Por Vanessa Barbosa - Exame
São Paulo - A geração de energia elétrica através da força dos ventos se revela uma alternativa cada vez mais atraente para um setor elétrico de modelo essencialmente hídrico que precisa se diversificar de forma sustentável.
Numa escalada virtuosa em menos de uma década, a energia eólica acaba de completar 9 gigawatts (GW) de potência instalada na matriz elétrica nacional, quase uma Belo Monte, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
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As contratações expressivas nos leilões de energia promovidos pelo governo federal nos últimos anos e o consequente amadurecimento dessa indústria têm gerado bons frutos -- mais de 40 mil postos de trabalho e investimentos superiores a R$ 15 bilhões por ano, nos últimos 2 anos.
Pelas perspectivas do setor, mais 10 GW de potência de energia eólica deverão ser instalados nos próximos quatro anos, alçando a fonte renovável a nada menos do que 10% do total da matriz elétrica nacional.
Não para aí. A estimativa do governo, presente no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024), é de que a capacidade instalada eólica do Brasil chegue a algo em torno de 24 GW. Desse total, 21 GW deverão ser gerados na região Nordeste, o que vai representar 45% do total produzido na região.
A energia 'verde' é, atualmente, o segundo maior gerador de eletricidade do mundo, com potencial de destronar os combustíveis fósseis até 2030, segundorelatório recente da Agência Internacional de Energia (AIE). Só em 2014, as fontes renováveis responderam por quase metade de todas as novas usinas construídas no mundo.
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