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Biogás poderia minimizar apagão no AP, indica estudo entregue em maio a Mourão

Biogás poderia minimizar apagão no AP, indica estudo entregue em maio a Mourão Imagem: Gabriel Penha/Photopress/Estadão Conteúdo Denise Luna Rio

O Amapá tem capacidade para gerar 15 milhões de metros cúbicos de biogás por ano, a partir de resíduos sólidos urbanos e dos rejeitos da piscicultura, o suficiente para gerar cerca de 31.136 megawatts-hora (MWh) de energia elétrica e abastecer quase 11.800 residências ou 50 mil pessoas, informa o Instituto Escolhas, que em maio já havia entregue ao vice-presidente da República, Hamilton Mourão, um estudo mostrando a vocação da Região Norte para a produção do biocombustível.

"Os números são ainda conservadores, já que o biogás pode ser produzido também com outras matérias-primas orgânicas. É a transformação do lixo em uma fonte energética, garantindo suprimento local e dando destinação correta aos resíduos", explica o estudo.

O potencial do Amapá para o biogás (31.136 MWh) equivale a toda população de Laranjal do Jari, terceira maior cidade do estado, e poderia também ser utilizado pelas indústrias locais, como as do peixe e açaí, evitando que sua produção fosse perdida pela falta de refrigeração, situação vista hoje, informa o documento produzido em parceria com a Instituição de Ciência e Tecnologia, CIBiogás.

"Diante do caos energético que vive o Amapá, fica claro que precisamos de um programa de energia para a Amazônia. São vidas de milhares de pessoas e negócios prejudicados e que poderiam se beneficiar do biogás. Uma fonte de energia local traz segurança à população e pode destravar o potencial de cadeias de valor da bioeconomia", segundo disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) a gerente de Projetos e Produtos do Instituto Escolhas, Larissa Rodrigues.

Há uma semana, o Estado do Amapá sofre com a falta de energia elétrica causada por um incêndio do único transformador em operação da empresa responsável pela transmissão da energia. As causas e as responsabilidades pelo apagão ainda estão sendo apuradas, enquanto 70% da população vive em racionamento e 30% das cidades continuam sem nenhum abastecimento.

Em dezembro será publicada a versão completa do estudo, que trará números mostrando que a população e os negócios do Amapá poderiam, com o biogás, não só evitar a situação de calamidade e prejuízos decorrentes da falta de energia, mas também estruturar o crescimento da economia regional.

O trabalho vai revelar ainda os potenciais de geração de biogás a partir de resíduos sólidos urbanos e da piscicultura para outros três estados: Amazonas, Roraima e Rondônia. No início de 2021, o Instituto Escolhas e o CIBiogás fornecerão um mapa completo do potencial de geração de biogás em toda a Amazônia, incluindo também os resíduos da produção de mandioca.

Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2020/11/09/biogas-poderia-minimizar-apagao-no-ap-indica-estudo-entregue-em-maio-a-mourao.htm

Firjan SENAI lança curso EAD de sistema de energias renováveis

Aulas serão realizadas à distância e o uso de laboratórios e oficinas será feito no segundo semestre nas unidades da Tijuca e de Caxias.


Por Ricardo Casarin

A Firjan SENAI vai oferecer um curso de sistema de energias renováveis em 2021. De acordo com a instituição, as aulas serão realizadas à distância e o uso de laboratórios e oficinas será feito no segundo semestre nas unidades da Tijuca e de Caxias.

O curso irá abordar sobre as especificidades das formas limpas de energia no contexto energético atual e dos potenciais cenários futuros, incluindo projetos, montagem e operação, como também ferramentas de gestão de energia e eficiência energética, imprescindíveis para saber como realizar estudos de impacto e incorporar as tecnologias renováveis e de eficiência energética dentro do sistema de gestão global da empresa.

O objetivo é que, após a conclusão, o formado tenha condições de buscar oportunidades em empresas de projeto, instalação, operação, montagem e manutenção de sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica de fontes renováveis de energia, entre outras.


“Hoje as construções estão sendo projetadas e construídas em uma perspectiva sustentável. Esse curso agrega competências para que as pessoas atuem no desenvolvimento e implantação de projetos, sejam a partir do sol, vento ou outras fontes de energia, ou ainda na garantia da funcionalidade do sistema e da gestão do consumo de energia, sejam em empresas ou empreendimentos diversos”, explica o gerente de educação profissional da Firjan SENAI, Edson Melo.

Ao todo, são 80 vagas, 40 para Tijuca e 40 para Caxias, com carga horária de 1.200 horas. Segundo a Firjan SENAI, ao longo do ano letivo, as 20 horas semanais exigidas em cada curso serão divididas em 10 horas para o autoestudo, quando o aluno se dedica ao estudo individual na plataforma; seis horas para aulas on-line com instrutor e com a turma; e quatro horas voltadas para tutoria, quando o instrutor tira dúvidas com cada aluno.

O uso de laboratórios e oficinas ficará para o segundo semestre de 2021, quando está previsto o início das aulas presenciais. As inscrições já estão abertas e terminam em 3 de dezembro, data de início das aulas on-line.

Brasil tem potencial no hidrogênio verde


O Brasil tem vocação para produzir hidrogênio verde e pode se tornar, no longo prazo, exportador do combustível que entrou na pauta das principais empresas globais. A tecnologia tem sido considerada uma via eficiente para ajudar a descarbonizar principalmente o setor de transporte, responsável por um terço das emissões de gases efeito estufa (GEE) no mundo. Mas a indústria também começa a despertar para o novo combustível, que promete deixar a produção mais sustentável.

Ainda sem uso comercial para produção de energia, o hidrogênio é utilizado pela indústria química há mais de um século, produzindo fertilizantes e metanol, entre outros, mas a partir de combustível fóssil, sendo a forma mais barata através do gás natural. Nesse processo, o hidrogênio é conhecido como cinza. A partir do crescimento das fontes renováveis de energia foi possível obter o chamado hidrogênio verde, produzido com a energia de hidrelétricas, solar, eólica ou biomassa a partir de eletrólise (carga de energia para separação do hidrogênio).

A fonte ganhou ainda mais impulso após o anúncio da meta da União Europeia de se tornar neutra em emissão de carbono em 2050, o que será obtido através de subsídios e investimentos em novas tecnologias, que podem chegar a beneficiar o Brasil se o País conseguir avançar na produção do hidrogênio verde.

"Enquanto o Brasil ainda não conseguiu aprovar a Lei do Gás, a União Europeia está discutindo gasodutos de hidrogênio", alerta o ex-diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Decio Oddone, ressaltando que essa demora da discussão sobre hidrogênio no País está ligada à sua matriz energética limpa, puxada em boa parte pelo uso de biocombustíveis no transporte (biodiesel e etanol).

Ele avalia que se o candidato democrata Joe Biden vencer as eleições norte-americanas, provavelmente a emissão de carbono será taxada, acrescentando os Estados Unidos nessa corrida pelo hidrogênio e abrindo mais um mercado imenso para o Brasil nessa área.

A previsão é de que a tecnologia seja introduzida primeiramente no mercado brasileiro em transportes coletivos e caminhões, substituindo o diesel. Para isso, é necessário desenvolver a célula combustível de hidrogênio.

"A técnica já é bastante dominada pela reforma a gás natural para produzir hidrogênio (cinza). É feita no mundo inteiro em larga escala. Mas há opções renováveis como a eletrólise da água, e principalmente se utiliza energia elétrica renovável e a gaseificação ou biodigestão de biomassas para a produção, são dois temas que o Brasil tem um potencial muito grande", informa Paulo Emílio de Miranda, coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Coppe/UFRJ e presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2).

Emissões

Desde 2005, a Coppe/UFRJ estuda o uso do hidrogênio em ônibus. Este ano, apresenta a quarta versão do modelo, já em fase pré-comercial. Um estudo da instituição demonstrou que se toda a frota de BRT do Rio de Janeiro (Transporte Rápido por Ônibus) fosse convertida para hidrogênio, o custo do novo combustível alcançaria paridade com o diesel já em 2025.

"E se você levar em conta os benefícios sociais e ambientais, já deveriam começar a usar antes", diz Miranda, explicando que o preço do diesel seria maior se incorporasse os prejuízos ambientais e sociais que ocasiona com as emissões de gás carbônico.

Um dos entraves para a adoção do hidrogênio no Brasil é justamente a grande diversidade de fontes limpas que o País já possui -- 43% da matriz energética e 83% da matriz elétrica --, incluindo na lista estudos para a célula combustível de etanol, um forte concorrente para a entrada comercial do hidrogênio no País.

Empresas globais como a Siemens também veem no hidrogênio uma opção. Na China, a empresa fechou parceria para fornecer seu primeiro sistema de produção para uma estação de abastecimento de hidrogênio verde em Pequim. No Brasil, o hidrogênio também poderá entrar nos planos da empresa no longo prazo, de acordo com o presidente da Siemens Energy, André Clark, que vê um potencial para exportação a partir do mercado brasileiro.

"O Brasil pode criar uma grande base de produção de hidrogênio perto de um parque eólico no Nordeste, por exemplo, e exportar sua energia renovável. Esse equacionamento tem muito a ver com geopolítica. A retomada verde da Europa pode beneficiar diretamente o Brasil", afirma Clark.

Denise Luna
Fonte: O Estado de S. Paulo

Energia solar cresce na pandemia e gera 37 mil empregos

De janeiro a maio, o setor fotovoltaico adicionou 1.236 MW de capacidade, o suficiente para abastecer quase 5 mil residências.

A geração solar residencial foi a que mais cresceu no ano passado. Somente em maio, setor gerou 7 mil vagas de trabalho (Blue Sol Energia Solar/Divulgação)

Entre janeiro e maio deste ano, a energia solar ganhou uma capacidade adicional de 1.236 MW, o suficiente para abastecer cerca de 4.800 residências. O resultado representa um crescimento de 27% na capacidade instalada, em relação ao consolidado do ano passado. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

A fonte fotovoltaica acumula 5,7 GW de potência operacional. Essa capacidade se divide entre os sistemas centralizados, que são as grandes usinas, e os pequenos projetos residenciais e comerciais, modalidade conhecida como geração distribuída. A geração centralizada é ligeiramente maior do que a distribuída, porém, no ano passado, o segmento residencial foi o que mais cresceu.

Esse setor é um grande gerador de empregos. Desde 2012, foram criados 165 mil empregos na cadeia de geração solar. Nos primeiros cinco meses deste ano, mais de 37 mil trabalhadores foram empregados na indústria. Mesmo com a pandemia, a abertura de vagas continuou. Somente em maio, o setor adicionou 7,2 mil empregos, afirma a absolar.

Novo Marco de Saneamento é sancionado e garante avanços para o País

Nova lei para universalização do saneamento básico foi sancionada, nesta quarta-feira (15), pelo presidente Bolsonaro

Sanção do novo Marco Legal do Saneamento Básico. - Foto: Marcos Corrêa/PR

Opresidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou nesta quarta-feira (15) o novo Marco Legal do Saneamento Básico. O principal objetivo da legislação é universalizar e qualificar a prestação dos serviços no setor. A meta do Governo Federal é alcançar a universalização até 2033, garantindo que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e a coleta de esgoto.

“Isso é um avanço importante e também isso destrava a primeira grande onda de investimentos, porque nós vamos agora dar sequência, primeiro ao saneamento, depois, vem cabotagem, setor elétrico, gás natural, petróleo, ou seja, nós vamos retomar o crescimento destravando os investimentos”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, que participou da cerimônia de sanção do novo marco, no Palácio do Planalto.

Hoje, no país, 35 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada e mais de cem milhões, não contam com serviços de coleta de esgoto. A meta, com o marco, é garantir o atendimento de 99% da população com água potável e de 90%, com tratamento e coleta de esgoto, até 31 de dezembro de 2033.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, a nova lei contribuirá, também, para a revitalização de bacias hidrográficas, a conservação do meio ambiente e a redução de perdas de água, além de proporcionar mais qualidade de vida e saúde à população, aquecer a economia e gerar empregos.

“Essa é uma conquista histórica que torna possível que todo brasileiro tenha acesso à água potável e ao esgoto tratado. A lei vai padronizar regras e dar segurança jurídica, algo que investidores do mundo todo aguardavam. Precisamos de investimentos em torno de R$ 500 bilhões a R$ 700 bilhões em 10 anos e só chegaremos a esse montante se somarmos esforços públicos e privados”, destaca o ministro.

A expectativa é que a universalização dos serviços de água e esgoto reduza em até R$ 1,45 bilhão os custos anuais com saúde, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Além disso, a cada R$ 1 investido em saneamento, deverá ser gerada economia de R$ 4 com a prevenção de doenças causadas pela falta do serviço, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O ministro do Meio do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ressaltou o avanço ambiental que representa a sanção do novo marco regulatório. “É um avanço muito grande para a agenda ambiental urbana do país. Uma demonstração que este governo se preocupa e muito com os brasileiros que vivem nas cidades; e que vivem nas cidades sem condições mínimas, tanto de saúde, quanto de meio ambiente”, disse o ministro Ricardo Salles.

O novo marco regulatório também prevê acabar com os lixões a céu aberto em todo o país. “A previsão nesse normativo para que se encerrem os lixões, aqueles que fizerem os planos municipais de resíduos, com prazo para 2024, e aqueles que não fizerem, em 31 de dezembro deste ano. Essa epidemia dos lixões em praticamente 100% dos municípios brasileiros precisa acabar”, acrescentou Ricardo Salles.

Principais pontos do Marco Legal

- Contratos de concessão

A nova lei extingue os chamados contratos de programa, firmados, sem licitação, entre municípios e empresas estaduais de saneamento. Esses acordos, atualmente, são firmados com regras de prestação de tarifação, mas sem concorrência. Com o novo marco legal, abre-se espaço para os contratos de concessão e torna obrigatória a abertura de licitação, podendo, então, concorrer à vaga prestadores de serviço públicos e privados.

Os contratos de programa que já estão em vigor serão mantidos. No entanto, os contratos que não possuírem metas de universalização e prazos terão até 31 de março de 2022 para viabilizar essa inclusão. Se isso ocorrer, esses contratos poderão ser prorrogados por 30 anos.

- Blocos de municípios

Outra mudança prevista na lei se refere ao atendimento a pequenos municípios, com poucos recursos e sem cobertura de saneamento. Pelo modelo anterior, as grandes cidades atendidas por uma mesma empresa estatal ajudavam a financiar a expansão do serviço nos municípios menores. A nova lei determina que os estados, no intuito de atender aos pequenos municípios, componham em até 180 dias grupos ou blocos de municípios que poderão contratar os serviços de forma coletiva. Municípios de um mesmo bloco não precisam ser vizinhos. Esses blocos deverão implementar planos municipais e regionais de saneamento básico; e a União poderá oferecer apoio técnico e financeiro para a execução dessa tarefa.

- Comitê Interministerial de Saneamento

Será criado o Comitê Interministerial de Saneamento Básico para melhorar a articulação institucional entre os órgãos federais que atuam no setor. Esse comitê será presidido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional.

A Agência Nacional de Águas, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, passa a ser reguladora do setor, para resolver impasses, como a questão das indenizações; definir e organizar as normas para a prestação dos serviços de saneamento básico no Brasil; e fazer o controle da perda de água.

A lei também determina que os contratos deverão conter cláusulas essenciais, como não interrupção dos serviços, redução de perdas na distribuição de água tratada; qualidade na prestação dos serviços; melhoria nos processos de tratamento e reuso e aproveitamento de águas de chuva.

PF investiga construtoras por uso de minério ilegal em usinas eólicas no Nordeste

© Reuters/Jamil Bittar.

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal está investigando construtoras pelo uso de areia e saibro supostamente extraídos ilegalmente para utilização em obras de parques eólicos no Nordeste, considerado uma das melhores regiões do mundo em ventos para a geração de energia.

Os trabalhos envolveram operações recentes no Rio Grande do Norte e no Ceará com diversas ações de busca e apreensão, inclusive em uma usina de Furnas, subsidiária da estatal Eletrobras, disseram oficiais de polícia à Reuters.

As apurações, que contaram com apoio de imagens de satélites da agência espacial norte-americana Nasa e de drones, buscam agora calcular as perdas para os cofres públicos com a mineração ilegal, para que procuradores possam entrar com ações criminais e de ressarcimento.

Também foram quebrados sigilos bancário e fiscal das empresas investigadas, até para apurar se havia algum tipo de combinação entre elas e investidores do setor de energia, embora as suspeitas no momento estejam focadas nas construtoras, sem indícios contra os donos dos parques, segundo as autoridades.

"A investigação está praticamente encerrada, agora vamos calcular o dano, em termos de responsabilidade. É o prazo de os peritos fazerem isso, alguns meses", disse o delegado Agostinho Gomes Cascardo Junior, do Rio Grande do Norte, que estimou que os trabalhos devem ser fechados ainda em 2020.

"O alvo são grandes empresas do ramo de construção civil. Não há indícios no momento de participação dos parques eólicos, embora não seja descartado", acrescentou.

Segundo ele, as investigações mostraram que as construtoras estariam fazendo exploração de areia e saibro sem a necessária autorização federal, com uso dos materiais nas obras de eólicas, para terraplanagem e construção de canteiros, por exemplo.

"Temos um encadeamento de imagens (de satélites e drones) que mostram como a exploração mineral vai aumentando e as eólicas vão crescendo junto, com terraplanagem, pavimentação", afirmou.

Uma das obras investigadas é a do complexo eólico de Fortim, da estatal Furnas no Ceará, com 115 megawatts em capacidade, que entrou em operação comercial neste ano, disse à Reuters a delegada Carla Sampaio, chefe de repressão a crimes contra o meio ambiente e patrimônio histórico da PF no Ceará.

Procurada, Furnas confirmou em nota que técnicos de sua subsidiária Brasil Ventos, responsável pelo complexo eólico de Fortim, receberam representantes da PF para operação de busca e apreensão em 26 de junho.

"Nada foi levado do local, pois a construtora já havia desmobilizado seu canteiro de obras. Até aquele momento, Furnas e Brasil Ventos não tinham conhecimento sobre a possibilidade de extração irregular de materiais ou de sua potencial utilização na construção do parque eólico de Fortim. Furnas e Brasil Ventos estão à disposição das autoridades para colaborar", afirmou.

© Reuters/Sergio Moraes .

A estatal ainda destacou que possui um programa de integridade de fornecedores e disse que, "caso fique provada a irregularidade, a construtora sofrerá as sanções previstas".

A PF não revelou o nome das empresas investigadas.

OPERAÇÕES EM CAMPO

Os levantamentos realizados pela Polícia Federal com satélites e drones foram complementados por duas operações realizadas no final de junho, a Siroco, em Natal (RN), e a Anemoi, em Fortaleza e Aracati (CE), que cumpriram diligências em campo e 11 mandados de busca e apreensão.

No Rio Grande do Norte, as apurações focaram 13 áreas nas quais teria havido exploração mineral indevida entre 2012 e 2016, segundo as autoridades, que estimam que essas atividades levaram à degradação de uma área equivalente a 100 campos de futebol.

No Ceará, foram monitoradas sete áreas, nas quais a exploração indevida teria ocorrido entre 2014 e 2019.

Ambas operações tiveram como base informações de bandas espectrais de imagens de satélites da Nasa, além de fotos obtidas com drones e simulações com modelagem em sistema de informação geográfica.

Esses dados foram cruzados com informações de processos minérios da Agência Nacional de Mineração (ANM), que mostraram "fortes indícios de que as empresas suspeitas estariam retirando minério de forma criminosa e utilizando esse minério na terraplanagem e pavimentação de vias de acesso de complexos eólicos", de acordo com a PF.

Além disso, os policiais avaliam que as empresas investigadas também poderiam ser processadas por crime ambiental devido à degradação das áreas.

"A investigação começou em setembro de 2019... depois que concluirmos nosso trabalho, o MP poderá denunciar ou não as pessoas que indicarmos, e se o juiz aceitar a denúncia tem início um processo penal", explicou a delegada Carla Sampaio.

Ela estimou que os ressarcimentos aos cofres públicos envolveriam milhões de reais, mas não forneceu uma projeção precisa porque os cálculos estão em andamento.

A operação policial realizada no final de junho no Ceará foi denominada "Anemoi", palavra grega que significa ventos, enquanto no Rio Grande do Norte o nome escolhido foi "Siroco", em referência a uma divindade que representa um dos ventos menores na mitologia grega.

130 milhões de brasileiros terão aumento na conta de luz este mês


Várias distribuidoras de energia no país tiveram reajustes tarifários aprovados em abril e maio, mas por conta da pandemia a agência nacional de energia elétrica, Aneel, determinou que o reajuste entrasse em vigor apenas a partir de 1 de julho.

As distribuidoras que tiveram aumentos “represados” foram: CPFL PAULISTA, ENERGISA-MS, ENERGISA-MT, COELBA, ENEL-CE, COSERN, ENERGISA-SE, EQUATORIAL-AL, CELPE. Somadas, essas distribuidoras atendem a cerca de 64 milhões de brasileiros.

Além destas, outras distribuidoras tiveram aumento no final de junho, são elas: ENERGISA-MG, RGE-SUL, ENERGISA-RJ, COPEL e CEMIG. A ENEL SP, ENERGISA-TO e ENERGISA-S-SE estão prevendo reajuste para as duas primeiras semanas deste mês. Estas distribuidoras atendem cerca de 66 milhões de brasileiros.

No total, 62% da população brasileira sofrerá com os aumentos que entrarão em vigor agora em julho. Além disso, a Aneel aprovou 16 bilhões de reais para socorro às distribuidoras, a chamada Conta-covid. Os aumentos nas tarifas de energia serão diluídos ao longo de cinco anos, portanto será pago pelos consumidores.

Você sabia que é possível fugir dos constantes reajustes tarifários das distribuidoras? A instalação de um sistema fotovoltaico pode reduzir sua conta em até 95%. Desta forma, você deixará de sofrer com os reajustes anuais das tarifas, pois estará produzindo sua própria energia através da luz do sol.

Cenário pós-pandemia traz muitas oportunidades para a energia solar, diz presidente do conselho da ABSOLAR

Entre elas, destaca-se o uso da geração solar distribuída pelo poder público como ferramenta de redução de gastos e geração de empregos.


O cenário de retomada econômica após a pandemia de COVID-19 trará muitas oportunidades para o mercado de energia fotovoltaica, declarou o presidente do conselho de administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Ronaldo Koloszuk, durante uma transmissão promovida pela Solar Cavalcante Engenharia.

Ele avalia que o poder público poderá fazer uso da geração solar distribuída como ferramenta para reduzir gastos e gerar empregos. “É uma oportunidade para ajudar na retomada. Somente no âmbito federal, existem milhares de prédios públicos. O governo nem precisa investir, pois há empresas com interesse em fazer parcerias.”

Koloszuk citou como o exemplo o estado do Piauí, onde o governo promoveu projetos de parceria público privada (PPP) na intenção de reduzir os gastos com energia. “Foi feita uma PPP e o governo estadual pode reduzir a conta de luz em 20% sem gastar nada.”

O dirigente também citou a capacidade do mercado fotovoltaico em gerar empregos qualificados. “Em cinco anos, a fonte gerou 130 mil empregos. Não fosse a pandemia, seriam 120 mil novos postos de trabalho só em 2020. O crescimento é exponencial. Entregamos uma série de propostas ao governo federal para que se avalie essas oportunidades.”

Ele acredita que o setor apresentará um pequeno crescimento nesse ano. “Vivemos um momento de muita instabilidade. É difícil estimar um número, uma semana ou duas a mais de restrições fazem a diferença.” Koloszuk acrescenta que o setor não enfrenta problemas de fornecimento e que os dois maiores desafios são as medidas de restrição e isolamento, que impedem novas instalações, e a forte valorização do dólar.

O dirigente aponta que esses obstáculos impedem que o setor tenha um desempenho descolado da economia, como ocorreu anteriormente, mas ressalta que hoje as condições de investimento são melhores. “Entre o final de 2014 e 2016, enquanto o país passava por uma das piores crises da história, o mercado de geração solar distribuída crescia mais de 300% ao ano. Isso não vai ocorrer agora, em função das medidas de isolamento. Porém, naquele período o sistema fotovoltaico era mais caro e não havia opções de financiamento.”
“Agora temos mais de 70 linhas com taxas muito reduzidas. Agora, empresas e famílias que não têm dinheiro podem se financiar em bancos privados. É importante levar essa informação para os consumidores. Em muitos casos, há o dinheiro, mas a incerteza com a crise faz com que o financiamento seja adiado. Entretanto, o consumidor pode usar essa ferramenta do financiamento.”

Geração Distribuída cresce 5,2% em maio


Apesar da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a instalação de sistemas de Geração Distribuída (GD) de energia solar cresceram 5,2% em maio, passando de 285 mil em abril para 300 mil instalações este mês, informou ao Broadcast a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). 

Os investimentos atingiram R$ 14,6 bilhões no acumulado desde 2012, para uma capacidade instalada de 2,8 gigawatts.A ABSOLAR observou, no entanto, que apesar do crescimento, o Brasil ainda tem muito espaço para a energia solar distribuída, que em países como Austrália, China e Estados Unidos já ultrapassa os 2 milhões de sistemas de GD instalados. Dos 84,4 milhões de consumidores de energia elétrica no Brasil, apenas 0,4% fazem uso do sol para produzir eletricidade, informou a ABSOLAR. Agência Estado

Ritmo de expansão em energia renovável deve cair pela 1ª vez em 20 anos, diz IEA


O ritmo de crescimento da capacidade global em energia renovável deve ver o primeiro recuo anual em 20 anos em 2020, em meio a impactos da pandemia de coronavírus, mas a expectativa é de retomada no próximo ano, disse a Agência Internacional de Energia (IEA) nesta quarta-feira.

O mundo deve construir menos parques eólicos, solares e outras instalações que produzem energia limpa neste ano devido à retração na demanda dos setores comerciais e industrial e a problemas logísticos que devem atrasar projetos.

“Os países continuam a construir novas turbinas eólicas e parques solares, mas em um ritmo bem mais lento”, disse o diretor-excutivo da IEA, Fatih Birol.

“Mesmo antes do impacto da pandemia de Covid-19, o mundo precisava acelerar significativamente o desenvolvimento de renováveis para ter chances de atingir suas metas de energia e climáticas”, acrescentou ele.

A capacidade instalada em renováveis neste ano deve crescer em um total de 167 gigawatts, ou 13% a menos que no ano passado, segundo relatório da IEA sobre o setor.

Mas a capacidade global em renováveis ainda terá uma expansão, com crescimento estimado de 6% em 2020.

A expansão mais lenta neste ano reflete atrasos em construções devido a problemas na cadeia de suprimentos, medidas de isolamento e de distanciamento social e também desafios de financiamento.

No próximo ano, o ritmo de crescimento deve voltar ao nível visto em 2019, com a entrada em operação de projetos atrasados e levando em conta uma continuidade de políticas governamentais de apoio ao setor.

Ainda assim, a expansão combinada em 2020 e 2021 deverá ser 10% menor que a prevista pela IEA antes da pandemia.

Quase todos mercados maduros foram afetados por revisões da expansão prevista, exceto os Estados Unidos, onde investidores estão correndo para terminar projetos antes do vencimento de créditos fiscais.

Usina Solar Fotovoltaica na USE-UFSCar começa a funcionar


Com cerca de 27 mil atendimentos gratuitos por ano, a Unidade Saúde Escola (USE) da UFSCar tem por objetivo a formação de estudantes e o cuidado com a população de São Carlos e região. Nesta semana, a infraestrutura da USE foi reforçada: a Usina Solar Fotovoltaica instalada em suas dependências foi ativada.

O sistema fotovoltaico instalado na USE – UFSCar possui capacidade de geração de energia de 99,9 KWp (quilowatt pico). “Durante toda a vida útil deste sistema fotovoltaico (cerca de 25 anos), o benefício ambiental é equivalente a plantarmos árvores em 165 campos de futebol”, conta o Vice-Reitor da UFSCar e coordenador do projeto, Walter Libardi.

A instalação desta Usina Solar Fotovoltaica também traz benefícios financeiros: a economia anual com energia elétrica pode chegar a R$ 137 mil. Os investimentos para a construção do sistema provêm de edital da CPFL Paulista aberto para incentivar o uso de sistemas solares. Desde 2017, a UFSCar já investiu mais de R$ 8 milhões em eficiência energética por meio da participação em editais com esta finalidade.

O Projeto – A UFSCar já teve 6 projetos de eficiência energética aprovados. Por meio destes projetos foi possível substituir 26.834 lâmpadas e luminárias por tecnologias LED. Também foram instaladas 04 usinas solares fotovoltaicas na Universidade.

“Participar destes projetos tem sido, para mim, uma oportunidade ímpar. Colaboramos com a melhoria da Eficiência Energética da Universidade implantando a geração de energia limpa a custo zero, o que proporciona economia imediata para os campi. Além disso, estamos promovendo benefícios ao meio ambiente, conta Armando Gullo Martins, responsável pela gestão dos projetos de Eficiência Energética na Fundação de Apoio Institucional (FAI) da UFSCar.

Os investimentos em eficiência energética realizados pela UFSCar resultarão em uma redução permanente de R$ 2 milhões na conta de luz da Universidade. “Este recurso que economizamos pode se transformar em apoio estudantil. Novos professores, médicos, engenheiros, biotecnologistas, dentre outros profissionais, podem concluir o ensino superior e transformar a sociedade quando a nossa possibilidade de investir em nossos estudantes aumenta”, finaliza o Vice-Reitor da UFSCar, Walter Libardi.

Energia solar reduz em 65% gastos na conta de luz de consumidor de baixa renda em meio à crise

Crédito: Revolusolar

Segundo a ABSOLAR, sistemas solares fotovoltaicos em telhados e pequenos terrenos ultrapassam R$ 13,8 bilhões no Brasil

Os consumidores de baixa renda no Brasil que investiram em sistemas solares têm sofrido menos durante a pandemia do novo coronavírus. Um exemplo é Bibiana Angel González, moradora da comunidade da Babilônia, na cidade do Rio de Janeiro. Ela possui um pequeno sistema fotovoltaico, instalado no telhado de sua casa há quase cinco anos. Com a tecnologia, conseguiu economizar, em média, 65% na conta de luz.

“Com a energia solar no telhado da minha casa, consigo economizar dinheiro, que uso para pagar outras despesas importantes que tenho no dia a dia”, comenta Bibiana. Outra vantagem, segundo a moradora da comunidade da Babilônia, está na economia que a solar traz ao pequeno restaurante e pousada que possui, acoplados em sua residência, que agora estão fechados em função da pandemia. “A instalação solar permite que eu tenha preços competitivos, já que é impossível um negócio na favela manter-se em pé quando os serviços públicos têm na comunidade o mesmo custo do que no asfalto”, acrescenta.

Crédito: Revolusolar
Para não precisar usar recursos próprios, Bibiana buscou uma linha de crédito para comprar o sistema fotovoltaico. Assim, parte do valor economizado todo mês na conta de luz foi destinado ao pagamento das parcelas do financiamento. Segundo ela, o empréstimo foi quitado em menos de cinco anos, muito antes do final da vida útil, que é de mais de 25 anos. “A energia solar é um ótimo investimento, melhor do que aplicar dinheiro em banco, por exemplo”, ressalta.

“Um sistema fotovoltaico bem dimensionado pode reduzir em até 95% os gastos dos consumidores com eletricidade. Isso alivia o orçamento das famílias e permite destinar os recursos para outras necessidades essenciais, como alimentação, saúde e educação”, comenta Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

Segundo mapeamento da ABSOLAR, desde 2012, os investimentos privados acumulados em sistemas fotovoltaicos nos telhados e em pequenos terrenos já ultrapassam R$ 13,8 bilhões no País. As residências brasileiras representam mais de 70% destas conexões, que somam mais de 228 mil sistemas fotovoltaicos distribuídos por mais de 80% dos municípios brasileiros.

Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, esclarece que os consumidores residenciais possuem papel de destaque na adoção e no uso da energia solar fotovoltaica, pois pagam os maiores preços do País pela energia elétrica que consomem. “Por isso, a tecnologia fotovoltaica se tornou uma importante aliada neste momento crítico da economia brasileira e mundial”, aponta. “Ela traz economia direta ao bolso dos brasileiros, alivia o orçamento das empresas e dos governos, os protege contra aumentos recorrentes das tarifas e ainda ajuda o meio ambiente e a sustentabilidade”, completa.

Fabricantes e distribuidores de inversores solares projetam melhora da demanda entre maio e junho

Especialistas concordam que investimento em instalações fotovoltaicas têm se mostrado uma das opções mais seguras em um cenário de incerteza econômica global

Por Ricardo Casarin

Fabricantes e distribuidores de inversores solares projetam uma melhora da demanda do mercado brasileiro entre maio e junho, após forte retração em decorrência dos impactos da pandemia de coronavírus. Avaliação é de que investimento em instalações fotovoltaicas têm se mostrado uma das opções mais seguras em um cenário de incerteza econômica global.

“Com base no nosso monitoramento, percebemos que há um descompasso entre a retração de demanda relatada pelos distribuidores e número de novas instalações, que não reduziram tanto. Entendemos que vai existir uma retomada a partir de maio, os instaladores vão ter que voltar as compras”, apontou o gerente comercial da Fronius Brasil, Alexandre Borin, durante webinar.

Ele avalia que não vai ser um crescimento tão forte quanto o registrado pelo setor entre o final de 2019 e o começo de 2020, mas vai haver uma curva de crescimento. “A energia fotovoltaica continua sendo um investimento muito atrativo, mesmo diante do cenário de dólar valorizado. A energia elétrica é cara e não há nenhum indício que vai ficar mais barata. O investimento continua atrativo na parte financeira.”

O diretor comercial da Ecori Energia, Rodrigo Teixeira Matias, declarou ter observado um cenário semelhante. “Vimos o mercado crescendo bem acima da média entre novembro e dezembro. Com a mudança de rumos na revisão da resolução 482 e os impactos do coronavírus, ocorreu uma desaceleração em março, com uma redução mais expressiva em abril. Em maio já há um maior amadurecimento nas negociações, traz uma perspectiva de retomada.”

Matias acredita que os investidores estão sendo convencidos da segurança do setor solar. “A taxa Selic está lá embaixo, investimentos que remuneravam melhor estão se mostrando arriscados. A energia solar tem uma taxa de retorno absurda e o crédito está mais acessível. A retomada ainda é tímida, mais deve se consolidar ao longo de 2020.”

O especialista de produtos da Sungrow, Isaque Guanabara, entende que esse é momento de se aproximar dos instaladores, os mais afetados pela crise. “Notamos que o mercado está voltando a acelerar. É um setor que vai continuar atrativo, o mundo todo vai sofrer, mas acredito que a energia será menos impactada.”

O gerente de serviços no Brasil da GoodWe, Alexandre Pereira, destaca que mesmo em meio a um cenário de crise global, o mercado fotovoltaico seguiu crescendo no Brasil. “Acreditamos que passada essa turbulência, vai voltar a ter uma grande expansão. É um mercado já vinha se destacando nos últimos anos, desempenhando acima da economia. Ainda há muito espaço para se desenvolver e não vejo com maus olhos o futuro do setor solar no país.”

Fonte: Portal Solar

Energia solar poderá ser doada para hospitais durante pandemia


Projeto de Lei inédito prevê auxílio voluntário para unidades consumidoras de serviços essenciais no combate à Covid-19

O novo Projeto de Lei (PL) que prevê a doação dos créditos de energia elétrica da geração distribuída às instituições que atuam no combate ao novo coronavírus, protocolado ontem (07/05) pelos deputados federais Franco Cartafina e Lucas Redecker, pode aliviar os custos de hospitais e centros médicos durante a pandemia.

Segundo análise da vice-presidente de geração distribuída da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Bárbara Rubim, para entrar em vigor, a medida requer ajuste regulatório pontual e não demandaria nenhuma adequação física ou técnica nos doadores, beneficiários ou mesmo nas distribuidoras de energia.

“Os usuários da geração distribuída de fonte solar fotovoltaica e demais fontes renováveis poderão doar voluntariamente seus créditos de energia para serviços públicos essenciais voltados à assistência social ou ao combate direto à Covid-19”, afirma.

O Projeto de Lei, com o apoio técnico da ABSOLAR, recomenda a regulamentação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em até dez dias da publicação, com um ajuste pontual na Resolução Normativa 482, de 2012. A ideia foi sugerida pelo integrador Ricardo Rizzoto e estruturada e levada aos parlamentares pela associação.

O deputado federal Franco Cartafina (PP/MG) esclarece que o PL não se destina a regulamentar de forma ampla a geração distribuída. “Buscamos apenas estabelecer uma diretriz específica a ser utilizada no período da pandemia, beneficiando instituições públicas na linha de frente do combate à Covid-19”, detalha.

Para o deputado federal Lucas Redecker (PSDB/RS), o objetivo é contribuir com a redução dos impactos econômicos e sociais da pandemia, por meio de uma medida simples e solidária. “Ela permite aliviar os custos da pandemia em instituições que prestam um serviço essencial à nossa sociedade neste momento tão delicado”, aponta.

Segundo o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o Brasil possui 2,8 gigawatts de potência instalada na geração distribuída, com uma geração média de 408 GWh/mês. “Pelas estimativas da ABSOLAR, com a doação de apenas 1% desse total, pode-se proporcionar uma economia na conta de luz das instituições beneficiadas em torno de R$ 2,28 milhões ao mês. No caso de a adesão viabilizar a transferência de 5% da geração na forma de créditos de energia, a economia atingiria a marca de R$11,4 milhões por mês. O cálculo considerou a tarifa média de energia elétrica do Brasil, de R$ 0,56 por quilowatt hora”, pontua. (Assessoria Absolar)

Aumento previsto de 20% na conta de luz torna energia solar mais atrativa



Possível sobretaxa na tarifa pode ocorrer em decorrência das medidas de socorro às companhias do setor elétrico durante a pandemia

O uso da energia solar pelas famílias, empresas e governos torna-se ainda mais atrativa com o aumento previsto na conta de luz em decorrência do pacote anunciado pelo governo de socorro às companhias do setor elétrico na pandemia da COVID-19.

A afirmação é do CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia. Segundo o executivo, neste momento crítico da economia brasileira e mundial, a tecnologia solar fotovoltaica é uma importante aliada, pois traz economia direta ao bolso dos brasileiros, alivia o orçamento das empresas e dos governos e os protegem contra os aumentos das tarifas no País.

“A energia solar fotovoltaica reduz, sobretudo neste momento, o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do País”, diz Sauaia. “A tecnologia fotovoltaica é alternativa no atual momento de recursos escassos, quando os consumidores estão pressionados a buscar formas efetivas de reduzir gastos”, completa.

Recentemente, a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace) sinalizou que a conta de energia do consumidor pode ter um aumento de até 20% como consequência das medidas emergenciais anunciadas pelo governo para o setor elétrico.

“Um sistema fotovoltaico bem dimensionado pode reduzir os gastos com eletricidade dos consumidores em até 95%. A economia gerada permite ao usuário destinar os recursos para outras necessidades essenciais, como alimentação, saúde e educação”, aponta Sauaia.

Segundo Camila Ramos, vice-presidente de financiamento da ABSOLAR, há no País mais de 70 linhas de financiamento para quem quer adquirir energia solar, com taxas de juro a partir de 0,75% ao mês, um patamar abaixo de outros momentos de crise no País, o que viabiliza a instalação. “Portanto, a aquisição de sistemas fotovoltaicos pode ser feita até para o consumidor que não dispõe de recurso próprio. Muitas vezes, a economia na conta de luz trazida pela energia solar já paga a parcela do financiamento e ainda pode aumentar o poder aquisitivo das famílias em suas demais necessidades diárias”, acrescenta.

Energia solar fotovoltaica ultrapassa 5 gigawatts no Brasil



Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 5 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica em usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos. No total, a fonte já trouxe mais de R$ 26,8 bilhões em novos investimentos privados no País, tendo gerado cerca de 130 mil empregos acumulados, com aproximadamente 15 mil empresas atuando no mercado.

No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 2,68 gigawatts (GW) de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 1,5% da matriz elétrica do País. Os investimentos totais previstos até 2025 referentes aos projetos já contratados em leilões de energia ultrapassam R$ 25,8 bilhões. Em 2019, a fonte foi a mais competitiva entre as fontes renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh.

Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sétima maior fonte de geração do Brasil, com 92 empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Piauí, Ceará, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Norte (Tocantins). O investimento acumulado até o momento é de cerca de R$ 14 bilhões.

No caso da geração distribuída, são 2,42 gigawatts de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, que representam R$ 12,8 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais. A tecnologia é utilizada atualmente em 99,8% de todas as conexões distribuídas no País.

No entanto, embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua com um mercado ainda muito pequeno sobretudo na geração distribuída, já que possui 84,4 milhões de consumidores de energia elétrica e apenas 0,3% faz uso do sol para produzir eletricidade.

“A energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico do País, sobretudo agora para ajudar na recuperação da economia após a pandemia, já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, aponta o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk.

“Nas crises de 2015 e 2016, o PIB do Brasil foi de -3,5% ao ano, mas o setor solar fotovoltaico cresceu mais de 300% ao ano. Com isso, ajudamos na recuperação do País. Agora, passada a fase mais aguda da atual pandemia, a energia solar fotovoltaica irá novamente alavancar a recuperação do Brasil. A solar será parte da solução, tanto para a nossa sociedade, quanto para o meio ambiente”, comenta o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia. Absolar

Programa emergencial propõe redução na conta de luz dos consumidores de baixa renda

Primeiros painéis solares fotovoltaicos instalados no prédio do Ministério da Defesa, em Brasília Foto: Ministério da Defesa

Apresentada ao Ministério de Minas Energia e ao Congresso Nacional, medida voltada à Tarifa Social traria economia de R$ 253 milhões à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) acaba de apresentar uma proposta de criação de um programa emergencial para instalar sistemas solares fotovoltaicos em consumidores de baixa renda com Tarifa Social, como forma de aliviar os efeitos da crise econômica decorrente do isolamento social indispensável no combate ao coronavírus COVID-19.

A medida, apresentada ao Ministério de Minas e Energia e aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, poderia, segundo estimativas da ABSOLAR, trazer uma economia de R$ 817 milhões ao longo de 25 anos nas contas de luz dos consumidores de baixa renda, bem como aumentar a arrecadação direta e indireta em R$ 237 milhões aos cofres públicos.

A proposta foi elaborada como suporte à intenção do governo de isentar, por três meses, a cobrança de energia elétrica sobre os consumidores cadastrados no Programa Tarifa Social. A proposta inicial do governo demandaria aproximadamente R$ 1,05 bilhão em recursos no período.

De acordo com a entidade, parte do valor poderia ser revertido na instalação de 87,5 mil sistemas fotovoltaicos, com benefícios adicionais de geração de novos postos de trabalho no País e proporcionando uma economia total de R$ 253 milhões na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 25 anos.

“Nossa intenção é contribuir com o debate iniciado no governo, de viabilizar a redução dos impactos econômicos sobretudo para a população mais vulnerável. A proposta tem grande potencial de alívio financeiro aos cidadãos de baixa renda e permite o fortalecimento das ações de recuperação da economia, com geração de emprego e renda de forma mais rápida”, comenta Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.

“Um programa emergencial para uso de energia solar fotovoltaica por consumidores de baixa renda traria economia imediata e alívio aos usuários. Além disso, o ganho seria duradouro, já que os equipamentos possuem vida útil de mais de 25 anos. Também haveria uma expressiva redução estrutural nos valores da CDE, diminuindo este encargo que hoje é rateado na conta de luz de todos os brasileiros, aliviando o custo para todos os consumidores”, complementa Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR.

Reformulação nas linhas de crédito para energia solar


Novo modelo de financiamento de equipamentos fotovoltaicos torna a economia na conta de luz maior do que a parcela bancária paga pelo consumidor

Para facilitar ainda mais o acesso dos consumidores brasileiros à energia solar e ampliar os investimentos privados nesta área no País, foram reestruturadas as condições de financiamento oferecidas pelo Portal Solar, em parceria com o banco BV.

Agora o parcelamento pode ser em até 72 vezes e permite que o consumidor instale a geração de energia solar em residências, comércios e indústrias sem a necessidade de desembolso próprio. As mudanças inéditas no crédito também ampliam o prazo de carência para o pagamento da primeira parcela de 60 para 90 dias, justamente para dar tempo do consumidor obter as primeiras economias na conta de luz antes de receber o carnê do financiamento, já que o tempo médio para adquirir um sistema fotovoltaico, despachar, instalar e homologar na distribuidora de energia é de três meses.

Pelos cálculos do Portal Solar, o alongamento do prazo possibilita que a economia na conta de luz será maior do que a parcela do financiamento em cerca de 70% das operações de crédito no contratado.

“Na prática, as pessoas poderão comprar energia solar sem tirar dinheiro do bolso e já se beneficiar com a economia na conta de luz num valor maior do que vão pagar de prestação. É como se você conseguisse um desconto de imediato na sua conta de luz e, depois de seis anos, o sistema de energia solar se pagou com a própria economia na conta de luz”, comenta Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar.

A base de cálculo do Portal Solar para as novas regras de financiamento considerou os preços praticados no mercado, a radiação solar das capitais e as tarifas das distribuidoras de energia que atendem em baixa tensão.

O maior benefício é visto em sistemas de energia solar para contas a partir de R$ 500 por mês, onde, em alguns casos, como no Pará, Rio de Janeiro e Minas Gerais, por exemplo, a economia chega a ser de 10% imediatamente. “Assim, um sistema fotovoltaico que pode economizar para o dono até R$ 650 ao mês possui uma prestação de R$ 590 mensais”, explica Meyer.

Para pequenos comércios, o benefício é ainda maior, chegando a 25% de diferença. No caso de um estabelecimento como uma padaria, a energia solar que poderá gerar economia de até R$ 2.500 ao mês, a prestação seria em torno de R$ 1.850 mensais.

“O crédito para instalação de placa solar está em franca expansão em sintonia com o crescimento do próprio mercado. Além de ser um investimento ao patrimônio, o financiamento para o sistema de geração de energia limpa tem parcela fixa durante todo o contrato, ou seja, enquanto a conta de luz aumenta todo ano. Dessa forma, a economia do cliente aumenta progressivamente. Se hoje há uma economia de R$100 na conta de luz, daqui a dois anos, poderá chegar a R$ 115. E, quando acabar a prestação, vai economizar R$ 800 ao mês”, destaca Daniel Monteiro, superintendente de Produtos Varejo do banco BV.

Geração distribuída solar fotovoltaica atinge 200 mil conexões no Brasil


O Brasil acaba de atingir a marca de 200 mil conexões de geração distribuída solar fotovoltaica, conforme informa a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

São 2,3 gigawatts de potência instalada da fonte solar na microgeração e minigeração distribuída. A energia solar fotovoltaica representa 99,8% de todos as conexões distribuídas, com mais de R$ 11,9 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais.

No entanto, embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua com um mercado ainda muito pequeno, já que possui 84,4 milhões de consumidores de energia elétrica e apenas 0,3% faz uso do sol para produzir eletricidade.

Na comparação com outros países, o Brasil possui entre 10% a 20% das conexões existentes em nações como Austrália, China, EUA e Japão, que já ultrapassaram a marca de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos, bem como da Alemanha, Índia, Reino Unido e outros, que já superaram a marca de 1 milhão.

“Todavia, há uma boa perspectiva de melhorar este quadro no País, dado que o Governo Federal e o Congresso Nacional sinalizaram que pretendem desenvolver a geração distribuída a partir do sol”, aponta o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk.

“O próximo passo agora é construir um marco legal transparente, estável, previsível e justo, que desfaça a insegurança jurídica que paira sobre o mercado e que reforce a confiança da sociedade em um futuro com mais liberdade, prosperidade e sustentabilidade para os consumidores e a população”, acrescenta o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.

Geração de usinas a biomassa cresce 3% em 2019


Números divulgados pela Câmara de Comércio de Energia Elétrica (CCEE) revelam que a geração de energia das usinas térmicas a biomassa aumentou 3% em 2019, quando comparado com o ano anterior. Ao todo, o Brasil produziu 3.108,6 MW médios, superando o resultado de 3.007,1 MW médios de 2018.

O crescimento decorre principalmente da ampliação do número de empreendimentos dedicados à produção de energia a partir de biomassa. Em 2019 foram contabilizadas 295 usinas em dezembro contra 274 no mesmo mês de 2018.

A capacidade instalada também apresentou crescimento, com 13,09 GW aferidos em dezembro de 2019, 2% maior que os 12,82 GW do mesmo mês no ano anterior.

São Paulo lidera produção

Com 41% da capacidade instalada das usinas a biomassa do país, o estado de São Paulo é o maior produtor de energia elétrica a partir desta fonte. Em 2019, a produção cresceu 5%, alcançando 1.391 MW médios. Mato Grosso do Sul, com 514,9 MW médios, e Minas Gerais, com 390,4 MW médios, completam a lista dos maiores geradores a biomassa no ano passado. 

Fonte: CCEE