina eólica caseira com motor de moto elétrica


Neste artigo, iremos mostrar como se constrói um gerador eólico caseiro baseado num motor de uma trotinete elétrica com uso de materiais simples e de baixo custo.

A construção deste gerador eólico caseiro foi baseada no livro “How to build a WIND TURBINE”, de Hugh Piggott.


Para a construção deste aerogerador necessitamos dos seguintes materiais:
  • Motor de uma trotinete elétrica;
  • Compensado marítimo para a construção das pás;
  • Diversos objetos de madeira facilmente construíveis;
  • Duas chumaceiras;
  • Dois veios de aço, um para associar às pás e o outro para criar o sistema de rotação para o vento.

Motor utilizado

O motor utilizado como gerador foi retirado de uma trotinete antiga, com as seguintes características:
  • Modelo do Motor: MY1016
  • Tensão de funcionamento: 24V DC
  • Output: 200W
  • Velocidade nominal: 2500RPM

Motor Trotinete Elétrica

Este é apenas um exemplo de um motor/gerador que pode ser aplicado. No mercado, podem ser encontrados geradores mais apropriados para este fim, isto é, que requeiram um menor torque inicial.


Custos do Projeto

Relativamente aos custos monetários do projeto, o mesmo está avaliado em cerca de 150 euros no total. Destes, 40 euros são o custo de duas chumaceiras, 100 euros foram gastos com a aquisição da madeira para a construção das pás e restante estrutura, a madeira utilizada neste projeto é do tipo compensado marítimo.

Os restantes 10 euros foram usados para materiais diversos tais como verniz, peças em ferro, etc.

No valor apresentado não está refletido o custo do motor que foi retirado de uma trotinete elétrica usada.


Construção das pás

A construção das pás está dividida em diversos passos, de modo a simplificar o processo:

Passo 1: Escolha da madeira
O material a utilizar é compensado marítimo. Este tipo de madeira é o ideal para construir as pás, pois o facto de ser constituído por várias camadas de madeira coladas por colas fenólicas oferece-lhe uma grande resistência, mesmo quando têm pequenas espessuras.

Pormenores construção pás em madeira para Aerogerador

Necessitamos de 3 conjuntos de madeiras, em cada uma origina uma pá, com as seguintes dimensões:
  • Comprimento: 60 cm
  • Largura: 15,3 cm
  • Altura: 4,9 cm
Neste caso, as placas de compensado não tinham a altura necessária (4,9 cm), então foram coladas duas placas, numa prensa.

Passo 2: Corte em largura
Após obtermos os 3 blocos com as medidas indicadas anteriormente, vamos fazer os cortes necessário para que a pá fique com o perfil ideal.

O primeiro corte consiste em remover, na largura, as partes desnecessárias.


Tendo o bloco na horizontal, dividimo-lo em 6 secções de igual distância entre si (de 10 em 10 centímetros), e, cada uma destas secções vai servir de ponto de referência para os diversos cortes que vamos realizar (em largura, altura e espessura).

A tabela mostra a medida que deve ter cada secção nas diferentes medições (largura, altura e espessura), pelo que agora vamos cortar em largura, ou seja, vamos cortar a madeira para que a largura de cada secção fique de acordo com as medidas indicadas na tabela.


Estas figuras representam o que foi feito na prática. São visíveis as linhas auxiliares das secções assim como as linhas pelas quais vai ser feito o corte em largura.


Passo 3: Corte em altura

Este passo é semelhante ao anterior, porém agora vamos dar a altura desejada, que pode ser observada na tabela, para cada secção.



Passo 4: Corte em espessura

O próximo passo é obter a espessura ideal, sempre de acordo as medidas tabeladas para cada secção.

A seguinte figura mostra como desenhamos as linhas auxiliares de corte em espessura.


Após o corte em espessura, obtemos assim três blocos idênticos a este.

Passo 5: Conexão do perfil ideal da pá
Após os três cortes realizados anteriormente, temos que ajustar o perfil ideal da pá, que tem de respeitar a algumas regras. Isto será feito de acordo com a seguinte figura.


Esta figura representa a regra que o perfil tem de obedecer. Esta regra têm uma característica bastante importante, que é o facto de o ponto com maior espessura ter de estar a 30% da largura de cada secção, contanto a partir da parte mais grossa da pá.

Para dar esta característica à pá, medimos a largura de cada secção e marcamos um ponto a 30% desta medição, e, após isto unimos as linhas de forma a criar uma linha, linha esta que têm que corresponder ao ponto com maior espessura da pá.

O processo de desbaste da madeira que não nos interessava foi feito através de uma rebarbadora elétrica, em que foi introduzido uma lixa no disco rotativo, de forma a não cortar demais a madeira. As seguintes figuras mostram este processo, assim como o resultado final.


Assim se concluiu a construção das três pás de madeira. A próxima etapa consiste em agregar as pás, com cuidado para que estas fiquem desfasadas o mesmo angulo entre si.

As próximas imagens mostram como foram agregadas as pás. Para tal, foi necessário fazer quatro furos em cada pá e introduzir, juntamente com cola, os tarugos de madeira que ajudam a uni-las. Deixamos uma noite a secar, com a ajuda de grampos, que impediam que estas ficassem desniveladas durante a colagem.



Montagem do Rotor

O próximo passo para prosseguir com a construção do gerador eólico caseiro consiste na associação deste conjunto de 3 pás a um veio, veio este que depois estará ligado ao motor.

Os materiais necessários para esta próxima etapa podem ser visualizados na seguinte figura.

Os materiais de aço/ferro podem ser obtidos facilmente num torneiro.


A montagem é feita da seguinte forma:
  • O conjunto das três pás é colocado entre os dois discos de madeira;
  • O veio de aço é associado ao conjunto dos discos de madeira e das pás, através do parafuso do veio e dos varões roscados, e das respetivas anilhas e porcas.

Os resultados após a montagem estão representados nas seguintes figuras.


Neste momento, necessitamos de uma forma de ligar o veio das pás ao eixo do motor, e isto pode ser realizado de várias formas (por corrente, correia ou diretamente). Uma vez que este motor requer um torque relativamente grande para iniciar a sua rotação, multiplicar as rotações das pás para o motor seria uma má ideia, pois o gerador iria ter bastante dificuldade em iniciar a rotação.

Deste modo, uma hipótese mais aceitável seria multiplicar muito pouco as rotações ou então ligar diretamente as pás ao motor, que foi o que se fez.

Para quem tem dificuldades em fazer esta ligação, pode ir a um torneiro e pedir para fazer um furo com parafuso de aperto, para que o eixo do motor caiba e prenda lá dentro, rodando deste modo com as rotações das pás. As próximas figuras ilustram a ligação do veio das pás ao eixo do motor.


Ligação do veio à cabine

Esta ligação foi realizada através da ajuda de duas chumaceiras na vertical, acopladas a um barrote de madeira, para que o veio permanecesse na vertical. As chumaceiras são um dos componentes mais caros, e o seu diâmetro interno têm de corresponder ao diâmetro do veio que nele é inserido (veio das pás).

Cada chumaceira têm um parafuso, que ao ser apertado impede que o veio oscile deslize na horizontal.




Pá de orientação

A pá de orientação é o que fazer as pás se virarem na direção do vento, e pode ser facilmente inserida na parte de cima da cabine, com parafusos.



Sistema de orientação para o vento

Para que as pás se virem para o vento, é necessário a pá de orientação, porém, também é necessário que o conjunto das pás e cabine se encontre relativamente solto com o poste de sustentação.

O ideal seria utilizar duas chumaceiras, mas como isso eleva um pouco os custos do projeto, também se pode fazer facilmente pela seguinte forma:

O poste de sustentação foi cortado perto da cabine e foi feito um furo na parte de cima e outro na parte de baixo. Na parte de baixo foi fixado um veio de aço à madeira, através de silicone, e introduzido no furo de cima, de modo a que este ficasse um pouco solto e permitisse que pudesse rodar para a direção do vento.



Resultado final


O próximo passo seria a introdução das baterias e do regulador de carga, porém, devido à falta de tempo ainda não foi possível.

Qualquer dúvida, não hesitem em contactar: dp3006@gmail.com

Vídeo da construção do Aerogerador utilizando um motor de uma trotinete elétrica


Autor: Davide Pereira

Barefoot College - Transformando avós em engenheiras


O alcance global da Enel se estende das mais ricas às mais pobres cidades do mundo. Essa posição internacional permite que a Enel conecte pessoas em situações precárias com o conhecimento e a tecnologia que necessitam para levar energia aos seus lares.

“É uma espécie de milagre esse processo de aprender fazendo, essa troca de experiência entre mulheres ao redor do mundo. Elas se sentem empoderadas, fortes, cheias de energia e paixão”

– Maria Cristina Papetti, Diretora de Sustentabilidade e Práticas Compartilhadas da Enel

Na América Latina, a Enel estabeleceu parceria com a Barefoot College para para desenvolver habilidades, disseminar o conhecimento e levar energia a comunidades isoladas.

Lançada em 2012, a parceria entre a Enel e a instituição conecta mulheres em comunidades isoladas a especialistas em educação e a modernos equipamentos, permitindo-lhes instalar e manter sistemas de energia solar em suas casas.

“Mulheres de todas as idades - até mesmo avós - viajam à Índia para aprender a lidar com painéis solares e adaptá-los à realidade em que elas vivem.”

O programa submete mulheres de todas as idades a experiência e processos de educação que transformam vidas. A Enel financia o treinamento dessas mulheres levando-as à Índia, onde aprendem tudo sobre manuseio e manutenção dos painéis.

Quando voltam para casa, elas não apenas conectam suas comunidades à energia solar, como também transmitem o conhecimento que adquiriram a outras pessoas, multiplicando o impacto da nova tecnologia e acelerando o acesso a uma eletricidade limpa e confiável. 


Os kits básicos de energia solar que as mulheres constroem são suficientes para alimentar quatro fontes de luz, carregar um celular e uma lanterna solar portátil. Apenas na América Latina, mais de 3.500 kits foram desenvolvidos e distribuídos por meio do programa, beneficiando diretamente 19 mil pessoas.

O projeto no Brasil

A representante do projeto no Brasil é Ana Paula Pereira, moradora do município de Andaraí, no Parque Nacional da Chapada Diamantina, interior da Bahia. Após retornar da Índia com os novos conhecimentos, em 2014, Ana Paula pode beneficiar 77 famílias das comunidades de Fazenda Velha e Estrada Velha do Garapa, que agora contam com acesso à energia elétrica. Mais 21 famílias estão em vias de receber a instalação em suas casas.

A doação de 100 placas solares pela Enel Green Power para essas famílias gerou economia nos lares; ampliou a sensação de segurança; possibilitou a realização de atividades à noite, como pesca e controle de insetos e animais nas hortas; facilitou o acesso a informações; e ampliou as possibilidades de socialização entre os moradores, entre outros inúmeros benefícios.

Outro resultado da iniciativa é a mobilização da comunidade para a construção das sedes das associações comunitárias. Contar com um espaço próprio representa a oportunidade para que os moradores possam realizar ações educativas na própria comunidade, como cursos de capacitação.

Além disso, cada sede oferecerá um local destinado para atividades relacionadas ao projeto, como reuniões e encontros com representantes do governo e agentes de saúde, fortalecendo o relacionamento da comunidade e seu desenvolvimento. A Enel Green Power está dando suporte nos processos de elaboração do projeto das sedes e obtenção das permissões para construção – as comunidades estão localizadas dentro de uma unidade de conservação ambiental – e garantirá o material necessário para construí-las. A supervisão da obra será feita por profissionais da Prefeitura da Andaraí.

Promover igualdade por meio da educação

A disseminação do conhecimento entre as mulheres beneficiadas é fundamental para a sustentabilidade da parceria com a Barefoot College, garantindo que elas tenham as habilidades necessárias para administrar os sistemas solares ao longo dos 20 anos de vida útil da tecnologia.

A iniciativa vai além da criação de empregos ou do fornecimento de energia sustentável pelos sistemas de energia solar. Com foco nas mulheres, também promove a igualdade de gênero e o empoderamento ao oferecer a elas a capacidade de realizar, com sucesso, um trabalho que geralmente é concedido aos homens.

Como construir o seu próprio aerogerador caseiro com um alternador de automóvel


De todas as fontes de energia renovável, a energia eólica é uma das mais viáveis por esta poder ser obtida em qualquer parte geográfica.

Para produzir energia proveniente do vento é necessário um gerador o qual vai transformar a energia mecânica proveniente da rotação das pás, em energia elétrica para ser consumida pelo utilizador.

A energia eólica possui várias vantagens: é abundante, renovável, largamente distribuível, limpa, é apenas necessário um pequeno pedaço de terra para a implementação de uma torre e não produz qualquer tipo de poluição reduzindo assim o risco de qualquer dano para o meio ambiente, ao contrário das explorações de outros tipos de energia tais como a proveniente de combustíveis fosseis.

Comprar um aerogerador para a sua residência normalmente ainda é considerado como um luxo, mas se tiver algum tempo livre e disposição para o trabalho, porque não construir o seu próprio aerogerador caseiro?

Vamos então ensinar a construir o seu próprio aerogerador caseiro de forma fácil como este projeto de construção de um aerogerador passo-a-passo.

Este projeto de construção de um aerogerador promete ser bem divertido, irá aprender todo o funcionamento de um aerogerador e também vai fazer-lhe poupar algum dinheiro na sua fatura de eletricidade.

Para a construção você vai precisar de um alternador de um carro comum, de pás (ou lâminas – como preferir chamar-lhe), de uma superfície rotativa para montar o conjunto de pás, de um leme direcional, material de solda e ferramentas e de uma estrutura de suporte (basicamente um poste com uma estrutura em ‘T’ na parte superior e esta deve permitir a rotação direcional).

Relativamente às pás poderá tentar encontrá-las no mercado e comprá-las ou como alternativa poderá fabricá-las você próprio.

Se optar pelo fabrico das pás deve ter em mente que elas devem ter a curvatura certa de modo a que a força do vento se desloque para fora do centro da fonte. As pás também devem estar bem equilibradas, devem ser todas iguais, com o mesmo tamanho e peso e o seu centro de gravidade deve estar centrado.

Lista dos materiais necessários à construção do Aerogerador

Vamos iniciar a parte da montagem… Monte as 3 pás (partindo do principio que será um aerogerador de 3 pás) numa superfície rotativa. Na parte traseira do suporte em ‘T’ coloque o leme que vai ter como função direcionar o gerador para o lado do vento.

Após isto deve fixar o alternador de carro na superfície em ‘T’ e de seguida montar o conjunto de 3 pás no alternador.

Montagem das pás no Aerogerador

Feito isto coloque todo o conjunto já montado na superfície em ‘T’ num suporte que poderá ser um poste.

Para finalizar vai lidar com a parte elétrica. Deve ligar os fios que vêm do alternador a uma bateria de automóvel. Atenção: deve usar um controlador de carga de modo a evitar sobre carregamento.

Vídeo de exemplo de um aerogerador caseiro construído com um alternador de automóvel em funcionamento:


E está finalizado o nosso aerogerador. Agora pode usar a energia armazenada na bateria em inúmeras aplicações.

Dicas para reduzir sua pegada de carbono


Sabia que praticamente tudo aquilo que fazemos produz CO2, um dos gases responsáveis pelas mudanças climáticas que o planeta está a sofrer? A nossa pegada de carbono é, portanto, um termo que indica a quantidade de carbono que produzimos no nosso dia-a-dia, através da nossa rotina normal. Felizmente, há muito que enquanto consumidores podemos fazer para ajudar a mitigar o problema.

Na página Climate Action da ONU, há um conjunto de conselhos gerais que podemos seguir para começar a resolver o problema. O nosso conselho é que comece por ter consciência de como os seus hábitos contribuem para as emissões de CO2. Para tal, a ONU disponibiliza uma calculadora que lhe permite ver, em traços gerais, quantas toneladas de CO2 produz. 

Por exemplo, um português médio é responsável por emitir anualmente 14 toneladas de CO2, mas pode optar por fazer um cálculo detalhado que lhe diz exatamente quantos quilos de CO2 os seus hábitos produzem num ano. No final, pode compensar as suas emissões investindo nos projetos verdes da ONU. O dinheiro investido nestes certificados vai na totalidade para estes projetos certificados pela ONU. Enquanto consumidor, pode escolher um que seja da sua preferência e quanto quer investir.

Reduzir

Claro que compensar pelo CO2 que emitimos é o último recurso ao qual devemos recorrer. A ONU aconselha a que reduzamos as nossas emissões através da mudança de hábitos, o que pode significar algo como escolher a bicicleta ou o transporte público em vez do carro, reduzir o consumo de eletricidade lá em casa ou outro.

Em baixo, deixamos-lhe algumas ideias para o ajudar a diminuir a sua pegada de carbono.

1 – Eletricidade verde

Sabia que há várias empresas de eletricidade que já disponibilizam produtos verdes? Neste tipo de contrato, o prestador garante que toda a eletricidade consumida provém de fontes renováveis.

2 – Transportes públicos e bicicleta

Optar sempre que possível por andar de transportes públicos, bicicleta ou mesmo a pé para pequenos percursos é também uma forma de reduzir a quantidade de CO2 que produzimos. Por exemplo, sabia que conduzir uma média de 8 mil quilómetros por ano num carro a gasolina pequeno, produz cerca de 70 toneladas de CO2? E 8 mil quilómetros por ano pode ser média conservadora, dado que corresponde a cerca de 30km diários, não contando com fins de semana.

3 – Eficiência energética

Procure os maiores consumidores de energia elétrica lá em casa (frigoríficos, placas e fornos elétricos, máquinas de lavar louça…) e opte por modelos mais eficientes, com etiqueta A+++. Mas a boa eficiência energética não se limita aos eletrodomésticos. Uma boa parte da energia gasta em climatização (ar condicionado e aquecimento) pode ser poupada investindo no isolamento da sua casa. E não se esqueça de trocar as suas lâmpadas antigas por modelos mais eficientes LED, que gastam apenas uma fração da energia dos modelos de lâmpadas incandescentes.

4 – Reduzir consumo

Precisa mesmo de comprar um telemóvel novo? Ou uma nova TV? Reduzir a compra de produtos novos ao indispensável tem várias vantagens: não só diminuímos a quantidade de lixo produzido, como poupamos nas emissões de CO2. Até 2020, só os smartphones deverão ser responsáveis por 125 megatoneladas de CO2, sendo que entre 85 a 95% destas emissões terão origem no fabrico destes dispositivos. Isto inclui não só a energia necessária para manter uma fábrica a funcionar, por exemplo, mas também a energia usada para extrair os minerais necessários à sua fabricação. Conheça os 8 R's da Sustentabilidade.

5 – Alimentação

Ser mais consciente na altura de comprar comida, pode também ser uma forma de poupar o ambiente. Preferir alimentos locais, por exemplo, é uma boa estratégia, que ajuda a poupar nas emissões de CO2. E porquê? Porque se evita o transporte e consequente queima de combustível. Reduzir o consumo de carne é também uma boa estratégia. Apesar de o impacto ambiental da produção de carne variar segundo os métodos utilizados, a Food and Agriculture Organization (FAO) indica que esta indústria é uma das maiores fontes globais de gases com efeito de estufa. 

Os mais aventureiros, podem experimentar algo totalmente diferente e trocar a proteína da carne pela dos insetos. A própria FAO fala nos insetos como uma alternativa para alimentar uma população cada vez maior que terá necessidade de aceder a proteína de alta qualidade. Já há até empresas que já estão a comercializar produtos baseados na proteína de grilo como uma alternativa à carne tradicional. Neste site, pode ainda ver gráficos que comparam os recursos consumidos pelos grilos relativamente à carne tradicional.

Reduzir significativamente essa pegada é um passo essencial para acabar com o abuso ecológico e viver dentro dos limites propiciados pelo planeta. Assim, pessoas conscientes, preocupadas com os problemas ambientais e com as mudanças climáticas, devem estar sempre procurando alternativas viáveis para reduzir sua pegada.

Com isso, listamos aqui 10 dicas para te ajudar nessa tarefa do dia a dia.

1) Estabeleça um marco

O primeiro passo é calcular a sua pegada de carbono atual. A partir deste marco, é possível fixar metas e orientar-se para estilos de vida mais sustentáveis, promovendo as mudanças necessárias no seu dia a dia.

2) Não desperdice alimentos

O que você come contribui para a sua pegada de carbono. Para a produção dos alimentos utilizam-se inúmeros recursos, há grandes custos com transporte e elevados níveis de poluição.

Então, não deixe seus alimentos estragarem! Compre apenas o necessário e sempre faça uma lista de compras. Ainda, dê preferência aos orgânicos e a produtos com pouca embalagem (prefira a granel).

3) Tenha uma composteira doméstica

Essa dica auxilia também a seguir o passo anterior, já que consiste na “reciclagem” de restos de alimentos. Através da compostagem doméstica você transforma resíduos orgânicos que seriam desperdiçados em adubo para sua horta ou jardim, minimizando os impactos do seu consumo diário.

4) Consuma menos carne

Na cadeia produtiva, os alimentos emitem carbono em todas as etapas. A produção de carne vermelha é a que tem impacto mais significativo. Assim, evite o consumo de carne pelo menos uma vez na semana. Com isso, você poupa os enormes gastos de água e energia que ocorrem no processo de produção da carne, uma das indústrias mais poluidoras e impactantes atualmente. Se conseguir manter essa dieta mais vezes na semana, melhor ainda.

5) Compre com critérios

É importante saber o que você está comprando! O excesso de hábitos consumistas (cultura dos descartáveis) é um dos fatores que mais contribui para o esgotamento das reservas naturais do planeta.

Frente a isso, prefira marcas que sigam princípios socioambientais e éticos. Aqui na Armário Orgânico, por exemplo, buscamos sempre diminuir a pegada de carbono dos nossos produtos, priorizando métodos menos nocivos ao meio ambiente ao longo de toda cadeia produtiva. Utilizamos matérias-primas sustentáveis para confecção das nossas camisetas, seguindo os conceitos de reciclagem e reutilização e cultivos orgânicos, minimizando a degradação ambiental e as emissões de CO2, produzindo peças exclusivas e atemporais que possuem vida útil prolongada.

Contribua com esse tipo de projeto! Você estará colaborando para reduzir a desigualdade social e promover o desenvolvimento econômico no rumo da sustentabilidade.

6) Prefira produtos fabricados localmente

Transportar os produtos do local onde foram produzidos até o local onde são processados e embalados e depois até a loja ou supermercado tem custos ambientais. Na indústria da moda (fast fashion) isso é bastante comum, onde as peças circulam pelo mundo antes de chegar às lojas e ao consumidor final. Um sistema nada sustentável.

Ao escolher produtos locais, você irá não só reduzir a sua pegada de CO2, como também irá apoiar os produtores locais ao invés das grandes corporações. Fique atento às etiquetas, escolha o Feito no Brasil e estimule o comércio justo e de qualidade.

7) Evite sacolas plásticas

Como já falamos aqui no blog, o lixo plástico é um grande problema ao ambiente. Além de ter derivados do petróleo em sua composição, demora muitos anos para se degradar.

Fuja desse tipo de material. No mercado/feira, tenha a sacola reutilizável (ecobags) como sua melhor amiga. E em casa, substitua as sacolinhas de lixo por sacolas feitas com jornal.

8) Siga os R's da Sustentabilidade

Aplique os 8 R's da sustentabilidade no seu dia a dia e contribua com a diminuição das emissões de CO2. Repense, reduza, reutilize, recicle, recuse, respeite, responsabilize-se e repasse. Use a criatividade. Através desses hábitos você irá reduzir a produção de lixo, poupar energia e água, evitar poluição desnecessária, diminuir a demanda por recursos naturais e aumentar a vida útil das suas coisas.

9) Use menos o carro

O transporte é um dos maiores vilões na pegada de carbono global. Então, diminua sua quilometragem. Movimente-se! Ande mais a pé e de bicicleta, use o transporte coletivo, estabeleça um sistema de caronas solidárias com seus colegas e/ou invista em carros mais econômicos

É importante também manter a revisão do seu carro em dia e sempre calibrar os pneus, de modo a assegurar a sua eficiência na estrada.

Não é fácil deixar o carro na garagem, comece devagar, faça pequenas alterações, um pouco de cada vez. Além disso, andar a pé ou de bicicleta é muito melhor não só para o ambiente, mas também para a sua saúde.

10) Invista em energias alternativas

Diminua sua dependência por combustíveis fósseis. Aposte em fontes de energia renováveis para conseguir uma energia mais limpa, tais como a solar, consumindo combustíveis alternativos e que respeitem mais o meio ambiente. Evite também o consumo desnecessário de energia.


Fonte: Green Savers

FREE ELECTRIC: A BIKE QUE GERA ENERGIA PARA TODA A CASA COM UMA HORA DE PEDALADA


Uma hora por dia de exercícios na bicicleta ergométrica, além de fazer bem à saúde, pode ajudar o meio ambiente. Como? Produzindo a eletricidade necessária para alimentar nossas casas.

Este é o caminho tomado pelo bilionário Manoj Bhargava, conhecido através do documentário Billions in Change. A bike especial se chama Free Electric e será difusa na Índia no ano que vem (2016), prometendo levar o acesso à energia limpa àqueles que não a tem.

A ideia do bilionário norte-americano de origem indiana é dar uma mão aos necessitados, mas com um olho no meio ambiente. É por isso que ele está utilizando grande parte de sua fortuna para um projeto muito maior, do qual faz parte esta bicicleta ergométrica.

A bike transforma a energia cinética gerada durante o pedal, em energia elétrica, que é por sua vez armazenada numa bateria. As primeiras 50 bikes serão testadas em 20 pequenas aldeias no norte do estado de Uttarakhand, antes do seu grande lançamento que deverá ocorrer no primeiro trimestre de 2016. O magnata planeja implantar na Índia 10.000 de suas bicicletas que, depois de terem sido pedaladas por uma hora, garantirão um dia cheio de energia elétrica.


"Há mais de sete bilhões de pessoas no mundo, e nós enfrentamos grandes desafios que afetam a todos nós. Aqueles que têm mais, devem ajudar aqueles que não têm e temos que agir agora", afirma Bhargava.


Em Detroit, sua equipe também está trabalhando no assim chamado Stage 2 Innovations lab, em que se estudam maneiras de tornar potável a água salgada e de produzir energia limpa em todos os lugares.

Esta é a missão de Billions in Change. Tecnologias simples já existente e que pode realmente fazer a diferença.

Veja aqui, o documentário:



“Os projetos não precisam do seu dinheiro, mas da sua voz. Falando com os seus amigos, com líderes e nas redes sociais sobre soluções reais para os problemas mais urgentes do mundo, vocês ajudarão a levar avante este movimento.”

Falta vontade política para investir em energia solar, afirma professor


Há muito tempo setores da sociedade nacional e internacional discutem a necessidade da mudança das principais matrizes energéticas, principalmente em virtude dos impactos ambientais provocados por meios mais tradicionais de geração de energia, como através da queima de combustível, construção de hidrelétricas, extração de carvão etc.

Precisamos de soluções renováveis e que consigam permitir o desenvolvimento humano sem agredir o meio ambiente. Dentre as alternativas, a energia solar sempre foi apontada como uma saída ecologicamente e politicamente correta e ainda comprovadamente eficaz.

Porém, por que não é tão difundida e aplicada mundo afora?

Segundo o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e autor do artigo “Energia Solar, por que não deslancha?”, Heitor Scalambrini Costa, falta vontade política para tirar grandes projetos do papel e tornar a energia solar uma realidade eficaz no Brasil.

De acordo com o especialista de toda a energia elétrica produzida no Brasil, apenas 0,02% tem como origem a energia solar obtida pelos sistemas fotovoltaicos. “Tudo é questão da vontade política, ou seja, querer que essa fonte de energia tenha uma participação maior do que o 0,02% na nossa matriz elétrica do Brasil”, afirmou Scalambrini em entrevista recente à Rádio Nacional AM Brasília.

Ainda de acordo com o professor, outro dado que justificaria maior investimento em painéis fotovoltaicos para geração de energia através do sol é que o Brasil, especificamente, é um dos países que mais recebe insolação durante todo o ano, passando de mais de 3000 horas em 365 dias. “Faltam subsídios para que esta tecnologia cresça no Brasil, assim como aconteceu com outros setores da economia brasileira, principalmente no setor automotivo que contou com benefícios governamentais no passado e cresceu muito por aqui”, complementou Heitor.

Scalambrini também reforçou que existem duas maneiras de se obter energia através do sol: a primeira é transformá-la diretamente em calor por meio de coletores solares que funcionam para aquecimento de água em chuveiros, por exemplo. A mesma tecnologia pode ser aplicada na indústria para movimentação de máquinas. A outra maneira, mais conhecida e defendida por especialistas, é a instalação de painéis fotovoltaicos que geram energia elétrica diretamente através de semicondutores e células fotovoltaicas.

“Muitas casas nas regiões sul e sudeste já trocaram chuveiros elétricos por modelos que utilizam o aquecimento da água por energia solar, economizando na conta no final do mês e contribuindo para o meio ambiente. Todavia, essa participação da energia solar precisa ser ainda maior no Brasil”, informou o professor.

Falta de informação ainda é um problema

Para o professor, muitas pessoas ainda têm preconceito ou mesmo falta de conhecimento sobre os benefícios da energia solar, o que dificulta investimentos de empresas em painéis fotovoltaicos e também impede a criação de mais linhas de créditos de bancos para o público.

AKON LEVARÁ ENERGIA LIMPA A MILHÕES DE PESSOAS NA ÁFRICA


Akon, o cantor norte-americano de R&B e hip hop, de ascendência senegalesa, indicado ao Grammy por “Smack That”, quando não está trabalhando com a música, se ocupa do meio ambiente e da energia renovável para melhorar a qualidade de vida da população africana.

Em Bamako, Mali, nascerá uma verdadeira Solar Academy que irá ajudar os engenheiros e empresários africanos a desenvolverem habilidades que lhes permitam produzir energia solar.

Especialistas com formação na área e munidos dos equipamentos necessários, estarão à disposição para ajudar aos participantes.


O objetivo da Solar Academy é ensinar as pessoas a como construir plantas para a produção de energia solar e como cuidar de sua manutenção. "Nós temos o sol e as tecnologias inovadoras para trazer eletricidade para lares e comunidades. Agora precisamos desenvolver as capacidades dos africanos." - Disse Samba Bathialy, fundador da Akon Lighting África com Akon e Thione Niang.


Akon é um dos porta-vozes da revolução solar que está chegando na África. No final de maio, a estrela anunciou a notícia, que foi muito bem acolhida pelo público. A ideia é permitir que a África possa aproveitar ao máximo do seu sol, uma fonte renovável e abundante, para a produção de energia.

A África goza de cerca de 320 dias de sol por ano, uma perspectiva que faz com que seja muito fácil produzir energia limpa através do sol. A iniciativa de Akon é definida como uma forma incrível de compromisso e tem sido muito aguardada. Finalmente, pessoas que têm um bom acesso ao dinheiro estão optando por ajudar a África.


Akon pensa grande e espera ajudar, pelo menos, 600 milhões de habitantes que, de acordo com as últimas estimativas, não têm acesso à eletricidade. Esperamos que o projeto se concretize e siga no seu melhor.



Vantagens e desvantagens da energia eólica


A utilização da energia eólica comporta numerosas vantagens face às energias tradicionais e mesmo em comparação com outros tipos de energias renováveis, em função do seu maior desenvolvimento.

A energia eólica é muitas vezes não compreendida pelas populações, principalmente pelas populações mais próximas dos parques eólicos, mas a energia eólica possui inúmeras vantagens para a sociedade em geral, desde a redução da dependência dos combustíveis fósseis até à criação de empregos.

Apesar das aparentes vantagens no uso de energia eólica para a produção de energia elétrica, este tipo de aproveitamento energético eólico apresenta também desvantagens e impactos significativos principalmente no uso de grandes aerogeradores, parques e usinas eólicas.

O seu aproveitamento para encher as velas dos barcos coincide com o começo das grandes civilizações e, marcou, substancialmente, a diferença entre elas.

Fenícios, Gregos, Romanos, e mais tarde os portugueses utilizaram-no para mover, total ou parcialmente, os seus barcos, visando o comércio, conquistando novos domínios ou explorando mares desconhecidos.

Foi a partir do século V que a utilização desta forma de energia se estendeu a terra firme e, mais concretamente, nos séculos XII e XIII com a aparição dos primeiros moinhos hidráulicos e de vento (que tanto caracterizaram a paisagem).

Posteriormente, desempenhou um papel fundamental no sistema industrial do século XVI. O vento convertia-se, assim, numa das principais fontes de energia, não animal, da humanidade, até à aparição dos primeiros motores a vapor e de combustão no início do século XIX.


Hoje em dia, está a impulsionar-se a aparição deste elemento com fins lúdicos ou comerciais, numa simbiose da tecnologia de vanguarda e a antiga sabedoria.

Principais vantagens da energia eólica

Vantagens para a sociedade em geral
  • É inesgotável;
  • Não emite gases poluentes nem gera resíduos;
  • Diminui a emissão de gases de efeito de estufa (GEE).
Vantagens para as comunidades onde se inserem os Parques Eólicos
  • Os parque eólicos são compatíveis com outros usos e utilizações do terreno como a agricultura e a criação de gado;
  • Criação de emprego;
  • Geração de investimento em zonas desfavorecidas;
  • Benefícios financeiros (proprietários e zonas camarárias).
Vantagens para os governos
  • Reduz a elevada dependência energética do exterior, nomeadamente a dependência em combustíveis fósseis;
  • Poupança devido à menor aquisição de direitos de emissão de CO2 por cumprir o protocolo de Quioto e diretivas comunitárias e menores penalizações por não cumprir;
  • Possível contribuição de cota de GEE para outros sectores da atividade econômica;
  • É uma das fontes mais baratas de energia podendo competir em termos de rentabilidade com as fontes de energia tradicionais.
Vantagens para os promotores
  • Os aerogeradores não necessitam de abastecimento de combustível e requerem escassa manutenção, uma vez que só se procede à sua revisão em cada seis meses.
  • Excelente rentabilidade do investimento. Em menos de seis meses, o aerogerador recupera a energia gasta com o seu fabrico, instalação e manutenção.

Principais desvantagens da energia eólica
  • A intermitência, ou seja, nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é necessária, tornando difícil a integração da sua produção no programa de exploração;
  • Pode ser ultrapassado com as pilhas de combustível (H2) ou com a técnica da bombagem hidroelétrica.
  • Provoca um impacto visual considerável, principalmente para os moradores em redor, a instalação dos parques eólicos gera uma grande modificação da paisagem;
  • Impacto sobre as aves do local: principalmente pelo choque destas nas pás, efeitos desconhecidos sobre a modificação de seus comportamentos habituais de migração;
  • Impacto sonoro: o som do vento bate nas pás produzindo um ruído constante (43 dB (A)). As habitações ou zonas residenciais mais próximas deverão estar, no mínimo a 200 metros de distância.

O que é Energia Eólica


A energia eólica diz respeito à transformação da energia do vento em energia útil, é uma forma de obter energia de forma renovável e limpa, uma vez que, não produz poluentes.

A energia eólica é uma fonte de energia que está permanentemente ao dispor do Homem.

O vento consiste num fluxo de gases em grande escala, proporcionando variações significativas ao longo do ano. Este movimento do ar em decorrência do aquecimento irregular da atmosfera pela radiação solar pode ser transformado em energia útil.

Este processo é conhecido como energia eólica e é usado para produzir energia mecânica através de moinhos de vento, produzir eletricidade ou impulsionar os veleiros através de velas. A energia eólica é renovável, limpa e é uma alternativa aos combustíveis fósseis, estando permanentemente disponível em qualquer região no Mundo.

A energia eólica “surgiu” com a crise do petróleo, nos anos 70. Um pouco por toda a Europa foi-se sentindo medo devido à escassez do petróleo, o que levou a procurar outras fontes de energia. No entanto, a origem da energia eólica não se situa exatamente na década de 70.

A origem da energia eólica é muito mais remota. Desde a antiguidade que se percebeu a força do vento. O vento era aproveitado nos barcos que se moviam impulsionados por este através de velas.

Os próprios moinhos trabalhavam graças à força do vento. Bombear água ou moer grãos para obter farinha eram conseguidos graças à energia do vento.

Como funciona a energia eólica

A energia do vento é transformada em energia elétrica através de um equipamento chamado turbina eólica (ou aerogerador), os quais incluem hélices que se movimentam com a velocidade do vento.

Um sistema eólico pode ser usado em três sistemas diferentes:
  • Sistema isolado: sistemas que se encontram privados de energia elétrica proveniente da rede pública, sendo utilizados para abastecer certas regiões;
  • Sistema híbrido: sistemas que produzem energia elétrica em simultâneo com mais de uma fonte, nomeadamente painéis fotovoltaicos ou turbinas eólicas;
  • Sistema interligado à rede: sistemas que inserem a energia produzida por eles mesmos na rede elétrica pública.
A energia do vento pode, portanto, ser aproveitada e transformada em energia elétrica e mecânica.

Hoje em dia, a energia do vento é essencialmente aproveitada para produzir eletricidade. Esta transformação é conseguida através de aerogeradores. Os aerogeradores são colocados estrategicamente em zonas ventosas, que normalmente são em zonas de maior altitude.

O vento forte é capaz de rodar as pás de uma turbina. Um aerogerador comunica com um eixo central e este, por sua vez, é acoplado a uma caixa multiplicadora (Gearbox) onde a velocidade de rotação é incrementada, segundo características específicas de cada fabricante.

Os aerogeradores possuem um sistema capaz de controlar a velocidade do rotor de forma a manter uma velocidade estável com a variação da velocidade do vento. os mais elevados e for demasiado forte, impede a rotação muito rápida do aerogerador. O gerador ligado ao transmissor mecânico produz energia elétrica.

Uma concentração ou aglomerado de aerogeradores denomina-se de parque eólico, sendo utilizados para produzir energia elétrica, geralmente para alimentar localidades remotas e distantes da rede de transmissão.

Existem dois tipos de parques eólicos, onshore e offshore, os parques eólicos onshore encontram-se localizados em terra ao largo da costa marítima ou no interior. 

Os parques eólicos offshore são parques onde os aerogeradores são instalados no mar. 


Energia eólica no Brasil

O Brasil apresenta uma grande potencial eólico, sobretudo nas regiões sudeste, nordeste e sul do país. Infelizmente, o aproveitamento do seu potencial é pequeno, mas representa uma importante fonte de complementação à energia hidroelétrica, da qual o Brasil é fortemente dependente.

Com a criação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) em 2002, o setor elétrico no Brasil apresentou um rápido crescimento. Este incentivo proporcionou a instalação de novos geradores em diversas locais e, no final de 2006, o país já tinha uma capacidade de produção de 237 MW.

No ano 2013, o Brasil encontrava-se na 13ª posição no ranking dos países com maior produção de energia eólica, tendo obtido uma capacidade de 1000 MW em 2011, suficiente para abastecer 400 mil habitações.

A grande expetativa no Brasil é que, em 2020, possam ser extraídos cerca de 20 GW.


Um dos grandes inconveniente a apontar à energia eólica é a poluição sonora. As turbinas não são de todo silenciosas e o desconforto pode fazer-se sentir, mesmo a grandes distâncias. Mas até esta desvantagem está a ser minimizada pela tecnologia, com uma diminuição do ruído provocado pelos aerogeradores de última geração.

A poluição visual é uma outra desvantagem apontada apenas por alguns. Não é portanto um ponto unânime. Há quem considere que um parque eólico tem grande impacto visual e há quem não considere.

Vantagens da energia eólica
  • Diminuição da dependência de combustíveis fósseis
  • Redução da emissão de dióxido de carbono na atmosfera
  • É inesgotável
  • Ótima rentabilidade de investimento (em cerca de 6 meses recupera a energia gasta com a instalação e manutenção)
  • Geração de emprego nas regiões

Desvantagens da energia eólica
  • Poluição visual, visto que parques eólicos são instalados em áreas livres para aproveitar da melhor forma os ventos
  • Poluição sonora proveniente do funcionamento dos equipamentos pode ser perturbador para a população local
  • Impactos sobre a fauna, nomeadamente a colisão de morcegos e aves
  • Variações significativas da velocidade do vento ao longo do ano, ou seja, nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é necessária em determinado local


Perante as metas ambientais traçadas para cada país são cada vez mais os países que apostam em energias renováveis, sendo a eólica alvo de grande atenção. Esta forma de energia renovável apresenta um crescimento superior a 25% por ano, a nível global.

Mas não é só a Europa que aposta na energia eólica. São mais de 80 países que contam já com a energia do vento para produzir parte da eletricidade de cada nação.

SOLAR SCHOOLS: NOS EUA A ENERGIA FOTOVOLTAICA CHEGA ÀS ESCOLAS


O Conselho Nacional de Recursos de Defesa (National Resources Defense Council - NRDC) a organização ambiental americana com mais de um milhão de membros lançou uma campanha para angariar fundos no site Indiegogo para financiar a instalação de telhados solares em escolas e capacitar as comunidades locais, envolvendo-as nos projetos.

Com telhados fotovoltaicos as escolas podem economizar nas contas de luz e usar a economia para financiar programas educativos para os alunos. Assim como aconteceu com a Universidade de Delaware com a energia eólica, dando energia solar para as escolas, as comunidades locais se potencializam, melhorando os padrões educacionais dos jovens.

Com esta ideia, o Conselho lançou o programa Solar Schools, contando com a plataforma de crowdfunding Indiegogo para recolher os 54 mil dólares necessários para os primeiros projetos experimentais (3, talvez 5).

Quando tiverem arrecadado todo dinheiro necessário a NRDC envolverá as comunidades locais para definir os detalhes do projeto e buscará envolver ativistas, estudantes, pais e professores na empresa, com o sol ao poder da escola. Isso também fortalece a comunidade local.