Mostrando postagens com marcador MICROGERAÇÃO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador MICROGERAÇÃO. Mostrar todas as postagens

ANEEL fará audiência pública para debater regras de microgeração


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (22) a abertura de audiência pública para discutir alterações nas regras da mini e microgeração de energia elétrica, a chamada geração distribuída. Por esse modelo, o consumidor é quem produz a própria energia, a exemplo do uso de painéis solares. A audiência pública ocorrerá entre os dias 24 de janeiro e 19 de abril.

Pelas regras atuais, quem produz a própria energia pode injetar a energia excedente gerada na rede da distribuidora. Essa energia pode ser utilizada para abater até a totalidade da conta de luz de uma ou mais unidades do mesmo titular.

No modelo atual, os consumidores não pagam pelo uso da rede de fios das distribuidoras de energia. De acordo com a Aneel, a audiência tem por objetivo analisar diferentes alternativas para “o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, previstos na Resolução Normativa 482/2012, tendo em vista a necessidade de definir uma forma de valoração da energia injetada na rede que permita o crescimento sustentável da geração distribuída no Brasil.”

Dados da Aneel mostram que, atualmente, há mais de 53 mil unidades consumidoras usando o sistema de micro ou minigeração distribuída e gerando um total de 660,13 MegaWatts (MW) de energia, a maior parte delas usam placas solares para gerar energia.

A distribuidora guarda essa sobra da energia para ser usada em momentos que o sistema não está gerando energia. Assim, a energia injetada na rede pelo micro ou minigerador acaba sendo valorada pela tarifa de energia elétrica estabelecida para os consumidores.

A proposta da Aneel é que as regras atuais sejam mantidas até que a potência de micro e minigeração distribuída instalada em cada distribuidora alcance determinado nível, tanto para sistemas remotos como locais (quando a compensação ocorre no mesmo endereço onde a energia é gerada).

Segundo a agência, “a manutenção das regras atuais indefinidamente pode levar a custos elevados para os demais usuários da rede, que não instalaram geração própria. Nesse sentido, seria necessária uma modificação nas regras após uma maior consolidação do mercado de geração distribuída.”

O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que as novas regras valerão para os novos usuários na geração distribuída. Para quem já está no mercado, valem as regras atuais. “Temos estabilidade regulatória, a regulação é para o futuro, para novos entrantes”, disse Pepitone para quem o crescimento da geração distribuída é um “movimento inexorável, que permite o empoderamento do consumidor”.

A revisão nos regulamentos terá sessões presenciais no dia 21 de fevereiro, em Brasília, e em 14 de março, em São Paulo. Uma terceira reunião será realizada em Fortaleza (CE), em 11 de abril.


Aneel abre audiência para analisar de regras para geração distribuída

Agência quer colher subsídios para encontrar alternativa de cobrança para o uso da rede de distribuição por microgeradores, os consumidores que produzem sua própria energia. foto: Rodrigo Nunes/Esp. CB/D.A Press

Como quem produz a própria energia, por meio de painéis fotovoltaicos ou outras fontes, utiliza a rede elétrica pagando pelo uso do fio o mesmo que os consumidores convencionais, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, nesta terça-feira (22/1), a abertura de audiência pública para colher subsídios que permitam uma alteração regulatória na Resolução Normativa 482/2012, que trata das regras para micro e minigeração distribuída. 

As distribuidoras temem que, com o aumento exponencial de consumidores que geram a própria energia, o negócio das concessionárias seja prejudicado, com aumento de custo e, consequente, reflexo na tarifa rateada entre todos os brasileiros. Isso, porque a micro e a minigeração distribuída (realizadas por consumidores que também são produtores) utilizam a rede elétrica nas duas direções: tanto para consumir energia, quando não gera, quanto para injetar o excedente na rede. O pagamento pelo uso do fio, no entanto, é pela tarifa convencional.

Continua depois da publicidade

Desde o ano passado, o diretor geral da Aneel, André Pepitone, vem afirmando que a revisão da regulação sobre o tema é necessária que seria realizada em 2019. Hoje, a diretoria da agência deu o primeiro passo: abriu uma consulta pública. A audiência ocorrerá entre 24 de janeiro e 19 de abril deste ano, com sessões presenciais em 21 de fevereiro, em Brasília (DF) e, em 14 de março, em São Paulo (SP). Uma terceira reunião será realizada em Fortaleza (CE), em 11 de abril.

Alternativas

Segundo a Aneel, o “objetivo da tomada de subsídios é analisar diferentes alternativas para o sistema de compensação de energia elétrica, tendo em vista a necessidade de definir uma forma de valoração da energia injetada na rede que permita o crescimento sustentável da geração distribuída no Brasil”.

“Os estudos, porém, indicam que a manutenção das regras atuais indefinidamente pode levar a custos elevados para os demais usuários da rede, que não instalaram geração própria. Nesse sentido, seria necessária uma modificação nas regras após uma maior consolidação do mercado de geração distribuída”, afirmou o órgão regulador.

Pepitone destacou que, quando forem aprovadas, as novas regras valerão para os novos entrantes na geração distribuída. Para quem já está no mercado, valem as regras atuais. “Temos estabilidade regulatória, a regulação é para o futuro, para novos entrantes”, disse. Por conta disso, o crescimento de novos micro e minigeradores vem sendo exponencial desde o ano passado.

Energia Solar teve bom crescimento em 2018, passa de dois mil MW e projeta um ano ainda melhor


A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) confirmou que o Brasil ultrapassou a marca histórica de 2 mil megawatts (MW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica conectados na matriz elétrica nacional em 2018. E acredita que esta trajetória de crescimento seguirá em ritmo acelerado em 2019. 

Segundo a associação, o setor solar fotovoltaico ultrapassará a marca de 3 mil MW até o final do ano, atraindo ao País mais de R$ 5,2 bilhões em novos investimentos privados, com a instalação de mais de 1 mil MW adicionais em sistemas de pequeno, médio e grande porte. Com isso, diz a ABSOLAR, o crescimento anual do mercado será de 88,3% frente ao crescimento do ano de 2018, ajudando a acelerar a economia nacional.

O presidente do conselho de administração da associação, Ronaldo Koloszuk (foto), diz que “O mito de que a energia solar fotovoltaica era cara já caiu por terra. Já é uma das fontes renováveis mais competitivas do Brasil, com retornos sobre investimento entre 3 e 7 anos na geração distribuída. Com isso, a energia solar fotovoltaica crescerá mais de 80% em 2019 e será uma grande locomotiva de prosperidade, contribuindo para o progresso e desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil. 

Este será mais um ano radiante para o mercado solar fotovoltaico brasileiro, repleto de boas oportunidades, novos negócios, atração de investimentos e geração de mais empregos. O País tem um potencial solar privilegiado e poderá se tornar uma das principais lideranças em energia solar fotovoltaica no planeta ao longo dos próximos anos”.

No segmento de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica, composto por sistemas de pequeno e médio porte instalados em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos, a ABSOLAR projeta um crescimento do mercado de mais de 97% frente ao total adicionado em 2018, com a entrada em operação de 628,5 MW em 2019, totalizando 1.130,4 MW até o final do período. 

Com este avanço a participação do segmento de geração distribuída no mercado solar fotovoltaico brasileiro subirá de 21,9% até 2018 para 34,2% até o final de 2019, demonstrando a relevância cada vez maior deste mercado para o setor.

Já no segmento de geração centralizada solar fotovoltaica, composto por usinas de grande porte, a ABSOLAR projeta a adição de mais de 380 MW, número muito inferior às expectativas do mercado. O pequeno volume é resultado do cancelamento, pelo Ministério de Minas e Energia, de dois leilões de energia solar fotovoltaica que seriam realizados em 2016. 

A situação diminuirá a participação do segmento de geração centralizada no mercado solar fotovoltaico brasileiro de 78,1% até 2018 para 65,8% até o final de 2019, evidenciando o impacto negativo do cancelamento dos leilões de energia de 2016.

Aneel começa debate para mudar regras sobre geração distribuída a partir de 2020

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu nesta terça-feira uma audiência pública sobre proposta que prevê mudanças a partir de 2020 nas regras da chamada geração distribuída, modelo em que consumidores têm sua demanda atendida por painéis solares ou outras formas de geração própria.

Linhas de transmissão de alta tensão em Brasília 31/08/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino Foto: Reuters

A revisão nos regulamentos, que já era prevista, acontece em meio a um acelerado crescimento dessa modalidade de geração, que saiu quase do zero em 2012, quando as regras foram introduzidas, para mais de 660 megawatts atualmente, ou 53,5 mil sistemas instalados pelo país.

A geração distribuída (GD) tem atraído investimentos de grandes elétricas no Brasil, como Engie, AES e CPFL, da chinesa State Grid, entre outras, e movimentado ainda uma série de pequenos instaladores e vendedores de sistemas de geração, principalmente com placas solares.

Mas a modalidade sofre críticas das distribuidoras de energia, que alegam que os incentivos dados à tecnologia geram custos para elas e os demais consumidores.

"Em grandes linhas, o sinal (que queremos dar) é de que a geração distribuída é inexorável... estamos atentos ao que está acontecendo no mundo, e a realidade é que não podemos impedir seu avanço no Brasil. Pelo contrário, nós como agência reguladora estamos aqui para dar os sinais corretos", defendeu o diretor-geral da Aneel, André Pepitone.

"Temos que fazer isso com equilíbrio, para que não ocasione sobre custos ao consumidor... para permitir o avanço da GD aliado ao sinal econômico correto para o segmento de distribuição de energia", acrescentou.

Pela regra atual, toda energia gerada pelas instalações de geração dos consumidores é descontada da conta de luz.

A proposta da Aneel, apresentada pelo diretor Rodrigo Limp, é de que a partir de determinados patamares em termos de sistemas instalados a regra mude e alguns custos gerados pela geração distribuída sejam abatidos dos créditos gerados pelos consumidores, de forma a evitar custos maiores para os clientes que não adotaram a tecnologia.

Nesse modelo, haveria "gatilhos" que acionariam o novo e menos generoso cálculo para as compensações.

No caso de instalações de geração no mesmo endereço do consumidor, como placas solares em telhados, a regra mudaria a partir do atingimento de certa capacidade em sistemas na rede de uma mesma distribuidora.

Em instalações remotas, como fazendas solares construídas para atender clientes, também seria mantido o atual modelo até certo patamar em cada distribuidora, com a regra ainda endurecendo novamente no futuro após registrada uma segunda marca.

O objetivo, segundo Limp, seria permitir que a tecnologia se consolide antes da aplicação das regras mais severas --ele afirmou que deve ser possível ao Brasil chegar a 3,365 gigawatts em capacidade em sistemas de geração em telhados e 1,25 gigawatt em sistemas remotos antes de qualquer mudança prática.

Investidores do setor de energia solar pediam que não houvesse qualquer alteração nas normas, mas o diretor defendeu que manter o atual regulamento no longo prazo geraria custos bilionários para os consumidores que não possuem geração própria.

"Essa proposta não é de forma alguma uma proposta final da agência, muito pelo contrário, é o início de um debate", afirmou Limp.

A audiência pública sobre as regras ficará aberta até 19 de abril. Ela faz parte de um processo já previsto desde 2015, segundo o qual as normas passariam por uma revisão "com foco no aspecto econômico" até o final de 2019.

Os diretores da Aneel também ressaltaram que eventuais mudanças não impactarão clientes que já instalaram sistemas de geração distribuída, mas apenas para aqueles que o fizerem após a formalização das novas regras, a partir de 2020.

DISTRIBUIDORAS RECLAMAM

As distribuidoras de energia, principais opositoras de um crescimento mais acelerado na geração distribuída, alegaram que regras mais restritivas poderiam reduzir a velocidade, mas não impediriam o crescimento da tecnologia.

O diretor da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia (Abradee) Marco Delgado argumentou que alguns investimentos em GD têm se pago em até três anos e apresentado taxa interna de retorno de 20 por cento, enquanto mesmo o cenário menos generoso em incentivos aumentaria o prazo de payback em 2,5 anos e levaria o retorno a 12 por cento.

"Em nenhum cenário há estagnação (da tecnologia), o que estamos falando aqui é da velocidade (com que ela irá se desenvolver)", disse.

Quênia aposta em microgeração solar para universalizar acesso à energia


O governo do Quênia lançou, no mês passado, a Estratégia Nacional de Eletrificação do Quênia (KNES). Desenvolvida em parceria com o Banco Mundial, a KNES fornece um roteiro para alcançar o acesso universal à eletricidade para todos os cidadãos até 2022.

Com a ajuda da ferramenta geoespacial, a estratégia identificou opções de menor custo para levar eletricidade a residências e empresas em todo o país. A estratégia reconhece o papel fundamental desempenhado pelas opções off-grid, mini-redes e sistemas solares autônomos que complementam a extensão e a intensificação da rede. Ainda destaca o papel crucial que o setor privado terá de desempenhar no fornecimento de soluções off-grid para residências, empresas e centros de serviços comunitários no Quênia em partes remotas do país.

“Uma tremenda conquista na ampliação da conectividade tem sido feita nos últimos anos. O acesso total à eletricidade agora é de 75%. No entanto, havia a necessidade de criar uma nova estratégia para lidar com os desafios de trazer o país inteiro sob eletrificação de uma maneira economicamente viável”, disse Hon. Charles Keter, secretário do Ministério da Energia.

Cerca de um bilhão de pessoas no mundo não têm acesso à eletricidade. A África Subsaariana e o sul da Ásia continuam sendo as áreas do mundo com o maior déficit de acesso. No cenário atual, cerca de 700 milhões de pessoas continuarão a viver sem eletricidade em 2030 e 90% delas estarão na África Subsaariana.

De olho no futuro

O acesso universal à eletricidade é um requisito fundamental para atingir as metas de desenvolvimento do Quênia sob a Visão 2030 de se tornar um país recém-industrializado e de renda média. As famílias e empresas quenianas precisarão de energia a preços competitivos, confiáveis, seguras e sustentáveis ​​para cumprir suas prioridades da Big Four Agenda: moradia, fabricação, segurança alimentar e assistência médica universal.

“Atualmente, o Banco está financiando a eletrificação do Projeto de Modernização da Eletricidade do Quênia (KEMP) e do Projeto de Acesso Solar off-grid do Quênia (KOSAP), que tem como objetivo conectar 235 mil e 1,3 milhões de novos beneficiários, respectivamente”, afirmou o diretor do Banco Mundial na África, Felipe Jaramillo.

A Estratégia de Eletrificação implantará tecnologia geoespacial para desenvolver um mecanismo que forneça dados de planejamento objetivos. Esses dados ajudarão os formuladores de políticas nacionais e municipais a tomar decisões informadas sobre os investimentos em rede e fora da rede necessários para a prestação de serviços elétricos.

Energia solar fotovoltaica atinge marca histórica de 500 MW em microgeração e minigeração distribuída no Brasil


O Brasil acaba de atingir a marca histórica de 500 megawatts (MW) de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos.

Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99,5% das instalações do País.

A energia solar fotovoltaica agrega inúmeros benefícios para o progresso do Brasil, dentre eles: redução de gastos com energia elétrica, atração de investimentos, geração de empregos locais de qualidade, redução de impactos ao meio ambiente, redução de perdas elétricas na rede nacional, postergação de investimentos em transmissão e distribuição e alívio do sistema elétrico em horários de alta demanda diurna, como nos meses de verão.

Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 75,5% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (16,8%), consumidores rurais (4,3%), indústrias (2,7%), poder público (0,7%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,01%).

Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar fotovoltaica, com 43,2% da potência instalada no País, seguidos de perto por consumidores residenciais (35,7%), indústrias (10,3%), consumidores rurais (7,3%), poder público (3,2%) e outros tipos, como serviços públicos (0,3%) e iluminação pública (0,01%).

De acordo com a entidade, o Brasil possui hoje 49.177 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental a 60.090 unidades consumidoras, somando mais de R$ 2,6 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do País.

O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, ressalta que o crescimento da microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica é impulsionado por três fatores principais: 
  1. a forte redução de mais de 83% no preço da energia solar fotovoltaica desde 2010; 
  2. o forte aumento nas tarifas de energia elétrica dos consumidores brasileiros, pressionando o orçamento de famílias e empresas; e 
  3. o aumento no protagonismo e na responsabilidade socioambiental dos consumidores, cada vez mais dispostos a economizar dinheiro ajudando, simultaneamente, a preservação do meio ambiente.

Fonte: ABSOLAR.

O que muda na conta de energia após a instalação do sistema fotovoltaico?


Para as contas das unidades de baixa tensão, além das mudanças no layout, foram detalhadas informações sobre a instalação, quantidade de energia consumida e injetada na rede, saldo de créditos com a concessionária, entre outras.

Após a instalação do sistema fotovoltaico, sua fatura de energia passará por algumas alterações. Saiba quais são e entenda as informações adicionadas!

A partir da criação do “Sistema de Compensação de Energia Elétrica” regulamentado pela ANEEL em 2012 através da Resolução Normativa REN nº 482, os consumidores de energia passaram a ter a possibilidade de gerar a própria energia. Com esta possibilidade, todos os consumidores que instalaram seus sistemas fotovoltaicos puderam observar uma mudança na conta de luz. A mais facilmente percebida foi a redução no valor da conta. Contudo, houve outras mudanças. Novas informações foram acrescentadas à conta de energia e os consumidores passaram a acompanhá-la com maior frequência.

Este acompanhamento foi suficiente para perceber alguns erros nas faturas. Tanto no que diz respeito às informações de leitura, quanto às informações de faturamento.

Por este motivo, explicaremos as principais mudanças que ocorreram na fatura de energia (das unidades consumidoras atendidas em baixa tensão) que podem auxiliar a esclarecer dúvidas e identificar erros.

As principais modificações que ocorreram na fatura de energia depois da instalação do sistema fotovoltaico foram nos campos: Classe e Subclasse, Informações Técnicas, Informações Gerais e Valores Faturados. Vamos ver o que mudou em cada campo.


Como era e como ficou a conta de luz antes do Sistema Fotovoltaico?

Vejamos cada um dos itens que sofreram modificações na fatura de energia dos consumidores atendidos em baixa tensão.

Atenção! As informações analisadas neste blogpost são baseadas na fatura de energia da Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais S.A. O layout e as expressões utilizadas podem variar de acordo com a concessionária de sua região, mas representam os mesmos dados.

Figura 1 – Fatura antes da GD

  • 1. Classe e Subclasse
Também chamadas de Classificação da Unidade Consumidora.

Antes da GD: a classe a subclasse apresentavam o tipo de unidade consumidora e a configuração do circuito de alimentação (monofásico, bifásico ou trifásico).

Os tipos de unidade consumidora poderiam ser: Residencial, Industrial, Comercial, Rural, Poder Público ou Serviço Público.

Depois da GD: A subclasse ganhou uma denominação complementar. Todos os tipos de unidades consumidoras ganharam o complemento Ger. Distribuída, referente a unidade de geração distribuída de energia elétrica (em geral, os sistemas fotovoltaicos).

  • 2. Informações Técnicas
Também pode ser chamada de Discriminação da Operação.

Antes da GD: Nas informações técnicas havia apenas um tipo de registro de medição chamada Energia (kWh). E que correspondia apenas a Energia ativa consumida. Cabe destacar que dependendo da distribuidora de energia elétrica a expressão pode mudar para Energia Consumida, Energia Ativa Consumida ou, simplesmente, Energia. Todas elas referem-se ao mesmo significado e apresentam o valor de energia em kWh.

Depois da GD: Passou a apresentar, também, a Energia Injetada (em kWh), indicando o valor de energia que foi injetado na rede.

  • 3. Informações Gerais
Também chamada de informações sobre a fatura.

Antes da GD: Eram apresentadas informações das bandeiras tarifárias e outras informações sobre legislação.

Depois da GD: Passaram a ser apresentadas as informações sobre os créditos de energia, bem como sua validade.

Até momento, a única fonte de informação que registra os créditos de energia é a fatura.

  • 4. Valores faturados
Também chamado de descrição da operação.

Antes da GD: Os valores faturados apresentavam a quantidade de energia consumida, o respectivo valor do kWh (unidade de medida).

Depois da GD: Passaram a apresentar os valores faturados da quantidade de energia injetada na rede elétrica, com o respectivo valor do kWh e o valor final da energia injetada.

Dependendo da distribuidora de energia, esses valores podem ser apresentados de forma separada, indicando a Tarifa de Energia (TE) e a Tarifa do Uso do Sistema de Distribuição (TUSD).

Cada uma das parcelas que sofreram modificação estão destacadas na imagem abaixo:

Figura 2 – Fatura depois da GD


O que é importante observar?

É importante observar que o campo Informações Técnicas apresentam dados de leitura, enquanto que o campo Valores Faturados, apresenta os valores que foram considerados para aplicação da tarifa de energia e cálculo do valor da conta.

Os valores de energia injetada e consumida presentes nas informações técnicas são os mesmos que devem ser utilizados para o cálculo dos valores faturados. A estes valores serão acrescidos as bandeiras tarifárias, a contribuição de iluminação pública e os impostos. Entretanto, os valores de energia consumida apresentados no campo Informações Técnicas, devem ser os mesmos apresentados no campo Valores Faturados. O que também vale para a energia Injetada.

Outro campo importante de se observar é o de Informações Gerais. Pois, nele são apresentados os créditos de energia e a respectiva data de vencimento desses créditos. É importante verificar se os créditos estão sendo contabilizados de forma correta e a melhor forma para isso é observando e comparando com as informações das faturas anteriores. Neste campo, também será possível identificar as bandeiras tarifárias e a incidência de mais de uma, quando houver mudança de bandeira no meio do período de faturamento.


Concluindo

Após a instalação da GD há quatro principais modificações a serem observadas. Resumimos as mudanças na fatura de energia na tabela a seguir:


É importante ficar atento às modificações para identificar erros e confirmar que o faturamento está sendo realizado de forma correta.

DICA: Esse ano foi lançado o aplicativo da ANEEL, disponível na Google Play e na Apple Store e que, entre outras funções, apresenta a opção entenda sua conta:

Figura 3 – Aplicativo ANEEL


Agora que destacamos as mudanças na fatura de energia, o integrador pode acompanhar e auxiliar o consumidor final, explicando como foi o seu consumo e a economia gerada após o sistema instalado. E, ainda há a possibilidade de utilizar as informações dos sistemas de monitoramento para auditar a fatura mas, isso é tema para outro momento.

Até lá, deixe seu comentário informando se você já teve alguma dificuldade ao identificar estas informações na fatura, para explicá-las aos seus clientes ou outra dificuldade. Sua dúvida pode ser esclarecida em algum dos próximos posts.

Fonte: Gestor Solar

Microgeração de energia distribuída supera 17 mil conexões

Gerar a própria energia se tornou um grande negócio nos últimos anos. Atualmente, o Brasil apresenta 17.408 conexões, segundo a ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica). Dentre as classes de consumo (comercial, iluminação pública, industrial, poder público, residencial, rural e serviço público) o consumo residencial é o que mais se destaca, superando 13 mil conexões.

A opção por energia fotovoltaica – seja instalação comercial ou industrial – tem aumentado constantemente em todo território nacional. Os dados são atualizados constantemente pela ANEEL. Segundo a pesquisa, os estados que mais se destacam são:
  • 1° Minas Gerais - 3.858
  • 2° São Paulo - 3.363
  • 3° Rio Grande do Sul - 2.061
  • 4° Rio de Janeiro - 1.385
  • 5° Paraná - 1.300

Os estados com menos instalação do sistema de energia fotovoltaica são Amazonas com 7 conexões, Amapá com 8 e Acre com 10.

De acordo com Anaibel Novas, gerente da Unidade de Negócio de Energia Solar da multinacional austríaca Fronius, a população tem investido cada vez mais em energia sustentável devido a diversos fatores como: constantes secas, crise hídrica e aumentos das tarifas de energia elétrica.

O que falta para o Brasil

O país apresenta um grande potencial para a energia solar, mas ainda os pensamentos são direcionados para usinas hidrelétricas e termelétricas. “ O Brasil é um país rico em bases hídricas, diferente de outros países da Europa, por exemplo. Por esse motivo, as hidrelétricas são bem exploradas”.

A especialista conta que ainda faltam incentivos do governo em relação ao uso, conhecimento da população em energias alternativas e os benefícios da utilização da energia renovável que são incontáveis. “A Fronius tem realizado campanhas de conscientização sobre os benefícios da energia solar fotovoltaica e acredita que é possível um mundo totalmente abastecido por energias renováveis” explica.

Um grande exemplo disto, é que recentemente a Alternative Technology Association apontou que a Austrália deve transitar para uma rede elétrica 100% renovável até 2030, pois além de mais seguro, é muito mais rentável e sustentável. Infelizmente, neste quesito, o Brasil caminha a passos lentos. Atualmente a energia solar representa apenas 1% da matriz energética brasileira.

Muitas pessoas ainda questionam se o investimento vale a pena. Para Anaibel não há dúvidas. “Além de trazer redução de custos na conta elétrica, é comprovado que há valorização do imóvel, baixo impacto ambiental, energia inesgotável e redução das emissões de fases dos efeitos estufa. O investimento de R$ 12 mil em todo sistema fotovoltaico em uma residência é revertido em torno de sete a oito anos”, ressalta.

O Brasil tem um grande potencial para instalar desde pequenas e grandes redes de energia solar fotovoltaica. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) até 2024 cerca de 1,2 milhões de geradores de energia solar ou mais deverão ser instalados em casas e empresas em todo o Brasil, representando 15% da matriz energética brasileira e até o 2030 o mercado de energia fotovoltaica deverá movimentar cerca de R$ 100 bilhões. 

O país possui um grande potencial para movimentar este segmento. A radiação solar na região menos ensolarada é 40% maior do que na região mais ensolarada da Alemanha, por exemplo, que é um dos líderes no uso de energia fotovoltaica.

A energia solar fotovoltaica é agora, depois de hidráulica e eólica, a terceira mais importante fonte de energia renovável em termos de capacidade instalada no mundo. Mais de 100 países utilizam energia solar fotovoltaica. A China, Japão e Estados Unidos, atualmente, são os mercados de energia fotovoltaica, contribuindo com quase 6% de sua demanda de eletricidade. A Alemanha é o maior produtor, mas estima-se que em breve será superado pela China.

Fonte: Jornal Dia Dia

Microgeração distribuída eólica atenderá demanda da orla em Fortaleza.


Um dos mais conhecidos cartões postais de Fortaleza, a orla da praia de Iracema deverá ganhar um novo ponto a chamar a atenção de quem passa pela região. A cidade está desenvolvendo um projeto de instalação de microgeração eólica para fornecer energia para a iluminação pública nessa parte da cidade. A estimativa é que em cerca de oito meses os aerogeradores de 37 metros de altura já estejam operando. O local dessa implantação ainda não está definido. Há três possibilidades, duas na própria orla e uma na Praia da Leste.

A ideia inicial com o projeto é de zerar a conta de luz da cidade nessa região ao gerar energia eólica e usar o excedente que eventualmente houver para abater em outras instalações da prefeitura. Serão três aerogeradores da Weg com 100 kW de capacidade instalada que deverão produzir, segundo cálculos da Windservice Brasil (WSB), que é a empresa que desenvolveu o projeto, 284 MWh/ano, tomando como base a medição dos ventos na região.

De acordo com o CEO da WSB, Alexandre Almeida, os ventos médios ali estão em 6,4 metros por segundo com variações de 1,6 metros por segundo e com perda de eficiência de 18% por conta da sazonalidade. “Esse volume é a média, mas dependendo do vento pode gerar mais energia do que prevemos, pois para calcular o payback estimamos os valores mais conservadores. O retorno do investimento que deverá ser de R$ 5,2 milhões é de cerca de sete ano anos, os equipamentos são da prefeitura e a vida útil é de cerca de 25 anos”, relatou ele.


O projeto inicial previa a instalação de nove aerogeradores, mas segundo Almeida, esse volume estava superdimensionado para a necessidade da orla. Além disso, uma outra ação da municipalidade vai ser no sentido de trocar as lâmpadas de hidrogênio por outras com a tecnologia e LED e assim consumir menos. Por isso, explicou ele, houve a redução do número de aerogeradores. O consumo estimado da orla é de 827 MWh/ano.

À noite o fornecimento de energia se dará por meio desses equipamentos e se a demanda estiver mais elevada ainda há os créditos que serão gerados junto à concessionária local, a Enel Ceará, pois a geração de energia injetada na rede de distribuição também ocorrerá durante o dia.

Esse, comentou o CEO da WSB, é apenas um dos mais de 250 projetos que a empresa criada por ele, já mapeou em grande parte da região Nordeste. Almeida, destacou que até o momento são 30 MW em capacidade instalada de potencial por meio da micro e mini geração distribuída eólica em municípios que são elegíveis a terem financiamento bancário por se tratarem de bons pagadores.

Hoje, a empresa que nasceu em 2009, tem parceria com a brasileira Weg. Mas nem sempre foi assim, ele começou as pesquisas pessoalmente em torno da fonte eólica por seu histórico em trabalhar nesse segmento do setor elétrico. Depois de desenvolver esse mapeamento, contou ele, ouviu de potenciais parceiros de outros países que não havia interesse por conta da situação econômica e política do país. Como o banco de dados estava formado, o empreendedor foi atrás de outro parceiro até chegar à empresa brasileira.

Atualmente, contou ele, há uns três ou quatro projetos em andamento, inclusive de maior porte ante o que está em desenvolvimento no Ceará, e com foco diverso como o de eficiência energética e de fornecimento do insumo para atender a demanda industrial de um polo no Rio Grande do Norte.

Ranking nacional coloca RS com segundo maior potencial para microgeração de energia solar


Divulgação Edelbrau
Cervejaria de Nova Petrópolis, Edelbrau instalou painéis solares neste ano
No último mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Rio Grande do Sul apareceu em segundo no ranking nacional de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração solar fotovoltaica. A classificação inclui residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos.

São mais de 50 megawatts aqui no Estado, que representam 14% do total do país. O primeiro lugar fica com Minas Gerais, com 78 megawatts no levantamento, mas com mais de 110 megawatts conforme a última atualização dos registros da Agência Nacional de Energia Elétrica. No caso do Rio Grande do Sul, já beira os 60 megawatts. 

Quanto ao número de unidades geradoras, o Rio Grande do Sul tem 4,7 mil. Nesta comparação, fica em terceiro no ranking nacional, atrás de Minas Gerais e São Paulo. 

Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar, diz a Absolar. Já em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista.

A redução no custo do sistema nos últimos anos tem impulsionado a geração de energia solar. Além disso, consumidores estão querendo fugir dos aumentos de dois dígitos na conta de luz.

A partir de 2020, toda residência construída na Califórnia deve ser equipada com energia solar

No Brasil, matriz energética também avança, crescendo também a oferta de seguros para proteção dos equipamentos


O estado da Califórnia, nos EUA, acaba de aprovar uma lei que determina que toda residência construída a partir de 2020 seja equipada com sistemas de energia solar.

Com a nova medida, o estado da Califórnia prevê que a redução das emissões de carbono serão equivalentes à retirada de cerca de 115 mil carros movidos a combustíveis fósseis das ruas.

No Brasil, a utilização da energia solar também avança, com o País tendo atingido recentemente a marca histórica de 252MW de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração. Em 2016, o setor registrou um crescimento de 270%; em 2017, 304% e a projeção para 2018 é de 358%.

Em abril deste ano, o Governo Federal anunciou que os fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-oeste vão ofertar R$ 3,2 bilhões em linhas de crédito para a instalação de placas para captar energia solar em residências nas três regiões, prometendo fortalecer ainda mais a matriz energética.

Para os interessados no Norte e Nordeste, os juros cobrados serão de 6,24% ao ano. Para as residências no Centro-Oeste, os juros serão de 7,33% ao ano. A busca do financiamento deve ser feita a partir dos bancos do Nordeste, da Amazônia (para a região Norte) e do Banco do Brasil (para a região Centro-Oeste).

E, de olho nesse crescimento, o mercado segurador já oferece seguro para painéis solares contra risco de engenharia e montagem e, mesmo, um seguro “all risks” que protege contra avarias causadas por fatores externos, como chuvas de granizo, raios, incêndios, entre outros fatores que podem danificar os equipamentos ao longo do primeiro ano de operação.

Fonte: segs

Energia solar fotovoltaica atinge marca de 300 MW em microgeração e minigeração distribuída no Brasil

País possui atualmente 32 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede.
Painel solar (Foto: Pixabay)

O Brasil acaba de atingir a marca histórica de 300 megawatts (MW) de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos.

Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99,4% das instalações do País.

Em números de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 76,9% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (16,2%), consumidores rurais (3,4%), indústrias (2,5%), poder público (0,8%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,02%).

Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar fotovoltaica, com 44% da potência instalada no País, seguidos de perto por consumidores residenciais (38%), indústrias (8,4%), consumidores rurais (5,6%), poder público (3,5%) e outros tipos, como iluminação pública (0,03%), e serviços públicos (0,5%).

De acordo com a entidade, o Brasil possui hoje 32.033 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental a 38.270 unidades consumidoras, somando mais de R$ 2,2 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do País.

Foto: Divulgação / Ministério de Minas e Energia

O presidente executivo da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia, ressalta que o crescimento da microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica é impulsionado por três fatores principais: (i) a forte redução de mais de 75% no preço da energia solar fotovoltaica ao longo da última década; (ii) o forte aumento nas tarifas de energia elétrica dos consumidores brasileiros, pressionando o orçamento de famílias e empresas; e (iii) o aumento no protagonismo e na responsabilidade socioambiental dos consumidores, cada vez mais dispostos a economizar dinheiro ajudando, simultaneamente, a preservação do meio ambiente.

“Celebramos com otimismo este passo histórico para a fonte solar fotovoltaica no Brasil, com a certeza de que teremos um forte crescimento do setor nos próximos anos e décadas. O Brasil possui mais de 82 milhões de unidades consumidoras e um interesse crescente da população, das empresas e também dos gestores públicos em aproveitar seus telhados, fachadas e coberturas para gerar energia renovável localmente a partir do sol, economizando dinheiro e contribuindo na prática para a construção de um país mais sustentável e com mais empregos locais e qualificados”, comenta Sauaia.
Ranking Nacional Solar Fotovoltaico

Para acompanhar de perto a evolução da microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica nos estados brasileiros, a ABSOLAR desenvolveu um Ranking Nacional Solar Fotovoltaico, que compara as potências instaladas em cada unidade da Federação.

Atualmente, o Estado de Minas Gerais lidera o ranking nacional, com 22,9% da potência instalada no País, seguido pelo Rio Grande do Sul (14,5%), São Paulo (12,9%), Santa Catarina (6,22%) e Ceará (5,84%).

Fonte: Portal N10

Energia solar avança e começa a atrair famílias e empresas

Em cinco anos, número de projetos de microgeração de energia subiu de 23 para 30.900.

Painéis de energia solar: redução na conta de luz é incentivo (Getty images/Getty Images)

O empresário Luiz Figueiredo usou 1.150 painéis solares para cobrir o lago de sua fazenda e gerar a própria energia. O consultor Carlos Tabacow instalou 18 placas no teto de sua casa e ficou livre da conta de luz. No Rio, uma escola cobriu o telhado com 50 painéis e agora produz metade da energia que consome. Iniciativas como essas começaram a se espalhar pelo País e têm garantido uma escalada dos projetos de microgeração de energia solar no Brasil.

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que, de junho de 2013 para cá, o número de conexões de microgeração de energia subiu de 23 para 30.900 – sendo 99% desse montante de energia solar. Mais de dois terços das ligações foram feitas por consumidores residenciais. Eles veem nos painéis solares uma saída para ficarem menos vulneráveis ao encarecimento da energia elétrica no Brasil, cujo custo tem subido bem acima da inflação.

A exemplo do que ocorreu com a energia eólica, as “microusinas” solares só ficaram acessíveis a uma parte da população, com o barateamento dos equipamentos, quase todos importados. Hoje, para instalar um sistema solar numa residência média, o consumidor vai gastar cerca de R$ 20 mil. Ainda não é um custo que esteja ao alcance da maioria dos brasileiros, mas os prognósticos para o futuro são positivos.

Apesar da alta do dólar, que tem reflexo direto no custo dos projetos, mudanças nas diretrizes e políticas de alguns países, que estão reduzindo os subsídios à fonte solar, começam a derrubar o preço dos equipamentos, afirma o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia. Essas alterações vão elevar os estoques no mundo e o Brasil pode se beneficiar do movimento.

Mas, independentemente do atual momento conjuntural, as previsões para a energia solar no Brasil são promissoras por outros fatores. Recentemente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu um empurrão no setor ao decidir financiar pessoas físicas interessadas em microgeração de energia solar. O empréstimo tem taxas que variam de 4,03% e 4,55% ao ano, prazo de carência de 3 a 24 meses e 12 anos para pagar. “É uma linha que representa um marco histórico para o setor”, diz Sauaia.

Clima

Do ponto de vista climático, as condições também são favoráveis, uma vez que a irradiação solar no País é ideal para a produção elétrica. Essa vantagem aliada ao fato de que no futuro os consumidores estarão cada vez mais aptos a gerar a própria energia tem provocado uma corrida das empresas para conquistar um pedaço desse mercado, que ainda engatinha no País.

De olho nesse filão, as distribuidoras de energia, que hoje fazem a intermediação entre geradores e consumidores, decidiram criar novas empresas com foco na microgeração pegando carona no sucesso de companhias independentes que vinham surfando nessa onda sozinhas.

No ano passado, a CPFL Energia criou a marca Envo, para trabalhar o varejo. Por enquanto, a prioridade está nos arredores de Campinas, principal área de concessão do grupo. Só no primeiro ano de atuação, a companhia já atendeu 365 clientes. “São consumidores com perfis diferentes. Temos aposentados de olho na redução da conta de luz e pessoas mais jovens que defendem um papel mais sustentável da sociedade”, afirma a vice-presidente de Operações de Mercado do grupo, Karin Luchesi.

Outro grupo que aposta no avanço desse mercado é a francesa Engie, dona da ex-Tractebel (distribuidora de Santa Catarina). A companhia comprou uma empresa de projetos e instalação de sistemas solares em 2016 e desde então o negócio não para de crescer.

Em 2013, a empresa fez 200 sistemas; neste ano, cerca de 1.900, afirma o diretor de soluções da Engie, Leonardo Serpa. “O modelo de geração vem passando por grande transformação no mundo, agora com foco maior na geração distribuída (microgeração) e não mais na centralizada (grandes projetos).”

Redução na conta de luz

A possibilidade de gerar a própria energia elétrica e ao mesmo tempo reduzir a despesa mensal levou o consultor de imóveis Carlos Tabacow a investir nos painéis solares e praticamente zerar a conta de luz. Antes da instalação do sistema, ele gastava mensalmente cerca de R$ 600. Agora paga apenas R$ 40 pelo custo da distribuidora. “Em sete anos, terei retorno do investimento feito”, calcula o consumidor, que vê na microgeração um caminho sem volta. “No futuro, não vamos mais depender de concessionária. Cada um vai gerar a própria energia.”

Na Fazenda Figueiredo, em Cristalina, o projeto do agricultor Luiz Figueiredo não é suficiente para abastecer todo o consumo propriedade. Mas o projeto virou uma referência no mercado. As 1.150 placas solares cobrem boa parte do lago formado com água das chuvas e, além de produzir energia, ajudam a reduzir a evaporação da água – usada para irrigação no período de seca. “O governo já demonstrou interesse em replicar o modelo num trecho de elevação da Transposição do São Francisco”, disse Figueiredo, que gastou R$ 2 milhões no projeto.

Apesar do consumo da fazenda ser quatro vezes maior à produção do sistema, ele afirma que tem conseguido fazer uma boa economia. “Só com a bandeira vermelha (uma tarifa extra), meu gasto com a conta de luz sobe R$ 20 mil por mês.” Figueiredo planeja construir novas plantas solares. “Mas gosto de fazer tudo com o pé no chão, aos poucos.”

Geração remota

Ao contrário do fazendeiro, que tem espaço de sobra para instalar novos módulos fotovoltaicos, muitos consumidores têm limitações de área. E é nesse grupo de consumidores que muitas empresas estão de olho. A nova tendência é a geração remota. Uma empresa investe e constrói uma planta maior numa área e aluga para consumidores que estejam na mesma região de concessão. A ideia é que esse valor que será pago pelo cliente fique bem abaixo do que ele paga na conta de luz.

A Solar Grid, por exemplo, está finalizando um projeto em Januária, em Minas Gerais, para atendera uma das maiores redes de escolado Estado .”Nós investimos no projeto e garantimos a entrega da energia. Do outro lado, o consumidor tem desconto de até 50% (em relação à conta de luz) num contrato de 10 a 15 anos”, afirma o diretor da empresa, Digo Zaverucha. A empresa tem 500 projetos instalados no Paí se 150 em negociação, sendo metade referente a esse novo modelo de negócio em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e na Região Nordeste.

A concorrente Capitale Energia também tem projetos nesse formato. A empresa desenvolve um empreendimento fotovoltaico, de 1 megawatt (MW), que começará a ser construído em dois meses e entrará em operação em 10 meses. Essa unidade deverá atender 350 pontos de consumo.

O grupo também tem projetos com base em outras fontes de energia, como hídrica, na modalidade arrendamento. “Esse é um mercado que tem de ser incentivado e regulado, pois dá acesso a um número muito maior de consumidores”, afirma o sócio-fundador da empresa, Daniel Augusto Rossi. CPFL e Engie também entraram nesse nicho de mercado.

“Estamos num ritmo vertiginoso de crescimento do setor, mas temos de considerar que partimos de uma base pequena e temos em nosso horizonte um mercado de 83 milhões de consumidores. Ou seja, ainda atingimos um universo muito pequeno”, diz o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia. Isso significa, por outro lado, uma grande oportunidade de negócio para empresas que já estão aqui e para estrangeiras.

Fonte: Exame

Energia solar avança no Brasil e atrai empresas

De 2013 para cá, número de instalações de ‘microgeração’ de energia subiu de 23 para 31 mil.


O empresário Luiz Figueiredo usou 1.150 painéis solares para cobrir o lago de sua fazenda e gerar a própria energia. O consultor Carlos Tabacow instalou 18 placas no teto de sua casa e ficou livre da conta de luz. No Rio, uma escola cobriu o telhado com 50 painéis e agora produz metade da energia que consome. Iniciativas como essas começaram a se espalhar pelo País e têm garantido uma escalada dos projetos de microgeração de energia solar no Brasil.

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que, de junho de 2013 para cá, o número de conexões de microgeração de energia subiu de 23 para 30.900 – sendo 99% desse montante de energia solar. Mais de dois terços das ligações foram feitas por consumidores residenciais. Eles veem nos painéis solares uma saída para ficarem menos vulneráveis ao encarecimento da energia elétrica no Brasil, cujo custo tem subido bem acima da inflação.

A exemplo do que ocorreu com a energia eólica, as “microusinas” solares só ficaram acessíveis a uma parte da população, com o barateamento dos equipamentos, quase todos importados. Hoje, para instalar um sistema solar numa residência média, o consumidor vai gastar cerca de R$ 20 mil. Ainda não é um custo que esteja ao alcance da maioria dos brasileiros, mas os prognósticos para o futuro são positivos.

Apesar da alta do dólar, que tem reflexo direto no custo dos projetos, mudanças nas diretrizes e políticas de alguns países, que estão reduzindo os subsídios à fonte solar, começam a derrubar o preço dos equipamentos, afirma o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia. Essas alterações vão elevar os estoques no mundo e o Brasil pode se beneficiar do movimento.

Mas, independentemente do atual momento conjuntural, as previsões para a energia solar no Brasil são promissoras por outros fatores. Recentemente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu um empurrão no setor ao decidir financiar pessoas físicas interessadas em microgeração de energia solar. O empréstimo tem taxas que variam de 4,03% e 4,55% ao ano, prazo de carência de 3 a 24 meses e 12 anos para pagar. “É uma linha que representa um marco histórico para o setor”, diz Sauaia.

Clima. 

Do ponto de vista climático, as condições também são favoráveis, uma vez que a irradiação solar no País é ideal para a produção elétrica. Essa vantagem aliada ao fato de que no futuro os consumidores estarão cada vez mais aptos a gerar a própria energia tem provocado uma corrida das empresas para conquistar um pedaço desse mercado, que ainda engatinha no País.

De olho nesse filão, as distribuidoras de energia, que hoje fazem a intermediação entre geradores e consumidores, decidiram criar novas empresas com foco na microgeração pegando carona no sucesso de companhias independentes que vinham surfando nessa onda sozinhas.

No ano passado, a CPFL Energia criou a marca Envo, para trabalhar o varejo. Por enquanto, a prioridade está nos arredores de Campinas, principal área de concessão do grupo. Só no primeiro ano de atuação, a companhia já atendeu 365 clientes. “São consumidores com perfis diferentes. Temos aposentados de olho na redução da conta de luz e pessoas mais jovens que defendem um papel mais sustentável da sociedade”, afirma a vice-presidente de Operações de Mercado do grupo, Karin Luchesi.

Outro grupo que aposta no avanço desse mercado é a francesa Engie, dona da ex-Tractebel (distribuidora de Santa Catarina). A companhia comprou uma empresa de projetos e instalação de sistemas solares em 2016 e desde então o negócio não para de crescer.

Em 2013, a empresa fez 200 sistemas; neste ano, cerca de 1.900, afirma o diretor de soluções da Engie, Leonardo Serpa. “O modelo de geração vem passando por grande transformação no mundo, agora com foco maior na geração distribuída (microgeração) e não mais na centralizada (grandes projetos).”

Fonte: Estadão

ENERGIA SOLAR: SETOR AVANÇA NO BRASIL E TEM OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

Setor tem espaço para empreendedores que desejam inovar e criar novos serviços


O empresário Luiz Figueiredo usou 1.150 painéis solares para cobrir o lago de sua fazenda e gerar a própria energia. O consultor Carlos Tabacow instalou 18 placas no teto de sua casa e ficou livre da conta de luz. No Rio, uma escola cobriu o telhado com 50 painéis e agora produz metade da energia que consome. Iniciativas como essas começaram a se espalhar pelo País e têm garantido uma escalada dos projetos de microgeração de energia solar no Brasil.

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que, de junho de 2013 para cá, o número de conexões de microgeração de energia subiu de 23 para 30.900 - sendo 99% desse montante de energia solar.

Mais de dois terços das ligações foram feitas por consumidores residenciais. Eles veem nos painéis solares uma saída para ficarem menos vulneráveis ao encarecimento da energia elétrica no Brasil, cujo custo tem subido bem acima da inflação.

A exemplo do que ocorreu com a energia eólica, as "microusinas" solares só ficaram acessíveis a uma parte da população, com o barateamento dos equipamentos, quase todos importados. Hoje, para instalar um sistema solar numa residência média, o consumidor vai gastar cerca de R$ 20 mil. Ainda não é um custo que esteja ao alcance da maioria dos brasileiros, mas os prognósticos para o futuro são positivos.

Apesar da alta do dólar, que tem reflexo direto no custo dos projetos, mudanças nas diretrizes e políticas de alguns países, que estão reduzindo os subsídios à fonte solar, começam a derrubar o preço dos equipamentos, afirma o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia. Essas alterações vão elevar os estoques no mundo e o Brasil pode se beneficiar do movimento.

Mas, independentemente do atual momento conjuntural, as previsões para a energia solar no Brasil são promissoras por outros fatores. Recentemente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu um empurrão no setor ao decidir financiar pessoas físicas interessadas em microgeração de energia solar. O empréstimo tem taxas que variam de 4,03% e 4,55% ao ano, prazo de carência de 3 a 24 meses e 12 anos para pagar. "É uma linha que representa um marco histórico para o setor", diz Sauaia.

Clima

Do ponto de vista climático, as condições também são favoráveis, uma vez que a irradiação solar no País é ideal para a produção elétrica. Essa vantagem aliada ao fato de que no futuro os consumidores estarão cada vez mais aptos a gerar a própria energia tem provocado uma corrida das empresas para conquistar um pedaço desse mercado, que ainda engatinha no País.

De olho nesse filão, as distribuidoras de energia, que hoje fazem a intermediação entre geradores e consumidores, decidiram criar novas empresas com foco na microgeração pegando carona no sucesso de companhias independentes que vinham surfando nessa onda sozinhas.

No ano passado, a CPFL Energia criou a marca Envo, para trabalhar o varejo. Por enquanto, a prioridade está nos arredores de Campinas, principal área de concessão do grupo. Só no primeiro ano de atuação, a companhia já atendeu 365 clientes. "São consumidores com perfis diferentes. Temos aposentados de olho na redução da conta de luz e pessoas mais jovens que defendem um papel mais sustentável da sociedade", afirma a vice-presidente de Operações de Mercado do grupo, Karin Luchesi.

Outro grupo que aposta no avanço desse mercado é a francesa Engie, dona da ex-Tractebel (distribuidora de Santa Catarina). A companhia comprou uma empresa de projetos e instalação de sistemas solares em 2016 e desde então o negócio não para de crescer.

Em 2013, a empresa fez 200 sistemas; neste ano, cerca de 1.900, afirma o diretor de soluções da Engie, Leonardo Serpa. "O modelo de geração vem passando por grande transformação no mundo, agora com foco maior na geração distribuída (microgeração) e não mais na centralizada (grandes projetos)."

Redução na conta de luz

A possibilidade de gerar a própria energia elétrica e ao mesmo tempo reduzir a despesa mensal levou o consultor de imóveis Carlos Tabacow a investir nos painéis solares e praticamente zerar a conta de luz. Antes da instalação do sistema, ele gastava mensalmente cerca de R$ 600. Agora paga apenas R$ 40 pelo custo da distribuidora. "Em sete anos, terei retorno do investimento feito", calcula o consumidor, que vê na microgeração um caminho sem volta. "No futuro, não vamos mais depender de concessionária. Cada um vai gerar a própria energia."

Na Fazenda Figueiredo, em Cristalina, o projeto do agricultor Luiz Figueiredo não é suficiente para abastecer todo o consumo propriedade. Mas o projeto virou uma referência no mercado. As 1.150 placas solares cobrem boa parte do lago formado com água das chuvas e, além de produzir energia, ajudam a reduzir a evaporação da água - usada para irrigação no período de seca. "O governo já demonstrou interesse em replicar o modelo num trecho de elevação da Transposição do São Francisco", disse Figueiredo, que gastou R$ 2 milhões no projeto.

Apesar do consumo da fazenda ser quatro vezes maior à produção do sistema, ele afirma que tem conseguido fazer uma boa economia. "Só com a bandeira vermelha (uma tarifa extra), meu gasto com a conta de luz sobe R$ 20 mil por mês." Figueiredo planeja construir novas plantas solares. "Mas gosto de fazer tudo com o pé no chão, aos poucos."

Geração remota

Ao contrário do fazendeiro, que tem espaço de sobra para instalar novos módulos fotovoltaicos, muitos consumidores têm limitações de área. E é nesse grupo de consumidores que muitas empresas estão de olho. A nova tendência é a geração remota. Uma empresa investe e constrói uma planta maior numa área e aluga para consumidores que estejam na mesma região de concessão. A ideia é que esse valor que será pago pelo cliente fique bem abaixo do que ele paga na conta de luz.

A Solar Grid, por exemplo, está finalizando um projeto em Januária, em Minas Gerais, para atender uma das maiores redes de escolado Estado ."Nós investimos no projeto e garantimos a entrega da energia. Do outro lado, o consumidor tem desconto de até 50% (em relação à conta de luz) num contrato de 10 a 15 anos", afirma o diretor da empresa, Digo Zaverucha. A empresa tem 500 projetos instalados no País e 150 em negociação, sendo metade referente a esse novo modelo de negócio em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e na Região Nordeste.

A concorrente Capitale Energia também tem projetos nesse formato. A empresa desenvolve um empreendimento fotovoltaico, de 1 megawatt (MW), que começará a ser construído em dois meses e entrará em operação em 10 meses. Essa unidade deverá atender 350 pontos de consumo.

O grupo também tem projetos com base em outras fontes de energia, como hídrica, na modalidade arrendamento. "Esse é um mercado que tem de ser incentivado e regulado, pois dá acesso a um número muito maior de consumidores", afirma o sócio-fundador da empresa, Daniel Augusto Rossi. CPFL e Engie também entraram nesse nicho de mercado.

"Estamos num ritmo vertiginoso de crescimento do setor, mas temos de considerar que partimos de uma base pequena e temos em nosso horizonte um mercado de 83 milhões de consumidores. Ou seja, ainda atingimos um universo muito pequeno", diz Rodrigo Sauaia. Isso significa, por outro lado, uma grande oportunidade de negócio para empresas que já estão aqui e para estrangeiras.

Energia solar fotovoltaica obrigatória nos prédios públicos? Projeto institui prazo de 10 anos para mudança

Instalação de painéis fotovoltaicos no prédio do MME - Foto: Francisco Stuckert/MME

A Aneel inaugura nesta segunda-feira (25/6) uma usina fotovoltaica de microgeração distribuída, com capacidade de geração anual entre 650 MWh e 800 MWh, numa média de 710 MWh/ano, para atender entre 18% e 20% do consumo anual da agência. A usina é um investimento de R$ 1,8 milhão que faz parte de um trabalho de melhoria da eficiência energética nas instalações da entidade.

Em novembro de 2016, o Ministério de Minas e Energia (MME) inaugurou a primeira usina solar fotovoltaica distribuída em prédio do governo federal. O projeto é uma parceria com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Agora, os prédios da administração pública federal, direta e indireta, podem ser obrigados a instalar coletores ou painéis solares para produção de energia elétrica fotovoltaica no prazo máximo de dez anos. A obrigação faz parte do projeto de lei 10.361/18, protocolado pelo deputado Dr. Jorge da Silva (SD/ES).

O projeto do parlamentar prevê ainda que as licitações feitas pelo governo federal prevejam margens de preferência para fornecedores que utilizem em seus produtos, serviços e obras a energia solar fotovoltaica. As concorrências para a construção e reformas de prédios públicos deverão contar com projetos de energia elétrica fotovoltaica.

“O projeto prevê a instalação da tecnologia de forma gradual e em 10 anos para sua conclusão, além disso, é demonstrado o retorno do investimento de acordo com uma projeção recente da Aneel “Nota Técnica nº 0056/2017-SRD/ANEEL – Projeções 2017”, em que um sistema solar fotovoltaico residencial conectado à rede elétrica no Brasil, com uma potência de 3kWp (gera entre 300 e 400 kWh/mês dependendo da região) tem um retorno entre 5,1 e 10,6 anos, quando avaliando a sua conexão em uma das diferentes distribuidoras de energia elétrica. O tempo de retorno médio no Brasil, considerando a análise para um Payback Simples é de 6,6 anos”, afirma o parlamentar na justificando o projeto.

O projeto estabelece prazo de cinco anos – a partir da aprovação da lei – para que 40% dos prédios da administração pública federal estejam utilizando energia solar fotovoltaica. Em sete ano, 70% dos prédios devem estar equipados. Em dez anos, toda a administração pública federal deve contar com energia fotovoltaica.

Protocolado por Dr. Jorge da Silva no último dia 6, o PL foi apensando ao projeto de lei 6.227/17, do deputada Mariana Carvalho (PSDB/RO), que estabelece também obrigatoriedade de instalação de sistemas de aquecimento de água por meio de energia solar e de captação e reaproveitamento de águas pluviais em prédios de propriedade da União.

Veja abaixo os projetos que tratam sobre o tema na Câmara dos Deputados:

PL 10394/2018

Origem: SUG 109/2017 CLP 

Ementa
Dispõe sobre gestão de recursos hídricos em edifícios da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.

PL 2776/2015

Autor

Ementa
Dispõe sobre a obrigatoriedade da implantação sistemas de aproveitamento de aguas pluviais e de reuso de águas residuais e ainda a obrigatoriedade de instalação de painéis para captação de energia solar em todas as novas edificações executadas com recursos da União.

PL 7499/2014

Autor

Ementa
Altera a Lei nº 11.977, de 7 de junho de 2009, obrigando à instalação dos equipamentos que especifica nos empreendimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV

PL 4529/2012

Autor

Ementa
Estabelece incentivos ao uso da energia solar, altera as Leis nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995; nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995; nº 9.991, de 24 de julho de 2000; nº 10.848, de 15 de março de 2004; nº 11.977, de 7 de julho de 2009, e dá outras providências.

PL 3924/2012

Autor

Ementa
Estabelece incentivos à produção de energia a partir de fontes renováveis, altera as Leis nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995; nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995; nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996; nº 9.648, de 27 de maio de 1998; nº 9.991, de 24 de julho de 2000; nº 10.848, de 15 de março de 2004; nº 11.977, de 7 de julho de 2009, e dá outras providências.

PL 2117/2011

Autor

Ementa
Dispõe sobre a criação do Plano de Desenvolvimento Energético Integrado e do Fundo de Energia Alternativa.