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Bahia será líder em Energia Eólica em 2020

Em segundo lugar na capacidade de geração eólica, atrás apenas do Rio Grande do Norte, a Bahia será o estado brasileiro com maior geração de energia nesse setor, já em 2020, alcançando 5,9 GigaWatts; segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), aos 2,4 GW de energia gerada na Bahia, se somarão outros 3,5 GW até 2020, o que tornará o estado o maior produtor no Brasil.

Atualmente na segunda colocação em capacidade de geração eólica, atrás do Rio Grande do Norte, a Bahia será o estado brasileiro com maior geração de energia nesse setor, já em 2020, alcançando 5,9 GigaWatts de energia. Segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), aos 2,4 GW de energia gerada na Bahia, se somarão outros 3,5 GW até 2020, o que tornará o estado o maior produtor no Brasil.

Isso porque, nesse período, entre projetos já definidos e parques eólicos em construção, a Bahia tem um volume de realizações maior que o que terá, no mesmo período, o Rio Grande do Norte, que aos 3,6 GW, terá o acréscimo de mais 1,2 GW, totalizando 4,8 GW. A maioria dos parques eólicos no Brasil está localizado na Região Nordeste. O Rio Grande do Norte e a Bahia lideram o ranking com 135 e 93 parques, respectivamente. Nos outros sete estados da região concentram 884 parques eólicos. Na Região Sul do país existem ainda 95 parques, a maioria no Rio Grande do Sul (80).

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE), a Bahia possui 182 projetos comercializados nos leilões de energia realizados pela ANEEL no ano passado. Entretanto, quando adicionados ao mercado livre de produção de energia, que são os contratos privados, o número de empreendimentos chega a 237. “Hoje a Bahia exporta energia e o potencial eólico seria suficiente para atender, em tese, seis milhões de baianos”, diz o superintendente de Atração e Desenvolvimento de Negócios da SDE, Paulo Roberto Britto Guimarães.

Com os novos projetos, resultantes dos leilões de parques eólicos até 2016, a Bahia deve ter uma capacidade de produção de energia gerada pela força dos ventos, de aproximadamente 50% do que é atualmente produzido pelo sistema hidrelétrico controlado pela CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), em torno de 9,5 mil MW,conforme as projeções da Associação Brasileira de Energia Eólica para 2020.

Maior potencial

Além de vir a se tornar o maior produtor de energia eólica do Brasil, a Bahia é o estado que tem o maior potencial de geração, dada as suas condições climáticas e geográficas. Em 2013, segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil tinha um consumo médio de 463 mil MW de energia elétrica. Na Bahia, o potencial gerador pelo sistema eólico é de 195 mil MW, em torno de 40%.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), a Bahia possui 182 projetos comercializados nos leilões de energia realizados pela ANEEL. Entretanto, quando adicionados a este número o mercado livre, que são os contratos privados de energia eólica, o número de empreendimentos chega a 237. Dos projetos em andamento, 88 totalizam uma capacidade instalada de 2.175.840 kW, o que coloca o estado em segundo maior estado brasileiro em produção. Existem ainda outros 85 empreendimentos em construção e 64 projetos que iniciarão as obras nos próximos anos. Estes conjuntos de parques estão sendo desenvolvidos em 22 municípios espalhados em todo o eixo central do estado, do Sudoeste até o norte do Vale do São Francisco.

O volume de investimentos que o setor deverá investir no Estado, considerando apenas os leilões de eólica, é de cerca de R$ 20 bilhões. “Além da produção de energia, os parques eólicos são responsáveis pela injeção de milhões de reais anualmente nas economias dos municípios e na geração de emprego. Cada MW de energia instalada equivalem a 15 postos de trabalho”, enfatizada o superintendente da SDE, Paulo Guimarães.

O superintendente da SDE, contudo, esclarece que apesar do grande potencial energético e dos investimentos já programados para os próximos anos na implantação de novos parques eólicos, o grande desafio do Governo do estado será a implantação de novas linhas de transmissão. “Ainda sofremos com o atraso de vários programas sob a responsabilidade do Governo Federal e da CHESF”, disse.

Nordeste lidera produção no Brasil

O Rio Grande do Norte é o líder na produção de energia eólica no Brasil e a Região Nordeste aparece na frente na capacidade de produção de energia a partir dos ventos. No Rio Grande do Norte, com 135 parques, produziu até o final do ano passado 3.678,85 MW de energia. O Estado tem cerca de 1.700 aerogeradores, e com os projetos já contratados terá mais 1,2 GW e mais 50 parques de geração até 2020.

Na segunda colocação, atualmente a Bahia produz nos 93 parques eólicos, 2.410,04 MW de capacidade instalada, e deverá ter o acréscimo de mais 182 parques, com uma produção acional de 3,5 MW, o que colocará o estado na primeira colocação no Brasil. Em terceiro lugar vem o Ceará, que conta com 74 parques e tem 1.935,76 MW de capacidade instalada.

Em quarto lugar aparece o Rio Grande do Sul. O estado tem 80 parques e 1.831,87 MW de capacidade instalada. Em seguida vem o Piauí, com 52 parques e 1.443,10 MW instalados, e Pernambuco com 34 parques e 781,99 MW de capacidade instalada. A expectativa é de que nos próximos seis anos devem ser adicionados mais 1,45 GW de capacidade eólica no país, decorrentes dos leilões de energia realizados em dezembro de 2016. A Abeeolica estima que a até 2020 milhões de residências sejam abastecidas com a energia eólica.

Segundo a associação, os dados no ranking de nova capacidade instalada no ano, o Brasil está em sexto lugar, tendo instalado 2,02 GW de nova capacidade em 2016. O Brasil caiu uma posição, já que o Reino Unido subiu do nono para o quarto lugar, instalando 4,27 GW de capacidade de energia eólica em 2017.

Ainda de acordo com a entidade, o país pode cair de posição nos próximos anos, porque haverá menos projetos sendo concluídos entre 2019 e 2020. A tendência é que a gente ainda oscile mais, visto que em 2019 e 2020 os novos parques geradores são menores e em 2016 não ocorreram novos leilões em 2016 e 2017, o que vai se refletir no resultado de 2019 e 2020.

Sento Sé é o maior produtor na Bahia

Um dos cinco municípios no entorno do Lago de Sobradinho, Sento Sé, a 689 quilômetros de Salvador e com uma população de 37 mil habitantes, é o maior produtor de energia eólica na Bahia. São 37 parques eólicos, entre os que estão em operação e em implantação, que até 2020 vão gerar 919,1 MW de energia. Até 2020 deverão estar em operação na Bahia, 186 novos parques eólicos em 22 municípios.

Fonte: Brasil 24/7

Crescimento energético limpo


A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), instalou a Comissão Global sobre a Geopolítica da Transformação Energética no inicio de 2018, visando acompanhar o rápido crescimento internacional das energias renováveis e dos esforços de promoção do desenvolvimento sustentável. “Os recursos de energia renovável são abundantes, sustentáveis e têm o poder de melhorar significativamente o acesso à energia, segurança e independência”, disse Adnan Amin, Diretor Geral da IRENA.

O Brasil, destacado e observado internacionalmente pelo potencial natural das suas fontes energéticas renováveis, alcançou nesta última semana de fevereiro 13 Gigawatts (GW) de capacidade instalada de energia eólica. O vento chega a abastecer mais de 10% do país em alguns meses (mais de 60% do Nordeste), suficiente para suprir 24 milhões de residências por mês. A Bahia, com 93 projetos eólicos em operação e capacidade instalada de 2.410,04 Megawatts (MW), dispõe de parque industrial com grandes empreendimentos instalados como a GE/Alstom, Gamesa, Torrebras, Acciona, Torres Eólicas do Nordeste (TEN), Wobben Windpower e Tecsis.

O modelo de mercado livre permite a compra e produção de energia pelo consumidor. Além de abastecer a sua demanda energética, as empresas podem comercializar energia excedente, contribuindo para descarbonizar as economias onde atuam. Hoje, estados da federação oferecem isenção de impostos sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) sobre energia renovável.

A nível nacional, as Teles querem liderar a corrida. A meta da Oi é que 42,5% da energia consumida seja oriunda de fontes limpas em 2019. As duas fazendas de fontes renováveis mistas (eólica e solar), contratadas pela Oi, devem adicionar 3 mil unidades consumidoras de energia (UCs) este ano. Hoje, as 63 mil UCs da Oi consomem 1,6 mil GWh em um ano e a empresa quer ter 22 fazendas de fontes mistas até 2021 e busca parceiros para 20 novas estruturas no Nordeste e Sudeste. Segundo a empresa, a conta anual de energia da Oi seria de R$ 1,1 bilhão. No entanto, com esta iniciativa, será reduzida para R$ 750 milhões.

A meta da Claro Brasil, dona das marcas Claro, Net e Embratel, é que 80% das 55 mil UCs sejam atendidas via geração distribuída até o fim de 2018, quando a empresa espera contar com 45 usinas. O projeto conectaria mais UCs à geração distribuída do que o montante atendido no país atualmente. A Vivo, maior grupo de telecom do país, onde 26% da energia consumida é limpa e oriunda do mercado livre, tem por meta atingir 60% até 2020, e informa que está prospectando iniciativas de geração distribuída que devem ser anunciadas ao mercado ainda em 2018.

Movimentos por autogeração de energia também ocorrem em outros setores da indústria. Em 2014, a Honda inaugurou um parque eólico na cidade de Xangri-lá (RS) para suprir a demanda energética da empresa em território nacional. Projetos similares foram desacelerados com a crise, mas desde o ano passado houve uma retomada e outros setores da economia estão interessados na autoprodução, diz Élbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

Hoje, com a queda dos custos, o domínio chinês e a concorrência em tecnologia de bateria, 20% da eletricidade mundial já é produzida por energia renovável. Enquanto o Ministério de Minas e Energia (MME) estimula a criação de instrumentos que facilitem a eficiência energética na indústria, a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) trabalha metodologias para a certificação para a indústria, incentivando a adesão a um selo como exigência para a inclusão no cadastro de fornecedores de baixo carbono.

Fonte: Correio*

OPORTUNIDADE: Energia Eólica deve gerar 200 mil empregos

Estudo inédito da ABDI lista 52 carreiras que compõem o setor.


O Brasil desponta como um dos países com maior matriz enérgica limpa do planeta. Enquanto no mundo apenas 33% da matriz é renovável, aqui o índice passa de 80%. Mesmo com o número já elevado, o potencial de crescimento no país salta aos olhos. Segundo um estudo da International Energy Agency, o Brasil foi o quinto país com maior incremento de gigawatts (GW) gerados pelo vento em 2016.

No ano passado, foram instalados mais 2,02 GW (dados da Associação Brasileira de Energia Eólica – ABEEólica). Em 2017, o Brasil alcançou a geração de 12,8 gigawatts (GW), o que coloca o país em oitavo lugar no ranking mundial de usinas eólicas, ultrapassando o Canadá. Atualmente, os ventos respondem por 8,2% de toda a energia gerada. A capacidade instalada passa dos 12,7 GW. Isso abastece, por exemplo, seis de cada dez casas da região Nordeste. 

O Ministério de Minas e Energia prevê uma expansão de 125% até 2026, quando praticamente um terço da energia brasileira virá dos ventos (28,6%). Além de garantir luz acesa, os ventos também representam renda às famílias de muitos estados. Em 2016, o número de empregos diretos no setor passava de 150 mil. A ABEEólica estima que para cada novo megawatt instalado, 15 empregos diretos e indiretos sejam criados. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estima que até 2026 a cadeia eólica possa gerar aproximadamente 200 mil novos empregos diretos e indiretos. É como se metade da população de Florianópolis, capital de Santa Catarina, estivesse trabalhando no setor.

Um estudo inédito da ABDI mapeou 52 profissões/ocupações distribuídas nos cinco grupos de atividades que compõem a cadeia: construção e montagem (10 diferentes profissões); desenvolvimento de projetos (11 profissões); ensino e pesquisa (6 profissões); manufatura (15 profissões); operação e manutenção do parque eólico (9 profissões). 

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira, explica que o potencial de criação de empregos é grande porque a cadeia eólica é longa, além do potencial de crescimento do mercado. “São cinco etapas envolvidas na cadeia, desde o desenvolvimento do projeto, a fabricação, a montagem e operação de um parque eólico. Para cada fase é preciso uma ampla gama de profissionais. Na fase de projeto, por exemplo, são necessários pelo menos 11 tipos de profissionais. Entre manufatura, construção e operação são mais 34 especializações diferentes”, destaca.

Segundo o estudo da ABDI, existem carreiras para todos os graus de formação. “A cadeia eólica precisa de profissionais que tenham apenas o ensino médio e fundamental, como é o caso de montadores e motoristas, mas contempla também os altos graus de formação, como engenheiros aeroespaciais, onde a pós-graduação e especialização são pré-requisitos para a contratação”, explica Ferreira. 

O documento da ABDI mostra ainda as possibilidades de crescimento do profissional dentro do setor. Uma profissão que chama a atenção no estudo é o técnico em meteorologia, exigido em três das cinco fases da cadeia – montagem, desenvolvimento do projeto e operação. A formação dura em média três semestres (1200 horas) e o salário estimado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) é de R$ 2 mil. O técnico vai atuar no levantamento de dados sobre a velocidade e direção dos ventos, realizando a instalação e a manutenção das torres de medição (chamadas de anemométricas). 

Pelo estudo, esse tipo de profissional pode progredir no setor e se tornar Técnico em Operações e Manutenção de Parques, aumentando, assim, seu rendimento. Já para os salários mais altos são necessários diferentes profissionais do ramo da engenharia. Os ganhos médios mensais dos engenheiros aeroespaciais passam de R$ 8 mil. Para o engenheiro de vendas, o mercado oferece vencimentos próximos a R$ 15 mil. Somente para a fase de manutenção, permanente depois que o parque eólico está instalado, são contratados profissionais com formação em sete engenharias diferentes (engenheiro de produção, industrial, de qualidade, de vendas, eletricista e projetista). Os salários giram entre R$ 5 e R$ 15 mil. Na mesma faixa também existem vagas para advogados, administradores e biólogos.

Profissões do futuro

O relatório da ABDI chama a atenção para profissões do futuro, cada vez mais exigidas pelo mercado de trabalho. O próprio técnico em meteorologia é um trabalhador que terá demanda crescente. “Com o maior número de parques de energia eólica e solar, existe um novo mercado que se abre”, diz o presidente da ABDI. O tecnólogo em meio ambiente, por exemplo, é uma profissão em alta. “Esse tipo de profissional tem um papel fundamental na expansão das energias renováveis. 

Nos parques eólicos, os técnicos de meio ambiente são responsáveis pelo monitoramento ambiental da fauna. É muito comum a morte de aves e morcegos por colisão com as pás das torres eólicas”. O técnico em meio ambiente tem um salário médio de R$ 2,5 mil, segundo a FIPE. Para exercer a profissão, é preciso formação em engenharia ambiental ou curso técnico na área. Segundo o estudo da ABDI, esses profissionais podem progredir para a posição de engenheiro ambiental ou consultor ambiental, onde os salários beiram os R$ 7 mil.

Onde estão os empregos

A maioria dos parques eólicos do Brasil está no Nordeste. O Rio Grande do Norte e a Bahia lideram o ranking com 135 e 93 parques, respectivamente. Outros sete estados da região concentram 184 parques de torres eólicas. O Sul também apresenta parte considerável da geração. Na região estão 95 parques, sendo a maioria no Rio Grande do Sul (80). Isso não significa que os empregos estejam somente nessas regiões. “Uma torre instalada no Rio Grande do Norte gera empregos mais perenes para a população local, na fase de operação e manutenção. 

Entretanto, o desenvolvimento do projeto pode ocorrer em um escritório em São Paulo, e os componentes das torres são construídos em Pernambuco, Minas Gerais e Santa Catarina”. Guto Ferreira também explica que durante a construção são geradas muitas vagas temporárias, empregando locais e pessoas de outras regiões. A cadeia eólica não para por aí. A ABDI mapeou mais de 400 empresas envolvidas, entre fabricantes, fornecedoras de peças e prestadoras de serviço. Os construtores de pás exemplificam a capilaridade das indústrias que trabalham com vento. São apenas quatro no Brasil, mas em estados diferentes – Ceará, Pernambuco, Bahia e São Paulo.

Fonte: Setor Energético

Teles vão liderar a demanda por autogeração de energia elétrica

Vivo confirma para 2018 iniciativas de produção para consumo próprio; Oi planeja 22 usinas até 2021 e Claro espera encerrar este ano com 45 unidades em operação.

Menos convencional que outras fontes renováveis, biogás está nos planos de Oi e Claro para geração de energia para consumo próprio. FOTOS: DREAMSTIME

Empresas de telecomunicações como Vivo, Claro e Oi devem colaborar com um crescimento exponencial da produção de energia para consumo próprio (geração distribuída) nos próximos anos.

Cerca de 32,2 mil unidades consumidoras de energia (UCs) são atendidas via geração distribuída, conforme balanço da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Recém-anunciada, a contratação de duas fazendas de geração de energia solar pela Oi deve adicionar 3 mil UCs à lista ainda neste ano. “Queremos 22 fazendas de fontes mistas até 2021, no máximo 2022”, afirmou ao DCI o diretor de patrimônio e logística da Oi, Marco Antônio Vilela, sinalizando que o movimento deve se intensificar. A companhia está prospectando parceiros para as próximas 20 estruturas; Nordeste e Sudeste são os primeiros alvos.

“Estamos analisando projetos eólicos e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Também há um [projeto] bem avançado de biogás”, afirmou Vilela.

As duas fazendas já contratadas devem iniciar operação em novembro. Localizadas em Minas Gerais e com a GD Solar a cargo da construção, a dupla poderá gerar 1,7 GWh/mês, suficiente para suprir o consumo mensal de 10 mil residências.

A aposta em geração distribuída faz parte da estratégia que também envolve ações de eficiência e compra de energia no mercado livre. Vilela explica que a conta anual de energia da Oi seria de R$ 1,1 bilhão sem o esforço; com ele, o montante cai para R$ 750 milhões. Hoje, as 63 mil UCs da Oi consomem 1,6 mil GWh em um ano.

A meta é que 42,5% da energia consumida pela Oi seja oriunda de fontes limpas em 2019. O cálculo considera o montante comprado no mercado livre (atuais 22,4%) somado à capacidade das fazendas próprias.

Mais ambiciosos são os planos da Claro Brasil, dona das marcas Claro, Net e Embratel: a meta é que 80% das cerca de 55 mil UCs sejam atendidas via geração distribuída até o fim do ano, quando a empresa espera contar com 45 usinas.

Classificado como “agressivo” pelo diretor de suporte financeiro ao negócio da Claro Brasil, João Pedro Correia Neves, o projeto conectaria mais UCs à geração distribuída do que o montante atendido no País atualmente. Segundo Neves, das cerca de 32 mil UCs reportadas pela Aneel, “em torno de 5 mil” pertencem à Claro.

A estratégia do grupo prevê quatro parques eólicos (um está pronto e outros dois, em fase bem adiantada) e 20 solares. Capazes de atender uma cidade de 250 mil casas, três deles entraram em operação em Minas Gerais ano passado. Boa parte dos restantes “já tem terreno e parceiros contratados”, afirmou Neves.

No fim de janeiro também foi inaugurada a primeira central geradora hidroelétrica (CGH) para uso da empresa, localizada na região Centro-Oeste. A Claro Brasil ainda planeja três usinas de cogeração qualificada e seis baseadas no uso do biogás. “Em lugares onde há abundância de lixo essa opção é interessante”, diz.

Neves conta que o gasto anual com energia da Claro Brasil ronda os R$ 800 milhões; a demanda da empresa bate os 750 GWh/ano, bem menor que a da Oi, mas superior a da TIM (722 GWh/ano). No caso desta, os primeiros esforços no campo ocorreram em 2017, quando 5 CGHs foram arrendadas para suprir a demanda de cerca de mil UCs. Já a Algar informou que usa a modalidade desde 2014.

Maior grupo de telecom do País, a Vivo confirmou à reportagem que “está prospectando iniciativas de geração distribuída que devem ser anunciadas ao mercado ainda em 2018”, mas sem entrar em detalhes. A companhia também informou que 26% da energia consumida é limpa e oriunda do mercado livre; a meta é atingir 60% até 2020.

Outros setores

De acordo com especialistas ouvidos pelo DCI, o movimento por autogeração de energia também ocorre em outros setores da indústria. Em 2014, a Honda inaugurou um parque eólico na cidade de Xangri-lá (RS) para suprir a demanda energética da empresa em território nacional.

Segundo a presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Élbia Gannoum, outras empresas do setor automotivo tinham projetos similares, mas as iniciativas foram freadas pela crise. “Desde o ano passado houve uma retomada . Outros setores da economia estão interessados na autoprodução”.

O presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, aponta que os setores da construção civil, agronegócio e do comércio têm investido em autogeração. “É uma ferramenta de redução de custos e também um diferencial de sustentabilidade.”

Sauaia também explica que, além de abastecer a demanda energética de suas operações, as empresas podem comercializar energia excedente. “O modelo de mercado livre permite a compra e produção de energia pelo consumidor”, completa Gannoum. “Essa regulamentação propicia iniciativas.”

Outro fator que explica o crescente interesse por projetos de autogeração são incentivos fiscais. Atualmente, 24 unidades da federação oferecem isenção de imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) sobre energia solar. As exceções são Amazonas, Paraná e Santa Catarina.

Minas Gerais se destaca como líder nacional na geração solar distribuída. Além da alta incidência solar, o amplo número de projetos decorre de um programa estadual de incentivos a fontes renováveis. “É o único estado do Brasil que isenta projetos até 5 MW”, explica Sauaia. “O estado tornou-se referência nacional para o incentivo tributário para energia fotovoltaica, o que traz maior segurança jurídica e atrai investimentos.

” O executivo afirma que os projetos de energia solar também são atraentes por se tratar de uma tecnologia versátil e de fácil aplicação. “Também pesa o baixo custo de manutenção e operação. Os preços vêm caindo, o mercado crescendo e tornando-se mais competitivo”, finaliza Sauaia.

Fonte: DCI

Brasil supera Canadá e sobe no ranking de produção de energia eólica

Apesar de potencial, Minas Gerais ainda não conta com operação no setor.
Brasil aumentou sua produção de energia eólica e subiu para a oitava colocação no ranking global, superando o Canadá

Sopram bons ventos para o Brasil, pelo menos para a geração de energia eólica. Tanto que o país subiu uma posição no ranking mundial que afere a capacidade instalada de produção desse tipo de energia, passando o Canadá, e agora ocupa o oitavo lugar, conforme o Global Wind Statistic 2017, documento anual com dados mundiais de energia eólica produzido pelo Global Wind Energy Council (GWEC).

Em 2016, foi a vez do Brasil superar a Itália no ranking e, dessa forma, passou ocupar a nona posição. Atualmente, a capacidade de energia instalada no país é de 12,76 gigawatts (GW), contra os 12,39 GW do Canadá. Na lista, a China lidera, com 188,23 GW; seguida pelos Estados Unidos, com 89,07 GW; e a Alemanha, com 56,132 GW de capacidade instalada. A Índia, Espanha, Reino Unido e a França completam o ranking dos sete primeiros.

O fundador da Energia Pura – que atua nos segmentos de energia eólica e solar fotovoltaica, com sede em São Paulo –, Ronald Thomé, aposta na expansão do setor. “Aliás, eu vi o segmento crescer. Quando comecei, em 1993, praticamente não se falava em energia limpa no país e a geração era muito pequena”, observa.

Os números confirmam a análise do especialista. O segmento é responsável por 8,3% da energia produzida no país, percentual ainda distante dos 60,9% produzido pelas hidrelétricas, mas já próximo dos 9,3% da produção das usinas de biomassa, que ocupam o segundo posto no ranking nacional, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), que reúne empresas do setor.

A energia produzida pelas usinas eólicas chegou a ser responsável por 64% da energia consumida na região Nordeste do Brasil, no dia 14 de setembro do ano passado. Aliás, essa região é que lidera a capacidade de produção de energia a partir dos ventos, sendo o Rio Grande do Norte o Estado que mais produziu energia usando ao força dos ventos. São 3.678,85 MW de capacidade instalada distribuída em 135 parques eólicos.

Em Minas Gerais, não há nenhuma operação que produza energia eólica, conforme o engenheiro de tecnologia e normalização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Marcio Eli Moreira de Souza. “No nosso Estado existe o potencial, mas os custos de implantação ainda não apresentam viabilidade econômica”, diz.

Ele explica que o Atlas Eólico, elaborado pela Cemig em 2010, identificou um potencial de 39 MW em Minas Gerais. Nas imediações da Serra do Espinhaço, no Norte do Estado, é a localidade que apresenta as melhores condições para a geração desse tipo de energia. “No nosso Estado, a logística de implantação é o grande impeditivo, pois os ‘bons ventos’ estão no alto das montanhas e o acesso inviabiliza a instalação de parque eólicos”, observa. E acrescenta que no litoral nordestino, que é líder no Brasil, o custo é menor.

Para a Abeeólica, Minas tem potencial, que acaba esbarrando na produtividade dos ventos da região Nordeste, que é bem maior que no resto do país, o que faz com que os parques acabem concentrados na região. (Com agências)

País terá 252 novos parques até 2023

A energia eólica no país começou em 1992, com o início da operação comercial do primeiro aerogerador instalado no Brasil, fruto de uma parceria entre o Centro Brasileiro de Energia Eólica (CBEE) e a Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), por meio de financiamento do instituto de pesquisas dinamarquês Folkecenter.

Essa turbina eólica, de 225 kW, foi a primeira a entrar em operação comercial na América do Sul, em 1992, localizada no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco.

Em Minas Gerais, a usina eólica de Camelinho, em Gouveia, no Vale do Jequitinhonha, construída em 1994, foi a primeira ligada ao Sistema Interligado Nacional. De propriedade da Cemig, essa usina acabou sendo doada para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para fins acadêmicos. Atualmente, a estatal tem parques eólicos na região Nordeste do país.

Em todo o país, há cerca de 500 parques eólicos, conforme a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Considerando os contratos já assinados, serão mais 252 novos parques eólicos até 2023, num total de mais 5,8 GW.

No ano passado, em média, 18 milhões de residências por mês foram abastecidas com esse tipo de energia no país. A entidade estima que o Brasil, cuja capacidade instalada é 12,76 GW, tenha potencial eólico superior a 500 GW. (Com agências)

Fonte: O Tempo

Os números do mercado de energia eólica no mundo. O Brasil avança ocupando a oitava posição do o ranking mundial de capacidade instalada de energia eólica

São Paulo – O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) divulgou nesta semana suas estatísticas do mercado anual do setor. Em 2017, o mundo instalou um total de 52,57 gigawatts (GW) de potência à produção mundial, totalizando 539,58 GW de capacidade instalada global. 

Líder mundial em instalações, a China adicionou quase 20 GW em projetos eólicos a sua matriz energética. Na sequência aparecem os Estados Unidos, que tiveram outro ano forte, com 7,1 GW instalados, e boas perspectivas para os próximos anos, em grande medida favorecidas pela compra corporativa deenergia renovável por gigantes domésticas, como Google, Apple, Nike, Facebook, Walmart e Microsoft.

Apesar das crises políticas e econômicas, o Brasil instalou mais de 2 GW em capacidade de energia eólica no ano passado. No ranking dos dez países com mais capacidade de energia eólica no acumulado, o país subiu uma posição e aparece agora em oitavo na lista, com 12,76 GW, ultrapassando o Canadá, que está com 12,39 GW.

“Temos hoje uma capacidade instalada que está quase chegando aos 13 GW, com mais de 500 parques eólicos, e chegamos a abastecer 11% do país e mais de 60% do Nordeste, na época que chamamos de safra dos ventos, que vai mais ou menos de junho a novembro. Nos últimos anos, e especialmente no ano passado, as eólicas salvaram o Nordeste de um racionamento em tempos de reservatórios baixos e com bandeira vermelha”, diz em comunicado a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Élbia Gannoum.

Ela destaca alguns fatores que tornam vantajoso o uso dessa fonte renovável por aqui, como o fator de capacidade do país (medida de produtividade do setor), que passa do dobro da média mundial, e a cadeia produtiva 80% nacionalizada, que no ano passado gerou 30 mil postos de trabalho.

“Até 2020, considerando apenas os contratos assinados e leilões já realizados, vamos chegar a 18,63 GW. Com novos leilões, esse número ainda vai crescer. Importante lembrar que, hoje, as eólicas são a opção mais competitiva de contratação, conforme resultado do último leilão, realizado em dezembro de 2017”, analisa Elbia.

No cenário mundial, a energia eólica avança com força no alto-mar. Análise recente da consultoria Navigant Research indica que a indústria eólica global instalou 3,3 gigawatts (GW) de capacidade offshore em 2017, elevando o total mundial para quase 17 GW no acumulado. Na Alemanha, o setor teve seu primeiro leilão “sem subsídio” este ano, com propostas para mais de 1 GW de nova capacidade. Nos próximos cinco anos, o mercado global de energia eólica offshore deve instalar mais de 24 GW de nova capacidade, atingindo no acumulado mais de 40 GW até o final de 2022.

Confira abaixo os principais números do mercado eólico em 2017, segundo o estudo do Conselho Global de Energia Eólica:




Por Vanessa Barbosa / EXAME

Brasil conta com mais de 500 parques eólicos


O Brasil está decidido a usar apenas energia renovável e como tal, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) em dezembro de 2017 a contavam-se mais de 500 parques eólicos instalados por todo o país.

Assim, a produção de eletricidade por esta via passa dos 12,4GW. São 503 centrais com praticamente 6500 aerogeradores! Esperam ainda que em 2020 estejam a operar com uma capacidade de pelo menos 17GW, o que significa que o investimento irá continuar a aumentar a um ritmo alucinante.

Leilões Energias Renováveis

Para atingirem esse valor de potência instalada, as autoridades lançaram já dois novos leilões, que junto com os contratos existentes garantirão essa potência pelo ano de 2020. Assim, no final de dezembro foi lançado dois novos leilões para a energia eólica o A4 e o A6.

Em 2016 não houve leilão nem nenhum contrato novo para as eólicas, mas ainda assim conseguiram terminar o ano com uma excelente produção. Agora esperam com os novos leilões inverter a situação para o futuro.

Além destes dois leilões no fim de 2017, espera-se um terceiro em abril de 2018! Segundo Elbia Gannoum, presidente da ABEEólica.

Crescimento ano a ano da Energia Eólica Brasileira

Por setembro já tinham atingido os 12GW, números que ano a ano têm vindo a aumentar, muito por culpa dos leilões.

Entre janeiro e setembro de 2017 a produção de energia elétrica via eólica teve um aumento de 28% quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Segundo informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Ainda segundo a CCEE, os consumos de eletricidade em setembro de 2017, demonstraram que 11% da eletricidade consumida foi produzida por esta via, cerca de 7,02GW. O que foi um recorde, já em agosto de 2017 as eólicas tinham contribuído com 10%!

Produção Mundial Eletricidade por Energia Eólica

A nível mundial, é importante ressalvar que o Brasil se encontra em sétimo lugar entre os países mundiais que mais eletricidade produz através da força do vento! Ultrapassaram até o Canadá que assim caiu para oitavo lugar!

Elbia destacou estes dois feitos “A marca de 500 parques, o crescimento da geração, mais uma subida de posição no ranking e os 12 GW merecem ser comemorados e são uma prova de um setor que vem mostrando sua maturidade. As eólicas estão, por exemplo, salvando o Nordeste do racionamento em tempos de reservatórios abaixo do nível e com bandeira vermelha. Os dados de recordes de geração do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) são a prova disso. No dia 14/9, por exemplo, as eólicas abasteceram 64% da demanda média do Nordeste”.

Não esquecendo ainda as vantagens deste tipo de energia “Além disso, as eólicas têm outros benefícios, que podemos resumir da seguinte forma: é renovável; não polui; possui baixíssimo impacto ambiental; contribui para que o Brasil cumpra o Acordo do Clima; não emite CO2 em sua operação; tem um dos melhores custos benefícios na tarifa de energia; permite que os proprietários de terras onde estão os aerogeradores tenham outras atividades na mesma terra; gera renda por meio do pagamento de arrendamentos; promove a fixação do homem no campo com desenvolvimento sustentável; gera empregos que vão desde a fábrica até as regiões mais remotas onde estão os parques e incentivam o turismo ao promover desenvolvimento regional”.

Fonte: Portal Energia

Brasil passa a integrar a IRENA, Agência Internacional de Energia Renovável

A organização intergovernamental apoia o desenvolvimento de energias renováveis nos países membros.



Criada em 2009, a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) é uma organização intergovernamental que apoia o desenvolvimento de energias renováveis nos países membros, bem como a redução de emissões de gases de efeito estufa.

A Comissão Interministerial de Participação em Organismos Internacionais do Governo Federal aprovou na semana passada, por unanimidade, o início do processo de adesão do Brasil à Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA).

“Esta é uma ótima notícia e que esperávamos com ansiedade porque, na prática, significa um grande avanço para as energias renováveis de baixo impacto, como é o caso da energia eólica. (…) Fazer parte da IRENA certamente nos coloca num novo patamar de maturidade perante a comunidade internacional. Tenho certeza que temos muito a aprender e a ensinar fazendo parte da IRENA”, avalia Elbia Gannoum, Presidente Executiva da ABEEólica, a Associação Brasileira de Energia Eólica.

Sobre a IRENA

A IRENA possui hoje 152 países membros e cerca de 30 países estão em processo de adesão, como o Brasil. Criada em 2009, a agência é hoje autoridade mundial em energia renovável. Os estudos realizados pela agência, por exemplo, são largamente utilizados por empresas e órgãos governamentais, uma vez que trazem leituras de cenário amplas, de alta inteligência, produzidas por profissionais com grande conhecimento do setor. 

Um dos últimos estudos divulgados pela agência, por exemplo, o “Renewable Power Generation Costs in 2017”, trouxe um panorama da queda dos custos das renováveis ao redor do mundo.

Para saber mais sobre a IRENA, veja aqui.

Brasil pode se tornar o primeiro país do mundo a cobrar royalties do vento.

O vento é a fonte de energia que mais cresceu no Brasil nos últimos cinco anos. E tem gente que vê nisso uma oportunidade de arrecadação.
Por André Trigueiro

O aumento da produção de energia elétrica pode fazer com que o Brasil se torne o primeiro país a cobrar royalties do vento e isso já está recebendo críticas.
A mais importante fonte de energia do Brasil sempre foi a mais barata e competitiva de todas. Isso até semana passada. Pela primeira vez na história dos leilões de energia, a água foi ultrapassada pelo vento. O preço da energia eólica ficou mais barato em comparação com o das três últimas grandes hidrelétricas construídas no país. Ficou também bem mais em conta que o preço médio de todas as hidrelétricas contratadas desde o início dos leilões de energia, há 12 anos.
O preço da energia solar também despencou (R$ 145,68 = mwh) e ficou menor até que o das termelétricas a gás. A boa notícia é que tudo isso ajuda o consumidor. "Se não fosse a energia eólica, o consumidor brasileiro estaria pagando mais caro pela energia neste momento", afirma Elbia Gannoum, presidente da ABEÓLICA.
O vento é a fonte de energia que mais cresceu no Brasil nos últimos cinco anos. Já são 503 parques eólicos instalados e 2017 foi um ano em que recordes importantes foram quebrados: por alguns dias, a energia eólica chegou a abastecer mais de 12% de todo o Brasil. Na região Nordeste, passou dos 60%.
São números tão impressionantes que já há no Congresso Nacional um movimento que defende a cobrança de royalties do vento. Pela proposta de emenda constitucional, o vento é um recurso que pertence a todo o povo brasileiro e é justo que os benefícios econômicos dessa atividade sejam compartilhados. O texto também afirma que as fazendas eólicas ocupam vastas áreas que limitam a realização de outras atividades econômicas, como o turismo.
Autor da proposta, o deputado Heráclito Fortes, do PSB do Piauí, quer estender a cobrança dos royalties para a energia solar: “Não é justo que nós tenhamos esse potencial de produção, não só de eólica como de solar, e não se usufrua nada. Você desvia a finalidade da terra. São áreas que poderão ser usadas para agricultura ou para outros fins”.
Para o ex-presidente da empresa de pesquisa energética a cobrança de royalties e professor do COPPE, Maurício Tolmasquim, é um retrocesso: “Não tem lógica nenhuma essa proposta de cobrar royalties da energia eólica. A energia eólica é uma fonte renovável, não poluidora, que tem aumentado a renda de regiões pobres do Nordeste onde pequenos proprietários estão podendo aumentar um pouco a sua renda, e que trouxe várias fábricas de equipamentos que se instalaram no Nordeste, criaram empregos e ainda estão trazendo receita para o governo”.
Quando o assunto é energia limpa e renovável, o vento continua soprando a favor. Até quando, ninguém sabe.

Brasil pode se tornar o único país do mundo a cobrar royalties pelo vento

Criticado por associação, projeto aprovado na CCJ da Câmara propõe a cobrança de royalties pela produção de energia eólica; setor vem crescendo e já chega a fornecer metade da energia consumida em um dia no Nordeste.

Parque de geração de energia eólica de Marcolândia, no Piauí: setor não emite CO2 e está em expansão no Brasil

Uma proposta de emenda constitucional aprovada neste mês na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pode tornar o Brasil o primeiro país do mundo a cobrar royalties pela produção de energia eólica.

O autor do projeto, deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), justifica o pedido de cobrança alegando que a exploração da energia eólica “gera significativas alterações nas áreas próximas às fazendas destinadas a essa atividade, de modo a limitar a realização de outras atividades econômicas”. Entre as atividades econômicas “limitadas” pela geração de energia aproveitando o vento , o deputado destaca o turismo.

“Em especial no litoral brasileiro, a exploração de energia limita especialmente o turismo, alterando as paisagens naturais e impedindo o acesso aos locais próximos às referidas fazendas”, destacou o relator do projeto na CCJ da Câmara, deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), em em seu voto favorável à PEC.

“As limitações e restrições impostas pela exploração de energia eólica afetam todo o povo brasileiro, tornando necessário que os responsáveis por tais atividades compensem os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e a União, o que deve ocorrer através de justa participação no resultado econômico auferido, tal como ocorre com a exploração de petróleo ou gás natural e de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica”, completa.

O Brasil tem hoje capacidade de gerar 12,64 GW de energia por meio de seus 503 parques eólicos já instalados, sendo que há ainda outras 211 estações previstas para entrar em operação até 2020, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). O setor está em franca expansão: segundo relatório do Ministério de Minas e Energia, a produção desse segmento no País cresceu 33% somente no período entre 2016 e 2015.

Projeto ameaça setor, diz associação

Em nota, a presidente da Abeeólica, Élbia Gannoum, afirmou que a proposta em tramitação na Câmara representa uma ameaça à competitividade dessa fonte em relação aos demais setores geradores de energia (hidrelétrica, solar, termelétrica, etc.).

“A eólica está salvando o Nordeste do racionamento de energia uma vez que estamos vendo uma condição hídrica desfavorável na região. Com a taxação extra que está sendo proposta na PEC, há um grande risco de vermos a competitividade ser reduzida e com isso corre-se o risco de que se perca a disputa no leilões para outras fontes localizadas em outras regiões, o que é ruim para o Nordeste como um todo, pois a região perderia esses investimentos, afinal os aportes dependem dos investidores saírem bem sucedidos nesses certames”, afirmou a presidente da associação, Élbia Gannoum.

A preocupação especial com Nordeste se dá ao fato de que 67% da produção de energia eólica no Brasil está concentrada naquela região. A importância das eólicas para os nordestinos pode ser mensurada pelo recorde atingido no dia 14 de setembro deste ano: naquela data, o setor foi o responsável pelo fornecimento de 64% da energia consumida em todos os estados da região.

A proposta que sugere a cobrança de royalties pelo vento no Brasil já está pronta para ir ao plenário da Câmara, mas isso ainda não tem data para acontecer. O relator apontou em seu parecer que, caso a proposta venha a ser aprovada, a distribuição dos recursos arrecadados com a cobrança de royalties do setor gerador de energia eólica deverá ser definida por meio de outro projeto de lei.

Fonte: Economia – iG

Brasil pode se tornar o único país do mundo a cobrar royalties pelo vento

Criticado por associação, projeto aprovado na CCJ da Câmara propõe a cobrança de royalties pela produção de energia eólica; setor vem crescendo e já chega a fornecer metade da energia consumida em um dia no Nordeste.

Parque de geração de energia eólica de Marcolândia, no Piauí: setor não emite CO2 e está em expansão no Brasil

Uma proposta de emenda constitucional aprovada neste mês na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pode tornar o Brasil o primeiro país do mundo a cobrar royalties pela produção de energia eólica.

O autor do projeto, deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), justifica o pedido de cobrança alegando que a exploração da energia eólica “gera significativas alterações nas áreas próximas às fazendas destinadas a essa atividade, de modo a limitar a realização de outras atividades econômicas”. Entre as atividades econômicas “limitadas” pela geração de energia aproveitando o vento , o deputado destaca o turismo.

“Em especial no litoral brasileiro, a exploração de energia limita especialmente o turismo, alterando as paisagens naturais e impedindo o acesso aos locais próximos às referidas fazendas”, destacou o relator do projeto na CCJ da Câmara, deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), em em seu voto favorável à PEC.

“As limitações e restrições impostas pela exploração de energia eólica afetam todo o povo brasileiro, tornando necessário que os responsáveis por tais atividades compensem os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e a União, o que deve ocorrer através de justa participação no resultado econômico auferido, tal como ocorre com a exploração de petróleo ou gás natural e de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica”, completa.

O Brasil tem hoje capacidade de gerar 12,64 GW de energia por meio de seus 503 parques eólicos já instalados, sendo que há ainda outras 211 estações previstas para entrar em operação até 2020, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). O setor está em franca expansão: segundo relatório do Ministério de Minas e Energia, a produção desse segmento no País cresceu 33% somente no período entre 2016 e 2015.

Projeto ameaça setor, diz associação

Em nota, a presidente da Abeeólica, Élbia Gannoum, afirmou que a proposta em tramitação na Câmara representa uma ameaça à competitividade dessa fonte em relação aos demais setores geradores de energia (hidrelétrica, solar, termelétrica, etc.)

“A eólica está salvando o Nordeste do racionamento de energia uma vez que estamos vendo uma condição hídrica desfavorável na região. Com a taxação extra que está sendo proposta na PEC, há um grande risco de vermos a competitividade ser reduzida e com isso corre-se o risco de que se perca a disputa no leilões para outras fontes localizadas em outras regiões, o que é ruim para o Nordeste como um todo, pois a região perderia esses investimentos, afinal os aportes dependem dos investidores saírem bem sucedidos nesses certames”, afirmou a presidente da associação, Élbia Gannoum.

A preocupação especial com Nordeste se dá ao fato de que 67% da produção de energia eólica no Brasil está concentrada naquela região. A importância das eólicas para os nordestinos pode ser mensurada pelo recorde atingido no dia 14 de setembro deste ano: naquela data, o setor foi o responsável pelo fornecimento de 64% da energia consumida em todos os estados da região.

A proposta que sugere a cobrança de royalties pelo vento no Brasil já está pronta para ir ao plenário da Câmara, mas isso ainda não tem data para acontecer. O relator apontou em seu parecer que, caso a proposta venha a ser aprovada, a distribuição dos recursos arrecadados com a cobrança de royalties do setor gerador de energia eólica deverá ser definida por meio de outro projeto de lei.

Fonte: Economia – iG

Cientistas ingleses criam Aerogerador que gerar energia


Por que se contentar com uma forma de energia renovável quando você pode produzir energia com duas formas? Isso é exatamente o que os cientistas da Universidade
 Liverpool fizeram, eles modificaram uma turbina eólica adicionando um conjunto de placas solares.
A equipe, liderada pelo Dr. Joe King, veio com a solução inovadora para provar que as turbinas eólicas não são “apenas útil quando o ventando” – o seu design duplica a funcionalidade das turbinas tradicionais através da incorporação de tecnologia fotovoltaica.
Dr. King disse: “painéis solares poderiam fazer a diferença em países como Marrocos, Itália e Espanha.”
No entanto, a equipe enfrentou problemas. As primeiras simulações de computador descobriram que a turbina montada com painéis solares faria feixes de luz cegantes.
Havia uma preocupação real de que as turbinas poderiam potencialmente atrapalhar os pilotos de aeronaves, bem como qualquer pessoa que vive na vizinhança. Não apenas isso, mas em um dia particularmente quente as turbinas gerariam raios solares “letais”.
A última coisa que queremos é que nossas turbinas causem falhas e incêndios de aviões, por isso planejamos um painel solar” colorido “que não reflete os raios solares. Nosso protótipo inicial parecia uma enorme bola de discoteca quando estava operacional, mas nossa solução agora impede isso. “
A equipe agora está decidindo onde instalar seu protótipo de turbina eólica solar. “Devido à fraca quantidade de luz solar no Reino Unido, estamos definitivamente olhando para o exterior”, disse o Dr. King.
“Pessoalmente, creio que um lugar ideal seria a Irlanda. É perto, tem ventos fortes, verões maravilhosos, além de minha família viver lá para que eu possa ir visitar! “Espero que a turbina de vento solar, apelidado de” Heat Waver “, seja instalada para a estação do verão em poucos meses. “Ainda temos vários testes a serem executados”, disse King, “mas estamos confiantes de que podemos transformar as necessidades de energia renovável do mundo. Basta pensar no que nossas turbinas poderiam fazer em países como a Austrália. “
Para o Brasil a turbina seria excelente também, tendo em vista que a incidência solar aqui é muito forte e é um país que venta muito.

Indianos criam Turbina Eólica que tem o preço de um Smartphone

Com objetivo de tornar a energia eólica mais acessível, dois irmãos indianos chamados Arun e Anoop George estão trabalhando em soluções inovadoras, acessíveis e sustentáveis ​​que levem a auto-suficiência de energias renováveis para residências .

Eles então montaram a Startup, Avant Garde Innovations, que já possui  filiais na Índia e Austrália e desenvolveram uma turbina eólica residencial que esperam que o valor de venda fique em torno de 50 mil rupias, cerca de R$ 2.300,00. O que seria um preço de um Smartphone bem top de linha aqui no Brasil.
Os irmãos projetaram a turbina eólica domiciliar com o tamanho das pás de um ventilador de teto. Essa turbina pode gerar de 1 a 3 kilowatt de energia elétrica diária – isso é o suficiente para uma residência na Índia.
A Startup foi uma das seletas empresas de todo o mundo convidadas a ser exibidas na prestigiada 7ª Conferência Ministerial de Energia Limpa (CEM7) realizada no Vale do Silício, em São Francisco. A Avant Garde é a única empresa indiana de energia limpa que foi convidada para este evento de energia limpa de renome internacional.
Sobre o projeto, os irmãos afirmam: “Ao fazê-lo, acreditamos que podemos coletivamente introduzir em nosso mundo um ambiente mais limpo, nova prosperidade econômica e mudança social. Nossa primeira oferta é uma Turbina eólica de pequeno porte altamente acessível apropriada para Residenciais, Electrificação Rural, e outros usos”. 

Indústria eólica nacional quer expandir atuação e se tornar hub exportador


A indústria nacional dedicada à energia eólica esta em busca de uma nova forma de atuação, a de colocar a capacidade instalada local como um polo exportador, principalmente para a América do Sul e Caribe. Um dos motivadores para esse movimento é a dificuldade em se ter os 2 GW anuais de demanda para a manutenção da indústria local e a busca por manter-se atualizado tecnologicamente ante os equipamentos que são encontrados em outros países, resultado dos investimentos de fabricantes que investem em seu desenvolvimento.

Segundo a avaliação da presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Élbia Gannoum, o Brasil apresentou um plano de nacionalização ambicioso e implementou-o com competência para cumprir as metas no tempo em que foram estabelecidos esses marcos. Mas, a questão agora que enfrenta é a volatilidade de demanda. Por isso que o setor precisa minimizar as variações e buscar novos mercados quando se pensa no fornecedor de aerogeradores.

“Do lado de quem compra essas máquinas é importante que as empresas estejam prontas para fornecer a tecnologia mais recente e uma política de nacionalização como a nossa tende a ter um bloqueio de desenvolvimento por fechar o mercado nacional”, comentou a executiva em um workshop que a Casa dos Ventos promoveu em São Paulo. A entidade, comentou, formou um grupo de trabalho no sentido de buscar alternativas para o produto nacional ganhar competitividade e nesse caminho a adoção do PPA em dólar poderia trazer benefícios importantes para a cadeia.

Hoje, continuou a representante do segmento, os fabricantes não veem mais como uma barreira a questão cambial desde que haja um processo de transição para que se adaptem. Com o PPA em dólar abre-se uma janela de oportunidade de importação de alguns componentes para serem montados localmente e com vistas a uma política de apoio à exportação. Dessa forma, continuou, poderia ser alcançada maior competitividade e o país tornar-se o hub de exportação em função de toda a cadeia que existe por aqui com as seis fabricantes que somam 4 GW de capacidade de produção anual.

Élbia lembrou que a política dolarizar passou ao largo do setor por conta desse processo de nacionalização da indústria eólica. Contudo, o BNDES não tem mais os recursos que teve no passado e que a atuação dos últimos 14 anos em termos de incentivar os investimentos não deverá se repetir. Por isso, os investidores tem que buscar no exterior esses recursos e aí vem a importância dessa ideia de ter o PPA em dólar. E ainda, da parte dos produtores, a maior competitividade vem da redução do custo Brasil. E que esse conceito de ficar fechado para a tecnologia não traz evolução nem escala para o mercado.

Esse posicionamento de abertura parcial encontra ressonância na Casa dos Ventos, que já defendeu essa alteração. Recentemente a empresa vendeu seus dois últimos projetos operacionais à britânica Actis para buscar fôlego financeiro e assim não depender do BNDES para implantar novos projetos. À época, o diretor de Negócios Lucas Araripe, afirmou que capitalizada a empresa consegue recorrer a linhas de financiamento mais baratas que a oferecido pelo banco de fomento federal uma vez que essas se encontram no exterior. E, ao mesmo tempo, trazer máquinas mais eficientes e a um valor menor que o encontrado localmente.

De acordo com o patriarca da família e fundador da Casa dos Ventos, Mário Araripe, hoje as máquinas nacionais estão em um degrau tecnológico mais abaixo do que o estado da arte que se encontra no exterior em função desse fechamento nacional, que associado à baixa demanda por equipamentos leva as fabricantes a postergarem os investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

“Precisamos ver se vale a pena restringir o conteúdo nacional. A evolução tecnológica é grande e, cada vez mais rápido, os aerogeradores estão sendo aperfeiçoados. No Brasil as máquinas ofertadas estão em degrau tecnológico menor por não ter a escala que tínhamos alguns anos atrás. Assim, há uma janela de oportunidade de desenvolver a eólica a colocar o PPA em dólar como Chile e Argentina e ter acesso ao que está sendo produzido no mundo”, afirmou o executivo. Araripe destacou que a companhia já analisou mais de 50 máquinas para uma mesma área e relatou que é possível obter ganhos de produtividade de até 10%, o que ajudaria a baratear a energia.

Élbia, da ABEEólica, disse que a avaliação de que adotar uma parcela do PPA atrelado ao dólar já não é mais um tema que preocupa economistas, inclusive alguns ligados ao Plano Real e que afastavam a indexação como forma de proteção da moeda nacional. Mas ainda assim, admite e necessário que se realize encontros com BNDES, Ministério da Fazenda e de Minas e Energia para mudar essa situação. Por isso, em um leilão de reserva que se espera para meados do segundo semestre não seria possível de implementar a novidade, mas que para um eventual A-5 em dezembro seria possível.

Fonte: Canal Energia

Energia Eólica - Uma fonte de Energia Renovável


O vento forte que não para de soprar fez da pequena Icaraí de Amontada, na costa oeste do Ceará, uma ilha de usinas eólicas. Elas geram energia elétrica usando a força dos ventos. Ali, para qualquer lado que se olhe, modernas e gigantescas torres de quase 150 metros de altura – do tamanho de um prédio de 42 andares – destoam do cenário rústico da antiga vila de pescadores, com suas dunas, praias e lagoas. Reduto de atletas estrangeiros praticantes de kitesurf e windsurf, a comunidade, de 2,4 mil habitantes, entrou para a lista dos melhores ventos do Brasil e ajudou a elevar a participação da energia eólica para mais de 30% do consumo do Nordeste.

Os parques instalados na região de Amontada estão entre os mais eficientes do planeta. Enquanto no mundo, as usinas eólicas produzem, em média, 25% da capacidade anual, no Complexo de Icaraí esse porcentual é mais que o dobro. As 31 torres que compõem o parque produzem 56% da capacidade anual. Para ter ideia do que isso significa, nos Estados Unidos, esse indicador é de 32,1%; e na Alemanha, uma das maiores potências eólicas do mundo, de 18,5%. “O vento no Nordeste é muito diferenciado”, afirma Luciano Freire, diretor de engenharia da Queiroz Galvão Energia, dona do complexo eólico de Icaraí.

É por causa da qualidade desse vento – forte e constante – que o Nordeste despontou como uma das maiores fronteiras eólica do mundo. Hoje, os parques em operação na região são responsáveis pelo abastecimento de boa parte da população local de 56 milhões de pessoas. Em 17 de abril deste ano, por exemplo, quando os nordestinos iniciavam mais uma jornada de trabalho, às 9h06, as eólicas produziram 50% da energia consumida naquele momento. Por períodos mais longos, como um dia inteiro, os parques – que até bem pouco tempo eram incipientes no Brasil – chegaram a produzir 35% da carga média do Nordeste, recorde alcançado no dia 19 de maio.

Não é difícil entender a rápida expansão das eólicas no Brasil. Em 2008, com a crise internacional, o consumo mundial de energia despencou, paralisou uma série de projetos e deixou as fábricas ociosas. Em busca de demanda, elas desembarcaram no Brasil – onde o uso da energia crescia a taxas de dois dígitos – e derrubou o preço das eólicas, até então caras por aqui. A partir de 2009, com leilões dedicados à essa fonte de energia, os investimentos decolaram.


De lá pra cá, o setor recebeu R$ 67 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Esse montante colocou o País na 10ª posição entre as nações com maior capacidade instalada do mundo. Foi um grande avanço. Até 2008, a potência do parque eólico brasileiro era de 27 megawatts (MW). No mês passado, alcançou a marca de 9,7 mil MW, volume suficiente para abastecer mais de 45 milhões de habitantes. No total, são 5.141 turbinas instaladas Brasil afora. Cerca de 82% delas estão no Nordeste.

Segundo a presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum, até 2020, a participação da energia do vento na matriz elétrica brasileira vai saltar dos atuais 6% para 20% da capacidade instalada. No Nordeste, essa participação será ainda maior, de 30%. Em termos de consumo, a fonte será capaz de atender cerca de 70% da carga da região em alguns momentos do dia.

Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará são os Estados com maior número de empreendimentos em construção ou com capacidade já contratada.

Segundo a Abeeólica, no Nordeste, a construção das usinas envolveu mais de 2 mil famílias. No Brasil inteiro, a construção dos parques gera R$ 10 milhões por mês de renda para as famílias que arrendaram suas terras.

(Fonte: Estadão)

Energia eólica já atinge 10 mil MW capacidade instalada no Brasil


Esta foi a fonte energética que mais cresceu em 2015 no país

Em que pese a crise econômica que atinge o país, os ventos continuam soprando forte. O Brasil atingiu, na semana passada, 10 mil megawatts (MW) de capacidade instalada de energia eólica. Para se ter uma ideia desse volume de energia, a usina hidrelétrica de Belo Monte terá 11 mil MW de capacidade instalada.

Essa energia toda está instalada em 400 parques e mais de 5.300 aerogeradores e outras 5.200 turbinas. a informação foi dada nesta terça-feira pela presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeólica), Élbia Melo, durante o Brazil Wind Power, no Rio de Janeiro.

— Muitas pás, muitas turbinas, R$ 50 bilhões de investimentos. Mas, em breve, já estaremos comemorando 20 mil MW, porque já estamos construindo mais ou menos 9.000 MW neste momento. Muito em breve a fonte eólica será a segunda fonte de energia da matriz elétrica nacional — destacou Élbia.

Com essa capacidade instalada, a energia eólica já representa 7% da matriz de energia elétrica do país. . Segundo a Abeólica, no ano passado, a energia eólica abasteceu mensalmente uma população equivalente a todo o sul do país e gerou 41 mil postos de trabalho.

Nos últimos anos os investimentos feitos pelas empresas da cadeia produtiva de energia eólica, já 80% nacionalizada, foi de R$ 48 bilhões. Nos últimos dias na Região Nordeste, onde o consumo total é de 9.711 MW médios, a geração de energia eólica, superior a 4.157 MW médios, já supera a geração de hidreletricidade, que é de 2.415 MW — o restante é energia térmica e transferências da Região Sudeste para a Nordeste.

Segundo a Abeeólica, de 1998 até hoje, já foram investidos cerca de R$ 60 bilhões. Em 2015, a energia eólica foi a fonte de energia que mais cresceu na matriz elétrica brasileira, responsável pela participação de 39,3% na expansão, seguida pela energia hidrelétrica (35,1%) e termelétrica (25,6%).

De acordo com Rita Burnay, especialista em renováveis em Portugal da consultoria canadense CGI, que está participando do evento, destacou que as fontes renováveis deverão manter uma taxa de crescimento entre 7% e 8% na Europa.

Mas a executiva disse que o maior crescimento dessas fontes, principalmente da eólica e da solar deverá acontecer agora no Brasil, na China e nos Estados Unidos.

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— Acredito que a solar vai se desenvolver mais agora. Agora existem formas de conjugar a eólica com a solar , na qual a solar fica junto com a eólica podendo se fazer sinergia, aproveitando as infraestruturas que já estão lá pela eólica — destacou a executiva.

Rita afirma que já está se estudando a possibilidade de instalar placas fotovoltaicas nas regiões onde já estão instalados os parques eólicos na região do do Nordeste como em Fortaleza, onde já possuem infraestrutura das eólicas.

Ela lembrou que alguns países já começaram a pesquisar a possibilidade de construir uma bateria na qual pode ser carregada com o remanescente da energia produzida pela eólica. Com isso poderia se usar essa energia quando não tem vento.

Fonte: Ramona Ordoñez |O Globo

Brasil tem quase uma Belo Monte em energia eólica


Por Vanessa Barbosa - Exame

São Paulo - A geração de energia elétrica através da força dos ventos se revela uma alternativa cada vez mais atraente para um setor elétrico de modelo essencialmente hídrico que precisa se diversificar de forma sustentável. 
Numa escalada virtuosa em menos de uma década, a energia eólica acaba de completar 9 gigawatts (GW) de potência instalada na matriz elétrica nacional, quase uma Belo Monte, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). 
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As contratações expressivas nos leilões de energia promovidos pelo governo federal nos últimos anos e o consequente amadurecimento dessa indústria têm gerado bons frutos -- mais de 40 mil postos de trabalho e investimentos superiores a R$ 15 bilhões por ano, nos últimos 2 anos. 
Pelas perspectivas do setor, mais 10 GW de potência de energia eólica deverão ser instalados nos próximos quatro anos, alçando a fonte renovável a nada menos do que 10% do total da matriz elétrica nacional.
Não para aí. A estimativa do governo, presente no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024), é de que a capacidade instalada eólica do Brasil chegue a algo em torno de 24 GW. Desse total, 21 GW deverão ser gerados na região Nordeste, o que vai representar 45% do total produzido na região. 
A energia 'verde' é, atualmente, o segundo maior gerador de eletricidade do mundo, com potencial de destronar os combustíveis fósseis até 2030, segundorelatório recente da Agência Internacional de Energia (AIE). Só em 2014, as fontes renováveis responderam por quase metade de todas as novas usinas construídas no mundo. 

BNDES pode divulgar nova política para energia renovável

Sede do BNDEs

Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve apresentar em duas semanas suas novas políticas de financiamento a energias renováveis, disse a jornalistas nesta terça-feira a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, após participar de evento do setor no Rio de Janeiro.
"Em duas semanas vão publicar a condição operacional do banco para o setor de renováveis e de eólica", disse Elbia, que contou ter participado de reunião no BNDES na segunda-feira.
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Segundo ela, o banco apresentou a possibilidade de que as regras não devem prever redução na proporção de investimentos financiada pela instituição, mas sim uma busca por parceiros privados nas operações.
FONTE: Exame