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Gás e energia solar devem ganhar espaço na matriz energética do Rio

A alternativa fotovoltaica está crescendo naturalmente – Coober/Divulgação

O gás natural e a energia solar devem ganhar mais relevância na matriz energética do Rio de Janeiro nos próximos 15 anos, segundo estudo do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ) e da Subsecretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

O documento traça dois cenários, um de referência e outro alternativo, em que a busca por eficiência energética se dá de forma mais intensa. Para o pesquisador Amaro Pereira, do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, o estudo mostra que o estado precisa se beneficiar da disponibilidade de gás natural.

“O preço da energia no estado do Rio é muito alto, se comparado com os outros estados do Brasil. E o gás não é tão mais alto. Isso pode ser importante para a indústria, que está atrás de fontes que não sejam tão caras”.

Em 2016, o gás natural respondia por uma fatia de 34% das fontes de energia utilizadas no estado. Esse patamar deve subir para ao menos 40%, em 2031. No melhor dos cenários, o gás pode atingir 44% de participação, o dobro do petróleo e derivados. A conversão de veículos automotores para gás, a demanda industrial e o aumento da utilização de gás natural em chuveiros, por exemplo, devem contribuir para o cenário.

Energia solar

No que diz respeito à geração de energia elétrica, o gás natural deve ter um aumento de 19% para 29%. Quando o cenário de maior eficiência energética é considerado, o gás atinge 28% de participação, e a energia solar salta de 0% em 2016, para 6% em 2031. O cenário mais eficiente considera a revitalização das usinas de biomassa, que terão participação de 3% na geração de energia elétrica.

O superintendente de energia da Subsecretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Sergio Guaranys, defendeu que o poder público deve atuar para impedir que barreiras prejudiquem a busca por menores custos de energia.

“A política pública virá orientando e evitando criar barreiras para o desenvolvimento e a redução de custos. A política publica é não ser obstáculo para reduzir custos”.

Segundo a pesquisa, o Rio de Janeiro tinha, em 2017, 2,2 mil residências com painéis solares para geração de energia. Esse número deve aumentar de forma acelerada, chegando a 331,3 mil unidades em 2031.

“A alternativa fotovoltaica está crescendo naturalmente e bastante”, destacou o superintendente, que explicou que o preço dos terrenos no estado do Rio é alto, o que favorece unidades fotovoltaicas de pequeno porte.

Mais emissões de CO2

Mesmo no melhor cenário, que inclui o crescimento da energia solar e biomassa, as energias renováveis perderão espaço para as não renováveis no estado do Rio de Janeiro. Em 2016, 12% do total produzido no estado era de fontes renováveis em 2016, o que deve cair para 9% em 2031.

A grande dependência de fontes fósseis de energia já faz com que o Rio de Janeiro produza mais emissões per capita que a média nacional. Enquanto o Brasil emitiu 2,16 toneladas de CO2 para cada habitante em 2016, o Rio de Janeiro emitiu 4,03. Em 2031, essa emissão deve crescer mais de 50% e chegar a 6,44 toneladas para cada habitante. No melhor dos cenários, também haverá crescimento considerável, para 5,74 toneladas.

Fonte: Agência Brasil

Projeto da UFES vence desafio nacional de barcos movidos a energia solar

Alunos da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) venceram circuito do Desafio Solar Brasil, um dos eventos mais importantes do Brasil na área de eficiência energética.

Estudantes da Ufes venceram evento em duas categorias — Foto: Desafio Solar Brasil/Divulgação

O Projeto Solares, desenvolvido por estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), venceu as duas categorias do Desafio Solar Brasil 2018 disputado em Búzios, no Rio de Janeiro, em setembro.

A competição nacional de barcos movidos à energia solar contou com a participação de 19 equipes de quatro estados brasileiros. Essa foi a 1ª vez que a equipe capixaba disputou o torneio.

Com o tempo de 4h10m01s, o projeto venceu na classe catamarã, categoria inicial da disputa que conta com o maior número de barcos.

Já o segundo prêmio foi o de melhor oficina, com a apresentação para crianças do ensino fundamental do Projeto Girassol, que integra o Solares Social, área com ações voltadas para comunidades carentes do ES.


O objetivo do projeto desenvolvido pela equipe capixaba é estimular e popularizar novas tecnologias de fontes de energia limpa e renovável.

E, por ter conseguido juntar velocidade e eficiência energética nas provas de corrida das embarcações elétricas movidas à energia solar, a embarcação da UFES ficou no primeiro lugar do pódio.

Fonte: G1

BNDES detalha aplicação de US$ 1 bilhão em energia eólica

Com recursos, foram apoiados oito projetos, distribuídos por seis estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul.
Energia eólica: juntos, projetos têm 1.323 megawatss de capacidade instalada, o que representa mais de 420 mil toneladas de CO2 equivalentes que deixarão de ser lançadas anualmente na atmosfera (Mimadeo/Thinkstock)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou hoje (2), no Rio de Janeiro, o seu primeiro Relatório Anual Green Bond – os chamados títulos verdes.

O documento, inédito entre bancos brasileiros, contém informações sobre projetos de energia eólica apoiados com US$ 1 bilhão, verba captada pelo BNDES no mercado internacional em 2017 e destinada a financiar projetos ambientalmente sustentáveis.

Segundo informações do banco, a captação em títulos verdes (green bonds) foi concluída em maio do ano passado no mercado internacional, com vencimento previsto para 2024. Trata-se da primeira operação deste tipo realizada por um banco brasileiro.

Com os recursos, foram apoiados oito projetos de geração de energia eólica, distribuídos por seis estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. Juntos, os projetos têm 1.323 megawatss de capacidade instalada, o que representa mais de 420 mil toneladas de CO2 (Dióxido de Carbono) equivalentes que deixarão de ser lançadas anualmente na atmosfera.

Títulos convencionais

Ao detalhar a operação, o BNDES disse que os papéis têm características similares aos títulos convencionais, mas que os recursos obtidos foram destinados exclusivamente a projetos ambientalmente sustentáveis, atestados por uma empresa verificadora especializada na área ambiental. No caso do BNDES, destinam-se a projetos de geração eólica, novos ou já existentes na carteira do banco.

“Os investimentos em parques eólicos, sobretudo na região Nordeste, são um dos destaques do desempenho trimestral do BNDES, divulgado recentemente. Eles ajudaram a impulsionar os desembolsos do segmento de energia elétrica, que atingiram R$ 1,7 bilhão nos primeiros três meses do ano”, diz a nota da instituição.

Presença internacional

A avaliação do BNDES é de que os green bonds ajudam a consolidar a presença internacional do banco e proporcionam uma série de benefícios, como o de reforçar a prioridade dada pela instituição ao tema da sustentabilidade socioambiental, promover a difusão das melhores práticas de gestão socioambiental e incentivar o acesso de outros emissores brasileiros ao mercado de green bonds, além de construir um novo ponto de referência em sua estrutura a termo de taxa de juros internacionais.

O Green Bond Annual Report está disponível no site.

Fonte: Exame

Governo tem bilhões para geração caseira de energia, mas exclui Sul e Sudeste

Plano com R$ 3,2 bilhões para financiar placas fotovoltaicas, que será lançado nesta quarta (4), vale apenas para Norte, Nordeste e Centro-Oeste.


O Ministério de Integração Nacional lança nesta quarta-feira (4) a principal iniciativa para difundir a microgeração de energia solar no Brasil até o momento. Trata-se da oferta de R$ 3,2 bilhões para financiar a instalação de placas fotovoltaicas em residências e estabelecimentos comerciais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. O que se espera é que com a facilitação do pagamento, cresça o número de pessoas que geram a própria energia, reduzindo em até 90% as despesas com energia elétrica.

No entanto, essa medida não chega aos estados do Sul e do Sudeste, visto que os recursos do financiamento vêm dos fundos constitucionais destinados ao desenvolvimento socioeconômico das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, além do Norte de Minas Gerais e do Norte do Espírito Santo. Os fundos constitucionais não chegam ao Sul e ao Sudeste porque têm como objetivo, justamente, diminuir a disparidade de desenvolvimento entre as cinco regiões do país.

De acordo com o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia, a iniciativa do governo federal é extremamente estratégica e relevante para o setor, visto que o acesso ao crédito seria o grande gargalo para o avanço da energia solar no país.

“A instalação das placas fotovoltaicas contribui diretamente na redução dos gastos com energia elétrica, geração de empregos de qualidade e com a sustentabilidade ambiental, por ser uma energia limpa”, pontua Sauaia. Segundo dados do presidente, a tecnologia permite a redução de 80% a 90% dos gastos mensais com energia.

O investimento para a instalação das placas em uma residência tem diminuído, e hoje é de cerca de R$ 15 mil para qualquer região do país. De qualquer forma, segundo Sauaia, o investimento é recuperado em, aproximadamente, cinco anos, sendo que a tecnologia tem vida útil de 25 anos. “Nem todo o brasileiro tem esse recurso disponível para investir. Por isso o financiamento é tão importante”, reforça.

As linhas de crédito serão oferecidas pelo Banco do Nordeste, Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Brasil com juros muito abaixo das taxas de mercado e prazos mais longos de pagamento. Até então, o financiamento para viabilizar o uso da energia fotovoltaica só era permitido para pessoas jurídicas e agricultores.

Números desanimadores

Apesar do imenso potencial, o Brasil está atrasado quando se trata de geração de energia solar. Existem cerca de 82 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no país, das quais menos de 30 mil – 0,04% do total – podem gerar de energia solar fotovoltaica, o que representa 0,04% do total.

O governo federal estima que em 2026 cerca de 770 mil consumidores terão adotado os sistemas fotovoltaicos, totalizando 3,3 gigawatts (GW), o equivalente 0,6% do consumo nacional de energia.

Mas a Absolar acredita que este número está subestimado. E diz que com apoio dos governos e de políticas públicas, seria possível ultrapassar um milhão de consumidores de energia solar ainda em 2025, o que representaria 4,5 GW, ou 1% do consumo do país.

A situação do Paraná

Com a restrição legal da área de abrangência dos fundos constitucionais, o financiamento não chega às regiões Sul e Sudeste do Brasil. Por isso, a Absolar tem trabalhado junto ao BNDES, à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil para que essas instituições passem a oferecer linhas de crédito a preços competitivos, de modo que os brasileiros que morem nessas regiões possam investir em energia solar, passando a produzir a própria energia em suas residências.

Além do trabalho junto às instituições financeiras públicas, os próprios estados têm tomado ações para incentivar a população a gerar energia renovável. Neste sentido, uma das principais medidas diz respeito ao Convênio ICMS 16, de 22 de abril de 2015, que autoriza que os estados isentem de ICMS as residências e empresas que produzam a própria energia. Vinte e quatro estados brasileiros já aderiram a este termo. Apenas três não finalizaram a adesão, são eles: Paraná, Amazonas e Santa Catarina.

“O Paraná ainda precisa fazer sua lição de casa no que diz respeito à energia solar”, critica Rodrigo Lopes Sauaia, presidente-executivo da Absolar. Para reverter essa situação, está marcada para o próximo dia 10, terça-feira, às 9h, a audiência pública “Otimização pública das energias solar, eólica, biomassa e outras no estado do Paraná”, na Assembleia Legislativa do Paraná.

Durante o evento, serão discutidos o incentivo ao uso das energias renováveis no Paraná e as ações públicas que precisam ser desenvolvidas para o avanço dessas tecnologias.

Estados com maior capacidade de geração de energia solar

Minas Gerais – 50,7 megawatts (MW) de capacidade instalada
Rio Grande do Sul – 30,2 MW
São Paulo – 26,8 MW
Ceará – 12,8 MW
Santa Catarina – 12 MW
Paraná – 11,4 MW
Rio de Janeiro – 11,1 MW

Fonte: Gazeta do Povo

Aumento da conta de luz torna projetos de energia solar mais vantajosos no Rio

Investimento é compensado em 3 anos. Geração dessa fonte energética cresceu 200% em 2017 no país.

A CIDADE DO RIO É HOJE A QUARTA CAPITAL MAIS VANTAJOSA PARA PROJETOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Se é verdade que é preciso ver o lado bom das coisas ruins, as elevadas tarifas de energia pagas no Estado do Rio — com um dos percentuais de ICMS mais altos do país — vêm tornando cada vez mais atraentes os investimentos na instalação de sistemas de geração de energia solar pelos próprios consumidores.

De acordo com levantamento feito pelo grupo Comerc Energia, a cidade do Rio é hoje a quarta capital mais vantajosa para projetos de geração de energia solar por consumidores de baixa tensão, como pequenos negócios, condomínios, hospitais, shopping centers e residências. Graças também à alta incidência de radiação solar, no Rio, o retorno desse investimento — que sai a, no mínimo, R$ 14 mil — é de 3,3 anos, só superado por Teresina, no Piauí; Belém, no Pará; e Manaus, no Amazonas, onde o tempo varia de 3,1 a 3,2 anos.

Já no caso das unidades consumidoras atendidas em alta tensão, o Estado do Rio é a segunda capital mais favorável para investimentos em geração solar, onde o retorno se dá em 5,4 anos. Em primeiro lugar, está Manaus, com 4,9 anos. A baixa tensão atende a consumidores com demanda abaixo de 75 quilowatts (kW); e a alta, aqueles que utilizam 75 kW ou mais, como indústrias que são intensivas no consumo de energia.

O forte crescimento do uso da radiação solar para gerar energia pode ser constatado nos números. Enquanto os custos dos materiais e equipamentos tiveram uma queda da ordem de 50%, o número de projetos de geração solar fotovoltaica aumentou quase 200% no ano passado, em relação a 2016.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em dezembro de 2017 existiam no país 20.266 unidades de geração de energia solar instaladas pelos próprios consumidores, conhecidas como geração distribuída, com uma capacidade total de 174,2 megawatts (MW). Em 2016, eram 7.400 unidades, com uma potência de 59 MW. Do total de projetos existentes atualmente, 1.612 unidades estão instaladas no Estado do Rio, com 10,2 MW de capacidade.

De acordo com o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, considerando o forte aumento nos preços das tarifas de energia nos últimos anos, bem acima da inflação, é natural o crescimento da chamada geração distribuída, ou seja, gerada pelos próprios consumidores, especialmente em sistemas de energia solar:

“Os reajustes tarifários de diversas distribuidoras no primeiro semestre deste ano devem ficar, em média, entre 10% e 15%, bem acima da inflação. Os consumidores buscam alternativas para reduzir esses custos, gerando sua própria energia. E a geração de energia solar surge como uma ótima opção.”

A flutuação nas tarifas de energia para o consumidor tem sido intensa. Em 2015, por exemplo, segundo dados do IBGE, a conta de luz teve um salto de 51%. No ano seguinte, caiu 10% e, ano passado, voltou a subir 10,35%.

Leilões suspensos

Para Cristopher Vlavianos, presidente do Grupo Comerc Energia, com a perspectiva de as tarifas de energia continuarem aumentando, aliada à queda nos preços dos equipamentos, a geração de energia solar ganha espaço: “O consumidor está disposto a investir em um sistema solar para reduzir os custos com energia. E quanto mais caras ficam as tarifas, mais rapidamente o consumidor consegue amortizar os investimentos. No caso das empresas, há ainda a questão da sustentabilidade, em que elas buscam metas de redução das emissões. O que já acontece no exterior está começando a ocorrer aqui”.

O levantamento da Comerc considerou os últimos reajustes, em janeiro, nas tarifas de eletricidade das distribuidoras. Para elaborar o ranking, são levados em conta a incidência de radiação solar de cada região, a tarifa de energia e o ICMS cobrado pelos estados. O Rio, além da tarifa alta, tem um ICMS de 32%, um dos mais elevados entre os estados da federação.

Segundo a Comerc, em média, o retorno dos investimentos em energia solar pelos consumidores de baixa tensão nas capitais se dá entre 3,1 anos e 7,6 anos, enquanto os dos de alta tensão levam entre 4,9 anos e 12,3 anos. Macapá, no Amapá, é a capital onde os consumidores levam mais tempo para ter retorno do investimento, levando 7,6 anos, no caso de baixa tensão, e 12,3 anos, nos de alta tensão.

Mas o aumento da geração de energia solar não acontece apenas em sistemas de geração pelo próprio consumidor (geração distribuída), mas em projetos de usinas de grande porte. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), estão em operação no país 82 usinas de energia solar com capacidade instalada total de 965.325 quilowatts (kW), que representam 0,61% da matriz energética do país. Estão em construção outras 27, que adicionarão uma capacidade instalada de 754.052 kW, além de 40 ainda não iniciadas, que terão capacidade total prevista de 965.291 kW.

Rodrigo Sauaia, da Absolar, comenta que a suspensão dos leilões de projetos de geração solar pelo governo federal em 2015, tendo só realizado um novo certame no fim do ano passado, gerou um período sem encomendas para os fabricantes de equipamentos solares. Não há, por exemplo, nenhum projeto novo para entrar em operação em 2019 e 2020. Os projetos do leilão realizado em dezembro do ano passado estão previstos só para 2021.

“É um desafio para as empresas, que podem fechar suas portas, demitir pessoal nos próximos anos. Apesar do crescimento da geração distribuída (pelos consumidores), a parcela de materiais e equipamentos é muito pequena, representa apenas 15% do mercado de energia solar”, destacou Sauaia.

Mesmo assim, com a entrada em operação de projetos de geração, os preços vêm caindo nos últimos anos. A tarifa da energia solar no leilão realizado em 2017 foi de R$ 145,85 o MW, contra R$ 297 o MW em 2015. “O ideal é que o governo tenha um calendário de leilões de geração solar, com uma contratação continuada de projetos para que o setor possa se planejar”, comentou Sauaia.

O presidente da Comerc lembrou que a geração de energia solar nas usinas de grande porte também vem crescendo, favorecendo a redução de custos dos equipamentos em geral. No último leilão de oferta de energia para 2021 realizado pelo governo federal, a fonte solar dominou o certame.

De acordo com Sauaia, de 2015 até o ano passado o setor já investiu aproximadamente R$ 4,5 bilhões em geração solar, dos quais R$ 3,5 bilhões no ano passado. Para este ano, os números ainda não estão fechados, mas a previsão é de investimentos da ordem de R$ 3 bilhões.

Fonte: Época Negócios

Cinco lugares que mais produzem energia solar no Brasil

Estados das regiões Sul e Sudeste concentraram o maior número de instalações de sistemas fotovoltaicos em 2017

Os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná são os que mais tiveram instalações de sistemas fotovoltaicos no Brasil, tecnologia capaz de produzir energia através da luz do sol. Do total de conexões para captação de energia solar no país, 75% foram feitas nos cinco estados, o que, em números, representa 9.293 instalações. 

As informações são da 1ª pesquisa da Greener, em 2017, divulgada pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) e correspondem entre os meses de janeiro e agosto do último ano.

De acordo com o diretor de marketing e comercial da NHS, Ronaldo Paiva, vários benefícios, entre eles, a redução significativa nos gastos com o consumo de energia elétrica tem feito com que grandes empresas invistam no sistema de captação de energia solar. “Essa é uma alternativa que vem possibilitando as empresas a terem uma economia que pode chegar a mais de 90%, dependendo da potência do equipamento instalado”, ressalta.

Crescimento constante

Segundo Ronaldo, o segmento vem sendo visto com bons olhos e a tendência é que o número de instalações continue crescendo ainda mais no país. “De janeiro a outubro de 2017, por exemplo, a quantidade de instalações para a geração de energia solar aumentou 100% em comparação ao mesmo período do ano anterior (2016)”, ressalta.

Fonte: Setor Energético

Captação de energia solar cresce 300% em ano de crise

Marcos mostra uma placa de captação de energia fotovoltáica Foto: Barbara Lopes / Extra

Em tempos de crise, produzir a própria energia está se tornando um bom negócio. Desde 2013, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) regulamentou as regras da microgeração distribuída de energia, o segmento nunca cresceu tanto como no último ano. No segundo semestre de 2016, o país registrava cerca de quatro mil instalações desse tipo em casas e prédios. Hoje, são cerca de 15 mil, um aumento de 300%.

No Rio, o boom se refletiu também na quantidade de empresas especializadas na instalação de placas solares. Há dois anos, eram menos de dez no mercado carioca. Hoje, são mais de 30. Gerente de um resort para cães, o técnico em eletrotécnica Marcos Ramalho Nogueira, de 32 anos, entrou há dois anos para o ramo.

— Com essa expansão do mercado, muita gente mudou de área de atuação para atender à nova demanda — diz Marcos, integrador da Blue Sol Energia Solar, que enumera as vantagens: — Embora o custo de instalação ainda seja caro, existem bancos que fazem financiamento com linhas próprias. A redução na conta de luz é enorme, e o equipamento se paga em, no máximo, oito anos. Isso sem mencionar a questão da sustentabilidade, por ser uma energia limpa.

No fim do mês, a economia pode chegar a até 95%, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar). A conta só não pode ser zerada porque o consumidor precisa pagar a taxa de disponibilidade da concessionária, para os momentos em que o gerador não capta luz solar.

— Quando vi a quantidade de sol que batia na minha casa, resolvi investir nas placas. Minha conta chegava a R$ 800 e, hoje, não passa de R$ 100 — diz o ator Felipe Martins, morador de Teresópolis.

Mapa de potencial dos telhados do Rio

O primeiro passo para instalar um sistema de captação de energia solar em casa é verificar a incidência de sol no local onde o equipamento será afixado. Depois, a partir da média do consumo energético, é possível dimensionar quantas placas serão necessárias para a residência. Todo esse cálculo é facilitado pelo Mapa Solar, que pode ser acessado no novo Armazém de Dados da prefeitura (www.data.rio).

No site, é possível simular um sistema de energia solar inserindo os dados de sua residência ou prédio. Para fazer a instalação, entretanto, é necessário contatar uma empresa especializada.

De acordo com projeção da Absolar, a geração de energia solar fotovoltaica no Brasil deve alcançar o patamar de 1.000 megawatts (MW) de capacidade instalada até o fim do ano, um crescimento de 325% em relação à capacidade atual de 235 MW, suficiente para abastecer cerca de 60 mil residências com até cinco pessoas em cada uma.

A estimativa feita pelo setor coloca o país entre os 30 principais geradores dessa fonte de energia no mundo, com a expectativa de estar entre os cinco primeiros até 2030 em potência instalada anual. Atualmente, estão contratados, por meio de leilões de energia, cerca de 3.300 MW, que serão entregues até 2018.

Os investimentos até o fim de 2017 deverão somar R$ 4,5 bilhões. O crescimento da capacidade instalada favorece ainda a geração de empregos em toda a cadeia produtiva. Pelos cálculos do setor, para cada MW de energia solar fotovoltaica instalados, são gerados de 25 a 30 postos de trabalho.

Algumas novidades do setor
  • Painel transparente: Um estudo da Universidade de Michigan desenvolveu um painel solar completamente transparente. O material pode ser usado em janelas, por exemplo, convertendo a luz em energia, mas sem impedir sua passagem.
  • Energia da chuva: Na China, pesquisadores criaram um painel que resolve o problema da captação de energia solar em períodos chuvosos e, além disso, gera energia a partir do impacto das gotas de chuva. O material usado é o grafeno.
  • Telhas solares: Na Itália, a superfície de captação foi adaptada para telhas comuns, tornando a tecnologia mais adaptável.
  • Turbina eólica solar: Um sistema desenvolvido em Londres aproveita duas fontes energéticas de uma só vez. Trata-se de uma turbina eólica equipada com placas solares. Enquanto gira, com o vento, também capta a luz do sol.


Fonte: Extra

Botijão de gás de cozinha ficará 12,2% mais caro a partir desta quarta

A Petrobras anunciou hoje (5), no Rio de Janeiro, reajuste de 12,2% para o gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, o chamado gás de cozinha, vendido em botijões de até 13 quilos. O aumento foi decidido pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp) da empresa e começa a vigorar a partir desta quarta-feira (6/11/17). 


Segundo a Petrobras, o Gemp considerou para efeito de ajustes nos preços do gás para uso residencial o cenário externo de estoques baixos, além dos reflexos de eventos climáticos, como o furacão Harvey, na maior região exportadora mundial do produto, que é a cidade de Houston, no Texas, Estados Unidos, cujos terminais permanecem fora de operação, o que afeta o mercado internacional. Com a menor disponibilidade de gás, os mercados consumidores, inclusive o brasileiro, sofreram aumento de preço. 

A estatal afirmou, entretanto, que o reajuste aplicado “não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional”. O Gemp fará nova avaliação do comportamento do mercado no próximo dia 21. 

A Petrobras destacou que o reajuste previsto foi aplicado sobre os preços praticados sem incidência de tributos. Se for integralmente repassado aos preços ao consumidor, a empresa indicou que “o preço do botijão de GLP P-13 pode ser reajustado, em média, em 4,2% ou cerca de R$ 2,44 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos”. 

A Petrobras reajustou também os preços de venda às distribuidoras do GLP destinado aos usos industrial e comercial. O aumento médio de 2,5% entra em vigor amanhã (6). 

Sindigás distribui nota 

Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) estimou que o reajuste para o gás residencial ficará entre 11,3% e 13,2%, de acordo com o polo de suprimento. 

Como o aumento não repassa de forma integral a variação de preços do mercado internacional, a entidade calculou que o preço do produto destinado a embalagens até 13 quilos ficará 16,56% abaixo da paridade de importação. Segundo o Sindigás, isso inibe investimentos privados em infraestrutura no setor de abastecimento. 

Em relação ao reajuste nos preços do gás industrial, para embalagens acima de 13 quilos, o Sindigás indicou que a variação será entre 2,4% a 2,6%, dependendo do polo de suprimento. 

O sindicato externou preocupação com o reajuste para o gás industrial, porque “afasta ainda mais o preço interno dos valores praticados no mercado internacional, impactando justamente setores que precisam reduzir custos”. 

De acordo com o Sindigás, esse aumento levará o valor do produto destinado a embalagens maiores que 13 quilos a ficar 39,94% acima da paridade de importação.

Rock In Rio ganhará árvores solares para recarga de celular


A cidade do rock, sede do Rock in Rio, maior festival de música do mundo, que acontecerá em setembro, promete ser mais verde do que nunca. O evento ganhará cinco árvores solares espalhadas em suas dependências para que o público possa recarregar gratuitamente seus celulares, sendo quatro espalhadas pelo parque e uma na área VIP.

As árvores solares foram criadas pela startup mineira SUNEW, em parceria com a Metalco do Brasil. Filmes orgânicos fotovoltaicos localizados nas folhas da árvore artificial, captam a energia solar que as converte em energia elétrica, fornecendo energia gratuita para a recarga de até 10 celulares por vez, além disso, o produto oferece também lâmpadas solares e roteadores de internet.

As árvores chamadas OPTrees, também servem para proteger os participantes do sol, e possuem amplos bancos para que o público possa descansar entre as apresentações musicais. A tecnologia foi desenvolvida 100% no Brasil e tem como objetivo sensibilizar o público quanto à importância da sustentabilidade, a responsabilidade ambiental, e viabilizar seu funcionamento em locais públicos.

O CEO do CSEM Brasil (Centro privado de pesquisa aplicada e sem fins lucrativos), Tiago Alves afirma que a ideia é aumentar a utilização das OPTrees, e por meio da energia solar, viabilizar o funcionamento de roteadores Wi-fi, câmeras de segurança e recargas de baterias para celulares.


O mobiliário chega ao Rock In Rio por meio do projeto de sustentabilidade criado pelo próprio evento, que visa restaurar mais de 400 hectares de floresta desmatada nas cabeceiras e nascentes do Rio Xingu, entre outras áreas emergenciais. O projeto que teve início em abril de 2016, tem como objetivo o plantio de um milhão de árvores, podendo chegar a quatro milhões até 2019.

O Rock in Rio desenvolve, desde 2001, ações concretas com foco social e ambiental através do seu projeto social. Essa atitude já permitiu a abertura de 70 salas de aula no Rio de Janeiro, nas quais 3.200 jovens completaram o ciclo de Ensino Básico.

Em Portugal, diversas instituições foram apoiadas e foi desenvolvido um projeto de produção de energia solar através da instalação de 760 painéis fotovoltaicos em escolas, mobilizando milhares de jovens. Em Madrid, mais de 300 ônibus foram disponibilizados gratuitamente ao público para incentivar o uso do transporte coletivo, 100% das emissões de CO2 do evento, que são compensadas em todas as edições e a média de reciclagem global de resíduos é de 70%.

AquaRio inaugura maior telhado solar do Brasil


Com a proposta de colaborar com o meio ambiente e reduzir o consumo de energia elétrica, a AquaRio (Aquário Marinho do Rio de Janeiro), inaugurou no último mês, o maior projeto de energia solar no estado do Rio de Janeiro. O projeto de mini geração foi viabilizado por meio da parceria AquaRio e Faro Energy, e não teve custo de instalação, a AquaRio pagará uma taxa mensal pela energia produzida por meio dos painéis solares e a Faro Energy fica responsável pela operação e manutenção do sistema fotovoltaico ao longo da sua vida útil.


Com o intuito de reafirmar seu compromisso com a preservação do planeta, sustentabilidade e proteção ao meio ambiente, o aquário instalou cerca de 2 mil painéis fotovoltaicos numa área de 6 mil metros quadrados - o equivalente a um campo de futebol – tornando-se o maior telhado solar instalado em área urbana do Brasil. O projeto é atualmente o maior do estado do Rio de Janeiro em capacidade de produção, cerca de 77 mil quilowatts de energia limpa por mês, o que corresponde ao consumo mensal de 500 residências brasileiras.

A energia elétrica obtida por meio dos painéis solares é utilizada no sistema de refrigeração do aquário, empregado para operar o sistema de ar-condicionado e no balanceamento de temperatura da água dos 28 tanques. Com o sistema fotovoltaico instalado, a expectativa é de que haja uma redução de até 30% no gasto com energia elétrica por meio de uma energia limpa e renovável, evitando a emissão de 320 toneladas de gás carbônico na atmosfera por ano. A instalação do sistema fotovoltaico demorou 3 meses, de março a maio deste ano, e durante essa fase, foram gerados cerca de 25 empregos diretos.


O AquaRio é o maior aquário marinho da América do Sul, e está localizado no Porto Maravilha, próximo ao Boulevard Olímpico, no Rio de Janeiro, onde ficam os museus do Amanhã e de Arte do Rio, área portuária revitalizada. O aquário com 26 mil metros quadrados, abriga 4,5 milhões de litros de água salgada, divididos em 28 tanques que reúnem cerca de 8 mil animais de 350 espécies diferentes.

Os diferentes tanques representam os diversos ecossistemas marinhos, que formam um circuito, tendo como ponto mais alto o Recinto Oceânico. O tanque com 7 metros de profundidade e 500m² de área, abriga 3,5 milhões de litros d’água que pode ser observado de duas maneiras: a primeira, observando do alto, por meio de climatização e baixa luminosidade, dando a sensação de estar bem próximo aos animais que ali nadam; a segunda, ao continuar o circuito, o visitante entra em um túnel construído dentro do tanque, o que proporciona observar ao seu redor.


O aquário pretende também, inaugurar uma área de interação com o público, que poderá acompanhar de perto a produção e o consumo de energia em tempo real. O AquaRio, é um espaço moderno de educação, pesquisa, conservação, lazer, entretenimento e cultura que cria a oportunidade da cidade do Rio de Janeiro oferecer a visitação de um espaço único com atrações e tecnologias inovadoras.

Hans Rauschmayer no programa É de Casa fala sobre Energia Solar



Na semana passada, o especialista Hans Rauschmayer mostrou no É de Casa, programa da Rede Globo, como funcionam os painéis solares para produção de eletricidade e recebeu uma chuva de perguntas dos internautas. Para esclarecer todas as dúvidas, Hans voltou ao programa para participar de um bate-papo no Gshow.

Reveja a participação do especialista no programa e confira todas as dúvidas respondidas abaixo!

Diogo Moraes: Você poderia me indicar alguma referência para aprofundar minha pesquisa sobre o assunto: instalação de energia solar em coberturas/telhados comerciais?
Hans Rauschmayer: Não conheço nenhuma fonte que fale especificamente sobre isso.
Diogo Moraes: Como avaliar quais os melhores produtos para a instalação em telhados/coberturas comerciais?
Hans Rauschmayer: As placas são muito similares. O que varia é a base de suporte das placas e a qualidade da instalação em geral. Consulte várias propostas e verifique as referências das empresas com quem já instalou o equipamento.
Ana Borges: Temos uma empresa e nós compramos o aparelho. Porém, estamos com dificuldade para fazer a programação. Como é feita?
Hans Rauschmayer: Procure o suporte do fabricante.
Peter: Gostaria de saber quanto em média custaria para uma casa que tem um consumo de 273 kwh.
Hans Rauschmayer: Uma estimativa seria 13 mil reais. O dimensionamento é feito a partir do consumo ao longo do ano, não só de um mês.
Ana Borges: Como fazer a programação do drive no painel solar?
Hans Rauschmayer: Quem faz a programação é a empresa que instala o aparelho. Não cabe ao proprietário essa parte.
Elisa Assaka: Tenho um imóvel comercial. Qual o custo-benefício de utilizar o equipamento para gerar energia elétrica? Tenho uma área de 200m quadrados de telhado e gasto por volta de R$700,00 de energia elétrica por mês.
Hans Rauschmayer: Dependendo do local do seu imóvel (quantidade de sol e tarifa elétrica), o retorno do seu investimento se faz entre 5 e 8 anos.
Isabel Ferreira: Qual o tipo de material do equipamento?
Hans Rauschmayer: As placas usam silício para converter a irradiação em eletricidade.
Ralph de Souza: Olá, Hans. Já estou investigando esse sistema há anos. Eu vi que a lei de utilização do FGTS para compra de equipamentos de energia renovável foi aprovada! Eu já posso utilizar o FGTS para comprar o kit completo, grid tie?
Hans Rauschmayer: Essa ideia ainda está tramitando no Senado, ainda não foi aprovada.
Roberto dos Santos Rufino: Qual é o meio de contato com uma empresa que faça implementação da energia solar que atenda todas as necessidades de uma casa? Moro no Triângulo Mineiro.
Hans Rauschmayer: Busque na internet e na vizinhança para conseguir boas referências.
Margarida Maria Lopes Froes: Como fazer para adquirir esse serviço? Moro em Ilheus, na Bahia. E como fica a conta da companhia de eletricidade local aqui? Tem esses serviços?
Hans Rauschmayer: A instalação do equipamento é feito por uma empresa privada que o legaliza junto com a concessionária local. Todas as concessionárias são obrigadas a aceitar esse tipo de sistema.
Margarida Maria Lopes Froes: E as garantias da prestação dos serviços? Como é?
Hans Rauschmayer: Normalmente, a garantia do serviço é de um ano, mas depende da empresa instaladora.
Catharina: Na nossa região, sempre temos geada no inverno. O equipamento resiste a geadas fortes?
Hans Rauschmayer: Resiste sim. Na Alemanha há 1,5 milhão de sistemas solares em condições bem mais adversas.
Gil Abreu: Mesmo em dias nublados, o equipamento funciona da mesma maneira?
Hans Rauschmayer: Em dias nublados, o sistema gera menos energia, claro. Neste tipo de instalação a gente pensa na energia gerada ao longo de um ano inteiro e não em um único dia.
Kior Ferreira: E a garantia do inversor? É de quanto tempo?
Hans Rauschmayer: Normalmente 5 anos!
Gilson Dias Jr.: Posso comprar menos placas solares e ir aumentando?
Hans Rauschmayer: Pode sim, mas acaba sendo mais barato instalar mais placas de uma vez só.
Luan Martins: Esses equipamentos já vêm com as placas ou compra separado?
Hans Rauschmayer: Normalmente se contrata uma empresa que assume a instalação do equipamento completo, inclusive a legalização com a concessionária.
Ari Magalhães: Já existe um sistema que devolve essa energia pra concessionária, como forma de ressarcimento?
Hans Rauschmayer: O sistema apresentado no programa devolve, de fato, a energia à concessionária. O ressarcimento se faz em energia, mas não em dinheiro.
João Pedro Almeida: Posso usar essa energia o dia inteiro e me livrar da minha empresa fornecedora de luz?
Hans Rauschmayer: Para ficar autônomo seria necessário usar baterias. Como as baterias são caras e tem uma capacidade limitada, esse tipo de sistema só vale a pena onde não tem rede elétrica. O sistema interligado com a rede é muito mais barato e eficiente.
Gil Abreu: Em dias tempestuosos, há algum risco do equipamento queimar igual aos aparelhos domésticos?
Hans Rauschmayer: Junto ao sistema são instalados dispositivos de proteção contra surto, justamente para prevenir a queima dos aparelhos.
Filipe Valerão: Posso ter uma capacidade instalada que apenas sirva para economizar na conta de luz?
Hans Rauschmayer: É essa a ideia!
Viniciuis AlSan: Quando a energia da empresa cai, os painéis solares trabalham como geradores?
Hans Rauschmayer: Para continuar funcionando durante um blackout, seria necessário usar baterias.
Estéfany B Reis: As seis placas geram quantos amperes?
Hans Rauschmayer: Com muito sol, chega a gerar 9 amperes.
Jorge Catalão Vianna: Posso eliminar de vez a energia elétrica?
Hans Rauschmayer: Para ficar autônomo seria necessário usar baterias. Como as baterias são caras e tem uma capacidade limitada, esse tipo de sistema só vale a pena onde não tem rede elétrica. O sistema interligado com a rede é muito mais barato, eficiente e inteligente.
Jurandi Ferreira: Caso falte energia na rede, a casa continua com energia?
Hans Rauschmayer: Não. O sistema desliga por questões de segurança. É mais frequente que a rede caia durante temporais, onde não há sol, de qualquer forma.
Sergio Oliveira: Queria saber se posso instalar energia solar na minha casa e cancelar o fornecimento da distribuidora local. Ou seja, gostaria de usar somente a energia solar. Por quanto tempo a energia solar vai segurar os equipamentos de casa, como geladeira, TV, micro-ondas e outros?
Hans Rauschmayer: Para ficar autônomo seria necessário usar baterias. Como as baterias são caras e tem uma capacidade limitada, esse tipo de sistema só vale a pena onde não tem rede elétrica. O sistema interligado com a rede é muito mais barato, eficiente e inteligente.
Paulo Daniel Altino: Eu vou gerando créditos a mais que meu consumo por vários anos, vai chegar a um valor alto de crédito. Eu nunca vou receber isto? Eu perco o valor da energia gerada a mais?
Hans Rauschmayer: Sim, perde o valor. O ideal é gerar menos energia do que você consome para não sobrarem créditos no final do ano.
Diego: Curitiba é uma das cidade que mais chove no ano. Vale a pena investir?
Hans Rauschmayer: Vale muito! Paraná já é o quarto estado com maior número de sistemas solares.
Leandro Lima: Não seria possível colocar o painel solar no lugar dos vidros da varanda?
Hans Rauschmayer: As placas captam muito mais energia quando colocadas em cima do telhado e elas deixam passar pouca luz. Existem placas para fachadas que atendem mais a questões arquitetônicas.
Irineu Di Mario: O granizo danifica as placas de energia solar?
Hans Rauschmayer: Não. Elas são testadas para não quebrar com granizo. Inclusive, uma chuva de granizo em Foz do Iguaçu mostrou a resistência das placas.
Fernando Roque: A placa solar funciona também em telha galvanizada?
Hans Rauschmayer: Sim. Cada tipo de telha tem uma base de suporte adequado.

Projeto em Nova Friburgo transforma óleo de cozinha em Sabão Ecológico


O óleo de frituras tem sido encarado como um verdadeiro vilão ao meio ambiente, pois grande parte daquilo que sobra das frituras é descartado de maneira irregular pela população. Na água, o assunto ambiental fica ainda mais sério, pois um único litro de óleo de cozinha pode poluir mais de 10.000 litros de água. 

O tratamento da água poluída por este tipo resíduo pode elevar até 45% o seu custo, além de agravar o efeito estufa, já que o contato da água poluída pelo óleo ao desembocar no mar gera uma reação química que libera gás metano – um componente muito mais agressivo que o gás carbônico-, segundo informações levantadas pelo portal Ser Melhor.

Se tudo isto não for o suficiente para convencê-lo do mal que se faz ao descartar o óleo indevidamente na natureza, saiba que ele também provoca o entupimento da rede de esgotos e do encanamento de sua casa, o que pode lhe trazer prejuízos no bolso.

Pensando nisto, a empresária gente boa e de bem com a vida, Nagda Florêncio, também responsável pelo Restaurante Cantina Camping, localizado no bairro Cascatinha em Nova Friburgo, decidiu mergulhar fundo na sustentabilidade, criou o “Projeto TransformÓleo” e passou a reciclar óleo de cozinha para fabricação de sabão ecológico cuja receita a foi dada por sua mãe, Maria de Lurdes Florêncio. 

Segundo a própria Nagda, o seu sabão, nomeado por ela como SabÓleo, é biodegradável, ótimo para limpeza pesada, tipo cozinha e banheiro; um excelente desengordurante, que dá brilho às panelas e copos e é supereconômico, pois pouca quantidade faz muita espuma. O pote de 250 gramas custa R$ 3 e de 500 gramas, R$ 6. A cada dez potes vendidos, Nagda reserva o valor de um pote para uma das instituições filantrópicas existentes em Nova Friburgo: Apae, Laje, Casa São Vicente de Paulo e Caps.

Nagda conseguiu algumas bombonas (popularmente conhecidas como galões plásticos) no Supermercado Casa Friburgo e as distribuiu nos chamados ecopontos já implantados em diversos locais em Nova Friburgo, assim como o próprio restaurante Cantina Camping, Padaria Encanto da Montanha e em condomínios do bairro Cascatinha. “Tenho encontrado bons parceiros que sempre me ajudam com dicas para aprimorar o meu trabalho, assim como Alex e Adriana da EcoModas que são bastante atuantes em tudo que se refere a preservação do meio ambiente, seja na divulgação do meu projeto, ideias para o nome, coleta de óleo nas escolas, e recentemente me deram uma ideia fantástica que consiste em inserir a minha marca no próprio sabão enquanto ele se encontra no estado de solidificação” – disse ela.

Nagda sugere que óleo não seja armazenada em garrafas PET, pois fazendo isto impossibilita que estas embalagens sejam recicladas novamente. Ela pede para que o óleo seja armazenado em vasilhas de plástico, vidro ou lata que possua tampa, e quando o recipiente estiver cheio, deve ser levada até o ponto coletor, onde o óleo deverá ser despejado no interior do galão cujo mesmo é trocado por outro vazio toda vez que se enche. Por meio desta iniciativa, que já existe cerca de dois anos, ela já recolheu mais de 1.500 litros de óleo.

E como uma das bases da sustentabilidade é manter-se financeiramente, Nagda enfatiza que reciclar óleo é economicamente viável, além de poder ser vendido diretamente ao Prove (Programa de Reaproveitamento de Óleo Vegetal) – um programa do governo estadual. “Fazer este trabalho, além de ajudar a preservar a natureza, é viável financeiramente, pois tem matéria-prima sobrando. É muito óleo que não tem para onde ir e, muitas vezes, é descartado de forma incorreta” – conclui Nagda Florêncio que também oferece cursos para fabricação de sabão e planeja montar uma cooperativa para recolher óleo.

Equipe da Udesc Joinville vence Desafio Solar Brasil no Rio de Janeiro

Equipe Hurakan é composta por alunos da Udesc Joinville - Foto: Divulgação 

A equipe Hurakan, composta por alunos do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Joinville, foi a campeã do Desafio Solar Brasil 2016, competição de barcos movidos à energia solar realizada em Búzios, no Rio de Janeiro.

A competição foi realizada entre quarta-feira, 7, e domingo, 11. A equipe da Udesc Joinville competiu com o barco Fênix e completou as sete baterias de provas no menor tempo acumulado (7h57min) e garantiu a vitória na categoria Catamarã.

O Desafio Solar Brasil é promovido anualmente pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por meio do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (Nides), em parceria com a empresa Enel, Prefeitura de Búzios e a Secretaria Estadual de Esporte. Neste ano, a competição reuniu cerca de 250 estudantes, de quatro estados brasileiros. Ao todo, 19 equipes participaram da disputa.

FONTE: UDESC

EPE e governo do RJ lançam Mapa Solar do estado

Aplicativo identifica potencial de geração de eletricidade nos telhados da capital.

Foi lançado na última sexta-feira, 26 de agosto, o Mapa Solar do Rio de Janeiro. O mapa é uma iniciativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética, o Instituto Pereira Passos da Prefeitura do Rio de Janeiro e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ. 

O aplicativo permite identificar o potencial de geração de eletricidade nos telhados da capital fluminense. O estudo, inédito no país, mapeou 1,5 milhão de telhados e mostra que o potencial de geração fotovoltaica nas áreas mapeadas é maior que o consumo residencial da capital. O aplicativo pode ser acessado através do site http://mapasolar.rio.

O mapa foi desenvolvido através de uma simulação 3D com base em dados tridimensionais do relevo e das edificações, exceto em edificações em áreas de ocupação informal. Para o cálculo, foram escolhidos os dias com maior e menor insolação no ano de 2015. 

O projeto integra a carteira do Programa Rio Capital da Energia, cujo objetivo é mobilizar a sociedade e promover o debate sobre as fontes renováveis de energia e a eficiência energética, para tornar o estado um centro de referência em inovação tecnológica, eficiência energética e sustentabilidade ambiental.

Com o conhecimento do potencial do telhado é possível calcular a economia na conta de luz com a instalação de um equipamento de energia fotovoltaica em casa. Isso porque, desde 2013, qualquer brasileiro pode conectar à rede elétrica um micro ou minigerador fotovoltaico e receber créditos na conta de luz pela energia excedente produzida.

Fonte: CanalEnergia

Usina solar em escola será inaugurada no Rio de Janeiro

Economia na conta de energia será de R$ 52 mil por ano, segundo Prátil.

A maior usina de microgeração solar da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, será inaugurada na próxima quarta-feira, 3 de agosto. Com 176 painéis fotovoltaicos e uma capacidade de geração de 60 mil kWh/ano, o projeto, desenvolvido pela Prátil, empresa da multinacional Enel, é capaz de abastecer 25 casas de consumo médio de 200 kWh/ano. A usina ocupa uma área de 300 metros quadrados do Centro Educacional Margarida (CEM). 

A energia gerada abastecerá a escola, que está entre as primeiras da região a adotar a medida sustentável e com foco na prática do consumo consciente. Com o uso do sol como fonte de energia, o Centro Educacional vai evitar a emissão de nove toneladas de CO2 na atmosfera, o que corresponde a 53 árvores plantadas no ano. Além disso, a economia na conta de energia da escola será de R$ 52 mil por ano. O uso de energia solar em casas, condomínios, escolas e empresas é cada vez mais comum no país. 

Com a microgeração distribuída o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Na Região dos Lagos, quase 60 consumidores já utilizam o sol como fonte de energia, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

O responsável pela área de geração distribuída da Prátil, Rafael Coelho explica que uma das vantagens da geração compartilhada é o custo. Segundo ele, sistemas maiores ficam mais baratos, pois alguns custos são diluídos. “Isso faz com que o retorno do investimento seja muito mais rápido. Sem dúvidas é um investimento que vale a pena, especialmente porque o consumidor evita oscilações na tarifa de energia”, afirma. 

Para a inauguração da usina em Araruama, a Prátil preparou uma programação especial para os alunos do Centro Educacional. Durante todo o dia, os estudantes do Jardim 3 ao 3º ano do Ensino Médio vão participar de palestras e atividades lúdicas sobre o consumo consciente de energia e o uso do sol como fonte alternativa de geração.

Estudantes da UFRJ criam barco elétrico adaptado para Desafio Solar 2015

O barco é movido a energia solar e poderá ser usado por cadeirantes

Um grupo de estudantes do curso de engenharia da UFRJ criou um barco elétrico adaptado para um piloto cadeirante. Abastecido por painéis solares, o veículos possui uma plataforma

com uma cadeira de rodas. Os controles ficam ao alcance da mão do condutor. Inédita no país, a embarcação será usada pela equipe Cajaíbas, no Desafio Solar Brasil 2015, um rali de barcos movidos a energia solar, que ocorre até domingo, na Orla Bardot, em Búzios.

Quem pilota o barco adaptado é o estudante de engenharia elétrica, André Luiz Rodrigues, que fez sua estreia na competição, com o auxílio técnico do copiloto e atleta paralímpico de Velas, Nuno Santa Rosa. O Desafio

Solar Brasil é uma iniciativa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e que integra o projeto Cidade Inteligente Búzios, da Ampla. Ao todo, 21 equipes de quatro estados participam do evento, que tem apoio da Prefeitura de Búzios.

ESTACIONAMENTO GERADOR DE ENERGIA SOLAR É INAUGURADO NA UFRJ


Quando se trata de geração de energia, o Brasil ainda tem muito a fazer quando se trata de energia solar. Mesmo com tanto potencial, o país ainda está muito atrás de países como a Alemanha, por exemplo, que, claro, possui hoje maior potencial de investimento, financeiramente falando, mas nem metade da força natural que temos aqui.

O lado bom dessa história é que as novidades estão surgindo sobre a geração de energia solar. No último dia 18, a Universidade Federal do Rio de Janeiro inaugurou na Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, em um estacionamento que irá gerar energia solar distribuída para todo o campus.

Com isso a economia com a energia elétrica convencional chegará a R$ 40 mil por ano na conta da instituição.


O programa foi uma iniciativa do Fundo Verde de Desenvolvimento e Energia para a Cidade Universitária da UFRJ, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, criado por decreto governamental em 2012, e é uma parceria entre o governo do estado, a empresa distribuidora de energia Light e universidade. O intuito do projeto é o desenvolvimento sustentável do campus.

O projeto foi feito com 414 painéis solares fotovoltaicos, cuja capacidade de geração é de 140 mil megawatts-hora (MWH) por ano, em um estacionamento com capacidade total para 65 carros.

A energia gerada no estacionamento da universidade seria suficiente para abastecer até 70 famílias de quatro pessoas cada e o investimento para a construção ficou em 1,6 milhão.

Ao todo, os projetos do Fundo Verde possui orçamento estimado em 7 milhões de reais por ano, resultantes da isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, proveniente da conta de luz da UFRJ.

O Fundo Verde contratou a empresa japonesa Kyocera Solar do Brasil para efetuar a instalação dos painéis solares. Ao finalizar o projeto do estacionamento, o Fundo Verde agora analisa o segundo passo para instalação de placas utilizando a tecnologia de filmes finos de semicondutores, considerada mais leve e, por isso, adequada para ser usada em estrutura de telhados, deve ter o edital divulgado na próxima semana. Só que agora a ideia para o novo projeto é utilizar o Hospital Pediátrico da Cidade Universitária.


E não é só de projetos prontos que o Fundo Verde busca, mas também projetos experimentais podem ser financiados em prol de tornar a UFRJ, outros campus e também cidades, tudo com o objetivo de contribuir com a sustentabilidade.